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EDUCAÇÃO

DIGITAL:
GESTÃO DA EDUCAÇÃO NA
SOCIEDADE TECNOLÓGICA
– EDUCAÇÃO SUPERIOR

Ilka Márcia Ribeiro de Souza Serra


Eliza Flora Muniz Araújo

Revisão de Português: Jusciele Oliveira

Projeto Gráfico:
Maurício Freire
Elementos gráficos:
Freepik.com
Noun Project/achmad
Noun Project/Desainer Kanan
Noun Project/Gregor Cresnar
Noun Project/iconesia
s

Sumário
APRESENTAÇÃO 5

SOBRE AS AUTORAS 7

UNIDADE I 9

1.1 BREVE REFLEXÃO ACERCA DA SOCIEDADE DO


SÉCULO XXI 9

1.2 CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE 12

UNIDADE II 18

2.1 A TECNOLOGIA COMO PERSPECTIVA PARA O


AUMENTO DA EFICIÊNCIA E DA AGILIDADE DA GESTÃO
NA EDUCAÇÃO SUPERIOR 18

UNIDADE III 25

3.1 A TECNOLOGIA COMO INSTRUMENTO DE


COMPETITIVIDADE E INOVAÇÃO NO CONTEXTO DA
GESTÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 25

3.2 A INSERÇÃO DE NOVOS RECURSOS TECNOLÓGICOS


NA GESTÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 30

REFERÊNCIAS 34
s

Informações adicionais
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sejam preservadas.
APRESENTAÇÃO
Caro(a) estudante,
Seja bem-vindo(a)!

É com grande satisfação que apresentamos a disciplina de


Gestão da Educação na Sociedade Tecnológica – Educação
Superior, ao mesmo tempo em que lhe desejamos muito sucesso
nos estudos.
Temos a certeza de que a sua participação neste curso será
de grande valor, pois, no mundo contemporâneo, notadamente,
devido ao avanço das tecnologias digitais, as informações
surgem a todo momento, e, consequentemente, exigem de cada
um de nós a busca constante por atualizações.
O objetivo da disciplina é analisar os atuais desafios no
que se refere à gestão da educação superior, em especial,
nas universidades públicas, tendo em vista as possibilidades
emergidas no cenário da sociedade tecnológica. O conteúdo
encontra-se organizado em três Unidades autoinstrucionais,
cujos temas estão pautados nos princípios das metodologias
ativas de ensino e aprendizagem. Dessa forma, esperamos que
você crie a sua autonomia de estudo, sua disciplina e, ademais,
construa o seu próprio conhecimento.
A nossa caminhada nesta disciplina será de grande
aprendizado, e, desse modo, gostaríamos de sugerir um
modelo de construção de conhecimento colaborativo. Para
tanto, você irá precisar de muita dedicação e organização para
acompanhar o desenvolvimento da disciplina. Deverá participar
efetivamente das atividades, ler todo o material e realizar as
avaliações propostas. Além disso, é necessário desenvolver
rotinas de estudo individual e coletiva, na perspectiva de garantir
interação permanente com os seus pares, com os professores e
orientadores acadêmicos.
A expectativa é de que, ao refletirmos sobre as temáticas que
compõem cada Unidade deste e-book, alguns conceitos possam

5
ser ampliados e/ou reconstruídos, uma vez que abordam assuntos
atuais, vivenciados no cotidiano de nossas instituições de ensino,
e, dessa forma, possamos contribuir para o aprimoramento das
práticas educativas desenvolvidas em seus diferentes contextos.
Sucesso a você e bons estudos!

Fonte: Freepik

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SOBRE AS AUTORAS

Ilka Serra
Possui graduação em Agronomia pela Universidade Estadual
do Maranhão (2002), Mestrado em Fitossanidade (2002)
(com transferência direta para o Doutorado) e Doutorado em
Fitopatologia (2006), ambos pela Universidade Federal Rural de
Pernambuco. Pós-doutoramento em Educação e Tecnologias,
pela Universidade de Coimbra, Portugal (2022). Professora
Adjunto IV DE MICROBIOLOGIA do Depto. de Biologia - CECEN/
UEMA. Atua na área de Agronomia e Biologia, com ênfase
em Fitopatologia, além da área da Educação com ênfase em
Tecnologias digitais na educação. É Pesquisadora produtividade
da UEMA, atuando em dois Programas de mestrado da
Universidade, o Programa de Pós-graduação em Ecologia e
Conservação da Biodiversidade - PPGECB e do Programa de
Pós-graduação em Educação Inclusiva - PROFEI. Nessa área,
atua na pesquisa com enfoque em Gestão em EaD, TDICS e
EaD e Formação de Professores em cursos intermediados por
tecnologias e Inovação Tecnológica e Tecnologia Assistiva. Exerce,
desde de 2013, a função de Coordenadora Geral do Núcleo de
Tecnologias para Educação (UEMAnet) da Universidade Estadual
do Maranhão. É também Editora chefe da Revista Científica TICs
& EaD em Foco. Tem diversos artigos publicados em revistas
científicas. Recentemente, organizou o livro intitulado Gestão
do Ensino Superior em tempos fluidos.

7
SOBRE AS AUTORAS

Eliza Araújo
É Mestra em Ciências da Educação pela Universidade da
Madeira - Funchal, Portugal (2010), Especialista em Metodologia
do Ensino Superior pela Universidade Federal do Maranhão –
UFMA (1995). Possui Licenciatura em História pela Universidade
Federal do Maranhão – UFMA (1978). Atua, no presente
momento, como Assessora do Núcleo de Tecnologias para
Educação - UEMANET e como Articuladora Institucional do Plano
de Ações Articuladas PAR/Maranhão - Universidade Estadual do
Maranhão. Já atuou também como Articuladora Coordenadora
Adjunta dos Cursos Técnicos da Rede e-Tec/Brasil, professora
da Educação Básica (Ensino Médio e EJA) e no Ensino Superior
como orientadora do Curso de Especialização em Educação
do Campo na modalidade a distância. Na Secretaria de Estado
de Educação do Maranhão, ocupou vários cargos de direção
e de coordenação de programas e projetos especiais com
financiamento externo. Coordenou a implantação dos Centros
de Capacitação Tecnológica pela Fundação Getúlio Vargas/ISAE.
Foi Editora chefe da Revista Científica TICs & EaD em Foco. Possui
diversos artigos publicados em revistas científicas na área de
Educação a Distância e Tecnologias Educacionais.

8
UNIDADE I
Após a leitura desta unidade, você será capaz de:

1.1 BREVE REFLEXÃO ACERCA DA


SOCIEDADE DO SÉCULO XXI
É evidente que estamos vivendo em um mundo de muitos
desafios, no qual as tecnologias digitais tornaram-se um espaço
“sem fronteiras”, não é mesmo? Pois bem, neste contexto, a cada
dia, fica mais aparente a importância da gestão tecnológica. No
caso da educação superior, especialmente, no que diz respeito
às universidades públicas, isso se tornou uma necessidade
inadiável, uma vez que a gestão tecnológica se constitui um fator
primordial na busca de resultados educacionais promissores.
Chegamos ao século XXI, na era do imperativo tecnológico,
solidificada pelo avanço das Tecnologias Digitais da Informação
e Comunicação (TDIC). Em nosso cotidiano, percebemos
que muitas coisas foram deixando de existir; outras foram
sendo modificadas, atualizadas, renovadas; e muitas outras
estão surgindo de forma mais inovadora. Estamos situados
em uma sociedade tecnológica, resultado do que a ciência já

9
produziu durante todo esse tempo e vai continuar produzindo
e progredindo constantemente. Assim, neste processo de
evolução, novos conhecimentos vão surgindo, assim como as
possibilidades de grandes inventos.

Fonte: Freepik

O transcurso dessa discussão nos remete ao pensamento


de Alvin Toffler, que, em sua obra revolucionária e futurística,
“A Terceira Onda”, escrita há mais de 35 anos, traz análises e
reflexões valiosas para a compreensão do mundo atual. O autor
descreve a velha civilização e apresenta tendências desta nova
civilização, qual seja, a que estamos vivenciando, conforme
adverte:

“Tão profundamente revolucionária é esta nova


civilização, que desafia todas as nossas velhas
pressuposições. Velhos modos de pensar, fórmulas
antigas e antigas ideologias, por mais acalentadas
e por mais úteis que tenham sido no passado, não
mais se adaptam aos fatos. O mundo que está
emergindo rapidamente do choque de valores e
tecnologias, novas relações geopolíticas, novos
estilos de vida e novos modos de comunicação,
exige ideias e analogias novas, novas classificações
e novos conceitos.” (TOFFLER, 2005, p.16).

10
Desse modo, o autor penetra nas transformações com as
quais nos defrontamos no mundo hoje, lançando inquietações
para todo esse movimento de mudanças que se reflete no século
XXI. É fato que, a cada dia, estamos aprendendo a modificar
nossos comportamentos para viver no contexto de uma nova
realidade. E a própria ciência, no âmbito dessas reflexões, tem
mostrado que a tendência dos avanços científicos e tecnológicos
vem ganhando força, sendo um processo de evolução crescente
e contínuo.

11
Vamos refletir juntos(as)!

• O que é transformação digital e o que está ocasionando essa


transformação?

• Quais as etapas da transformação digital e a importância de


cada uma delas?

• Quais os elementos-chave da transformação digital e como


ocorre a interconexão entre esses elementos?

• Qual o futuro das tecnologias digitais, de onde estamos e para


onde iremos?

• Quais as tendências da transformação digital na educação?

1.2 CIÊNCIA, TECNOLOGIA E


SOCIEDADE
Para entendermos a sociedade tecnológica, torna-se primordial
diferenciarmos ciência de tecnologia, conforme demonstrado na
figura abaixo:

Figura 1 – Diferença entre ciência e tecnologia

Fonte: Elaboração Própria, Wunsch e Fernandes Junior (2018).

Nesse sentido, os autores fazem uma síntese dos conceitos


desses dois componentes:

12
“Ciência: conhecimento baseado em dados
demonstráveis e validados por distinção, percepção,
reconhecimento e identificação. Comprovação
ou negação de teses levantadas sobre o mundo,
as coisas e as pessoas. Tecnologia: conjunto de
possibilidades ou recursos que visam à resolução
de problemas e situações cotidianas. Pode e deve
ser vista em nossas ações pessoais.” WUNSCH;
FERNANDES JUNIOR, 2018, p. 22).

Desse modo, podemos dizer que existe um forte elo entre


ciência e tecnologia, sendo que aquela abrange o papel das
teorias científicas, que, por sua vez, abarcam um conjunto de
elucidações que traduz a compreensão de mundo. Portanto, a
ciência, por meio dos seus métodos e instrumentos, nos permite
analisar o mundo e enxergar para além do que os nossos olhos
simplesmente podem ver. Já a tecnologia tem se apresentado
como fator-chave ao progresso da civilização.
No que diz respeito à tecnologia, esta é entendida como um
modo de produção, que utiliza todos os instrumentos, invenções
e artifícios e que, por isso, é, também, uma maneira de organizar
e perpetuar as vinculações sociais no campo das forças
produtivas. Ou seja, a tecnologia se traduz em tempo, espaço,
custo e venda, uma vez que não é apenas fabricada no ambiente
dos laboratórios e usinas, mas recriada pela maneira como é
aplicada e metodologicamente organizada. (BASTOS,1998).
No âmbito desta reflexão, inclui-se o componente sociedade,
que, embora muito complexo, faz parte desta discussão, na
medida em que a ciência e a tecnologia afetam diretamente a
qualidade de vida das pessoas. Logo, a relação entre ciência,
tecnologia e sociedade perpassa pela reflexão de que o progresso
científico e tecnológico interfere tanto no sentido de acelerar
o desenvolvimento quanto no de agravar as desigualdades
socioeconômicas da população.

13
Figura 2 - Relação entre ciência, tecnologia e sociedade

Fonte: Elaboração própria, 2022.

Nesse sentido, as tecnologias vêm adquirindo um papel


relevante e, em muitos casos, sendo o fator principal. Alia-se a
isso necessidades surgidas em todos os setores da sociedade,
inclusive, naqueles que anteriormente não existiam. Agora,
elas são somadas a grandes demandas que exigem atenção e
geram grandes desafios. Nessa conjuntura, destaca-se o setor
educacional.
Sem dúvida, as tecnologias têm um papel de grande relevância
no processo educativo, sobretudo, no que concerne aos
recursos digitais, haja vista possibilitarem a criação de redes
de conhecimentos, as quais crescem vertiginosamente a cada
minuto, criando espaços de comunicação e cooperação, aspectos
capazes de conectar pessoas de diferentes lugares do mundo,
o que propicia a ampliação e o enriquecimento das relações
sociais.
Em vista disso, falar em sociedade tecnológica significa dizer
que é esta que se consolida no século XXI, caracterizada pela
transição do mundo analógico para o digital. Dessarte, conforme

14
argumenta Santos (2016, p. 5), na era digital, estamos totalmente
envolvidos em tecnologia. O autor acrescenta ainda que:

“Além disso, a taxa de mudança tecnológica


não mostra nenhum sinal de abrandamento. A
tecnologia está levando a grandes mudanças na
economia, na nossa forma de nos comunicarmos e
relacionarmos com os outros, e cada vez mais no
modo como aprendemos.”

Posto isso, é importante destacar e compreender que a


chamada sociedade tecnológica é a sociedade atual, na qual
estamos vivendo, participando e aprendendo a conviver com as
aceleradas mudanças, seus efeitos e seus reflexos em todos os
setores.

Figura 3 - Relação entre ciência, tecnologia e sociedade

Atualmente, as tecnologias digitais já estão presentes em


nosso cotidiano. Desse modo, podemos afirmar que:

15
“Para as novas gerações, o estranho é ficar sentado
em uma sala, offline, sem os recursos digitais que
já se tornaram extensões de seus corpos e mentes,
sem interatividade. Portanto, será cada vez mais
natural, para o aluno do século XXI, estudar a
distância.” (TORI, 2017, p. 33).

Diante disso, compreendemos que se torna inevitável o


não reconhecimento de que, no mundo contemporâneo, as
possibilidades advindas das TDIC crescem a cada dia, dadas
as novas formas de relações humanas, baseadas em modelos
digitais que influenciam as maneiras de pensar e viver das
pessoas.
Sabemos que as tecnologias proporcionam avanços e soluções,
tanto no que diz respeito à agregação de valor e ao conhecimento
pessoal quanto à alimentação de sistemas de informação,
ferramentas essenciais para uma gestão dinâmica e eficaz.
No entanto, não se trata somente de possibilitar educação na
sociedade tecnológica, mas, notadamente, para essa sociedade.
Dessa forma, no contexto desta discussão, vamos refletir,
também, acerca do papel da universidade neste processo de
mudança.
Em palestra realizada no 1º Simpósio Internacional de Inovação
em Educação Superior (UEMA/ABRUEM/2017), o professor
Antônio Nóvoa trouxe abordagens bastante significativas quanto
aos desafios da universidade no século XXI:

“O desafio da universidade no momento atual é


compreender a tríplice articulação entre ensino,
pesquisa e sociedade, uma vez que a lógica entre
esses componentes se encontra entrelaçada.”

O professor Nóvoa, nessa citação, traduz a ideia de que é


necessário, no século XXI, valorizar a ciência, fortalecendo
mais a cultura científica, visto que universidade e ciência são

16
importantes enquanto elementos de base da democracia e do
desenvolvimento.

17
UNIDADE II
Após a leitura desta unidade, você será capaz de:

2.1 A TECNOLOGIA COMO


PERSPECTIVA PARA O AUMENTO
DA EFICIÊNCIA E DA AGILIDADE DA
GESTÃO NA EDUCAÇÃO SUPERIOR
Você, certamente, já percebeu que as Tecnologias da Informação
e Comunicação (TIC) influenciam os mais variados domínios da
vida em sociedade, assim como que o desenvolvimento científico
e tecnológico garante ao mundo mais produção com menos
trabalho. Assim, o que estamos presenciando, em nossos dias, é
a incorporação rápida e abrangente das tecnologias na vida das
pessoas, interferindo tanto nas atividades profissionais quanto
nas particulares.
Vivemos em uma sociedade em que as informações circulam
com grande agilidade, propiciadas por uma variedade de
recursos, tais como: fibras ópticas, ciberespaço, realidade
virtual, inteligência artificial, infovias, redes de comunicação,
armazenamento em nuvem, entre outros. Todos eles, por sua

18
vez, favorecem o desenvolvimento social e econômico por meio
da aquisição, processamento e disseminação de informações.
Logo, a escola não pode ficar à margem desses acontecimentos,
necessitando, porém, estar preparada para implementar o que
os novos tempos exigem.
É claro que, com o aumento das demandas sociais, as
ferramentas tecnológicas passaram a se constituir um recurso
imprescindível para a gestão pública, possibilitando maior
eficiência e celeridade nos processos decisórios. É fato que
estamos vivendo uma nova cultura, com muito mais aparatos
para o planejamento e para a tomada de decisões.

“Uma nova cultura surge, trazendo consigo um


novo modelo de vida, uma nova compreensão
política e a consciência da necessidade de um novo
sistema de valores acompanhado de uma nova
forma de pensar. Hoje, aos tomadores de decisão,
é dado o desafio de pensar globalmente e usar,
em larga escala, os instrumentos de informação e
comunicação que venham a colaborar no processo
decisório.” (MORITZ; PEREIRA, 2006, p. 38).

Para os autores supracitados, a informação significa poder


para quem a possui. Está presente em atividades que envolvem
pessoas, recursos financeiros, tecnologia, entre outras. Dessa
forma, a agilidade e o rigor com os quais os gestores recebem
as informações geram, em grande parte, a eficiência do sistema
de controle.
Para contribuir com essa reflexão, Santos (2008) acrescenta
que a escola, agora, precisa estar preparada para viver este novo
cenário.

“[...] organizada e gerida em bases totalmente


diferentes, com mais dinamismo e criatividade
para ser capaz de interpretar as solicitações de
cada momento e criar condições mais propícias
para um trabalho escolar mais eficaz.” (SANTOS,
2008, p. 35).

19
Nessa direção, torna-se oportuno lembrar que, como toda
e qualquer organização, as instituições de educação superior
também estão em busca de aumentar a eficiência e agilidade
da sua gestão. Nesse sentido, vale advertir sobre os princípios
e fundamentos alicerçados na Constituição Federal de 1988,
que tem, como um dos destaques fundamentais, o princípio
da eficiência, expressado no art. 37. A Lei enfatiza, ainda, a
necessidade de utilizar soluções mais adequadas ao oferecimento
de serviços que proporcionem a todos mais condições para o
exercício pleno da cidadania.
Por conseguinte, as instituições de ensino superior vêm se
defrontando com uma realidade repleta de grandes desafios, tais
como: a equidade de acesso ao ensino superior; o processo de
avaliação institucional; a qualidade, tendo a gestão universitária
como enfoque; o compromisso com o ensino, a pesquisa e a
extensão; a formação profissional e a autonomia universitária.
Por conseguinte, as instituições de ensino superior vêm se
defrontando com uma realidade repleta de grandes desafios,
tais como: a equidade de acesso ao ensino
superior; o processo de avaliação institucional; a qualidade,
tendo a gestão universitária como enfoque; o compromisso com
o ensino, a pesquisa e a extensão; a formação profissional e a
autonomia universitária.
Convidamos você a aprofundar mais os seus conhecimentos
por meio da leitura do artigo intitulado “O cuidado como
princípio educacional”, de autoria do Prof. Dr. Luciano Sathler,
cujo objetivo é abordar a ideia do conceito da Teoria da Distância
Transacional. Clique no título do texto para ter acesso.
Destarte, a busca pela eficiência é um dos caminhos de
transformação das instituições na perspectiva da melhoria de
processos acadêmicos e administrativos. Entende-se, ademais,
que uma gestão eficiente é aquela capaz de alcançar resultados
positivos com esforço e custo reduzidos, ou seja, consegue
aperfeiçoar os serviços e ampliá-los com o mínimo de gasto
possível.

20
Seguindo esse ponto de vista, é fundamental ressaltarmos a
importância da tecnologia como um fator que contribui para a
otimização de recursos, de modo a tornar a gestão pública mais
efetiva sem perder de vista as expectativas da sociedade. Para
tanto, o gestor precisa ter uma visão estratégica e acompanhar as
mudanças promovidas pelo avanço tecnológico para investir em
soluções que proporcionem eficiência e agilidade nos processos
organizacionais. Assim, Perrenoud (2000, p. 125) destaca que:

“[...] a escola não pode ignorar o que se passa no


mundo. Ora, as novas tecnologias da informação
e da comunicação (TIC ou NTIC) transformam
espetacularmente não só nossas maneiras de
comunicar, mas também de trabalhar, de decidir,
de pensar.”

A respeito disso, vale lembrar que, para tornar a gestão da


educação superior mais eficiente, esta deve estar acompanhada
da aplicação de indicadores de desempenho, a qual pode ser
feita com o suporte dos recursos tecnológicos. Esses dados
contribuem de forma significativa para o gestor ter uma visão
geral de como as tarefas estão sendo realizadas, e quais
resultados estão sendo produzidos. Isso é crucial para identificar
falhas e estabelecer prioridades, definir metas e ações de forma
mais ágil e com maior precisão.
Outrossim, o uso dos recursos tecnológicos propicia a criação
de uma gestão mais transparente, e isso é perceptível quando
vemos que, hoje, a maioria das universidades conta com sites e
outros dispositivos onde são divulgadas suas ações e, até mesmo,
a prestação de contas da aplicação dos recursos públicos. Nessa
perspectiva, a tecnologia se tornou um recurso imprescindível
como ferramenta de automação de tarefas, integração de
sistemas e controle de resultados.
Vamos entender como isso acontece acessando os links a
seguir:

21
Decerto, estamos vivendo na época da gestão digitalizada e
automatizada, e muitos processos podem ser realizados ou
controlados por softwares com alto nível de eficiência e agilidade.
Da mesma forma, grande parte das tarefas de rotina, geralmente
repetitiva, pode ser feita por máquinas, sem exigir muito esforço
humano, a exemplo da digitalização de documentos.
No âmbito dessa questão, é importante apresentar as
contribuições de Sathler (2021) quando ressalta que as instituições
de educação superior precisam estar atentas, de forma crítica e
construtiva, às necessidades da sociedade da informação, tendo,
como foco, o ensino, a pesquisa e a extensão. Portanto, caso
essas instituições não procedam desse modo, estarão sujeitas a
serem colocadas em um plano desprezível.
Ao mencionar a transformação digital nas instituições de
educação superior, o autor esclarece ainda:

“A digitalização é mais do que apenas a conversão


de texto, imagem ou som em um formato digital
que possa ser processado por um computador.
A Internet e as redes digitais são meios que
conectam diferentes tipos de informações, geram
novos fluxos de dados e estruturam canais de
informações, aumentando a interação entre
pessoas e processos. [...] O desafio particular
do Século 21 é buscar que todos os setores se
beneficiem da crescente transformação digital da
sociedade.” (SATHLER, 2021, p. 111).

22
É interessante refletir sobre as colocações de Sathler (2021),
tendo em vista a preocupação que ele traz sobre a aplicação
das novas tecnologias, cujo argumento perpassa pelo âmbito
da gestão, numa perspectiva bem mais ampla. Ou seja, o autor
concebe as possibilidades das tecnologias para além do uso,
simplesmente. Ele aponta a sua importância para um outro
patamar, para a capacidade de permitir interação com outras
práticas estabelecidas, inclusive, rotinas individuais e coletivas.
Outro exemplo bem prático do uso das tecnologias para
garantir eficiência e agilidade na gestão é o armazenamento
em nuvem, uma tecnologia fantástica que consiste em permitir
guardar dados na internet por um servidor on-line sempre
disponível. Nele, podem ser salvos arquivos, documentos e
outras informações sem precisar de um HD no computador.
Para compreendermos melhor essa ferramenta, é preciso
entender que esse conceito vai além de “guardar documentos”.
É, portanto, um serviço de transferência de informações que
pode ocorrer pela internet ou por uma rede interna. Assim, elas
são movidas a um sistema externo por meio de um provedor
que oferece total segurança para esse processo, que, nas
universidades e escolas, poderá otimizar tempo e maximizar a
qualidade nas diversas ações dos gestores.
Muito pertinente será discutir questões contemporâneas
para um processo de gestão inovadora e eficiente, porquanto o
armazenamento em nuvem favorece uma série de possibilidades
e oportunidades à gestão pública. Podemos destacar a
entrega de serviços de computação pela internet, por meio da
qual a universidade ou a escola passam a ter mais agilidade
e produtividade na condução dos processos. Esse recurso
tecnológico evita interrupções do sistema e melhora a qualidade
das entregas aos alunos, professores e aos próprios gestores.
Para complementarmos esses estudos, convidamos você a
experienciar a leitura da Unidade 3 e conhecer um pouco mais
sobre os desafios da gestão no contexto tecnológico. Nesta nova
leitura, podemos ratificar que as Tecnologias da Informação e
Comunicação (TIC) alavancam o aperfeiçoamento da gestão do

23
conhecimento e da informação tanto na universidade quanto
na escola pública, de um modo geral. Logo, é indispensável
aprofundar as reflexões de como estas possibilitam a ampliação
da eficiência nas suas atividades administrativas, atividades-
meio, atividades-fim, no ensino, pesquisa e extensão, trazendo
benefícios para toda a comunidade acadêmica, atingindo,
também, em alguns serviços, a comunidade externa.
É importante, ainda, refletir sobre a gestão universitária e
escolar, como bem destaca o padre Antônio Vieira (1718):

“O tempo, como o Mundo, tem dois hemisférios: um


superior e visível, que é o passado, outro inferior
e invisível, que é o futuro. No meio de um e outro
hemisfério ficam os horizontes do tempo, que são
estes instantes do presente que vamos vivendo,
onde o passado se termina e o futuro começa.”
(VIEIRA, 1718).

24
UNIDADE III
Após a leitura desta unidade, você será capaz de:

3.1 A TECNOLOGIA COMO


INSTRUMENTO DE
COMPETITIVIDADE E INOVAÇÃO
NO CONTEXTO DA GESTÃO DA
EDUCAÇÃO SUPERIOR
As Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), como
sabemos, já se encontram inseridas no cotidiano das pessoas e,
aos poucos, vão sendo incorporadas ao processo educacional.
Contudo, algumas têm sido mais expressivas que outras,
notadamente, pela forma como estão conseguindo imprimir
mudanças e provocar respostas potenciais em determinados
setores da sociedade.

25
Fonte: Freepik

A adoção de novas tecnologias, enquanto instrumento de


competitividade e inovação, tornou-se essencial na condução
das instituições, no sentido de elevar, de forma mais assertiva,
o nível de gerenciamento, de aperfeiçoamento da qualidade das
informações, de agilidade nas decisões, de eficiência no processo
comunicacional e, principalmente, de monitoramento das ações.
No que tange ao discurso de inovação na educação superior,
Sathler (2017, p. 45) faz a seguinte reflexão:

“A inovação visa melhorar o desempenho de uma


organização com o desenvolvimento de vantagens
competitivas ou, simplesmente, a manutenção da
competitividade por meio da mudança da curva de
demanda de seus produtos. Aumentar a qualidade
dos serviços educacionais, oferecer novos cursos e
metodologias, conquistar novos grupos de alunos
ou reduzir a curva dos custos são exemplos dos
efeitos da IES.”

Para Sathler (2017) este é um momento único frente aos


ecossistemas de inovação, que visa melhorar o desenvolvimento
de vantagens competitivas ou, simplesmente, a manutenção da
competitividade por meio da mudança da curva de demanda de
seus produtos e serviços.
Logo, as instituições de educação superior podem construir
ambientes que possibilitam o desenvolvimento da cultura de
inovação, uma vez que o setor educacional é um ambiente
bastante propício à competitividade. Nesse sentido, devem

26
estar sempre em busca de novas soluções para o aumento da
produtividade das suas ações.
Convidamos você a complementar as informações a respeito
do assunto em Sathler (2017), que discutiu o tema “Por uma
cultura de inovação na Educação Superior” no Simpósio
Internacional de Inovação em Educação Superior, realizado em
29 de junho de 2017, em São Luís - Maranhão. O material está
disponível por meio do link:

No âmbito desta discussão, há que se pensar na incorporação


de novas tecnologias que avancem o processo de gestão da
educação, numa perspectiva mais inovadora, mediante a adoção
de modelos criativos, inclusivos e flexíveis que englobem as
dimensões: ensino, pesquisa e extensão. Segundo Moran (2000,
p. 64):

[...] vivemos um momento fascinante, em que


precisamos reorganizar tudo o que conhecíamos
em novos moldes, formatos, propostas, desafios,
formas de gestão. Os que compreenderem e
puserem em prática antes essas novas experiências,
os inovadores, colherão rapidamente os seus frutos
em realização afetiva, profissional e econômica.

Sabemos que, no mundo contemporâneo, a busca pela


criatividade e pelo aperfeiçoamento das ações já existentes
é cada vez maior, a fim de que as instituições de ensino se
tornem mais inovadoras. Portanto, competitividade, inovação
e tecnologia se constituem elementos inter-relacionados,
estabelecendo, assim, uma conexão entre o conhecimento
produzido e o desenvolvimento científico.
Nesse sentido, vale pensar que o conhecimento gerado na
universidade é imensurável, tendo em vista que, no contexto da
sociedade tecnológica, o conhecimento é um dos recursos mais
preciosos para os gestores, visto que os processos inovadores

27
são os elementos que mais interferem no componente da
qualidade.
No que concerne às políticas públicas, o Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovações (MCTI) instituiu a Política Nacional de
Inovação, formalizada pelo Decreto nº 10.534, de 28 de outubro
de 2020, e a Estratégia Nacional de Inovação, aprovada pela
Resolução nº 1, de 23 de julho de 2021, que dá continuidade à
Política Nacional de Inovação.

Quadro 1 - Política Nacional de Inovação

Fonte: https://www.gov.br/governodigital/pt-br/estrategias-e-politicas-digitais/politica-
-nacional-de-inovacao

Quadro 2 - Estratégia Nacional de Inovação

28
Fonte: https://www.gov.br/governodigital/pt-br/estrategias-e-politicas-digitais/estrate-
gia-nacional-de-inovacao

Esses dois instrumentos visam a um novo paradigma para a


gestão governamental e buscam aumentar a coesão, a sinergia
e a efetividade das políticas voltadas à inovação. Nesse sentido,
torna-se de fundamental importância o conhecimento dessas
legislações para o contexto da gestão pública, notadamente, da
educação superior, pois, no cotidiano de uma instituição, existem
diferentes situações de natureza estratégica.
Sander (2005) destaca que:

“A gestão da educação abarca desde a formulação


de políticas, planos institucionais e a concepção de
projetos pedagógicos aos sistemas educacionais
e às instituições escolares até a execução, a
supervisão e a avaliação institucional das atividades
de ensino, pesquisa e extensão e a administração
dos recursos financeiros, materiais e tecnológicos.”
(SANDER, 2005, p. 127).

Diante disso, é mister o entendimento das políticas públicas


para que se possa definir realmente o que é gestão estratégica, e
como a tecnologia, enquanto instrumento de competitividade e
inovação, pode contribuir para a melhoria da educação superior.
Vamos aprofundar essa reflexão sobre a competitividade e a
inovação no contexto da gestão da educação superior. Como
sugestão, leia o texto “Tecnologia, Inovação e Educação:
chaves para a competitividade”, do autor Hélio Gomes de

29
Carvalho, disponível por meio do link a seguir:

3.2 A INSERÇÃO DE NOVOS


RECURSOS TECNOLÓGICOS NA
GESTÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR
Como é de seu conhecimento, a tecnologia vem tomando força
e possibilitando maior confiabilidade em todos os setores da
sociedade. Ela tem ampliado as formas de as pessoas adquirirem
informações, assim como de as divulgarem. É evidente que,
hoje, as pessoas, para terem informações sobre o que ocorre no
mundo, não precisam sair, necessariamente, para adquirir um
jornal impresso ou uma revista; a internet está na sua casa, na
sua mão e traz tudo com a maior celeridade, em tempo real.

“O mundo do novo milênio está globalizado e


embebecido em TIC, que são a sua estrutura
nervosa. Nesse cenário, a Internet aparece como o
“lugar-comum” do século XXI. E é aqui que se torna
da máxima importância determo-nos na analítica
da experiência da comunicação digital. Ou seja,
atentar no lado sociocultural destas tecnologias.”
(CARMO, 2018, p. 125).

Com efeito, temos muitas informações de forma rápida, no


entanto é preciso ter muito cuidado, sendo essencial, a princípio,
fazer um filtro das mesmas, haja vista que qualquer pessoa pode
postar conteúdos na rede. Daí, a necessidade de averiguarmos a
fonte da informação e ter a certeza de que o conteúdo é, de fato,
confiável.
Não há dúvidas de que as ferramentas tecnológicas têm
possibilitado celeridade e maior alcance das notícias. A
informação nunca foi tão abundante e instantânea como agora:
encontra-se tudo facilmente. As pessoas podem estar conectadas

30
ao mesmo tempo a um ou vários aparelhos tecnológicos: um
smartphone, notebook, tablet, ou seja, todos se comunicando de
vários lugares, e ao mesmo tempo. “Chegamos a casa e ligamos
a televisão ou a música, entramos no carro e ligamos o som e o
bluetooth, estamos a jantar com amigos e a verificar o telemóvel/
celular”. (CARMO, 2018, p. 129). Enfim, é a tecnologia mediando
as relações do homem com a máquina.

Fonte: Freepik

O processo de evolução das TIC vem ocorrendo há bastante


tempo. Todavia, na educação, foi no século XXI em que se deu o
seu uso intensivo, causando, por conseguinte, esse gigantesco
impacto. É óbvio que, nessa área, a tecnologia tem assumido
um papel preponderante, enquanto ferramenta que possibilita
melhorias tanto no processo de ensino e aprendizagem quanto
no de gestão.
Não é nenhuma novidade que, com o advento das tecnologias
digitais na escola, a realidade da sala de aula tem mudado
muito, e para melhor. A escola vive um novo momento com a
chegada da internet e dos dispositivos digitais, estimulando o
aprender com mediação. Para Kenski (2013), as novas tecnologias
caracterizadas como midiáticas são mais do que simples suportes
para a educação.

31
“Elas interferem em nosso modo de pensar,
sentir, agir, de nos relacionarmos socialmente
e adquirirmos conhecimentos. Criam uma nova
cultura e um novo modelo de sociedade.” (KENSKI,
2013, p. 23).

Neste contexto, novos desafios são impostos para a adaptação


ao modelo atual de ensino, cujas mudanças implicam em
diferentes aspectos: nas políticas educacionais, nas propostas
curriculares e nas relações que, naturalmente, acontecem no
cotidiano da escola. Dessarte, é evidente que um dos maiores
desafios do mundo contemporâneo é incorporar a ideia de que é
imprescindível saber lidar com as tecnologias e, para além disso,
aprender a utilizá-las de forma adequada.
Por outro lado, sabemos que as soluções tecnológicas têm
se mostrado eficientes, também, nos processos referentes à
gestão escolar, dada a capacidade de agilizar rotinas; aumentar
a velocidade das decisões; otimizar recursos humanos e
financeiros; bem como gerar dados mais precisos e celeridade
na troca de informações.
Vivemos, portanto, em um mundo cercado de muita
informação e não podemos negar que as tecnologias têm
auxiliado sobremaneira na tomada de decisão dos gestores
tanto em nível de macroplanejamento quanto em rotinas mais
imediatas. Atualmente, existem softwares e sistemas de gestão
que possibilitam a integração da instituição, podendo concentrar
dados e informações de seus diversos setores em uma única
plataforma.

32
Figura 4 - Agilidade dos processos para viabilizar a produtividade da
gestão

Fonte: Elaboração própria, 2022.

Enfim, com a evolução da tecnologia, a comunicação, no âmbito


de qualquer instituição, pode ocorrer de maneira fluida, com
base em informações mais concretas, criando, dessa maneira,
um cenário de confiabilidade e, consequentemente, um maior
nível de eficiência nos processos decisórios. Contudo, sabemos
que ela por si só não opera milagres, o que requer, assim, que os
gestores busquem constantemente capacitações e informações,
que, por sua vez, possam gerar novos conhecimentos.
Chegamos ao final deste nosso diálogo com a certeza de
que, durante a disciplina, construímos novos conhecimentos e
contribuímos para a melhoria da prática profissional.

Professora Ilka Márcia Ribeiro de Souza Serra


Professora Eliza Flora Muniz Araújo

33
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