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Universidade Católica de Santos

UNISANTOS

Estágio Básico VI
Profº Edgar Toschi Dias
Relatório Final

Psicologia - 6° Semestre/Noturno

Santos
2023
RELATÓRIO I - EVOLUÇÃO PSICOLÓGICA
No dia 20 de setembro de 2023, foi realizada a primeira encenação com o
objetivo de observarmos e analisarmos os pontos principais da situação apresentada
e em seguida, realizar a elaboração de uma Evolução Psicológica em grupo.

Encenação:
Um paciente internado a poucos dias é encaminhado para ter atendimento
psicológico. Ele conta que foi internado a pedido da irmã e que estava naquela
situação devido desentendimentos familiares. O paciente mantém o tom de voz
baixo, sendo até difícil compreender certas falas, mas em certos momentos
expressou agressividade em sua fala como por exemplo quando falou do seu
padrasto, a figura que instiga sua raiva desde quando estabeleceu uma união com
sua mãe.
Raul contou sobre sua rotina com sua filha, e mostrou certo desconforto
quando falou que uma de suas irmãs cuidava de sua filha para ele trabalhar. Raul
também fala sobre a situação pivô da sua internação. Conta que estava em um
almoço de família, quando seu padrasto chega e ele sente uma raiva incontrolável
ao vê-lo. Começa a agredi-lo de forma verbal e fala sobre o desejo que tem de
matá-lo. A psicóloga começa a fazer perguntas buscando expandir a conversa
sobre o ocorrido, mas muitos detalhes não foram comentados, dificultando o
entendimento do caso.
Raul revelou angústia e tristeza em relação a família, principalmente suas
irmãs. Aparentemente, mostra ser uma pessoa “família”, mas que a situação com
seu padrasto fez com que a maioria dos seus familiares se afastasse dele, criando
uma relação de desconfiança e inimizade. Por fim, apesar de não expresso
claramente durante a sessão, foi possível entender que a situação conflituosa com o
padrasto não se trata apenas pela chegada de um estranho em sua, mas porque
descobriu o segredo de que seu padrasto tinha engravidado uma de suas irmãs, e
sua mãe e ela escondem esse fato dele por muitos anos. O descobrimento do caso
tem sido traumático e desestabilizado o paciente que sente enganado, traído,
manipulado e sozinho.

Levantamento de dados:
● Paciente do CAPS-AD III;
● Chegou ao hospital na mesma semana do atendimento psicológico;
● Tem uma filha e casa própria;
● Trabalha no período vespertino e noturno;
● Irmã que solicitou o processo terapêutico;
● Trabalha com vigilância/segurança;
● Durante um almoço em família, o paciente viu seu padrasto e começou a
agredi-lo verbalmente;
● A irmã não estava presente nesse dia, mas há outra irmã (apenas por parte
de pai, mas ela não sabe) que tem ideação suicida;
● Paciente relata que nesse almoço gostaria de matar o padrasto e não tem
mais ninguém na família;
● A relação com a mãe era ruim, mas com a entrada do padrasto na família a
situação piorou, pois o padrasto batia nele e sua mãe não o defendia, apesar
de pensar em se separar dele.

Evolução Psicológica realizada pelo grupo:


“Paciente Raul, encaminhado ao hospital há uma semana. Comunicação verbal
pouco receptiva, expressando angústias, raiva e agressividade durante suas falas.
Paciente estável na entrevista. Mora sozinho com a filha e possui uma rotina de
cuidados com ela na parte da manhã e trabalha como vigilante no período da tarde e
noite. Deixa a filha aos cuidados de sua irmã para ir trabalhar, entretanto, há um
conflito e uma relação de desconfiança entre ele e sua irmã. Paciente faz referência
a angústias familiares e demonstrou desconforto com o afastamento dos parentes
após uma descoberta significativa e traumática na família. Recomenda-se contato
com os familiares para maiores entendimentos e continuidade do tratamento
psicológico e psiquiátrico”. (CARIMBO PSICOLÓGICO)

Conclusão da atividade:
Após os grupos terem realizado a leitura de suas evoluções em sala, o
professor fez suas constatações sobre a atividade. Ele notou que os grupos não
escreveram sobre um ponto principal que era a avaliação do exame do estado
mental do paciente, ou seja, não escrevemos se o paciente estava consciente ou
inconsciente, sua relação entre espaço e tempo, como estava sua linguagem e, não
abordamos uma hipótese diagnóstica.
Além disso, muitos pontos ficaram em aberto durante a encenação,
consequentemente muito confuso para entender a história e elaborar uma hipótese
do por quê pontos específicos foram abordados. Só após explicarem a encenação
que foi possível compreender que o paciente estava no CAPS-AD III para
atendimentos por apresentar transtornos psiquiátricos decorrentes ao alcoolismo. A
hipótese é de que os transtornos derivam de traumas na infância e por guardar
consigo um segredo de família, e que possivelmente, esse seja o motivo para uma
certa desconfiança com sua irmã, justamente por ter escondido por muitos anos
esse segredo. Além disso, aparenta não confiar em sua outra irmã, por ela também
não saber sobre esse segredo traumático e ele não conseguir enfrentar a situação
ao estar perto dela.

Comentários individuais:
Alana:
A proposta da atividade foi interessante e por ser uma dinâmica diferente do
que a sala estava acostumada, gerou curiosidade. Foi bom ter a possibilidade de
ampliar o meu ponto de vista e perspectiva, tendo uma visão mais clara de uma
situação real de atendimento psicológico. Por ter sido a primeira atividade com essa
proposta, tive dificuldades em me atentar aos detalhes da situação e pude perceber
isso no momento da construção da Evolução Psicológica, devido a falta de
informações. Mas, ressalto que a encenação também contou com lapsos de
informações e detalhes.
Amanda:
Na dinâmica apresentada em sala de aula participei da encenação,
exercendo o papel de psicóloga. O primeiro contato com o paciente foi muito
confuso, pois antes de iniciar a sessão não tive contato com o prontuário médico e
histórico do paciente.
Pelo nervosismo e falta de preparação de entrevista e caso, acabei não
sendo assertiva nas perguntas, deixando com que o paciente falasse aleatoriamente
e não o questionei e investiguei em pontos relevantes apresentados na sessão.
Quando finalizamos a dinâmica, percebi a importância da preparação e
conhecimento do histórico e contexto, e principalmente das técnicas e perguntas
certas no processo terapêutico.
Bianca:
No dia da dinâmica, não pude estar presente na aula, porém conversei com o
grupo sobre o que havia acontecido. Assim como as outras atividades propostas ao
longo do semestre, a dinâmica trouxe uma situação que pode ser muito corriqueira
no dia a dia de um psicólogo e, que exige um nível de preparação para ser
conduzida. Este semestre também estamos aprendendo sobre a “Psicologia
Hospitalar” com a professora Eliana e a sua primeira avaliação foi justamente a
realização de uma evolução psicológica num prontuário. Portanto, acredito que a
dinâmica trouxe pontos importantes a serem observados nessa situação e
esclareceu dúvidas que tínhamos em relação à primeira elaboração de uma
evolução psicológica.
Jéssica:
Inicialmente, com a realização dessa primeira dinâmica, ficou evidente que o
psicólogo exerce um papel fundamental na compreensão do caráter intrínseco do
paciente e, não só isso, mas também de saber conduzir a sessão terapêutica para
investigar informações que são importantes de fato, pois quando fomos realizar a
atividade após a cena, muitos aspectos foram incompreendidos e ficou confuso de
saber se certas informações eram ou não relevantes para se colocar na evolução.
Sobre a atividade, achei confuso o professor solicitar para que nós
fizéssemos uma evolução psicológica, sendo que desconhecemos como é feito esse
tipo de documentação, visto que não foi apresentado nem comentado nada a
respeito nas aulas anteriores, achei que faltou uma explicação sobre o que era,
como se realizava, quais os pontos que deveríamos focar e o que era ou não
relevante escrever na evolução antes da solicitação da atividade, justamente para
sabermos na teoria e na prática como que se realizava. Porém, mesmo após
falarmos o que escrevemos e o professor fazer comentários, não nos foi mostrado
um exemplo claro de evolução psicológica para analisarmos e até mesmo
compararmos com o que nós fizemos, então achei que realizar uma evolução
psicológica não foi realmente compreendido, agora só temos o conhecimento do que
são os possíveis pontos a serem colocados no documento e sua importância dentro
de um processo terapêutico e multiprofissional.
Maria Vitória:
Com a dinâmica sendo realizada, ficamos bem ansiosos pois não é algo
rotineiro nas aulas, ainda mais, por ser um assunto tão importante e rotineiro. No
começo, não sabia se ficava só prestando atenção ou se também anotava, escolhi
anotar os dados importantes e prestar atenção no comportamento e estratégia
usada pela psicóloga da cena. Percebi o quão atentos temos que ser a todos os
detalhes, e o quão difícil é isso. Atenção é treino e por ter sido a primeira dinâmica
deixando alguns pontos faltando observar e também não confiamos nos nossos
palpites de imediato.
É nítido o quão interessados e ansiosos estávamos para a dinâmica, creio
que levamos muitos conhecimentos por ser algo prático.
Sophia:
Não pude estar presente no dia na encenação, mas pelos comentários feitos
por minhas colegas do grupo no dia da encenação, acredito que foi algo fora de
nossa rotina, pois até esse dia, nunca nos foi solicitado fazer um relatório dessa
forma. Acabamos nos baseando superficialmente nas poucas informações que
tínhamos sobre evolução psicológica.
A proposta é muito interessante, e conforme fomos conversando sobre,
percebemos que a sala toda gostou. Com certeza se tivéssemos feito esse exercício
durante o semestre todo, conseguiríamos fazer o relatório sem dúvida alguma.

RELATÓRIO II - EMISSÃO DE ATESTADO


No dia 27 de setembro de 2023, foi realizada uma segunda encenação com o
objetivo de observarmos os principais aspectos da situação encenada e avaliar a
possibilidade da emissão ou não de um Atestado Psicológico para o paciente.

Encenação:
A encenação foi inspirada no filme “O bicho de 7 cabeças”, onde um rapaz é
institucionalizado pelo porte e uso de maconha. A cena apresentada mostra um
rapaz chegando para a sua sessão de terapia após ter ficado um período de
aproximadamente dois anos institucionalizado. Ele chega ofegante e nervoso
solicitando à psicóloga um atestado de “não agressividade”. A terapeuta tenta
acalmá-lo, mas o rapaz vai ficando cada vez mais ansioso e inquieto, principalmente
ao comentar sobre o momento que estava institucionalizado e quão maltratavam ele.
Durante toda a sessão, o rapaz traz memórias sobre a sua internação e
momentos anteriores a isso, como o de uma certa garota no qual teve um
relacionamento mas, sempre retorna à questão do atestado, sem explicar de
maneira explícita as motivações para a necessidade do documento. A psicóloga, por
fim, encerra a sessão sem entregar o atestado. O rapaz vai embora ofegante e
ansioso com a situação.

Levantamento de dados:
● Paciente com 20 anos;
● Escolheu trabalhar e não terminou os estudos;
● Menciona uma menina que conheceu na rua e que passaram apenas uma
noite juntos. Ele a conheceu antes de ser internado;
● Uso de maconha em “saídas” com os amigos;
● Foi enviado ao hospital psiquiátrico para ser internado a pedido de seu pai,
que encontrou um baseado em seu bolso do agasalho, mas que segundo o
paciente, não era dele;
● Já foi internado por um período de, aproximadamente 2 anos;
● Quando estava internado, não conseguia fazer contato com o médico, eles o
“apagavam” com uso de remédios e calmantes;
● Já tentou fugir do hospital, mas o pegaram e levaram para uma sala onde
tinha uma mesa de metal. O paciente apresentou tremores ao falar sobre
essa situação e não a finalizou;
● Chorava muito;
● Tentativa de suicídio no hospital;
● Paciente ansioso e com tremores;
● Durante a sessão, pareceu meio atordoado;
● Paciente solicita atestado de não agressividade ao final da sessão, pois não
pode pedir essa solicitação ao hospital. Ele demonstra ser muito persistente
ao solicitar o atestado, implorando pela entrega do documento.

Emissão de Atestado pelo grupo:


A partir da análise da cena e dos dados coletados, foi possível compreender
que apenas aquele recorte de sessão não seria o suficiente para atestar a não
agressividade ou não do paciente. Ademais, o paciente não deixa claro as
motivações que demandaram a necessidade de receber o documento, ou seja, foi
realizado um pedido sem explicitar as causas que o levaram a fazer essa solicitação.
Considerando o disposto na Resolução CFP nº 6/2019, entende-se que o
documento Atestado Psicológico deve ser oriundo de uma avaliação que poderá
verificar a real situação ou condição do estado psicológico do paciente. Ante o
exposto, sugerimos ao paciente que as sessões se tornem mais regulares e após
determinado período, será analisada a possibilidade de ser entregue o documento
ou não. Desta forma, não seria emitido um Atestado de não agressividade, por ora.

Conclusão da atividade:
A segunda atividade prática trouxe uma questão de extrema importância para
a sala: situações de conflito extremo na sessão terapêutica. No decorrer dos
semestres, muito se fala sobre a postura do profissional de psicologia, frases que
pode utilizar, técnicas necessárias, abordagens, postura e muitas outras coisas.
Entretanto, devemos levar em consideração a possibilidade de momentos críticos
durante as sessões de terapia. A atividade proposta veio justamente com esse teor e
a partir dela, foi possível fazer comentários, levantar pautas, abrir para uma
discussão e adquirir conhecimento.
O professor deixa para a sala um relato pessoal de uma experiência
semelhante à encenada em sala de aula. Essa abertura dá a oportunidade de
aproximar a realidade profissional de um psicólogo, dos alunos em formação. Foi de
extrema importância colocar a situação em um lugar de evidência, pois foi possível
reunir pensamentos, hipóteses e o mais importante, definir uma reação adequada do
profissional da psicologia no contexto exposto.
Após a discussão, fica então decidido pela sala, juntamente com o professor -
considerando as suas observações -, que a demanda apresentada pelo paciente
não era suficiente para que houvesse a emissão do documento. Dessa forma, foi
possível concluir que a emissão de documentos deve ser feita a partir de
necessidades bem estabelecidas e explícitas pelo solicitante. Ademais, o
profissional não deve basear seus resultados em sessões únicas, pois conforme o
Art. 5º da Resolução CFP n°6 de 29 de março de 2019: “§2º - A elaboração de
documento decorrente do serviço prestado no exercício da profissão deve
considerar que este é o resultado de uma avaliação e/ou intervenção psicológica,
observando os condicionantes históricos e sociais e seus efeitos nos fenômenos
psicológicos”.
Comentários individuais:
Alana:
A atividade foi muito interessante pois trouxe uma situação conflituosa que
me fez imaginar que tipo de reação eu teria na posição de uma profissional. No
primeiro momento, a sessão terapêutica não pareceu que se encaminharia para uma
situação extrema e conflituosa. Mas, no ápice do conflito, pude perceber que
existem manejos valiosos que podem contornar a situação quando feitos
corretamente.
Achei de extrema importância o relato pessoal do professor, que comentou
uma situação parecida que já vivenciou em seu consultório. A encenação serviu de
situação exemplo que, na maioria das vezes, não é discutido em sala de aula.
Amanda:
Na dinâmica apresentada em sala de aula participei da encenação,
exercendo o papel de psicóloga. O paciente chegou apresentando agitação e falta
de ar, onde foi aplicado o exercício de respiração.
A sessão aconteceu normalmente, o paciente conseguiu expressar o que lhe
estava causando tanta angústia, mas ao finalizar, o mesmo solicitou o atestado
médico para comprovar que não era agressivo. Neste momento de solicitação
afirmei que a sessão já tinha finalizado, o paciente alterou o seu comportamento se
exaltando e a sessão foi interrompida.
Durante a solicitação fiquei em estado de choque e sem saber o que fazer,
logo após a finalização da dinâmica, o professor pode esclarecer em sala a
importância da investigação e tempo necessário para poder atestar um paciente,
neste caso o correto seria finalizar a sessão alegando que eu (psicóloga) precisaria
de mais tempo para avaliar a situação e saber os motivos e fins que levaram o
paciente solicitar essa documentação.
Bianca:
A dinâmica foi bem interessante para debatermos sobre a complexidade que
é emitir um documento. Esse tipos de documentos como atestados e laudos, para
pessoas leigas sobre o assunto, podem parecer uma coisa simples, porém envolvem
uma análise detalhada da situação. A emissão realizada de maneira irresponsável
pode, muitas vezes, prejudicar o paciente ao invés de ajudá-lo, por exemplo.
Portanto, a dinâmica foi fundamental para trazer essa discussão da seriedade em
relação a estes documentos. Além disso, também levantou como o psicólogo deve
se portar diante de tal situação. Pode acontecer de um paciente solicitar um
documento, assim como na cena apresentada, e nós (como psicólogos) teremos que
contornar a situação explicando que não é algo que pode ser emitido sem uma
análise prévia antes e, novamente como a cena, o paciente pode não reagir muito
bem. Portanto a dinâmica foi importante para nos preparamos para possíveis
situações na atuação como psicólogos.
Jéssica:
Com essa dinâmica debatemos muito sobre as questões que envolvem a
emissão de um atestado e as responsabilidades por trás da sua emissão ou não. O
professor comentou muitos aspectos relevantes e esclarecedores para
compreendermos de forma mais visual através também de seus relatos clínicos
sobre os motivos e as problemáticas que acompanham a solicitação de um atestado.
A dinâmica foi muito clara e diferente do que estávamos esperando, visto que o
paciente chegou na sessão com um teor maior de agitação, dificultando ainda mais
nossa discussão sobre emitir ou não o documento.
Maria Vitória:
Nessa dinâmica, focamos na parte de emissão de documentos, envolvendo a
emissão de um atestado e as responsabilidades que o psicólogo precisa para tal.
Comentamos muito entre o grupo e tivemos a ajuda e opiniões do professor que nos
ajudou a ampliar o nosso pensamento. Acredito que por não ter o nervosismo da
primeira dinâmica, estávamos mais alinhados e foi bem mais clara. A emissão do
atestado é de extrema importância, e realizada de maneira incorreta pode afetar o
paciente de forma negativa. A encenação foi um exemplo mas os comentários e
vivência do professor nos esclareceu e foi de extrema importância..
Sophia:
Nessa dinâmica, tivemos opiniões conflituosas sobre a emissão de um
atestado como solicitado pelo paciente. Algo muito interessante, pois junto com a
sala, desenvolvemos ideias e teses sobre a importância da emissão de um atestado
psicológico. Chegando a conclusão da extrema responsabilidade que é, de fato,
emitir um documento de tal peso. Com os comentários do professor sobre uma
situação parecida que viveu, ficou mais claro o compromisso que é lidar com
pacientes.

RELATÓRIO III - LAUDO E RELATÓRIO PSICOLÓGICO


No dia 18 de outubro de 2023, foi realizada a terceira atividade prática. A
atividade tinha como objetivo principal evidenciar as diferenças entre Laudo
Psicológico e Relatório Psicológico. Para isso, foi necessário uma análise detalhada
da Resolução CFP n° 6 de 29 de março de 2019, para compreendermos as
diferenças entre os documentos.
Posteriormente, para uma aprendizagem mais prática, rápida e dinâmica, o
professor passou um exercício que consistia em analisar um exemplo de Relatório
Psicológico emitido por um profissional e nele, tínhamos que identificar quais eram
os erros e semelhanças presentes, segundo a resolução lida anteriormente.

Laudo Psicológico X Relatório Psicológico:

Relatório psicológico e laudo psicológico são documentos distintos, embora


ambos tenham o propósito de comunicar informações sobre a avaliação psicológica
de um indivíduo. O Relatório Psicológico geralmente é mais descritivo e narrativo em
sua abordagem, seguindo um formato mais flexível, permitindo que o psicólogo
organize as informações de maneira que sejam mais adequadas para o contexto
específico. Concentra-se em observações e solicitações de comportamento,
personalidade, cognição etc. Pode ser utilizado em diversos contextos, como
orientação psicológica, aconselhamento, feedback educacional, entre outros.

Já o Laudo Psicológico se trata de um documento mais técnico e, muitas


vezes, tem implicações legais. Ele segue uma estrutura específica e é mais formal.
Entretanto, também depende de uma avaliação comportamental e avaliativa do
psicólogo, porém, não tão detalhada como o relatório.

Erros e semelhanças encontrados no exercício:

● No contexto do exercício, um Laudo Psicológico havia sido solicitado, porém o


que foi desenvolvido foi um Relatório Psicológico. Os dois documentos têm
naturezas parecidas, podendo ser confundidos mas, o Laudo implica em algo
legal, sendo mais formal, já o Relatório Psicológico desempenha um papel de
fornecer informações detalhadas sobre o estado psicológico de um indivíduo,
focando em nuances do comportamento, emoções e pensamentos do cliente.
● A ordem dos nomes estava errada, sendo a ordem correta: o nome da
pessoa/instituição atendida, nome do solicitante e logo após a finalidade.
● Outro ponto incorreto foi o posicionamento da entrevista, que deveria vir antes
da análise dos resultados;
● A análise dos resultados foi realizada sem fundamentação teórica e os
procedimentos utilizados também não foram devidamente relatados ficando
inviável a confirmação se estão aptos no SATEPSI.
● Por fim, ao final do documento, o profissional deveria dar algum
encaminhamento ou sugestões para o solicitante quanto a avaliação.

Conclusão da atividade:

É crucial destacar a complexidade de avaliar a sinceridade de uma pessoa


sem um contexto claro. O professor ressalta a importância de considerar se a
apresentação foi consciente e se a análise foi feita no espaço e tempo adequados.

O feedback do professor indicou que faltou na conclusão a menção da


entrevista devolutiva, ressaltando sua importância e fornecendo informações sobre a
presença ou ausência de encaminhamentos. Destacando a relevância da entrevista
devolutiva no processo de avaliação, sendo fundamental para um feedback
construtivo.

O professor alerta para a verificação no site do SATEPSI quanto à validade


dos testes, examinando datas e períodos para evitar possíveis infrações éticas. Esta
precaução assegura a integridade da avaliação e a confiabilidade dos resultados.

Além disso, é necessário atentar para a linguagem utilizada nos instrumentos,


evitando o uso de siglas sem explicação adequada. O professor destacou a
importância de mencionar explicitamente o nome completo dos testes,
relacionando-os ao cargo avaliado. Evitar erros técnicos e seguir as normas da
ABNT é essencial para garantir a qualidade e a precisão da avaliação.

Por fim, destacamos que a conclusão deve abordar a necessidade de uma


análise mais aprofundada da sinceridade, a importância da entrevista devolutiva, a
consideração ética na divulgação de dados brutos, a verificação da validade dos
testes aplicados e o cuidado com a linguagem nos instrumentos, visando sempre a
conformidade com as normas estabelecidas e garantindo a integridade do processo
de avaliação.

Comentários individuais:
Alana:
Em minha opinião, essa foi uma das atividades mais importantes durante o
semestre na disciplina de Estágio Básico. É de conhecimento do grupo que a
qualidade e integridade dos documentos produzidos em um contexto psicológico são
de extrema importância, pois é a partir deles que muitos casos recebem direções
significativas e decisivas para a vida dos pacientes. A atividade proposta me
pareceu uma boa ideia para aproveitar o curto espaço de tempo que tivemos no
semestre, o que otimizou o aprendizado. Entretanto, ressalto a importância de se
dedicar mais aulas para um conteúdo tão importante na área da psicologia onde
infelizmente, é pouco visto nas salas de aula.
Amanda:

Durante o semestre foi muito importante entendermos sobre a documentação,


são aspectos importantes no contexto do processo terapêutico por várias razões, a
documentação acompanhada ajuda a garantir que o profissional atue dentro dos
limites legais e éticos da prática da psicologia.

Isso é fundamental para proteger tanto o cliente quanto o terapeuta. A


documentação adequada pode servir como um registro preciso do trabalho
terapêutico, incluindo informações sobre avaliações, diagnósticos, intervenções e
progresso do cliente. Isso pode ser crucial em situações em que haja a necessidade
de prestar contas ou fornecer informações para a segurança do cliente.

Bianca:
Seguindo a mesma linha das outras dinâmicas aplicadas durante o semestre,
acredito que esse tenha sido fundamental para o nosso futuro com a atuação na
psicologia. Assim como discutido nas outras dinâmicas, a emissão de documentos é
uma etapa muito comum na atuação psicológica, porém, nem sempre muito simples
de ser realizada. Esta última atividade proposta, aguçou nosso senso crítico e
deixou claro de como é simples cometer um erro no momento da emissão de
documentos, por consequência, como deve ser um ato realizado com muita cautela
e atenção aos detalhes.
Jéssica:
A realização dessa atividade foi importante para aprendermos de forma
prática sobre as burocracias que estão presentes em nossa profissão e todos os
aspectos legais que estão por trás quando um psicólogo emite uma documentação.
Com as temáticas levantadas e com as discussões realizadas em sala de aula, foi
possível perceber o quão complexo é fazer a emissão de qualquer tipo de
documentação, pois o psicólogo tem uma imensurável responsabilidade nos dados
colocados na documentação.
A partir das problemáticas e análises conversadas em sala de aula,
percebemos que infelizmente é muito fácil e pode acabar se tornando comum ler um
documento técnico com as informações e dados incorretos. Isso ocorre, pois é fácil
cometer erros, uma vez que, os documentos emitidos possuem um caráter detalhista
e são repleto de informações que devem ser coesas e coerentes, além disso, é mais
suscetível um profissional cometer um erro técnico, quando o mesmo não procura e
não atualiza as informações técnicas presentes nas resoluções do Conselho Federal
de Psicologia e no Código de Ética da profissão. Desse modo, fica claro o quão é
importante como futuros profissionais termos em mente todos os aspectos que
envolvem lidar com documentação.
Deixo minha sugestão para que nas próximas aulas o professor comece
explicando e lendo juntamente de nós alunos sobre a resolução e as diferenças,
para depois realizar um exercício. Comento isso pois, senti que da forma em que foi
realizada a proposta de atividade foi difícil compreendermos de forma mais técnica,
visto que anteriormente não tivemos teoria sobre essa temática de laudo e relatório
e então por isso, quando fizemos os exercícios muitos aspectos foram
incompreendidos e acabaram ficando mais subjetivos, pois, só fomos entender
alguns conceitos e dúvidas na última aula em que o professor comentou sobre esta
atividade, dificultando um pouco nossa compreensão, pois a atividade já tinha sido
realizada semanas antes.
Maria Vitória:
Durante o semestre, foram poucos os momentos que tivemos dinâmicas
desse tipo pois focam mais no teórico que eu acredito que é de extrema importância
também, assim, presumo que teria sido mais aproveitado se tivéssemos
conhecimento sobre o assunto antes das dinâmicas. Foi de extremo aprendizado,
mas tivemos que correr bastante pois não tínhamos o embasamento que
precisávamos para aprofundamento.
Sophia:
Seria mais prático se a teoria fosse passada antes das dinâmicas, para que
conseguíssemos fazer os relatórios com mais base do que aconteceu. As aulas em
si foram muito informativas sobre a importância da burocracia na psicologia,
enfatizando que o Estágio Básico é uma matéria de extrema importância para nossa
formação como psicólogos.

Conclusão
Em conclusão, a atividade de documentação durante o semestre de Estágio
Básico foi reconhecida como uma das mais cruciais pelo grupo. Houve consenso
sobre a importância da qualidade e integridade dos documentos na prática
psicológica, ressaltando seu papel decisivo na orientação de casos e nas vidas dos
pacientes. Enfatizando a relevância da prática para compreender as
responsabilidades éticas e legais associadas à emissão de documentos
psicológicos.
Enfatizamos também a importância de mais tempo dedicado a esse tema nas
aulas e também sobre a proteção do cliente e do terapeuta por meio da
documentação adequada. Frisando a complexidade da emissão de documentos e a
necessidade de cautela. Também sobre a importância da atividade para aprender
sobre as burocracias e responsabilidades na profissão, sugerimos uma abordagem
teórica antes de exercícios práticos para melhor compreensão técnica.

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