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Como usar as Novas Tecnologias na Educação: sala de aula deve ser ambiente de

criação.

A utilização das mídias na educação é, além de um tema bastante atual, por vezes
muito controverso, haja vista a grande necessidade de sua inserção no universo
ensino-aprendizagem e a razoável resistência de alguns professores no que se refere
à adequação da prática pedagógica à essa inovação tecnológica. Os comportamentos
sociais que envolvem as mídias são um grande desafio para a ação da escola na
atualidade, pois ela deve viabilizar-se como espaço crítico em relação ao uso e à
apropriação dessas tecnologias de comunicação e informação. Há muitas dúvidas
entre os professores sobre a melhor forma de lidar com as novas tecnologias dentro
da sala de aula. Casos onde diretores conseguem um laboratório de informática
novinho, mas que acaba não sendo usado, porque eles têm medo de os alunos
estragarem os equipamentos. E o pior é que não deixa de ser compreensível, na
perspectiva de um gestor que sabe a dificuldade de conseguir e de consertar esses
equipamentos. Então, nesse sentido, às vezes vale sim, a pena desconectar desse
excesso de distrações da Internet para se concentrar. Internet é genial, mas a gente
não pode desconsiderar que o que a maioria das crianças e jovens andam fazendo
não é um uso criativo da Internet, mas é pura procrastinação.

O uso pedagógico das novas tecnologias pelo professor na sala de aula e sua eficácia
didática no processo de ensino-aprendizagem e o problema elencado foi de que forma
investigar esse referido uso pedagógico das novas tecnologias. Os alunos têm que
aprender a discernir uma fonte confiável de informação no meio de tanta informação
falsa que circula na Internet, tem que aprender a interpretar as mensagens nas redes
sociais de acordo com a fonte, tem que saber que tudo que ele faz na Internet é
registrado, que ele está sendo seguido a cada clique, que as empresas guardam
essas informações e acaba nos conhecendo melhor do que os nossos melhores
amigos. Um dos grandes desafios que as escolas têm em relação às novas
tecnologias é fazer com que alunos sejam não apenas usuários, mas produtores de
tecnologia. Eles têm que aprender a transformar o que tem em mãos e não a se
contentar com o papel de consumidores passivo de aplicativos feitos por outras
pessoas, e em geral feitos para estimular o consumo.

A tecnologia em sala de aula é uma ferramenta de protagonismo e de superação de


dificuldades de aprendizagem, onde a educação, antes de qualquer coisa, deve ser
compreendida como um fenômeno social. Assim, nada mais importante do que as
relações sociais que se dão entorno ao conhecimento para que possamos, de fato,
aprender. Assim, por meio das tecnologias, podemos criar condições para que nossos
alunos possam, ainda que de forma digital, aprender juntos. Esse é o chamado social
learning, ou, em português, a aprendizagem social. É uma metodologia que leva em
conta a colaboração entre os colegas como uma forma de favorecer o aprendizado de
novos conteúdos. Por meio dessa forma de observar o que é ensinar e o que é
aprender, compreendemos o processo educacional como algo fluído, que não pode
ser, portanto, aprisionado apenas pelo professor. Dessa forma, a tecnologia em sala
de aula pode ser um meio para a criação de fóruns de discussão, em que o professor
possa levantar os mais diferentes problemas que estejam ligados aos seus conteúdos,
transformando aquele espaço em um ambiente de trocas significativas.

Há um grande movimento internacional na educação entendendo que, já hoje, mais


de forma mais intensa no futuro próximo, aqueles que não souberem princípios de
programação serão considerados analfabetos. Além disso, deve reconhecer sua
importância e capacidade de interferência no modo de ser e de agir das pessoas e na
própria maneira de se comportarem diante do seu grupo social, como cidadãs. O
desenvolvimento da consciência crítica, fortalecendo a identidade de cada um, é
desafiador para os professores diante de novas sabedorias que circulam a sociedade.
Já tem um termo para isso: Internet de todas as coisas, que já está em pleno
desenvolvimento, e o princípio da singularidade, elaborado por Ray Kurzweil, que se
fundamenta nesse nessa lógica exponencial do avanço tecnológico. Como aspectos
conclusivos pode-se ressaltar que a possibilidade das novas tecnologias e o advento
da internet e sua popularização ampliada trouxeram inúmeras inovações ao fazer
educativo e pretendem romper com barreiras tradicionais sobre a forma de se ensinar
e as possibilidades de novos jeitos de aprender, ou seja, transpor a forma vertical e
hierarquizada do fazer pedagógico, propondo uma interatividade cada vez maior e um
poder de comunicação cada vez mais abrangente no contexto escolar. As novas
tecnologias são capazes de introduzir no seio da sala de aula uma relação horizontal
entre o professor, o conteúdo socialmente construído e o aluno. O professor é, nesse
contexto, muito mais um organizador e mediador na construção do conhecimento e
não mais e tão somente um mero transmissor de conteúdo.
Então se os jovens de hoje não conhecerem os princípios básicos dessa linguagem
ou desses códigos que vão programar os computadores já gerenciam toda a nossa
vida e estarão literalmente incorporados em nós, isso mostra que a sua educação
fracassou completamente. Se a gente aprende o alfabeto para aprender a escrever e
criar a partir da linguagem, a mesma coisa deve acontecer com a tecnologia.

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