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INOVAÇÃO, TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO: UMA ANÁLISE REFLEXIVA

Pricila dos Santos


RESUMO: o objetivo deste estudo foi pesquisar alguns pareceres sobre a
importância da tecnologia e inovação para o processo de aprendizagem,
considerando as tendências do mercado de trabalho, o desenvolvimento sócio
econômico e os efeitos da globalização. A inovação parece ser a palavra-chave
para o sucesso e como pode-se perceber, para ser inovador é preciso mais que
criatividade, é preciso conhecimentos, sondagens e ousadia. Para alcançar tais
propósitos este trabalho propõe a análise do uso de ferramentas como google
forms ou seja, uma proposta de pesquisar por professores do ensino público que
utilizam a pesquisa, inovação e tecnologia como princípios educativos. Cujos
resultados obtidos revelam que a inovação é sempre benvinda, devido a situação
atual da escola diante da influência crescente das mídias. Observo também uma
interação entre professor-aluno-computador e uma nova metodologia do
professor.
PALAVRAS- CHAVE: Tecnologia. Inovação e Educação.

INTRODUÇÃO
Os processos de aprendizagem e desenvolvimento do indivíduo no
contexto atual, no qual a difusão de informações e a apropriação do
conhecimento ocorrem de forma acelerada e eficiente em consequências dos
grandes avanços nos setores científicos e tecnológicos, têm revelado novas
necessidades e desafios à prática pedagógica e também a participação do
indivíduo na sociedade e na transformação da mesma. Sabe-se que a tecnologia
está modificando toda relação do ser humano com o mundo, seja no âmbito
social, ambiental, físico ou mental.
Segundo Maturana (1983,p.152), a democracia possível e desejável é
aquela que entrega cada cidadão elementos para um trabalho autônomo, social
e responsável, assim entende-se que é papel da educação permitir uma
modificação no escutar, ver e fazer e ao mesmo tempo ela deve transpor
barreiras culturais e das classes econômicas Dessa forma, ela coopera com a
formação de uma psique democrática ao tratar todos os indivíduos igualmente
quando estes chegam a ela, quaisquer que sejam suas origens, e entrega a eles
um espaço reflexivo que permite a construção de um projeto comum, qualquer
que seja esse. Sobre o papel do educador, nesse contexto, Maturana tem a
seguinte opinião: “a tarefa do professor é dupla. Por um lado, deve ajudar com
que o aluno adquira habilidade operacional no tema que ensina e por outra, deve
guiar o emocional do mesmo em direção a uma liberdade reflexiva total, tanto no
tema como fora dele”. O computador representa uma revolução, tanto no
processo de trabalho como na organização da informação. Por sua vez, as
tecnologias de comunicação exercem a função de disseminadores de
conhecimento, liberando alunos e professores das limitações de tempo e
espaço, enriquecendo o ensino com recursos de multimídia, interação,
simulações, e permitindo o estudo individualizado.
Faz-se necessário, também, que esses professores tenham clareza dos
objetivos daquilo que estão propondo, das necessidades específicas do contexto
social que atuam, bem como do tipo de indivíduo que pretendem formar para
interagir neste, pois só assim poderão escolher metodologias e recursos
adequados a essas práticas, avaliando necessidades, desafios, possibilidades e
limitações que surgem com a utilização destes instrumentos. É importante
lembrar que o uso de tecnologias informáticas nos processos de ensino
aprendizagem geram conflitos, dúvidas e insegurança por parte do professor,
pois uma mudança metodológica desestrutura a sua prática docente e provoca
um certo desequilíbrio na forma de conduzir o processo de ensino devido `a
instabilidade oferecida pela ferramenta utilizada e pelos imprevistos e desafios
que esta atividade pode gerar. As tecnologias, aliadas aos novos paradigmas de
educação, permitem que aplicações educativas sejam desenvolvidas
constituindo um ambiente de ensino aprendizagem interativo com alternativas de
solução para os diversos problemas educacionais; e, mostram também que
todos esses recursos reservam, ao professor, a oportunidade de revitalizar seu
papel, trazendo novas dimensões e perspectivas para o trabalho do mesmo.

2- DESENVOLVIMENTO

Everett Rogers distingue duas classes de normas : tradicionais e


modernas. Nos sistemas onde prevalecem as normas tradicionais, os indivíduos
dificilmente se orientam para a mudança. Nos sistemas sociais com normas
modernas (desenvolvimento tecnológico, tendências científicas, racionais,
cosmopolitas e capacidade empática) há uma atitude positiva para a mudança
Na educação, quem inova: o professor, o pesquisador, o técnico, o
aluno, a instituição escolar ou o Estado? Costuma-se enfatizar as inovações que
afetam os setores dominantes da sociedade. Essa inovação se dá de acordo
com a visão de mundo dos agentes inovadores, de acordo com a concepção
daqueles que defendem o papel da educação nos processos de mudança dos
padrões culturais e de práticas sociais.

A estrutura de um sistema social influencia na difusão da comunicação


sobre o comportamento inovador, que caracteriza-se por seu espírito
aventureiro, sua curiosidade de tentar coisas novas e de aceitar correr riscos. O
inovador é o primeiro a adotar novas idéias num sistema social, devido a sua
instrução, seu status social ou situação financeira, sendo, em geral, parte da
minoria.

A maioria é tardia, adota inovações por pressão do sistema ou por


necessidade econômica. Quando as incertezas das novas idéias forem
descartadas, esta maioria adota-las-ão. E, por último, os retardatários. Estes
são os tradicionais, presos ao passado, a última minoria a adotar a inovação.

Como inovar refere-se aos objetivos dos agentes envolvidos e


suas concepções teóricas da realidade. Discute-se então se as inovações
deveriam vir pela teoria ou pela prática, pelo ensino ou pela pesquisa, pelas
modificações nas atitudes dos alunos ou dos professores, por determinações
estabelecidas nos organismos públicos e oficiais ou não.

Assim, a dimensão analítica sobre o que é inovado na


educação, recai sobre os âmbitos municipal, estadual, regional, nacional,
ensino 1º grau, 2º grau, técnico ou superior. Sendo a última dimensão por que
se inova. Destacamos aqui as necessidades do modelo econômico, além da
influência estrangeira, a legislação, a pesquisa, os experimentos de
laboratório. Muitas teorias enfatizam o desenvolvimento das inovações
tecnológicas, articuladas com as necessidades de expansão das forças
produtivas no sistema capitalista. Outras na gestação de novas descobertas e
invenções, e mesmo na formação dos quadros técnicos que irão posteriormente
dirigir e dinamizar o desenvolvimento industrial e o aumento da produtividade.
As tecnologias , aliadas aos novos paradigmas de educação, permitem
que aplicações educativas sejam desenvolvidas constituindo um ambiente de
ensino aprendizagem interativo com alternativas de solução para os diversos
problemas educacionais, e mostram também que todos esses recursos
reservam ao professor, a oportunidade de revitalizar seu papel, trazendo novas
dimensões e perspectivas para o trabalho do mesmo.

A interatividade pode ser definida como as interligações entre o homem e


a máquina, o homem e o homem e ainda , a máquina e a máquina. Um ambiente
de aprendizagem interacionista deve ser o resultado tanto da participação de
alunos, professores e pesquisadores. O ensino não tem que se render às novas
tecnologias e sim usá-las para agregar maiores valores à educação e na
formação de professores e alunos.

3- RESULTADOS E ANÁLISE DAS PESQUISA

Esta pesquisa foi conduzida junto a professores do Ensino Superior


em instituição de ensino público localizada na Escola Municipal Paulo
Teixeira em Goiânia- Go, no ano 2022. Participaram da pesquisa 10
professores assim divididos pelos vários cursos: Letras/Português/Inglês
(1), Pedagogia(6) e Pós graduados (3). De acordo com a pesquisa feita no
plataforma do google forms, pode-se perceber que o tempo de atuação na
educação varia de 2 a 25 anos de experiência profissional. Os professores
pesquisados na educação básica atuam no ensino fundamental 1 e 2 e
médio. Segundo o gráfico de pizza 50% dos professores entrevistados
utilizam outro meio para elaborar suas aulas. Enquanto que 20%
desenvolvem projetos e 30% tem opinião para desenvolver a atividade.
Segundo, a pesquisa alguns professores utilizam o " Projeto horta" no qual o

objetivo é conscientizar os estudantes sobre a importância da preservação de recursos


ambientais para a produção sustentável de alimentos. Também será incentivado o consumo de
produtos de altos valores nutritivos, as hortaliças produzidas pelos próprios alunos e o projeto
de robótica é um método de aprendizagem focado na pesquisa, descoberta e construção
de uma máquina como resultado da aquisição de conhecimentos. Tem docentes que
desconhecem projetos que atendem a comunidade. A maioria dos entrevistados
responderam o que é inovação e que consegue criar projetos de inovação da escola.

“Sim. Ainda não consegui desenvolver nenhum projeto na escola. Mas tenho planejado
futuramente desenvolver alguns.”

“Sim inovar quer dizer algo novo, diferente! Consigo sim criar projetos de inovação. Sei,
Inclusão através do pratico, fazendo o aluno se sentir importante com pequenos gestos como
buscar atividades na secretaria, livros na biblioteca, deixá-lo expor suas ideias mesmo q ele não
as compreenda”.

“ Sim, um projeto artístico onde os meninos da inclusão dançam, cantam, fazem teatro
entre outros.

Não. Implantação dos clubes estudantis.

Claro projetos que envolvam a comunidade escolar principalmente as famílias dos


envolvidos no projeto Sim , O projeto de feita , consiste na venda de frutas , verduras e
guloseimas pelos alunos do AEE , assim os mesmo irão aprender a lidar com dinheiro: somar
,diminuir., multiplicar e dividir com a calculadora. Deste modo, preparando-os para a vida. Sim!
Criar atividades e aulas com recursos tecnológicos e avançado.

Os docentes responderam que a maioria se inspira em problemas


identificados na realidade que estão inseridos questões culturais locais ou
regionais, atividades de interesse da comunidade. Algumas considerações
relativas à profissão de professor devem ser consideradas, como sua carga
horária que não contempla horários destinados à sua própria atualização. O
conhecimento limitado de informática pode contribuir para esse resultado, como
também a realidade educacional do país, que prioriza o ensino presencial como
insubstituível, predominando as práticas pedagógicas tradicionais.

Em vários depoimentos de professores evidencia-se uma forte resistência


à inovação, que não significa a inexistência de espaço pedagógico para o ensino
virtual, uma vez que também verificamos o espírito inovador do professor,
embora em pequena parcela dos professores pesquisados.

As instituições educacionais precisam estimular seus professores a se


interessarem por essa modalidade inovadora. Para tanto, faz-se necessário
inicialmente a oferta de cursos de informática, pois o conhecimento técnico é
primordial para que o profissional de educação, conhecendo os recursos que o
computador pode oferecer, planeje um curso com abordagem dinâmica e eficaz.

Além disso, os recursos tecnológicos precisam estar disponíveis para que


o professor se sinta confortável na utilização diária da internet, com fácil e rápido
acesso à comunicação por e-mail, aos sites necessários, listas de discussões,
etc...

Obviamente, o domínio e a competência do professor sobre o conteúdo


são de fundamental importância no ensino virtual, assim como também o são
para o ensino presencial.

Esta nova prática educacional, demanda o surgimento tanto de um novo


aluno quanto de um novo professor, ambos abertos para o aprendizado continuo
e um perene comportamento inovador.

Antes, entretanto, este professor precisa ser sensibilizado para aderir à


inovação. Ele precisa de vontade, motivação e coragem para mudar suas
práticas educacionais tradicionais, tão convencionalmente arraigadas na
presencialidade, e perceber a forca e o potencial desta nova ferramenta de
ensino que é a Educação à Distância.

CONCLUSÕES FINAIS

Na educação teorizamos e incentivamos a mudança, mas reproduzimos,


na prática, os modelos tradicionais, com verniz moderno. De um modo geral, as
instituições educacionais têm uma dificuldade estrutural em inovar,
experimentar, reinventar modelos pedagógicos inovadores, participativos, tanto
presenciais quanto virtuais.

O resultado dessa pesquisa mostra que apesar da velocidade tecnológica


estar presente no mundo globalizado, a maioria dos professores pesquisados
caracteriza-se como tradicional, ainda enraizado aos valores conservadores do
conhecimento.

Crescer e inovar. Este dueto de ideias e de conceitos, tornaram-se


paradigmas para o Ensino Moderno. Por todo o mundo a educação desenvolve-
se num estilo defensivo, mas não agressivo o suficiente para fazer aos diferentes
e complexos problemas que desafiam o nosso tempo. Estes problemas exigem
respostas inovadoras e consistentes, baseadas em evidências científicas, quer
se tratem de comportamentos, quer sejam atitudes. Sabemos que a decisão de
aderir ao uso de novas tecnologias, ou a qualquer outra metodologia inovadora
no ambiente escolar é uma tarefa difícil, principalmente porque os professores
em geral têm receio de “perder” o controle da aula. De acordo com Borba e
Penteado (2003, p.56). “as inovações educacionais, em sua grande maioria,
pressupõem mudança na prática docente, não sendo uma exigência exclusiva
daquelas que envolvem o uso de tecnologia informática”.

Estas colocações sugerem uma reflexão acerca da disparidade existente


entre escola e realidade, pois, sabemos que a escola, de um modo geral, não
tem conseguido acompanhar satisfatoriamente o desenvolvimento tecnológico e
científico da sociedade e, como consequência, tem falhado na sua função de
preparar o aluno para interagir na mesma e, também, na promoção do seu
desenvolvimento cognitivo. Por outro lado, há um movimento de discussão e
reflexão que tem buscado modificar a realidade do contexto educacional, ao
mesmo tempo em que busca trazer aparatos e instrumentos tecnológicos para
este meio com o intuito de propor novas formas de produzir conhecimento.

Este movimento traz consigo a necessidade de professores e educadores


repensarem suas práticas pedagógicas bem como a metodologia das suas
propostas de trabalho. Se a escola precisa estar agindo em conformidade com
as necessidades do grupo social, o qual atente, então, as tecnologias não podem
continuar sendo vistas apenas através das janelas das instituições, elas devem
integrar o ambiente educacional e a atividade pedagógica. Além disso, se as
mesmas fazem parte do contexto social de muitos indivíduos, então, é fato que
eles estão sendo influenciados pelas mesmas, assim como, seu modo de pensar
e agir e a forma como o conhecimento social deste grupo é produzido.
A utilização das tecnologias informáticas como instrumento auxiliar a
prática pedagógica, além de favorecer o aprendizado e o desenvolvimento do
indivíduo por meio da internalização de novos sistemas simbólicos pode,
também, contribuir para intensificar e fortalecer a interação professor-aluno e a
relação aluno-aluno. Estas considerações revelam, conforme concepções
defendidas por Vygotsky, a forte influência que o meio (contexto social) exerce
sobre o desenvolvimento do ser humano, o papel preponderante dos sistemas
de símbolos neste processo e a relevância da interação com o outro social à
dinâmica da internalização e externalização destes novos sistemas simbólicos.
Além disso, o acelerado avanço tecnológico tem se constituído em um processo
de aprender continuamente por parte do professor, uma vez que, a sociedade
recebe constantemente novos instrumentos e recursos tecnológicos e ele (o
professor) precisa apropriar-se dos mesmos e incorporá-los na sua prática
docente, buscando promover ambientes interativos que favoreçam a
aprendizagem e o desenvolvimento potencial do aluno. Nesta perspectiva o
professor também está sendo influenciado pelo meio e, consequentemente está
em pleno processo de desenvolvimento.

Um ambiente interativo de aprendizagem se caracteriza como um espaço


onde todos têm a possibilidade de falar, de expressar ideias, levantar hipóteses,
discutir, tomar decisões e ter autonomia para planejar e executar suas ações,
conduzindo seu aprendizado e desenvolvimento. . O ensino não tem que se
render às nova tecnologias e sim usá-las para agregar maiores valores à
educação e na formação de professores e alunos. Não devemos nos esquecer
que as tecnologias de comunicação são recursos sofisticados e úteis
potencializando a capacidade de comunicação do ser humano.

O seu acesso a esta tecnologia deve ser garantido para todos em


igualdade de condições. Os educadores, devem exercer seu poder
transformador, rumo a uma educação reveladora das habilidades criativas do ser
humano, suporte para o exercício pleno da cidadania. E as novas tecnologias,
aliadas aos novos paradigmas da educação, devem permitir que aplicações
educativas sejam desenvolvidas constituindo um ambiente de ensino
aprendizagem interativo, e construtivo com alternativas de solução, não só para
os diversos problemas educacionais, mas também, para uma melhor
qualificação no mercado de trabalho e preparo do aluno para ser um agente
inovador.

Existem no horizonte emocionantes possibilidades para a educação. Não


sabemos exatamente que formato elas assumirão; porém, com a aprendizagem
baseada no computador apenas começando a florescer, o futuro da reforma
educacional parece brilhante. O emprego de uma abordagem disruptiva, que
considere as diferenças entre as crianças, apresenta um caminho promissor
rumo à motivação dos alunos, à maximização de seu potencial humano e à
realização de seus sonhos mais ousados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BELLONI, Maria Luiza. Educação a Distância. Campinas, SP. Autores


Associados, 2001.

CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Editora Paz e


Terra, 2001.

GARCIA, W. Inovação Educacional no Brasil - Problemas e


Perspectivas. Campinas, SP. Autores Associados. p1999.

LITWIN, Edith. Educação a Distância - Temas para o Debate de uma


Nova Agenda Educativa Porto Alegre, Editora Artmed, 2001.

ANEXOS
2- Qual o tempo de atuação na educação”

18 anos
12 anos

2 anos
3 anos
20 anos

7 anos

28 anos

253-Qual
anos fase da educação básica você atua?
Ensino
10 fundamental

Professora de Apoio ensino médio


Professor de apoio
Professora de apoio
Fundamental
Fundamental e médio
inclusão ensino médio

Ensino fundamental e médio

Fundamental 2

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