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DADOS DO AVALIANDO

Nome:
Data de Nascimento:
Sexo:
Filiação: Pai: e Mãe:
Serie:

REGISTROS DA QUEIXA
X vem apresentando dificuldade em seu processo de construção de
conhecimento. A mãe relatou que X, só começou a falar com 5 anos de idade
fez tratamento com vários medico e chegou ate ouvir, que X seria um deficiente
auditivo, mas para sua surpresa com 5 anos ele começou a falar já no ensino
aprendizagem ele é muito dispersivo.
A professora me disse que V. não consegue acompanhar os amigos.
Seu material nunca este completo todos os dias esquece os materiais não
cuidando nem zelo, não copia direito do quadro é um menino esperto, mas não
consegue ficar quieto um minuto.

REGISTROS DESCRITIVOS DOS ENCONTROS.


29 De agosto de 2011

Visita na instituição de ensino Escola Estadual Coronel Antonio


Trindade, com a professora e também coordenadora da escola, afins de
levantamento de dados com a professora de V. Deu-se inicio a realização do
estagio psicopedagogico clinico, a coordenadora me mostrou uma sala vazia
que fica na extensão da escola, visitei a sala de aula que V. estuda, garanto
que não foi nada agradável, pois a sala de aula fica na extensão sendo uma
calamidade de 18 m² para 23 alunos da primeira serie, eles juntam as carteiras
para trabalhar em grupo e só vendo a professora muito calma não conseguindo
nem andar pela sala porque não cabia ninguém direito.
V.m.m senta ao fundo da sala, talvez este possa ser um dos motivos no
qual ele não consegue acompanhar.
A escola é uma casa mantida, pelo governo do Estado para atender
duas salas, a outra fica na varanda sem divisória a onde faz muito barulho
atrapalhando a concentração dos alunos, o calor é insuportável. A professora
faz o melhor que pode
Conforme o combinado V. comparece a Escola Estadual Coronel
Antonio Trindade acompanhado pela sua irmã. O mesmo recebeu
esclarecimentos a cerca do trabalho a ser desenvolvido, mostrando-se
contente e disposto a colaborar. Já agendei os encontros subseqüentes.

30 de agosto de 2011
Com intuito de ter melhor conhecimento sobre a história de vida de V.,
foi realizada a Anamnese com a mãe de V. é importante incluir estes dados
sobre o paciente dentro de sua dinâmica familiar, contemplando toda a sua
história de vida na coleta das informações foram levadas em consideração as
etapas de desenvolvimento do aprendente desde a gravidez até o estagio
atual.
Identificação do sujeito
V. é um menino de seis anos de idade que estuda atualmente na Escola
Estadual Coronel Antonio Trindade, situada no bairro Trindade.
V. reside no mesmo bairro onde está situada s sua escola, juntamente
com sua mãe R.M. P, 25 anos, e seus avos maternos, seu pai os deixou logo
ao nascer, mora junto a tua irmã I. De 9 anos, S. de 5 anos e G de 9 meses, V.
ocupa a posição de 3 filho nesta família.
Iniciou a vida escolar sem maiores problemas de adaptação. Já na
aprendizagem está enfrentando dificuldade, com baixo rendimento escolar,
aparentemente faz parte de uma família que não se preocupa e nem sempre
estão atentas as questões educacionais.

Relato descritivo Anamnese


Filiação
Pai: J.M
Idade: 54 anos
Profissão: Campeiro
Escolaridade: 6° ano do ensino fundamental.

Mãe: R.M. P
Idade: 25 anos
Profissão: Domestica
Escolaridade: Não tem escolaridade.

ANTECEDENTES NATAIS:
GESTAÇÃO:
Para realização da Anamnese em nenhum momento da entrevista ela
resistiu em responder as perguntas, mostrando acessível a tornando a
conversa bastante agradável.
Em seus relatos, R.M. P deixa claro que apesar da gravidez não ter sido
planejado V., foi uma criança muito bem vinda por toda a família. A gestação
ocorreu sem maiores problemas clinico e não sofreu nenhum acidente durante
o período em que esteve grávida de V.
Durante a gestação J.M, não acompanhava a esposa nas consultas
médicas. O parto de V. foi normal não demorou muito para nascer, demorou
reagir a todos os estímulos a que foi submetido. Após seu nascimento o seu
pai os abandonou no período neonatal V. dormia muito, sono tranqüilo, não
acordava assustado, foi amamentado no seio materno até os oito meses de
idade tinha boa sucção, hoje se alimenta bem.
Em relação ao seu desenvolvimento motor, V. não engatinhou e sentou
com oito meses, iniciou seus passos aos onze meses. A mãe relata que houve
certa demora para V. falar necessário acompanhamento médico, foi a vários
como não tinha recursos financeiros, não foi a nenhum especialista, somente
os que a rede publica ofereceu, V. foi assistido por um profissional no período
de dez meses, chegando até mencionar que ele não iria falar, para sua
surpresa quando ele iria completar quatro anos começou a falar, suas
pronuncia ainda não é nítida.
A mãe relata que não tem muito tempo que perdeu o seu segundo filho,
quando nasceu tinha má formação no cérebro, viveu oito anos, seu ultimo filho
G. também tem problema nos pulmões, a família tem muitas dificuldades. R.M.
P, fala que V. toma dois banhos diários, uma vez que os avos moram junto, e
também ajuda cuidar.
V. é um menino independente e desenvolve atividades práticas com
facilidade, adquiriu controle dos esfíncteres com um aninho de idade e segundo
a mãe foi iniciativa própria, a mãe fala que ele é um menino, melindroso briga
com os coleguinhas facilmente, não divide seus brinquedos com os irmãos, de
vez em quando eles se pegam nos tapas, é quando minha mãe os corrige.

OBSERVAÇÕES:
A mãe de V., disse que é muito duro para ela ajudar o filho, pois ela tem
que trabalhar para dar o que comer aos outros filhos. Ao final da sessão, ela
disse queria poder fazer mais pelo meu filho, mas não tenho condição faço o
que posso.

06 de setembro de 2011
1º SESSÃO EOCA
Com o intuito de estudar as manifestações cognitivas afetivo do conduto
de V. que podem estar interferindo em seu processo de aprendizagem não
abro mão de recurso de avaliação diagnostica formulado pelo professor
argentino Jorge Visca intitulado de Entrevista Operatória Centrada na
Aprendizagem (EOCA).
No primeiro momento foi explicado a ele o que seria feito, deixei sobre a
mesa a caixa de lápis de cor, giz de cera, lápis sem ponta, apontador, borracha
e livro de historinha, tesoura, cola régua, quebra cabeça, jogo da memória.
Esse material foi tudo preparado para você mostrar o que você aprendeu
na escola, ele suspirou me olhou e ficou em silencio por alguns minutos disse a
ele me mostre e que lhe ensinarei a fazer e o que você aprendeu na escola,
pegou o lápis sem ponta e logo saltou depois olhou os lápis de cor e pegou o
lápis de cor preto e com uma folha sul fite e começou a desenhar, mas quebrou
a ponta ele me perguntou tia o que eu faço sem que eu respondesse , pegou o
apontador e apontou o lápis por várias vezes fez uso da borracha estava bem
à-vontade me disse tia você pode me dar essa borracha balançou a cabeça e
ele tornou a perguntar à senhora me da esta borracha para sempre ta, sim eu
lhe dou esta borracha, sorriu e percebi que ficou muito feliz, pegou outra folha e
lápis de cor para colorir.
Observei que estava suspirando e apertava muito o lápis, tinha quatro
folhas sul fite fez um desenho em cada folha me disse já terminei tudo e
respondi a ele nos temos um tempo a mais, parou e ficou me olhando pegou o
lápis sem ponta novamente olhou e me disse é lindo com muitas figuras e um
pau e os lápis de cor a senhora me da para sempre e mostrava este e aquele
disse que sim no final da conversa falou muito e pegou o apontador e
começou a apontar olha é um lápis tia, rabiscava na mesa era um lápis
borracha ele acreditava que era tinha na ponta passou por varias vezes na
mesa dizendo o que é isto ate que apagou os rabiscos da mesa, olha tia é uma
borracha, este lápis é para menino tia, o que você acha:
Pegou o livro de historinha e foliou contando a historia, mas sem ler
narrou a historia certinho ate os felizes para sempre. Pronto já acabou posso
levar tudo menos a tesoura e a régua eu não quero já o quebra cabeça ele
pegou tirou do pacote, mas não quis guardar. Já no final ele me perguntou
você gosta de mandioca frita com carne na panela de pressão só de pensar
tenho água na boca eu falei a ele gosto sim ele então respondeu eu já sei
cozinhar tia.
O trecho apresentado acima consiste num resumido relato de
comportamento de V. durante a aplicação do EOCA, onde foram verificados
aspectos relativos à temática a dinâmica ao produto a dimensão afetiva e
cognitiva do avaliado.

Entrevista operativa centrada na aprendizagem – EOCA


Nome: V. M.M.
Data: 08/08/2011
Idade: 6 anos
Horário: 9 h
Observador: Aluna estagiaria do Curso de Especialização em
Psicopedagogia clinica e Institucional.

ANOTAÇÕES HIPÓTESES

Temática: respondeu tudo que lhe foi perguntado.


Conteúdo manifesto: demonstra ser capaz de
realizar a tarefa.
Necessidade de comprenção.
Conteúdo latente: Corresponder às expectativas
do avaliador a seu respeito.

Dinâmica: hora a sentado, hora em pé, Atitude de quem está muito apreensivo
suando muito tímido, medo talvez. e inseguro.

O medo de arriscar prefere utilizar


Produto: desenho pobre em detalhes,
materiais que já conhece, bem como
embora tenha explorado quase todo o
realizar atividades já feita em outras
material apresentado.
ocasiões.
Dimensão afetiva: uma enorme necessidade de
Receber ordens, dizer as atividades a ser
Tem um alto grau de dependência,
Desenvolvida. Esperando dizer o que
Ansiedade.
deve realizar.

Dimensão cognitiva: boa coordenação motora, Demonstrou capacidade intelectual


traços firmes, não tem habilidade para traçar linhas porém, necessita de estímulos diretivos
retas,suspirou antes de começar a tarefa indicando que indiquem o que deve fazer e como
agir. Não consegue tomar decisões
uma antecipação e planejamento cerca do que iria
sem consentimento ou diga se está
realizar. Descreveu o que desenhou.
certo ou errado.

Observações: V. recebeu as consignas com ansiedade. Demonstrou


grande interesse em corresponder às expectativas e como mecanismo de
defesa, contou
muitas histórias no intuito de chamar a atenção.

RELATO DAS SESSOÊS


2º Sessão 08 de setembro de 2011
Atividade: provas operatória conservação de qualidades seriação
Objetivos: observar o funcionamento cognitivo do aluno de acordo com
sua faixa etária. Recursos: massa de modelar, folha de papel e tinta guache.
OBSERVAÇÃO
Conservação de quantidade iniciou a sessão explicando o que iríamos
fazer e v. ficou feliz em saber o que iria usar massa de modelar coloquei duas
caixas de massa sobre a mesa e pedi que escolhesse duas barras, V. então
pediu pegue as mesmas cores que eu (branco e amarelo), pedi que ele fizesse
duas bolinhas de tamanhos iguais, e depois que me falasse qual que tem mais
massa. V. apresentou grau de construção operatória em nível 2 ou
intermediário: as resposta apresentam oscilações, instabilidade ou não são
completas, chegando ate mesmo a dizer que as bolinhas tem mais que a
salsicha demonstrou não ter entendidos que a disposição das bolas não
interfere na qualidade ao terminar esta atividade, juntou as bolinhas e as
colocou na caixa e guardou.
Em um segundo momento ofereci a v.a atividade lúdica onde foi utilizada
um jogo da memória (para criança acima de 3 anos), V. demonstrou excelente
percepção ao montar ,descobrindo as figuras e algumas letras do alfabeto, V.
falou muito que queria lutar karat e que não gostava de estudar ,nesta escola
reclamou que a avo , deixava ele trazer os lápis de cor para a aula.

3º Sessão 12 de setembro de 2011


Atividade: provas de conservação de pequenos objetivos: identificar o
processo mental usado pela criança para encontrar respostas para a atividade
proposta.
Recursos: 10 fichas de E.V. A vermelha e 10 fichas de E.V. As azuis.
Observações: iniciei a sessão explicando o que iríamos fazer, ele achou
interessante a cor das fichas e foi logo escolhendo sua cor, cor de sangue né
tia, e esta outra cor do céu, falei para ele, vermelho e azul, pegou suas fichas e
começou a montar para ficar igual as minhas que organizei em duas fileiras
com todas as fichas, perguntei está igual a minha, ele me olhou e respondeu
sim está, contei a mesma quantidade, sim tem 5 indicou e pedi que ele
repensei a situação mudando a posição das fichas e ele mais uma vez
demonstrou não ter percebido a posição das fichas.
5 oscilou entre as respostas conservadoras e não conservadoras,
realizando a correspondência um a um, posso dizer, portanto que nessa prova
5, apresentou condutas intermediarias de nível 2.
2 momento aplicação da técnica projetiva para educativo:
5 foi indagado com que ele aprendeu as coisas na sua casa, ou seja em
seu dia a dia, ele respondeu que aprende com o seu avó e com avô em nem
um momento mencionou a escola. Ele desenhou pássaros no lago, peixe e
uma égua, dizendo que era do avô, e que gostava muito de andar de carroça.
O nome do desenho era: égua pocotó.

4º Sessão 13 de setembro 2011


Atividade: técnicas projetivas, os 4 momentos de um dia.objetivo:
analisar os vínculos afetivos do aluno, bem como seu desenvolvimento
cognitivo e motor.Recursos: folha de papel, lápis e borracha.
Na acolhida conversamos sobre o dia dele na escola, em casa falou dos
avos, o quanto gosta deles. Expliquei a V., o que iríamos fazer na sessão, e ele
achou interessante o desafio de dobrar o papel bem diretinho sem amassar
junto com a tia, que conduziu a sessão pedia a ele eu colocasse no papel fatos
que ocorrem no seu dia a dia sem especificações, poderia colocar qualquer dia.
Ele desenhou a seguinte sequencia:
1- Um televisor
2- Um cavalo no gramado perto do chiqueiro
3- Um cavalo do seu avô comendo capim
4- Um cavalo do seu avô preza no chiqueiro, porque já era noite, cujo
nome do desenho é meu cavalo.
Chamou-me a atenção o fato de que em nenhum momento ele
representou as horas que passa na escola, nem tampouco algo referente à
aprendizagem e mais uma vez seu desenho não tinha detalhes, desenhou
apenas os personagens.
2º momento: ofereci a V., uma atividade lúdica onde foi utilizado um
quebra cabeça (35 peças, para crianças acima de 3 anos), não demonstrou
interesse perante o jogo disse que não gostava, mesmo sendo estimulado se
recusou a fazer.sendo em vista que a sessão estava, no final, pedi a ele que,
lesse o livro de historinha para eu ouvir, deu um sorriso e disse não sei ler tia,
então vamos junto vou te ajudar, sem sucesso ele não conhecia ainda todas as
letras, faz troca.

5º Sessão 15 de setembro de 2011


Prova: de conservação de comprimento
Objetivo: avaliar a noção de conservação de comprimento.
Recursos: 1 corrente de 10 cm e 1 de 15 cm.
Esta atividade foi bem aceita por Valter. Você conhece esse material,
sim bastante e a cor você sabe que cor, é cor de sangue e cor de gema, ta
vermelha e amarela. Para esta prova foi mostrado uma posição inicial dos
cordões e questionado sobre qual era o mais comprido dos dois.
Em seguida os cordões foram modificados em duas outras posições. Na
prova de conservação de comprimento observei que a conduta de V. oscilou
significativamente suas respostas mudando os critérios de reconhecimento, o
que demonstra seu período de transição, característica do nível 2.
2° momento Família educativa
Solicitei a V. que desenhasse uma família qual quer. Ele desenhou a sua
própria família com a avó o avô a outra avó e sua mãe.
Quando questionei se aquela era sua família, V. voltou a desenhar, mas
duas figuras humanas dois irmãos, Toninho e Samuca, a figura dos avôs foram
as primeiras da fila, todos do lado de frente ao processo, pedi a V. que
desenhasse a família que gostaria de ter, ele disse que não queria.
Uma característica dos seus desenhos até o momento é a ausência de
detalhes, as figuras não tem boca, não tem pés, não tem cabelo e sempre são
pequenos o fato de não ter contato com o pai, em nenhum momento falou
sobre ele. Nome do desenho karatê.

6º Sessão 19 de setembro de 2011


Atividade: Nível pedagógico
Objetivo: Avaliar o nível pedagógico do aluno e seu fundamento
cognitivo para desenvolver as atividades propostas, bem sua emoções ao
realizá-las.
Recursos: Folha de papel, lápis, borracha, lápis de cor, apontador.
Iniciei a sessão com a entrevista do realismo nominal, onde percebi que
V. consegue identificar os sons iniciais das palavras sem dificuldade, porem
demonstra desconhecer os sons parecidos no meio e no final das palavras.
Reconhece e nomeia apenas as vogais do seu nome. Não reconhece as
demais como pertencentes ao seu nome e nem sabe nomea-las, coloca no
papel algumas vogais, porem não soube junta-las para ler.
Diante dessa situação, optei pelo ditado topológico.
Material usado: 1(uma) folha de sulfite branco, 1 (uma) caixa de lápis de
cor, pedi para V. divida a folha com um traço preto no meio, pegou o lápis preto
e assim fez, falei de um lado você vai fazer um circulo vermelho grande, fez
mas não o fechou , agora faça um coração amarelo, se recusou a usar o lápis
amarelo, e me disse de coração é cor de sangue, agora fora do circulo
vermelho faça sete traços azuis, fez mais que sete, do outro lado do traço
preto, quero uma casa grande e uma casa pequena, fez as duas mas sem
porta, sem janela, e tudo de uma só cor, pedi que desenhasse um sol
alaranjado acima da casa grande, foi feito, abaixo da casa pequena, coloque
uma grama verde V. desenhou a grama e a egua que era para ela pastar,quero
que você desenhe longe da casa pequena uma arvore.
Quanto à classificação do estagio de escrita, V. encontra se na fase pré
silábica, escrita diferenciada com valor sonoro inicial, porem apresenta alguns
erros de escrita universal.

3 DEVOLUTIVA AOS PAIS E AO ALUNO.


O embasamento para a realização dessa devolutiva foi à observação e
as anotações realizadas durante o período destinado as sessões de
atendimento psicopedagogico, conclui que v. e uma criança bastante feliz, e
que esta compatível com o nível de desenvolvimento para sua faixa etária pré
operatória (6 anos).em relação a leitura e a escrita encontra se no nível pré
silábico escrita diferenciada cm o valor socorro inicial,nas atividades
realizadas,ele fez registros diferentes entre palavras modificando a quantidade
e a posição e fazendo variação nos caracteres, pode conhecer ou não os sons
de algumas letras ou de todos elas.
Para a reconstrução de suas hipóteses quanto escrita e leitura,
recomendo a exploração dos conhecimentos já atingidos por V.M.M. com
elogios, parabéns por suas realizações e incentivo para tentar fazer de formas
diferentes. O emprego do lúdico nessa etapa da vida e de grande utilidade,
pois as crianças nessa faixa etária fazem associações, entre o imaginário e o
real, então jogo de adivinhações, alfabeto móvel, recorte musica
dramatizações, fantoches, entre outras atividades, farão com que se divertindo
ele possa aprender e que tal aprendizagem seja de fato significativa, porque
dessa maneira ele próprio construa o seu conhecimento.

28 de setembro de 2011
DEVOLUTIVA A INSTITUIÇÃO.
Com o objetivo de apresentar os resultados da avaliação
Psicopedagogia realizadas durante o período destinado as sessões de
atendimento para com V.M.M. foi observação e anotação, durante os
atendimentos, para melhor entender, sobre o relacionamento de questões de
cunho afetivo, social e intelectual, verifiquei no transcorrer da analise que v. e
uma criança bastante feliz, efetivamente pertencem a sua família, pois em
todas as atividades proposta, sempre se referiu a família e os animais com
muito carinho e apreço, V.M. M, e saudável, esta de acordo com o
desenvolvimento para sua faixa etária, onde as crianças utilizam o imaginário,
ou seja, o lúdico para o desenvolvimento.
Assim como a aprendizagem, o corpo também esta em desenvolvimento
e precisa de atividades, ate como meio de canalizar a energia típica da idade,
sugiro para as atividades escolares um reforço pedagógico jogos de
adivinhações, alfabeto móvel, recortes, musica, dramatizações, fantoches,
atividades repetitivas (copia ditado, escrever no quadro). Mas um espaço onde
o lúdico predomine e que de forma diferenciada ele possa realizar atividades
que venham a desenvolver os seus conhecimentos e fazer como ele possa
adquirir outras, participando efetivamente dessa construção.
Para o desenvolvimento físico, bem como disciplina e canalização de
energia, sugiro o trabalho multidisciplinar na realização das atividades, tendo
em vista que as atividades requerem um nível elevado, atividades físicas,
natação, judô, karat, futebol musica, a fim de melhorar a concentração,
tranqüilidade disciplina para sua eficaz realização. Em centros públicos como
pólo esportivo existe atendimento gratuito para a população.

4 PARECER PSICOPEDAGÓGICO.
V é uma criança de seis anos de idade que frequenta o primeiro ano do
Ensino Fundamental de uma escola da rede pública estadual e que vem
enfrentando dificuldades em seu processo de ensino-aprendizagem.
Do ponto de vista intelectual apresenta uma estrutura cognitiva
correspondente ao nível de transição do pensamento operatório concreto para
o operatório formal, o que está adequado para sua idade, seis anos, pois nesta
idade é comum que haja prevalência do estágio de inteligência formal com
maior utilização do raciocínio hipotético dedutivo.
Do ponto de vista afetivo demonstra condições inadequadas de
relacionamento: apresenta uma submissão excessiva a figuras de autoridades
bem como uma ligação de dependência com a mãe (relação simbiótica). Reage
sempre com timidez a presença de outras pessoas. Demonstram grande
necessidade de aceitação/aprovação buscando sempre corresponder as
expectativas. Tal comportamento provoca em V. um alto grau de ansiedade
frente às exigências as quais é submetida. Os sintomas de ansiedade que
apresenta (sudorese, taquicardia, agitação psicomotora) atrapalham o seu
raciocínio. Observou-se um vínculo negativo com o processo de aprendizagem,
o que interfere no seu desempenho escolar.
Do ponto de vista funcional sua motricidade global é boa, movimenta-se
bem, apresenta bom equilíbrio, tem predominância de lateralidade esquerda,
apresenta boa motricidade fina. Quanto à orientação espacial V. apresentou
um desempenho abaixo do esperado. Tal dificuldade possivelmente ocorreu
devido a não exploração do ambiente por v. que apresenta características de
personalidade introvertida. A orientação temporal foi à área em que V.
apresentou maior dificuldade. Possui noção de velocidade (lento/rápido) e de
distância (perto/longe). Não sabe ordenar dias da semana e os meses do ano.
Não conhece as estações do ano e não mencionou corretamente nenhuma
data comemorativa (não soube responder quando é Natal e Ano Novo). Dados
revelaram dificuldades de orientação alopsíquica, ou seja, dificuldades em
fornecer informações referentes ao tempo e ao espaço. Demonstrou
preservada capacidade autopsíquica, informando dados de sua identificação
pessoal, revelando saber quem é, como se chama, que idade tem qual sua
nacionalidade.

Do ponto de vista pedagógico sabe reconhecer e diferenciar letras,


números e sinais de pontuação. Não tem domínio da orientação convencional
da leitura, não lê repete as historia, ou seja, decorou em uma entonação que
demonstra nervosismo e ansiedade. Quanto à interpretação de tamanho e
forma faz sempre referencia a coisa, ao objeto e não a escrita da palavra.
Situa-se na fase alfabética de nível de escritas alfabéticas. Em matemática é
capaz de traçar e reconhecer números bem não sabe realizar operações
simples com êxito. Apresenta dificuldade no entendimento do enunciado da
pergunta.
Finalizando, as dificuldades de aprendizagem de V. são
decorrentes da falta de atenção e concentração para as atividades a serem
desenvolvidas.

5 INFORME PSICOPEDAGÓGICO.
V.m.m, nascida no dia 8 (oito) de agosto do ano de 2005, atualmente
com 6anos de idade, aluno do 1º ano do Ensino Fundamental da Escola
Estadual coronel Antonio trindade, Aquidauana - MS foi indicada para avaliação
psicopedagógica pela coordenação da escola. O interesse pela realização de
um trabalho psicopedagógico surgiu devido à queixa de que V. vem
apresentando dificuldades no processo de ensino aprendizagem.
A avaliação psicopedagógica se deu no período de 29/07/2011 a
29/09/2011, com a realização de sete sessões com duração média de 60
minutos às 2h cada totalizando 15 horas de análise diagnóstica. Na
consecução do diagnóstico foram realizadas sessões que se fundamentaram
da seguinte forma: Anamnese com a mãe; aplicação da EOCA; aplicação de
provas Piagetianas para avaliação do desenvolvimento cognitivo; aplicação de
provas projetivas para avaliação da área emocional; aplicação de testes de
desempenho sensório-motor para avaliação da área funcional; aplicação de
testes para avaliar as habilidades acadêmicas; e entrevista devolutiva a
avaliada, seus responsáveis e a instituição onde foi realizado o estágio.
Ao integrar os resultados obtidos durante todo o processo de
investigação psicopedagógica conclui-se que V. traz um histórico de vida
marcado por:
No campo afetivo social apresentou indícios de uma forte dependência
psicoafetiva, com debilidade do vínculo materno marcado por uma forte
simbiose. Construções empobrecidas a cerca do seu conhecimento de mundo,
sempre foi muito superprotegida pelos pais em função do problema, que se
manifestou aos 2 anos de idade. Baixa auto estima produzida pelo recorrente
fracasso escolar. Necessidade de aprovação/aceitação não conseguindo tomar
decisões sem que alguém a diga que está certa ou errada.
No campo Funcional verificou-se que V. possui excelente
desenvolvimento motor com boa coordenação global. Sua orientação espacial
é prejudicada por sua timidez, porem não o impede de olhar, observar,
investigar o que está ao seu redor. Sente-se inseguro em ambientes novos. A
orientação temporal foi à área em que V. apresentou maior dificuldade,
principalmente referente a dados de orientação alopsíquica.

Na área cognitiva apresenta uma estrutura de conhecimento correspondente


ao nível de transição do pensamento operatório concreto para o operatório
formal, o que não está adequado para sua idade. Apresenta lentidão de
raciocínio e elaboração mental empobrecida. V. apresenta uma modalidade de
aprendizagem em desequilíbrio quanto aos movimentos de assimilação e
acomodação que são sintomatizados na hiperacomodação.
No campo pedagógico verificou-se um vínculo negativo com o processo
de aprendizagem e com a professora. Quanto à avaliação dos níveis
pedagógicos de escrita leitura e calculo encontra-se na fase pré alfabética de
nível de escritas alfabéticas. Não tem capacidade de antecipar uma
representação silábica demonstrando uma elaboração de hipóteses silábicas.
Não Tem domínio da orientação convencional da leitura, respeitando a
orientação espacial da direita para esquerda e de cima para baixo. Seu
vocabulário é reduzido, não sabe lê corretamente a palavra, mas por vezes não
identifica seu significado. Sua sintaxe oral é deficiente no que se refere à
concordância verbal e nominal. Tem dificuldades na memorização de frases,
dígitos e relatos. Realiza cálculos simples com êxito, mas apresenta
dificuldades na compreensão e interpretação das perguntas.
Em suma a hipótese diagnóstica evidencia que v. apresenta
diagnóstico de dificuldade de aprendizagem decorrente de uma situação
patológica (disritmia) vinculada e agravada por fatores afetivos e sociais.
O processo de intervenção psicopedagógica deve considerar as
características individuais de V. respeitando seu ritmo e suas peculiaridades
condizentes ao seu desenvolvimento cognitivo, emocional, lingüístico,
psicomotor e social.

Portanto, quanto às recomendações necessárias ao desenvolvimento desta


criança considera-se um processo de Intervenção Psicopedagógica com
inclusão de jogos terapêuticos, técnicas projetivas psicopedagógicas que
viabilizem a ressignificação das modalidades de aprendizagem e oportunizem
uma aproximação e criação de vínculos afetivos com os elementos da
aprendizagem. Busca de superação do modelo de aprendizagem limitado ao
princípio de acomodação cognitiva que se encontra descontextualizado da
realidade do aluno e pautado no estímulo à dependência e nos recursos
básicos da memorização.

6 PROPOSTA DE INTERVENÇAÕ.
O aluno com dificuldade de aprendizagem exige um atendimento variado
que inclui: aulas particulares, aconselhamento profissional especial,
desenvolvimento de habilidades básicas, assistência para organizar e
desenvolver habilidades de estudo adequadas e/ou atendimento
psicopedagógico. Portanto, para melhoria no desempenho escolar de V.
algumas recomendações são elencadas:
Busca de aproximação física com a professora, colocando V. sentada
bem próxima a esta durante as aulas, a fim de que os vínculos afetivos com os
elementos da aprendizagem possam ser melhorados. Realização de dinâmicas
de grupo em sala de aula que visem maior aproximação de V. com os demais
alunos da sala. Realização de trabalhos em dupla ou grupos.
Incentivo a participação de V. as atividades esportivas da escola.
Apresenta excelente coordenação motora. Estabelecimento de um horário e
um local apropriado para estudo em casa.
As atividades escolares de casa devem ser realizadas diariamente e se
necessário com acompanhamento a fim de melhorar o rendimento escolar.
Participação de V. no reforço escolar. Oferecer a V. livros, revistas, gibis, de
assuntos que lhe interessam, para diminuir o tempo que fica assistindo
televisão. Fazer uma leitura compartilhada em casa e na escola. Envolver V.
nas atividades de práticas sociais que exijam habilidades acadêmicas como,
por exemplo: lista de compras, escreverem bilhete para mãe ou professora,
leitura de um papel de água ou luz, realizar pagamento de faturas, etc.
Criar atividades contextualizadas de escrita e leitura com a utilização de
textos variados para que a construção das hipóteses lingüísticas possa ser
elaborada com segurança. Uso de recursos didáticos atraentes que despertem
o desejo de aprender. Trabalhar sua independência e autonomia possibilitando
seu deslocamento para a escola.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Sentindo na pele o papel desempenhado pelo psicopedagogo clinico
pude perceber o quanto é valioso fazer o bem ao nosso próximo, intervir na
vida de criança com dificuldades de aprendizagem, estimulando as a superar
suas limitações e trazendo de volta sua auto-estima, sua alegria é uma das
recompensas que o dinheiro não paga. Portanto, é necessário que o
psicopedagogo tenha um olhar abrangente sobre as causas das dificuldades
de aprendizagem para que venha compreender mais profundamente como
ocorre este processo de aprender utilizando-se de uma abordagem mais ampla
na qual não se toma apenas um aspecto da pessoa, mas sua integralidade. A
esta idéia Piaget (1978 apud BALESTRA, 2007, p. 47) atesta o fato de que a
afetividade e a inteligência são indissociáveis e constituem os dois aspectos de
toda conduta humana Espero que como professora e psicopedagogo e pela
cobrança da inclusão deste profissional no sistema educacional publico de
nossa cidade. Sendo a alfabetização célula mãe que norteia toda trajetória do
aprendizado e do saber socialmente elaborado e acumulado pela humanidade,
é necessário que saia do discurso de programa vultoso e se transforme em
prioridade no contexto. Não cabe ao psicopedagogo julgamentos precoce e
equivocados e tão menos divisões de atitudes baseadas nos conceito de certo
errado, mas sim, um olhar dirigido a um sujeito, que é único, peculiar e tem sua
própria história e, portanto suas atitudes ou falta delas são reflexo dessa
constituição, mesmo inserido em um cenário social. É necessário, por fim,
considerar o sujeito como um corpo; esse que é dotado de conhecimento, de
afetos e emoções, de um organismo, de inteligência e de cultura.

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