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Inovação educacional
Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? Isso significa que você pode interagir com o conteúdo de diversas formas, a
qualquer hora e lugar. Na versão impressa, porém, alguns conteúdos interativos ficam desabilitados. Por essa razão, fique atento: sempre
que possível, opte pela versão digital. Bons estudos!
Atualmente, quando você ouve falar em inovação, é provável que venha a sua cabeça situações modernas com
imagens de telas de computadores, celulares ou artefatos relacionados à inteligência artificial. E quando se fala
em inovação educacional, é igualmente provável que você imagine aulas com computadores, celulares e internet
ou alguma outra tecnologia.
Fonte: Shutterstock.
Mas por que será que são essas imagens que vêm imediatamente à cabeça e não outras? Será, então, que as
inovações educacionais só existem com esses recursos e artefatos tecnológicos?
Saviani (1991) afirma que a “educação contemporânea” tem estreita relação com a consciência que o ser
humano tem de si mesmo, e que essa consciência se modifica em função da época, do lugar e de acordo com
o modelo que se tem de sociedade.
É importante perceber o quanto a educação influencia e é, ao mesmo tempo, influenciada pela sociedade, e por
isso está sempre em constante mudança.
Para compreender o que é inovação educacional, primeiramente se faz necessário tentar definir os conceitos
“educação” e “inovação” separadamente, para depois pensar os sentidos possíveis de “inovação educacional”.
Acompanhe:
Educação pode ser entendida como o conjunto de ações tomadas pelo ser humano para a constante
construção dos conhecimentos, visando sua integração na sociedade e relação com a natureza.
Inovação é colocar em uso algum conceito ou artefato tecnológico para resolver algum problema ou
aprimorar algum processo ou produto.
Juntando essas duas definições, finalmente podemos propor que inovação educacional é a implementação de um
conceito, procedimentos ou objeto, que leva ao cumprimento de algum novo objetivo educacional.
Aquilo que é colocado em uso na inovação pode ser um conceito, um procedimento ou um objeto. Esses
três itens podem ser novos (uma invenção) ou não.
Com esse entendimento, fica claro que as inovações educacionais estão a serviço da melhoria da qualidade
educacional oferecida pelo sistema educacional, que ocorre por meio da escola e do professor.
“A primeira, denominada incremental, se caracteriza pela variação de um produto e/ou serviço já existente, no qual novos
atributos são adicionados a este. A segunda, designada como inovação semirradical, se caracteriza pela modificação nos
produtos e/ou serviços, porém mantendo a continuidade dos padrões já existentes. Por fim, a inovação radical que se
distingue das demais pela proposição de produtos e/ou serviços totalmente novos, incidindo na construção de uma nova
infraestrutura. Toda inovação, independente da classificação, traz em sua essência a geração, uso e assimilação de
conhecimentos.
”
— Fonte: Jannuzzi, Falsarella e Sugahara (2016, p. 104).
Inspirados nessa classificação, podemos arriscar a dizer que inovação educacional pode ser classificada em:
INCREMENTAL
Caracteriza-se apenas pelo aprimoramento do processo com a inclusão de algum novo recurso tecnológico
ou mudança de procedimentos.
SEMIRRADICAL
Caracteriza-se pela mudança do processo com a inclusão de algum novo recurso tecnológico ou mudança de
procedimentos.
RADICAL
Propõe uma nova infraestrutura e uma nova lógica, quebrando paradigmas e estabelecendo novas relações
(inclusive de poder) no processo educacional.
Fonte: Shutterstock.
“Avançaremos mais se soubermos adaptar os programas previstos às necessidades dos alunos, criando conexões com o
cotidiano, com o inesperado, se transformarmos a sala de aula em uma comunidade de investigação. Ensinar e aprender
exigem hoje muito mais flexibilidade, espaço temporal, pessoal e de grupo, menos conteúdos fixos e processos mais
abertos de pesquisa e de comunicação. Uma das dificuldades atuais é conciliar a extensão da informação, a variedade das
fontes de acesso, com o aprofundamento da sua compreensão, em espaços menos rígidos, menos engessados.
”
— Fonte: Moran (2018, p. 1).
Com as Tecnologias da Informação e Comunicação – conhecidas como TICs – muitas informações são produzidas
de maneira formal ou informal. Nessa produção e consumo de informações, nós nos tornamos ativos no processo
de construção de conhecimento. Nosso desafio e nossa responsabilidade estão em colocar esses recursos
tecnológicos e essas habilidades já disponíveis a serviço da educação, ou seja, nos ambientes escolares.
Esses recursos tecnológicos permitem uma maior interação entre todos em uma comunidade de aprendizagem,
colocando os alunos como protagonistas na produção dessas informações e, consequentemente, na construção
de conhecimentos. Esses recursos, com as plataformas adaptativas, podem também resolver o problema do
desempenho dos alunos que têm ritmos diferentes de aprendizagem e, por isso, requerem formas particulares de
ensino.
Os recursos tecnológicos aumentam as potencialidades formativas do ensino, mas requerem que o professor e a
escola, profissional e instituição responsáveis pela educação, sejam mediadores profissionais nesse processo.
Esse tipo de mediação não é algo simples de ser realizado porque requer uma nova forma de relação entre
professor, aluno e conhecimentos. Isso implica mudar nossa forma de ver o mundo e rever nossos valores e
alterar nossas crenças, isto é, requer outra mentalidade (mindset) sobre a educação. Nossa mentalidade sobre a
educação é que orienta os nossos passos futuros.
As pessoas com pensamento de crescimento sabem que diante de algo novo erros são cometidos, mas que eles
são importantes para aprender cada vez mais. Essa mentalidade de crescimento é importante para aqueles que
acreditam nas inovações educacionais!
No artigo, a seguir, são apresentados alguns fatores críticos para o sucesso e fracasso de iniciativas de E-
learning, considerada uma inovação educacional usando recursos tecnológicos digitais. Este artigo foi
escolhido para mostrar que uma inovação educacional depende também de outros fatores além da
disponibilização de recursos.