Projeto de Inovação Pedagógica Un 4 Aula 8

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS ESPECIAIS EM EDUCAÇÃO
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INOVAÇÃO PEDAGÓGICA
Avenida NS 15, Quadra 109 Norte | Plano Diretor Norte
Sala 16, Bloco IV, Câmpus de Palmas | 77001-090 | Palmas/TO
(63) 3229-4162 | www.uft.edu.br/prograd | piip@uft.edu.br
PROJETO DE INOVAÇÃO PEDAGÓGICA
1. Apresentação do Projeto
Apresenta-se como Projeto de Inovação Pedagógica o Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão em
Ciências Sociais e Educação (LEPECSE) como locus e experiência de inovação pedagógica integradora
com abordagem socioantropológica, testada no 1º, 2º e 9º períodos do curso de Pedagogia da UFT –
Arraias, no extraordinário semestre de 2020-2. O contexto de abangência do projeto considera região
ecótona entre Amazônia Legal e Cerrado e comunidades dos municípios no entorno de Arraias,
localizada no Tocantins, com pretenções de expansão para os demais campus e regiões do Estado.
Objetivo Geral
O objetivo do projeto é possibilitar que estudantes de pedagogia e outros cursos e campus da
UFT participem como sujeitos reflexivos e como objetos dinâmicos de investigação integradora,
fundamentada em teorias e metodologias das ciências sociais (antropologia e sociologia) em diálogo
com o campo da educação (formal: básica e superior; e informal: cultura de massa e saberes populares).
Objetivos específicos
 Promover formação ativa, interdisciplinar e integradora em ciências sociais e educação, de forma

crítico-reflexiva.
 Apresentar e capacitar estudantes-pesquisadores/as para os usos das tecnologias, programas,
redes e aplicativos na atividade de ensino, pesquisa e extensão e para sua vida profissional.
 Conhecer as identidades e formação de estudantes da UFT e das comunidades de Arraias e do
Tocantins, por meio do usos de tecnologias de informação e comuinicação em diálogos com
metodologias diversas das ciências sociais.
 Criar e compartilhar instrumentos e diagnósticos de cunho socioeducacional aplicados nos
contextos locais, para orientarem tomadas de decisão da UFT e de instituições e organizações
parceiras.
Sendo assim, a presente proposta se submete ao edital n. 191/2021 do Programa Institucional

de Inovação Pedagógica (PIIP) da UFT, com a expectativa de se apoiar em recursos para o êxito deste
que pretende ser um Projeto de Inovação Pedagógica (PIP). O foco na indissociabilidade entre o ensino,
pesquisa e extensão do presente projeto está, conforme o edital, pautado no eixo ‘Educação inovadora
com excelência e qualidade”, mas flerta como toda perspectiva integradora também com os eixos da
inclusão social; inovação, transferência de tecnologia e empreendedorismo; reconhecimento social; e
instrumentos de governança pública. Isso porque, as ações do Laboratório Ensino, Pesquisa e Extensão
em Ciências Sociais e Educação deverão atender às demandas da comunidade, trazidas pelos arranjos
produtivos locais, movimentos sociais, políticos e administração pública, inicialmente a partir das
temáticas apontadas pelos/as próprios/as estudantes ativos/as no projeto.
O caráter integrador abrange tanto os fundamentos do tripé da universidade, o ensino, a

pesquisa e a extensão, quanto as disciplinas diversas (Sociologia da Educação, Antropologia e Educação
e Diversidade Cultural, podendo abranger outras disciplinas) da Pedagogia de Arraias e os demais cursos
e campus da UFT, interdisciplinarmente trabalhados pelo protagonismo de estudantes, que se
posicionam ativos portavozes das problemáticas e demandas da comunidade, na perspectiva da

transformação/inovação social. A integração que o presente projeto pretende está, na menor das
possibilidades, comprometida com a mitigação do isolamento das ciências e tecnologias e seus
processos de produção dentro e fora do ambiente acadêmico. Assim, apresenta-se uma inovação social
de caráter integrador. Isso porque, lamentavelmente, o modus operandi da educação e da ciência, não
raro, tem trabalhado para a separação, desagregação e isolamento das áreas e sujeitos de
conhecimento, o que minimiza a efetividade do seu potencial de transformação social.
André e Abreu (2006) destacam a partir de levantamento do estado da arte da temática da

inovação social que três objetivos caracterizam e diferenciam esta da inovação tecnológica mais
comprometida com o desenvolvimento econômico e com as finalidades lucrativas do mercado. São elas:
a satisfação de necessidades humanas não satisfeitas de outra forma; inclusão social por meio do acesso
a direitos; e melhora das capacidades humanas por meio de processos formativos/educativos.
Desta forma a inovação social compromete-se com a transformação social. Comprometer-se
com este tipo de inovação requer operacionalizar seus objetivos a partir do diagnóstico das necessidades
sociais do território e sujeitos a serem beneficiados por suas ações, avançando pelo planejamento dos
objetivos, metas, estratégias, metodologias, recursos e parcerias que viabilizam sua execução.
Destacam-se entre as dimensões que caracterizam a realização de inovação social as métricas,
indicadores e instrumentos que permitirão monitorar a efetividade das ações inovadoras de cunho social
para superação e correção das rotas inicialmente pensadas, para prestação de contas das realizações
do projeto tanto para os parceiros quanto para as comunidades envolvidas.
Considerando o novo Plano de Desenvolvimento Institucional da UFT (PDI 2021 – 2025) o
presente projeto se alinha com dois valores que o marcam: a inovação e a integração. Neste caso, a
integração inovadora, com vistas à transformação social e ao mesmo tempo, inovação integradora na
metodologia pedagógica. A presente proposta leva a cabo o ensino como prática de pesquisa, com busca
e aplicação de conceitos das ciências sociais em relação e em diálogo com os demais campos do
conhecimento e da sociedade, problematização e construção de instrumentos de investigação, reflexão
e análise dos resultados com relevancia e solução socioambiental para a região.
O projeto considera como elementos norteadores de suas temáticas e atividades a agenda da
Organização das Nações Unidas de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para até 2030,
referentes à educação, trabalho, inovação, cidades e comunidades sustetáveis, consumo e produção
sustentáveis, crescimento econômico, redução das desigualdades, erradicação da pobreza, saneamento
e segurança alimentar, saúde e bem estar, igualdade de gênero entre outras questões urgentes na
construção de um outro mundo possível (SANTOS, 2000). Dos 17 ODS sairão as temáticas do Projeto
de Ensino, Pesquisa e Extensão de cada semeste a serem escolhidos pelos/as estudantes envolvidos
de forma relacional como sujeitos e objetos de conhecimento, na perspectiva de uma inovação social.
Sendo assim, desdobra-se como problemática a real participação dos sujeitos e comunidades
beneficiadas na criação dos processos e produtos inovadores que mitigariam ou resolveriam os efeitos
e as causas de seus problemas sociais. Isso porque, apenas deles partiriam soluções verdadeiramente
disruptivas já que a estes não restaria nenhum compromisso na manutenção dos poderes hegemônicos.
Desta forma o coletivo de estudantes presentes concomitantemente na universidade e na comunidade

cumprem o papel ativo deste sujeito da inovação social.
Quando se trata da demora e das dificuldades de se implementar inovação nos processos
educativos, os/as docentes de hoje tendem a reproduzir modelos pedagógicos os quais foram
submetidos, inovando muito pouco quando são estes a assumirem a sala de aula. Chamo atenção que
não raro é comum vermos em cursos de licenciatura professores e professoras apresentando um
conteúdo inovador ou emancipatório por meio de métodos e dinâmicas tradicionais e reacionárias. Já vi
cursos de metodologias ativas sendo ministrados da forma mais passiva possível. Muitos/as docentes
que propagam em seus discursos os fundamentos freireanos sequer se dão ao trabalho de ouvir seus e
suas estudantes para que sejam conhecidos seus contextos e saberes para a partir deles planejarem
sua prática educativa.
Assim, o presente projeto propõe construir com as turmas ativas: as temáticas, problemáticas,
metodologias, instrumentos e diagnósticos da pesquisa socioantropológica a ser realizado no semestre.
Define-se, a partir de Grupos de Trabalhos também as bases teóricas e recorte da realidade local a ser
o campo onde a pesquisa se dará. Essa participação centrada no estudante faz dele ativo no processo
e se dá após momento conduzido pela/a docente coordenador/a de apresentação dos fundamentos e
conceitos clássicos e contemporâneos das ciências sociais (Sociologia e Antropologia) em diálogo com
a educação. No espaço (por enquanto, virtual) do LEPECSE ação pode ainda antecipar para os primeiros
períodos e realizar para o último período, as atividades de planejamento e execução de investigação
voltadas aos Trabalhos de Conclusão de Curso.
Com enfoques de perfil socioeconômico, atenção à prática cotidiana, indicialidade, reflexividade,
relatabilidade (accountability) e noção de membro, presentes na na etnometodologia (GUESSER, 2003),
espera-se problematizar a realidade local, ao mesmo tempo em que se aprofunda nos entendimentos
possíveis desta realidade e na propositura de soluções nascidas no Laboratório, pelas mãos de
estudantes que são membros da comunidade. Os resultados produzidos neste projeto devem ser
apresentados e viabilizados com parcerias interistitucionais (UFT, poder público, iniciativa privada,
sociedade civil organizada).
No que se refere aos parâmetros de qualidade instituídos pelo Sistema Nacional de Avaliação
do Ensino Superior (SINAES), Leineker e Cezari (2020) destacam o impacto quantitativo nos indicadores
de eficiência e qualidade para o financiamento das IFES e para a efetiva qualidade no processo de
formação profissional. Destacam também a importância do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI)
como documento norteador da política pedagógica institucional e que fundamentam os processos
internos e externos de avaliação da qualidade.
O estabelecimento de relações horizontalizadas entre universidades, ações e serviços educacionais
públicas e privadas e comunidades objetiva criar espaços reais de troca, interlocução e transformação
mútua. A parceria envolve mudanças nas posturas e nos valores existentes nos três componentes como,
por exemplo, a ruptura das barreiras de comunicação, do isolamento entre as instituições e sua
aproximação da realidade social.
Considerou-se que a educação baseada na comunidade (community-based education) envolve a

utilização da comunidade, durante toda a experiência educativa, como um importante cenário no qual a
aprendizagem tem lugar. Neste caso os/as estudantes trazem para dentro da universidade os problemas
das comunidades Arraianas, uma vez que dela fazem parte. Na aprendizagem baseada em problemas
(problem-based learning) se refere a uma metodologia de ensino que integra as várias disciplinas, como
um modo de solução de problemas, em torno dos problemas socioculturais e educacionais dos
indivíduos, das comunidades e da sociedade.
Após análise inicial dos conceitos e temáticas fundamentais das ciências sociais, os/as docentes
e os estudantes apontam as questões a serem problematizadas definem seus objetivos de aprendizagem
e buscam as informações necessárias para abordá-lo. Após, relatam o que encontraram e o que
aprenderam em forma de Seminário e relatórios escritos. A aprendizagem baseada em problemas na
formação de profissionais de educação tem três objetivos: a aquisição de um corpo integrado de
conhecimentos; a aplicação de habilidades para identificar e resolver problemas; e o desenvolvimento
do raciocínio crítico-reflexivo.
Além destes dois conceitos, “educação orientada para a comunidade” e aprendizagem baseada
em problemas, há um terceiro conceito fundamental para o presente projeto e que pretende entre outras
coisas, minimizar a evasão: educação centrada no/a estudante. Refere à estratégia instrucional que
se vincula à capacidade e motivação do/a estudante. Com o devido apoio docente, estes/as estudantes
devem ter total responsabilidade pelo seu autoaprendizado. A ênfase nesta estratégia é a busca ativa de
informações e habilidades pelo/a próprio/a aluno/a de forma autônoma. A ele compete definir as melhores
formas e o ritmo de estudar, bem como a avaliação do progresso da sua formação.
Em essência, a metodologia implica em currículos integrados (entre o turmas e disciplinas do

início ao fim do curso) organizados por rodadas de estruturação e apresentação do planejamento da
pesquisa e análise e apresentação de resultados da pesquisa com sugestões de soluções, com relações
mais horizontais e democráticas entre alunos e professores, fundamentando-se em uma filosofia
educacional superadora da pedagogia da transmissão, ao se adotar a pedagogia crítico reflexiva na
construção do conhecimento.
Ao optar por este modelo pedagógico, mais ativo e participativo, autônomo, crítico-reflexivo e
propositivo a universidade avança em direção a uma prática atual que propicia uma sólida formação
cognitiva e melhor desempenho das habilidades necessárias ao bom desempenho de cidadania e
profissional.
2. Descrição do Projeto
O cronograma de atividades do presente projeto conta com encontros síncronos das respectivas
turmas, que acontecem semanalmente ao longo de um semestre letivo, com atividades de estudo,
planejamento e execução de Projeto de Ensino, Pesquisa e Extensão, construido coletivamente no curso
do projeto de inovação pedagógica integradora. O projeto prevê como eventos de culminância dos
trabalhos duas rodadas de apresentação da pesquisa e seus resultados com abordagem
socioantropológica em seminários avaliativos de caráter formativo e somativo. A primeira rodada com
foco na problematização e construção dos instrumentos de pesquisa e a segunda rodada com foco na
análise e apresentação dos resultados da investigação. Entre a primeira e segunda rodada de seminários
a avaliação contará com devolutiva sobre a qualidade da leitura dos textos básicos, problematização
contextualizada, apresentação oral e registros das atividades de estudo e pesquisa do grupo e
individualmente. Por ser também somativa, a avaliação permitirá gerar indicadores de desempenho
dos/as estudantes, diagnósticos dos sistemas socioculturais e educativos estudados e da qualidade e
efetividade do próprio Projeto de Inovação Pedagógica implementado.
Os períodos envolvidos no presente projeto, se organizam em 4 a 6 Gupos de Trabalho (GT) por
turma (de 12 a 18 GT por semestre, no caso de haver 3 disciplinas envolvidas no projeto, como foi o
caso do teste aqui relatado), aos quais serão distribuidas as temáticas. As temáticas são apontadas
pelos/as estudantes com base na introdução dos conceitos e autores/as clássicos/as das disciplinas nas
três ou quatro primeiras semanas do curso. A mediação docente orienta a problematização de aspectos
da vida cotidiana do próprio grupo e suas comunidades e o levantamento junto com os/as estudantes de
base bibliográfica (estado do conhecimento) para o estudo, sem perder de vista a interface destas
problemáticas com aspectos educativos (de nível básico, superior ou informal). A presente proposta
buscará a participação de docentes do colegiado de Pedagogia e dos outros cursos do campus de Arraias
(Direito, Educação do Campo, Matemática, Turismo Patrimonial e Socioambiental, Programa de
Mestrado Profissional em Matemática – ProfMat), outros cursos e campus da UFT.
O trabalho dos grupos se dará em prática de Laboratório de Pesquisa em Ciências Sociais e
Educação (Lapecse) e será gerido pelos próprios grupos (autogestão), com mediação e orientação da
professora ou da equipe de tutor e monitores das disciplinas envolvidas no projeto. As orientações são
fundamentandas em metodologias ativas (PBL – Problem Based Learning) em que um problema é
construido e apresentado como estudo de caso em grupos de trabalho pequenos (de 6 a 10
participantes).
As reuniões de trabalho, com estudo dos textos, distribuição e monitoramento das etapas da
pesquisa, a capacitação para uso de técnicas e programas de coleta e análise de dados, construção e
aplicação de instrumentos de pesquisa, o tratamento e análise dos dados coletados, a elaboração de
projetos e relatórios de pesquisa e a apresentação de seminários fazem parte das atividades no percurso
da presente inovação pedagógica. Outras formas de publicação dos produtos gerados neste projeto
pedagógico integrador serão estimuladas, como resumos em anais de eventos internos e externos,
coleções, livros, capítulos de livros, artigos em períodicos, lives, informativos e memes em canais e perfis
em redes sociais.
O Lapecse, pretende uma estrutura dinâmica de coordenadores, tutores e monitores que

ofereçam atividades e eventos diversos de apresentação e capacitação em recursos estatísticos,
programas e aplicativos voltados à coleta, tratativa e análise de dados, informações e conhecimentos
sociais sobre o campo da educação e outros tantos que invariavelmente lhe atravessam, como a
economia e a ecologia. A equipe executora deste Projeto, caso seja contemplado como PIP receberá
“incentivos financeiros na forma de auxílio para os docentes e bolsas para os alunos de graduação e
pós-graduação. A equipe será formada por um docente coordenador do projeto, denominado CIP, um
aluno de pós-graduação chamado TIP e seis alunos dos cursos de graduação definidos como MIP, dos
quais um dos alunos MIP será selecionado a partir dos inscritos ingressantes em cotas indígena e/ou
quilombola”, conforme o edital do PIIP.
Projeto de Inovação Pedagógica que aqui se propõe passou durante o semestre de 2020-2 por
Teste em modalidade Remota, com Projeto de Ensino, Pesquisa e Extensão intitulado
Etnometodologias das práticas educativas de estudantes de Pedagogia da UFT de Arraias: uma
abordagem socioantropológica integradora, envolvendo das turmas de 1º, 2º e 9º períodos de
Pedagogia da UFT de Arraias. No extraordinário semestre de 2020-2, quando o projeto foi posto a teste,
todo o trabalho realizou-se remotamente, devido aos decretos e resoluções emergenciais frente à
pandemia do novo Covid-19. Situação se se repetirá em 2021-1. Contudo, o presente projeto é possível,
e preferível, presencialmente. Esparançamos por isso.
Figura 1 – Formulário Google construído pelas turmas ativas no projeto teste de 2020-2 com 62
respondentes entre os estudantes de pedagogia da UFT de Arraias*
Fonte: https://docs.google.com/forms/d/1DJHUj0ligKxOjMis7UDMDbXDS-H5zqJawZOz7hFmLy4/edit
* Instrumento de pesquisa contou com 54 perguntas entre múltipla escolha, valorativas, sendo 10 perguntas abertas para
o respondentes discorrer sobre suas opiniões.
Considerando que o semestre letivo seja planejado em duas metades, os trabalhos desta prática
pedagógica também se dá em dois momentos. Quando o teste deste projeto foi aplicado o semestre
somou 14 semanas de trabalho. A culminância das ações se davam em encontros síncronos semanais
de 1 hora e 45 minutos. O levantamento dos temas e problemas de investigação, tanto quanto da
elaboração dos instrumentos de pesquisa (questionários e outras fontes) foram definidos com a
participação ativa das turmas envolvidas.
Na primeira metade do tempo estruturamos (estudantes e docente proponente) o projeto e os
instrumentos da pesquisa socioantropológica que realizamos no semestre, com base nos conteúdos
previstos no Projeto Pedagógico do Curso (PPC) para as disciplinas de Sociologia da Educação,
Antropologia e Educação; e Diversidade Cultural.
Nesta ocasião, três das quatorze semanas aplicadas no projeto teste foram dedicadas à
apresentação dos conceitos e referências clássicas e contemporâneas das ciências sociais (sociologia,
antropologia, política e direitos humanos). Concomitantemente levantamos (estudantes e docente) temas

e questões para desenvolvermos na pesquisa.
A culminância do processo se realiza em duas Rodadas de Seminários de Pesquisa
Socioantropológica sobre Educação por semestre, nos encontros síncronos das disciplinas. A
apresentação da 1ª Rodada de Seminários de Pesquisa Socioantropológica sobre Educação para a
construção do instrumento de pesquisa. A 2º Rodada de Seminários de Pesquisa Socio-Antropológica
sobre Educação para aprofundamento conceitual e análise dos resultados.
LABORATÓRIO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS E EDUCAÇÃO

Projeto Semestral (2021-1 – Remoto)
Curso de Licenciatura em Pedagogia da UFT de Arraias
Disciplinas e períodos ativos: Sociologia da Educação, Antropologia e Educação e Diversidade
Cultural, no 1º, 2º e 9º, respectivamente.
Coordenador/a:
Tutor/a:
Monitores/as do 1º Período:
Cronograma das atividades:

Data Descrição Responsável
1º Bimestre
Até 10 de maio  Submissão do LEPECSE 2021-1 no Comitê de  Docente Coordenador/a
Ética em Pesquisa - UFT
10 a 15 de maio  Apresentação do PIP às turmas ativas e critérios  Docente Coordenador/a
de seleção de monitores por turma
17 a 21 de maio  Seleção da equipe de monitoria  Docente Coordenador/a
24 a 28 de maio  Capacitação da equipe de monitoria  Docente Coordenador/a e Tutor/a
10 a 28 de maio  Apresentação dos fundamentos e métodos  Docente Coordenador/a com
clássicos e contemporâneos das disciplinas participação das turmas ativas
ativas (pelo/a Docente Coordenador/a), durante 3
a 4 semanas
31 de maio a 04  Reunião de trabalho 1 – Planejamento: Definição  Docente Coordenador/a com
de junho dos GT, temas e textos participação das turmas ativas
31 de maio a 25  Preparação do projeto para o seminário:  Grupos de Trabalho com orientação do/a
de junho levantamento de conceitos teóricos, potenciais Docente Coordenador/a
campos locais de estudo, problemáticas e
perguntas para o instrumento de pesquisa (pelos
GT)
31 de maio a 04  Capacitação 1 das turmas ativas – formulários  Docente Coordenador/a, Tutor/a e
de junho google Monitor/a
28 de junho a 02  Capacitação 2 das turmas ativas - estatística  Docente Coordenador/a, Tutor/a e
julho básica (Coordenador/a, Tutor/a e Monitor/a) Monitor/a
07 a 25 junho  1ª Rodada - Seminário de Projeto de Pesquisa  Grupos de Trabalho com orientação do/a
Socioantropológica Docente Coordenador/a
28 de junho a 02  Reunião de trabalho 2 – Construção e ajuste do  Grupos de Trabalho com orientação do/a
de julho instrumento (formulário google) e avaliação Docente Coordenador/a
coletiva da primeira etapa do Projeto de Inovação
Pedagógica LEPECSE.
05 a 23 de julho  Aplicação do instrumento ao recorte local definido  Grupos de Trabalho com orientação do/a
pelas turmas ativas e seus GT. Docente Coordenador/a
2º Bimestre:
20 a 23 de julho  Apresentação de fundamentos metodológicos de  Docente Coordenador/a com

análise quantiqualitativa de resultados de participação das turmas ativas
pesquisa socioantropológicas (pelo professor/a
coordenador/a).
26 a 30 de julho  Reunião de trabalho 3 – Análise dos resultados:  Grupos de Trabalho com orientação do/a
redefinição dos GT, temas e textos. Docente Coordenador/a
20 a 23 de julho  Capacitação 3 das turmas ativas – tabulação de  Docente Coordenador/a, Tutor/a e
dados no excell (Coordenador/a, Tutor/a e Monitor/a
Monitor/a).
26 a 30 de julho  Capacitação 4 das turmas ativas – apresentação  Docente Coordenador/a, Tutor/a e
e formatação de relatório de pesquisa Monitor/a
(Coordenador/a, Tutor/a e Monitor/a).
02 a 20 de  2ª Rodada - Seminário de Resultados de  Grupos de Trabalho com orientação do/a
agosto Pesquisa Socioantropológica Docente Coordenador/a
23 a 30 de  Reunião de trabalho 4 das turmas ativas –  Grupos de Trabalho com orientação do/a
agosto Eventos e oportunidades diversas de publicação Docente Coordenador/a
dos relatórios produzidos e Avaliação coletiva da
etapa final do Projeto de Inovação Pedagógica
LEPECSE.
3. Resultados Esperados
Como produtos gerados por meio do presente projeto de inovação pedagógica está as
instituições, campus e cursos envolvidos, as turmas ativas, os Grupos de Trabalho constituídos,
estudantes capacitados/as, tutores colaboradores, monitores atuantes, instrumentos desenvolvidos,
campos e temas estudados, base teórica contemplada, ações de monitoria e de capacitação, ações de
orientação pedagógica, indicadores e diagnósticos gerados, relatórios analíticos, apresentações e
seminários realizados, divulgações em eventos e comunidades científicas e populares (resumos e
resumos expandidos, artigos em periódicos, coleção, livros e capítulos, Trabalhos de Conclusão de
Curso – TCC), além de parcerias interinstitucionais, patentes e metodologias registradas, transferência
de tecnologia social, prêmios e outras menções honrosas.
Cumprindo-se como prática pedagógica integradora de inovação social, entre os produtos
gerados por esta prática pedagógica integradora de inovação social destaca-se o conjunto de achados
da pesquisa que poderá reconduzir a tomada de decisão voltadas à qualidade da educação oferecida
pela UFT de forma socialmente referenciada.
Produtos Gerados Teste remoto 2020-2 1º ciclo 2021-1

Cursos envolvidos 01 (Pedagogia da UFT de 03 (Graduações e ProfMat da UFT de
Arraias) Arraias)
Turmas ativas 03 (1º, 2º e 9º períodos de 03 (1º, 2º e 9º períodos de Pedagogia da UFT
Pedagogia da UFT de de Arraias), além das turmas dos tutores
Arraias) envolvidos no projeto
Grupos de Trabalho 18 (GT) 18 GT, além das turmas dos tutores
envolvidos no projeto
Estudantes 100 (estudantes) 100 estudantes, além das turmas dos tutores
envolvidos
Tutores - 03 (tutores)
Monitores - 06 (monitores)
Instrumentos 01 (questionário google 01 (questionário google form, com três
desenvolvidos form, com três seções de seções de análise – perfil socioeconómico,
análise – perfil aspectos educacionais e percepção sobre
socioeconómico, aspectos temáticas específicas - com perguntas
educacionais e percepção fechadas e abertas eviadas todos os
sobre temáticas específicas estudantes dos cursos ativos no projeto)
- com perguntas fechadas e
abertas eviadas às turmas
ativas no projeto)
Campos e temas de 09 (03 campos – 09 (03 campos – antropologia, sociologia e
estudo antropologia, sociologia e diversidade + as temáticas definidas pelos
diversidade + 06 temáticas – GTs), além das propostas de trabalho dos
cultura popular, classes tutores envolvidos
sociais, racialização,
políticas afirmativas,
feminismo, teorias do sul)
Base teórica 5 teses, 2 dissertações, 1 A critério das temáticas e problemáticas
contemplada livro, 1 capítulo de livro, 6 propostas pelas turmas ativas, além das
artigos científicos propostas dos tutores envolvidos.
Ações de monitoria 02 rodadas de monitoria 02 rodadas de monitoria continuada e
de capacitação continuada e dirigida por GT dirigida por GT para preparação da
para preparação da problemática e instrumentos de pesquisa e
problemática e instrumentos para aplicação e análise dos resultados,
de pesquisa e para além das propostas dos tutores envolvidos
aplicação e análise dos
resultados.
Ações de orientação 02 rodadas de orientação 02 rodadas de orientação dirigida por GT
dirigida por GT para para preparação da problemática e
preparação da problemática instrumentos de pesquisa e para aplicação e
e instrumentos de pesquisa
e para aplicação e análise análise dos resultados, além das propostas

dos resultados. dos tutores envolvidos
Indicadores e Pelo menos 20 indicadores A depender do instrumentos e diagnósticos
Diagnósticos de perfil socioeconômico, desenvolvidos neste semestre.
educacional e de percepção
políticocultural
Relatórios analíticos 18 relatórios analíticos 18 relatórios analíticos organizados por GT e
organizados por GT e seus seus respectivos recortes temáticos, além
respectivos recortes das propostas dos tutores envolvidos
temáticos
Seminários 06 seminários (Duas 06 seminários (Duas rodadas de seminários
realizados rodadas de seminários por por turma ativa no projeto), além das
turma ativa no projeto) propostas dos tutores envolvidos
Eventos de - 01 (Semana Acadêmica de Pedagogia)
divulgação científica
Resumos - 18 (resumos)
(expandidos)
Artigos em periódicos - 02 (artigos)
Coleção, Livros e - 01 (livro/coleção)
Capítulos
TCC - 03 (TCC)
Parcerias - 03 (associaições e movimentos sociais,
interinstitucionais órgãos da adminstração pública)
Patentes e 01 (PIP) 01 (PIP)
metodologias
Transferência de 01 (PIP) 01 (PIP)
tecnologia social
Financiamentos, - 01 (PIP)
Prêmios e outras
mensões honrosas
4. Referências
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Desenvolvimento, v. 9, n. 1, p. 223-239, 2018.
ANDRÉ, Isabel; ABREU, Alexandre. Dimensões e espaços da inovação social. Finisterra, v. 41, n. 81, 2006.
BIGNETTI, Luiz Paulo. As inovações sociais: uma incursão por ideias, tendências e focos de pesquisa. Ciências Sociais
Unisinos, v. 47, n. 1, p. 3-14, 2011.
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Brasília, 23 dez. 1996, p. 27833.
CALDERÓN, Adolfo Ignacio. Extensão universitária: revisitando conceitos e práticas institucionais. Extensão universitária:
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COSTA, Albertina et al. Pensamento Feminista Brasileiro: Formação e contexto. Bazar do Tempo Produções e
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DAUSTER, Tania. "Entre a Antropologia e a Educação" - a produção de um diálogo imprescindível e de um conhecimento

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DIAS SOBRINHO, José. Avaliação ética e política em função da educação como direito público ou como mercadoria.
Educação & Sociedade, Campinas, v. 25, n. 88, p. 703-725, out. 2004.
DOURADO, Luiz Fernandes. Políticas e gestão da educação superior no Brasil: múltiplas regulações e controle. RBPAE –
v.27, n.1, p. 53-65, jan./abr. 2011.
FERREIRA, Ana Rita Fonsêca et al. Valoração de Propriedade Intelectual para a Negociação e Transferência da Tecnologia:
O caso NIT/IFBA. Navus-Revista de Gestão e Tecnologia, v. 10, p. 01-23, 2020.
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TOSTA, Sandra Pereira. Antropologia e Educação: Interfaces em construção e as culturas na escola.
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