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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS ESPECIAIS EM
EDUCAÇÃO
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INOVAÇÃO PEDAGÓGICA
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PROPOSTA DE PROJETO DE INOVAÇÃO PEDAGÓGICA - EDITAL 370/2021/PROGRAD

PROJETO INOVAJOR
[NÃO COLOCAR NOME DO PROFESSOR OU QUALQUER IDENTIFICAÇÃO. CRITÉRIO DE
ELIMINAÇÃO SEGUNDO O EDITAL]

1. APRESENTAÇÃO DO PROJETO
(estabelecer uma introdução ao assunto, definir os objetivos geral e específicos, apresentar propostas
inovadoras e que tragam transformações no processo de ensino-aprendizagem da UFT a partir de métodos,
ferramentas e tecnologias educacionais pedagógicas inovadoras)
O projeto Inovajor foi construído visando atender às necessidades de formação teórica
e técnica exigidas pelo mercado de trabalho para o jornalista, mas atuando no grupo focal de
estudantes que entram na UFT através do sistema de cotas. As empresas cada vez mais exigem
profissionais críticos, políticos, éticos que tenham a intenção de produzir conteúdo noticiosos
que promovam cidadania e agreguem a expertise nas tecnologias digitais, um desafio para o
curso de jornalismo e para este público alvo do Inovajor, que são alunos PcDs, indígenas e
quilombolas, que são também, na grande maioria de baixa renda.
Neste sentido, a proposta do Projeto Inovajor é promover no âmbito do curso de
jornalismo a sinergia entre várias áreas do saber e aderir à proposta de pautas voltadas para os
povos tradicionais, aos avanços tecnológicos que permitem mais qualidade de aprendizado e de
vida aos alunos PcDs. O levantamento sistemático de temas que envolvem conflitos sociais
relacionados aos seguimentos mais vilipendiados da sociedade, são agendas importantes na
construção social de uma sociedade que busca dirimir a desigualdade e os malefícios da
colonização. A universidade tem capital intelectual e tecnológico, compete a ela usar desses e
da criatividade para estes fins humanitários e não apenas para alimentar o sistema capitalista.
A justificativa de selecionarmos como público-alvo do projeto alunos provenientes de
quilombos, aldeias indígenas e portadores de deficiência, é porque são personagens sociais, que
na universidade repetem as mesmas circunstâncias históricas desfavoráveis: são os que tem
mais dificuldade de socialização, os que tem mais dificuldade de concluir o curso no tempo
determinado, os que mais evadem e mais reprovam e o que mais desafiam as políticas públicas
em todos os níveis.
No processo histórico do qual a universidade é partícipe esses personagens estão há anos
distanciados ou excluídos dos espaços de poder. Ainda sofrem o preconceito, a inépcia
institucional em acolhê-los de maneira adequada e mormente, o conceito de tecnologia de
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PROJETO DE INOVAÇÃO PEDAGÓGICA - EDITAL 370/2021/PROGRAD

inovação esteja na vanguarda dos projetos das universidades brasileiras, é preciso reconhecer
que as instituições de ensino devem olhar o futuro digital, sem repetir o dogma social e deixar
de promover acessos para que esses alunos que entram nas UFs e Ifs pelas cotas subam etapas
sociais, se tornem protagonistas nos vários momentos da vida universitária.
A história de indígenas, pretos e pardos, pessoas com deficiência no Brasil é
politicamente ofuscada pelo preconceito, que seja racial e étnico, pelas incompreensões das
diferenças. Estando sub-representados nos espaços de poder, desde os seus ancestrais, como
podem ser protagonistas da própria história e mudar seus papéis nas universidades?
Neste sentido, o projeto Inovajor busca atender este chamado social e oferecer
oportunidades para descortinarmos outras experiências mais favoráveis com e para esses alunos
a partir do conhecimento. É papel da universidade estabelecer elos de parcerias e contribuir
para a formação de uma sociedade mais plural e tecnologicamente constituída de saberes
diversos e difusos.
Orienta-se para que as narrativas de alunos provenientes dos segmentos aqui
selecionados, sejam valorizadas. O esforço é grande e os resultados nem sempre são
quantitativamente animadores, mas absolutamente necessários para que haja um contraponto
com a ideia de inovação. Esta não pode se abster de ser inclusiva, histórica e cultural.
O UFT não pode se omitir diante de um empoderamento ideológico da tecnologia e da
inovação, caso este se faça distanciado dos povos aqui mencionados, reforçando a desigualdade
e obstruindo os canais de reflexão ideológicas, políticas, de luta de classes. Por isso esses atores
sociais serão protagonistas no Inovajor.
O projeto visa ser incentivador e articulador do compartilhamento das histórias, de
relatos de fatos, de vivências passadas, colocado na cena personagens importantes na
reconstrução social desses indivíduos, para que se apoderem da oportunidade que o mundo
universitário oferece e então construam suas próprias narrativas, e que tais ideias se difundam
e se corporifiquem no ativismo político e numa sociedade mais plural e igualitária.
O processo de construção intelectual e cultural que ocorre na universidade, exige
instrumentos que grande parte dos alunos indígenas e quilombolas desconhecem ou não
possuem. Os formulários do Piso e do Cubo, por exemplo, desconsideram que nas aldeias a
subsistência é comunal, documentos que comprovam renda e trabalho dos pais dos alunos são
inexistentes, neste sentido as bolsas não chegam para quem mais precisa.
Essas exigências desconexas e contraditórias com a lei de cotas que dá o acesso, mas
não assegura a permanência devem ser melhoradas para que esses alunos consigam conviver
melhor no ambiente universitário que é geralmente distante das aldeias e quilombos rurais, onde
ficaram a família.
Muitos alunos das comunidades tradicionais sequer tem o direito patrimonial do
território assegurado. Como esses alunos podem comprovar a renda e situação laboral dos pais
se esses sequer obtiveram o direito legal ao território que ocupam?
Sem o sentido de pertencimento territorial por um lado e pela exclusão seletiva que a
burocracia da universidade impõe a esses jovens, como pensar em transformar
pedagogicamente esses alunos atores em protagonistas? Transformadores dessas realidades
cruéis que reforçam o sentimento de quem sou eu? De perda da identidade socializante no
espaço universitário, que sempre foi elitista, racista, construído pela e para burguesia?
Eis aqui o desafio da UFT, olhar os diferentes mas acolhê-los na igualdade, dentro das
diferenças. O discurso midiático tem favorecido este tipo de inclusão e de sentimento de
pertencimento pela repetição exaustiva do jargão da inclusão. O jornalismo tem defendido a
bandeira da acessibilidade, da defesa dos direitos humanos, mas as narrativas não são
suficientes para vencer séculos de colonização.

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PROJETO DE INOVAÇÃO PEDAGÓGICA - EDITAL 370/2021/PROGRAD

O projeto também prescinde da necessidade de construir um discernimento crítico e uma


abordagem cognitiva ampla e dialética, junto aos estudantes monitores, que são selecionados
no certame inicial. O Inovajor estabelece critérios que emergem das demandas diárias dos
estudantes que são alvo de monitoria no caso, os alunos, indígenas, quilombolas e PcDs.
No acompanhamento dessas necessidades invoca-se a capacidade humanitária,
empática, solidária o que tem contribuído para a formação interior dos estudantes monitores
que passam a compreender as dificuldades emanadas pelos alunos que necessitam de auxílio de
monitoria, acabando por participar ativamente do processo de aprendizagem, e ele, que se
pretende monitor, acaba por ser beneficiado, pela confluência de realidades até então
desconhecidas e que fazem parte de um processo histórico e cultural do qual, ele enquanto
pretenso jornalista, não deveria se esquivar de conhecer e de estabelecer parcerias sociais.
1.1. Objetivo Geral
Oferecer monitorias específicas visando melhorar o coeficiente de aprendizagem e o
protagonismo dos estudantes da UFT que entram pelas cotas: estudantes PcDs, indígenas e
Quilombolas
1.2. Objetivos Específicos
(objetivos específicos devem estar descritos através de uma lista numerada, pois devem
estar relacionados às atividades do plano de atividades/cronograma )
● Objetivo 1 – Promover uma rede de apoio pedagógico e solidariedade institucional para os
estudantes PcDs, Quilombolas e Indígenas
● Objetivo 2 – Estimular o aprendizado teórico-técnico utilizando-se de metodologias ativas
● Objetivo 3 – Protagonizar as narrativas históricas dos estudantes de cotas através das novas
tecnologias
● Objetivo 4 – Estimular a criticidade e o engajamento político dos alunos nos processos de
autorreconhecimento identitário
1.3. Propostas Inovadoras
O projeto Inovajor busca oferecer aos monitores o conhecimento dessas realidades, caso delas
não seja parte atuante, depois relacioná-las com as próprias vivências que se definem nos
espaços universitários. Orienta-se para que as narrativas de alunos provenientes dos segmentos
aqui selecionados, sejam estimuladas. O esforço é entender como se sentem nos espaços
acadêmicos da UFT a partir das falas próprias.
No processo de construção e formação intelectual e cultural que ocorre com o auxílio da
universidade, é muito importante que a UFT reconheça as falhas administrativas e pedagógicas
que impossibilitam ou dificulta a permanência e o êxito dos alunos PcDs, indígenas e
quilombolas, o que só se consegue quando esses alunos são inseridos na construção das políticas
internas da universidade.

Título da Proposta Inovadora I- Narrativas Ancestrais


Construção da identidade profissional dos alunos negros, indígenas e PcDs com uso de recursos
tecnológico digitais.
Título da Proposta Inovadora II – Cirandar
Discutir os processos de abertura e de inclusão para os alunos PcDs , as tendências inovadoras
que dão possibilidade de mais qualidade de vida e ampliação do mercado de trabalho.
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Título da Proposta Inovadora III– Ecojornalistas


O local e o global no jornalismo de combate e de conscientização dos pressupostos da Agenda
21.
2. DESCRIÇÃO DO PROJETO
(apresentar o plano de execução, as atividades que serão desenvolvidas no projeto,
metodologias adotadas: mecanismos, ferramentas, procedimentos, processos, técnicas, e
métodos inovadores, definir o cronograma, apresentar os resultados esperados: produtos
de ensino, pesquisa e extensão).

A busca pelo diálogo, é um caminho metodológico bastante difícil porque suscita ouvir,
ver e tolerar as diferenças. Diferenças que se acentuam nas universidades devido as várias tribos
que precisam conviver na construção do ideário da formação acadêmica. Uma formação que é
contínua para cada indivíduo, seja aluno, professor ou técnico. A universidade é berço de saber
e processos que se renovam. A bem da verdade cada um de nós traz latente, no presente, um
arcabouço das histórias vividas no passado. Somos individualmente um bicho coletivo
formatado para o mercado de trabalho.
A possível convivência de ideias díspares, ideologias diversas e ufanismo intelectual se
realiza pelo diálogo. Os laços de respeito e de solidariedade entre “quilombos” e “aldeias
étnicas” diversas é o que sustenta a sociedade civilizada, na universidade não poderia ser
diferente.
Estabelecer uma ponte transitável e ouvir atentamente as várias realidades que se
colocam numa sala de aula, repleta de gentes de tantas territorialidades é o desafio pedagógico
de todo professor e de cada aluno.
Neste viés, o projeto Inovajor utiliza-se da teoria comunicativa de Habermas e da
dialógica de Paulo Freire que oferecem instrumentos para as bases da pesquisa e da ação social.
As dificuldades de diálogo institucional entre professores, administração acadêmica,
reitores e pró-reitores, coordenadores de cursos e de projetos de pesquisa e de extensão, técnicos
de laboratório, alunos monitorados e monitores não são vencidas pelas estratégias de sistemas
de inovação, que se unificou pelas plataformas de gestão. O estreitamento dos laços
administrativos e de gestão parecem mais complexos e promovem o distanciamento dos pares.
Há de se humanizar a inovação tecnológica.
A tecnologia que promove softwares, aplicativos e dá funcionalidade as plataformas que
unificaram a gestão burocrática tem sido as que mais tem consumido os recursos financeiros.
As verbas são direcionadas unilateralmente às pesquisas e às experiências com inovação
tecnológica. É preciso vigilância e participação ampla desses processos.
A construção tecnológica que se evidencia na gestão pedagógica e administrativa da
UFT, reforça a supremacia do mito tecnológico, da perspectiva salvacionista da tecnologia. Este
mito tecnológico já discutido por vários autores marxistas e nem tanto, e menos integrados e
mais apocalípticos, mostra que acaba-se servindo ao mercado, reconfigurando a história de
cidades colonizadas ou a neocolonizadas. Onde está enfim a cidade educativa nos nossos
projetos?
As universidades precisam dar conta de atender aquilo que é primordial a qualquer
processo social construtivo que é a plenitude da descoberta de ideias e de processos que
favorecem não apenas as engenharias, mas as humanidades, a diminuição da desigualdade
social, econômica e pedagógica, o desafio maior de inserir todos numa perspectiva de vida
educacional integrada e coesa entre todas as áreas de pesquisa, da robótica a educação do
Campo.

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A metodologia que se constrói no projeto Inovajor, também visa contemplar este breve
diagnóstico que afeta a universidade. A partir dele e dos dados e das observações das
necessidades dos alunos do curso de jornalismo, público alvo do Inovajor: PcDs, Indígenas e
Quilombolas, elenca-se as atividades que propomos a serem realizadas para se atender aos
objetivos propostos que são:

Atividade I - Rede Inovajor de Comunicadores da Inclusão

A inclusão se refere a temas relacionados diretamente ou transversalmente com a


promoção de maior qualidade de aprendizado e de participação dos alunos cotistas no curso de
jornalismo e de outros cursos se, assim, se fizer necessário. Promover ações que possibilitem
criar uma rede de apoiadores com interesses na pauta da inclusão e ampliar debates e discussões
que tenham foco nas políticas públicas dos estudantes: PcDs, indígenas e quilombolas.
Promover uma rede de comunicação midiática para divulgar em sites, blogs e canais de rádio e
TV temas relacionados aos projetos, programas, políticas públicas e institucionais no âmbito da
UFT que tenha como ponto de pauta os temas relacionados às atividades de alunos cotistas do
curso de jornalismo e outros, caso se faça necessário.

Atividade II – Desafio da Inovação – Meu Avatar

Propor a iniciação em jogos/games e eventos que tenham a finalidade de incluir os


alunos cotistas no ambiente digital pela via do entretenimento e da inovação tecnológica.
Metodologia a ser adotada
Bacich; Moram (2018) mostram que é “preciso reinventar a educação, analisar as
contribuições, os riscos e as mudanças advindas da interação com a cultura digital [...] dos
recursos, das interfaces e das linguagens midiáticas à prática pedagógica”. Os autores apontam
para a necessidade de “recontextualizar as metodologias de ensino diante das suas práticas
sociais inerentes à cultura digital” a proposta de integrar as mídias e as Tecnologias Digitais da
Inovação e Comunicação (TDIC) no desenvolvimento e na recriação de metodologias ativas.
A intenção é explorar o potencial de integração entre espaços profissionais, culturais e
educativos para a criação de contextos autênticos de aprendizagem midiatizados pelas
tecnologias, com o objetivo de engajar os estudantes nos processos de ensino e aprendizagem
com autonomia e senso crítico.
Fontele (2012) promove um discurso interessante sobre a inovação. Reconhece que
segundo Schumpeter (1911) a inovação sempre esteve no âmago do processo de
desenvolvimento capitalista. Para a autora, o maior teorizador da inovação é autor da Teoria do
Desenvolvimento Econômico. E já na obra:

[...]Schumpeter também faz questão de diferenciar o papel


da criatividade - ou invenção da inovação: enquanto a
primeira é criação de ideias, a segunda é a que permite que
tais ideias sejam postas em funcionamento. A inovação,
portanto, foi a resposta encontrada por Schumpeter para o
entendimento da força que transforma incessantemente o
capitalismo. E tal capacidade de inovação era creditada a
um agente muito especial: o empreendedor, ou o
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PROJETO DE INOVAÇÃO PEDAGÓGICA - EDITAL 370/2021/PROGRAD

empresário, agente capaz de inovar, ou seja, de fazer de


maneira nova coisas que já haviam sido feitas.
(FONTELE, 2012).

A autora segue mostrando que os sistemas de inovação, que ocorrem num momento histórico,
que define como terceira fase, tem a intenção de controle sobre o saber humano, que segundo
ela obedece:

[..] a uma linha de “dominação soft”, sobre a força de trabalho. E


que implica em “entre outras técnicas de registro e monitoração
[...], que extrapola o contexto organizacional, envolvendo as
relações entre saber, conhecimento e valor. É nessa última frente
que estou mais interessada, na medida em que é ela que se implica
mais diretamente com a questão da inovação no contexto
acadêmico”.

A par dessas interlocuções o Projeto Inovajor trata de adequar vários métodos que se
completam, uma Metodologia Participativa, Problematizadora e Colaborativa, que dê conta de
estimular o diálogo e a desconstrução da rigidez acadêmica, que envolvem procedimentos
diversificados, o que sugere a promoção de relações interpessoais dialógicas e a participação
dos estudantes de forma colaborativa e protagonizando a eles, os estudantes, e aos sujeitos
sociais e coletivos participantes da vida local, que tem as ações refratadas numa esfera global.

É importante a compreensão de que o processo de ensinar não é sinônimo de transferência de


conhecimento, e sim da criação de possibilidades para a construção, ou seja, promover o senso
crítico do aluno para que ele veja a diversidade de certezas e incertezas do que está sendo
ensinado, é quando aprendemos que ensinamos.

Ferramentas, procedimentos, processos, técnicas e métodos inovadores


Diante da polaridade dos autores acima mencionados, as ferramentas e procedimentos
utilizados não podem prescindir de uma atitude dialógica e empática, estarmos atentos para
construir-se mente crítica, aberta e criativa. Os coordenadores do projeto precisam de uma
atmosfera agradável de motivação para oferecer aos alunos sejam eles monitores, sejam os
monitorados a energia da continuidade.

É importante um ambiente leve que seja favorável a produção, propomos manter a interação e
engajamento com reuniões e happy hours. Outro procedimento é promover a criatividade e a
iniciativa, o estímulo às novas ideias.

Produtos Resultantes
Produto 1 – Produção do aplicativo Calango Móvel – que tem o objetivo de estabelecer
parâmetros para melhorar a qualidade de vida dos alunos público-alvo do projeto. Melhorar as
informações sobre bolsas, documentos, gestão e atendimentos específicos como atendimento
psicossocial.
Produto 2 – Atlas digital dos povos tradicionais do Tocantins com inserção de personagens
avatares por etnia indígena do Estado.
Produto 3 - Oficinas semanais de leitura, Informática básica, Redação, acompanhamento das
atividades dos estudantes indígenas.
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Produto 4 - Evento mensal de troca de saberes na casa do Estudante Indígena com a


participação de uma etnia específica que vai apresentar a história (narrativa ancestrais) para
composição do Atlas.

Produto 5 – Pesquisa sistemática para verificar nível de aceitação e repulsa pela universidade
e métodos de gestão e de produção de ensino-pesquisa-extensão, publicação de artigos
resultante das análises posteriores.

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3. CRONOGRAMA DO PROJETO
[descrever o período que as atividades propostas serão desenvolvidas ao longo do projeto]
[além das atividades para realização dos produtos do projeto (descritas anteriormente), incluir também atividades de gestão, como produção de
relatórios parciais e finais]

ATIVIDADE AB MAI JUN JUL AG SE OU NO DE JA FEV


R O T T V Z N

Troca de Informações entre o setores da UFT e relatórios dos x x x X X X X X X X X


monitores para gestão do projeto

Rede Inovajor de Comunicadores da Inclusão X X X

Desafio da Inovação – Aplicativo CalangoMóvel X X X X X X X X X

Oficinas semanais de leitura, Informática básica, Redação, X X X X X X X X X X


acompanhamento das atividades dos estudantes indígenas,
quilombolas e PcDs

Evento mensal de troca de saberes na casa do Estudante Indígena X X X X X X X X X X


com a participação de uma etnia específica que vai apresentar a
história (narrativa ancestrais) para composição do Atlas.

Jornalismo Indígena-Portal de notícias com pautas que abordem as X X X X X X X X


realidades indígenas dos alunos da UFT para que sejam colocadas
no centro do debate de discussões.

Jornalismo de acessibilidade-Portal de notícias com pautas que X X X X X X


abordem as inovações e tecnologia de proporcionar qualidade de

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vida as PcDs

Evento Final/produção de artigos/novas parcerias X X

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4. RESULTADOS ESPERADOS
(produtos resultantes do projeto de inovação pedagógica. integração com redes colaborativas
a partir de dimensões de ensino, pesquisa e extensão. vinculação com objetivos sustentáveis
ODS.)
i) Gerar uma percepção propositiva das necessidades de aprendizagem dos alunos
público-alvo, para os professores, técnicos e demais estudantes de curso;
ii) melhorar o coeficiente de aprendizagem das alunas monitoras e dos alunos que
receberam as monitorias.
iii) Estreitar os laços de confiança e de diálogo entre os alunos e os setores responsáveis
pelas ações afirmativas da UFT, exemplos de parcerias com a Proest; (ações de
percepção administrativa e engajamento para melhorar a habitação da Morada do
Estudante Indígena); Coordenação de Acessibilidade da UFT (CAE/Proest); com a
participação e apoio no Evento Tertúlia para quem vê Além dos Olhos; engajamento
para respaldar a saúde e melhor relação de empatia e segurança dos estudantes
identificados com problemas de visão e cegueira, autismo, surdez, esquizofrenia e
depressão do curso de jornalismo e Direito. .
iv) Revigorar o sentimento de auto estima e engajamento político dos estudantes
público-alvo do Inovajor.
v) Fortalecimento de parcerias institucionais importantes para dar apoio ao projeto
como o NUCORA - Núcleo de Conscientização Racial da Defensoria Pública do
Tocantins; e o CAEE – Centro de Atendimento Especializado Márcia Dias. Cine
Espaço Cultural (Prefeitura de Palmas). Comissão Indigenista (CIMI-TO),
Associação de Pais e Amigos de Excepcionais (APAE)
vi) Fortalecer e prover meios de organizar a coletivo de Mães Atípicas.

A educação é sempre uma proposta de estabelecer métodos para melhorar o que já


existe. Melhorar é sempre uma possibilidade, mas também exige uma definição conceitual. O
que é melhor para alguns pode não ser para outros. Há muitos especialistas que acreditam na
inovação tecnológica como uma via confiável e definitiva para a educação.
Melhorar é sempre necessário, mas nem sempre o caráter urgente de minimizar os
processos educacionais numa percepção de endeusamento dos suportes e das novidades digitais,
significa avançar positivamente. A mudança deve prescindir da coletividade, é no avançar
social, no olhar enigmático e profundo que promove o pensamento crítico e o aprimoramento
cognitivo dos estudantes é que reside este algo a mais, que dá sentido à vida e que chamamos
educação.

4.1. Produtos Resultantes


Produto I – Perspectiva de Estudantes Indígenas e Quilombolas
Atlas digital das Etnias
Evento – CinePipoca - Projeção de filmes mensais na Casa do Estudante Indígena com
abordagem ambiental.
Produto II – Perspectiva de Alunos PcDs

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Evento – Tertúlia – (nome a definir); Incrementar parcerias para mercado de trabalho e lazer.
4.2. Integração com Redes Colaborativas
Integrar e gerar relações de confiança e de diálogo entre os alunos e os setores
responsáveis pelas ações afirmativas da UFT -
Integração I – Com a UFT
Parcerias com a Proest; (ações de percepção administrativa e engajamento para melhorar
a habitação da Morada do Estudante Indígena); Coordenação de Acessibilidade da UFT
(CAE/Proest); com a participação e apoio no trajeto casa/universidade para os alunos PcDs que
necessitam traslado para o percurso.
Integração II – Governo do Estado do Tocantins – Prefeitura Municipal de Palmas
Parceria para facilitar estágios remunerados e frentes de trabalho para os alunos Pcds.
Parceria para auxiliar o traslado da casa a universidade
Integração III – Centro de Direitos Humanos de Cristalândia e Conselho Indigenista
Missionário (CIMI)
Parceria necessária para troca de informações e orientações sobre as etnias indígenas e
principais problemas sociais que são denunciados via CDH de Cristalândia de matrizes étnicas
advindas de alunos pertencentes à UFT.

4.3. Vinculação com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Objetivo – Os objetivos do Inovajor de uma maneira geral contempla os seguintes itens


da Agenda ODS : ODS 3 – Saúde e bem-estar: assegurar uma vida saudável e promover o
bem-estar para todos, em todas as idades. ODS 4 – Educação de qualidade: assegurar a
educação inclusiva, equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao
longo da vida para todos. ODS 10 – Redução das desigualdades: reduzir as desigualdades
dentro dos países e entre eles. ODS 11 – Cidades e comunidades sustentáveis: tornar as
cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis. ODS 16 –
Paz, justiça e instituições eficazes: promover sociedades pacíficas e inclusivas para o
desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições
eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAÚJO, José Carlos de Souza. Da metodologia ativa à metodologia participativa.
In: VEIGA, Ilma Passos Alencastro (org). Metodologia participativa e as técnicas
ensino aprendizagem. Curitiba: CRV, 2017, p. 17-56.

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BACICHI; MORAM (Orgs.) Metodologias Ativas para uma educação inovadora.


Uma plena abordagem teórica-prática. Porto Alegre, Penso, 2018. E-PUB.
https://curitiba.ifpr.edu.br/wp-content/uploads/2020/08/Metodologias-Ativas-para-
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BALLESTRIN, Luciana. América latina e o giro


decolonial. Revista Brasileira de Ciência Política, nº11. Brasília, maio – agosto, 2013,
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DIAS, Bruno Santos Nascimento. América Latina por uma epistemologia de colonial
da comunicação. (DOI:10.11606/issn.1676-6288.prolam.2020.170987) Cadernos
Prolam/USP-Brazilian Journal of Latin American Studies, v. 19, n. 38, p. 46-74,
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FRANÇA, George. Autismo. Tecnologias e Formação de Professores para a Escola
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FONTENELE, Isbele A. Para uma crítica ao discurso da inovação: saber e controle


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HABERMAS, J. (1984). The theory of communicative action. Vol 1. Reason and the
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HABERMAS, J. (1987a). The theory of communicative action. Vol 2. Lifeworld and


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2014. http://dx.doi.org/10.1590/1516-731320140010011

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA. Cotas perguntas frequentes.


(http://portal.mec.gov.br/cotas/perguntas-frequentes.html)

PEREIRA, Ana Lúcia. Famílias Quilombolas. História, resistência e luta contra a


vulnerabilidade social, insegurança alimentar e nutricional na Comunidade
Mumbuca-Estado do Tocantins. Paco Editorial, São Paulo, 2022.

PINTO, Ana F. M. Imprensa negra no Brasil do século XIX. São Paulo: Selo Negro,
2010. _____. De pele escura a tinta fresca: a imprensa negra no século XIX. Brasília,
2006. Dissertação [Mestrado em História] – UnB.

PODER360. 20% dos jornalistas são negros nas redações.


(https://www.poder360.com.br/brasil/so-20-dos-jornalistas-sao-negros-nas-redacoes-
brasileiras/)

SANTOS, José Antônio dos. Prisioneiros da história: trajetórias intelectuais na


imprensa negra meridional. 2011. 281 f. Tese (Doutorado em História) - Pontifícia
12
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Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011 (2012)


(https://periodicos.furg.br/hist/article/view/2615

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