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FERRAMENTAS DIGITAIS NAS PRÁTICAS PEDAGOGICAS NA

EECIM PROF. ALBERTO ELPÍDIO FERREIRA DIAS (PROF. TITO)

Autor1 Mariana Thais Oliveira Barbosa


Formador/Tutor2

RESUMO

A sociedade contemporânea é caraterizada por um desenvolvimento tecnológico extremamente


rápido e generalizado, que provoca mudanças na vida das pessoas e se reflete também nas
relações políticas, a incorporação de novas tecnologias só fará sentido se contribuir para a
melhoria da qualidade da educação e a melhoria da qualidade do ensino em si não é uma
garantia para a qualidade da educação. O processo de ensino e aprendizagem se reflete na
prática do professor e na forma como o professor e os alunos utilizam os recursos tecnológicos
disponíveis. A presença da tecnologia deve servir para enriquecer o ambiente educacional e
permitir a construção do conhecimento por meio da ação ativa e crítica de alunos e professores.
O objetivo deste trabalho é refletir sobre a prática educativa, com foco nas estratégias
tecnológicos da prática pedagógica e nas ferramentas digitais utilizadas em sala de aula,
enfatizando as tecnologias digitais no processo ensino-aprendizagem, propondo uma oficina de
ferramentas digitais aos professores e coordenadores da EE Cívico Militar Alberto Elpídio
Ferreira Dias (Prof Tito) e identificando essas ferramentas como o grande valor que elas
representam na construção do conhecimento.
Palavras-chave: Ferramentas digitais; educação; práticas pedagógicas.

1
Docente - Instituição - E-mail: e-mail do autor
2
Formador/Tutor - Instituição - E-mail: e-mail do autor
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1. INTRODUÇÃO

Com o uso das tecnologias digitais no ensino/aprendizagem, novas possibilidades surgem,


democratizando o acesso a diferentes níveis e métodos de ensino. Com novas tecnologias, como
a internet e os ambientes virtuais de aprendizagem, ampliou-se o diálogo entre todos os atores
envolvidos no processo dentro desse novo paradigma, alunos e professores enfrentam uma nova
forma de ensinar e aprender, derrubando barreiras com a criação de novos espaços de
aprendizagem.
Diante disso foi pensando e articulado com a coordenadora de avaliação e a professora
coordenadora de práticas inovadoras, através da última formação de professores a 1º Oficina de
Ferramentas Digitais, com o objetivo principal de auxiliar e contribuir com a formação e
aprendizado dos professores a utilizar as ferramentas digitais em sala de aula, para assim
obterem um resultado mais satisfatório no ensino/aprendizados dos estudantes, pois as
ferramentas digitais são consideradas como um recurso pedagógico que pode melhorar a
qualidade do processo de ensino e de aprendizagem, o estudante é visto como construtor de
conhecimento e o professor como mediador entre o aluno, as ferramentas digitais e o saber.

 Descrição do caso: descreve a vivência com detalhes, adotando uma sequência


cronológica e organizada dos fatos:

- Formação continuada onde foi discutido sobre como o uso das ferramentas digitais e
tecnológicas podem impactar positivamente no ensino aprendizagem em sala de aula;
- Proposta sobre a oficina de ferramentas tecnológicas aos professores e coordenadores
interessados;
- Reunião com os coordenadores responsáveis pela oficina/formação de ferramentas digitas
para definição do conteúdo abortado;
- Ocorrerá a primeira oficina/formação com os professores interessados, nesse primeiro dia será
abortado os principais fundamentos das práticas tecnológicas;
- Após os encontros os professores colocarão em prática os conteúdos ensinados e poderão tirar
as dúvidas que aparecerão ao longo do percurso;
- Encerrando a formação/oficina os professores apresentarão um planejamento onde colocarão
em prática o uso de alguma ferramenta tecnológica ensinada durante nossos encontros.

2. RESULTADOS ESPERADOS

Trata-se de um projeto aberto, dinâmico e evolutivo, cuja característica básica é a


intencionalidade de propiciar aos docentes aprendizagem significativa de ferramentas digitais
por meio de computadores no laboratório de informática na escola. Os resultados esperados
com a oficia são: aprender a utilizar de ferramentas gratuitas que permitem criar aulas
dinâmicas, interativas e colaborativas (criação de apresentações, murais, quadros, jogos
educativos, atividades, enquetes, nuvens de palavras). Aprender a utilizar ferramentas para
jogar, ensinar, estudar, elaborar trabalhos e fazer levantamento. Aprender a inserir arquivos de
som, imagens, vídeos e links nos jogos e nas atividades; Sugestões de sites para buscar as
imagens, animações e efeitos sonoros para construir as atividades. Espera-se com o aprendizado
das ferramentas digitais citadas ocorra a inovação no planejamento escolar dos professores e
das atividades inovadoras realizadas em sala de aula.

3. DESCRIÇÃO DO CASO

Não há como negar que o mundo mudou e, com ele, a maneira de nos relacionarmos com
as outras pessoas e com o ambiente também. Não nos comunicamos mais do mesmo jeito,
tampouco aprendemos como antes. Nesse contexto, é importante considerarmos o papel dos
alunos e o quanto é fundamental adotar práticas inovadoras na educação, isto é, tomar medidas
que acompanhem as mudanças que ocorrem na realidade desses jovens. Toda essa mudança no
mundo é marcada pelos Millennials ou Geração Y. Os millennials, também conhecidos como
nativos digitais, são pessoas nascidas entre 1982 e 1994 onde a tecnologia faz parte do seu dia
a dia: todas as suas atividades são realizadas por meio de telas.
Segundo o dicionário Houaiss (2010, p.388) o termo geração é definido como: “espaço de
tempo que separa cada grau de filiação”. Uma geração pode estar compreendida em períodos
de tempo de até 25 anos. Alguns autores classificam como componentes da geração y os
indivíduos nascidos entre 1980 e 2000, embora alguns autores ainda incluam indivíduos
nascidos no final da década de 70.
Essa geração de jovens participou do surgimento e implementação da Internet. Muitos
experimentaram sua integração, outros a acharam integrada. Esses jovens são imigrantes para
essas tecnologias, seguindo um forte ritmo de atualização tecnológica e acesso à informação.
Mudanças constantes formaram uma geração com um perfil bem característico. No livro
“Geração Y: O Nascimento de Uma Nova Versão de Líderes” (OLIVEIRA 2010), o autor
descreve os jovens dessa geração como flexíveis, criativos e questionadores, mas que
necessitam de reconhecimento por tudo o que desempenham. Estes jovens são curiosos, têm
pressa em conseguir o que almejam, sabem onde buscar a informação e tem facilidade em
consegui-la. Dessa forma diferentes métodos têm surgido para tornar a sala de aula mais
dinâmica, tecnologias têm se aliado ao quadro negro e ao giz para diversificar os modos de
apresentação dos conteúdos e atingir mais efetivamente esses alunos imediatistas por natureza.
Nesse momento, o papel do professor se renova, tanto pelo ensino à distância (EaD) quanto
pela nova mediação do conhecimento possível por causa da tecnologia.
De acordo com o exposto por Levy (1999 p. 158):

Mas o essencial se encontra em um novo estilo de pedagogia, que favorece ao


mesmo tempo as aprendizagens personalizadas e a aprendizagem coletiva em
rede. Nesse contexto, o professor é incentivado a tornar-se um animador da
inteligência coletiva de seus grupos de alunos em vez de um fornecedor direto
de conhecimentos.
Como é possível ver no trecho acima, extraído do livro de “Cibercultura”, Levy (1999)
deixa claro as novas funções do professor na cultura da tecnologia, onde o professor não é o
portador do conhecimento. Na cibercultura, o conhecimento pode ser encontrado facilmente na
rede. Nesse contexto, o professor é um elemento mediador entre conhecimento e aluno. Ou seja,
sua função passou a ser um instigador da inteligência coletiva.
Consequentemente é inevitável que essas mudanças e modernizações não ocorra nas
escolas e principalmente dentro das salas de aulas, diante disso e atendendo a pedidos que vários
professores na nossa última formação continuidade de fazermos uma oficina de ferramentas de
tecnologias digitais, muitos professores relataram muita dificuldade em acompanhar todas essas
mudanças tecnológicas e aplica-las em sala de aula para assim desenvolver práticas inovadoras
no dia a dia da escola e melhorar o ensino aprendizagem de seus alunos.
Portanto o projeto apresentado se faz inovador pois o professor torna-se mediador do
conhecimento e não mais transferidor, o aluno aprende por métodos mais ativos de
aprendizagem, em que ele busca o próprio conhecimento, sendo a educação como elemento
emancipador do indivíduo.

4. METODOLOGIA

Olhando para os autores que influíram a formação desse discurso sobre os usos do
computador destaca-se Pierre Lévy, usado principalmente na educação "Internet e Educação"
para se referir a conceitos como "Ciberespaço", "virtual e real", "ecologia cognitiva" e descrever
relações espaciais e temporais, entre outras coisas. Pode-se dizer que esse teórico sustenta o
discurso sobre o uso de computadores.
Outro autor considera Paulo Freire uma abordagem teórica para a construção do
discurso pedagógico. É amplamente utilizado para descrever os computadores como um método
de ensino para alcançar a independência do aluno. Freire é especialmente mencionado em textos
que começam com a definição popular de educação em que as pessoas são sujeitas de seu
próprio estudo. Essa lógica enfatiza a participação e o auto aperfeiçoamento dos alunos ao
mesmo tempo em que apoia o desenvolvimento crítico do ensino. Um exemplo é o estudo
realizado por Vilares e Silva (2005), sobre a interatividade nos processos de comunicação em
laboratórios de informática, em que Freire é citado referindo-se à aprendizagem como um
processo que pode proporcionar ao aprendiz uma curiosidade que leva à criatividade,
autonomia. e participação. Deste ponto de vista, o uso de computadores pode levar a educação
como libertadora.
Na abordagem da educação a distância (EAD), Lévy também é muito utilizado, sempre
no sentido de oferecer conceitos e ideias que ajudem a compreender o processo de
aprendizagem em ambientes virtuais, para esclarecer novos tipos de linguagens e relações de
acesso, divulgação e significado do conhecimento. Os conceitos deste autor são tomados para
justificar a introdução das TIC na educação a distância, em geral, e também para subsidiar
estratégias e práticas pedagógicas. Cabe destacar que ao discutir a mediação e o papel do aluno
e do professor na educação a distância, autores como Ponto Silva, Rangífera M. Palloff e Keith
Pratt, são citados para abordar os “novos papéis” do professor e do aluno: o professor como
mediador e o aluno como construtor do conhecimento.

REFERÊNCIAS

FEENBERG, A. O que é a filosofia da tecnologia? Conferência pronunciada para os


estudantes universitários de Komaba, junho de 2003, sob o título de “What is philosophy of
technology? ”. Tradução de Agustín Apaza, com revisão de Newton Ramos de Oliveira.
Disponível em: Acesso em: 5 ago. 2007.

FISCHER, R.M.B. Mídia, máquinas de imagens e práticas pedagógicas. Revista Brasileira de


Educação, Rio de Janeiro, v. 12, n. 35, p. 290-299, maio/ago. 2007.

HOUAISS, Antônio. Minidicionário Houaiss, 4ª edição revisada e aumentada, Rio de Janeiro:


Objetiva, 2010.

LÉVY, P. A máquina universo: criação, cognição e cultura informática. Trad. De Bruno


Charles Magno. Porto Alegre: Artmed, 1998.
LÉVY, Pierrel. Cibercultura, Trad. Carlos Irineu da Costa, 1ª edição, 1ª Reimpressão, São
Paulo: Editora 34, 1999.

OLIVEIRA, S. Geração Y: O Nascimento de Uma Nova Versão de Líderes. 1ª edição, São


Paulo: Integrara Editora, 2010.

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