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SUMÁRIO

Trilha de Aprofundamento: Liderança e Cidadania


Orientações
Apresentação
Quadro de habilidades

Eixo Estruturante: Investigação Científica


Eixo Estruturante: Processos Criativos
Eixo Estruturante: Mediação e Intervenção Sociocultural
Eixo Estruturante: Empreendedorismo

Material de Apoio Pedagógico - 1ª série, 120h

1) Jornalismo, Imprensa e Democracia


2) Comunicação e Tecnologias da Informação
3) Informação e Desinformação
4) Cidadania Digital

Referências
Ficha de Créditos
TRILHA DE APROFUNDAMENTO
Liderança e Cidadania
No Novo Ensino Médio, as Trilhas de Aprofundamento são um conjunto de aprendizagens que
compõem os itinerários formativos, organizadas em uma ou mais áreas do conhecimento. O
currículo desse segmento busca potencializar e diversificar a formação geral básica,
apresentando mais possibilidades para os professores abordarem diferentes temáticas dentro
da sala de aula e a sua prática em diferentes contextos. Tudo isso respeitando as propostas
pedagógicas para o Ensino Médio no Brasil, as competências das áreas do conhecimento e
suas habilidades da Base Nacional Comum Curricular e as habilidades dos eixos
estruturantes: Investigação Científica, Processos Criativos, Mediação e Intervenção
Sociocultural e Empreendedorismo, de modo a ampliar as aprendizagens relevantes para a
formação integral dos(as) estudantes.

Para atender aos desejos das juventudes que querem aprender mais sobre cidadania,
ofertamos a Trilha de Aprofundamento “Liderança e Cidadania”, que possibilita um caminho
para que os estudantes possam se aproximar de conhecimentos significativos sobre o tema
liderança e cidadania na contemporaneidade, colocando em foco o exercício da autoria
individual e coletiva, como também o compromisso com uma participação social justa e
inclusiva, ou seja, que respeite a diversidade, a pluralidade, os direitos humanos e a
democracia.

O conhecimento produzido no aprofundamento, a partir de fontes e referências bibliográficas


diversas, as metodologias ativas de aprendizagem, além do acompanhamento progressivo
das aprendizagens, é essencial para estimular o diálogo e o interesse participativo e o
protagonismo dos estudantes. Portanto, a estrutura proposta no caderno pedagógico foi
organizada para apresentar questões interessantes e desafiadoras que possibilitam os
estudantes refletirem e efetuarem relações com as suas práticas cotidianas.

Em consonância com esses princípios, as temáticas do aprofundamento apresentam em suas


propostas o envolvimento dos estudantes com o exercício da cidadania ativa, sendo capazes
de explorar os diferentes conceitos da cultura democrática, contribuindo para um futuro mais
humano. O aprofundamento prevê a consolidação de habilidades e competências que serão
necessárias para a vida pessoal, no mundo do trabalho e acadêmico dos estudantes, como
também fornece instrumentos para que estejam preparados(as) para exames de acesso ao
Ensino Técnico e/ou Superior (Vestibulares, Processos Seletivos, Exame Nacional do Ensino
Médio – ENEM, entre outros.
Orientações
Partimos da noção de que na vida cotidiana as relações sociais cada vez mais tem se
complexificado e, nessa perspectiva, é necessário potencializar as capacidades humanas, a
fim de respeitar a cultura, a população e as características regionais e locais de todos aqueles
inseridos na comunidade escolar. Nesse sentido, a organização e o desenvolvimento da
proposta curricular propõe responder a estes anseios, e você, professor, enquanto mediador,
pode ter um papel fundamental no aperfeiçoamento e aprofundamento da aprendizagem
ofertada nos nossos materiais pedagógicos.

É diretamente esta questão, a valorização das particularidades regionais e locais, que será
possível aproximar os estudantes dos temas propostos no material pedagógico. Portanto, é
interessante observar que os assuntos apresentados possibilitam ampliar as abordagens dos
estudos, contribuindo desse modo para análises mais próximas da realidade dos estudantes.
Por certo, consideramos todos os sujeitos inseridos no espaço escolar essenciais na
construção de práticas educativas, como também, no êxito para uma educação de qualidade
voltada para o exercício da cidadania, isto é, que promova o respeito às diferenças e
diversidades.

Nesse sentido, cabe esclarecer que consideramos a autonomia e a criatividade do professor


no processo de ensino-aprendizagem. Embora tenhamos apresentado os nossos
instrumentos, fique à vontade para inserir novos elementos, apresentar e discutir outras
questões que contribuam para o enriquecimento das sugestões propostas neste material. A
partir dessa perspectiva, conseguimos alcançar mais pessoas em diferentes regiões com
objetivos comuns, além de fortalecer uma educação com menos fronteiras e com mais
oportunidades, sem distinção de indivíduos e de grupos sociais, os seus saberes, as suas
vivências e a sua cultura, sem preconceitos de qualquer natureza.

O caderno pedagógico apresentado oportuniza espaço para você complementar com as


aprendizagens que mais se adequam à sua especificidade regional. Tudo o que você precisa
fazer é reservar um tempo para leitura e apreciação do material, mapear e averiguar quais os
assuntos mais contemplam a sua turma. Assim, será possível traçar os objetivos, habilidades e
eixos estruturantes necessários para organizar e permitir estudos que amplie e, finalmente,
com a sua intervenção, que considere com precisão a realidade na qual os estudantes estão
inseridos. É, pois, através da construção conjunta e colaborativa que conseguimos contribuir,
de forma mais centrada, nas particularidades, significados e valores culturais de cada local.
APRESENTAÇÃO
Caderno Pedagógico

Neste caderno pedagógico, o percurso trilhado pelos estudantes possibilita compreender a


temática da comunicação, o campo jornalístico-midiático e das tecnologias da informação.
Sendo assim, os estudantes serão convidados a fortalecer a compreensão crítica das mídias,
a cultura de respeito aos direitos fundamentais e às responsabilidades cidadãs, sustentando a
confiança e a cultura democrática.

As discussões apresentadas ao longo do material consideram a importância da comunicação


para a humanidade. Cabe ressaltar que a comunicação sempre foi um elemento relevante para
a socialização, ou seja, para construir relações entre indivíduos e grupos. Desde os tempos
mais remotos, até o surgimento das Tecnologias da Informação e Comunicação, a capacidade
de criar símbolos, sinais e falas foi importante no processo da evolução humana.

A linguagem, como referencial humano, trouxe inúmeros resultados de ordem política,


econômica, social e cultural para a história da humanidade. Portanto, diferentemente dos
meios de comunicação tradicionais, anteriores ao surgimento da internet, as Tecnologias da
Informação e Comunicação mudaram não só a forma de receber e transmitir as informações,
mas também de as produzir e armazenar. A comunicação passou a ser transmitida de forma
significativamente mais veloz, alcançando um número muito maior de pessoas em todo o
mundo.

Refletir sobre como as maiores transformações vivenciadas pela sociedade estão associadas
às evoluções ocorridas na forma de se comunicar evidenciam os desafios de uma sociedade
global conectada. Nesse contexto, como estamos expostos a muitas informações diariamente,
é preciso desenvolver a compreensão crítica da comunicação e do campo
jornalístico-midiático, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, e
inclusivos.

O caderno pedagógico é destinado a 1ª série, tem carga horária total de 120 horas,
distribuídas em quatro módulos temáticos, são eles:

1) Jornalismo, Imprensa e Democracia;


2) Comunicação e Tecnologias da Informação;
3) Informação e Desinformação;
4) Cidadania Digital
QUADRO DE HABILIDADES

EIXO ESTRUTURANTE: INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA


JUSTIFICATIVA

Para participar da sociedade da informação, os estudantes precisam se apropriar cada


vez mais de conhecimentos e habilidades que os permitam acessar, selecionar,
processar, analisar e utilizar dados sobre os mais diferentes assuntos, seja para
compreender e intervir na realidade, seja para lidar de forma crítica, reflexiva e produtiva
com a quantidade cada vez maior de informações disponíveis.

OBJETIVOS

●Aprofundar conceitos fundantes das ciências para a interpretação de ideias, fenômenos


e processos.
●Ampliar habilidades relacionadas ao pensar e fazer científico.
●Utilizar esses conceitos e habilidades em procedimentos de investigação voltados à
compreensão e enfrentamento de situações cotidianas, com proposição de intervenções
que considerem o desenvolvimento local e a melhoria da qualidade de vida da
comunidade.

FOCO PEDAGÓGICO

Neste eixo, os estudantes participam da realização de uma pesquisa científica,


compreendida como procedimento privilegiado e integrador de áreas e componentes
curriculares. O processo pressupõe a identificação de uma dúvida, questão ou problema;
o levantamento, formulação e teste de hipóteses; a seleção de informações e de fontes
confiáveis; a interpretação, elaboração e uso ético das informações coletadas; a
identificação de como utilizar os conhecimentos gerados para solucionar problemas
diversos; e a comunicação de conclusões com a utilização de diferentes linguagens.
HABILIDADES GERAIS
(EMIFCG01) Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com
curiosidade, atenção, criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias
digitais.
(EMIFCG02) Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando
dados, fatos e evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de
afirmações claras, ordenadas, coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores
universais, como liberdade, democracia, justiça social, pluralidade, solidariedade e
sustentabilidade.
(EMIFCG03) Utilizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de investigações
científicas para criar ou propor soluções para problemas diversos.

HABILIDADES ESPECÍFICAS
(EMIFCHSA01) Investigar e analisar situações problema envolvendo temas e processos
de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local,
regional, nacional e/ou global, considerando dados e informações disponíveis em
diferentes mídias.
(EMIFCHSA02) Levantar e testar hipóteses sobre temas e processos de natureza
histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional,
nacional e/ou global, contextualizando os conhecimentos em sua realidade local e
utilizando procedimentos e linguagens adequados à investigação científica.
(EMIFCHSA03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas
(bibliográfica, exploratória, de campo, experimental, etc.) em fontes confiáveis,
informações sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica,
política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, identificando os
diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de
citar as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões
com o uso de diferentes mídias.

EIXO ESTRUTURANTE: PROCESSOS CRIATIVOS


JUSTIFICATIVA

Para participar de uma sociedade cada vez mais pautada pela criatividade e inovação, os
estudantes precisam aprender a utilizar conhecimentos, habilidades e recursos de forma
criativa para propor, inventar e inovar.

OBJETIVOS

●Aprofundar conhecimentos sobre as artes, a cultura, as mídias e as ciências aplicadas e


sobre como utilizá-los para a criação de processos e produtos criativos.
●Ampliar habilidades relacionadas ao pensar e fazer criativo.
●Utilizar esses conhecimentos e habilidades em processos de criação e produção voltados à
expressão criativa e/ou à construção de soluções inovadoras para problemas identificados na
sociedade e no mundo do trabalho.

FOCO PEDAGÓGICO

Neste eixo, os estudantes participam da realização de projetos criativos, por meio da utilização
e integração de diferentes linguagens, manifestações sensoriais, vivências artísticas, culturais,
midiáticas e científicas aplicadas. O processo pressupõe a identificação e o aprofundamento
de um tema ou problema, que orientará a posterior elaboração, apresentação e difusão de
uma ação, produto, protótipo, modelo ou solução criativa, tais como obras e espetáculos
artísticos e culturais, campanhas e peças de comunicação, programas, aplicativos, jogos,
robôs, circuitos, entre outros produtos analógicos e digitais.

HABILIDADES GERAIS
(EMIFCG04) Reconhecer e analisar diferentes manifestações criativas, artísticas e culturais,
por meio de vivências presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade,
criticidade e criatividade.
(EMIFCG05) Questionar, modificar, adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou
soluções criativas, originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as
incertezas e colocá-las em prática.
(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes
linguagens, mídias e plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem,
assegurando que alcancem os interlocutores pretendidos.
HABILIDADES ESPECÍFICAS
(EMIFCHSA04) Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e
reflexão crítica sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica,
política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.
(EMIFCHSA05) Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos para resolver
problemas reais relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica,
filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.
(EMIFCHSA06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para
problemas reais relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica,
filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.

EIXO ESTRUTURANTE: MEDIAÇÃO E INTERVENÇÃO SOCIOCULTURAL


JUSTIFICATIVA

Para participar de uma sociedade desafiada por questões socioculturais e ambientais cada vez
mais complexas, os estudantes precisam se apropriar de conhecimentos e habilidades que os
permitam atuar como agentes de mudanças e de construção de uma sociedade mais ética,
justa, democrática, inclusiva, solidária e sustentável.

OBJETIVOS

●Aprofundar conhecimentos sobre questões que afetam a vida dos seres humanos e do
planeta em nível local, regional, nacional e global, e compreender como podem ser utilizados
em diferentes contextos e situações.
●Ampliar habilidades relacionadas à convivência e atuação sociocultural.
●Utilizar esses conhecimentos e habilidades para mediar conflitos, promover entendimentos e
propor soluções para questões e problemas socioculturais e ambientais identificados em
suas comunidades.

FOCO PEDAGÓGICO

Neste eixo, privilegia-se o envolvimento dos estudantes em campos de atuação da vida


pública, por meio do seu engajamento em projetos de mobilização e intervenção sociocultural
e ambiental que os levem a promover transformações positivas na comunidade. O processo
pressupõe o diagnóstico da realidade sobre a qual se pretende atuar, incluindo a busca de
dados oficiais e a escuta da comunidade local; a ampliação de conhecimentos sobre o
problema a ser enfrentado; o planejamento, execução e avaliação de uma ação social e/ou
ambiental que responda às necessidades e interesses do contexto; a superação de situações
de estranheza, resistência, conflitos interculturais, dentre outros possíveis obstáculos, com
necessários ajustes de rota.

HABILIDADES GERAIS
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas,
identificando e incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a
tomada de decisões conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis.
(EMIFCG08) Compreender e considerar a situação, a opinião e o sentimento do outro, agindo
com empatia, flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a mediação e
resolução de conflitos, o combate ao preconceito e a valorização da diversidade.
(EMIFCG09) Participar ativamente da proposição, implementação e avaliação de solução para
problemas socioculturais e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou global,
corresponsabilizando-se pela realização de ações e projetos voltados ao bem comum.
HABILIDADES ESPECÍFICAS
(EMIFCHSA07) Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e
ameaças a grupos sociais, à diversidade de modos de vida, às diferentes identidades culturais
e ao meio ambiente, em âmbito local, regional, nacional e/ ou global, com base em fenômenos
relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
(EMIFCHSA08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou coletivas de
mediação e intervenção sobre problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental,
em âmbito local, regional, nacional e/ ou global, baseadas no respeito às diferenças, na
escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental.
(EMIFCHSA09) Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver
problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional,
nacional e/ou global, relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
EIXO ESTRUTURANTE: EMPREENDEDORISMO
JUSTIFICATIVA

Para participar de uma sociedade cada vez mais marcada pela incerteza, volatilidade e
mudança permanente, os estudantes precisam se apropriar cada vez mais de
conhecimentos e habilidades que os permitam se adaptar a diferentes contextos e criar
oportunidades para si e para os demais.

OBJETIVOS

●Aprofundar conhecimentos relacionados a contexto, ao mundo do trabalho e à gestão de


iniciativas empreendedoras, incluindo seus impactos nos seres humanos, na sociedade
e no meio ambiente.
●Ampliar habilidades relacionadas ao autoconhecimento, empreendedorismo e projeto de
vida.
●Utilizar esses conhecimentos e habilidades para estruturar iniciativas empreendedoras
com propósitos diversos, voltadas a viabilizar projetos pessoais ou produtivos com foco
no desenvolvimento de processos e produtos com o uso de tecnologias variadas.

FOCO PEDAGÓGICO

Neste eixo, os estudantes são estimulados a criar empreendimentos pessoais ou


produtivos articulados com seus projetos de vida, que fortaleçam a sua atuação como
protagonistas da sua própria trajetória. Para tanto, busca desenvolver autonomia, foco e
determinação para que consigam planejar e conquistar objetivos pessoais ou criar
empreendimentos voltados à geração de renda via oferta de produtos e serviços, com ou
sem uso de tecnologias. O processo pressupõe a identificação de potenciais, desafios,
interesses e aspirações pessoais; a análise do contexto externo, inclusive em relação ao
mundo do trabalho; a elaboração de um projeto pessoal ou produtivo; a realização de
ações-piloto para testagem e aprimoramento do projeto elaborado; o desenvolvimento ou
aprimoramento do projeto de vida dos estudantes.

HABILIDADES GERAIS
(EMIFCG10) Reconhecer e utilizar qualidades e fragilidades pessoais com confiança para
superar desafios e alcançar objetivos pessoais e profissionais, agindo de forma proativa e
empreendedora e perseverando em situações de estresse, frustração, fracasso e
adversidade.
(EMIFCG11) Utilizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para
estabelecer e adaptar metas, identificar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para
realizar projetos pessoais e produtivos com foco, persistência e efetividade.
(EMIFCG12) Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus
objetivos presentes e futuros, identificando aspirações e oportunidades, inclusive
relacionadas ao mundo do trabalho, que orientem escolhas, esforços e ações em relação
à sua vida pessoal, profissional e cidadã.
HABILIDADES ESPECÍFICAS
(EMIFCHSA10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas podem ser utilizadas na concretização de projetos
pessoais ou produtivos, em âmbito local, regional, nacional e/ ou global, considerando as
diversas tecnologias disponíveis, os impactos socioambientais, os direitos humanos e a
promoção da cidadania.
(EMIFCHSA11) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para desenvolver um projeto pessoal ou um
empreendimento produtivo, em âmbito local, regional, nacional e/ ou global.
(EMIFCHSA12) Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando as Ciências
Humanas e Sociais Aplicadas para formular propostas concretas, articuladas com o
projeto de vida, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.
MÓDULO
Jornalismo, Imprensa e Democracia
Área do Conhecimento
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Perfil do Professor
Filosofia, Geografia, História, Sociologia
Carga horária total
30 horas
Carga horária semanal
2 horas
Descrição
A discussão promovida neste módulo tem como objetivo principal desenvolver a compreensão
crítica de como é possível promover o aprendizado de uma cultura de respeito aos direitos
fundamentais e às responsabilidades cidadãs por meio do jornalismo. Os conteúdos
oportunizam investigar como os meios de acesso à informação podem ser utilizados como
ferramentas para a liberdade de expressão, pluralismo, diálogo e a tolerância intercultural,
contribuindo para o debate democrático e para a convivência harmônica dentro do ambiente
escolar. Além disso, possibilita compreender como a produção de informação, promovida pelo
jornalismo, desempenha papel importante na vida social, econômica e política, sendo um
instrumento fundamental necessário para que se tenha uma população mais informada e
participativa. Este módulo está estruturado, principalmente, no eixo de Investigação Científica.
Ainda, contempla determinadas habilidades dos eixos Processos Criativos, Mediação e
Intervenção Sociocultural e Empreendedorismo
Objetos de conhecimento
História da Imprensa no Brasil; agentes e Liberdade de Imprensa; posicionamento das mídias;
meios de comunicação e informação; comunicação popular, a participação no fortalecimento
da democracia; fontes de informação; verificação de fontes; ética jornalística; direito à honra, à
imagem, à privacidade; monitoramento e fiscalização da gestão pública, canais de informação
e lei de acesso à informação; comunicação e gêneros jornalísticos; apuração de dados e
produção de informação; produção em diferentes meios e divulgação.
Objetivos das atividades
1: Os estudantes conhecem diversos meios de divulgação da informação. Analisam os
diferentes discursos utilizados nos meios midiáticos, como também, promovem a leitura crítica
de notícias com o uso de diferentes mídias de informação.
2: Os estudantes investigam como se deu o surgimento da imprensa no Brasil. Conhecem
agentes, cenários e motivações que impactaram a imprensa ao longo da história
3: Os estudantes compreendem os diferentes meios de comunicação e informação.
Reconhecem a importância da comunicação comunitária para o desenvolvimento do
protagonismo popular, valorizam a cultura local, história e tradições de um determinado
espaço.
4: Os estudantes entendem o conceito de ética e como ele se aplica no âmbito do jornalismo.
Conhecem a lei de acesso à informação, para que exerçam o Direito à informação e a
participação cidadã na sociedade.
5: Os estudantes estruturam ideias a partir da relevância das Mídias e da Comunicação na
vida em sociedade. Examinam e elaboram produção textual, assim como, criam uma cartilha
de Educação Midiática, onde podem compartilhar as suas descobertas no percurso das
atividades propostas.
Competências e Habilidades da Formação Geral Básica a serem aprofundadas: 4 e 5
EM13CHS403: Caracterizar e analisar os impactos das transformações tecnológicas nas
relações sociais e de trabalho próprias da contemporaneidade, promovendo ações voltadas à
superação das desigualdades sociais, da opressão e da violação dos Direitos Humanos.
EM13CHS504: Analisar e avaliar os impasses ético-políticos decorrentes das transformações
culturais, sociais, históricas, científicas e tecnológicas no mundo contemporâneo e seus
desdobramentos nas atitudes e nos valores de indivíduos, grupos sociais, sociedades e
culturas.
Eixos Estruturantes e suas Competências e Habilidades: Investigação Científica,
Processos Criativos, Mediação e Intervenção Sociocultural e Empreendedorismo.

EMIFCHSA01: Investigar e analisar situações problema envolvendo temas e processos de


natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional,
nacional e/ou global, considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.
EMIFCHSA04: Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e
reflexão crítica sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica,
política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.
EMIFCHSA08:Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências
Humanas e Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e
intervenção sobre problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito
local, regional, nacional e/ ou global, baseadas no respeito às diferenças, na escuta, na
empatia e na responsabilidade socioambiental.
EMIFCHSA10: Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas podem ser utilizadas na concretização de projetos
pessoais ou produtivos, em âmbito local, regional, nacional e/ ou global, considerando as
diversas tecnologias disponíveis, os impactos socioambientais, os direitos humanos e a
promoção da cidadania.
Referências Bibliográficas

ALMEIDA, Ivan. A liberdade de informação jornalística e a democracia. Politize! Florianópolis,


13 abr. 2022. Disponível em: https://cutt.ly/5LTUGJz. Acesso em: 14 jul. 2022.
BARBOSA, Marialva. História da Comunicação no Brasil. Petrópolis: Editora Vozes, 2013.
BRITTO, Danielle. Qual a importância da democracia? Politize! Florianópolis, 25 out. 2021.
Disponível em: https://cutt.ly/3LYs90Z. Acesso em: 14 jul. 2022.
FERRARI, Ana Claudia, OCHS, Mariana; MACHADO, Daniela. Guia da Educação Midiática. 1.
ed.São Paulo : Instituto Palavra Aberta, 2020. Disponível em: https://cutt.ly/mLTRy0e. Acesso
em: 14 jul. 2022.
FERREIRA, Bruno. Como reconhecer fake news e identificar informações confiáveis.
EducaMídia, 23 jun. 2022. Disponível em: https://cutt.ly/eZ0QrEx. Acesso em: 06 jul. 2022.
FERREIRA, Marinéia. Comunicação comunitária e o diálogo com a comunidade. Politize!
Florianópolis, 28 ago. 2019. Disponível em:https://cutt.ly/MLnzML6. Acesso em: 12 jul. 2022.
KARAM, Francisco José Castilhos. Jornalismo, ética e liberdade. Summus Editorial, 2014.
LIMA, Brenda; OLIVEIRA, Rebeca; OLIVEIRA, Mariana. Fazendo História no jornalismo.
Disponível em: https://cutt.ly/lLyKVFl. Acesso em: 06 jul. 2022.
MACHADO, Daniela. Somos todos jornalistas. EducaMídia, 10 out. 2019. Disponível em:
https://cutt.ly/JZ0bYHC. Acesso em: 06 jul. 2022.
REIS, Daniel Aarão e ROLLEMBERG. Denise Rollemberg. Censura nos meios de
comunicação. Disponível em: https://cutt.ly/HLyXJW3. Acesso em: 06 jul. 2022.
SODRÉ, Nelson Werneck Sodré. História da Imprensa no Brasil. 4ª Edição. Rio de Janeiro:
Mauad, 1999.
WESTIN, Ricardo. Parlamento derrubou os planos de D. Pedro I de restringir a liberdade de
imprensa. Senado Federal. Disponível em: https://cutt.ly/aLyLQIQ. Acesso em: 06 jul. 2022.

ATIVIDADE 1
Objetivo
● Os estudantes conhecem diversos meios de divulgação da informação. Analisam os
diferentes discursos utilizados nos meios midiáticos, como também, promovem a leitura
crítica de notícias com o uso de diferentes mídias de informação.
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica, Processos Criativos e Mediação e Intervenção Sociocultural.
Introdução
Semana 1: 2 aulas

Professor, a atividade 1, assim como as demais do caderno pedagógico, está dividida em três
partes, a saber: 1ª) Introdução (sensibilização e contextualização para a temática proposta;
2ª) Desenvolvimento (a proposta e o conteúdo da atividade); e a 3ª) Sistematização e
fechamento da discussão abordada em sala de aula. Sugerimos que leve em consideração
uns minutos iniciais, pré-introdução, para que você se apresente para a turma e explique a
organização do caderno pedagógico, ou seja, o aprofundamento, a sua divisão e os principais
objetivos, assim como, o que será estudado nesta parte do material: Jornalismo, Imprensa e
Democracia.
Inicie a aula com a seguinte pergunta sensibilizadora: Quais são os meios de comunicação
para difundir informações que vocês conhecem? O que vocês entendem por
comunicação de massa? Após coletar algumas respostas apresentadas pela turma,
sugerimos que comunique aos estudantes a proposta desta atividade. O objetivo da atividade
será identificar os meios de comunicação e difusão da informação ao longo do tempo e o seu
contexto histórico. Em seguida, em uma aula expositiva dialogada, apresente a importância da
comunicação para a humanidade. A comunicação sempre foi um elemento relevante para a
socialização, ou seja, para construir relações entre indivíduos e grupos. Desde os tempos
mais remotos, até o surgimento das Tecnologias da Informação e Comunicação, a capacidade
de criar símbolos, sinais e falas foi importante no processo da evolução humana.
Professor, o próximo passo da atividade, pode ser realizado através da metodologia ativa
sala de aula invertida, favorecendo a participação ativa dos estudantes, mobilizando ações de
pesquisa e investigações. Nesse sentido, utilizando das habilidades do Eixo Estruturante de
Investigação Cienífica. Sugere-se que crie oportunidades para que os estudantes investiguem
e analisem como a linguagem, como referencial humano, trouxe inúmeros resultados de
ordem política, econômica, social e cultural para a história da humanidade. Além disso, a
análise pode ser ampliada e aprofundada para que identifiquem como que, na última década,
os meios de informação e comunicação mudaram não só a forma de receber e transmitir as
informações, mas também de as produzir e armazenar. A comunicação passou a ser
transmitida de forma significativamente mais veloz, alcançando um número muito maior de
pessoas em todo o mundo.
Para criar um espaço seguro para o debate, indicamos uma roda de conversa para que os
estudantes possam refletir sobre como as maiores transformações vivenciadas pela
sociedade estão associadas às evoluções ocorridas na forma de se comunicar, evidenciando
assim os desafios de uma sociedade global conectada. Nesse contexto, como estamos
expostos a muitas informações diariamente, é preciso fortalecer a compreensão crítica da
comunicação e do campo jornalístico-midiático, tomando decisões com base em princípios
éticos, democráticos e inclusivos.

Desenvolvimento
Semanas 2 e 3: 4 aulas
Para realizar esta atividade, o mapa mental é uma sugestão metodológica, mas essa é
apenas uma entre as muitas possibilidades de metodologias ativas de aprendizagem, fique à
vontade para adequar a atividade conforme a realidade da sua turma. Em sala de aula,
levando em consideração as habilidades do Eixo Estruturante Processos Criativos, explique
aos estudantes que a dinâmica consiste em criar um diagrama e sistematizar as informações
e o conhecimento sobre os meios de comunicação. O mapa pode ser produzido à mão ou por
meio de ferramentas digitais, como foi sugerido no Saiba Mais.
O tema principal para a elaboração do mapa mental é: A evolução histórica dos meios de
comunicação. O desenvolvimento da atividade pode ser realizado por meio da metodologia
ativa de laboratório rotacional, porém, professor, fique à vontade para adaptá-la de acordo
com a realidade de sua turma. Sugere-se dividir a turma em dois grupos. Você pode propor
que o primeiro grupo fique em sala de aula e assista o vídeo proposto: História das
Comunicações no Brasil. Disponível em: https://cutt.ly/hLbp3Wi. Acesso em: 06 jul. 2022. Já
o segundo grupo, pode utilizar outro espaço da escola, por exemplo, a sala de leitura, o
laboratório de informática, entre outros, para realizar uma pesquisa e elaborar um resumo
escrito sobre os principais meios de comunicação: Jornal Impresso; Rádio; Televisão e
Internet. É importante que ao final da atividade, as tarefas sejam invertidas, assim ambos os
grupos realizarão as duas atividades. O propósito é favorecer a participação ativa dos
estudantes, mobilizar metodologias de pesquisa e o protagonismo frente às suas
investigações. Para isso, indicamos que os estudantes assistam o conteúdo visual e realizem
análises e reflexões sobre as mudanças ocorridas na comunicação.

Nesse momento, professor, é possível desenvolver estratégias de aprendizagem ativa e


colaborativa. Os estudantes, divididos em grupos, devem realizar a leitura, debaterem entre si
os conteúdos elaborados para comporem o mapa mental. Professor, indicamos que ao final
da atividade, informe que os estudantes terão um tempo para analisarem as informações
levantadas e responderem às seguintes questões no caderno: Vocês conseguiram
identificar algumas das transformações que marcaram a evolução da comunicação?
Quais vocês identificaram? Qual o modelo se encontra mais presente em seu dia a
dia? Sugere-se reservar um momento para que os estudantes possam compartilhar as suas
experiências e impressões na realização da atividade com o restante da turma. Pode ser
solicitado também que, quatro estudantes representando os dois grupos, façam uma
exposição oral, a partir do que foi elaborado ao longo da atividade. É importante, neste
momento, observar a participação de cada estudante, sobretudo a capacidade de
compreender a comunicação humana ao longo da história, as suas transformações nas
formas de transmitir uma informação, assim como, a dinamicidade da comunicação digital
com o advento da internet.
Sistematização
Semana 4: 2 aulas
Para sistematizar os conhecimentos da atividade, solicite que os estudantes sistematizem e
anotem em seus cadernos as informações que observaram na elaboração da atividade,
orientados pela questão: Existe diferença na forma como cada meios de comunicação
divulga a informação? Na opinião de vocês, atualmente qual meio de comunicação
mais eficiente na transmissão da informação? O meio que nós consumimos a
informação pode influenciar no que a gente pensa e acredita? Como e porquê? Após a
discussão sobre as perguntas, organize uma roda de conversa para que ocorram reflexões e
debates sobre a importância de consultar diversos meios midiáticos para compreenderem as
diferentes estratégias de divulgação, como também, para que haja o consumo das notícias e
informações com mais consciência e criticidade.
Avaliação
● Professor, avalie se os estudantes se apropriam e sintetizam a discussão sobre a
evolução dos meios de comunicação e da sua importância para a sociedade. Observe
também as interações de debates propostos, é fundamental observar se os estudantes
conseguiram expor as suas ideias, respeitando os diferentes pontos de vista, e
opinando sobre as diferentes propostas. Avalie também o resultado das discussões
que foram sistematizadas e organizadas para o momento final da atividade.
Saiba Mais
● Como fazer um mapa mental. Toda matéria. Disponível em: https://cutt.ly/lGYgYF9.
Acesso em: 06 jul. 2022.
● O que é e como aplicar o Laboratório Rotacional na Educação. Faz Educação &
Tecnologia. Disponível em: https://cutt.ly/8ZyOSdO. Acesso em: 25 jul. 2022.

ATIVIDADE 2
Objetivo
● Os estudantes investigam como se deu o surgimento da imprensa no Brasil. Conhecem
agentes, cenários e motivações que impactaram a imprensa ao longo da história
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica e Processos Criativos.
Introdução
Semana 5: 2 aulas
Aproveite o momento da segunda atividade para dar continuidade, conjuntamente com os
estudantes, nas discussões sobre os veículos de comunicação. Sugere-se realizar uma
avaliação diagnóstica das aprendizagens, observando os conhecimentos que foram
trabalhados com os estudantes anteriormente. Professor, isso possibilitará retomar alguns
pontos e avançar em outros com a turma, analisando a especificidade de cada estudante no
processo de aprendizagem. Além disso, a avaliação diagnóstica permitirá instigá-los a trazer
outras percepções sobre a temática. O objetivo a partir de agora, é aprofundar a discussão
sobre a Imprensa e o exercício do jornalismo, enquanto atividade profissional. Nesse sentido,
a atividade caminhará com o intuito de trazer a discussão para a Imprensa e a comunicação
no Brasil, destacando os principais marcos políticos e históricos.
Para que isto aconteça, recomendamos a sensibilização com as seguintes questões: O que é
imprensa? Quando você ouve falar da imprensa, qual a primeira palavra que vem à sua
mente? Professor, o principal objetivo nesse momento é promover um debate inicial em sala
de aula e colher os conhecimentos prévios dos estudantes sobre a temática que será
trabalhada na atividade.

A partir do que os estudantes trouxeram para a discussão, sugerimos a realização de uma


aula expositiva dialogada sobre o que é a imprensa, apontando que a imprensa é um meio
heterogêneo de difusão de informações, cobrindo diferentes veículos e canais de informação.
Professor, outra indicação, tendo a habilidade do Eixo Estruturante de Investigação Científica,
é solicitar que os estudantes realizem uma pesquisa sobre a relação da imprensa com o
jornalismo. Sugerimos que a turma se divida em grupos e explorem o papel fundamental do
jornalismo para a construção da imprensa. Por se tratar de uma atividade que visa coletar,
investigar, analisar e transmitir as notícias, se torna o principal mecanismo de construção e
divulgação de conteúdo informativo, prestando um serviço essencial à população, garantindo
o acesso à informação e apurando os fatos que afetam a sociedade. Aconselhamos que seja
reservado um tempo da aula para o compartilhamento do levantamento efetuado pelos
estudantes, assim será possível criar um espaço para relatarem as suas impressões de
pesquisa, isto é, o método verificativo que realizaram e o processo criativo implicado, as suas
reflexões e crítica sobre o tema.
Desenvolvimento
Semanas 6 e 7: 4 aulas
Para dar sequência à atividade, professor, uma metodologia ativa de aprendizagem indicada é
a rotação por estações. Esta é uma dentre tantas outras que podem ser aplicadas em sala de
aula, por esse motivo, fique à vontade para adaptar conforme a realidade da sua turma. Para
o momento, propomos que organize a sala em cinco estações de aprendizagem. Cada
estação deve conter um dos textos sobre os momentos históricos indicados abaixo:
Estação 1: Surgimento da imprensa no Brasil (1808). Multirio. Rio de Janeiro. Imprensa
Régia. Disponível em: https://cutt.ly/sLyKQ5L. Acesso em: 06 jul. 2022.
Estação 2: Expansão da imprensa (1831 a 1840). Período Regencial. LIMA, Brenda;
OLIVEIRA, Rebeca; OLIVEIRA, Mariana. Fazendo História no jornalismo. Disponível
em: https://cutt.ly/lLyKVFl. Acesso em: 06 jul. 2022.
Estação 3: Liberdade de imprensa (1841 a 1889). WESTIN, Ricardo. Parlamento
derrubou os planos de D. Pedro I de restringir a liberdade de imprensa. Senado
Federal. Disponível em: https://cutt.ly/aLyLQIQ. Acesso em: 06 jul. 2022.
Estação 4: Censura / Ditadura civil-militar (1964 a 1985). Censura nos meios de
comunicação. REIS, Daniel Aarão e ROLLEMBERG. Denise Rollemberg. Disponível
em: https://cutt.ly/HLyXJW3. Acesso em: 06 jul. 2022.
Estação 5: Notícias falsas e desinformação na era digital. FERREIRA, Bruno. Como
reconhecer fake news e identificar informações confiáveis. EducaMídia, 23 jun. 2022.
Disponível em: https://cutt.ly/eZ0QrEx. Acesso em: 06 jul. 2022.

É importante que todos os estudantes tenham funções dentro das Estações de


Aprendizagem. Por isso, se houver mais de cinco integrantes no grupo, uma mesma função
pode ser dividida entre dois ou mais participantes. Uma proposta é que tenham as seguintes
atribuições: a função de mediador: ou seja, o estudante que irá mediar a conversa e estimular
que todos participem e que estejam compreendendo os comandos da atividade; o redator :
responsável pelo registro das respostas; o orador: apresenta a produção do grupo para o
restante da turma; o repórter: coleta e organiza as dúvidas do grupo para levar ao Professor e
o organizador dos materiais e da fala. Um estudante e o redator, serão responsáveis por
organizar a estrutura das respostas e/ou materiais a serem produzidos, assim como da
eventual apresentação a ser feita para o restante da turma.Propomos que reserve um tempo,
dentro dessas quatro aulas, para que os estudantes consigam passar por cada uma das
estações, observando e analisando os textos, realizando pesquisas em bancos de imagens
sobre os contextos históricos da Imprensa e respondendo no caderno, as seguintes
perguntas:

1) Qual era o papel da imprensa em cada momento?


2) Quais as motivações e objetivos para que cada evento ocorresse?
3) Quais os elementos que caracterizam a imprensa neste momento?
4) Qual o maior problema de veiculação de notícias falsas na era digital?

Professor, o objetivo da atividade é instigar que cada grupo confeccione um cartaz ou mural
contendo imagens sobre os contextos históricos da Imprensa. O recurso visual pode
contribuir na identificação dos acontecimentos e na construção do conhecimento. Caso seja
viável, indica-se utilizar ferramentas digitais na produção, como foi sugerido no campo Saiba
Mais, a plataforma de design gráfico que permite aos usuários criar gráficos de mídia social,
apresentações, infográficos, pôsteres e outros conteúdos visuais. O resultado pode ser
compartilhado na última aula da atividade. Espera-se que os estudantes consigam, por meio
do material disponível em cada estação, compreender e identificar os fatos históricos
apresentados, assim como, entendam quais foram as motivações sociais, culturais, políticas e
econômicas para que aquele acontecimento ocorresse. Por último, as questões norteadoras e
a construção de um cartaz podem apoiar os estudantes no aprofundamento das
aprendizagens, observando os impasses ético-políticos decorrentes das transformações da
Imprensa no Brasil.

Sistematização
Semana 8: 2 aulas
Para sistematizar os conhecimentos trabalhados nesta atividade, sugere-se formar uma roda
de conversas com o propósito de incentivar os estudantes a se questionarem e debaterem
sobre as metodologias utilizadas, assim como a refletirem sobre como a imprensa teve um
papel fundamental ao longo da história, explorando os impactos que os acontecimentos
analisados na atividade tiveram para a construção da imprensa que conhecemos nos dias de
hoje, sobretudo com o uso das tecnologias digitais. Em seguida, caso os estudantes se sintam
confortáveis, sugere-se solicitar que, a partir das anotações feitas no momento anterior,
organizem todas as informações que foram coletadas para a elaboração do cartaz. Professor,
indica-se solicitar ao orador e o organizador dos materiais e da fala de cada grupo, das
estações formadas anteriormente, apresentarem os cartazes trazendo para o debate os
critérios utilizados por eles para esta construção.

Avaliação
● Professor, é importante observar se os estudantes participam das discussões e
conseguem expressar suas perspectivas em relação à temática abordada. Além disso,
verifique se conseguem trabalhar em grupo e se utilizam da análise textual e o diálogo
entre os colegas para realizar a atividade, respondendo as perguntas de maneira clara
e concisa, reconhecendo os elementos que constituíam a imprensa na época, os
personagens, cenários, motivações e objetivos que que culminaram em cada um dos
momentos apresentados. Por fim, avalie se os cartazes contêm os elementos de cada
um dos momentos explorados nas estações, assim como, observe se os estudantes
apresentaram com propriedade as produções sugeridas na atividade.
Saiba Mais
● MACHADO, Daniela. Somos todos jornalistas. EducaMídia, 10 out. 2019. Disponível
em: https://cutt.ly/JZ0bYHC. Acesso em: 06 jul. 2022.
● Rotação por Estações de Aprendizagem. Disponível em: https://cutt.ly/fZgmpOs.
Acesso em: 06 jul. 2022.
● Plataforma de design gráfico. https://cutt.ly/VL2cc2H. Acesso em: 06 jul. 2022.
● SODRÉ, Nelson Werneck Sodré. História da Imprensa no Brasil. 4ª Edição. Rio
de Janeiro: Mauad, 1999.
● BARBOSA, Marialva. História da Comunicação no Brasil. Petrópolis: Editora
Vozes, 2013.
ATIVIDADE 3
Objetivo
● Os estudantes compreendem os diferentes meios de comunicação e informação.
Reconhecem a importância da comunicação comunitária para o desenvolvimento do
protagonismo popular, valorizam a cultura local, história e tradições de um determinado
espaço.
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica, Processos Criativos e Mediação e Intervenção Sociocultural.
Introdução
Semana 9: 2 aulas
Professor, para dar sequência no percurso das atividades, retome alguns conhecimentos das
atividades anteriores. Sugere-se realizar uma tempestade de ideias, assim é possível
questionar os estudantes sobre: Quais os principais formatos de divulgação da
informação impressa, midiática e digital? Qual a intenção e a diferença de discurso e
composição nos diversos meios, em determinado contexto histórico? Quais os meios
de informação que vocês mais acessam e por que acessam esse meio? O importante,
nesta estratégia, é que cada estudante exercite sua capacidade de escuta e argumentação,
considerando as respostas de todos os colegas da equipe, ampliando seu ponto de vista e
sua visão crítica sobre o assunto. Para isso, professor, a sua mediação é fundamental para
que todos participem do momento.
Propõe-se reservar um tempo da aula para que o conjunto de respostas sejam anotadas no
quadro, ou em um cartaz, e, em seguida, possa ser compartilhado com a turma, promovendo
assim um debate em torno da temática apresentada. Essa é uma forma dos estudantes
retomarem as aprendizagens, assim como, construírem um espaço para aprofundar nos
assuntos, com base nas experiências e nos conhecimentos da Formação Geral Básica e
adquiridos ao longo da sua vida.
Desse modo, por meio de uma aula expositiva dialogada, comente que a grande imprensa e
conjuntos midiáticos ocupam um papel importante na transmissão da informação para a
maioria da população, seja através de jornais, revistas, rádio, televisão ou a internet como
fenômeno mais recente de transmissão da informação. Nesse sentido, sugere-se questionar
a turma sobre: Qual o maior problema de difundir uma informação sem verificar se a
fonte é confiável? De qual forma prejudica o exercício da cidadania em sociedade?
Como podemos tomar decisões com base em princípios éticos, democráticos e
inclusivos na comunicação digital?
Com base nessas questões, pode ser promovida uma roda de conversa para que os
estudantes anotem as suas percepções sobre o tema. Além disso, uma proposta, tendo como
referências as habilidades do Eixo Estruturante de Investigação Científica, é solicitar que os
estudantes façam uma breve pesquisa sobre como combater a desinformação. Essa
atividade, pode ser realizada conjuntamente com base nas informações levantadas no
percurso das atividades na parte do material: Informação e Desinformação.
Desenvolvimento
Semanas 10 e 11: 4 aulas
Para dar continuidade na atividade, sugere-se apresentar para a turma em aula expositiva
dialogada que existem conjuntos midiáticos de grande repercursão, muitas vezes, em escala
nacional e/ou global, como os apresentados anteriormente: jornais, revistas, rádio, televisão e
internet, que chegam a um grande número de pessoas diariamente, ocupando um papel
importante na transmissão da informação. Por outro lado, existe também a comunicação
comunitária, isto é, uma fonte de informação alternativa e popular, que contribui
significativamente na participação dos cidadãos no processo de democratização da
comunicação, uma vez que trata temas relevantes e tem o compromisso com as ações de
indivíduos, grupos e povos, promovendo a conexão com à realidade local e regional. A
comunicação popular está ligado diretamente a participação ativa do cidadão em sociedade,
uma vez que: 1) Valoriza a participação e compromisso com a comunidade; 2) Identifica e
transmite os interesses da comunidade que está inserida; 3) Incentiva a participação dos
moradores na solução de problemas encontrados e 4) Valoriza a cultura local, história e
tradições de uma região.
Professor, uma sugestão é exibir o seguinte vídeo: A importância da comunicação
comunitária. Disponível em: https://cutt.ly/eLnodih. Acesso em: 12 jul. 2022. O objetivo da
tarefa tem como ponto central a aprendizagem baseada em projetos, onde em um primeiro
momento os estudantes reconhecem a relevância da comunicação comunitária. Em seguida,
compreendem os desafios a partir de um estudo de caso a partir da exibição do vídeo
indicado sobre o jornal A Voz da Comunidade. Como resultado do processo de
desenvolvimento da atividade, indicamos que os estudantes, individualmente, respondam às
seguintes questões que envolvem a temática:

● Vocês podem compartilhar algum exemplo de comunicação comunitária no local


e/ou região em que você vive?
● Qual o nosso papel no compartilhamento das informações que acontecem no
local onde moramos?
● Como podemos informar pessoas de outros lugares sobre o que acontece na
nossa comunidade?
● Quais são os meios que a comunidade pode transmitir as informações?

Após o momento individual, sugerimos que organize os estudantes para uma discussão das
respostas em duplas, outra proposta, é que o momento pode ser construído em uma roda de
conversa. Professor, fique à vontade para adequar a atividade de acordo com a realidade da
sua turma. O propósito é que os estudantes fortalecem a capacidade de diálogo e escuta
ativa, além disso, aprofundem e tragam novas percepções sobre a temática abordada em sala
de aula. Por último, solicite que, a partir das discussões e respostas, individuais ou coletivas,
com base na metodologia ativa de sala de aula invertida, pesquisem as possibilidades de
canais de comunicação: escrito (jornais, revistas, livros); sonoro: telefone, rádio, podcast e
audiovisual (televisão, cinema e animação). Nesse momento, podem ser mobilizados
conhecimentos trabalhados nos outros conteúdos curriculares apresentados neste caderno
pedagógico, como também, nas experiências individuais e coletivas dos estudantes em seu
cotidiano. Esse passo será fundamental para finalizar a atividade 3, na qual os estudantes
produzirão um projeto de impacto social para sistematizar os conhecimentos.
Sistematização
Semana 12: 2 aulas
Por fim, professor, após a discussão efetuada nas últimas aulas, recomendamos a confecção
de um projeto de comunicação comunitária para sistematizar os conhecimentos. O projeto
pode ter a comunidade escolar como público-alvo. Partindo desse ponto, é importante
reservar um tempo para o planejamento do projeto, para que os estudantes possam se
organizar, procurar os recursos e as possibilidades de canais de comunicação: escrito, sonoro
ou audiovisual, para conduzir a atividade. Desse modo, pode ser usado plataformas digitais,
como mídias sociais e recursos visuais e sonoros diversos, como também, pode ser
elaborado folhetos e murais com cartazes para serem difundidos na comunidade escolar.
Uma recomendação é que o projeto envolva entrevistas, demandas da comunidade escolar,
ou seja, que contemplem questões como: patrimônio público escolar, qualidade da educação,
valorização do professor e do estudante, bullying e respeito à diversidade na escola, entre
outros assuntos, que podem ser abordados, conforme a realidade da sua turma. O objetivo do
projeto é que os estudantes identifiquem a sua participação e compromisso com os interesses
coletivos, criando assim condições para a prática do protagonismo popular no ambiente
escolar.

Avaliação
● Professor, avalie se os estudantes participam das discussões e percebem a
importância da comunicação comunitária para dar visibilidade a situações locais. Além
disso, verifique se mantiveram-se engajados e interessados, participando das
atividades propostas, discutindo e registrando as suas percepções sobre o assunto em
sala de aula. Por fim, analise se compreendem a comunicação comunitária com o
exercício da cidadania ativa, uma vez que o propósito da atividade é planejar um
projeto de impacto social, a criação de um veículo midiático local no ambiente escolar.
Saiba Mais
● Vídeo. A Voz da Comunidade. Disponível em: https://cutt.ly/fLnawe2. Acesso em: 12
jul. 2022.
● FERREIRA, Marinéia. Comunicação comunitária e o diálogo com a comunidade.
Politize! Florianópolis, 28 ago. 2019. Disponível em:https://cutt.ly/MLnzML6. Acesso
em: 12 jul. 2022.
● Vídeo. Fique por dentro das 7 dicas para fazer uma boa entrevista. Disponível em:
https://cutt.ly/WZyPVwo. Acesso em: 25 jul. 2022.
● Texto. Ferramentas de verificação de fatos para combater a fake news.
https://cutt.ly/fZ0WTE0. Acesso em: 09 ago. 2022.
ATIVIDADE 4
Objetivo
● Os estudantes entendem o conceito de ética e como ele se aplica no âmbito do
jornalismo. Conhecem a lei de acesso à informação, para que exerçam o Direito à
informação e a participação cidadã na sociedade.

Eixos Estruturantes
● Investigação Científica, Processos Criativos e Mediação e Intervenção Sociocultural e
Empreendedorismo.
Introdução
Semana 13: 2 aulas
Professor, após a turma discutir nas atividades anteriores sobre os diferentes tipos de meio de
divulgação da informação, os cenários e a importância da comunicação ao longo da história, o
objetivo desta atividade será compreender o conceito de ética e como ele se aplica no âmbito
do jornalismo, além de aprofundarem no conhecimento sobre a lei de acesso à informação e
as ferramentas de participação cidadã na fiscalização da gestão pública.
Inicie a sensibilização com a seguinte indagação: O que é ética? Como o conceito de ética
se relaciona ao compartilharmos uma informação? Como o comportamento antiético de
determinada informação pode impactar a vida em sociedade? Reserve um tempo da aula
para que os estudantes possam refletir, se possível, solicite que anotem as respostas em seus
cadernos e, sem seguida, propomos que alguns estudantes compartilhem as suas respostas
com a turma. Em aula expositiva dialogada, discorra que a Ética é um ramo da Filosofia
responsável por estabelecer e refletir sobre princípios que norteiam os comportamentos
humanos em diferentes níveis de interação. O resultado dessa reflexão é o estabelecimento
de valores, normas e prescrições que orientam a realidade social. Se tratando
especificamente do Jornalismo, professor, existe um conjunto de normas e procedimentos que
tratam da conduta dessa atividade, o documento pode ser consultado no Saiba Mais.
Sugere-se aprofundar a discussão sobre a temática, e disponibilizar um tempo para que os
estudantes leiam e reflitam sobre o Artigo 9º do documento: [...] “é dever do jornalista […]”
Após a leitura, retome alguns conhecimentos discutidos em sala de aula, especialmente a
atividade apresentada anteriormente, em que os estudantes puderam desenvolver uma
pesquisa sobre como combater a desinformação. Nesse momento, professor, uma
recomendação é enfatizar a importância da ética ao compartilharmos uma informação. Ainda,
é possível discutir sobre o nosso dever, enquanto cidadãos, em nos comunicar com
responsabilidade, sobretudo por termos a possibilidade de disseminar as notícias em
diferentes mídias, mas também, de influenciar a vida de outras pessoas. Enquanto emissores
e receptores, a checagem de informação e verificação de fontes na divulgação e
compartilhamento das informações são passos fundamentais e desejáveis para se fazer
cumprir a ética jornalística, especialmente no espaço digital, no qual foi verificado que as
notícias falsas circulam 70% mais rápido do que as verdadeiras. Para finalizar, propõe-se
promover uma roda de conversa, instigar e ouvir os estudantes, a partir dos conhecimentos
trazidos por eles e das experiências do seu cotidiano. Ainda, indicamos que os estudantes
complementem a pesquisa sobre como combater a desinformação, realizada na atividade 3,
registrando novas percepções sobre o assunto discutido em sala de aula.

Desenvolvimento
Semanas 14 e 15: 4 aulas
Para dar continuidade na atividade, nesta etapa, propomos que os estudantes investiguem a
lei de acesso à informação, para que exerçam o Direito à informação e a participação cidadã
em sociedade. Sugerimos que retome com a turma algumas discussões envolvidas nos
temas da Imprensa e do Jornalismo.
Como podemos verificar nas atividades anteriores, os meios de comunicação se modificaram
na era digital, atualmente recebemos informação a todo tempo, especialmente nas redes
sociais. Portanto, verificar e usufruir de informações confiáveis e, sobretudo, de informações
públicas, é essencial para o exercício da cidadania na sociedade. Professor, sugerimos que
os estudantes sejam divididos em grupos para realizar uma pesquisa, com base nas
habilidade do Eixo Estruturante de Investigação Científica, sobre o que é a Lei de Acesso à
Informação (Lei nº 12.527/2011, Disponível em: https://cutt.ly/mLEsmGW. Acesso em: 13 jul.
2022). No caso específico da Lei n° 12.527/2011, foi criada para que os órgãos públicos de
todos os poderes de todas as unidades da Federação fossem obrigados a facilitar a
divulgação das informações. Professor, oriente os estudantes de que essa pesquisa será
compartilhada oralmente e sistematizada em um painel colaborativo. Dessa forma, espera-se
que se organizem para fazer uma apresentação sintética e objetiva, a fim de garantir a
compreensão de todos.
Algumas perguntas podem nortear a investigação, tais como: como o Direito à informação
funciona no Brasil? O que são informações públicas?. A análise procura potencializar o
exercício do Direito à informação e a participação cidadã dos estudantes em sociedade.
Professor, você pode usar, por exemplo, as informações sobre os casos de COVID-19, que
foram veiculadas diariamente na Imprensa, informações do censo escolar, relatórios
produzidos pelos ministérios, informações locais, como o de prefeituras, entre outras
pesquisas. O objetivo do desenvolvimento da atividade é reconhecer as ferramentas que
possibilitam a cultura de transparência da administração pública no país. Para finalizar,
sugere-se pedir que os estudantes, individualmente, escrevam no caderno uma reflexão sobre
a atividade, respondendo às questões: Como os preceitos éticos da Imprensa podem
assegurar o direito à informação? E como exercer o nosso direito à informação da
melhor forma possível?

Sistematização
Semana 16: 2 aulas
Professor, para finalizar essa atividade e sistematizar os conhecimentos, sugerimos que
organize um momento em sala de aula para que os estudantes compartilhem suas pesquisas
com a turma. Após a realização da atividade proposta na etapa anterior, os grupos deverão,
de forma coletiva, realizar a construção de um painel colaborativo. Caso seja possível, os
estudantes poderão utilizar de recursos digitais, que são ferramentas que contribuem para
realizarem uma apresentação dinâmica e criativa. O objetivo é que possam reconhecer que a
ética na comunicação e o Direito à informação, são imprescindíveis para a política e o
exercício da cidadania na sociedade, além de serem essenciais para que tomemos decisões
com base em princípios democráticos. Considerando todas essas questões, o resultado das
discussões promovidas pode levar os estudantes a compreender o jornalismo e a imprensa
enquanto ferramentas de fortalecimento da democracia. Sendo assim, espera-se que os
estudantes sejam capazes de refletir sobre o seu papel de receptor e produtor de
informações, a nível local e global, apropriando-se das reflexões e desenvolvendo ainda mais
seu papel sociopolítico, isto é, firmando o compromisso popular com a informação.

Avaliação
● Professor, no percurso da atividade, é possível avaliar o engajamento dos estudantes
nas propostas apresentadas. Sendo assim, observe se refletiram e compreenderam a
importância dos valores éticos na comunicação. Além disso, verifique como se
apropriaram dos documentos oficiais discutidos durante a aula para embasar as
atividades, o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros e a Lei de Acesso à
Informação. Por fim, analise se demonstram participação na pesquisa e na construção
do painel coletivo proposto na sala de aula.
Saiba Mais

● KARAM, Francisco José Castilhos. Jornalismo, ética e liberdade. Summus Editorial,


2014.
● Associação Brasileira de Imprensa. Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros.
Disponível em: https://cutt.ly/4LW3Eg6. Acesso em: 13 jul. 2022.
● BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. Pílulas contra a desinformação: notícias falsas
circulam 70% mais rápido do que as verdadeiras. 06 jun. 2022. Disponível em:
https://cutt.ly/HLW6PNH. Acesso em: 13 jul. 2022.
● Politize. Direito à informação: um direito de todos os cidadãos. Florianópolis, 19
out. 2019. Disponível em: https://cutt.ly/ALEigc5. Acesso em: 13 jul. 2022.

ATIVIDADE 5
Objetivo
● Os estudantes estruturam ideias a partir da relevância das Mídias e da Comunicação
na vida em sociedade. Examinam e elaboram produção textual, assim como, criam
uma cartilha de Educação Midiática, onde podem compartilhar as suas descobertas no
no percurso das atividades propostas.
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica, Processos Criativos e Mediação e Intervenção Sociocultural e
Empreendedorismo.
Introdução
Semana 17: 2 aulas
Professor, essa é a última atividade desta etapa do material: Jornalismo, Imprensa e
Democracia, por isso, é importante mobilizar, conjuntamente com os estudantes, os
conhecimentos aprendidos no percurso de todas as discussões apresentadas no caderno
pedagógico. Inicie a sensibilização com a seguinte pergunta: Qual a importância do tema da
comunicação, do campo jornalístico-midiático e das tecnologias da informação nas
nossas vidas? Como podemos fortalecer a compreensão crítica das mídias e as nossas
responsabilidades cidadãs, em uma sociedade digital atravessada por muita
informação e desinformação ?
Sugerimos que reserve um momento para que os estudantes elaborem um artigo de opinião,
a partir das perguntas indicadas na sensibilização. Em seguida, propomos que crie um
espaço, pode ser uma roda de conversa, para que compartilhem as experiências e
aprendizagens adquiridas ao longo do Módulo. Para essa aula, indicamos que os demais
professores envolvidos neste aprofundamento, participem, a fim de contribuírem e ampliarem
as reflexões sobre as perguntas sensibilizadoras apresentadas. O propósito é refletir com os
estudantes a relevância das Mídias e da Comunicação na vida das pessoas, sendo um
veículo que apresenta uma pluralidade de opiniões onde podemos buscar confirmação de
notícias e informações, ou também, enquadrá-las como notícias falsas, as chamadas fake
news, que se apresentam em diferentes meios de comunicação disseminando mentiras. As
notícias falsas atualmente buscam disseminar boatos e inverdades com informações
distorcidas sobre as pessoas, celebridades, política, políticas públicas e os países, entre
outros temas que podem ser alvos de dados enganosos, e que podem moldar a opinião
pública sobre os assuntos.
Por isso, é fundamental que os estudantes consigam analisar os produtos das diferentes
mídias de maneira crítica, compreendendo o funcionamento dos processos midiáticos e
permitindo que identifiquem algum tipo de desinformação em um cenário altamente
globalizado e dominado pela internet, na qual a circulação da desinformação ocorre de
maneira mais rápida, atingindo cada vez mais pessoas, às vezes dificultando saber o que é
verdadeiro ou não.

Desenvolvimento
Semanas 18 e 19: 4 aulas
Para a segunda etapa, professor, sugerimos que os estudantes sejam divididos em grupos.
Em seguida, agora que os estudantes conhecem o papel da imprensa e do jornalismo, os
veículos de comunicação e a influência em nossa vida, com base nas habilidade dos Eixo
Estruturantes de Investigação Científica e Processos Criativos, irão compreender o processo
de produção de uma informação midiática a partir da criação de uma notícia. Inicie a aula com
a seguinte pergunta norteadora: Vocês sabem como é produzida uma notícia no campo
jornalístico-midiático? Professor, sugere-se verificar as aprendizagens dos estudantes,
analisando os conhecimentos que foram abordados no percurso deste módulo do material
pedagógico.
Professor, solicite aos estudantes que escrevam uma notícia. O primeiro passo é a escrita da
pauta, afinal, ela é o roteiro da notícia, reportagem ou outro meio de difundir a informação.
Destacam-se duas pautas. A factual, com base em fatos como acidentes, enchentes,
incêndios, desastres ambientais, entre outros. Já a não-factual, cuja reportagem, aborda
assuntos mais específicos, como: Festival de música, Premiação do Oscar, Copa do Mundo,
entre outros eventos programados. As pautas jornalística são as principais orientações das
atividades de um repórter, ou seja, elas direcionam os comandos para se estruturar a
informação.O objeto da pauta jornalística é: 1) Orientar o ponto de partida de uma notícia; 2)
Organizar o jornalista em sua atividade; 3) Especificar o contexto e os assuntos que deverão
ser pesquisados, e por fim 4) Planejar as informações que serão divulgadas nos meios de
comunicação.

Após a aula expositiva dialogada, como resultado do processo desenvolvido na etapa,


propomos que os estudantes coloquem a mão na massa com a elaboração de uma produção
jornalística, colocando em prática os aprendizados da aula. Professor, sugere-se aos
estudantes que revejam as produções da atividade 3, na qual puderam organizar e
desenvolver um projeto sobre as demandas da comunidade escolar. A partir de agora, os
estudantes podem pontuar e criar notícias sobre o seu ambiente escolar, como também,
existe a possibilidade de aprofundar a discussão, levantando os problemas mais abrangentes
do seu bairro, da sua cidade ou da região onde vivem. O objetivo da atividade é que os
estudantes compreendam que todo cidadão é um comunicador e produtor de informações, por
isso, é fundamental a responsabilidade e atenção ao produzir os conteúdos. Os meios de
comunicação se caracterizam por ser um poderoso instrumento de formação da opinião
pública. Portanto, precisamos utilizá-los como uma forma de incentivar a prática da cidadania,
com o objetivo de levar informação útil, relevante e confiável.
Sistematização
Semana 20: 2 aulas
Para sistematizar os conhecimentos trabalhados na atividade, reserve um momento para que
os estudantes reflitam sobre a produção textual desenvolvida na etapa anterior. Em seguida,
com todas as experiências proporcionadas nas discussões apresentadas no caderno
pedagógico, convide os estudantes a pensarem sobre os desafios vivenciados na Imprensa e
no Jornalismo, e de que forma se relaciona com o exercício da cidadania a construção da
democracia. Por fim, uma proposta é realizar uma cartilha de Educação Midiática, que possa
ser distribuída na comunidade escolar, contendo os principais conhecimentos do Módulo. O
objetivo da proposta é que os estudantes possam compartilhar as suas descobertas, ou seja,
capacitem mais indivíduos para analisarem os produtos das mídias de maneira crítica,
entendendo como funcionam, além de fortalecerem a participação, o pensamento crítico e o
exercício da cidadania, condutas imprescindíveis para a democracia.

Avaliação
● Professor, nesta última atividade, é importante perceber o percurso desenvolvido pelas
estudantes. Verifique as contribuições e desafios apresentados na atividade proposta.
Observe se como os estudantes analisaram os textos, se fizeram a produção textual
com clareza e abordaram um tema gerador discutido em uma dos módulos do caderno
pedagógico. Por fim, verifique se todos participaram da produção da cartilha,
compartilhando o conhecimento e atingindo os objetivos da atividade.
Saiba Mais
● Como fazer um artigo de opinião . Toda Matéria. Disponível em:
https://cutt.ly/AZlQWX9. Acesso em: 29 jul. 2022.
● ALMEIDA, Ivan. A liberdade de informação jornalística e a democracia. Politize!
Florianópolis, 13 abr. 2022. Disponível em: https://cutt.ly/5LTUGJz. Acesso em: 14 jul.
2022.
● BRITTO, Danielle. Qual a importância da democracia? Politize! Florianópolis, 25 out.
2021. Disponível em: https://cutt.ly/3LYs90Z. Acesso em: 14 jul. 2022.
● FERRARI, Ana Claudia, OCHS, Mariana; MACHADO, Daniela. Guia da Educação
Midiática. 1. ed.São Paulo : Instituto Palavra Aberta, 2020. Disponível em:
https://cutt.ly/mLTRy0e. Acesso em: 14 jul. 2022.
MÓDULO
Comunicação e Tecnologias da Comunicação
Área do Conhecimento
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Perfil do Professor
Filosofia, Geografia, História, Sociologia
Carga horária total
30 horas
Carga horária semanal
2 horas
Descrição
A discussão promovida neste módulo tem como objetivo principal examinar as ferramentas
tecnológicas digitais da informação e comunicação (TDICs), a partir da construção de debates
sobre as transformações das tecnologias ao longo do tempo e a sua influência em nossas
relações sociais, políticas, econômicas e culturais. Os conteúdos presentes desenvolvem
conceitos e valores em torno da temática, tais como: a mudança nas formas de obter uma
informação por meio da tecnologia, o ciclo de vida útil do sistema e dos dados, assim como a
função dos algoritmos. Além disso, promovem a reflexão crítica e consciente da comunicação
e da informação no ambiente digital, compreendendo a identidade e a exclusão no espaço de
sociabilidade virtual. Este módulo está estruturado, principalmente, no eixo de Processos
Criativos mas também contempla o eixo de Investigação Científica e Mediação e Intervenção
Sociocultural.
Objetos de conhecimento
A tecnologia e as mudanças sociais contemporâneas; o desenvolvimento das Tecnologias
Digitais da Informação e Comunicação (TDICs); Web 2.0, o perfil e a identidade digital;
intermediários e influencers da informação; a bolha informacional e os processos de exclusão
digital e evolução das TDICs.
Objetivos das atividades
1: Os estudantes identificam evidências histórico-geográficas que favoreceram o
desenvolvimento tecnológico e associam com os processos de exclusão digital.
2: Os estudantes examinam o processo de evolução e desenvolvimento das Tecnologias
Digitais da Informação e Comunicação (TDICs).
3: Os estudantes demonstram maneiras de identificação e atuação de diferentes grupos dentro
do ambiente virtual.
4: Os estudantes comparam mecanismos de influências digitais e sua relação com o público
alvo.
5: Os estudantes elaboram medidas alternativas para a saída de bolhas informacionais para o
desenvolvimento de um olhar crítico e abrangente.
Competências e Habilidades da Formação Geral Básica a serem aprofundadas: 3,4 e 5.
EM13CHS303:Debater e avaliar o papel da indústria cultural e das culturas de massa no
estímulo ao consumismo, seus impactos econômicos e socioambientais, com vistas à
percepção crítica das necessidades criadas pelo consumo e à adoção de hábitos sustentáveis.
EM13CHS404:Identificar e discutir os múltiplos aspectos do trabalho em diferentes
circunstâncias e contextos históricos e/ou geográficos e seus efeitos sobre as gerações, em
especial, os jovens, levando em consideração, na atualidade, as transformações técnicas,
tecnológicas e informacionais.
EM13CHS503:Identificar diversas formas de violência (física, simbólica, psicológica etc.), suas
principais vítimas, suas causas sociais, psicológicas e afetivas, seus significados e usos
políticos, sociais e culturais, discutindo e avaliando mecanismos para combatê-las, com base
em argumentos éticos.
Eixos Estruturantes e suas Competências e Habilidades: Investigação Científica,
Processos Criativos, Mediação e Intervenção Sociocultural e Empreendedorismo.

EMIFCHSA01: Investigar e analisar situações problema envolvendo temas e processos de


natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional,
nacional e/ou global, considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.
EMIFCHSA04: Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e
reflexão crítica sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica,
política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.
EMIFCHSA07:Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e
ameaças a grupos sociais, à diversidade de modos de vida, às diferentes identidades culturais
e ao meio ambiente, em âmbito local, regional, nacional e/ ou global, com base em fenômenos
relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
EMIFCHSA12: Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando as Ciências Humanas
e Sociais Aplicadas para formular propostas concretas, articuladas com o projeto de vida, em
âmbito local, regional, nacional e/ou global.
Referências Bibliográficas

CASTELLS, Manuel. A galáxia da Internet: reflexões sobre a Internet, os negócios e a


sociedade. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.
ETGES, Virginia Elisabeta; CARISSIMI, Eduardo. Territórios Luminosos e Territórios Opacos –
Uma análise à luz das contribuições de Milton Santos Redes: Revista do Desenvolvimento
Regional, Santa Cruz do Sul – RS, vol. 19, núm. 1, p. 44-64, 2014.
FONSECA, Flora. Inclusão e diversidade digital. Politize! Florianópolis, 07 dez. 2021.
Disponível em: https://cutt.ly/RLlj4DW. Acesso em: 10 jul. 2022
FREITAS, Cinthia Obladen de Almeida; SIVINI FERREIRA, Heline; CAVEDON, Ricardo. A
bolha informacional e os riscos dos mecanismos de busca na personalização do usuário de
internet: reflexões sobre o direito à autodeterminação informacional. Revista Brasileira de
Direito, Passo Fundo, v. 16, n. 3, p. 1-24, dez. 2020.
GOUVEIA, Luis Manuel Borges; GAIO, Sofia. Sociedade da Informação: balanço e
oportunidades. Edições Universidade Fernando Pessoa, 2004.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Tradução: Tomaz Tadeu da
Silva & Guaciara Lopes Louro. Rio de Janeiro: Lamparina, 2014.
LOCATELLI, Tamiris. O papel do professor frente aos desafios e possibilidades proporcionados
pela utilização das TIDCs no ensino contemporâneo. Congresso Internacional de Educação
e Tecnologia: Encontro de Pesquisadores em Educação a Distância, São Carlos, 2020.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: espaço e tempo: razão e emoção. 3. ed. São Paulo:
HUCITEC, 1999.
SILVA, G. P. Noções de Identidade de Stuart Hall e o Diálogo com o Patrimônio Cultural
Imaterial. Disponível em: https://cutt.ly/vZWaOVW. Acesso em 01 de ago. de 2022.
TONETTO, Élida Pasini; TONINI, Ivaine Maria. Redes sociais nas práticas escolares da
Geografia. Pesquisar: Revista de Estudos e Pesquisas em Ensino de Geografia,
Florianópolis, v. 1, n. 1, p. 168-165, out. 2014.

ATIVIDADE 1
Objetivo
● Os estudantes identificam evidências histórico-geográficas que favoreceram o
desenvolvimento tecnológico e associam com os processos de exclusão digital.
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica.
Introdução
Semana 1: 2 aulas

Professor, a divisão das atividades do caderno pedagógico está organizada em três partes: 1ª
– introdução (sensibilização e contextualização), 2ª - desenvolvimento e 3ª - sistematização e
fechamento da temática que foi trabalhada. Sugerimos que no primeiro momento seja feito a
apresentação do que será estudado nesta parte do material: “Comunicação e Tecnologias da
Informação”, introduzindo a organização do material bem como os objetivos, o
aprofundamento, principais conceitos e habilidades que serão desenvolvidas a partir do
desenvolvimento dos temas que serão analisados.

Para dar início a discussão sobre os impactos do processo do desenvolvimento tecnológico


na nossa sociedade, propõe-se a retomada com os estudantes sobre o entendimento em
torno do conceito “Globalização”. Sugere-se que seja solicitado que os estudantes assistam
um vídeo sobre a temática como atividade prévia nos moldes da proposta de sala de aula
invertida (esse link esclarece como ela pode ser desenvolvida: https://cutt.ly/eLTv8QX. Acesso
em: 14 jul. 2022), o que auxilia a colocar os estudantes como protagonistas favorecendo a
troca de ideias e o olhar sobre os diferentes tipos de compreensão em torno do conceito
principal aqui trabalhado.

Usando a lousa, recomenda-se, a elaboração de um mapa mental colaborativo, cujo modelo


está disponível em: https://cutt.ly/mGD5r7Y (Acesso em: 14 jul. 2022). A organização das
informações por meio dessa metodologia auxilia na compreensão de diferentes elementos
ligados à conceitualização principal. Dessa maneira, com a palavra “Globalização” estando
escrita preferencialmente no centro da lousa juntamente com a sua definição, que pode ser
definida em conjunto com os estudantes, sugere-se solicitar exemplos práticos de como a
globalização se territorializa, de que forma ela se apresenta, discutindo-se assim, sobre os
benefícios existentes dentro desse processo. Em seguida, algumas setas podem ser
desenhadas direcionando a determinados tópicos em torno da temática, e a partir da divisão
da turma em grupos, recomendamos que cada um deles pensem em relação aos seguintes
pontos:

- Origem: quais acontecimentos e infraestruturas permitiram o surgimento e desenvolvimento da


globalização.
- Impactos Políticos: como os fazeres políticos e acordos internacionais foram facilitados e
influenciados pela globalização.
- Impactos econômicos: apresentação sobre tipos de empresas que estão localizadas em
diferentes territórios.
- Impactos culturais: discutir sobre se dá a influência por meio de dinâmicas de consumo de
diferentes culturas nos nossos gostos e preferências.
- Consequências: elementos da globalização que impactam os lugares.

Professor, durante a atividade, sugerimos que circule entre os grupos para acompanhar e
auxiliar na discussão, podendo ser utilizado também pelos estudantes livros e/ou acesso a
internet, caso seja possível, propondo que ao fim, seja apresentado para a turma as ideias
que foram discutidas.

Desenvolvimento
Semanas 2 e 3: 4 aulas

Partindo para um exercício prático, sugerimos o aprofundamento das consequências da


Globalização (que pode ser sugerido como atividade prévia por meio desse vídeo:
https://cutt.ly/4LljFMD. Acesso em: 10 jul. 2022), a fim desenvolver um olhar e percepção em
torno dos processos de exclusão em um mundo que é amplamente conectado. Para isso, se
possível, um mapa-mundi pode ser colado em algum espaço da sala e, a partir da
metodologia ativa tempestade de ideias, sugerimos que seja questionado aos estudantes os
principais países que são produtores/desenvolvedores de tecnologia, anotando o nome
desses países no lado esquerdo do mapa, e em seguida os países que possuem baixo
desenvolvimento tecnológico no lado direito.

Orientamos que em sequência seja iniciado um debate acerca da pergunta norteadora: Como
os espaços interagem entre si?, buscando abordar com os estudantes as formas de
dependência e a necessidade de importar tecnologia, ou objetos tecnológicos (smartphones,
notebooks e televisores), seja para o desenvolvimento econômico ou para o uso pessoal.
Além disso, será possível nesse momento discutir sobre como a inclusão digital pode ser
entendida e problematizada dentro de diferentes territorialidades. Sugerimos que seja
acessado ou impresso os dados contidos no link https://cutt.ly/gXpPVeY (acesso em 10 ago.
2022), que apresenta um panorama geral sobre o programa Cidades Digitais que possui,
além de outras atuações, a oferta de pontos de acesso livre e gratuito à internet em espaços
públicos de grande circulação .

Propomos que a turma seja dividida em pequenos grupos, sendo reservado um tempo para
que cada um deles, faça uma análise sobre a distribuição das áreas que o programa atua
(regiões, estados e cidades) e uma breve apresentação oral dos dados observados. Ao final,
sugere-se uma roda de conversa, na qual os estudantes expõem suas ideias relacionadas à
existência de lugares que ainda não estão integrados tecnologicamente de maneira efetiva.
Após o debate, propõe-se, para uma aula expositiva, que se apresente aos estudantes os
conceitos abaixo, com o intuito de subsidiá-los no entendimento de temáticas como:
desigualdades no acesso aos recursos digitais, localidades sem internet e wi-fi, entre outros:

Espaços luminosos: são definidos por áreas que apresentam grande


densidades técnicas e informacionais geram a atração econômica,
tecnológica e social.

Espaços opacos: áreas com baixo índice de desenvolvimento industrial,


pouco dinâmico e que não apresenta fluidez de mercadorias, capital e/ou
pessoas.

Sugere-se uma nova interrogativa norteadora, relacionada com os conceitos acima, como por
exemplo: É possível existir espaços opacos mesmo em lugares que são considerados
luminosos?. Por meio da escuta ativa dos estudantes, propomos que seja utilizada a
metodologia ativa de estudo de caso para uma maior investigação das respostas dadas, que
por sua vez irá favorecer a exploração das diferentes camadas de conhecimentos em
situações relativamente complexas. Assim sendo, propomos que em grupos seja entregue
uma mesma notícia para exploração. Professor, a discussão pode ser organizada e
registrada a partir da identificação dos diferentes motivos que levam a essa exclusão digital,
as consequências para a população que vive em espaços opacos, mesmo dentro de um
território luminoso. Desse modo, os estudantes assim podem levantar soluções para a
questão mencionada. Ao fim, recomenda-se a formação de roda de conversa para o
compartilhamento das impressões e sugestões que foram pensadas por cada grupo.
Sistematização
Semana 4: 2 aulas

Professor, a partir das anotações que foram feitas ao longo das aulas, propomos que cada
estudante, individualmente, escreva uma carta aberta (modelo de estrutura disponível em
<https://cutt.ly/mLlgTO0>. Acesso em 10 jul. 2020) direcionada ao Conselho de Políticas
Públicas da sua cidade . O objetivo da atividade é que os estudantes exerçam o
protagonismo na tomada de decisões, enfatizando a atenção que o poder público deve dar
para os espaços opacos da cidade. Nesse sentido, é necessário o uso da argumentação, a
partir de dados e contextos econômicos e sociais que favoreçam a atuação hipotética dentro
do contexto estipulado. Ao final, fique à vontade para a formação de uma roda de conversa
dentro dos conceitos e temas que foram abordados durante essa atividade. Isso possibilitará a
discussão sobre lugares, que mesmo centrais na dinâmica econômica e tecnológica de
determinado país ou região, a desigualdade se faz presente, podendo ser observado desde
áreas periféricas até nas relações sociais dentro de espaços teoricamente privilegiados.

Avaliação
● Professor, é importante observar se os estudantes participaram ativamente das
atividades e discussões, procurando atender de forma objetiva aos temas que foram
discutidos. É necessário também verificar se houve respeito e empatia nas opiniões,
propostas e dificuldades que foram expostas pelos colegas. Nos trabalhos em grupo,
sugerimos que sejam avaliados os processos de organização, atribuição de funções e
poder de iniciativa em torno das propostas. Por fim, verifique se os momentos de
sistematização escrita tiveram coerência e coesão dentro dos objetivos das atividades.
Saiba Mais
● ETGES, Virginia Elisabeta; CARISSIMI, Eduardo. Territórios Luminosos e Territórios
Opacos – Uma análise à luz das contribuições de Milton Santos Redes: Revista do
Desenvolvimento Regional, Santa Cruz do Sul – RS, vol. 19, núm. 1, p. 44-64, 2014.
● SANTOS, Milton. A natureza do espaço: espaço e tempo: razão e emoção. 3. ed. São
Paulo: HUCITEC, 1999.
● FONSECA, Flora. Inclusão e diversidade digital. Politize! Florianópolis, 07 dez. 2021.
Disponível em: https://cutt.ly/RLlj4DW. Acesso em: 10 jul. 2022.

ATIVIDADE 2
Objetivo
● Os estudantes examinam o processo de evolução e desenvolvimento das Tecnologias
Digitais da Informação e Comunicação (TDICs).
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica, Processos Criativos, Mediação e Intervenção Sociocultural e
Empreendedorismo.
Introdução
Semana 5: 2 aulas
Professor, para essa atividade sugerimos que seja abordado as definições que irão nortear
esta etapa, sendo elas a comunicação e as Tecnologias Digitais da Informação e
Comunicação (TDICs). Dessa forma, a introdução desses conceitos pode acontecer a partir
da sensibilização: Quais as relações podemos fazer entre comunicação e tempo? Os
meios digitais podem interferir na nossa comunicação? Quais são os impactos dos
meios de comunicação com cada vez mais tecnologia?. A expectativa é que eles
percebam que com o passar dos anos as formas de se comunicar passaram por diferentes
mudanças e adaptações.
Assim, a partir de uma aula expositiva dialogada, apresente aos estudantes que nas
sociedades contemporâneas a comunicação entre os indivíduos não é apenas direta (face a
face), sendo importante compreender as mudanças nos meios de comunicação a partir da
popularização da internet, devido a existência de uma grande quantidade de
pessoas/instituições em um contexto que exige cada vez mais uma maior fluidez
informacional. Visando o entendimento sobre o surgimento das TDICs (sugestão de
aprofundamento em: https://cutt.ly/mXp15by. Acesso em: 10 jul. 2022), a partir da metodologia
de estudo de caso, sugerimos que a turma seja organizada em 3 grandes grupos (que podem
ser subdivididos em grupos menores) que ficarão responsáveis por uma ficha de texto
conforme segue abaixo:
Grupo Web 1.0 - Década de 90: há o surgimento do "www", que significa World Wide
Web''. Para se conectar a internet, deveria ter um "Personal Computer" ou PC. Era a
famosa “internet discada”, a qual permitiu que fossem criados grandes portais de
pesquisa e notícias, além de salas de bate-papo, e-mail gratuito e uso de mensagens
instantâneas.

Grupo Web 2.0 - Década de 2000: popularização do acesso ao PC e surgimento da


banda larga. Permitiu com que as pessoas acessassem músicas, filmes, vídeos em
geral, o que possibilitou a pirataria, além de facilitar a invasão de máquinas por meio de
vírus, malwares e spywares.

Grupo Web 3.0 - Década de 2010: altos patamares de velocidade e compartilhamento.


"Baixar" músicas e filmes deu lugar ao streaming, com conteúdo sob demanda. Os
smartphones praticamente substituíram o PC no que diz respeito à troca de mensagens

Professor, após as orientações, peça aos grupos que descrevam as principais características
de cada década, observando o que se pode destacar sobre a interação entre as pessoas,
consumo de informação e impactos no tempo. Para o compartilhamento, sugerimos que cada
grupo apresente brevemente suas impressões ao final da atividade.

Desenvolvimento
Semanas 6 e 7: 4 aulas
Professor, sugerimos que seja retomado com os estudantes a conceitualização das TDICs,
realizando também um “aquecimento” para a compreensão da evolução de diferentes meios
de comunicação e informação. Recomenda-se que na lousa, sejam anexadas as letras do
alfabeto e, a partir de uma tempestade de ideias, os estudantes levantem ao menos um tipo
de TDICs de acordo com cada letra. Um estudante pode ser escolhido para ir anotando as
sugestões na lousa relacionadas, por exemplo, com a internet, marcas de smartphones, redes
sociais, algoritmos, softwares, bluetooth, plataformas online, jogos interativos, entre outros.
Da mesma forma que existem desigualdades socioeconômicas entre os países, a presença
das TDICs (que estão associadas ao nível de desenvolvimento) também estão territorializadas
de formas distintas, seja na questão relacionada ao acesso, como também no que se refere
às preferências pelo uso de determinado tipo de tecnologia, plataforma ou pesquisa.
Professor, para a melhor compreensão do parágrafo supracitado, propõe-se formar grupos de
estudantes, sendo sorteado para cada um o nome de um continente do nosso planeta
(América, África, Ásia, Europa e Oceania) e, com base nos exemplos de TDICs que foram
dados na etapa anterior, solicite que eles respondam às seguintes perguntas investigativas:

1) Qual(ais) país(ses) exerce maior influência econômica e tecnológica no


continente?
2) Quais são as TDICs mais utilizadas nesse continente?
3) Onde estão localizados os pólos de difusão e desenvolvimento de TDICs?
4) Dentro desse continente, quais países são importadores de TDICs? E
exportadores?

Para responder essas questões pode ser utilizado, caso seja possível, internet, celulares e
livros didáticos (impresso e/ou virtual), sendo sistematizado as informações e disponibilizadas
por meio de cartazes (feito em uma cartolina ou outro tipo de papel disponível). Após a
produção, sugerimos que seja colado na lousa um mapa-múndi, e feito um seminário final das
respostas sendo realizado por dois representantes de cada grupo, que podem se dirigir até a
frente da sala, onde um ficará responsável por compartilhar as respostas e o segundo
estudante será responsável por marcar no mapa a localização do continente, os países e
TDICs que foram citados. Frente essa discussão, sugere-se que os estudantes atentem-se às
redes sociais, que podem ser entendidas como o tipo de TDIC mais amplamente utilizado pela
população em diferentes países. Voltadas para objetivos relacionados a entretenimento,
comercialização, formação de comunidades online e acesso ao consumo de diversos tipos de
arte, por meio das redes sociais existe também uma ampla divulgação de notícias e
informações de múltiplas escalas geográficas, sendo que o perfil/página irá possuir além de
uma linguagem própria, um público alvo.
Sugerimos que mantendo os grupos da atividade anterior, seja distribuído para cada um deles
um tipo de persona (personagem que irá representar um tipo de usuário/criador de conteúdo
dentro de um alvo demográfico), relacionados à Pessoa Física, Governo Municipal e Empresa
Local. Dessa maneira, utilizando da metodologia de aprendizagem baseada em problemas
(veja alguns exemplos em https://cutt.ly/WZ3V2Va. Acesso em 18 jul. 2022), os grupos irão
definir qual tipo de plataforma seria mais interessante para atingir o público alvo (faixa de
idade, nível de formação, localização geográfica), quais tipos de linguagem utilizam, e como
seria o layout ideal para a organização do perfil na rede social (tipos de postagem e de
conteúdo). Esse procedimento metodológico irá auxiliar na conexão das diferentes tópicos
que foram abordados na Atividade 2, influenciando no processo de criação, sendo indicado
em seguida, a discussão com os estudantes sobre o que é característico de cada rede social,
quais informações são mais necessárias que outras, quais as formas de relacionamento que
esses perfis proporcionam e que imagem/mensagem os perfis passam (expectativa e
realidade).

Sistematização
Semana 8: 2 aulas
A execução das aulas anteriores auxiliam na metodologia ativa de sala de aula invertida,
tendo em vista que aqui os estudantes trarão algumas conclusões em torno das temáticas que
foram trabalhadas ao longo da Atividade 2. Sugerimos que seja discutido com os estudantes
sobre as facilidades e dificuldades que tiveram ao se lembrar ou encontrar informações sobre
os dados que foram solicitados, focando a discussão principalmente em torno de continentes
que são pouco discutidos ou que possuem menor número de informações sobre a temática.
Caso faça sentido, utilize as seguintes perguntas norteadoras: De que forma a falta de
dados sobre esses continentes afeta nosso consumo de informação? Qual é a
estratégia que podemos adotar para tornar o consumo de informações mais igualitária?
A partir do que foi discutido, retorne a atenção aos pontos que foram traçados no que se
refere a desigualdade de uso e acesso às TDICs, e por meio do uso de post-its ou pequenos
pedaços de papel, sugerimos que cada estudante escrevam ações que facilitem o
investimento dentro do desenvolvimento das tecnologias de informação em áreas que são
desfavorecidas, tendo em vista o uso das redes sociais como ferramentas de
impulsionamento.

Avaliação
● Professor, no percurso da atividade, é possível avaliar o engajamento dos estudantes
nas atividades de investigação e pesquisa. Sendo assim, pode ser observado sobre
como se deu a organização dos grupos, a escuta em torno das propostas dos colegas,
bem como as formas de exposição e sistematização do conhecimento adquirido. Por
fim, verifique se as propostas que foram escritas se relacionam com o objetivo proposto
dentro dessa atividade.
Saiba Mais
● CASTELLS, Manuel. A galáxia da Internet: reflexões sobre a Internet, os negócios e a
sociedade. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.
● LOCATELLI, Tamiris. O papel do professor frente aos desafios e possibilidades
proporcionados pela utilização das TIDCs no ensino contemporâneo. Congresso
Internacional de Educação e Tecnologia: Encontro de Pesquisadores em Educação
a Distância, São Carlos, 2020.
● Internet das coisas, integração de serviços e interação social: o que esperar da Web
4.0. Disponível em: https://cutt.ly/kLlTEuy. Acesso em: 10 jul. 2022.

ATIVIDADE 3
Objetivo
● Os estudantes demonstram maneiras de identificação e atuação de diferentes grupos
dentro do ambiente virtual.
Eixos Estruturantes
● Mediação e Intervenção Sociocultural.
Introdução
Semana 9: 2 aulas
Professor, propomos que por meio de uma aula expositiva dialogada, seja abordado que ao
se tratar de identidade, por ser um conceito muito amplo, existem diferentes formas de
entendimento, tendo em vista que, em grande parte, ela é formada não apenas pela própria
construção individual da pessoa humana, mas também sofre grande influência coletiva, a
partir das trocas sociais, culturais, históricas e geográficas. Para desenvolvimento desse
conceito, sugerimos que seja feito uma atividade em um espaço mais amplo da escola, como
no pátio ou na quadra de esportes. A ideia é que você dê alguns comandos e os(as)
estudantes responderão ao que você diz se posicionando em determinados lugares do
espaço ou mesmo fazendo determinadas ações para verificar quais os elementos de
identificação e identidade podem aparecer. Oriente-os(as) também a olharem uns para os
outros depois de realizar os comandos. Propomos que a atividade comece com a seguinte
frase: Vamos representar o nosso lugar? Quem é a nossa sala? A partir de comandos, dê
tempo a eles para se posicionarem ou realizarem as ações descritas, como por exemplo:

● Quem gosta de videogame, finja estar jogando em um controle imaginário. Quem não
curte, fique sentado fingindo estar entediado.
● Quem gosta de dançar faz um passinho, os demais fiquem sentados.
● Quem gosta mais do Instagram, simule uma selfie; os demais, (...)

Nessa atividade, professor, sugira aos estudantes que acionem comandos que seguem a
lógica desenvolvida. Ao final, pode chegar a uma definição (que podem ser variadas) de
identidade juntamente com a turma, bem como a problematização do autoconhecimento e do
reconhecimento de múltiplas identidades.
Desenvolvimento
Semanas 10 e 11: 4 aulas

Professor, para dar início a abordagem das Identidades Digitais uma sugestão que traz de
imediato uma maior identificação com os estudantes, tendo em vista que muitos deles já
fazem parte de diferentes grupos, é levantar a seguinte questão norteadora: O seu “Eu”
social é o mesmo “Eu” no digital?”. Essa questão pode ser explicada a fim de compreender
que em algumas situações, as pessoas podem assumir posturas diferentes, relacionadas
principalmente ao seu modo de expressão, dentro de ambientes virtuais devido a sensação de
maior liberdade que esse meio acaba transparecendo. É interessante fazer uma roda de
conversa e problematizar questões relacionadas a intolerância que acabam ganhando
notoriedade dentro desse meio, algumas notícias ou recortes de postagem de redes sociais
podem ser apresentadas nesse momento. Mesmo com a diversidade de perfis na internet,
ainda assim é possível traçar algumas características em comum entre os usuários.
Propomos então, a partir do uso da metodologia ativa de gamificação, que a turma seja
dividida em grupos e executem a atividade “Jogo da memória das identidades da rede”, no
qual eles terão como função de encaixar as principais características dentro de cada rede
social.

Para a elaboração dos pares de cards do jogo, sugerimos que em um deles seja escrito o
nome da rede social, e no outro as principais características dos usuários dessa rede (pode
ser utilizada a internet nesse momento para auxiliar nas definições, caso seja possível). Na
jogabilidade, os cards devem ficar com as descrições viradas para baixo onde um jogador de
cada vez deve achar o par correspondente a rede social que foi escolhida e, caso o par esteja
correto ele tem a oportunidade de jogar novamente. Propomos que depois de finalizada a
produção dos jogos, os estudantes troquem os conjuntos de cards entre os grupos e tentem
fazer os pares corretos de acordo com as ideias que foram pensadas pelos outros colegas. Ao
final dessa aula, sugerimos que seja feita uma análise conjunta com os estudantes sobre as
características presentes nos jogos e pedido para eles relatarem quais foram às dificuldades e
estratégias utilizadas para definir os perfis digitais de cada rede social.

Sistematização
Semana 12: 2 aulas

As etapas no decorrer dessa atividade auxiliaram na metodologia ativa de sala de aula


invertida, tendo em vista que o conceito chave de cada momento foi sendo conduzido e
concluído pelos estudantes. Desse modo, sugerimos que a sistematização da temática aqui
trabalhada seja feito a partir da elaboração de um mapa mental em que, a partir do conceito
“Identidade”, seja pontuado os principais fatores formadores e os padrões de identidade digital
que podem ser identificados a partir dos padrões existentes nas redes sociais. Considerando
essas questões, o resultado da pode levar os estudantes a compreender que ao se tratar de
identidade se leva em consideração não apenas os gostos, ações e atitudes pessoais, mas
envolvem de forma ampla o processo histórico e de desenvolvimento geográfico do lugar
onde se vive, as interações com diferentes grupos sociais, as relações de classe, cultura,
entre outros. Além disso, o olhar sobre o contexto digital ajuda a entender padrões de
comportamento e engajamento que são desenvolvidos na próxima atividade do material
pedagógico.
Avaliação
● Professor, no percurso da atividade, é possível avaliar o engajamento dos estudantes
nas propostas apresentadas. Sendo assim, observe se refletiram e compreenderam a
importância dos valores éticos na comunicação. Além disso, verifique como se
apropriaram dos documentos oficiais discutidos durante a aula para embasar as
atividades, o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros e a Lei de Acesso à
Informação. Por fim, analise se demonstram participação na pesquisa e na construção
do painel coletivo proposto na sala de aula.
Saiba Mais
● HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Tradução: Tomaz Tadeu da Silva
& Guaciara Lopes Louro. Rio de Janeiro: Lamparina, 2014.
● SILVA, G. P. Noções de Identidade de Stuart Hall e o Diálogo com o Patrimônio Cultural
Imaterial. Disponível em: https://cutt.ly/vZWaOVW. Acesso em 01 de ago. de 2022.
● Vídeo: Identidade nacional. Disponível em: https://cutt.ly/QZWaNcP. Acesso em 01 ago. 2022.

ATIVIDADE 4
Objetivo
● Os estudantes comparam mecanismos de influências digitais e sua relação com o
público alvo.
Eixos Estruturantes
● Processos Criativos.
Introdução
Semana 13: 2 aulas
Professor, essa etapa terá como principal objetivo comparar os mecanismos de influências
digitais e como eles agem sobre o público alvo principalmente no que tange aos diferentes
tipos de influência que podem ser encontradas dentro do meio digital.

Para dar início a essa temática, sugerimos que seja feita uma sensibilização com os
estudantes a partir de uma roda de conversa: Quem são os influenciadores digitais que
vocês mais admiram/gostam? “Por quais motivos você consome o conteúdo dele,
Existe algum padrão de linguagem e ferramentas que os influenciadores possuem em
comum? Após a exposição feita pelos estudantes, propomos que seja escrito na lousa três
palavras-chave que irão nortear as próximas etapas das atividades. Com isso, o objetivo aqui
sugerido visa instigar os estudantes a relacionarem a presente temática com as
aprendizagens apresentadas nas atividades anteriores, bem como relacionar com outras
propostas do caderno pedagógico.

Sugerimos que, a partir de uma aula expositiva dialogada, seja abordado com os estudantes
as consequências do uso mais constante das redes sociais, bem como outras plataformas
que favorecem a interação com o público. É muito comum perceber diferentes formas de
interação, posto que, cada pessoa tem posturas e ideologias próprias, peculiares e diferentes.
Assim, podemos discordar das opiniões alheias, todavia, respeitando-as. Os processos
relacionados a questões de desinformação (abordados pelos módulos 1: Jornalismo,
Imprensa e Democracia, 2: Comunicação e Tecnologias da Informação e 3: Informação e
Desinformação), também acabam sendo compreendidos dentro dos eixos relacionados à
influenciadores e algoritmos, o que facilita o processo de compartilhamento de notícias ou
informações que não correspondem à realidade.

Propõe-se que a turma seja dividida em grupos em que cada um deles deverá responder a
partir de frases ou textos curtos as seguintes questões norteadoras: O que você está
fazendo? O que você está pensando? Cada grupo irá responder essas perguntas como se
fosse uma postagem de uma mídia social, podendo usar hashtags e outros elementos que
são comuns de serem visualizados e que auxilie no engajamento da publicação. Como
desafio, pode ser sugerido que os grupos escrevam essas postagens a partir de temas.
Finalizado esse momento, é interessante que os grupos apresentem as suas postagens,
explicando sobre os elementos que utilizaram para gerar engajamento, e em seguida, os
colegas da turma elegem as que consideram mais engajadoras.

Desenvolvimento
Semanas 14 e 15: 4 aulas
A presente etapa procura favorecer o entendimento sobre como os algoritmos favorecem o
poder na rede, que pode ser entendido como os atores que já estão inclusos no meio digital e
que possuem capacidade de influência de alguns usuários sobre outro, como por exemplo,
influenciadores, perfis de alguns políticos, produtores de conteúdo, enfim, usuários que detém
determinados atributos que proporcionam a eles essa capacidade de influência. Sugerimos
que por meio de uma aula expositiva dialogada, seja apontado para os estudantes que existe
um certo desafio de se pensar criticamente sobre as relações de poder nas redes, já que
estamos falando de infraestruturas muitas vezes imperceptíveis e invisíveis para nós. Nesse
momento, pode instigar os estudantes a darem exemplos sobre o que são essas
infraestruturas, no sentido de imaginarem e proporem questões internas de grandes empresas
e instituições que envolvem a manipulação de dados na rede.

Para uma exemplificação do poder de atuação do algoritmos (sugerimos o acesso a esse site
para aprofundamento: https://cutt.ly/VZWz551. Acesso em 01 ago. 2022), que podem ser
entendidos como um sistema computacional que identifica padrões de publicações que são
entregues a mais ou menos usuários, sugerimos que seja solicitado, caso seja possível o uso
aos celulares dos estudantes ou computadores da escola, em que propomos o acesso a
redes sociais, plataforma de compartilhamento de vídeos e portais de notícias para a
verificação de anúncios e publicações. Nesse momento, a turma pode ser dividida em grupos
e a coleta de dados ser sistematizada preferencialmente de forma escrita e individual a partir
dos seguintes pontos: Qual relação entre os anúncios e sugestões e o conteúdo que
você consome? Há algum tipo de anúncio baseado em uma pesquisa que você fez
recentemente? Qual é a relação entre os anúncios que apareceram para você e os seus
colegas? Ao final, o grupo pode compartilhar entre si as percepções que foram coletadas.
Propomos que na sequência, a partir da metodologia ativa de estudo de caso, seja
compreendido como a globalização amplia a noção de espaço por conta da digitalização de
produtos e o acesso a diferentes tipos de produtos por meio digital (lojas e restaurantes). Por
fim, sugerimos a elaboração de um mapa temático em que cada grupo tenha em mãos um
Mapa-múndi. Para realização da atividade, os estudantes terão que alocar alguns elementos
essenciais de um mapa (Título, Legenda, Orientação) e a partir de uma pesquisa, coletar e
localizar os seguintes pontos:

a. Localização das principais empresas de tecnologia (sugerimos as Big Techs


disponível em: https://cutt.ly/gZ3Nn3s. Acesso em: 01 ago. 2022), sedes e
escritórios espalhados pelo mundo;
b. Redes sociais mais utilizadas em cada continente;
c. Maiores influenciadores digitais do mundo. Pode ser feito um recorte a partir
da escolha e uso de uma rede social específica.

Professor, a partir do levantamento de dados confiáveis, o intuito de tal pesquisa é chamar a


atenção de como eles estão distribuídos nos continentes. Propomos que circule grupo a grupo
para auxiliar na organização dos elementos do mapa, pois pode ajudar a nortear os processos
de escolha para melhor espacialização dos fenômenos, como por exemplo no uso de cores e
símbolos. Para concluir, sugere-se a reflexão com os estudantes sobre a temática, pontuando
que, com a globalização e o aperfeiçoamento das tecnologias digitais, as fronteiras (físicas,
políticas, econômicas) tornaram-se tênues, caracterizando assim, a mundialização do
mercado consumidor. Professor, reforce a necessidade de realizar pesquisas com critérios e
acesso a sites confiáveis. Esses cuidados permitem o mapeamento de perfis e padrão de
consumo de conteúdos e produtos, que podem definir estratégias de atuação em diferentes
territorialidades.

Sistematização
Semana 16: 2 aulas
Professor, com o objetivo de realizar uma atividade de verificação de aprendizagem,
propomos uma dinâmica, que parte da metodologia de gameficação (sugestões de como
realizá-la em https://cutt.ly/vZPj4sV. Acesso em 03 ago. 2022), em que os estudantes irão
definir os conceitos e principais temas desenvolvidos. Com uma cadeira na frente da lousa em
que um estudante ficará sentado de frente para a sala, retome escrevendo alguns conceitos e
fenômenos como por exemplo os algoritmos, influenciadores , redes sociais e outros a partir
da escrita no quadro. Os colegas devem dar dicas para o voluntário que estará sentado na
frente que terá o objetivo adivinhar qual conceito/palavra eles estão se referindo, sendo
interessante diversificar o máximo possível os estudantes participantes. Ao final, propomos
que seja discutido que as grandes empresas de serviços e tecnologia, geralmente estão
concentradas em territórios que forneçam condições para a ampliação do seu mercado
consumidor, utilizando-se dos dados coletados armazenados, analisados e vendidos à
terceiros, que traçam diferentes perfis dos seus usuários, sendo utilizados até mesmo na
influência da atividade política (marketing ou publicidade nas eleições).
Avaliação
● Professor, sugere-se que a avaliação considere o desenvolvimento do trabalho em
equipe entre os estudantes , bem como a organização e sistematização dos dados e
informações que serão coletados. É interessante verificar a participação nas
discussões, bem como a execução de tarefas por todos os integrantes do grupo. Na
sistematização final, sugerimos que, caso seja necessário, seja retomado e
apresentado definições que a turma não tenha plena compreensão.
Saiba Mais
● TONETTO, Élida Pasini; TONINI, Ivaine Maria. Redes sociais nas práticas escolares
da Geografia. Pesquisar: Revista de Estudos e Pesquisas em Ensino de Geografia,
Florianópolis, v. 1, n. 1, p. 168-165, out. 2014.
● Vídeo: Qual é o papel do influenciador digital? Disponível em: https://cutt.ly/HXpPqSC.
Acesso em 01 ago. 2022.

ATIVIDADE 5
Objetivo
● Os estudantes elaboram medidas alternativas para a saída de bolhas informacionais
para o desenvolvimento de um olhar crítico e abrangente.
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica, Processos Criativos e Mediação e Intervenção Sociocultural.
Introdução
Semana 17: 2 aulas
Professor, o objetivo dessa última etapa é a de potencializar a reflexão dos estudantes sobre
os conceitos de “bolhas informacionais”, Como elas são elencadas e relacionadas à
convivência digital, e como impactam nas relações sociais, a partir do processo de exclusão.
Nesse contexto, juízo de valores, opiniões e posicionamentos construídos, por meio de
ferramentas digitais, podem afetar a forma de analisar as informações e interações sociais, ao
lidarmos com ideias diferentes. Com o intuito de auxiliar os estudantes a identificarem esse
conceito e seus impactos no consumo e divulgação de informações; professor, inicie a
atividade apresentando a definição de "bolhas informacionais", a partir do conceito que segue:

Bolha informacional: Ambiente, especialmente online, em que as pessoas são


expostas apenas a informações e opiniões que confirmam aquilo em que já
acreditavam. A bolha informacional é um viés construído pelos algoritmos a
partir de nossos hábitos e pesquisas na internet. Disponível em: Educamídia.
https://cutt.ly/wZRaWf8. Acesso em 02 ago. 2022.

Em seguida, propomos as seguintes perguntas norteadoras para a discussão: Quais são os


principais riscos da existência das bolhas informacionais?Por quais motivos é
confortável estar presente em uma delas? e Quais são as consequência à presença das
bolhas informacionais podem trazer a sociedade? Professor, é importante elucidar, em
conjunto com os estudantes, que muitas informações falsas e a naturalização de ações
intolerantes afetam o modo sobre como as pessoas escolhem agir, se posicionar e interagir no
meio em que vivem, o que acaba trazendo consequências até mesmo em momentos de
escolha dos governantes e de forma indireta no desenvolvimento de políticas públicas. Dentro
dessa mesma discussão, é importante relacionar que esse conjunto de informações
circulantes dentro de uma mesma bolha sofrem processos de intensificação por conta de
algoritmos e influenciadores digitais, sendo aqui uma oportunidade de retomada de
discussões anteriores dentro dessa atividade temática.

Sugere-se que os estudantes organizem uma roda de conversa, e identifiquem as bolhas


principais das quais eles se sentem parte, onde cada um pode fazer um breve relato oral
sobre a percepção que possuem de si mesmos. É interessante que eles verifiquem que a
presença dessas bolhas não só na esfera de posicionamento político, mas também em
relação a gostos musicais, preferências por séries/jogos, ou então por seguirem determinado
influencer digital ou rede social de algum artista. Uma folha sulfite pode ser distribuída para
cada estudante. Em seguida, solicite para que desenhem um círculo grande, escrevendo
dentro dele as características que existem dentro dessa bolha, a forma de interação entre os
usuários e como eles podem ser identificados. Um tempo final pode ser reservado para que
os estudantes apresentem as suas “bolhas” uns aos outros, entregando para você professor
no final da aula.
Desenvolvimento
Semanas 18 e 19: 4 aulas
Ao se tratar de bolhas informacionais é possível relacionar com outros elementos que foram
discutidos ao longo deste módulo “Comunicação e Tecnologias da Informação''. Professor,
retome as aprendizagens da atividade da última aula. Ela traz um exemplo de como as bolhas
informacionais das quais fazemos parte, muitas vezes, podem auxiliar na identificação do
nosso tipo de identidade, mesmo que no campo digital. Desse modo, a partir de uma
avaliação oral, analise se os estudantes compreendem a noção de estarem dentro de um
círculo social e/ou digital onde é limitado o acesso e espaço para diferentes tipos de assunto e
opiniões.
Propõe-se a formação de grupos de estudantes, e dar continuidade às etapas da atividade. O
objetivo principal é criar um espaço seguro para que os estudantes debatam ideias e
argumentos sobre as discussões que são moldadas dentro das bolhas informacionais, bem
como as redes sociais. A atividade busca fortalecer ou apresentar conteúdos, a partir de
algoritmos, que irão fomentar essas bolhas. Uma ideia é selecionar um ou mais grupos para
elaborar questões para melhor entender os pontos favoráveis e contrários dentro das
temáticas.
Para isso, cada grupo irá desenvolver 5 argumentos que fortaleçam o posicionamento de
temas centrais selecionados pelos estudantes ou por você professor (como sugestões podem
ser abordados temas como maioridade penal, reconhecimento do funk como cultura,
alimentação orgânica, entre outros) . Considerando a metodologia ativa sala de aula invertida,
pode-se acessar textos, vídeos e/ou reportagens sobre os temas escolhidos para que se
tenha um aprofundamento para a melhor escrita argumentativa. Ao final desse momento, os
estudantes podem compartilhar com a turma sobre as facilidades e dificuldades encontradas
dentro da atividade. O processo de compartilhamento dos argumentos pode ser utilizado a
metodologia de rotação por estações adaptada, para isso é interessante reorganizar a sala ou
fazer um espaço aberto para que os grupos possam se sentar formando círculos (que
poderão ser chamados de bolhas informacionais). Para a dinâmica das rotações, propomos
os seguintes momentos:

1º Momento: os estudantes do grupo que elaboraram as questões rotacionam entre as


bolhas para receber os argumentos que foram feitos e fazem as perguntas para a
melhor compreensão dos posicionamentos.

2º Momento: o Grupo Questionador é dividido e direcionado até as bolhas, onde eles


discutem e apresentam os pontos de vistas da posição contrária ou favorável a bolha
informacional da qual está relacionada.

3º Momento: os membros das bolhas escolhem se permanecem nas mesmas ou se


decidem “furar” a bolha, se direcionando à uma outra ou se ficam fora delas.

4º Momento: Roda de conversa sobre consequências da convivência entre e fora das


bolhas. Instigar para que tragam os impactos de convivência do contato constante com
determinado tipo de bolha informacional e as consequências da visão limitadora que
essa ação pode trazer ao não se ter conhecimento e interação com outros pontos de
vista.

Além disso, professor, pode ser perguntado aos estudantes que optaram por “furar” suas
bolhas e não mais entrar em outras e o porquê deste movimento. “Qual é o caminho para
garantir que as bolhas não limitem o nosso convívio?". Espera-se que os estudantes
consigam compreender que a “saída” das bolhas informacionais auxiliam no olhar de
diferentes perspectivas em torno de variados temas, fazendo com que o olhar crítico e
reflexivo seja desenvolvido. Outra reflexão que pode ser abordada, nesse sentido, outra
reflexão que pode ser abordada nesse sentido, a partir da retomada das discussões
anteriores, é ressignificar o uso das TDICs no sentido de compreender como as diferentes
identidades nas redes digitais interagem e muitas vezes entram em conflito devido a
existência de bolhas informacionais que são conflitantes.
Sistematização
Semana 20: 2 aulas
Para a sistematização dos conhecimentos trabalhados na atividade, reserve um momento
para devolver a folha com as bolhas individuais que foram criadas na Semana 1, sugerimos
os estudantes leiam atentamente todas as informações que foram registradas propondo que
seja listado sobre as ações que podem ser tomadas individualmente para buscar a tolerância
dentro e fora das bolhas informacionais. A partir do conhecimento que foi construído ao longo
das atividades, propomos que seja feito o convite para os estudantes refletirem sobre como as
bolhas ao mesmo tempo que conectam interesses, muitas vezes acabam excluindo indivíduos
com visões alternativas ou não familiarizados com os elementos ali presente. Por fim,
sugerimos que individualmente seja produzido uma charge ou tirinha, preferencialmente em
folha sulfite, para exposição em algum espaço comum da escola, que tenha como tema
“Furando a bolha”. O objetivo dessa proposta é colocar como as TDICs, influenciadores
digitais e uso das redes sociais podem ser potencializadores de olhares mais empáticos e
críticos em torno de diferentes temáticas.

Avaliação
● Nesta última atividade, Professor, é importante o olhar amplo sobre o desenvolvimento
e aprendizagem dos estudantes. Verifique se as associações das atividades propostas
levaram em consideração os conceitos e fenômenos que foram abordados durante as
aulas, bem como a participação nas discussões em grupos a partir da escuta ativa e
empática. Por fim, analise se o produto final levou em consideração o olhar crítico e a
apresentação de propostas direcionadas ao objetivo da atividade.
Saiba Mais
● FREITAS, Cinthia Obladen de Almeida; SIVINI FERREIRA, Heline; CAVEDON,
Ricardo. A bolha informacional e os riscos dos mecanismos de busca na
personalização do usuário de internet: reflexões sobre o direito à autodeterminação
informacional. Revista Brasileira de Direito, Passo Fundo, v. 16, n. 3, p. 1-24, dez.
2020.
● GOUVEIA, Luis Manuel Borges; GAIO, Sofia. Sociedade da Informação: balanço e
oportunidades. Edições Universidade Fernando Pessoa, 2004.
● Vídeo: Bolha Social. Disponível em: https://cutt.ly/CZTJsOm. Acesso em: 02 ago. 2022.
● Bolhas da informação: o que são e como sair delas? Disponível em:
https://cutt.ly/YZTJbhW. Acesso em: 02 ago. 2022.

MÓDULO
Informação e Desinformação
Área do Conhecimento
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Perfil do Professor
Língua Portuguesa, Filosofia, Geografia, História, Sociologia
Carga horária total
30 horas
Carga horária semanal
2 horas
Descrição
A discussão promovida neste módulo tem como objetivo principal verificar os meios de acesso
à informação, os dados e conteúdos disponibilizados pelas plataformas digitais. A investigação
e a checagem das informações desempenham papel importante na vida pessoal e coletiva,
fortalecendo a cultura de igualdade, liberdade e respeito à diversidade. Os conteúdos
presentes oportunizam concepções para a compreensão de temáticas que envolvem os canais
de informação, a apuração e o exame minucioso e sistemático dos fatos. Além disso, suscita o
pensamento crítico em relação aos teores falsos e sensacionalistas das notícias que, muitas
vezes, contribuem com a desinformação. Este módulo está estruturado, principalmente, no
eixo de Processos Criativos. Ainda, contempla determinadas habilidades do Eixo Estruturante
de Processos Criativos.
Objetos de conhecimento
Canais de informação; gêneros textuais; investigação das informações em fontes diversas;
monitoramento e checagem de conteúdo; opinião pública e influência na vida dos indivíduos;
excesso de informação e o mundo virtual.
Objetivos das atividades
1: Os estudantes reconhecem o gênero textual informativo e refletem sobre os meios de
consumo de informação.
2: Os estudantes analisam textos baseados em fatos e em opiniões e refletem sobre como os
valores pessoais interferem na análise e compartilhamento de informações.
3: Os estudantes reconhecem ferramentas de checagem de informações e as utilizam para
identificar notícias verdadeiras e falsas.
4: Os estudantes identificam o conceito de bolhas informacionais e seus impactos no consumo
e divulgação de informações.
5: Os estudantes elaboram um vídeo-tutorial sobre o consumo de informação no meio virtual,
alertando sobre o seu impacto na opinião pública e sobre a importância de fazer a checagem
constante.
Competências e Habilidades da Formação Geral Básica a serem aprofundadas: 1,2,3,4 e
5.
EM13LGG101: Compreender e analisar processos de produção e circulação de discursos, nas
diferentes linguagens, para fazer escolhas fundamentadas em função de interesses pessoais e
coletivos.
EM13LGG202: Analisar interesses, relações de poder e perspectivas de mundo nos discursos
das diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e verbais), compreendendo
criticamente o modo como circulam, constituem-se e (re)produzem significação e ideologias.
EM13LGG302: Posicionar-se criticamente diante de diversas visões de mundo presentes nos
discursos em diferentes linguagens, levando em conta seus contextos de produção e de
circulação.
EM13LGG401: Analisar criticamente textos de modo a compreender e caracterizar as línguas
como fenômeno (geo)político, histórico, social, cultural, variável, heterogêneo e sensível aos
contextos de uso.
EM13LGG502: Analisar criticamente preconceitos, estereótipos e relações de poder presentes
nas práticas corporais, adotando posicionamento contrário a qualquer manifestação de
injustiça e desrespeito a direitos humanos e valores democráticos.
Eixos Estruturantes e suas Competências e Habilidades: Investigação Científica e
Processos Criativos.

EMIFLGG01: Investigar e analisar a organização, o funcionamento e/ou os efeitos de sentido


de enunciados e discursos materializados nas diversas línguas e linguagens (imagens
estáticas e em movimento; música; linguagens corporais e do movimento, entre outras),
situando-os no contexto de um ou mais campos de atuação social e considerando dados e
informações disponíveis em diferentes mídias.
EMIFCHSA05: Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos para resolver
problemas reais relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica,
filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.
EMIFLGG06: Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas
reais, utilizando as diversas línguas e linguagens (imagens estáticas e em movimento; línguas;
linguagens corporais e do movimento, entre outras), em um ou mais campos de atuação
social, combatendo a estereotipia, o lugar comum e o clichê.
Referências Bibliográficas

ALMEIDA, Ivan. A liberdade de informação jornalística e a democracia. Politize! Florianópolis,


13 abr. 2022. Disponível em: https://cutt.ly/5LTUGJz. Acesso em: 14 jul. 2022.
BARBOSA, Marialva. História da Comunicação no Brasil. Petrópolis: Editora Vozes, 2013.
BRITTO, Danielle. Qual a importância da democracia? Politize! Florianópolis, 25 out. 2021.
Disponível em: https://cutt.ly/3LYs90Z. Acesso em: 14 jul. 2022.
Editora UNESP. Confira o conceito de Alienação, explicado por Giddens e Sutton.
Disponível em: https://cutt.ly/jZAt7bI. Acesso em: 04 ago. 2022.
FERRARI, Ana Claudia, OCHS, Mariana; MACHADO, Daniela. Guia da Educação Midiática. 1.
ed.São Paulo: Instituto Palavra Aberta, 2020. Disponível em: https://cutt.ly/mLTRy0e. Acesso
em: 14 jul. 2022.
FERREIRA, Bruno. Como reconhecer fake news e identificar informações confiáveis.
EducaMídia, 23 jun. 2022. Disponível em: https://cutt.ly/eZ0QrEx. Acesso em: 06 jul. 2022.
KARAM, Francisco José Castilhos. Jornalismo, ética e liberdade. Summus Editorial, 2014.
MACHADO, Daniela. Somos todos jornalistas. EducaMídia, 10 out. 2019. Disponível em:
https://cutt.ly/JZ0bYHC. Acesso em: 06 jul. 2022.
PEIXOTO, Andrea Stefani. Lei de Proteção de Dados: entenda em 13 pontos! Politize!
Florianópolis, 14 jan. 2020. Disponível em: https://cutt.ly/TLVis3P. Acesso em: 18 jul. 2022.

ATIVIDADE 1
Objetivo
● Os estudantes reconhecem o gênero textual informativo e refletem sobre os meios de
consumo de informação.
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica.
Introdução
Semana 1: 2 aulas
Professor, a primeira atividade deste módulo está baseada nos eixos de Investigação
Científica e Processos Criativos e tem como objetivo auxiliar os estudantes a reconhecerem
textos informativos e refletirem sobre os meios de consumo de informação. Para isso, a
metodologia ativa sugerida é a aprendizagem em pares (https://cutt.ly/cLKxMwW) e o produto
final proposto é um questionário investigativo sobre a relação dos estudantes com as
informações que recebem e compartilham, e quais canais de comunicação mais utilizam.

Para sensibilização sobre a pauta, sugerimos que apresente à turma as duas frases a seguir:

Frase 1: “A motivação de 55% das pessoas que fizeram rinoplastia em 2017 foi
o desejo de sair melhor em selfies.”

Frase 2: “Estar o tempo inteiro clicando autorretratos muda a forma como nos
vemos e como nos achamos bonitos ou feios"

EIRAS, Natália. Os filtros do instagram estão mudando a nossa aparência na


vida real? Revista ELLE Brasil, 20 mai. 2020. Disponível em:
https://cutt.ly/uXrFfeI. Acesso em: 12 ago. 2022.

Após a apresentação, sugerimos as seguintes perguntas de sensibilização: Qual é a


diferença entre ambas? Que tipo de conteúdo elas apresentam? Elas apresentam dados
reais (fatos) ou opiniões?. A ideia é que a turma reconheça que a frase 1 tem caráter
informativo, enquanto a frase 2 possui caráter opinativo. Em seguida, sugerimos a construção
coletiva de um mapa mental (https://cutt.ly/XLc0twu) sobre o tema “textos informativos”. A
ideia é que cada estudante receba uma folha e algumas canetas coloridas, registre no centro
o termo “textos informativos" e, a partir de perguntas, insiram o que caracteriza esse tipo de
texto. Como sugestões de perguntas, podemos citar: O que é um texto informativo? e
Quais são os tipos de textos informativos que encontramos em nosso cotidiano?

A partir das respostas dos estudantes, sugerimos que você, professor, em uma aula
expositiva dialogada, aprofunde algumas reflexões acerca das principais características dos
textos informativos, complementando o que os estudantes levantaram a partir das perguntas.
Como é um tema já trabalhado anteriormente no Currículo em Ação, é interessante levantar o
repertório de conhecimentos que os estudantes já possuem sobre o tema e, a partir deles,
propor discussões.
Desenvolvimento
Semanas 2 e 3: 4 aulas
Após as reflexões iniciais sobre textos informativos, sugerimos que os estudantes se unam
em duplas e elaborem um questionário sobre a relação das pessoas com as informações que
recebem e compartilham, quais canais de comunicação mais utilizam e se o conteúdo que
mais acessam é informativo ou não. A ideia é que elaborem perguntas que possam ser
utilizadas em uma entrevista, pois o objetivo é que o questionário, de fato, tenha essa
finalidade no momento seguinte. Para auxiliar a turma na elaboração, uma opção é sugerir
que usem os pronomes interrogativos (quais, quem, onde, quando e por quê) em algumas
delas. Como sugestões, podem utilizar: Quais são os meios de comunicação que você
utiliza? Quem faz parte da sua rede de comunicação e informação? Onde você busca
informações? Quando você costuma acessar esses meios de comunicação para se
informar? Por que você escolhe esses meios de comunicação?

Com as perguntas elaboradas, sugerimos que as duplas se unam em quartetos para que a
entrevista aconteça. O objetivo é que uma dupla faça o papel de entrevistador e a outra a de
entrevistado. Quando as perguntas finalizarem, eles trocam os papéis.

Ao fim dessa segunda rodada, sugerimos que os quartetos voltem a atenção às respostas
obtidas e tracem um perfil a partir delas. Ou seja, a ideia é que eles observem os dados, o
que eles têm em comum e, a partir disso, criem uma espécie de persona, um termo usado no
meio publicitário que, em palavras simples, é como se fosse um personagem semi fictício,
baseado em comportamentos e dados reais. Para auxiliá-los nesse processo, sugerimos que
instigue-os com perguntas, como: Qual é o meio de comunicação que essa pessoa mais
utiliza? e Através de quais meios essa pessoa se informa?
Sistematização
Semana 4: 2 aulas
Com os perfis traçados, sugerimos que você, professor, apresente à turma alguns dados
sobre o consumo de informação dos brasileiros na atualidade, que podem ser conferidos no
artigo disponível no campo Saiba Mais. Os dados, obtidos por uma pesquisa do Reuters
Institute (um centro de pesquisa inglês com foco em jornalismo), revelam, por exemplo, que
43% dos entrevistados utilizam o Youtube como principal fonte de notícias e informação,
enquanto 41% utilizam o Whatsapp. A ideia de compartilhar esses dados é comparar o perfil
do brasileiro da pesquisa com os perfis traçados pelos estudantes.
Para isso, sugerimos que cada grupo apresente o seu, e, em seguida, haja esse momento
comparativo, que pode acontecer a partir de perguntas orientadoras, como: Os perfis dessa
turma tem mais coisas em comum ou menos em comum com o perfil de brasileiro da
pesquisa? O que é semelhante? O que é divergente? Quais são as possíveis hipóteses
para esses resultados? Por que será que o Youtube é mais acessado que o
Whatsapp?.Para finalizar, e com o objetivo de relacionar com o tema da atividade seguinte,
sugerimos que termine a discussão com a pergunta: Os meios de comunicação citados
aqui possuem mais informações baseadas em dados ou em opiniões?

Avaliação
● Professor, sugerimos que a avaliação seja qualitativa e processual. Para isso, a ideia é
que você acompanhe o engajamento dos estudantes nas discussões propostas e na
elaboração coletiva do mapa mental, a fim de verificar se a comunicação tem se dado
de maneira respeitosa e democrática. Além disso, sugerimos que acompanhe o
processo de elaboração do questionário, a fim de verificar se as perguntas estão
alinhadas à proposta e seguem a norma padrão da Língua Portuguesa.
Saiba Mais
● Canaltech. Brasileiro se informa mais pelo Youtube do que pelo Whatsapp.
https://cutt.ly/YLK26m4. Acesso em: 18 jul. 2022

ATIVIDADE 2
Objetivo
● Os estudantes analisam textos baseados em fatos e em opiniões e refletem sobre
como os valores pessoais interferem na análise e compartilhamento de informações.
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica e Processos Criativos.
Introdução
Semana 5: 2 aulas
Professor, a atividade 2 também se aplica aos eixos de Investigação Científica e Processos
Criativos e tem como principal objetivo despertar nos estudantes um olhar mais atento para
textos baseados em fatos e textos e em opiniões, a fim de verificar como os valores pessoais
interferem na análise e compartilhamento de informações. Para isso, sugerimos um breve
momento expositivo seguido por uma gincana em grupos.

Para iniciar com uma sensibilização sobre o tema, sugerimos que distribua para a turma
alguns post-its e divida o quadro em duas partes, informando que uma delas diz respeito ao
conceito de fato e a outra ao conceito de opinião. A ideia é pedir para que os estudantes
pensem em uma palavra que defina ou se relacione a cada um dos conceitos e escrevam no
post-it, colando do lado correspondente do quadro logo em seguida. O objetivo é criar um
mural de palavras sobre cada conceito. Ao finalizarem, propomos que, a partir do que foi
apontado pelos estudantes, aconteça um momento expositivo dialogado sobre os temas,
compartilhando o que cada conceito representa:

Fato: Circunstâncias, situações acabadas ou que estão prestes a acontecer,


eventos.
Opinião: Modo de pensar; aquilo que se pensa em relação a um assunto ou
pessoa; parecer ou ponto de vista.

Além dos conceitos, sugerimos também que proponha uma reflexão acerca de como eles
estão relacionados aos nossos meios de comunicação, fazendo referência ao tema da
atividade anterior, e como eles podem interferir no consumo de informação hoje em dia, no
exercício da cidadania e na construção da democracia. É uma oportunidade de compartilhar
sobre os textos jornalísticos, que têm a intenção de informar algo e que se dividem em
gêneros informativos (notícias e reportagens) e gêneros opinativos (editorial, artigo e crítica).
Desenvolvimento
Semanas 6 e 7: 4 aulas
Com o objetivo de potencializar o olhar dos estudantes para elementos discursivos que
remetem a textos informativos e textos opinativos, sugerimos que seja utilizada a metodologia
de rotação por estações. A ideia é que a turma seja dividida em cerca de 6 grupos, que serão
as estações, e que cada estação receba um texto para que os estudantes identifiquem os
elementos textuais que comprovem se trata-se do gênero informativo ou opinativo, como:
Qual é o tema do texto? Há dados que comprovam as afirmações do texto? Há
especialistas que comprovam as afirmações? Qual é o posicionamento do autor do
texto sobre o assunto? É possível identificar se é uma opinião positiva ou negativa
sobre o assunto? Para isso, professor, sugerimos que façam uma leitura coletiva e
transcrevam essas evidências em uma folha à parte, evitando que o grupo seguinte veja quais
foram os apontamentos feitos. Após tempo determinado, a sugestão é de que os grupos se
movimentem até a estação seguinte, para repetir o processo.
Para familiarizar a turma com os dois tipos de texto, sugerimos que três estações contem com
os opinativos e três com os informativos. Algumas sugestões de textos opinativos são: “Um
hit em 15 segundos: Como o TikTok, uma plataforma de dança e dublagem, mudou
nossa forma de consumir música” (https://cutt.ly/gZutsv4), “Algumas lições sobre o
TikTok: Crescimento da plataforma entre crianças e adolescentes tem despertado a
preocupação de players já estabelecidos no mundo das redes sociais”
(https://cutt.ly/ZZuyrBD) e “Geração TikTok: de volta à massa?” (https://cutt.ly/wXpUMUF).
Já para textos informativos, sugerimos: “Como o TikTok atua no cérebro e vicia jovens em
seus vídeos curtos” (https://cutt.ly/vZueZyA), “Querem sua atenção! Como redes sociais
usam a dopamina para te viciar” (https://cutt.ly/KZurh6p) e “TikTok dá mais controle a
pais de crianças e adolescentes que usam a plataforma” (https://cutt.ly/1Zusxpq). Mas
encorajamos que essa escolha fique a seu critério, professor.
Após todas as rotações, sugerimos que a turma permaneça em grupos para a dinâmica da
gincana. A ideia é que 4 mesas sejam colocadas uma ao lado da outra, na frente da turma, e
um estudante fique em pé atrás de cada uma delas. Além disso, para a dinâmica acontecer,
seria interessante que cada estudante recebesse duas plaquinhas, uma com a palavra fato e
outra com a palavra opinião. O objetivo da dinâmica é que você, professor, leia trechos de
textos em voz alta e, em seguida, pergunte: isso é um fato ou uma opinião?. Caso o
estudante julgue ser um fato, ele levanta a plaquinha correspondente a essa ideia, o mesmo é
sugerido para quando o estudante achar que é uma opinião. A única regra sugerida é que o
grupo não pode ajudar o colega e o estudante não pode espiar a placa do concorrente ao
lado. A pontuação pode ser organizada por você, professor. A ideia dessa dinâmica é fazer
uma verificação individual de aprendizagem com os estudantes, a partir do que eles
aprenderam em grupos no momento anterior.
Caso faça sentido para você, professor, sugerimos os seguintes trechos:
“Você acorda e a primeira coisa que faz é checar suas redes sociais:
WhatsApp, Instagram, Facebook, Twitter, Tik Tok, Youtube.” (G1.
Disponível em: https://cutt.ly/zXpI242. Acesso em: 14 ago. 2022)
““Existe a dúvida se pessoas ansiosas usariam mais as redes sociais ou
se as redes sociais deixariam as pessoas mais ansiosas. Essas duas
hipóteses são verdadeiras”, afirma a médica psiquiatra Daniela Londe,
doutora em Ciências da Saúde” (G1. Disponível em: https://cutt.ly/zXpI242.
Acesso em: 14 ago. 2022)
“Conhecida como a geração dos nativos digitais, a geração Z já nasceu
exposta à tecnologia” (Folha de Londrina. Disponível em:
https://cutt.ly/RZumYJi. Acesso em: 18 jul. 2022)
“Segundo a psicóloga Giselda Aparecida Moro, o fato de já terem nascido
conectados faz com que essa geração seja mais imediatista e pragmática
no desenvolvimento de suas atividades” (Folha de Londrina. Disponível em:
https://cutt.ly/RZumYJi. Acesso em: 18 jul. 2022)

Ao final da dinâmica, sugerimos que proponha um breve momento de compartilhamento de


ideias para que os estudantes digam como foi a experiência de identificar se uma informação
é um fato ou uma opinião. A partir disso, seria interessante perguntar à turma: Como o
exercício de treinar o olhar para identificar um fato ou uma opinião em um texto pode
auxiliar o nosso consumo de informações? Como ele pode apoiar o nosso exercício de
cidadania e a manutenção da nossa democracia?, pois essa será uma discussão retomada
no momento de sistematização.

Sistematização
Semana 8: 2 aulas
Professor, para iniciar a sistematização dessa atividade, sugerimos que pergunte aos
estudantes se eles utilizam aplicativos de criação de vídeos rápidos de alto engajamento
(muito comum nas principais redes sociais). Na presença de estudantes que utilizam esses
tipos de aplicativos, seria interessante pedir para explicarem como funcionam, caso seja
novidade para alguém. A partir dos compartilhamentos, sugerimos que você levante as
seguintes informações:
Nos aplicativos de compartilhamento de vídeos e interações, os usuários têm
acesso a um banco de músicas e filtros para utilizar nas suas produções. Eles
coletam uma grande quantidade de dados pessoais dos usuários, os vídeos,
dados de localização, modelo do telefone e o volume de conteúdo consumido
pelos usuários.
Logo após, a ideia é que cada estudante receba um papel com a seguinte questão:
Você acredita que os aplicativos de compartilhamento de vídeos deveriam
ter mais rigor nos países?
( ) Eu acredito que os aplicativos de compartilhamento de vídeo deveriam ter
mais rigor na proteção de dados.
( ) Eu acredito que os aplicativos de compartilhamento de vídeo não deveriam
ter mais rigor, usa quem quiser.
Junto com o papel, propõe-se que cada estudante também receba uma cópia do texto
sugerido no campo “Saiba Mais”, que fala sobre a Lei da Proteção de Dados. O objetivo da
dinâmica é que os estudantes leiam o texto e definam sua opinião a partir da pergunta
sugerida acima. Após a reflexão individual, sugerimos que proponha uma discussão sobre os
motivos que levaram cada estudante a essa escolha. Para isso, algumas perguntas podem
ajudar, como: Você leu a notícia toda antes de responder à pergunta da cédula? Qual
você acredita que é o argumento mais forte usado pela notícia? Você acredita que essa
notícia é confiável? Por quê? Você usaria essa notícia como fonte em uma atividade
escolar? Se você tivesse outra posição, teria compartilhado a mesma notícia? Você
acha que a notícia pode convencer pessoas que não têm aquela posição? Por quê? A
partir do debate, a ideia é que você, professor, reforce a importância de analisar criticamente
toda informação que recebemos, mesmo aquelas que parecem muito alinhadas com os
nossos valores, para evitar que compartilhemos informações enganosas.

Avaliação
● Professor, sugerimos que a avaliação seja baseada nas habilidades de análise e
interpretação do texto dos estudantes, levando em consideração se conseguiram
identificar as evidências de opiniões ou fatos nos textos e frases. Além disso, propomos
que considere as habilidades de trabalho em equipe também, uma vez que a rotação
por estações exigirá isso da turma, e de escuta ativa e elaboração de raciocínio, o que
será trazido à tona no momento da discussão.
Saiba Mais
● PEIXOTO, Andrea Stefani. Lei de Proteção de Dados: entenda em 13 pontos!. Politize!
Florianópolis, 14 jan. 2020. Disponível em: https://cutt.ly/TLVis3P. Acesso em:: 18 jul.
2022.

ATIVIDADE 3
Objetivo
● Os estudantes reconhecem ferramentas de checagem de informações e as utilizam
para identificar notícias verdadeiras e falsas.
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica e Processos Criativos.
Introdução
Semana 9: 2 aulas
Professor, a atividade 3 deste módulo tem como principal objetivo aproximar os estudantes
das ferramentas de checagem de informações para que incorporem-as ao seu cotidiano. Para
isso, a dinâmica será baseada nos eixos de Investigação Científica e Processos Criativos e
utilizará metodologias ativas de aprendizagem - principalmente a aprendizagem em times -
que colocarão os estudantes na posição de protagonistas do processo de desenvolvimento.
Para sensibilização sobre o assunto, sugerimos que entregue a cada estudante uma
plaquinha que tenha escrito fato na frente e fake em seu verso. Com o auxílio de um projetor,
se possível, propomos que compartilhe algumas manchetes/informações com a turma e peça
para que demonstrem, usando a ferramenta citada, se acham que elas são verdadeiras (fatos)
ou falsas (fakes). Sugerimos que as primeiras rodadas sejam só para apontar essas
informações, mas, que, em seguida, após manifestarem suas opções, você peça para que os
estudantes justifiquem suas escolhas. O objetivo dessa proposta é que os estudantes tragam
à tona seus conhecimentos prévios, mas também estimulem o raciocínio lógico diante de
determinadas afirmações. Encorajamos que as manchetes sejam escolhidas por você,
professor, mas gostaríamos de propor algumas a seguir:

“Sereia é vista em praia de Muizenberg, na África do Sul”


(G1. Disponível em:https://cutt.ly/hZuX2n3. Acesso em: 25 jul. 2022.)

“Após a aprovação pela Assembleia Legislativa da lei 7.916/2018,


determinou-se que 57 anos é a nova idade do idoso no Estado do Rio de
Janeiro”
(G1. Disponível em: https://cutt.ly/FZuCg30. Acesso em: 25 jul. 2022)

Caso queira adaptar a proposta para aproximar ainda mais do contexto da turma, sugerimos
que traga exemplos de vídeos curtos informativos, que podem ser encontrados em redes
sociais também, assim os estudantes conseguem analisar materiais de diferentes mídias.
Além disso, é possível adaptar essa dinâmica para o meio eletrônico, através de enquetes, de
forma que cada estudante use o seu celular para votar em fato ou fake e o resultado apareça
para todos ao mesmo tempo. Para isso, sugerimos o uso de um aplicativo
(https://cutt.ly/YZuXJ36).
Após esse momento, sugerimos que se inicie um compartilhamento em voz alta sobre o
conceito de fake news. Para isso, algumas perguntas podem ajudar, como: Alguém pode
explicar, com suas próprias palavras, o que é fake news? Vocês já receberam fake
news? Como identificaram que era uma informação falsa? Já compartilharam alguma
informação sem checar se era verdade mesmo?. Por fim, e como forma de relacionar com
o desenvolvimento da atividade, sugerimos que pergunte: É difícil criar uma informação
falsa?
A partir dos compartilhamentos da turma, a ideia é que você, professor, medeie uma reflexão
sobre a produção de fake news e sua relação com a pós-verdade, pontuando que, frente a um
momento específico em que um contexto torna-se irrelevante diante da opinião pessoal de
alguém, a produção e compartilhamento de notícias e informações falsas podem ser
potencializados e, por essa razão, as ferramentas de checagem de informação tornam-se
grandes aliadas. Cabe ainda trazer à tona a potência das redes sociais de tornarem coisas
virais, o que também contribui para que muita informação falsa alcance um alto número de
pessoas em poucos minutos.

Desenvolvimento
Semanas 10 e 11: 4 aulas
Para esse momento, sugerimos que divida a turma em duplas ou trios e entregue a eles um
exemplo de reportagem. A dinâmica proposta é que os estudantes leiam e analisem o texto,
estabelecendo critérios para definir se as informações contidas nele são verdadeiras ou
falsas. Os estudantes podem fazer marcações de trechos do texto e anotações para explicar
os critérios e argumentos que utilizaram na análise, por exemplo. Podem também mobilizar os
conhecimentos da atividade anterior, pontuando o que pode ser um fato e o que pode ser uma
opinião. Como sugestões de texto, temos: “Males e benefícios do açúcar”
(https://cutt.ly/jZAet0Q), “Água com limão emagrece? Em jejum ou à noite? Morna ou
gelada? Entenda” (https://cutt.ly/PZAwWXl), “Lavei o rosto com água gaseificada durante
uma semana e isto foi o que descobri” (https://cutt.ly/2ZAenq9), “Coca-Zero X Suco
Natural” (https://cutt.ly/JZAeXt2).
Após esse momento, seria interessante propor um compartilhamento em voz alta para que
cada grupo conte quais critérios foram desenvolvidos e como eles ajudaram no processo de
investigação dos textos. Com isso, será possível relacionar com o momento expositivo
proposto a seguir, que será utilizado para a dinâmica futura. Sugerimos que explique que
existem alguns critérios importantes utilizados por diferentes agências de checagem e que
podem ser nossos aliados ao recebermos informações. É interessante pontuar que não há
uma receita pronta para a checagem das informações, mas que essas técnicas a seguir
podem ser usadas em conjunto para checar se as informações que recebemos são confiáveis
ou não:
Olhar para a mensagem como um todo: Data, local, o(a) autor(a), imagens e
elementos gráficos da informação. Existe algum dado faltando?
Investigar a fonte, as referências e os autores que escreveram a
informação: Quem são as pessoas responsáveis pela fonte? De onde elas
reportam a informação?
Buscar em outros lugares: Onde mais essa informação pode ser encontrada?
Comparar e contextualizar: De acordo com mais fontes, qual é a história
completa da informação?

Uma sugestão é compartilhar com a turma o vídeo “Crer ou não crer”, disponível no campo
“Saiba Mais”, como forma de sintetizar o conteúdo compartilhado acima. Após a exposição, a
ideia é que você pergunte aos estudantes: “O que é a fonte?“ e, a partir das colocações,
reforce que:

Fonte: é a origem da afirmação ou informações relacionadas. Pode ser uma


pessoa, um documento, um site.
Fonte primária: registro direto do acontecimento por quem o testemunhou em
primeira mão, documento histórico ou estudo científico original.
Fonte secundária: materiais de referência (dicionários, livros-texto e artigos)
ou matérias jornalísticas que interpretam, sintetizam ou analisam o conteúdo
original.
Fonte terciária: compilados de fontes primárias e secundárias (coleções,
bancos de dados).
A mesma informação geralmente pode ser encontrada em várias fontes.
Avaliando Fontes: crer ou não crer, eis a questão. Programa de Educação
Midiática, EducaMídia. Instituto Palavra Aberta. Disponível em:
https://cutt.ly/FXrKrbi. Acesso em: 12 ago. 2022.

Também é interessante compartilhar com a turma que, para começar a análise da informação
que receberam, eles podem checar o fato e identificar a fonte. Ao checar o fato, poderão
observar de onde vem aquela informação, se há evidências para aquilo e se elas se
sustentam. Na avaliação da fonte, poderão se questionar: quem disse isso? Qual o
contexto que essa pessoa se encontra? Quais as motivações ou histórico dessa
pessoa?
Para a dinâmica a seguir, sugerimos que mencione que, no Brasil, existem algumas agências
de checagem que fazem esse serviço e disponibilizam na internet, como: Agência Lupa
(https://cutt.ly/EZp7MF3), Aos Fatos (https://cutt.ly/fZp5lbT) e Fato ou fake
(https://cutt.ly/EZp5m0V). Alguns órgãos governamentais também possuem em suas redes
uma parte especializada na checagem e verificação de informações, como o Ministério da
Saúde, que possui um canal de combate às fake news.
A partir disso, a ideia é retomar as informações e manchetes compartilhadas no início da aula
e pedir para que cada dupla/trio pesquise uma delas, verificando se trata-se de uma
informação verdadeira ou falsa, destacando dados concretos que confirmem suas posições e
utilizando as ferramentas e técnicas de checagem mencionadas. Para isso, propomos que a
dinâmica aconteça na sala de informática ou em um espaço em que o acesso à internet seja
possível. Após as pesquisas, sugerimos que um momento de compartilhamento aconteça
para que os grupos possam expor como foi a experiência e quais conclusões tiraram a partir
do exercício proposto.
Sistematização
Semana 12: 2 aulas
Na sistematização da atividade, a ideia é trazer à tona as consequências da desinformação
reforçada pelas fakes news. Para isso, propomos que a turma se divida em grupos, cujo
número de integrantes possibilite a atuação em computadores ou celulares, e produza um
meme ou um vídeo curto, com as características dos vídeos encontrados nas redes sociais
virais, com o tema “consequências da desinformação”. Para auxiliá-los e inspirá-los, professor,
sugerimos que diga para que os estudantes pensem além das consequências explícitas,
como compartilhar notícias falsas em grupos ou até mesmo colaborar para a cultura do
cancelamento- e reflitam sobre as consequência implícitas também, como: possível aumento
da polaridade ideológica, do discurso de ódio, da descrença na democracia e no sistema
eleitoral. Nesse momento, seria interessante aprofundar esses conceitos com a turma,
buscando trazer à tona o que os estudantes já conhecem a respeito e refletir de maneira mais
profunda, se necessário.
Uma sugestão de aplicativo de gravação e edição de vídeos pode ser conferida no link
https://cutt.ly/mZuCBqN, e um aplicativo de edição de imagens pode ser acessado através deste
link: https://cutt.ly/dZuC9F7. No campo “Saiba Mais”, há ainda o “Museu de Memes”, uma
iniciativa de estudantes da UFF (Universidade Federal Fluminense), que pode auxiliar nesse
processo.

Avaliação
● Professor, sugerimos que a avaliação leve em conta o desenvolvimento do trabalho em
equipe entre os estudantes e a habilidade de seguir os comandos propostos. É
interessante analisar também o engajamento da turma nas atividades e nas
discussões, fazendo verificações de entendimento constantes, que possibilitem
mensurar se os objetivos estão sendo atingidos. Ao avaliar a produção final, sugerimos
que considere se ela se encaixa na temática proposta e se os recursos utilizados
propiciam a interpretação da mensagem que ela se propõe.
Saiba Mais
● Museu de Memes. Disponível em: https://cutt.ly/oZuVBma. Acesso em: 25 jul. 2022.

ATIVIDADE 4
Objetivo
● Os estudantes identificam o conceito de bolhas informacionais e seus impactos no
consumo e divulgação de informações.
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica e Processos Criativos.
Introdução
Semana 13: 2 aulas
Professor, na Atividade 4, a ideia é tratar sobre o tema “bolhas informacionais”, com o objetivo
de auxiliar os estudantes a identificarem este conceito e seus impactos no consumo e
divulgação de informações. Para isso, as dinâmicas serão pensadas a partir da aprendizagem
baseada em problemas e dos eixos de Investigação Científica e Processos Criativos.

Para sensibilização sobre o assunto, temos duas sugestões. Uma delas requer uma
preparação prévia sua, professor. Nesta sugestão, a ideia é que você crie dois perfis na
mesma rede social e produza cerca de 3 vídeos curtos em cada, porém apresentando
perspectivas opostas sobre um mesmo tema. Por exemplo, um perfil apresentaria
perspectivas veganas sobre o consumo de carne e o outro apresentaria as perspectivas de
um carnista sobre o tema. A segunda sugestão seria separar dois textos com perspectivas
opostas sobre o mesmo assunto, como, por exemplo: “Vantagens do Consumo de carne”
(https://cutt.ly/yZmK3mT) e “O impacto negativo do consumo de carne para a saúde”
(https://cutt.ly/XZmLIx7). Encorajamos que você, professor, selecione materiais que façam
sentido para o contexto da turma. Em ambos os casos, a proposta é que os estudantes sejam
divididos em grupos e cada grupo receba um texto ou o link de acesso ao perfil para análise
do conteúdo, mas sem que saibam que estão recebendo conteúdos diferentes.

Após o tempo de análise, sugerimos que você exponha o tema central para toda a turma e
proponha um debate de ideias, em que cada grupo defenda a perspectiva que lhe foi
apresentada através do material. Para isso, sugerimos que instigue a argumentação a partir
de perguntas que possibilitem que ambos os “lados” se coloquem com propriedade sobre,
como: Qual é o impacto da carne no corpo humano? Uma alimentação baseada em
vegetais é saudável?

Ao final desse momento, sugerimos que proponha a reflexão acerca de como restringir o
nosso acesso à informação sob uma única perspectiva pode limitar o desenvolvimento da
nossa opinião sobre determinadas pautas.

Desenvolvimento
Semanas 14 e 15: 4 aulas
Professor, propomos que inicie o desenvolvimento com uma breve exposição dialogada sobre
“bolhas informacionais”. Para isso, sugerimos que, se possível, compartilhe com a turma o
vídeo “Bolha informacional”, do canal Me Explica, Vai! (https://cutt.ly/wZmKxTm), que
apresenta uma explicação bem interessante sobre esse conceito, usando uma situação
presente no cotidiano juvenil.
A ideia é que, a partir da apresentação do vídeo, o momento expositivo dialogado sobre o
tema se inicie. Para garantir a participação ativa dos estudantes nesse processo, sugerimos
que a explicação parta de perguntas norteadoras, como: Vocês já pesquisaram algo na
internet e começaram a receber propagandas ou informações desse conteúdo nas suas
redes? Por que acham que isso acontece? O conteúdo que vocês consomem nas redes
sociais fica restrito as ideias específicas? O que seriam os algoritmos? O que o
algoritmo das redes sociais de vocês mostram?
Para complementar as ideias, você, professor, pode compartilhar com a turma que, como
consequência do uso das tecnologias com o fim de direcionar ou inserir um pensamento na
sociedade, nós, que as utilizamos, precisamos tomar alguns cuidados e compreender como
funciona a lógica das ferramentas e suas consequências para nos protegermos e evitarmos a
manipulação das informações ou a alienação (conceito aprofundado no campo “Saiba Mais”)
diante delas. Os sites e plataformas utilizam ferramentas de lógica baseados na nossa
navegação para organizar os conteúdos que recebemos e interagimos. Uma dessas
ferramentas é o algoritmo.
Um algoritmo é uma sequência finita de passos que levam a execução de uma tarefa.
Podemos pensar em algoritmos como uma receita, uma sequência de instruções que realizam
uma meta específica. Estas tarefas não podem ser redundantes nem subjetivas na sua
definição, devem ser claras e precisas. Como exemplos de algoritmos podemos citar os
algoritmos das operações básicas (adição, multiplicação, divisão e subtração) de números
reais decimais. Outros exemplos seriam os manuais de aparelhos eletrônicos, como um
videocassete, que explicam passo-a-passo como, por exemplo, gravar um evento.
Os sites e redes sociais usam os algoritmos para evidenciar os conteúdos que são mais
relevantes para os usuários, segundo as interações deles nas redes. Para elucidar melhor,
você pode citar que se procurarmos o valor de uma viagem em um site de buscas, nos
próximos dias, irão aparecer informações sobre viagens, sobre o local que pesquisamos e
outras dicas e sugestões. Então, as nossas interações nas redes influenciam nos conteúdos
que recebemos. Outro exemplo é quando interagimos muito com uma pessoa em uma
determinada rede. Provavelmente, as publicações dessa pessoa irão aparecer com mais
frequência, pois a plataforma entende que é alguém que produz um conteúdo que nós
gostamos de ver.
Após esse breve compartilhamento, propomos que a dinâmica a seguir seja uma esquete
teatral. A ideia é que a turma seja dividida em grupos de cerca de 5 estudantes, se possível, e
que cada grupo elabore uma esquete - ou seja, uma peça de teatro curta - sobre os impactos
das bolhas informacionais no cotidiano de uma pessoa. Podem, inclusive, usar o vídeo
apresentado no início como inspiração. Sugerimos que um tempo seja dedicado ao roteiro da
simulação, à distribuição dos personagens e a um breve ensaio antes da apresentação para a
turma toda. Essa atividade, além de aprofundar o conteúdo estudado até aqui, tem como
objetivo instigar o uso da linguagem corporal no processo de ensino-aprendizagem.

Sistematização
Semana 16: 2 aulas
Professor, esse momento de sistematização proposto tem como objetivo instigar a reflexão
sobre valores pessoais e a interpretação do mundo, relacionando isso aos impactos das
bolhas. Para isso, a proposta é que os estudantes elaborem um texto argumentativo, mais
especificamente um artigo de opinião, sobre o tema para ser divulgado em um canal digital. A
ênfase no local de divulgação é uma ideia para determinar o número de caracteres ou páginas
do texto. Para instigá-los e inspirá-los, sugerimos que algumas perguntas sejam
compartilhadas, como: Você sabe quais são os seus valores pessoais? Eles são
influenciados pelo o que você consome na internet? Como esses valores influenciam
na sua leitura e interpretação do mundo? Como você analisa as suas redes sociais, a
partir da perspectiva das bolhas informacionais? Sugerimos que essa dinâmica aconteça
na sala de informática, assim é possível criar um espaço virtual para armazenar esses textos.
Caso não seja possível, indicamos que um mural seja elaborado para divulgação dos textos
dos estudantes e que uma roda de conversa seja proposta para que apontem suas principais
reflexões ao longo do processo de escrita.

Avaliação
● Professor, sugerimos que avaliação dessa Atividade foque na simulação, analisando o
trabalho em equipe, a criatividade e a adequação à proposta, e também no texto
argumentativo, em que podem ser analisadas a ortografia, a coesão e a coerência das
ideias compartilhadas.
Saiba Mais
● Vídeo: Educamídia. Crer ou não crer. Disponível em: https://cutt.ly/5ZP1MXl. Acesso
em: 04 ago. 2022.
● Editora UNESP. Confira o conceito de Alienação, explicado por Giddens e Sutton.
Disponível em: https://cutt.ly/jZAt7bI. Acesso em: 04 ago. 2022.

ATIVIDADE 5
Objetivo
● Os estudantes elaboram um vídeo-tutorial sobre o consumo de informação no meio
virtual, alertando sobre o seu impacto na opinião pública e sobre a importância de fazer
a checagem constante.
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica e Processos Criativos.
Introdução
Semana 17: 2 aulas
Professor, essa é a última atividade deste módulo e tem como objetivo unir todos os temas
trabalhados até aqui em uma produção audiovisual. Para isso, os eixos de Investigação
Científica e Processos Criativos serão mobilizados, bem como metodologias ativas que
coloquem os estudantes como protagonistas de todas as etapas.

Para a introdução, a ideia é que uma verificação de aprendizagem seja realizada, a fim de
analisar o percurso dos estudantes neste módulo. Para isso, sugerimos que a metodologia
ativa de sala de aula invertida seja utilizada, separando a turma em grupos e propondo que
cada grupo apresente, com suas palavras, um dos temas trabalhados nas atividades
anteriores (textos informativos, textos baseados em fatos e opiniões, fake news e bolhas
informacionais). Propomos que um tempo seja determinado para que revisitem suas
anotações e conhecimentos registrados sobre as atividades anteriores.

Em seguida, uma recomendação é solicitar que sistematizem os principais pontos e, depois,


apresentem à turma, de forma que um grupo possa complementar o outro, caso seja preciso
que mais de um se responsabilize pela mesma temática. A quem assiste a apresentação,
sugerimos que proponha a elaboração de uma pergunta a ser feita para o grupo que
apresenta, de acordo com a exposição, a fim de garantir a participação ativa de todos.
Desenvolvimento
Semanas 18 e 19: 4 aulas
Professor, a ideia é que as aulas para o Desenvolvimento da Atividade 5 deste módulo sejam
dedicadas à elaboração e produção do vídeo. Para isso, a princípio, sugerimos que divida a
turma em grupos de 5 estudantes, se possível, e explique que a proposta é produzir um
vídeo-tutorial de até 5 minutos sobre como realizar o consumo saudável de informação no
meio virtual, alertando sobre o seu impacto na opinião pública e sobre a importância de fazer
a checagem constante. Recomendamos que o conteúdo do vídeo perpasse por todas as
temáticas anteriormente citadas, com o objetivo de valorizar os diferentes saberes construídos
pelos estudantes no percurso do módulo. Por exemplo: ao alertar sobre o impacto das
informações virtuais na opinião pública, seria interessante pontuar que, muitas pessoas ainda
se informam a partir de conteúdos não informativos ou falsos e que isso impacta na sua visão
de mundo, logo, se a pessoa se mantém em uma bolha de informações desse tipo, ela pode
ter uma ideia restrita do que acontece ao seu redor.
Como primeira etapa de produção, sugerimos que um roteiro seja elaborado pelo grupo. Para
isso, é interessante que a dinâmica aconteça na sala de informática, tornando o processo de
escrita mais ágil. Professor, caso não seja possível, fique à vontade para adaptar a atividade
de acordo com a realidade da sua turma. No campo “Saiba Mais”, está disponível um modelo
de roteiro que pode servir como base para os estudantes, mas é interessante pontuar que,
neste documento, deve conter as falas, o tempo de cada take, a sequência das cenas e tudo
mais.
A ideia da segunda etapa é que seja a de gravação. Para isso, sugerimos que deixe a turma
livre para circular pelo espaço escolar, de forma que possam aproveitar diversos cenários
para a produção. Para essa etapa acontecer, é importante que, ao menos, um membro do
grupo, tenha um telefone celular com câmera que possa ser utilizado.
Para a terceira etapa, sugerimos a edição do vídeo. Para isso, no campo Saiba Mais, há
sugestões de aplicativos para gravação e também para esse momento.
Após a edição, e como forma de trazer à tona uma compreensão duradoura acerca das
temáticas, sugerimos que uma roda de conversa seja proposta para que a turma compartilhe
qual aprendizado ficou mais latente na memória em relação ao conteúdo abordado no vídeo e
o motivo pelo qual o tema é relevante para ser trabalhado no contexto escolar.

Sistematização
Semana 20: 2 aulas
Para esse momento, sugerimos que seja feita a apresentação dos vídeos. Se for possível
convidar outras turmas para assistirem, seria interessante, pois uma sugestão é que debates
surjam a partir do conteúdo apresentado pelos estudantes. Caso a apresentação seja para a
própria turma, sugerimos que seja proposto um momento de feedback. Para isso, a ideia é
que cada grupo receba uma ficha de feedback correspondente às outras equipes, que
funcionará como uma forma de oferecer aos demais uma opinião construtiva sobre o que foi
produzido.
É interessante mencionar que a função não é criticar negativamente, mas, sim, oferecer um
olhar “de fora” sobre o que pode ser ajustado para melhorar ainda mais o vídeo ou até mesmo
sobre um ponto forte da produção que merece destaque. Para essa ficha, sugerimos que a
organização leve em consideração se o objetivo do vídeo está claro e relacionado ao tema
proposto; se o tutorial é possível de ser aplicado na prática; se os temas retomados na
Introdução foram contemplados e se há destaque para pontos fortes e de desenvolvimento na
produção.
É interessante lembrar que, caso essa proposta faça sentido para você e para a turma,
professor, todos os grupos precisam receber uma ficha correspondente a cada um dos outros
grupos, assim será possível realizar o exercício de feedback depois de cada uma das
apresentações. Para que essa dinâmica seja possível, sugerimos que, ao final da
apresentação de cada grupo, seja oferecido ao restante da turma um tempo para que
deliberem sobre as questões da ficha e, quando todos os grupos tiverem apresentado, elas
sejam entregues a você, professor. A ideia é reunir todas e entregar aos grupos
correspondentes para que possam ler e refletir sobre os pontos levantados.

Avaliação
● Professor, sugerimos que a avaliação dessa atividade seja processual, ou seja,
acompanhe cada etapa do desenvolvimento do produto final. Isso inclui avaliar a
integração entre os estudantes no trabalho em equipe, a participação ativa em todo o
processo e a adequação do produto à proposta. Considere levar em conta os
feedbacks do produto final também, tendo atenção para ver se os estudantes, de fato,
apresentaram críticas construtivas e respeitosas. Caso opte por uma avaliação
quantitativa, sugerimos que considere a produção do roteiro e como a ortografia e os
elementos de coesão e coerência se apresentam, bem como a produção do vídeo,
atentando-se especificamente à linguagem utilizada e ao conteúdo exposto. Também é
importante ressaltar que, por se tratar da última atividade, seria interessante que você,
professor, avaliasse se as habilidades indicadas foram desenvolvidas pelos estudantes.
Saiba Mais
● Sambatch. Como fazer um roteiro de vídeo de forma simples. Disponível em:
https://cutt.ly/AZmJpvU. Acesso em: 01 ago. 2022.
● Capcut (aplicativo para gravação e edição de vídeos). Disponível em:
https://cutt.ly/mZuCBqN. Acesso em: 25 jul. 2022.
MÓDULO
Cidadania Digital
Área do Conhecimento
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Perfil do Professor
Filosofia, Geografia, História, Sociologia
Carga horária total
30 horas
Carga horária semanal
2 horas
Descrição
A discussão promovida neste módulo apresenta aos estudantes reflexões sobre maneiras de
agir de forma crítica e responsável nos ambientes virtuais, compreendendo os impactos das
significativas alterações que as tecnologias suscitaram na sociedade. Os conteúdos presentes
permitem o desenvolvimento de competências sobre a dimensão individual e coletiva no
mundo digital, contribuindo ativamente para a formação de cidadãos capazes de usar a
tecnologia com segurança, privacidade e responsabilidade nas interações virtuais. Além disso,
favorece o processo de construção da identidade social em um contexto de globalização
econômica e cultural, em que as relações, cada vez mais, passaram a ser mediadas pelas
tecnologias e pelo consumo. Este módulo está estruturado, principalmente, no eixo de
Mediação e Intervenção Sociocultural. Ainda, contempla determinadas habilidades dos eixos
Investigação Científica, Processos Criativos e Empreendedorismo.
Objetos de conhecimento
Processo de Socialização; segurança e privacidade digital; ecossistema digital e as relações
digitais; crime digital; funcionamento das redes sociais: identidade e cultura no mundo digital.
Objetivos das atividades
1: Os estudantes identificam aspectos da estrutura social; refletem sobre o significado de
Cidadania Digital e problematizam o acesso às tecnologias digitais como exercício da
cidadania.
2: Os estudantes problematizam a segurança e privacidade digital; analisam situações da vida
cotidiana; identificam formas de intervenção.
3: Os estudantes analisam a Lei geral de Proteção de dados e problematizam a manipulação
indevida de dados pessoais como impasses ético-políticos.
4: Os estudantes investigam e analisam aspectos gerais acerca dos crimes digitais, no
cenário brasileiro. Propõem formas de intervenção para problemas.
5: Os estudantes problematizam e analisam questões acerca do funcionamento das redes
sociais.
Competências e Habilidades da Formação Geral Básica a serem aprofundadas: 4 e 5
EM13CHS401:Identificar e analisar as relações entre sujeitos, grupos, classes sociais e
sociedades com culturas distintas diante das transformações técnicas, tecnológicas e
informacionais e das novas formas de trabalho ao longo do tempo, em diferentes espaços
(urbanos e rurais) e contextos.
EM13CHS403: Caracterizar e analisar os impactos das transformações tecnológicas nas
relações sociais e de trabalho próprias da contemporaneidade, promovendo ações voltadas à
superação das desigualdades sociais, da opressão e da violação dos Direitos Humanos.
EM13CHS504: Analisar e avaliar os impasses ético-políticos decorrentes das transformações
culturais, sociais, históricas, científicas e tecnológicas no mundo contemporâneo e seus
desdobramentos nas atitudes e nos valores de indivíduos, grupos sociais, sociedades e
culturas.
Eixos Estruturantes e suas Competências e Habilidades: Investigação Científica e
Mediação e Intervenção Sociocultural.

EMIFCHSA01: Investigar e analisar situações problema envolvendo temas e processos de


natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional,
nacional e/ou global, considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.
EMIFCHSA07:Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e
ameaças a grupos sociais, à diversidade de modos de vida, às diferentes identidades culturais
e ao meio ambiente, em âmbito local, regional, nacional e/ ou global, com base em fenômenos
relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
EMIFCHSA09: Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver problemas
de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou
global, relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
Referências Bibliográficas

ALVES, D. O que os brasileiros devem exigir das empresas quando o assunto é a


proteção de dados? Disponível em: https://cutt.ly/NZugGau. Acesso em 25 Jul. 2022.
ALVES, N; CARVALHO, T. Liberdade de Expressão: Artigo Quinto. Disponível em:
https://cutt.ly/PXwZR2P Acesso em 11 ago. 2022.
BOURDIEU,P. Espaço social e espaço simbólico.In: Razões práticas: sobre a teoria da ação.
Ed. 9. Campinas: Papirus, 2008.9
CARNEIRO, L; ROSA,R. IBGE: Estudantes sem acesso à internet somam 4,3 milhões.
Disponível em: <https://cutt.ly/hZjGyhc> Acesso em 28 Jul. 2022.
DELEUZE, G. Post-scriptum sobre as sociedades de controle (1990). In: Conversações. São
Paulo: Editora 34, 1992.
FERREIRA, J. Virtual e Digital à luz da teoria sociológica e filosófica contemporânea:
entre críticas e comparações. Disponível em: https://cutt.ly/pZExKKE. Acesso em 2 ago. 2022.
JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo: diário de uma favelada. São Paulo: Francisco
Alves, 2004.

ATIVIDADE 1
Objetivo
● Os estudantes identificam aspectos da estrutura social; refletem sobre o significado de
Cidadania Digital e problematizam o acesso às tecnologias digitais como exercício da
cidadania.
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica e Mediação e Intervenção Sociocultural.
Introdução
Semana 1: 2 aulas
Professor, a atividade 1, assim como as demais do caderno pedagógico, está dividida em três
partes (introdução, desenvolvimento e sistematização). Dessa forma, considera-se a
proposição de alguns minutos iniciais, para que seja explicada à turma aspectos gerais sobre
a organização do material, seus fundamentos e principais objetivos. O módulo que será
estudado, Cidadania Digital, busca pensar e construir ações que visam desenvolver o
pensamento crítico, através do posicionamento filosófico, objetivando orientar o estudante a
reflexão sobre o processo de socialização e questões como a responsabilidade em
ambientes virtuais. Deverão ser observadas as relações de socialização e aspectos do
desenvolvimento tecnológico, como a questão sobre o acesso às tecnologias digitais, por
exemplo, trabalhando o reconhecimento de problemas e a indicação de soluções e formas de
intervenção às questões desenvolvidas.

Professor, sugere-se que seja proposta a seguinte sensibilização: mas afinal, o que de fato é
cidadania digital? como direcionamento ao tema central deste módulo. Para tal,
aconselhamos que prossiga com a organização de uma roda de conversa que mobilize o
repertório dos estudantes sobre os ambientes digitais e sua relação com o desenvolvimento
tecnológico, visando propiciar a exposição de ideias, posicionamentos e interrogações sobre
as normas e condutas adotadas em ambientes digitais. Professor, sugere-se também que seja
solicitado aos estudantes que registrem em seus cadernos, os pensamentos compartilhados.
Este registro pode ser retomado ao final da atividade, no apoio à reflexão sobre as ideias,
apontamentos e problemáticas surgidas. Entende-se que a cidadania digital diz respeito ao
conjunto de normas e condutas adotadas nos ambientes digitais, visando exercício da
consciência ética, responsabilidade e segurança. Por isso, professor, é relevante também
refletir sobre as condições de acesso aos meios digitais em nossa sociedade. Neste sentido,
os espaços virtuais são observados e entendidos como ambientes de socialização, onde o
estudante pode também desenvolver seu pensamento crítico acerca do exercício e
desenvolvimento da cidadania nestes locais.

Professor, aconselha-se que, se possível, a temática seja explorada a partir da perspectiva de


uma importante escritora brasileira que registrou suas impressões sobre a realidade da
periferia de São Paulo entre os anos de 1950 e 1960. O objetivo é observar que diferenças
sociais referentes ao acesso como as denunciadas no texto de Carolina Maria de Jesus há
mais de 72 anos, se mantém atuais. É possível enfatizar a narrativa histórico-social da autora,
através de fragmentos de sua obra “Quarto de Despejo: diário de uma favelada” (JESUS,
C.M. Quarto de despejo. São Paulo: Francisco Alves, 1960; Ática,1993.). Com isso, a turma
será engajada na identificação de problemas sociais. Professor, você pode ainda abordar a
disparidade social - até mesmo seu aumento durante a pandemia de covid-19 - para refletir
sobre as diferenças no acesso e efetivação dos direitos sociais, tais como a Cidadania Digital.
Indicamos o fragmento abaixo para orientar a abordagem do material referenciado, mas é
possível utilizar outros meios para provocar os estudantes à observação e reflexão.

Quando eu vou na cidade tenho a impressão que estou no paraizo. Acho sublime ver
aquelas mulheres e crianças tão bem vestidas. Tão diferentes da favela. As casas com
seus vasos de flores e cores variadas. Aquelas paisagens há de encantar os olhos dos
visitantes de São Paulo, que ignoram que a cidade mais afamada da América do Sul
está enferma. Com as suas úlceras. As favelas. (JESUS, 1998, p. 92).

Professor, é possível abordar a metodologia ativa de aprendizagem baseada em resolução de


problemas, utilizando o seguinte questionamento norteador: Como a obra de Carolina de
Jesus pode ser relacionada às diferenças de acesso e socialização no Brasil? O objetivo
é promover a reflexão sobre a atualidade das diferenças sociais; com isso, esperamos que
sejam apontadas dificuldades no acesso às tecnologias e ambientes virtuais. Professor,
também é viável a promoção de diálogos e debates acerca da temática para potencializar a
reflexão.

Desenvolvimento
Semanas 2 e 3: 4 aulas
Professor, como forma de retomada das reflexões abordadas nas aulas anteriores,
proponha-se o uso da metodologia ativa da tempestade de ideias para refletir sobre a
dificuldade no acesso às tecnologias e espaços virtuais como produto da disparidade social.
Dessa forma, espera-se também que os estudantes possam apropriar-se dos conceitos
trabalhados, pensando-os através de questões retiradas da reflexão crítica sobre a realidade.
Sugerimos pensar à cidadania e inclusão digital através da pergunta norteadora: por que a
inclusão digital é importante? Que outras abordagens podem ser pensadas para
inclusão digital?

Professor, espera-se que os estudantes tragam contribuições que possam demonstrar


aprofundamento e apropriação no uso dos conteúdos, bem como indique a inclusão digital da
pessoa com deficiência como uma abordagem para o tema (caso contrário professor, você
pode enfatizar a questão como achar melhor, por exemplo: comentando as estratégias de
acessibilidade no acesso à internet). Em sequência, após o momento criativo, aconselhamos
que sejam seguidos os seguintes passos: 1) explanação geral sobre como as diferenças
sociais estão relacionadas ao entendimento, reconhecimento e exercício da Cidadania Digital,
enfatizando o condicionamento no acesso às ferramentas tecnológicas como objeto de
reflexão; 2) sugerir aos estudantes que registrem, através do uso de ferramentas disponíveis
na internet como Word Cloud e Padlet, palavras que entendem estar relacionadas à questão
apresentada; 3) propor a organização dos registros por semelhança e ocorrência,
agrupando-os; 4) registrar um determinado padrão para cidadania digital. Para que essa
metodologia apresente um bom resultado é importante que todos se sintam à vontade para
expor as suas ideias e considerações.
Como prática da habilidade do eixo de Investigação Científica, aconselha-se ainda a
orientação para confecção de uma pesquisa sobre a inclusão digital, conduzida pelas
respostas aos seguintes questionamentos: Como a cidadania se revela no mundo
contemporâneo? Quais são e como conciliar as diferentes demandas por cidadania no
mundo contemporâneo? Quais valores devem ser considerados para a inclusão digital
no cenário brasileiro? Professor, sugere-se apresentar aos estudantes, os conteúdos do box
Saiba Mais como indicação de pesquisa e leitura, para auxiliar no desenvolvimento da
atividade.
Sistematização
Semana 4: 2 aulas
Professor, considere sugerir a confecção de mapas mentais sobre o tema: cidadania digital e
o acesso às ferramentas tecnológicas. Segundo esta perspectiva, o estudante poderá
refletir e problematizar a realidade sobre o acesso aos aparatos tecnológicos em relação ao
pleno exercício da Cidadania Digital em nossa sociedade, assim como identificar e relacionar
conceitos e ideias como forma de aprofundamento sobre os assuntos abordados. Considere,
ainda, solicitar uma redação sobre o tema desenvolvido, para melhor articulação e
aprofundamento do tema
Avaliação
● Professor, é esperado que ao longo das aulas os estudantes sejam mobilizados à
reflexão crítica a partir da identificação da estrutura social, considerando fatos e
especificidades acolhidos da realidade cotidiana; bem como refletir através das
relações e articulações teóricas que foram propostas e analisar e problematizar a
disparidade econômica - é importante que esta seja compreendida enquanto produto
agenciado por sistemáticas.
Saiba Mais
● CARNEIRO, L; ROSA,R. IBGE: Estudantes sem acesso à internet somam 4,3 milhões.
Disponível em: <https://cutt.ly/hZjGyhc> Acesso em 28 Jul. 2022.
● Jornal Nacional. Menos de um terço da população brasileira tem acesso à internet, mostra
pesquisa. Disponível em: <https://cutt.ly/rZjsR2g> Acesso em 28 Jul. 2022.
● Jornal da USP no Ar. Exclusão Digital: pandemia impôs mais uma lacuna aos estudantes
de baixa renda. Disponível em: <https://cutt.ly/IZjdxiE> Acesso em 28 Jul. 2022.
● Quarta Página. Quarto de despejo, Carolina Maria de Jesus | audiobook. Disponível em:
<https://cutt.ly/NLS0HBd> Acesso em 16 Jul. 2022.
ATIVIDADE 2
Objetivo
● Os estudantes problematizam a segurança e privacidade digital; analisam situações da
vida cotidiana; identificam formas de intervenção.
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica e Mediação e Intervenção Sociocultural.
Introdução
Semana 5: 2 aulas
Professor, esta atividade aborda a reflexão ética acerca da segurança e privacidade digital, de
modo que é possível trabalhar conceitos, relacionando sua prática ao cuidado no uso e
disponibilização de dados nas redes sociais.
Nesse momento, sugere-se que os estudantes possam refletir acerca da segurança e
privacidade digital mais atentamente. Para sensibilizá-los, você pode propor que relatem o
que pensam, através das seguintes perguntas norteadoras: O que é segurança? O que é
privacidade? Como vocês atuam quando o assunto é segurança e privacidade?

Professor, você pode ajudar a potencializar o processo perguntando sobre o que eles
aprenderam com os pais e colegas e como esse aprendizado pode ou não ser adaptado para
o mundo digital. O "disparador" para essa fala pode ser dado por meio de uma notícia de
jornal ou um estudo realizado ou ainda, por meio de um desafio. Considerando essa última
possibilidade, sugerimos que os estudantes respondam a seguinte questão: Como as
transformações tecnológicas têm provocado mudanças nas maneiras de se expor,
pensar e se posicionar? Para responder essa questão os estudantes devem apresentar
produtos e/ou processos criativos, capazes de representar as suas respostas. Referência a
memes, tirinhas, vídeos de 1 minuto, entre outros produtos criativos, podem ser considerados
para esse primeiro momento da atividade.

Para que se promova a reflexão sobre o comportamento social, que se relaciona ao exercício
moral em sociedade, sugere-se pensar o uso e mal uso das redes sociais , em sala de aula,
promovendo a ampliação do senso crítico sobre os perigos da exposição midiática, por
exemplo. Aconselhamos a disponibilização do material de referência, encontrado no ítem
Saiba Mais desta atividade para que os estudantes o consultem em casa, como preparo para
o desenvolvimento desta atividade. Para auxiliar a reflexão, sugerimos que peça aos
estudantes que anotem a seguinte questão sensibilizadora: Quais práticas podem ser
consideradas uso ético dos ambientes virtuais?
Desenvolvimento
Semanas 6 e 7: 4 aulas
Professor, sugere-se que seja retomada a pergunta norteadora sinalizada ao final da última
aula introdutória (quais práticas podem ser consideradas uso ético dos ambientes virtuais?)
para que os estudantes possam compartilhar comentários e respostas à questão interposta,
num breve diálogo. Em seguida, aconselha-se que seja proposta a divisão da turma, em
grupos de até 5 integrantes, para que possam apontar problemas e desenvolver, juntos,
propostas de intervenção para a seguinte questão sobre o comportamento humano em
espaços virtuais: O que pode ser considerado um mau uso dos espaços digitais? É válido
que os estudantes considerem refletir o tempo e dinheiro gastos nas redes, por exemplo,
assim como problematizar a privacidade e segurança na disponibilização de dados e
informações. Dessa forma, reconhecer os problemas possibilita pensar melhores maneiras de
intervir. Este é um ótimo estímulo à integração entre os estudantes, favorecendo também a
ampliação da autonomia e proatividade entre eles.
Professor, para uma reflexão mais aprofundada acerca das formas de comportamento na
rede, bem como investigação sobre o exercício da liberdade e segurança, sugere-se que os
estudantes, organizados em 4 grandes grupos, acessem os seguintes materiais, a partir da
metodologia ativa da rotação por (quatro) estações:
Estação 1: Vídeo: Khan Academy Brasil. Uso ético das redes sociais.
Disponível em: https://cutt.ly/JLHgh5B. Acesso em 17 jul. 2022.
Estação 2: Vídeo: LÉVY, P. Inteligência coletiva na prática. Disponível em:
https://cutt.ly/HZTLKwF. Acesso em 25 jul. 2022;
Estação 3: Texto: ALVES, N; CARVALHO, T. Liberdade de Expressão: Artigo
Quinto. Disponível em: https://cutt.ly/PXwZR2P Acesso em 11 ago 2022.
Estação 4: Vídeo: PINGAFIT. Mario Sergio Cortella - Redes Sociais.
Disponível em: https://cutt.ly/xZRgFzl. Acesso em 02 ago. 2022.

Dessa forma, professor, cada estação propõe a observação ativa de um conteúdo, e em


seguida a elaboração coletiva de um parágrafo de até 6 linhas sobre o assunto abordado pela
estação específica. Nesse sentido, eles podem redigir relatórios e indicar questões e
considerações a serem investigadas. Sendo assim, esta atividade visa propor a reflexão
crítica e produzir, de forma coletiva, relatórios sistematizando as informações abordadas em
cada etapa. É importante salientar que cada estação, após desenvolver a atividade proposta,
disponibilizará cerca de 10 minutos para a produção do parágrafo sintetizador. Ao final da
atividade, cada grupo deve apresentar a junção dos produtos de cada estação, formando um
texto coerente e coeso acerca da temática.
Sistematização
Semana 8: 2 aulas
Professor, aconselha-se que seja iniciado um diálogo com os estudantes, a partir da
observação do cotidiano, o que pode ser auxiliado pela pergunta sensibilizadora: Vocês se
sentem seguros nos ambientes virtuais? Por quê? As respostas retornadas podem
identificar problemas relativos ao exercício da privacidade, como exemplos de crimes virtuais
ou o impactos psicológicos relacionados ao mau uso dos espaços virtuais. Em seguida,
oriente os estudantes à reflexão e proposição de soluções para as questões pensadas.

Sugere-se também, para que os estudantes possam revisar e articular os conteúdos


disponibilizados através da escrita, a solicitação de uma redação argumentativa sobre o tema:
Os perigos da exposição excessiva em ambientes virtuais, como as redes sociais.
Dessa maneira, professor, espera-se que os estudantes partam do estudo da realidade para
identificar conflitos e estratégias interventivas, bem como utilizar habilidades do eixo de
Investigação Científica para apresentar analogias e processos históricos, além do conteúdo
trabalhado até o momento, para melhor fundamentar a escrita.
Avaliação
● Professor, a avaliação se dá de forma processual, buscando avaliar, ao longo do
percurso, os objetos produzidos pelas reflexões dos estudantes. É esperado que eles
possam trabalhar habilidades dos eixos estruturantes de Investigação Científica, e
Mediação e Intervenção sociocultural, identificando processo e produtos, bem como
estratégias de intervenção para conflitos e desequilíbrios de ordem histórica, social,
econômica, filosófica, política e/ou cultural. É interessante observar a interação e
mobilização dos estudantes com as temáticas e propostas desenvolvidas durante a
atividade.
Saiba Mais
● Texto: ALVES, N; CARVALHO, T. Liberdade de Expressão: Artigo Quinto. Disponível
em: https://cutt.ly/PXwZR2P Acesso em 11 ago. 2022.
● Vídeo: Khan Academy Brasil. Uso ético das redes sociais. Disponível em:
https://cutt.ly/JLHgh5B Acesso em 17 jul. 2022.
● Vídeo: GCS Aprende Livre. Segurança na internet: sete conselhos para prevenir
riscos nas redes sociais. Disponível em: https://cutt.ly/wLHhDva Acesso em 17 jul.
2022.
● Vídeo: LÉVY, P. Inteligência coletiva na prática. Disponível em:
https://cutt.ly/HZTLKwF Acesso em 25 jul. 2022.

ATIVIDADE 3
Objetivo
● Os estudantes analisam a Lei geral de Proteção de dados e problematizam a
manipulação indevida de dados pessoais como impasses ético-políticos.
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica e Mediação e Intervenção Sociocultural.
Introdução
Semana 9: 2 aulas
Professor, esta atividade tem como foco a análise de aspectos gerais presentes na Lei Geral
de Proteção de Dados Pessoais, trabalhando também o desenvolvimento de habilidades do
eixo estruturante de Investigação científica e Mediação e Intervenção Sociocultural.

Sugere-se que seja iniciado o diálogo com os estudantes, enfatizando sobre as formas como
o desenvolvimento tecnológico tem modificado a sociedade. Para tal, é possível utilizar
questionamentos sensibilizadores como: o que vocês acham que mais mudou na vida das
pessoas com o desenvolvimento tecnológico? E com relação ao período
pós-pandêmico, vocês acham que as pessoas passaram a habitar mais ambientes
virtuais? Como ficou o direito e respeito à privacidade individual, neste cenário? Muitas
dúvidas e respostas podem surgir e aconselha-se que cada uma seja aproveitada como
potencializadora desta atividade investigativa.

Com o desenvolvimento e avanço das tecnologias digitais, a coleta e disponibilização de


dados pessoais atravessam diretamente a privacidade dos sujeitos. Neste sentido, a proteção
de dados, segundo normas e leis, se fez cada vez mais necessária. Com isso, em 18 de
Setembro de 2020 entrou em vigor a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (BRASIL; Lei
nº 13.709 de 14 de Agosto de 2018. Disponível em: https://cutt.ly/5ZCogIJ. Acesso em 30
Jul, 2022.), que visa normatizar o tratamento de dados pessoais, também nas esferas digitais,
com o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e privacidade. Para
auxiliá-los, aconselha-se que se utilize os quatro cantos da sala de aula para dividi-los em
grupos representativos segundo as classificações: concordo, concordo plenamente, discordo
e discordo plenamente.

Professor, é possível utilizar a discussão conduzida através da pesquisa em dispositivos


digitais como metodologia para que os estudantes possam refletir criticamente sobre o tema
abordado. Para orientar a atividade, sugere-se que seja apresentada a seguinte afirmação à
turma: A divulgação e utilização indevida de dados pessoais, sobretudo na internet, fere
o direito à privacidade e liberdade, podendo acarretar fraudes processuais, divulgação
de falsas informações, dentre outros crimes. Como sequência, sugere-se que se
disponibilize tempo hábil para que os estudantes possam se posicionar de acordo com as
classificações sugeridas. É importante levar em consideração a fundamentação teórica e o
conteúdo elencado pelo estudante, durante a exposição de seu posicionamento.

Desenvolvimento
Semanas 10 e 11: 4 aulas
Professor, sugere-se que se inicie com uma breve revisão dos temas anteriormente
observados, direcionando os estudantes para a problematização acerca da disponibilização e
uso indevido dos dados pessoais. Sendo assim, orienta-se o uso do Word Café como
metodologia ativa para discutir e aprofundar a temática, bem como estimular a integração
entre diferentes conhecimentos e o pensamento crítico dos estudantes. A proposta de World
Café promove a participação e troca entre grupos, além de evidenciar soluções coletivas para
as questões discutidas. Para tanto, disponha as mesas da sala de aula de modo a formar
espaços de conversas, uma para cada grupo. Existe também a possibilidade de realizar esta
etapa da atividade em espaços externos à sala de aula, caso seja viável. Professor, é
interessante disponibilizar para os grupos materiais, como cartolinas, canetas e post-its, para
que possam ser usados no desenvolvimento da atividade.
Como primeira etapa do processo, aconselha-se que seja apresentada a observação da
realidade, que pode ser articulada através da indagação: O que pode ser feito contra ações
indevidas no uso e disponibilização de informações pessoais? As informações e
pensamentos compartilhados levarão os estudantes à identificação de problemas reais
dispostos no cotidiano, esses servirão de objeto de estudos para a turma, como por exemplo:
criação de normas e leis para o uso responsável das informações pessoais.
Professor, sugere-se que sejam abordados problemas elencados na primeira etapa como
pontos-chaves a serem observados e refletidos. Dessa forma os estudantes buscarão pensar
acerca das possíveis causas dessas inconsistências observadas. Aconselha-se também que
sejam desenvolvidos tópicos a serem estudados em casa, uma sugestão metodológica é a
sala de aula invertida, como forma de ampliação e aprofundamento. Espera-se que os
estudantes identifiquem problemas de ordem financeira, como o uso indevido de informações
pessoais pelos grupos corporativos empresariais, por exemplo.
Como sequência, é indicado que a partir dos objetos destacados como pontos-chaves, os
estudantes sejam orientados à produção de hipóteses de soluções, através das informações
abordadas durante as etapas anteriores, destinadas aos problemas levantados, como fóruns
de discussão, denúncias coletivas e revisão de leis já implementadas. Para finalizar a
atividade, professor, indica-se que os estudantes sejam estimulados a pensarem formas de
aplicar as hipóteses promovidas na realidade social.

Sistematização
Semana 12: 2 aulas
Professor, sugere-se a solicitação da confecção de um mapa mental orientado a partir do
tema: Conhecendo nossos direitos: como funciona a Lei Geral de Proteção de Dados
Pessoais brasileira? Dessa forma, espera-se que os estudantes investiguem a LGPD tendo
em vista todo o processo de problematização vivenciado nas aulas anteriores, trabalhando
habilidades do eixo de Investigação Científica. O foco principal é desenvolver nos estudantes
o domínio sobre os conteúdos abordados pela lei e pensar novas estratégias para a proteção
de dados pessoais. Sugere-se que, em um segundo momento, seja promovido um processo
de autoavaliação com os estudantes, com questões que abordem o desempenho individual
nas atividades propostas e também como a aplicabilidade do conteúdo pode acontecer na
prática, em seus contextos.

Avaliação
● Professor, a avaliação se dará de forma processual, ao longo das atividades
desenvolvidas, como a problematização, estudo de caso e indicação de soluções, a
pesquisa orientada e a construção de um mapa mental. Os estudante praticam
habilidades dos eixos estruturantes de Investigação Científica, Processos Criativos e
Mediação e Intervenção Sociocultural, observando e problematizando fatos cotidianos,
bem como estratégias de intervenção para questões de ordem histórica, social,
econômica, filosófica, política e/ou cultural. É importante que seja observada a
apropriação dos estudantes sobre os conteúdos, em suas autoavaliações.
Saiba Mais
● ALVES, D. O que os brasileiros devem exigir das empresas quando o assunto é a
proteção de dados? Disponível em: https://cutt.ly/NZugGau. Acesso em 25 Jul. 2022.
● Ministério da Cidadania. Lei Geral De Proteção de Dados Pessoais. Disponível em:
https://cutt.ly/FZug4wa. Acesso em 25 Jul. 2022.

ATIVIDADE 4
Objetivo
● Os estudantes investigam e analisam aspectos gerais acerca dos crimes digitais, no
cenário brasileiro. Propõem formas de intervenção para problemas.
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica e Mediação e Intervenção Sociocultural.
Introdução
Semana 13: 2 aulas
Professor, a atividade 4 objetiva investigar e analisar aspectos gerais acerca dos crimes
digitais, no cenário brasileiro, bem como propor formas de intervenção para os problemas
apresentados e desenvolvidos pelos estudantes. Serão trabalhados os Eixos Estruturantes de
Investigação Científica e Mediação e Intervenção Sociocultural, através do uso de
equipamentos e plataformas tecnológicas para auxiliar a pesquisa, confecção de materiais
solicitados, formas de interação e estratégias de intervenção diante de dificuldades e
fragilidades reconhecidas e fundamentadas durante o processo. A avaliação se dará de forma
processual, ao longo do percurso proposto.

É importante começar refletindo, conjuntamente, com os estudantes, sobre o avanço e


aperfeiçoamento das tecnologias digitais como um meio para a realização dos crimes digitais.
Professor, em uma aula expositiva dialogada, você poderá introduzir a temática, ressaltando a
existência dos crimes cibernéticos como aqueles realizados em espaços virtuais via
computador, celular ou outro dispositivo conectado à internet. Para sensibilizar os estudantes
e melhor condução da reflexão sobre o tema, utilize a pergunta norteadora: Você se sente
totalmente seguro em espaços virtuais, como nas redes sociais, por exemplo? Por
quê?

As respostas retornadas servirão também como fomento à interação entre os estudantes.


Neste momento, é possível promover, por meio da tempestade de ideias, um novo momento
crítico, perguntando aos estudantes: Você acredita estar invisível ou indetectável na
internet? Por quê? A partir do diálogo propiciado pelas respostas à questão, busque brechas
para apresentar a reflexão sobre as atitudes criminosas que são realizadas em ambientes
virtuais, enfatizando que estes delitos podem ser cometidos por uma pessoa ou um grupo de
pessoas que caracterizam uma rede criminosa, e que em ambos os casos as infrações são
categorizadas segundo sua gravidade.

Professor, através da metodologia ativa da sala de aula invertida, sugere-se que seja
solicitado aos estudantes que realizem uma pesquisa prévia para as próximas aulas, para tal
você pode indicar o material disponibilizado no box Saiba Mais desta atividade e também
pedir que eles anotem as seguintes questões no caderno: O que é um crime cibernético?
Quais são seus tipos? Quais crimes cibernéticos são mais praticados no Brasil? Como
podemos nos proteger?” Estas indagações serão retomadas ao longo do desenvolvimento
desta atividade.

Desenvolvimento
Semanas 14 e 15: 4 aulas
Professor, aconselha-se que se inicie através de uma breve conversa com os estudantes
sobre a pesquisa sugerida na última aula introdutória, é esperado que eles tragam exemplos
de crimes cibernéticos como: golpe do pix, captação ilegal de dados pessoais, fraude por
e-mail, fraude de identidade, roubo de dados financeiros, extorsão cibernética, dentre outras;
bem como também reflitam sobre formas de proteção para evitar tais ocorrências, como:
sempre manter softwares de sistemas operacionais e antivírus atualizados, usar senhas fortes
(evitando a previsibilidade do uso de nomes ou coisas ligados a pessoa), não abrir anexos de
e-mails de spam, não fornecer dados pessoais por telefone ou e-mail. Professor, caso sinta
falta de alguns dos exemplos listados na fala dos estudantes, é importante que se medeie o
acesso a essas informações.
Em seguida, sugere-se que, através da metodologia ativa da rotação por estações de
aprendizagem, divida a turma em 4 grandes grupos, em proporcionalidade ao número total de
estudantes, mas você pode adaptar a sugestão da melhor forma para aplicação em sua
turma; dessa forma, aconselhamos que apresente as instruções gerais para a atividade
sugerida. É importante que as quatro estações desenvolvam atividades que visem ampliar o
conhecimento do estudante sobre o assunto. Sendo assim, sugerimos:

Estação 1: BRASIL. Lei nº 12.737 de 30 de Novembro de 2012. Disponível


em: https://cutt.ly/0ZQpgl9 Acesso em 01 ago. 2022.
Estação 2: Produção colaborativa de um parágrafo introdutório sobre a Lei
14155/2022.
Estação 3: utilizar um dispositivo tecnológico (computador ou celular, por
exemplo) para pesquisar sobre exemplos de crimes digitais e listar 6 delitos.
Estação 4: Produção colaborativa de um cartaz articulando todas as
informações trabalhadas nas outras etapas.

Professor, esta atividade objetiva aprofundar o conhecimento dos estudantes sobre o tema
geral acerca dos crimes digitais, propondo a confecção de materiais formativos de um produto
final, o cartaz.

Sistematização
Semana 16: 2 aulas
Professor, sugere-se que o material desenvolvido e confeccionado seja exposto no mural da
turma, aconselhamos também que considere o estudo de caso como metodologia ativa para
sistematização e encerramento da atividade; observando com os estudantes a história por
trás da criação da Lei nº 12.737/2012 (BRASIL. Lei 12.737/2012. Disponível em:
https://cutt.ly/0ZQpgl9. Acesso em 01 ago. 2022.), popularmente conhecida como “Lei
Carolina Dieckmann”. Na sequência, com o auxílio de equipamentos tecnológicos como
celulares e computadores, sugere-se que seja proposta a observação da redação da lei em
foco; logo depois, sugerimos que se acentue o diálogo entre os estudantes a partir das
seguintes perguntas sensibilizadoras: Qual é a sua opinião sobre este fato? A invasão de
um dispositivo informático pode ser considerada um crime digital? Por quê? Como
podemos evitar essas situações?
É esperado que o estudante consiga se posicionar legitimamente acerca do exposto,
integrando os saberes e ideias desenvolvidos, como a questão sobre a segurança e
privacidade em ambientes virtuais e dispositivos tecnológicos, ampliando a reflexão crítica
sobre a responsabilidade civil e criminal nos crimes virtuais.

Avaliação
● Professor, tendo em vista a avaliação processual, considere o desenvolvimento da
problematização, ampliação, apropriação e compreensão dos conteúdos abordados.
Aconselhamos que seja observada a disposição e interação entre os estudantes
durante as etapas dos processos desenvolvidos na abordagem metodológica da
rotação por estações, bem como na divisão em grupo para discussão e confecção dos
cartazes como tarefa coletiva.
Saiba Mais
● BRASIL. Lei nº 14.155 de 27 de Abril de 2021. Disponível em: https://cutt.ly/fZCiZEW .
Acesso em 30 jul. 2022.
● Vídeo: Direito na Escola. Quais são os tipos de crimes virtuais? Disponível em
https://cutt.ly/dZxRlvQ . Acesso em 30 jul. 2022.
● Texto: ALVES, N; MORAES, P. Defesa da intimidade. Artigo Quinto, Politize! 2019.
Disponível em: https://cutt.ly/tZR4LUT. Acesso em 02 ago. 2022.
● Vídeo: TV Justiça Oficial. Artigo 5º - Crimes Digitais. Disponível em:
https://cutt.ly/dZxUgPW. Acesso em 30 jul. 2022.

ATIVIDADE 5
Objetivo
● Os estudantes problematizam e analisam questões acerca do funcionamento das redes
sociais.
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica e Mediação e Intervenção Sociocultural.
Introdução
Semana 17: 2 aulas
Professor, esta atividade visa engajar todos os assuntos tratados no percurso do módulo,
especialmente objetivando analisar questões acerca do funcionamento das redes sociais e
responsabilidade do cidadão na utilização da tecnologia no mundo virtual. Serão trabalhados
as habilidades dos Eixos Estruturantes de Investigação Científica e Mediação e Intervenção
Sociocultural, através da análise de artigos, uso de dispositivos e plataformas virtuais. Além
disso, professor, é importante lembrar que a escuta ativa pode auxiliar as discussões nesta
etapa, norteando a pesquisa e estratégias de intervenção diante das questões refletidas pelos
estudantes sobre os assuntos. A avaliação se dará de forma processual, ao longo do percurso
proposto, observando como os estudantes articulam os conteúdos desenvolvidos até aqui.
Sugere-se enfatizar, numa aula expositiva dialogada, que o desenvolvimento tecnológico
impacta diretamente nas formas de socialização, considerando culturas e outros aspectos
sociais distintos que são expressos nos ambientes propiciados pelo advento tecnológico e
informacional. Aconselhamos que envolva o estudante com perguntas norteadoras como: O
que são redes sociais? O uso de perfis online em redes sociais pode representar
expansão sociocultural por meio do uso da tecnologia? As respostas obtidas ajudarão os
estudantes a ampliarem e aprofundarem nas aprendizagens desenvolvidas ao longo do seu
percurso, tais como: o acesso às tecnologias, o uso ético das redes sociais, segurança e
privacidade no mundo virtual, LGPD e crimes digitais.
Professor, é válido pensar a relação conceitual sobre a passagem da sociedade disciplinar
para a de controle, fique à vontade para articular com os conhecimentos da Formação Geral
Básica, especialmente no componente de Filosofia. No box Saiba Mais foram indicadas
algumas teorias filosóficas para serem consultadas, mas, professor, você pode adequar a
indicação conforme a realidade da sua turma. Nas referências propostas, é possível explorar
o controle social como relevante no mapeamento dos comportamentos e atividades humanas
em espaços virtuais, como nas redes sociais. Além disso, uma sugestão é trazer exemplos
do cotidiano para a sala de aula, salientando que os espaços virtuais expandem o alcance da
vida social, mas não representam a mesma experiência. Uma recomendação é apresentar
dicotomias como por exemplo: luz solar X luz da tela, contato pessoal X contato virtual, dentre
outras. O objetivo para este momento é problematizar e refletir acerca das semelhanças,
diferenças e outros traços que definem cada espaço social, promove ação crítica e orienta as
concepções e maneiras de se enxergar a realidade social. É possível utilizar a pergunta
sensibilizadora: As pessoas podem ser manipuladas e controladas em ambientes
virtuais? Dê exemplos.
Com o intuito de ampliar e aprofundar a temática, aconselha-se a indicação do conteúdo do
Saiba Mais aos estudantes, como orientação de pesquisa, baseada na metodologia ativa da
sala de aula invertida, para que possam ampliar os saberes desenvolvidos a serem retomados
nas próximas aulas. Para um melhor direcionamento, peça que os estudantes anotem as
seguintes questões em seus cadernos: Você tem perfis online nas redes sociais? Como é
a sua relação com as redes sociais? Você costuma comparar seus perfis a outros?
Você controla o tempo gasto nos ambientes virtuais? Você considera que faz um bom
ou mau uso das plataformas digitais?

Desenvolvimento
Semanas 18 e 19: 4 aulas

Professor, sugere-se que inicie a aula a partir da retomada sobre a pesquisa e questões
sugeridas na última aula introdutória. Dessa forma, esperamos que os estudantes relatem
suas opiniões e posicionamentos acerca dos assuntos, sobretudo tendo origem em suas
próprias experiências, considerando seu uso ou não das plataformas digitais, como as redes
sociais. É importante que sejam observadas os tipos de reflexões levantadas e estruturadas,
bem como os exemplos demonstrados pelos estudantes. E a partir desse ponto, propomos
que a turma seja dividida em 3 grandes grupos para a realização de um debate formal.
A questão a ser debatida será: é necessário regular o tempo de utilização dos espaços
virtuais, tais como as redes sociais? Aconselhamos que dos três grupos (A, B e C)
determinados: o Grupo A defenda a proposta problematizada, o Grupo B seja contrário à
problemática e o Grupo C representem os jurados, que apresentarão considerações sobre os
discursos dos dois outros grupos. As falas iniciais de cada grupo deverão ser apresentadas
entre 2 e 3 minutos, através da síntese argumentativa de 9 debatedores (3 representantes de
cada grupo) podendo haver réplica, caso se tenha tempo hábil. Professor, você deverá se
comportar como um moderador, deverá apresentar a dinâmica ao iniciar o processo; corrigir e
alinhar a proposta durante sua prática, bem como garantir que todos falem e pratiquem a
escuta ativa, sem atravessamentos ou discussões acaloradas. Observe, nas comunicações
de cada um, a presença de argumentos e justificativas com fundamentos científicos,
sobretudo fazendo uso dos conteúdos abordados ao longo das atividades do módulo,
principalmente nas aulas introdutórias desta atividade.

Professor, como forma de aprofundamento dos conteúdos estudados, considere a confecção


de um mapa mental sobre o tema “redes sociais: O que são e como usar?” É possível
disponibilizar tempo para pesquisa, em livros, revistas, material de anotação do próprio
estudante, na internet, em vídeos e em outros meios. Dessa forma, espera-se que os
estudantes consigam mobilizar os conteúdos trabalhados, sintetizando um tema central e até
6 subtítulos, demonstrando de forma detalhada e organizada as informações que estão sendo
relacionadas.

Sistematização
Semana 20: 2 aulas
Professor, recomenda-se uma produção textual com o tema: “propostas para o
fortalecimento da cidadania digital em ambientes virtuais”, para fortalecer o
aprofundamento das questões evidenciadas no percurso do módulo. Esperamos assim, que o
estudante possa trazer contribuições das outras atividades de outros módulos para analisar as
questões relativas ao uso dos ambientes digitais, enquanto possibilidade de expressão nas
relações sociais, bem como testar e propor estratégias de intervenção para a formação de
cidadãos capazes de usar a tecnologia com segurança, privacidade e responsabilidade nas
interações virtuais. Sugere-se também que se observe a forma como os textos serão
construídos, em acordo ou não com as normas ortográficas e articulação e sistematização de
ideias e pensamentos. É importante ressaltar o desenvolvimento dos estudantes com relação
ao domínio dos conteúdos e informações abordados ao longo do percurso propiciado por
cada atividade deste módulo.

Avaliação
● Professor, considere que a avaliação se dê ao longo de todo processo. Sugerimos que
observe o desenvolvimento pessoal e integração entre os estudantes, diante das
propostas de pesquisa com o uso da metodologia ativa da sala de aula invertida, bem
como a adequação e apropriação no uso das informações estudadas e articuladas para
a confecção da redação dissertativa, assim como a proposição de intervenções às
questões levantadas. Sobretudo, é importante identificar a integração na relação com
os conteúdos abordados pelas atividades anteriores, observando o entendimento dos
estudantes sobre os assuntos e articulação com a realidade social vivenciada por cada
um, ressaltando a valorização da experiência de vida. Professor, sinta-se livre para
testar outras abordagens, atentando-se a observação dos pontos sugeridos.
Saiba Mais
● BBC News Brasil. Os segredos dos donos de redes sociais para viciar e
manipular, segundo o ‘Dilema das Redes’. Disponível em: https://cutt.ly/DZQcaHi.
Acesso em 1 ago. 2022.
● BOURDIEU,P. Espaço social e espaço simbólico IN Razões práticas: sobre a
teoria da ação. Ed. 9. Campinas: Papirus, 2008.
● DELEUZE, G. Post-scriptum sobre as sociedades de controle (1990). In:
Conversações. São Paulo: Editora 34, 1992.
● FERREIRA, J. Virtual e Digital à luz da teoria sociológica e filosófica
contemporânea: entre críticas e comparações. Disponível em:
https://cutt.ly/pZExKKE. Acesso em 2 ago. 2022.
● Vídeo: PINGAFIT. Mario Sergio Cortella - Redes Sociais. Disponível em:
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Referências
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http://novoensinomedio.mec.gov.br/. Acesso em: 20 jan. 2023.
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BRASIL, PORTARIA Nº 1532/2018 – ESTABELECE REFERENCIAIS CURRICULARES
PARA ELABORAÇÃO DE ITINERÁRIOS FORMATIVOS. Disponível em:
http://novoensinomedio.mec.gov.br/#!/marco-legal BRASIL, REFERENCIAIS
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MENDES, Gilmar; PAIVA, Paulo. Políticas Públicas no Brasil: uma abordagem
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PRADO, Maria Lígia; PELLEGRINO, Gabriela. História da América Latina. Editora
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SODRÉ, Nelson Werneck Sodré. História da Imprensa no Brasil. 4ª Edição. Rio de
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URBINATI, Nadia. O que torna a representação democrática? Lua Nova: Revista de
Cultura e Política, p. 191-228, 2006. v. 22, n. 1, p. 21-35, 2020.
ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS,
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO POLÍTICA - POLITIZE!

Programa Escola da Cidadania Ativa


A Politize! - Instituto de Educação Política é uma organização sem fins lucrativos que tem
como missão formar uma geração de cidadãos conscientes e comprometidos com a
democracia. Através do Programa Escola da Cidadania Ativa, levamos conhecimento
sobre cidadania, democracia e liderança para os estudantes do Ensino Fundamental e
Médio brasileiro. Atuamos através de apoio às secretarias estaduais de educação no
desenvolvimento de trilhas de aprofundamento, componentes curriculares eletivos e
formação de professores. Acesse o nosso portal “Educação Básica” para mais
informações:

Politize!
Educação Básica. Disponível em: https://www.politize.com.br/educacao-basica/
Contato:educacao@politize.com.br

Diretor geral do Instituto de Educação Política – Politize!


Gabriel Marmentini
Gestora de Educação Básica, Programa Escola da Cidadania Ativa - Politize!
Fernanda Asseff Menin
Coordenador da área de conhecimento
Joelmir Cabral Moreira
Analista Pedagógica da área de conhecimento
Carolina Nunes Diniz
Redatores da área de conhecimento Redatores da área de conhecimento, 2021 -
2022.
Adonias Calebe de Moraes; Beatriz Souza Ramos dos Santos; Beatriz Triesse Gonzalez;
Bianca Ferreira Mesquita dos Santos; Camila Souza da Silva; Carolina Nunes Diniz; Édino
de Almeida Grama; Joelmir Cabral Moreira; Paulo Henrique de Souza Reis.

Revisores da área de conhecimento, 2021 - 2022.


Beatriz Souza Ramos dos Santos; Camila Souza da Silva; Carolina Nunes Diniz; Édino de
Almeida Grama; Joelmir Cabral Moreira; Paula Samogin Campioni.

CC BY-NC-SA
Os conteúdos originais deste caderno podem ser reproduzidos total ou parcialmente para
fins não comerciais, atribuindo o devido crédito à Politize! - Instituto de Educação Política.
SUMÁRIO
Trilha de Aprofundamento: Liderança e Cidadania
Orientações
Apresentação
Quadro de habilidades

Eixo Estruturante: Investigação Científica


Eixo Estruturante: Processos Criativos
Eixo Estruturante: Mediação e Intervenção Sociocultural
Eixo Estruturante: Empreendedorismo

Material de Apoio Pedagógico - 2ª série, 140h

1) Ativismo Digital
2) Cidadania Global
3) A vida em sociedade: convivência democrática e justiça social
3) Sonhando o Brasil: um projeto original de desenvolvimento
4) Cidadania Regional

Referências
Ficha de Créditos
TRILHA DE APROFUNDAMENTO
Liderança e Cidadania
No Novo Ensino Médio, as Trilhas de Aprofundamento são um conjunto de aprendizagens que
compõem os itinerários formativos, organizadas em uma ou mais áreas do conhecimento. O
currículo desse segmento busca potencializar e diversificar a formação geral básica,
apresentando mais possibilidades para os professores abordarem diferentes temáticas dentro
da sala de aula e a sua prática em diferentes contextos. Tudo isso respeitando as propostas
pedagógicas para o Ensino Médio no Brasil, as competências das áreas do conhecimento e
suas habilidades da Base Nacional Comum Curricular e as habilidades dos eixos
estruturantes: Investigação Científica, Processos Criativos, Mediação e Intervenção
Sociocultural e Empreendedorismo, de modo a ampliar as aprendizagens relevantes para a
formação integral dos(as) estudantes.

Para atender aos desejos das juventudes que querem aprender mais sobre cidadania,
ofertamos a Trilha de Aprofundamento “Liderança e Cidadania”, que possibilita um caminho
para que os estudantes possam se aproximar de conhecimentos significativos sobre o tema
liderança e cidadania na contemporaneidade, colocando em foco o exercício da autoria
individual e coletiva, como também o compromisso com uma participação social justa e
inclusiva, ou seja, que respeite a diversidade, a pluralidade, os direitos humanos e a
democracia.

O conhecimento produzido no aprofundamento, a partir de fontes e referências bibliográficas


diversas, as metodologias ativas de aprendizagem, além do acompanhamento progressivo
das aprendizagens, é essencial para estimular o diálogo e o interesse participativo e o
protagonismo dos estudantes. Portanto, a estrutura proposta no caderno pedagógico foi
organizada para apresentar questões interessantes e desafiadoras que possibilitam os
estudantes refletirem e efetuarem relações com as suas práticas cotidianas.

Em consonância com esses princípios, as temáticas do aprofundamento apresentam em suas


propostas o envolvimento dos estudantes com o exercício da cidadania ativa, sendo capazes
de explorar os diferentes conceitos da cultura democrática, contribuindo para um futuro mais
humano. O aprofundamento prevê a consolidação de habilidades e competências que serão
necessárias para a vida pessoal, no mundo do trabalho e acadêmico dos estudantes, como
também fornece instrumentos para que estejam preparados(as) para exames de acesso ao
Ensino Técnico e/ou Superior (Vestibulares, Processos Seletivos, Exame Nacional do Ensino
Médio – ENEM, entre outros.
Orientações
Partimos da noção de que na vida cotidiana as relações sociais cada vez mais tem se
complexificado e, nessa perspectiva, é necessário potencializar as capacidades humanas, a
fim de respeitar a cultura, a população e as características regionais e locais de todos aqueles
inseridos na comunidade escolar. Nesse sentido, a organização e o desenvolvimento da
proposta curricular propõe responder a estes anseios, e você, professor, enquanto mediador,
pode ter um papel fundamental no aperfeiçoamento e aprofundamento da aprendizagem
ofertada nos nossos materiais pedagógicos.

É diretamente esta questão, a valorização das particularidades regionais e locais, que será
possível aproximar os estudantes dos temas propostos no material pedagógico. Portanto, é
interessante observar que os assuntos apresentados possibilitam ampliar as abordagens dos
estudos, contribuindo desse modo para análises mais próximas da realidade dos estudantes.
Por certo, consideramos todos os sujeitos inseridos no espaço escolar essenciais na
construção de práticas educativas, como também, no êxito para uma educação de qualidade
voltada para o exercício da cidadania, isto é, que promova o respeito às diferenças e
diversidades.

Nesse sentido, cabe esclarecer que consideramos a autonomia e a criatividade do professor


no processo de ensino-aprendizagem. Embora tenhamos apresentado os nossos
instrumentos, fique à vontade para inserir novos elementos, apresentar e discutir outras
questões que contribuam para o enriquecimento das sugestões propostas neste material. A
partir dessa perspectiva, conseguimos alcançar mais pessoas em diferentes regiões com
objetivos comuns, além de fortalecer uma educação com menos fronteiras e com mais
oportunidades, sem distinção de indivíduos e de grupos sociais, os seus saberes, as suas
vivências e a sua cultura, sem preconceitos de qualquer natureza.

O caderno pedagógico apresentado oportuniza espaço para você complementar com as


aprendizagens que mais se adequam à sua especificidade regional. Tudo o que você precisa
fazer é reservar um tempo para leitura e apreciação do material, mapear e averiguar quais os
assuntos mais contemplam a sua turma. Assim, será possível traçar os objetivos, habilidades e
eixos estruturantes necessários para organizar e permitir estudos que amplie e, finalmente,
com a sua intervenção, que considere com precisão a realidade na qual os estudantes estão
inseridos. É, pois, através da construção conjunta e colaborativa que conseguimos contribuir,
de forma mais centrada, nas particularidades, significados e valores culturais de cada local.
APRESENTAÇÃO
Caderno Pedagógico

Neste caderno pedagógico, o percurso trilhado pelos estudantes possibilita refletir sobre o
processo de formação e participação cidadã, assim como as práticas democráticas baseadas
no cotidiano. Sendo assim, os estudantes serão convidados a analisar a formação do indivíduo
e as relações sociais, explorando diversas formas de pensar e agir enquanto cidadão em um
mundo local e global cada vez mais conectado.

Para que os estudantes possam construir um mundo ideal, mais equilibrado de maneira ética,
é necessário o conhecimento de si mesmos e o reconhecimento do outro como maneira de
fortalecer a dignidade da pessoa humana e para tanto, as discussões sobre cidadania são
primordiais para compreenderem a maneira como se dá a construção das atitudes
comportamentais, suas ações e condutas, seus significados e as múltiplas relações que se
estabelecem a partir da condição de viver em sociedade.

Ao apresentarmos o conjunto de atividades nos referimos a toda essa concepção de direitos e


deveres, de potencializar os princípios democráticos e uma atuação alinhada ao exercício da
cidadania e ao seu projeto de vida, com autonomia, consciência crítica e responsabilidade, a
nível local, regional e global. Ou seja, ela está pensada dentro de um contexto de valorização
e construção comum a um grupo, uma cidade, ou até mesmo um país de um mundo
interconectado.

Sendo assim, o funcionamento harmonioso da sociedade democrática em particular, exige o


compromisso e envolvimento de todas as pessoas nas questões que estão relacionadas à vida
coletiva. Destacamos que conhecer um pouco melhor sobre quem somos, de como somos
percebidos, e da diversidade existente é um passo importante para compreendermos os
desafios decorrentes de vivermos em um mundo plural e diverso.

O caderno pedagógico é destinado a 2ª série, tem carga horária total de 140 horas,
distribuídas em quatro módulos temáticos, são eles:

1) Ativismo Digital
2) Cidadania Global;
3) A vida em sociedade: convivência democrática e justiça social;
3) Sonhando o Brasil: um projeto original de desenvolvimento;
4) Cidadania Regional
QUADRO DE HABILIDADES

EIXO ESTRUTURANTE: INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA


JUSTIFICATIVA

Para participar da sociedade da informação, os estudantes precisam se apropriar cada


vez mais de conhecimentos e habilidades que os permitam acessar, selecionar,
processar, analisar e utilizar dados sobre os mais diferentes assuntos, seja para
compreender e intervir na realidade, seja para lidar de forma crítica, reflexiva e produtiva
com a quantidade cada vez maior de informações disponíveis.

OBJETIVOS

●Aprofundar conceitos fundantes das ciências para a interpretação de ideias, fenômenos


e processos.
●Ampliar habilidades relacionadas ao pensar e fazer científico.
●Utilizar esses conceitos e habilidades em procedimentos de investigação voltados à
compreensão e enfrentamento de situações cotidianas, com proposição de intervenções
que considerem o desenvolvimento local e a melhoria da qualidade de vida da
comunidade.

FOCO PEDAGÓGICO

Neste eixo, os estudantes participam da realização de uma pesquisa científica,


compreendida como procedimento privilegiado e integrador de áreas e componentes
curriculares. O processo pressupõe a identificação de uma dúvida, questão ou problema;
o levantamento, formulação e teste de hipóteses; a seleção de informações e de fontes
confiáveis; a interpretação, elaboração e uso ético das informações coletadas; a
identificação de como utilizar os conhecimentos gerados para solucionar problemas
diversos; e a comunicação de conclusões com a utilização de diferentes linguagens.
HABILIDADES GERAIS
(EMIFCG01) Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com
curiosidade, atenção, criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias
digitais.
(EMIFCG02) Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando
dados, fatos e evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de
afirmações claras, ordenadas, coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores
universais, como liberdade, democracia, justiça social, pluralidade, solidariedade e
sustentabilidade.
(EMIFCG03) Utilizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de investigações
científicas para criar ou propor soluções para problemas diversos.

HABILIDADES ESPECÍFICAS
(EMIFCHSA01) Investigar e analisar situações problema envolvendo temas e processos
de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local,
regional, nacional e/ou global, considerando dados e informações disponíveis em
diferentes mídias.
(EMIFCHSA02) Levantar e testar hipóteses sobre temas e processos de natureza
histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional,
nacional e/ou global, contextualizando os conhecimentos em sua realidade local e
utilizando procedimentos e linguagens adequados à investigação científica.
(EMIFCHSA03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas
(bibliográfica, exploratória, de campo, experimental, etc.) em fontes confiáveis,
informações sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica,
política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, identificando os
diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de
citar as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões
com o uso de diferentes mídias.

EIXO ESTRUTURANTE: PROCESSOS CRIATIVOS


JUSTIFICATIVA

Para participar de uma sociedade cada vez mais pautada pela criatividade e inovação, os
estudantes precisam aprender a utilizar conhecimentos, habilidades e recursos de forma
criativa para propor, inventar e inovar.

OBJETIVOS

●Aprofundar conhecimentos sobre as artes, a cultura, as mídias e as ciências aplicadas e


sobre como utilizá-los para a criação de processos e produtos criativos.
●Ampliar habilidades relacionadas ao pensar e fazer criativo.
●Utilizar esses conhecimentos e habilidades em processos de criação e produção voltados à
expressão criativa e/ou à construção de soluções inovadoras para problemas identificados na
sociedade e no mundo do trabalho.

FOCO PEDAGÓGICO

Neste eixo, os estudantes participam da realização de projetos criativos, por meio da utilização
e integração de diferentes linguagens, manifestações sensoriais, vivências artísticas, culturais,
midiáticas e científicas aplicadas. O processo pressupõe a identificação e o aprofundamento
de um tema ou problema, que orientará a posterior elaboração, apresentação e difusão de
uma ação, produto, protótipo, modelo ou solução criativa, tais como obras e espetáculos
artísticos e culturais, campanhas e peças de comunicação, programas, aplicativos, jogos,
robôs, circuitos, entre outros produtos analógicos e digitais.

HABILIDADES GERAIS
(EMIFCG04) Reconhecer e analisar diferentes manifestações criativas, artísticas e culturais,
por meio de vivências presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade,
criticidade e criatividade.
(EMIFCG05) Questionar, modificar, adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou
soluções criativas, originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as
incertezas e colocá-las em prática.
(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes
linguagens, mídias e plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem,
assegurando que alcancem os interlocutores pretendidos.
HABILIDADES ESPECÍFICAS
(EMIFCHSA04) Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e
reflexão crítica sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica,
política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.
(EMIFCHSA05) Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos para resolver
problemas reais relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica,
filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.
(EMIFCHSA06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para
problemas reais relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica,
filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.

EIXO ESTRUTURANTE: MEDIAÇÃO E INTERVENÇÃO SOCIOCULTURAL


JUSTIFICATIVA

Para participar de uma sociedade desafiada por questões socioculturais e ambientais cada vez
mais complexas, os estudantes precisam se apropriar de conhecimentos e habilidades que os
permitam atuar como agentes de mudanças e de construção de uma sociedade mais ética,
justa, democrática, inclusiva, solidária e sustentável.

OBJETIVOS

●Aprofundar conhecimentos sobre questões que afetam a vida dos seres humanos e do
planeta em nível local, regional, nacional e global, e compreender como podem ser utilizados
em diferentes contextos e situações.
●Ampliar habilidades relacionadas à convivência e atuação sociocultural.
●Utilizar esses conhecimentos e habilidades para mediar conflitos, promover entendimentos e
propor soluções para questões e problemas socioculturais e ambientais identificados em
suas comunidades.

FOCO PEDAGÓGICO

Neste eixo, privilegia-se o envolvimento dos estudantes em campos de atuação da vida


pública, por meio do seu engajamento em projetos de mobilização e intervenção sociocultural
e ambiental que os levem a promover transformações positivas na comunidade. O processo
pressupõe o diagnóstico da realidade sobre a qual se pretende atuar, incluindo a busca de
dados oficiais e a escuta da comunidade local; a ampliação de conhecimentos sobre o
problema a ser enfrentado; o planejamento, execução e avaliação de uma ação social e/ou
ambiental que responda às necessidades e interesses do contexto; a superação de situações
de estranheza, resistência, conflitos interculturais, dentre outros possíveis obstáculos, com
necessários ajustes de rota.

HABILIDADES GERAIS
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas,
identificando e incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a
tomada de decisões conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis.
(EMIFCG08) Compreender e considerar a situação, a opinião e o sentimento do outro, agindo
com empatia, flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a mediação e
resolução de conflitos, o combate ao preconceito e a valorização da diversidade.
(EMIFCG09) Participar ativamente da proposição, implementação e avaliação de solução para
problemas socioculturais e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou global,
corresponsabilizando-se pela realização de ações e projetos voltados ao bem comum.
HABILIDADES ESPECÍFICAS
(EMIFCHSA07) Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e
ameaças a grupos sociais, à diversidade de modos de vida, às diferentes identidades culturais
e ao meio ambiente, em âmbito local, regional, nacional e/ ou global, com base em fenômenos
relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
(EMIFCHSA08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou coletivas de
mediação e intervenção sobre problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental,
em âmbito local, regional, nacional e/ ou global, baseadas no respeito às diferenças, na
escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental.
(EMIFCHSA09) Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver
problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional,
nacional e/ou global, relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

EIXO ESTRUTURANTE: EMPREENDEDORISMO


JUSTIFICATIVA

Para participar de uma sociedade cada vez mais marcada pela incerteza, volatilidade e
mudança permanente, os estudantes precisam se apropriar cada vez mais de
conhecimentos e habilidades que os permitam se adaptar a diferentes contextos e criar
oportunidades para si e para os demais.

OBJETIVOS

●Aprofundar conhecimentos relacionados a contexto, ao mundo do trabalho e à gestão de


iniciativas empreendedoras, incluindo seus impactos nos seres humanos, na sociedade
e no meio ambiente.
●Ampliar habilidades relacionadas ao autoconhecimento, empreendedorismo e projeto de
vida.
●Utilizar esses conhecimentos e habilidades para estruturar iniciativas empreendedoras
com propósitos diversos, voltadas a viabilizar projetos pessoais ou produtivos com foco
no desenvolvimento de processos e produtos com o uso de tecnologias variadas.

FOCO PEDAGÓGICO

Neste eixo, os estudantes são estimulados a criar empreendimentos pessoais ou


produtivos articulados com seus projetos de vida, que fortaleçam a sua atuação como
protagonistas da sua própria trajetória. Para tanto, busca desenvolver autonomia, foco e
determinação para que consigam planejar e conquistar objetivos pessoais ou criar
empreendimentos voltados à geração de renda via oferta de produtos e serviços, com ou
sem uso de tecnologias. O processo pressupõe a identificação de potenciais, desafios,
interesses e aspirações pessoais; a análise do contexto externo, inclusive em relação ao
mundo do trabalho; a elaboração de um projeto pessoal ou produtivo; a realização de
ações-piloto para testagem e aprimoramento do projeto elaborado; o desenvolvimento ou
aprimoramento do projeto de vida dos estudantes.

HABILIDADES GERAIS
(EMIFCG10) Reconhecer e utilizar qualidades e fragilidades pessoais com confiança para
superar desafios e alcançar objetivos pessoais e profissionais, agindo de forma proativa e
empreendedora e perseverando em situações de estresse, frustração, fracasso e
adversidade.
(EMIFCG11) Utilizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para
estabelecer e adaptar metas, identificar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para
realizar projetos pessoais e produtivos com foco, persistência e efetividade.
(EMIFCG12) Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus
objetivos presentes e futuros, identificando aspirações e oportunidades, inclusive
relacionadas ao mundo do trabalho, que orientem escolhas, esforços e ações em relação
à sua vida pessoal, profissional e cidadã.
HABILIDADES ESPECÍFICAS
(EMIFCHSA10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas podem ser utilizadas na concretização de projetos
pessoais ou produtivos, em âmbito local, regional, nacional e/ ou global, considerando as
diversas tecnologias disponíveis, os impactos socioambientais, os direitos humanos e a
promoção da cidadania.
(EMIFCHSA11) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para desenvolver um projeto pessoal ou um
empreendimento produtivo, em âmbito local, regional, nacional e/ ou global.
(EMIFCHSA12) Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando as Ciências
Humanas e Sociais Aplicadas para formular propostas concretas, articuladas com o
projeto de vida, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.
MÓDULO
Ativismo Digital
Área do Conhecimento
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Perfil do(a) Professor(a)
Filosofia, Geografia, História, Sociologia
Carga horária total
40 horas
Carga horária semanal
2 horas
Descrição
O conjunto de atividades, tem como objetivo principal potencializar a construção de ideias e o
engajamento dos estudantes no espaço digital, propiciando ações relacionadas à
responsabilidade do usuário nas redes sociais, assim como a promoção de lideranças
conscientes para o exercício da cidadania. Os conteúdos presentes promovem a classificação
de diferentes tecnologias digitais de informação, assim como o discernimento sobre os seus
usos, oportunizando o protagonismo responsável nas redes sociais, empreendendo e
construindo práticas socialmente relevantes no meio virtual. As atividades estão estruturadas,
principalmente, no eixo de Empreendedorismo. Ainda, contempla determinadas habilidades
dos eixos de Investigação Científica e Processos Criativos.
Objetos de conhecimento
Influenciadores digitais; bolha informacional; responsabilidade do usuário; ferramentas de
mobilização e participação; classificação de diferentes tecnologias digitais.
Objetivos das atividades
1: Os estudantes refletem sobre a presença das Tecnologias da Informação e Comunicação
(TDICs) na vida cotidiana dos estudantes. Investigam sobre o tema democracia digital.
2: Os estudantes desenvolvem o entendimento sobre os diferentes tipos de ativismo digital.
Compreendem a ideia de bolhas informacionais e seus impactos nas relações sociais e na
consciência política dos indivíduos.
3: Os estudantes problematizam o papel exercido pelos influenciadores digitais dentro e fora
das redes, refletindo sobre os impactos e as influências relacionados ao trabalho dos
influenciadores digitais.
4: Os estudantes compreendem as responsabilidades envolvidas no uso da internet, refletem
sobre práticas e comportamentos nas redes e planejam ações de promoção dos direitos
humanos no ambiente digital.
5: Os estudantes desenvolvem estratégias de trabalho em grupo de maneira democrática e
efetiva para que construam um Observatório dos Direitos Humanos.
Competências e Habilidades da Formação Geral Básica a serem aprofundadas: 2, 4 e 5
EM13CHS202: Analisar e avaliar os impactos das tecnologias na estruturação e nas dinâmicas
de grupos, povos e sociedades contemporâneos (fluxos populacionais, financeiros, de
mercadorias, de informações, de valores éticos e culturais etc.), bem como suas interferências
nas decisões políticas, sociais, ambientais, econômicas e culturais.
EM13CHS401:Identificar e analisar as relações entre sujeitos, grupos, classes sociais e
sociedades com culturas distintas diante das transformações técnicas, tecnológicas e
informacionais e das novas formas de trabalho ao longo do tempo, em diferentes espaços
(urbanos e rurais) e contextos.
EM13CHS403: Caracterizar e analisar os impactos das transformações tecnológicas nas
relações sociais e de trabalho próprias da contemporaneidade, promovendo ações voltadas à
superação das desigualdades sociais, da opressão e da violação dos Direitos Humanos.
EM13CHS404:Identificar e discutir os múltiplos aspectos do trabalho em diferentes
circunstâncias e contextos históricos e/ou geográficos e seus efeitos sobre as gerações, em
especial, os jovens, levando em consideração, na atualidade, as transformações técnicas,
tecnológicas e informacionais.
EM13CHS504: Analisar e avaliar os impasses ético-políticos decorrentes das transformações
culturais, sociais, históricas, científicas e tecnológicas no mundo contemporâneo e seus
desdobramentos nas atitudes e nos valores de indivíduos, grupos sociais, sociedades e
culturas.
Eixos Estruturantes e suas Competências e Habilidades: Investigação Científica,
Processos Criativos, Mediação e Intervenção Sociocultural e Empreendedorismo.

EMIFCHSA03: Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica,


exploratória, de campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e
processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito
local, regional, nacional e/ou global, identificando os diversos pontos de vista e
posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos recursos
utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.
EMIFCHSA06:Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para
problemas reais relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica,
filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ ou global
EMIFCHSA08: Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou coletivas de
mediação e intervenção sobre problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental,
em âmbito local, regional, nacional e/ ou global, baseadas no respeito às diferenças, na
escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental.
EMIFCHSA12: Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando as Ciências Humanas
e Sociais Aplicadas para formular propostas concretas, articuladas com o projeto de vida, em
âmbito local, regional, nacional e/ou global
Referências Bibliográficas

Instituto Palavra Aberta. Aprenda e aplique: Glossário. Educamídia. https://cutt.ly/4XshNuc


Acesso em 12 ago 2022.
Jornal da USP. Ativismo digital é novo tipo de participação e transformação política.
2020. Disponível em: https://cutt.ly/iLKlwBM. Acesso em 18 jul 2022.
MARTINS, Helena. Comunicação: reconhecimento como direito humano fundamental é
recente. Agência Brasil, out. 2014. Disponível em https://cutt.ly/WZPP2ne. Acesso em 03 ago
2022.
Ribeiro, Sandra Ponte. Sobre repovoar narrativas: o trabalho dos influenciadores digitais a
partir de uma abordagem sociotécnica. Dossiê Digitalização e Dataficação da Vida:
pervasividade, ubiquidade e hibridismos contemporâneos. Civitas, Rev. Ciências Sociais, ago
2021.
SILVA, S. P. da; BRAGATTO, R. C; SAMPAIO, R. C. S. Democracia digital, comunicação
política e redes: teoria e prática. Rio de Janeiro: Folio Digital: Letra e Imagem, 2016.
Disponível em: https://cutt.ly/oXtWpvq. Acesso em 12 ago 2022.
SOARES, Lilian Campos; FERNEDA, Edilson; PRADO, Hércules Antonio. Observatórios: um
levantamento do estado de conhecimento. Brazilian Journal of Information Studies:
Research Trends, v.12, n. 3, p. 86-110, 2018.
SOUZA, Ludmila. Vida perfeita em redes sociais pode afetar a saúde mental. Agência Brasil,
2021. Disponível em: https://cutt.ly/RLQY1VX. Acesso em: 12 jul 2022.

ATIVIDADE 1
Objetivo
● Os estudantes refletem sobre a presença das Tecnologias da Informação e
Comunicação (TDICs) na vida cotidiana dos estudantes. Investigam sobre o tema
democracia digital.
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica
Introdução
Semana 1: 2 aulas

Professor, a atividade 1, assim como as demais, está dividida em três partes, a saber: 1ª)
Introdução (sensibilização e contextualização para a temática proposta; 2ª) Desenvolvimento
(a proposta e o conteúdo da atividade); e a 3ª) Sistematização e fechamento da discussão
abordada em sala de aula. Sugere-se que leve em consideração uns minutos iniciais,
pré-introdução, para que você se apresente para a turma e explique a organização do
material, ou seja, o aprofundamento, a sua divisão e os principais objetivos da da Atividade
Integradora que será estudada: Ativismo Digital.
Inicie a aula com as seguintes perguntas sensibilizadoras: Como as tecnologias
transformam ou podem transformar a vida humana? Como, para vocês, as Tecnologias
Digitais da Informação e Comunicação (TDICs) têm impactado a sociedade e as nossas
vidas? É importante que as perguntas motivem os estudantes a apresentarem respostas
que proponham reflexões sobre acontecimentos do seu cotidiano. A finalidade da
sensibilização é atrair a atenção dos estudantes e engajar a discussão oral.
Após a discussão, faz-se necessário realizar a contextualização do que é Tecnologias Digitais
da Informação e Comunicação (TDICs), junto aos estudantes. É relevante apresentar essas
ferramentas digitais presentes no cotidiano, fique à vontade para utilizar materiais de apoio
que possam chamar a atenção da turma, como por exemplo: modelos de instrumentos
digitais, textos e figuras impressas, ou também vídeos.

TDIC’s, que é a sigla para Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação,


compreendem as tecnologias que englobam recursos como computadores,
tablets, mídias, smartphones, quadros interativos, aplicativos e outros recursos
digitais que permitem a interação, compartilhamento, edição de vídeos e
imagens, troca de arquivos, entre outros.
ANASTÁCIO, Liliane Rezende. Metodologias Ativas X TDIC: Entendendo os
conceitos. Revista Ponte, 08 mar. 2021. https://cutt.ly/JXtzQS0. Acesso em: 12
ago. 2022.

O objetivo principal da prática educativa é que os estudantes colaborem na investigação pelas


definições, peça para que pesquisem sobre o conceito de Tecnologias Digitais da Informação
e Comunicação (TDICs). Em seguida, convide-os a ampliarem as definições a partir de suas
experiências e conhecimentos, indicamos a produção de um mapa mental como uma maneira
de produzir ideias, conceitos e contextos para a temática apresentada, além de favorecer a
linguagem escrita.
Professor, esse momento inicial é importante para que os estudantes compreendam as
Tecnologias Digitais da Informação e da Comunicação (TDICs) e como elas fazem parte da
sociedade enquanto instrumento de participação social por meio das mídias digitais. Ao
trabalhar esses aspectos, o propósito da atividade é sensibilizar os estudantes para o uso
responsável e consciente de ferramentas digitais compreendendo as mudanças tecnológicas
no mundo contemporâneo.

Desenvolvimento
Semanas 2 e 3: 4 aulas
Professor, para iniciar o desenvolvimento da atividade, propõe-se indagar aos estudantes, se
já ouviram falar em Democracia Digital. A partir das informações trazidas por eles, realize uma
explicação breve do conceito. Fique à vontade para buscar outras referências bibliográficas.
Considere utilizar a metodologia ativa de sala de aula invertida para que seja trabalhada a
temática do uso das tecnologias digitais e a sua relação com o fortalecimento da democracia.
Professor, a ideia é promover um espaço voltado para reflexão e diálogo sobre as
possibilidades de uso ofertadas pelas TDIC’s que podem favorecer o fortalecimento da
democracia e reforçar as práticas de cidadania.

Propõe-se que a turma seja conduzida a realizar pesquisa na internet, utilizando


computadores ou smartphones, sobre o uso das TDIC’s e a democracia digital no Brasil. Além
de artigos científicos, é possível que os estudantes busquem informações em textos e vídeos
jornalísticos e plataformas de podcast, por exemplo. Os estudantes podem ser orientados a
realizar leitura de, ao menos, três fontes diferentes, registrar as principais informações e
referenciá-las em seus cadernos. O objetivo é que busquem por referências e informações
que tratem sobre o tema da democracia digital, oportunizando ampliar e aprofundar as
aprendizagens sobre o assunto. Professor, caso a realização da pesquisa através da internet
seja inviável, você pode se adaptar conforme a realidade da turma.
Considere a possibilidade de realizar uma seleção prévia de textos e matérias sobre a
temática de modo a disponibilizá-los impressos para a turma. O desenvolvimento da atividade
propicia pensar tanto sobre a questão do uso individual e coletivo das TDIC’s voltado para a
construção de canais de comunicação responsáveis e democráticos, quanto sobre a criação e
propagação de mensagens falsas enquanto desafios para o fortalecimento da democracia.
Concluída a pesquisa, indica-se que a turma seja organizada em uma roda de conversa com
o tema: A influência das tecnologias digitais na democracia. Uma sugestão é que, no
decorrer da discussão, os estudantes sejam indagados por questões como: com base nas
pesquisas realizadas, como vocês percebem os impactos das TDICs na política e no
fazer político em nossa sociedade? E na democracia? Vocês acham que as TDICs
ajudam ou prejudicam a democracia? Professor, a ideia é que juntos, vocês busquem
destacar os pontos entendidos como os mais importantes da relação entre a influência
positiva das tecnologias na democracia e da influência negativa
Sistematização
Semana 4: 2 aulas

Como proposta de sistematização dos conhecimentos desenvolvidos na atividade, indicamos


que a turma seja dividida em grupos para que trabalhem juntos na produção de um texto por
grupo que mobilize o repertório conceitual trabalhado ao longo da atividade. Professor,
sugerimos que os estudantes sejam convidados a expressar seu entendimento e suas
percepções acerca do conceito de “democracia digital”, bem como dos demais trabalhados,
sinalizando também o que ainda precisa ser aprendido sobre o assunto da atividade.
Professor, sugerimos que o formato do texto seja de livre escolha dos estudantes. Dessa
forma, eles podem optar pela construção de um texto verbal ou não verbal. Concluídas as
produções, é importante que cada grupo possa compartilhar o resultado e as reflexões com o
restante da turma, promovendo assim um espaço onde todos os colegas possam tecer
comentários sobre as produções e contribuir com as reflexões finais da atividade.

Avaliação
● Professor, para a avaliação da atividade considere observar o envolvimento de cada
estudante nos momentos de diálogos propostos. Observe também o registro das
etapas da atividade no caderno, aquelas que foram solicitadas de serem escritas. E,
por fim, avalie a participação, a criatividade e a desenvoltura no trabalho em grupo na
etapa de sistematização na construção e apresentação das produções dos grupos
Saiba Mais
● SILVA, S. P. da; BRAGATTO, R. C; SAMPAIO, R. C. S. Democracia digital,
comunicação política e redes: teoria e prática. Rio de Janeiro: Folio Digital: Letra e
Imagem, 2016. Disponível em: https://cutt.ly/oXtWpvq. Acesso em 12 ago 2022.
● SOUZA, Ludmila. Vida perfeita em redes sociais pode afetar a saúde mental.
Agência Brasil, 2021. Disponível em: https://cutt.ly/RLQY1VX. Acesso em: 12 jul 2022.
● Como fazer um mapa mental. Toda matéria. Disponível em: https://cutt.ly/lGYgYF9.
Acesso em: 12 ago. 2022.

Objetivo
● Os estudantes desenvolvem o entendimento sobre os diferentes tipos de ativismo
digital. Compreendem a ideia de bolhas informacionais e seus impactos nas relações
sociais e na consciência política dos indivíduos.
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica e Processos Criativos
Introdução
Semana 5: 2 aulas
Professor, na atividade 1 os estudantes tiveram a oportunidade de refletir sobre as
possibilidades de uso das TDIC’s e sobre a democracia digital e, na sequência, a atividade 2
oferece uma discussão voltada para o conceito de ativismo digital e seus impactos. Dessa
forma, o objetivo da atividade é trabalhar o entendimento sobre as formas pelas quais se
desenvolve o ativismo digital, também chamado de ciberativismo, além de desenvolver a
compreensão da dinâmica de funcionamento das bolhas informacionais, bem como seus
impactos nas relações sociais e na consciência política dos sujeitos. Dessa forma, é
favorecida a identificação e a análise de situações da vida cotidiana de modo a desnaturalizar
as diversas formas de desigualdades existentes, desenvolvendo, assim, as habilidades da
Formação Geral Básica que fundamentam a atividade.
Propõe-se uma aula dialógica com o compartilhamento de um relato fictício que sensibilize a
turma para a temática como, por exemplo: "Vi a postagem de uma amiga nas redes sociais.
Era um texto sobre a contratação de empregadas domésticas na cidade onde ela mora. Ela
postou um print do anúncio de uma vaga de emprego para empregada doméstica
acompanhado de um texto onde ela dizia que esse tipo de oferta é mais comum do que se
imagina. O anúncio buscava por uma funcionária com disponibilidade para trabalhar durante
todos os dias da semana e para morar na casa dos patrões, sendo o salário convertido em
moradia e alimentação. Ela se preocupava com os direitos das trabalhadoras domésticas da
sua cidade e com os riscos de que estas se submetessem a trabalhos análogos à escravidão,
o que é uma grande violação dos direitos humanos e crime previsto no artigo 149 do Código
Penal. Além disso, ela também destacava que casos de trabalhos análogos a escravisão
podem ser denunciados através do Disque Direitos Humanos, que pode ser acionado por
meio de ligação telefônica para o número 100”. Professor, trata-se apenas do exemplo de uma
situação problema que pode ser adaptada para outra temática e a ideia é, a partir do relato,
lançar questões disparadoras para provocar uma reflexão inicial sobre ativismo digital, como:
A atitude relatada poderia ser considerada ativismo digital? O que é ativismo digital na
sua opinião? Qual é a relação entre ativismo digital e direitos humanos?
É importante que, na sequência, os estudantes tenham contato com o conceito de ativismo
digital. Professor, no box Saiba Mais da atividade você encontra referências que desenvolvem
o conceito e sugere-se a mobilização do material encontrado no seguinte link:
https://cutt.ly/iLKlwBM. Acesso em 15 ago. 2022. Indicamos que, ao explicar o conceito, ele
seja diferenciado do conceito de movimentos sociais trabalhado na Formação Geral Básica,
no componente de Sociologia e outros. É possível, por exemplo, evidenciar que o ativismo
digital não está diretamente relacionado aos três princípios elencados pelo sociólogo francês
Alain Touraine (1997) para que uma organização seja reconhecida enquanto movimento
social, a saber: o princípio da totalidade, o princípio da identidade e o princípio da oposição.
Após a explicação, propõe-se que os estudantes reflitam e formulem hipóteses sobre como o
ativismo digital pode promover a democracia e os Direitos Humanos, bem como prejudicá-los.
A metodologia ativa da aprendizagem entre pares pode ser norteadora deste momento da
atividade para propor que os estudantes se dividam em grupos, devendo cada um deles
elaborar hipóteses sobre os dois casos, além de buscarem ao menos um exemplo para cada
um deles. É relevante lembrar que o ativismo digital pode utilizar diversas ferramentas
através de: vídeos, enquetes, hashtags, compartilhamento de petições, vaquinhas,
abaixo-assinados, lives, correntes de mensagens, filtros para fotos, etc. Professor, um
exemplo de ativismo que promove os Direitos Humanos é a viralização da hashtag
#BlackLivesMatter, uma movimentação política e social descentralizada que denuncia a
violência policial contra pessoas negras. A hashtag apareceu na metade de 2013, [...] e desde
então tem sido utilizada no ambiente digital para denunciar casos de violência racial e apoiar
questões raciais (Anderson, 2016). Exemplos como esse podem ser destacados a partir das
vivências dos estudantes e/ou de pesquisas realizadas na internet para que identifiquem
exemplos de ativismo digital. Professor, a ideia é que os estudantes busquem utilizar
exemplos ao longo da argumentação apresentando casos reais de ativismo digital. Propõe-se
que a etapa da atividade seja concluída com a apresentação de cada grupo a respeito das
discussões feitas e dos exemplos levantados.
Desenvolvimento
Semanas 6 e 7: 4 aulas
Professor, uma vez trabalhado o entendimento sobre o conceito de ativismo digital, se faz
relevante o seguinte questionamento voltado para os estudantes em aula dialógica: O
ativismo digital de toda e qualquer natureza chega a todos os usuários presentes no
ambiente digital? De que forma ele circula? A questão abre espaço para pensarmos a
importância de identificarmos as bolhas informacionais nas redes sociais, de avaliarmos como
elas podem limitar a nossa exposição a diferentes perspectivas e de traçar estratégias para
estourá-las. Sugere-se ainda que sejam indicadas para a turma algumas palavras aleatórias a
serem inseridas em uma ferramenta de pesquisa (ex.: geladeira; África; jardinagem;
apartamento; chocolate). A ideia é que cada estudante escolha apenas uma palavra dentre
as indicadas e a insira em uma ferramenta de busca. Este ponto será retomado ao final da
etapa da atividade. Sugere-se que o desenvolvimento siga em aula dialógica com a
apresentação do conceito de bolhas informacionais para os estudantes:

Bolha informacional: Ambiente, especialmente online, em que as pessoas são


expostas apenas a informações e opiniões que confirmam aquilo em que já
acreditavam. A bolha informacional é um viés construído pelos algoritmos a partir
de nossos hábitos e pesquisas na internet.

Instituto Palavra Aberta. Aprenda e aplique: Glossário. Educamídia.


https://cutt.ly/4XshNuc Acesso em 12 ago 2022.

Professor, é relevante mobilizar o conhecimento dos estudantes perguntando, por exemplo, se


eles já conheciam o conceito. Pode-se questionar ainda se eles se entendem como parte de
alguma(s) bolha(as) informacional(is). Indica-se a reprodução do vídeo que se encontra no
link: https://cutt.ly/PXdD3yq (Acesso em: 15 ago. 2022), caso seja possível. Além disso, no
box Saiba Mais você encontra também outros vídeos que apresentam uma série de
argumentos sobre os perigos oferecidos pelas bolhas informacionais, que operam em uma
dinâmica que nos afasta de informações que possam nos desafiar, bem como ampliar a nossa
leitura do mundo, trazendo prejuízos individuais e coletivos. Outra possibilidade é solicitar que
o vídeo seja assistido em casa ou mesmo permitir que sejam usados os dispositivos dos
próprios estudantes.
Após a reprodução do vídeo, propõe-se a realização de uma roda de conversa. Esta é uma
oportunidade de reflexão coletiva acerca dos elementos apresentados pelo vídeo e ela pode
ser fomentada por algumas perguntas como, por exemplo: Qual é a relação entre os
algoritmos e as bolhas informacionais? Quais são os pontos positivos e negativos das
bolhas informacionais? Na opinião de vocês, quais são os riscos que as bolhas
informacionais podem apresentar à democracia e aos Direitos Humanos? Sugere-se
que, após a discussão, sejam retomadas as palavras indicadas para turma no início desta
etapa. Pode-se perguntar se, desde que as palavras foram inseridas na ferramenta de busca,
foi observada alguma alteração nos conteúdos visualizados por eles e, se houver a
possibilidade, os estudantes podem fazer a verificação em tempo real, navegando por alguns
minutos nas redes sociais. A ideia é que os estudantes possam verificar como algumas
formas de uso das TDIC’s podem reforçar as bolhas informacionais e refletir sobre a
importância de práticas que favoreçam o contato com informações que possam ampliar a
nossa leitura do mundo de maneira comprometida com a democracia e com os Direitos
Humanos.
Sistematização
Semana 8: 2 aulas
Professor, a proposta de sistematização da atividade gira em torno da produção de uma
produção textual com a temática: Como estourar as bolhas informacionais na escola? O
objetivo da atividade é que os estudantes mobilizem os conhecimentos trabalhados ao longo
da atividade, articulando os conceitos de ativismo digital, democracia e direitos humanos de
modo a demonstrar que entendem o significado de bolhas informacionais e os seus impactos,
e que apresentem uma proposta de intervenção com medidas que tenham o potencial de
“rompê-las” no espaço escolar. Professor, a ideia é que os estudantes compreendam que a
prática de rompimento das bolhas informacionais é nutrida de sentido. Este ocorre no
momento em que há o comprometimento com a democracia e com a defesa dos Direitos
Humanos. Os estudantes podem, ainda, ser incentivados a realizar pesquisas que podem
servir de apoio para a produção.
Avaliação
● Professor, na avaliação da atividade considere o envolvimento dos estudantes na
realização da pesquisa proposta na etapa de introdução, e a participação dos mesmos
nas discussões que marcam a etapa do desenvolvimento, observando os aprendizados
acerca dos conceitos mobilizados na atividade.
Saiba Mais
● Jornal da USP. Ativismo digital é novo tipo de participação e transformação
política. 2020. Disponível em: https://cutt.ly/iLKlwBM. Acesso em 18 jul 2022.
● EducaMídia. Bolha Informacional - Me Explica, Vai! Youtube, 23 de Janeiro de 2021.
Disponível em: https://cutt.ly/PXdD3yq. Acesso em: 15 ago. 2022.
● TED Talk. Cuidado com as "bolhas de filtro" on-line. Disponível em:
https://cutt.ly/KXdML1t. Acesso em 15 ago 2022.
● ANDERSON, Monica. The hashtag #BlackLivesMatter emerges: Social activism on
Twitter. 2016. Disponível em: https://cutt.ly/MZUmOx2. Acesso em 18 jul 2022.

ATIVIDADE 3
Objetivo
● Os estudantes problematizam o papel exercido pelos influenciadores digitais dentro e
fora das redes, refletindo sobre os impactos e as influências relacionados ao trabalho
dos influenciadores digitais.
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica, Processos Criativos e Empreendedorismo.
Introdução
Semana 9: 2 aulas
Professor, a temática da Atividade 3 do Módulo “Ativismo Digital” trata dos influenciadores
digitais. Objetiva-se o reconhecimento da influência exercida por esses agentes tanto dentro
quanto fora do ambiente digital, de modo a refletir e a compreender o impacto que a atuação
dos influenciadores digitais pode ter na vida em sociedade e a construção de uma publicação
para redes sociais de caráter informativo voltada para a comunidade escolar. Além disso, a
atividade propõe a identificação das responsabilidades atreladas ao trabalho dos
influenciadores digitais, passando pela compreensão desta atuação enquanto parte do mundo
do trabalho.
Para iniciar as reflexões, sugere-se algumas perguntas sensibilizadoras que permitam a
realização de uma avaliação diagnóstica da turma favorecendo uma discussão voltada para a
compreensão da função social do trabalho. Para vocês, o que é trabalho e o que é
emprego? São a mesma coisa ou existem diferenças? Se existem diferenças, quais são
elas? O que vocês desejam: um trabalho ou um emprego? Por que? Professor, ao
discutir as respostas compartilhadas pelos estudantes, aconselhamos que sejam mobilizados
os conteúdos trabalhados na Formação Geral Básica no componente de Sociologia e outras
que desenvolvem o conceito de trabalho, caracterizando-o enquanto prática produtiva situada
em um contexto de divisão social do trabalho. Professor, é pertinente explicar que o conceito
de trabalho se transforma ao longo do tempo e que a sociologia, desde seus autores
clássicos, se debruça sobre a temática. Autores como Marx, Weber Durkheim, entre outros
intelectuais, já tratavam o trabalho enquanto atividade humana, provida de sentido social e
buscavam compreendê-la através de questões como a luta de classes e a divisão do trabalho,
por exemplo. Na sequência, solicite aos estudantes que realizem uma chuva de ideias.
Considerando que no mundo do trabalho existem diversas profissões, responda a pergunta:
Qual seria um exemplo de profissão?
Professor, observe se a profissão de influenciadores digitais estará dentre as respostas
apresentadas pelos estudantes. Posto que, as TDIC’s já foram abordadas neste Módulo,
utilize-as para contextualizar o desenvolvimento de profissões relacionadas ao ambiente
digital. Nesse sentido, em aula dialógica, você pode apresentar a atividade dos
influenciadores digitais, que passa a ser reconhecida como profissão no Brasil com o registro
de n°2534-10 na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO). Disponível no site do
Ministério do Trabalho no link: https://cutt.ly/FZY1oTh. É relevante ainda que a discussão
perpasse a dimensão empreendedora da influência digital, isto é, a prática de
empreendedores que utilizam o ambiente digital para impulsionar seus negócios. No box
Saiba Mais há materiais que poderão subsidiar as práticas em ambientes de aprendizagem.

Desenvolvimento
Semanas 10 e 11: 4 aulas

Professor, o desenvolvimento da atividade pode ser iniciado com algumas perguntas


norteadoras. Quais são as formas de influência existentes no ambiente digital? Este é o
exemplo de uma questão que pode ser apresentada aos estudantes. Uma dica é buscar
identificar quais são os influenciadores mais populares entre a turma e as temáticas
trabalhadas por eles.
Sugere-se que a turma seja levada a refletir se já sentiram vontade e/ou se já realizaram
alguma compra, após acompanhar uma personalidade na internet. Ao observarem alguma
celebridade usando um produto de beleza, uma roupa, um corte de cabelo etc., questione-os
se são motivados pela narrativa acerca daquele produto/serviço, ainda que não fosse uma
necessidade. Nesse ponto é possível fazer um paralelo com a influência exercida pelos
comerciais na televisão e pelos conteúdos de novelas, filmes e séries, por exemplo. Pode-se
ainda fazer referência a Resolução N.º 163 de 2014 do Conselho Nacional dos Direitos da
Criança e do Adolescente (CONANDA). A resolução reforça o Código de Defesa do
Consumidor que determina como abusiva e ilegal a publicidade voltada para crianças, sujeitos
reconhecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) (Lei n° 8.069 de 1990) em
condição de desenvolvimento cognitivo, o corpo físico, o emocional, o social etc. A publicidade
infantil, portanto, é entendida como abusiva por ser destinada a um público em especial
vulnerabilidade no que diz respeito à persuasão relacionada ao consumo de serviços e
produtos.
Propõe-se relacionar os efeitos e a influência da publicidade infantil ao comportamento das
pessoas nas redes e a sistemática adotada pelo mercado de marketing e comércio digital, em
que os influenciadores cumprem o papel de apresentar produtos e construir narrativas com a
finalidade de influenciar os seguidores a consumirem bens e serviços. Professor, conduza os
estudantes a refletirem sobre os hábitos de consumo influenciados pelo ambiente digital.
Sensibilize-os a pensarem de forma ampla sobre outras formas de influência, as quais,
estamos sujeitos. Nessa direção, sugerimos o questionamento: Qual o papel dos
influenciadores digitais nos debates públicos e na formação de opinião dos indivíduos?
Para subsidiar a discussão, sugerimos que seja feita referência a movimentação ocorrida nas
redes sociais, no ano eleitoral de 2022, protagonizada por influenciadores digitais, entre
outros agentes, e que teve como objetivo incentivar jovens a tirarem o título de eleitor,
conforme divulgado em matéria no site do Tribunal Superior Eleitoral, a qual se encontra
disponível no link https://cutt.ly/KZIOKhn. Acesso em 25 jul 2022.
Professor, indicamos que a turma seja dividida em grupos de 4 ou 5 estudantes para que a
temática da influência digital seja desenvolvida por meio da metodologia ativa de
aprendizagem entre pares. A proposta é que a dimensão da responsabilidade relacionada aos
influenciadores digitais, no que diz respeito à formação de opiniões, seja trabalhada de
maneira articulada a defesa dos Direitos Humanos. Sugere-se que cada grupo seja convidado
a pesquisar sobre o assunto: Violação dos Direitos Humanos com repercussão no ambiente
digital. Após destacar os posicionamentos de influenciadores digitais, seja na direção da
defesa ou da violação dos referidos direitos. Por meio da internet, pode-se buscar
publicações, notícias, entre outros informativos online, como também pesquisar referências
que tratem sobre os Direitos Humanos. Espera-se que cada grupo, a partir da seleção do
caso, identifique a violação ocorrida e análise, de que forma os influenciadores digitais
interagiram com a questão. Os estudantes devem construir coletivamente o entendimento do
grupo referente a influência exercida nos ambientes digitais e suas implicações.
Sistematização
Semana 12: 2 aulas
Professor, com base nas reflexões e nas pesquisas desenvolvidas durante o desenvolvimento
da atividade, indicamos que a sistematização seja feita seguindo a configuração de trabalho
em grupo. A ideia é que a pesquisa realizada sirva de subsídio para a construção de uma
publicação pensada no formato da rede social de preferência do grupo. Isto é, a produção
pode se dar através de um texto escrito, de fotografias, de peças gráficas, de vídeos etc. O
importante é que os estudantes possam expressar os conteúdos trabalhados na atividade
através de processo criativo. O objetivo da publicação é o de informar aos demais estudantes
da comunidade escolar a respeito das responsabilidades relacionadas à atuação dos
influenciadores digitais e o caráter fundamental da defesa dos Direitos Humanos no ambiente
digital.
Avaliação
● Como forma de avaliação da atividade, observe o envolvimento dos estudantes com o
trabalho desenvolvido em grupo, além da participação nos momentos dialógicos das
etapas da atividade. É importante que os estudantes tenham conseguido compreender
os conceitos mobilizados pensando sua aplicabilidade na dimensão prática da vida, isto
é, de que forma a influência digital atravessa a nossa vida e o mundo ao nosso redor,
sendo capazes de identificar formas de violência no ambiente digital. Professor,
considere também a criatividade na proposta apresentada na etapa de sistematização.
Saiba Mais
● Ribeiro, Sandra Ponte. Sobre repovoar narrativas: o trabalho dos influenciadores
digitais a partir de uma abordagem sociotécnica. Dossiê Digitalização e Dataficação da
Vida: pervasividade, ubiquidade e hibridismos contemporâneos. Civitas, Rev. Ciências
Sociais, ago 2021.
● Agência O Globo. Empreendedores impulsionam negócios como influenciadores
digitais e contam como perder a vergonha e virar ‘blogueirinho’. Disponível em
https://cutt.ly/SZIFnZP. Acesso em 2 ago 2022.
● TV Brasil. Influenciadores digitais em debate no Mídia em Foco. Youtube, 16 Abr.
2018. Disponível em: https://cutt.ly/MZY1Hc9. Acesso em 25 jul 2022.

ATIVIDADE 4
Objetivo
● Os estudantes compreendem as responsabilidades envolvidas no uso da internet,
refletem sobre práticas e comportamentos nas redes e planejam ações de promoção
dos direitos humanos no ambiente digital.
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica, Processos Criativos e Mediação e Intervenção Sociocultural.
Introdução
Semana 13: 2 aulas
Professor, a Atividade 4 do Módulo oportuniza a avaliação dos impactos das redes sociais no
ambiente escolar, compreendendo as responsabilidades envolvidas no uso da internet, e a
criação de ações de promoção dos direitos humanos no ambiente digital e no ambiente
escolar. Para introduzir a discussão, sugerimos que através de aula expositiva dialogada os
estudantes reflitam e discutam sobre a importância do engajamento em prol dos direitos
humanos por todos os meios, inclusive por meio das redes sociais. Estabeleça uma relação
entre a importância do entendimento sobre o uso das redes sociais e a comunicação
comunitária, seja no ambiente escolar, seja na comunidade em geral. Podem ser feitas
algumas perguntas sensibilizadoras como, por exemplo: Vocês acompanham algum perfil
ou canal nas redes sociais que compartilhe informações pertinentes a comunidade
escolar? Colete as reflexões dos estudantes e dê orientações sobre a relevância de um
canal com olhar atento às questões pertinentes à comunidade local e escolar, que valorize a
cultura e a participação ativa da comunidade e que seja comprometido com os interesses
destes cidadãos. Além disso, é importante incentivá-los a identificar quais seriam os assuntos
que poderiam ser fomentados no contexto da escola, de modo a buscar conexão com as
pessoas e o avanço no atendimento das demandas da comunidade escolar.
Para subsidiar a discussão, indicamos que seja compartilhado com os estudantes o texto da
Declaração Universal dos Direitos Humanos disponível no link: https://cutt.ly/1ZINHuo.
Professor, a ideia é que os estudantes se familiarizem com os direitos previstos na declaração
e que eles possam identificar o artigo que reconhece o caráter fundamental da comunicação.
Dessa forma, é importante que se destaque o Artigo 19, a saber:
“Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; esse direito
inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e
transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de
fronteiras.” (Artigo 19, Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948)

Indicamos que na sequência os estudantes sejam indagados com as seguintes questões: Os


cidadãos da comunidade tem garantido os seus Direitos Humanos de procurar, receber
e transmitir informações e ideias por quaisquer meios? Quais são os segmentos
sociais que encontram maiores desafios referentes à efetivação deste direito? Por que?
Conduza uma discussão sobre a realidade de violação dos Direitos Humanos enfrentada por
diversos segmentos da nossa sociedade e a importância do posicionamento na defesa desses
direitos por parte dos cidadãos de um modo geral, e da comunidade local de maneira
especial, inclusive no ambiente digital.
Professor, na sequência sugerimos que você busque provocar os estudantes a apontarem os
principais artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos que na opinião deles versam
sobre os direitos relacionados a vida da comunidade que mais precisam ser melhor
efetivados.

Desenvolvimento
Semanas 14 e 15: 4 aulas
Professor, para iniciar a etapa de desenvolvimento da atividade, sugerimos que você elenque
os artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos destacados pelos estudantes na
etapa de introdução e divida a turma em grupos. A proposta é que os estudantes trabalhem
no formato da metodologia ativa de aprendizagem entre pares e, para isso, os grupos devem
ser numerados de modo que cada um deles receba como tema um artigo ou alguns artigos do
referido documento.
Para cada grupo, atribua artigo(s) da declaração. Oriente-os a realizarem uma leitura
cuidadosa, e após os conduzam a uma reflexão e discussão entre eles norteados por algumas
questões: Após as reflexões dos artigos (Direitos Humanos), qual a sua importância
para a sociedade? Que ações as comunidades poderiam desenvolver para que os
Direitos Humanos, de fato, fossem efetivados? É recomendável que, durante o
desenvolvimento da atividade, eles possam realizar pesquisas utilizando o celular, de modo a
buscar conteúdos e/ou práticas já existentes relacionadas ao assunto. Professor, suponhamos
que um dos grupos esteja trabalhando com o Artigo 4 da Declaração Universal dos Direitos
Humanos, que diz o seguinte:
“Todo ser humano tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável
das horas de trabalho e a férias remuneradas periódicas” (Artigo 4,
Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948)
Espera-se que o estudante reflita, sobre a importância do repouso e lazer na vida de qualquer
pessoa. Além disso, cabe a eles identificarem se os Direitos Humanos são violados ou
garantidos na sua comunidade. Os estudantes e a comunidade escolar têm garantidos os
direitos ao repouso e ao lazer? E a comunidade onde a escola está inserida? Por que? E, por
fim, cada grupo deve elaborar uma proposta de intervenção alinhada aos princípios da
comunicação comunitária, por meio das ferramentas digitais, com o intuito de fomentar a
conscientização acerca dos direitos ao repouso e ao lazer, bem como as suas efetivações.
Como exemplo, elaborar uma agenda de divulgação de programações culturais gratuitas na
cidade, ou que seja organizada uma petição on-line visando pressionar o Estado para o
cumprimento do previsto na Declaração Universal dos Direitos Humanos.Sugerimos que a
atividade funcione em rodadas, de modo que a configuração de grupos organizada na
primeira rodada rotacione nas próximas e, ao final, todos os grupos tenham refletido e
debatido sobre todos os artigos destacados pela turma. É indicado ainda que a cada rodada
os grupos definam um relator responsável por registrar as respostas dadas pelos grupos para
cada questão norteadora.

Sistematização
Semana 16: 2 aulas

Professor, propõe-se que na etapa da sistematização, que realize com os estudantes uma
roda de conversa. Nesse momento, conduza-os a compartilharem os artigos (Direitos
Humanos) debatidos nos grupos, ao longo da atividade. Essa oportunidade, oferta a eles
compartilharem as perspectivas apresentadas em cada estação a partir da reflexão e da
pesquisa realizadas. O objetivo, professor, é que os direitos elencados como os que
necessitam de avanço no sentido de sua efetivação na comunidade sejam abordados também
a partir das propostas de intervenção pensadas pelos estudantes. Dessa forma, a roda de
conversa pode ser realizada em torno da seguinte questão norteadora: Como atuar nas
redes em prol da defesa e efetivação dos direitos humanos? Como mobilizar recursos,
ideias e engajamento para atuar nas redes exercendo a cidadania? Como se pode, a
partir das propostas desenvolvidas nos grupos trabalhados na etapa de
desenvolvimento, produzir impacto na sociedade?
Após a roda de conversa, elenque, juntamente, com a turma os principais aprendizados sobre
as responsabilidades envolvidas no uso da internet e das redes sociais e sua relação com o
espaço escolar a comunidade e solicite que os estudantes registrem em seus cadernos.

Avaliação
● Professor, sugerimos que na avaliação da atividade seja observada a participação dos
estudantes nos momentos de debate propostos, considerando a articulação dos
conceitos mobilizados ao longo das etapas. É importante que os estudantes tenham
conseguido pensar os fundamentos dos direitos humanos no contexto da sua
comunidade, tendo elaborado propostas criativas de intervenção por meio do ambiente
digital e da comunicação comunitária.
Saiba Mais
● Declaração Universal dos Direitos Humanos. Adotada e proclamada pela
Assembleia Geral das Nações Unidas, Resolução 217 AIII. Dez 1948. Disponível em:
https://cutt.ly/FZPAKmN. Acesso em 3 ago 2022.
● MARTINS, Helena. Comunicação: reconhecimento como direito humano fundamental é
recente. Agência Brasil, out. 2014. Disponível em https://cutt.ly/WZPP2ne. Acesso em
03 ago 2022.

ATIVIDADE 5
Objetivo
● Os estudantes desenvolvem estratégias de trabalho em grupo de maneira democrática
e efetiva para que construam um Observatório dos Direitos Humanos.
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica, Processos Criativos e Mediação e Intervenção Sociocultural.
Introdução
Semana 17: 2 aulas

Professor, a proposta da última atividade do Módulo se estrutura na metodologia ativa de


aprendizagem baseada em projetos. Trata-se do desenvolvimento de um observatório
dedicado à defesa dos direitos humanos na comunidade da escola. Indicamos que a atividade
seja iniciada em aula expositiva dialogada com algumas perguntas sensibilizadoras voltadas
para os estudantes: O que é um Observatório? Para que serve? Quais observatórios
vocês conhecem? É importante explicar que: Observatório é um local usado para observar e
monitorar eventos terrestres, marinhos ou celestes. Como também, é um espaço para o
exercício da cidadania. A proposta é que seja construído um espaço no ambiente digital em
que a escola e a comunidade possam ter acesso a uma rede de informações sistematizadas e
atualizadas sobre um assunto. A proposta da atividade é a elaboração de um observatório
que, a depender do engajamento dos estudantes, pode passar por constante renovação e
integrar o cotidiano escolar a longo prazo. Além disso, a participação de vários agentes em
colaboração se faz necessária para sua construção. Albornoz e Herschmann (apud SOARES
et al., 2018, p. 89) classificam os observatórios em dois tipos. O primeiro se refere aqueles
que se propõe a monitorar o funcionamento de algo como, por exemplo, acompanhar a coleta
de lixo na cidade, o asfaltamento das ruas e o saneamento. Já outros observatórios, além do
monitoramento, promovem intervenções nas políticas públicas.
Sugere-se que o formato do observatório seja escolhido a critério dos estudantes, bem como
o nome do mesmo. Abordar-se-á aqui o Observatório de Direitos Humanos. Professor,
durante a explicação sobre a proposta de criação de um observatório, você pode relembrar os
estudantes das demandas identificadas pelos estudantes da última atividade como sendo
pertinentes à comunidade, a partir da observação dos artigos da Declaração Universal dos
Direitos Humanos. A ideia é que esta última atividade, bem como as temáticas abordadas nas
demais atividades do Módulo, sirvam de orientação para que seja desenhada a proposta do
Observatório dos Direitos Humanos.
Oriente os estudantes quanto aos critérios referentes aos métodos de pesquisa. Essa ação
garante a veracidade das informações fornecidas pelo observatório. Soares et al., (2018)
afirmam que:
“[...] em consonância com a UNEP (Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente) (1999) e a OMS (Organização Mundial da Saúde) (2012),
conclui-se que as principais atividades de um observatório devem envolver: (i)
coletar e estruturar (dados e informações em sistemas e bases de dados); (ii)
investigar e analisar; (iii) produzir e utilizar indicadores; (iv) monitorar e
acompanhar; (v) estabelecer e articular redes de parcerias; (vi) informar e
divulgar”. (Soares et al., 2018, p. 100)

Professor, sugerimos que você compartilhe com os estudantes diferentes observatórios já


existentes e que vocês busquem sistematizar juntos as informações centrais sobre eles. A
ideia é que os estudantes se familiarizem com a proposta, observando a atuação de outros
observatórios. No box Saiba Mais há algumas sugestões. Você, pode pesquisar também, por
observatórios atuantes da sua região, por exemplo. Indicamos que o primeiro passo para
desenvolver o Observatório de Direitos Humanos seja trabalhar as motivações dos estudantes
que vão nortear sua construção. É a partir dos sentimentos e emoções trazidos por eles que a
“razão de ser” da atividade vai surgir. Para este momento, sugerimos algumas questões
norteadoras: O que devemos valorizar, preservar e promover na nossa comunidade?
Quais elementos, pessoas, acontecimentos, eventos me motivam dentro da nossa
comunidade? A ideia é que juntos os estudantes selecionem uma temática relacionada aos
direitos humanos para ser a primeira desenvolvida pelo observatório, sendo importante
definir, além da temática, a rede social ou outra ferramenta do ambiente digital a ser utilizada
na criação. Professor, sugerimos que você comunique aos estudantes que ao longo das
próximas aulas eles colocarão a mão na massa no desenvolvimento do Observatório de
Direitos Humanos.

Desenvolvimento
Semanas 18 e 19: 4 aulas

Professor, sugerimos iniciar a etapa de desenvolvimento planejando a execução do


Observatório de Direitos Humanos. Uma ideia é reservar um momento inicial para que os
estudantes pensem sobre suas forças e fraquezas com relação ao que podem trazer para o
grupo da turma, por exemplo, uma força seria “ser criativo” e um fraqueza “ser muito indeciso
nas horas de tomar decisões”. Incentive os estudantes a refletirem sobre suas características
pessoais: o que eles podem trazer para o grupo, e o que precisarão dos outros estudantes.
Oriente-os a terem em mente os objetivos do observatório, o público alvo (a comunidade
local), a temática e os desafios a serem abordados, e a dimensão de monitoramento e
intervenção conferida ao observatório. Esses elementos podem sempre ser revisitados para
se ter certeza de que as decisões que estão sendo tomadas vão de fato contribuir para atingir
o que o projeto se propõe. Dessa forma, a turma pode se dedicar a cada etapa específica de
construção do observatório.
No momento coleta e estruturação dos dados referentes a temática escolhida, a turma pode
ser dividida em grupos para que seja realizada uma pesquisa na internet orientados a buscar
fontes seguras de informação. A ideia é que seja estabelecido um panorama da situação da
comunidade no tocante a temática e a estruturação das informações pode ser feita em forma
de tópicos. No momento de investigação e análise, a turma pode se organizar em um círculo
de modo que os estudantes compartilhem o resultado da pesquisa e, juntos, analisem a
atuação do observatório frente aquela realidade. Isto é, definir se será feito o monitoramento
ou a intervenção e qual a forma de condução. Durante a produção e utilização dos
indicadores, propõe-se a realização de uma publicação para ser divulgada posteriormente
sobre o observatório, voltada para a comunidade escolar por meio do ambiente digital,
utilizando o espaço escolhido pela turma, seja o perfil de uma rede social, um site ou afins.
Sugerimos que a publicação, além de informar sobre o Observatório dos Direitos Humanos,
informe sobre os indicadores levantados pela turma a respeito da temática tratada. No
momento de estabelecimento de redes de parceria, indicamos a realização de uma chuva de
ideias onde os estudantes apresentem sugestões de organizações e/ou influenciadores
digitais que possam somar na proposta do observatório.
O monitoramento e o acompanhamento devem ocorrer de maneira constante, enquanto o
Observatório de Direitos Humanos estiver ativo, de modo que seja adotada a prática de
revisitar todas as etapas do desenvolvimento da atividade.

Sistematização
Semana 20: 2 aulas

Professor, como sistematização da atividade, sugerimos a realização de uma roda de


conversa para marcar o lançamento do Observatório de Direitos Humanos. Esse momento
pode ser compartilhado com toda a comunidade escolar e local, além da rede de parceria
construída pelos estudantes. Indicamos que os estudantes se dediquem a mobilizar os
convidados a participarem do momento, que pode acontecer em um espaço externo a sala de
aula como, por exemplo, o pátio ou a quadra de esportes da escola. A organização da roda de
conversa é parte da etapa de informar e divulgar o Observatório de Direitos Humanos. Dessa
forma, professor, a etapa de sistematização compreende também a realização da publicação
desenvolvida pelos estudantes na etapa de desenvolvimento, que visa informar a comunidade
sobre a atividade construída pelos estudantes, além de informar sobre os indicadores
definidos pelos estudantes para serem compartilhados referentes a temática também
escolhida por eles.

Avaliação
● Professor, observe-se que as avaliações de todas as etapas desenvolvidas nas
atividades, estejam articuladas às aprendizagens desse Módulo: Ativismo Digital, com
os demais. Atente-se também, para o envolvimento dos estudantes nos trabalhos em
grupo, no processo de pesquisa e na interação de cada grupo com os demais, ao longo
da construção do Observatório de Direitos Humanos. É importante que os estudantes
tenham feito uma leitura da realidade da comunidade, sob a ótica dos Direitos
Humanos e que tenham se mobilizado no projeto proposto.
Saiba Mais
● Secretaria de Estado da Mulher do Distrito Federal. Observatório da Mulher.
Disponível em: https://cutt.ly/zZAObVX. Acesso em: 4 de ago. 2022.
● SOARES, Lilian Campos; FERNEDA, Edilson; PRADO, Hércules Antonio.
Observatórios: um levantamento do estado de conhecimento. Brazilian Journal of
Information Studies: Research Trends, v.12, n. 3, p. 86-110, 2018.

MÓDULO
Cidadania Global
Área do Conhecimento
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Perfil do(a) Professor(a)
Filosofia, Geografia, História, Sociologia
Carga horária total
30 horas
Carga horária semanal
2 horas
Descrição
O conjunto de atividades tem como objetivo proporcionar aos estudantes reflexões sobre as
relações e as tensões entre o local e o global, a partir da análise dos impactos e oportunidades
gerados pela interdependência entre as sociedades resultante da globalização. A partir da
investigação de processos históricos como as Guerras Mundiais e a criação da Organização
das Nações Unidas, as atividades propõem também um olhar sobre os Direitos Humanos e
sobre o Direito Internacional como instrumentos de cooperação e promoção da paz em
contraposição ao individualismo. Por fim, os estudantes serão convidados a refletir, enquanto
cidadãos globais, sobre a agenda de desenvolvimento sustentável, percorrendo os grandes
desafios mundiais como a crise climática e as migrações.
Objetos de conhecimento
Entre o local e o global: desafios do cidadão do mundo; globalização no século XXI;
interdependência da sociedade de consumo e o individualismo coletivo; desafios globais: fome,
pobreza, migrações, violência, crime organizado e desigualdades sociais; as Guerras Mundiais
e a criação da Organização das Nações Unidas. Direitos Humanos e Direito Internacional
como instrumentos de cooperação e promoção da paz. Desenvolvimento sustentável e um
futuro comum para o cidadão global.
Objetivos das atividades
1: Os estudantes entendem o conceito polissêmico da globalização, identificando a influência
de tal fenômeno na vida e cotidiano das pessoas em todo o mundo.
2: Os estudantes desnaturalizam e compreendem a globalização e suas consequências,
identificando em quais sentidos apresentam desafios à cidadania global
3: Os estudantes conhecem a Declaração Universal dos Direitos Humanos e entendem os
aspectos históricos e a importância dos direitos humanos para efetivação da cidadania.
4: Os estudantes exercitam a reflexão acerca da responsabilidade coletiva referente à
efetivação dos direitos humanos e da cidadania global, em relação com a ideia de
sustentabilidade presente nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável
5: Os estudantes realizam um projeto de intervenção social a ser realizado em relação com o
entorno da escola que reflita as temáticas trabalhadas no Módulo, mobilizando processos
criativos, colaborativos e práticos para solucionar problemas coletivos.
Competências e Habilidades da Formação Geral Básica a serem aprofundadas: 4 e 5
EM13CHS403: Caracterizar e analisar os impactos das transformações tecnológicas nas
relações sociais e de trabalho próprias da contemporaneidade, promovendo ações voltadas à
superação das desigualdades sociais, da opressão e da violação dos Direitos Humanos.
EM13CHS504: Analisar e avaliar os impasses ético-políticos decorrentes das transformações
culturais, sociais, históricas, científicas e tecnológicas no mundo contemporâneo e seus
desdobramentos nas atitudes e nos valores de indivíduos, grupos sociais, sociedades e
culturas.
Eixos Estruturantes e suas Competências e Habilidades: Investigação Científica,
Mediação e Intervenção Social, Empreendedorismo.

EMIFCHSA01: Investigar e analisar situações problema envolvendo temas e processos de


natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional,
nacional e/ou global, considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.
EMIFCHSA02: Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica,
exploratória, de campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e
processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito
local, regional, nacional e/ou global, identificando os diversos pontos de vista e
posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos recursos
utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.
EMIFCHSA07: Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e
ameaças a grupos sociais, à diversidade de modos de vida, às diferentes identidades culturais
e ao meio ambiente, em âmbito local, regional, nacional e/ ou global, com base em fenômenos
relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
EMIFCHSA09: Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver problemas
de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou
global, relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
EMIFCHSA10: Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas podem ser utilizadas na concretização de projetos
pessoais ou produtivos, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, considerando as
diversas tecnologias disponíveis, os impactos socioambientais, os direitos humanos e a
promoção da cidadania.
Referências Bibliográficas

COMPARATO, Fabio Konder. A afirmação histórica dos direitos humanos. São Paulo:
Saraiva, 1999.
COSTA, Maria Izabel; IANNI, Aurea Maria. O conceito de cidadania. In: Individualização,
cidadania e inclusão na sociedade contemporânea: uma análise teórica. São Bernardo do
Campo, SP: Editora UFABC, 2018, pp. 43-73.
HARARI, Yuval Noah. Sapiens: Uma breve história da humanidade. Porto Alegre: L&PM
Editores, 2018.
LEVI, Primo. É isto um Homem? São Paulo: Editora Rocco, 1988. Tradução: Luigi Del Re.
SAHLINS, Marshall. O "pessimismo sentimental" e a experiência etnográfica: por que a cultura
não é um objeto em via de extinção (parte I). In: MANA, v. 3, n.1, 1997.
PINSKY, Jaime. História da Cidadania. São Paulo: Contexto, 2003.
SANTIANO, Mylene; ANTUNES, Katiuscia; AKKARI, Abdeljalil. Educação para a cidadania
global: desafios para a BNCC e formação docente. Rev. Espaço do Currículo (online), João
Pessoa, v.13, n. Especial, p. 687-699, dez. 2020.
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal,
Record, São Paulo, 2000.
ATIVIDADE 1
Objetivo
● Os estudantes entendem o conceito polissêmico da globalização, identificando a
influência de tal fenômeno na vida e cotidiano das pessoas em todo o mundo.
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica.
Introdução
Semana 1: 2 aulas
Professor, as atividades estão divididas em três partes: 1ª) Introdução (sensibilização e
contextualização para a temática proposta; 2ª) Desenvolvimento (a proposta e o conteúdo da
atividade); e a 3ª) Sistematização e fechamento da discussão abordada em sala de aula.
Sugerimos que organize alguns minutos iniciais para realizar uma pré-introdução, para que
você apresente a proposta das Atividades Integradoras: Cidadania global.

É muito importante situar a turma quanto à temática geral que será abordada. Para isto, é
necessário fazer uma reflexão em uma aula dialogada sobre o que se compreende acerca da
cidadania global, iniciando pelo próprio conceito de cidadania, de maneira a acessar o
conhecimento acerca disso, ou relembrar o seu significado, situando-o nas discussões. A
cidadania é um conceito que permite compreender que os sujeitos estão vinculados à
comunidade internacional a um Estado-Nação.

Professor, tenha em mente que o objetivo dessa primeira atividade é explorar a relação da
cidadania com a globalização do século XXI, abordando-a como um conceito polissêmico.
Nesse sentido, nessa introdução, também é interessante explorar as perspectivas já
existentes sobre o que significa o processo de globalização. Para isso, você pode apresentar
para a turma o conceito de globalização do escritor canadense Marshall McLuhan: “Processo
pelo qual a arte, a cultura, a música, o comportamento, o vestuário dos indivíduos de um país
sofrem e assimilam as influências de outros, devido ao desenvolvimento dos meios de
comunicação de massa, tornando o mundo unificado em uma grande ‘aldeia global”
(DICIONÁRIO MICHAELIS. globalização. Disponível em: https://cutt.ly/oXfoATv. Acesso em:
16 de jul. de 2022).
Você também pode apresentar a perspectiva antropológica de Marshall Sahlins, assim os
estudantes compreenderão não apenas as assimilações promovidas pela globalização,
entenderão as diferenciações que são inerentes a esse processo: “As semelhanças culturais
da globalização se relacionam dialeticamente com as exigências opostas de indigenização.
Como observou Lévi-Strauss, ‘podemos facilmente conceber um tempo em que haverá
somente uma cultura e uma civilização sobre a terra’. Mas, pessoalmente, ele não acredita
nessa possibilidade, ‘pois existem sempre tendências operando em direções contrárias — por
um lado, em direção à homogeneização e, por outro, em direção a novas distinções’
(Lévi-Strauss 1978:20)” A leitura e a discussão dos excertos/trechos/textos pode acontecer
em duplas, e, na sequência, os estudantes podem compartilhar as suas eventuais
descobertas. Conclua esse momento fazendo a articulação das falas, enfatizando o conceito
apresentado. Professor, essa é uma das análises possíveis sobre o conceito que propomos,
fique à vontade para selecionar outros teóricos que considera importantes, ou para inserir
outras matérias, textos, artigos e bibliografias que contribuam para ampliar e aprofundar a
introdução sobre esse processo histórico.

Desenvolvimento
Semanas 2 e 3: 4 aulas
Considerando a habilidade do Eixo Estruturante de Investigação Científica EM13CHS304, os
exercícios propostos buscam promover a análise investigativa do processo de globalização,
entendendo que no universo juvenil esse cenário se apresenta como algo bastante óbvio,
como se o mundo tivesse sempre existido com as características que conhecem, não
havendo, portanto, a necessidade de olhar para essa realidade como algo distinto de outros
momentos da história humana no planeta e como se esse modelo de vida social fosse o mais
adequado. Por isso, professor, é importante motivá-los a refletir sobre essa realidade, de
forma crítica, tendo a oportunidade de compreender e posicionar-se de forma diferente.

Nesse sentido, propomos que mobilize a turma para que observem o fenômeno globalização
no seu dia a dia, seja através da internet, da forma como nos comunicamos, como
consumimos informações, como a própria informação apresentada do autor citado, na forma
como consumimos música, filmes, vídeos.
Você pode disponibilizar imagens diversas como logomarcas de empresas multinacionais
questionando à turma: Onde esses símbolos aparecem? Algum deles tem relação com o
cotidiano de vocês? Vocês acreditam que muitas pessoas pelo mundo também os
reconhecem? A expectativa é que identifiquem esses símbolos como representações de
marcas internacionais e que acabam atravessando o cotidiano de bilhões de pessoas no
mundo, mesmo aquelas que não têm acesso aos produtos e serviços, mas que são
bombardeadas pelos apelos da propaganda nas diversas mídias.
Você também pode disponibilizar imagens de logomarcas de redes internacionais de
alimentação em diferentes países, por exemplo. Estimule as respostas apresentando novas
questões: O que significa a presença de um mesmo estabelecimento em diferentes
partes do mundo? Como isso influi na cultura dos povos? Espera-se que os/as
estudantes identifiquem o impacto cultural de uma empresa de alimentação que apresenta um
modo de produção e distribuição de refeições referenciado num modelo industrial, impondo
um padrão de consumo nesse campo e interferindo diretamente nos hábitos das pessoas em
diferentes lugares do planeta.
No mesmo sentido, você pode exibir lugares muito famosos (como a Torre Eiffel ou a Estátua
da Liberdade), pedindo para que respondam: Como vocês sabem a respeito deles?
Alguém já esteve em algum desses lugares? O que eles representam para vocês? É
possível que a maior parte dos/as estudantes informe que teve conhecimento desses espaços
através da TV ou internet, mesmo reconhecendo-os como importantes monumentos dos
países onde estão localizados, dando a impressão que são próximos de todos/a, ainda que se
passe toda uma vida sem poder chegar perto de um deles.
Sugerimos que, a partir das exibições, faça uma breve reflexão com a turma sobre os diversos
aspectos tratados, como isso tudo revela a sensação que temos de estar tão próximos e, ao
mesmo tempo, tão distantes, tão integrados e tão excluídos, tão focados na nossa realidade
específica, apesar de fazermos parte do mesmo planeta e enfrentarmos problemas comuns.
A partir dessas exposições, e considerando também a Habilidade da Formação Geral Básica
prevista para essa atividade, você pode propor que os estudantes aprofundem suas análises
sobre a globalização e as tensões desse processo que podem ser vivenciadas no nosso dia a
dia, partindo da perspectiva que a globalização não se restringe apenas à ideia de
comunicação e transportes, mas que envolve vários espaços e percepções do nosso
cotidiano, como o conteúdo que estudamos, nosso trabalho, nossa forma de vestir, nosso
consumo de informações e bens, nossa cultura, nossa relação com o outro, nossos direitos e,
sobretudo, nossa forma de exercer cidadania.

Sistematização
Semana 4: 2 aulas
Professor, para finalizar esse processo, os estudantes podem produzir um texto para
refletirem sobre a investigação proposta durante a atividade. A ideia é sistematizar o
conhecimento levantando sobre o processo de globalização, trazendo luz também sobre as
tensões que esse movimento cria para o exercício da cidadania local e global. Ao final da
elaboração, você pode organizar a turma em um círculo para que compartilhem as ideias
chave dos textos produzidos.
Avaliação
● Professor, é importante avaliar a habilidade de análise e investigação dos estudantes
acerca do processo da globalização, de maneira a identificar as tensões geradas por
esse fenômeno no modo de vida dos cidadãos. As contribuições nas discussões
durante o processo de análise e a produção textual são elementos nesta avaliação.
Saiba Mais
● CANAL DESCOMPLICA. O que é globalização? quer que desenhe? Youtube, 2017.
Disponível em: https://cutt.ly/GZy76V4. Acesso em: 26 de mar. de 2021.
● COSTA, Maria Izabel; IANNI, Aurea Maria. O conceito de cidadania. In:
Individualização, cidadania e inclusão na sociedade contemporânea: uma análise
teórica. São Bernardo do Campo, SP: Editora UFABC, 2018, pp. 43-73. Disponível em:
https://cutt.ly/ZZypnuJ. Acesso em: 25 de jun. de 2022.
● HARTMANN, Andressa; MARONN, Tainá; SANTOS, Eliane. A Importância da aula
expositiva dialogada no ensino de ciências e biologia. II Encontro de Debates
sobre Trabalho, Educação e Currículo Integrado, v. 1 n. 1, 2019. Disponível em:
https://cutt.ly/xCq09r4. Acesso em: 30 de ago. de 2022
● PERASO, Valeria. O que é a 4ª revolução industrial - e como ela deve afetar nossas
vidas. BBC NEWS Brasil. 22 de out. de 2016. Disponível em: https://cutt.ly/MZyn1jv.
Acesso em: 28 de jun. de 2022.
● SAHLINS, Marshall. O "pessimismo sentimental" e a experiência etnográfica: por que a
cultura não é um objeto em via de extinção (parte I). In: MANA, v. 3, n.1, 1997.
Disponível em: https://cutt.ly/sBuY855. Acesso em: 28 de jun. de 2022.
● Como se faz um diário de bordo. Disponível em: https://cutt.ly/LZDDRi8. Acesso em:
05 de jul. de 2022.
● PINSKY, Jaime. História da Cidadania. São Paulo: Contexto, 2003. p. 9-10
● SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência
universal, Record, São Paulo, 2000.

ATIVIDADE 2
Objetivo
● Os estudantes desnaturalizam e compreendem a globalização e suas consequências,
identificando em quais sentidos apresentam desafios à cidadania global
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica.
Introdução
Semana 5: 2 aulas
Professor, levando em consideração a investigação e análise realizada sobre a globalização
e seus efeitos na atividade 1, nesta atividade, sugerimos que mobilize discussões da
habilidade EMIFCHS07, relacionadas com o objetivo de compreender impactos da
globalização na forma como nos relacionamentos uns com os outros e nas responsabilidades
e possibilidades de agência coletiva.

Para isso, propomos que você inicialmente provoque um diálogo sobre a fluidez das relações
estabelecidas no contexto contemporâneo. Um bom apoio pode ser a produção do sociólogo
e filósofo Zygmunt Bauman que aborda a existência de uma “utilidade” nos relacionamentos,
fragilizando os laços de compromisso entre as pessoas e com o coletivo (BAUMAN, Zygmunt.
Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004).
Nesse momento, é também interessante explorar com os estudantes a proximidade virtual e
da não-virtual no cotidiano deles, refletindo um pouco como isso contribui para a
superficialidade das relações. Um trecho do trabalho de Bauman que pode ser usado com
esse objetivo é o seguinte:

A proximidade virtual e a não-virtual trocaram de lugar: agora a variedade virtual


é que se tornou a ‘realidade’[...] Não admira que a proximidade virtual tenha
ganhado a preferência e seja praticada com maior zelo e espontaneidade do que
qualquer outra forma de contigüidade. A solidão por trás da porta fechada de um
quarto, com um telefone celular à mão pode parecer uma condição menos
arriscada e mais segura do que compartilhar o terreno doméstico comum.
Quanto mais atenção humana e esforço de aprendizado forem absorvidos pela
variedade virtual de proximidade, menos tempo se dedicará à aquisição e ao
exercício das habilidades que o outro tipo de proximidade, não-virtual, exige.
Elas caem em desuso [...] (BAUMAN, 2004, p. 39-40).
Desenvolvimento
Semanas 6 e 7: 4 aulas
A reflexão sobre a fragilidade das relações e do nosso comprometimento com o outro abre
espaço para um aprofundamento da discussão sobre o exercício da nossa cidadania global e
da nossa responsabilidade coletiva. Considerando a habilidade de Investigação Científica, no
desenvolvimento dessa atividade propõe-se que os estudantes selecionem e sistematizem
informações sobre os principais problemas mundiais, como maneira de refletir como o
exercício da cidadania global nos coloca diante deles.
Para isso, peça para que identifiquem quais os principais problemas mundiais que existem e
por que representam problemas, ressaltando como esses problemas devem ser enfrentados
de forma compartilhada. Uma sugestão é anotar no quadro enquanto falam e, no caso de
recorrência, pode destacar a palavra, representando a repetição, que indicará a relevância do
problema para a turma. Quando não tiverem mais acréscimos, solicite que observem o
panorama apresentado e o que pensam sobre a construção que fizeram e como enxergam
essas questões na perspectiva da cidadania global.
Em seguida, informe que o próximo exercício a ser realizado tratará sobre alguns desses
desafios. Professor, é importante considerar se as indicações trazidas pelos estudantes
refletem as preocupações mais urgentes dos organismos internacionais. Para isso, você pode
utilizar referências como a "Nossa agenda comum", relatório do Secretário Geral das Nações
Unidas que se debruça na identificação desses desafios (disponível em:
https://cutt.ly/2CtxdoV). Considerando as referências utilizadas, e aproveitando os insumos
trazidos pelos estudantes se conveniente, defina quatro desafios para serem trabalhados no
próximo exercício, que utiliza a dinâmica de “rotação por estações”.
Aproveitando os intervalos entre as aulas, com as estações definidas, será necessário que
você organize textos e/ou imagens que trabalhem o tema da estação. Além disso, é
importante gerar uma tabela de registros com perguntas norteadoras que se refiram à análise
do material de referência. Por exemplo, se o tema de uma estação for fome, você pode
questioná-los como o cenário da fome é apresentado no texto.

Para implementar a rotação, organize a turma em grupos que deverão permanecer nessa
formação até o fim da atividade. É recomendável que os grupos sejam os mais heterogêneos
possíveis, de modo que os estudantes possam se ajudar e também se desenvolverem com a
realização da atividade. O ideal é que sejam organizados oito grupos, dois para cada estação.
Com isso pronto, explique aos estudantes que receberão o material referente à estação que
se encontram no momento. Com esse material em mãos, eles devem analisar as informações
trazidas, a partir disso, preencher a tabela de registros, na qual são apresentadas algumas
questões a serem respondidas.
Cada aula pode representar o momento com uma estação e os estudantes podem realizar
pesquisas, de acordo com a habilidade do Eixo Estruturante de Investigação Científica
EMIFCHS03, enquanto trabalham aquela temática, de maneira a aprofundar sua perspectiva
sobre o assunto. Professor, nesse momento da atividade, é importante a sua mediação em
cada grupo para perceber como estão desenvolvendo a abordagem em cada temática e que
discussões e pontos de vistas estão sendo levantadas entre eles. É importante ressaltar
sempre a necessidade de cuidar das fontes escolhidas para a pesquisa realizada.

Sistematização
Semana 8: 2 aulas
Depois de acessarem as quatro estações, sugerimos que reúna a turma em círculo e dê
espaço para que compartilhem suas perspectivas sobre a atividade e sobre as informações e
discussões levantadas. De maneira a sistematizar o conhecimento levantado, os estudantes
podem elaborar um texto sobre uma das estações que vivenciaram, posicionando-se sobre o
desafio global escolhido e utilizando argumentos baseados nas fontes que exploraram ao
longo do exercício. A ideia é que tenham em mente o contexto da cidadania global e de que
maneira isso se relaciona com o cenário apresentado na estação. Você pode organizar uma
leitura em grupo das produções realizadas e ir além, compartilhando com a comunidade
escolar o que for produzido pela turma.

Avaliação
● Professor, a avaliação deverá ser no sentido de verificar a capacidade dos estudantes
de selecionar e sistematizar informações, o que pode ser verificado através das tabelas
de registros. Por fim, os estudantes também deverão ser capazes de fazer reflexões
sobre os problemas compartilhados mundialmente e relacioná-los com o exercício de
uma cidadania global, o que deve ser evidenciado no texto produzido de
sistematização final.
Saiba Mais
● BACICH, Lilian. Rotação por Estações. YouTube, 22 de out. de 2016. Disponível em:
https://cutt.ly/dZoQfnG. Acesso em: 26 de jul. de 2022.
● FORTE, Bárbara. Por que o Brasil é o sétimo país mais desigual do mundo. Site
ECOA/UOL, 20 de fev. de 2020. Disponível em: https://cutt.ly/zZoQSF2. Acesso em: 25
de jul. de 2022.
● HARARI, Yuval Noah. Sapiens: Uma breve história da humanidade. Porto Alegre:
L&PM Editores, 2018.

ATIVIDADE 3
Objetivo
● Os estudantes conhecem a Declaração Universal dos Direitos Humanos e entendem os
aspectos históricos e a importância dos direitos humanos para efetivação da cidadania.

Eixos Estruturantes
● Mediação e Intervenção Sociocultural e Empreendedorismo.
Introdução
Semana 9: 2 aulas
Professor, o objetivo dessa atividade é discutir os direitos humanos, tendo como referência a
Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações Unidas, enquanto ferramenta de
valorização da diversidade e de responsabilização coletiva diante do exercício da cidadania
global.

Para isso, propomos que inicialmente, em uma aula expositiva dialogada, retome com a turma
seus conhecimentos da Formação Geral Básica sobre as Guerras Mundiais e as
consequências devastadoras que elas causaram. Professor, neste momento inicial da aula, é
possível destacar, por exemplo, o Holocausto, como forma de dar ênfase à discussão sobre
genocídio e o seu significado para a humanidade, bem como as permanências que revelam
os efeitos desses processos nos dias atuais, refletidas nos discursos de ódio, na intolerância e
na discriminação. Uma sugestão para esse momento introdutório é apresentar para a turma
alguns vídeos sobre o assunto: Disponível em: CANAL DESCOMPLICA. Como foi a
Segunda Guerra Mundial?| quer que desenhe? Youtube. Duração: 11m 04s. Disponível em:
https://cutt.ly/MZoCFRR. Acesso em: 24 de jul. de 2022). Professor, fique à vontade para
discutir outras situações de genocídio e não apenas a do Holocausto.

Desenvolvimento
Semanas 10 e 11: 4 aulas
Para iniciar o próximo exercício, sugerimos que organize a turma círculo e peça para que
cada participante diga o que entende sobre direitos humanos. Solicite que os estudantes
registrem o que consideraram importante para ser destacado. Depois de fazer o registro,
convide-os a assistir um vídeo introdutório sobre direitos humanos (sugestão: CANAL ONU
MULHERES BRASIL. Direitos humanos. Youtube, sem data. Duração: 3min2s. Disponível
em: https://cutt.ly/pZo2DlM. Acesso em: 2 de ago. de 2022). Outra opção é realizar a leitura
de um texto (sugestão: SOUZA, Isabela. As três gerações de direitos humanos. Politize!, 11
de jul. de 2017. Disponível em: https://cutt.ly/nZo1RNT. Acesso em: 28 de jul. de 2022). Após
o vídeo/texto, façam uma reflexão coletiva: Qual a importância dos direitos humanos?
Onde estão os direitos humanos no nosso país? Como os direitos humanos são
refletidos no nosso dia a dia? Busque articular as respostas com o que falaram no início da
aula e as informações obtidas através dos vídeos, de forma que percebam a existência ou
não de uma relação entre o que pensaram inicialmente e as descobertas posteriores.

Dando continuidade, apresente à turma, se já não conhecem, a Declaração Universal dos


Direitos Humanos (ONU. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Assembleia Geral
das Nações Unidas (resolução 217 A III), 10 de dezembro de 1948. Disponível em:
https://cutt.ly/jZo93Tf. Acesso em: 26 de jun. de 2022). Sugerimos que seja explicado que a
Declaração é um documento elaborado pela Organização das Nações Unidas depois de todas
as atrocidades cometidas na Segunda Guerra Mundial, tendo em vista a construção de novas
bases ideológicas, no intuito de promover a paz, estimular a democracia e fortalecer os
direitos humanos. Ler a Declaração fornece a oportunidade de refletir sobre os direitos e
responsabilidades que todas as pessoas no mundo possuem. Converse com a turma sobre o
que percebem o que consta no documento, o que faltou e o que é ou não garantido na prática.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos contém 30 artigos, que os estudiosos
costumam dividir em várias categorias. Assim, é normal diferenciar os chamados “direitos civis
e políticos”, que protegem o indivíduo do poder do Estado, dos direitos sociais e econômicos,
que são aqueles que o Estado deve proporcionar aos cidadãos. Ainda estão os direitos
humanos relacionados ao desenvolvimento e à proteção do meio ambiente, mais difusos e
coletivos, que se apoiam na ideia da solidariedade. Nesse sentido, sugerimos que divida os
estudantes em pequenos grupos. Peça para que examinem os 30 artigos da Declaração e
pensem em formas de organizá-los, criando de 3 a 6 categorias. Depois, debatam: Quais
categorias de direitos foram criadas? Que ideias convergiram? Onde houve
discordância? Vocês acham que esses direitos são universais, ou dependem dos
valores de cada cultura? Por quê? Que medidas devem ser tomadas para assegurar as
distintas categorias de direitos? Como podemos garantir que os diferentes tipos de
humanos sejam respeitados e protegidos? Qual nosso papel de cidadão nesse
sentido? A ideia é que os estudantes mobilizem os conhecimentos trabalhados para propor
ações individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção tendo o resultado.

Você ainda pode propor nessa atividade um exercício de estabelecer a relação entre a
Declaração Universal dos Direitos Humanos e a Constituição Federal brasileira. Para isso,
além dos documentos, você pode distribuir jornais e periódicos, debatendo sobre possíveis
questões e/ou problemas em que os direitos estão ou não sendo assegurados na realidade do
país.

Sistematização
Semana 12: 2 aulas
Agora é o momento de sistematizar o que foi aprendido na aula. A atividade será iniciada na
sala e concluída em casa, pelos mesmos grupos que realizaram as atividades anteriores.
Explique que deverão fazer uma Paródia Musical trazendo a perspectiva dos mesmos sobre
que tipo de ações de mediação e intervenção individuais ou coletivas podem ser construídas
no sentido de garantir o respeito aos Direitos Humanos, para apresentarem na aula seguinte.
Esclareça que fazer uma paródia significa recriar uma obra já existente, a partir de um ponto
de vista diferente, que transmite um teor cômico, crítico, irônico ou satírico. Para isso são
realizadas alterações no texto original. Oriente-os a escolherem uma música da preferência
dos integrantes e iniciarem a elaboração do texto, que será concluído ao longo da semana.
Avaliação
● Professor, deve-se levar em conta se os estudantes conseguiram mobilizar os
conhecimentos sobre direitos humanos, a partir da referência estipulada pela
Declaração Universal, de maneira a propor ações de intervenção às problemáticas que
envolvem a negação ou limitação dessas garantias, como forma de responsabilização
coletiva. Como parâmetros, considere as contribuições nos diferentes exercícios e a
paródia musical produzida.
Saiba Mais
● LEVI, Primo. É isto um Homem? São Paulo: Editora Rocco, 1988. Tradução: Luigi Del
Re.
● COMPARATO, Fabio Konder. A afirmação histórica dos direitos humanos. São
Paulo: Saraiva, 1999.
● SOUZA, Isabela. Evolução dos direitos humanos no Brasil. Politize!, 5 de mai. de
2017. Disponível em: https://cutt.ly/FZo2a8f. Acesso em: 28 de jul. de 2022.
● Como fazer uma paródia musical. Disponível em: https://cutt.ly/iZF00wJ. Acesso em: 05
de ago. de 2022.

ATIVIDADE 4
Objetivo
● Os estudantes exercitam a reflexão acerca da responsabilidade coletiva referente à
efetivação dos direitos humanos e da cidadania global, em relação com a ideia de
sustentabilidade presente nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.
Eixos Estruturantes
● Empreendedorismo.
Introdução
Semana 13: 2 aulas
Professor, aproveitando as reflexões geradas na atividade 3, a quarta atividade se destina a
realizar uma abordagem sobre a responsabilidade coletiva em relação à proteção e
implementação dos direitos humanos. A ideia é que os estudantes sejam convidados a pensar
no seu protagonismo, percebendo a leitura do contexto global como uma oportunidade para
pensar e concretizar projetos, conforme habilidade de Empreendedorismo prevista para essa
atividade.

Nesse sentido, sugerimos que introduza a discussão compartilhando notícias que evidenciam
o protagonismo juvenil na busca de soluções para problemas mundiais, algumas sugestões
são :

Texto 1: ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. A jovem ativista Greta Thunberg discursa
na reunião de alto nível sobre o clima na Conferência sobre Mudança Climática da ONU, COP
25, em Madri. Disponível em: https://cutt.ly/5ZpxGlD. Acesso em: 26 de jul. de 2022.

Texto 2: FRANCE PRESSE. Destaques do discurso de Malala na ONU. G1, 12 de jul. 2013.
Disponível em: https://cutt.ly/sZpxVqn. Acesso em: 26 de jul. de 2022.

Texto 3: BERGAMASCHI, Mara. Ex-soldado que virou escritor, Beah é atração da Flip. G1, 03
de jul. de 2007. Disponível em: https://cutt.ly/YZpx1Zu. Acesso em: 24 de jul. de 2022.

Em seguida, professor, você pode organizar a turma em grupos, pedindo para que leiam e
analisem as notícias, anotando no caderno as reflexões do grupo a partir das questões como:
Como vocês se sentem ao ler essa notícia? Qual a importância da abordagem feita por
esses jovens? Vocês acreditam que o discurso deles é solitário? Por quê? A partir das
respostas apresentadas, busque fazer um fechamento, destacando que ativistas como a
sueca Greta Thunberg, o serra leonino Ishmael Beah e a paquistanesa Malala Yousafzai são
representantes de jovens do mundo inteiro que sentem-se incomodados com a realidade à
sua volta, portanto, o seu discurso não é solitário, porque carregam consigo as vozes de
milhões de pessoas que almejam viver em um mundo mais justo e solidário para todos.
Desenvolvimento
Semanas 14 e 15: 4 aulas
O exercício proposto nessa etapa tem como título Os nossos futuros. (baseado em: “Our
Futures.” In: COUNCIL OF EUROPE. Compass: Manual for Human Rights Education with
Young People Strasbourg: Council of Europe, 2015. Disponível em: https://cutt.ly/uZpvzRe.
Acesso em: 10 de jul. de 2022). A intenção ao usar o plural é reforçar que existem muitos
futuros possíveis e o desafio para os jovens é construir um que reflita os seus ideais e
aspirações, seguindo que propõe a habilidade de Empreendedorismo. Professor, o manual
apresentado acima está em língua inglesa, entretanto, na parte superior direita da página é
possível realizar a tradução para o português.
Sugerimos que inicie o exercício lembrando os estudantes da ideia de mudança ao longo do
tempo; de que a realidade não foi sempre como é e que o presente e futuro não são
pré-determinados.

Para isso, peça para que pensem em quando eram mais jovens, em como eram suas casas e
ruas onde moravam, e em como mudaram. Em seguida, pergunte aos estudantes porque
essas coisas mudaram e quem tomou as decisões sobre o que e como deveria ser renovado.
Por exemplo: foi construído um plano de moradia de baixo custo para pessoas
necessitadas? Facilitou-se a reciclagem? Houve priorização em melhorar o transporte
público? Depois das exposições, provoque a turma através de questões como: Quem tem se
beneficiado desses desenvolvimentos? Como? O que vocês teriam feito se tivessem o
controle?

Dando sequência e mobilizando a habilidade EM13CHS304, oriente-os a fazer essa reflexão


pensando em decisões que afetam as vidas das pessoas, tendo em perspectiva que os
direitos humanos oferecem um horizonte de valores para tomada dessas decisões. Durante a
discussão, é importante reforçar a ideia de que agora é o momento para que eles comecem a
pensar — e influenciar — os futuros nos quais viverão, tanto no Brasil como no mundo.
Incorporando também a habilidade de Formação Geral Básica, nesse momento é também
oportuno também apresentar o conceito de sustentabilidade (ver CREDIDIO, Fernando.
Sustentabilidade – Você sabe o que significa essa palavra? Parceiros Voluntários, 7 de dez.
de 2015. Disponível em: https://cutt.ly/bZsU03f. Acesso em: 23 de jul. de 2022).
Para isso, peça para que formem grupos de 4 a 5 participantes e que, num papel, cada grupo
faça um esboço de ideias sobre como seria a sua comunidade, cidade, país e o mundo do
futuro. Diga-lhes que podem colocar o que quiserem, deixando espaço para que ampliem
suas perspectivas. é importante, no entanto, que considerem as referências já trabalhadas
como a Declaração Universal e a própria Constituição Brasileira (ver Art. 225) Algumas
perguntas que podem orientar o exercício são:
● Quem irá morar na sua comunidade?
● Pessoas nascidas aqui ou recém-chegadas?
● Que idades elas terão?
● Elas viverão em famílias?
● Como serão as suas vidas diárias?
● Onde elas comprarão comida?
● Como serão as suas casas?
● E as escolas?
● Como as pessoas vão se deslocar pela cidade?
● De quais tipos de serviços de assistência social, como hospitais, dentistas
etc., elas precisarão?
● Como serão suas vidas sociais?
● O que elas farão no seu tempo de lazer?
● Que trabalho as pessoas terão?
● Que novos desenvolvimentos tecnológicos existirão?
● O que aconteceria com o meio ambiente?

Quando terminarem, os grupos podem apresentar seus planos para a sala, um a um,
explicando os motivos pelos quais tomaram as decisões e as referências que utilizaram.
Avaliando as apresentações que foram feitas por cada grupo, considere se os planos
concordam com a necessidade da humanidade de viver em um ambiente saudável e limpo
(Ver Saiba Mais). Para essa avaliação, apresente as seguintes questões: Vocês estariam
prontos para mudar algumas das suas ideias, se tivessem que projetar um plano que
atendesse às necessidades e aspirações de todos na sala de aula? Os planos que
fizeram levam em consideração a proteção ambiental, como a necessidade de reduzir
as emissões de dióxido de carbono, de usar recursos renováveis e sustentáveis e de
reciclar? Acreditam que os adultos estariam prontos para discutir seus planos? Por
quê? Por que não? Que oportunidades os jovens em geral têm para influenciar os
processos democráticos que moldam suas vidas e seus futuros? Conclua o exercício
chamando a atenção para as questões que considerar mais significativas nas falas dos
estudantes, chamando-lhes a atenção para algum aspecto que precisem repensar.Considere
a habilidade de Empreendedorismo para esta abordagem.

Sistematização
Semana 16: 2 aulas
Como forma de sistematizar o percurso feito e de dar mais um amparo às discussões
levantadas, o fim da atividade pode ser também uma oportunidade de apresentar à turma os
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) como um acordo coletivo. Nesse sentido,
você pode apresentar à turma um panorama geral acerca do estabelecimento desses
objetivos (UNICEF Brasil. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: ainda é possível
mudar 2030. 2021. Disponível em: https://cutt.ly/2ZpWFOt. Acesso em: 23 de jul. de 2022),
fomentando a relação com o que foi trabalhado ao longo da atividade, incluindo os futuros
pensados por eles, de maneira a contribuir para a promoção de práticas que favoreçam a
consciência e a ética socioambiental.

Avaliação
● Professor, durante a atividade, através das contribuições nas discussões em sala e da
produção gerada no exercício de construção dos futuros, é importante avaliar se os
estudantes ampliaram a percepção de que a cidadania em uma sociedade que
compartilha um espaço comum precisa ser pensada na perspectiva da coletividade e
da responsabilidade. Para isso, é importante notar se os "futuros propostos"
consideram os aspectos relacionados à sustentabilidade enquanto Direito Humano.
Saiba Mais
● CONECTAS. O que significa a nova resolução da ONU que considera o meio
ambiente saudável como um direito humano, 27 de out. de 2021. Disponível em:
https://cutt.ly/UCiFIFS. Acesso em: 01 de set. de 2022.
● EVANS, Hugh. O que significa ser um cidadão global? TED, 2016. Disponível em:
https://cutt.ly/ZZpcQxw. Acesso em 23 de jul. de 2022.
● NAÇÕES UNIDAS. Meio ambiente saudável é declarado direito humano por
Conselho da ONU, 08 de out. de 2021. Disponível em: https://cutt.ly/PCiFzSL. Acesso
em 01 de set. de 2022.
● SANTIANO, Mylene; ANTUNES, Katiuscia; AKKARI, Abdeljalil. Educação para a
cidadania global: desafios para a BNCC e formação docente. Rev. Espaço do
Currículo (online), João Pessoa, v.13, n. Especial, p. 687-699, dez. 2020. Disponível
em: https://cutt.ly/OZpcYq7. Acesso em: 23 de jul. de 2022.

ATIVIDADE 5
Objetivo
● Os estudantes realizam um projeto de intervenção social a ser realizado em relação
com o entorno da escola que reflita as temáticas trabalhadas no Módulo, mobilizando
processos criativos, colaborativos e práticos para solucionar problemas coletivos.
Eixos Estruturantes
● Mediação e Intervenção Sociocultural e Empreendedorismo.
Introdução
Semana 17: 2 aulas
A atividade final considera a perspectiva do protagonismo dos jovens no seu próprio processo
de formação e no envolvimento na busca coletiva por melhoria presente nas habilidades de
Empreendedorismo e Mediação e Intervenção cultural. Nesse sentido, propomos a elaboração
e execução, de forma colaborativa, de um Projeto de Intervenção Social com o tema
sustentabilidade a ser realizado no território onde vivem ou mesmo no entorno da escola,
exercitando a habilidade de propor e testar estratégias de mediação e intervenção dos
estudantes. O trabalho desenvolvido pelos grupos pode então ser socializado em um evento
final que pode contar com a participação da própria comunidade.
Para introduzir a ideia do projeto, propomos que organize a sala em círculo e faça uma rápida
retrospectiva do caminho percorrido até aqui, evidenciando quanto já se aprendeu acerca da
cidadania global, partindo de abordagens conceituais e dos significados envolvidos, chegando
à responsabilidade de cada cidadão na efetivação das mudanças que podem transformar o
cenário mundial. É importante retomar o conceito de sustentabilidade, ressaltando a sua
vinculação com o trabalho final a ser entregue. Informe à turma que irão elaborar um Projeto
de Intervenção Social para ser aplicado na comunidade onde vivem/do entorno da escola: os
projetos de intervenção social são atividades realizadas em uma realidade social a partir de
um problema. A ação pode ser realizada nos campos da educação, assistência social, saúde
e diversas áreas que têm como principal característica o envolvimento dos sujeitos nos
processos de intervenção. (ANTHONY, Igor. O que é um Projeto de Intervenção Social?
Entenda o que é realizado no trabalho voltado ao Serviço Social. Educa Mais Brasil, 27 de
dez. de 2019. Disponível em: https://cutt.ly/aZsIEJl. Acesso em: 12 de jul. de 2022)
A partir da apresentação do conceito, é importante esclarecer que todas as atividades a
serem desenvolvidas devem ocorrer com base em uma proposta de ações que promovam
uma intervenção diante de um problema identificado pela comunidade que esteja relacionado
com o tema sustentabilidade. É interessante também apresentar algumas iniciativas práticas
para que os estudantes tenham um melhor entendimento acerca do trabalho a ser realizado e
da relação que o mesmo tem com o tema da sustentabilidade, além de poder servir de
inspiração e sugestão de metodologia ou conteúdo (sugestão CRIATIVOS. 10 projetos de
estudantes que estão preservando o Meio Ambiente. Criativos da Escola, 05 de jun. de
2021. Disponível em: https://cutt.ly/WZsZAaJ. Acesso em: 27 de jul. de 2022)

Desenvolvimento
Semanas 18 e 19: 4 aulas
Para que o desenvolvimento do trabalho seja bem sucedido, é importante que os estudantes
compreendam as etapas e elementos envolvidos na elaboração de projetos. É importante
esclarecer que elaborar o projeto é, basicamente, estabelecer um plano no qual se pretende
percorrer um caminho para sair de uma situação inicial que se apresenta problemática e
chegar a uma situação futura com melhores condições. Nesse sentido, professor, você pode
compartilhar um roteiro para elaboração do projeto, para que possam visualizar os elementos
a serem definidos em seu projeto (sugestão de roteiro: tema; justificativa; público alvo;
objetivos geral e específicos; metodologia; atividades cronograma; recursos; parcerias;
referências). Por se tratar de uma intervenção, é possível que os estudantes minimizem a
importância do cuidado na fundamentação teórica do projeto e queiram partir logo para a
prática Então, é importante chamar a atenção para isso, propondo, por exemplo, que
apresentem e discutam o roteiro de elaboração do projeto produzido com toda a turma de
forma a trazer mais consistência para a ideia proposta.
Para a definição do tema de trabalho, uma sugestão é que a turma realize uma pesquisa
sobre as prioridades da comunidade em relação aos ODS (UNICEF Brasil. Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável: ainda é possível mudar 2030. 2021. Disponível em:
https://cutt.ly/2ZpWFOt. Acesso em: 23 de jul. de 2022), de forma que o projeto realmente
foque em uma necessidade concreta. É essencial frisar que o Projeto de Intervenção Social a
ser realizado vincula-se à responsabilidade de cada cidadão, e não governamental, com os
problemas coletivos e às possibilidades de intervenção que possam contribuir para mudanças
efetivas na realidade identificada. Por exemplo, considerando que um grupo esteja
trabalhando com o ODS 2, que é “Erradicar a fome, alcançar a segurança alimentar, melhorar
a nutrição e promover a agricultura sustentável”, o grupo pode propor um mutirão para fazer
uma horta comunitária.
Para realizar uma intervenção são necessários recursos, que podem ou não estar disponíveis
para o grupo. É preciso que o planejamento seja realista, comportando as condições do
grupo, da escola, da comunidade. Daí a importância de pensar sobre parcerias com pessoas
e/ou instituições que possam colaborar para a concretização das ações, através de doações,
cessão de espaço físico, de equipamentos, materiais, etc. Ao longo do desenvolvimento das
ações de implementação, propomos que você, professor, organize momentos de "troca de
ideias" em sala de aula, quando os estudantes poderão compartilhar os desafios encontrados,
as descobertas, possíveis entraves que precisam resolver de maneira que possa ser um
momento de apoio mútuo. Além disso, é essencial que a turma planeje o momento de
finalização, incluindo a programação, recursos envolvidos, os convidados desejados e a
comunicação do evento.
Sistematização
Semana 20: 2 aulas
A etapa final da atividade corresponde à realização do evento onde os estudantes
apresentarão suas iniciativas. Nesse momento, é importante que explique a finalidade
pedagógica do trabalho desenvolvido, exaltando a sua importância para o desenvolvimento da
autonomia dos estudantes e para o seu protagonismo juvenil, discorrendo brevemente sobre
a relevância de trabalhar com a sustentabilidade na escola, tendo em vista a necessidade de
aprofundarmos a reflexão numa perspectiva global, considerando as suas relações com as
questões locais. É também importante, professor, parabenizar e agradecer a turma pelo
trabalho realizado e pela concretização desse evento com a comunidade, sugerindo que haja
continuidade desse trabalho pela escola, agradecendo também a todas as pessoas que
colaboraram com o trabalho, incluindo colegas da escola, direção, coordenação, famílias,
participantes das pesquisas, apoiadores em diversas instâncias.
Avaliação
● Professor, avalie como foi o processo de construção coletiva do Projeto de Intervenção
Social, considerando o aspecto de inovação e relevância da iniciativa idealizada, a
capacidade de planejamento e de execução dos estudantes, levando em conta também
o comprometimento e engajamento dos mesmos nas atividades implicadas como
manifestação da consciência de seus papéis enquanto cidadãos responsáveis por sua
comunidade. É preciso perceber se os estudantes foram capazes de propor e de
implementar ações de mediação, bem como de identificar como oportunidade os
conhecimentos levantados durante o Módulo na realização de projetos.
Saiba Mais
● LIMA, Lidiane. Orientações para o projeto de intervenção. Slideshare. 16 Set. 2011. Disponível
em: https://cutt.ly/6Zg7ACH. Acesso em: 20 de jul. de 2021.
● VITÓRIA, Fabiano Bilhalva. A Pesquisa ‐ Ação na Escola do Campo João Da Silva
Silveira no Município de Pelotas. X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014.
Disponível em: https://cutt.ly/dZg7B2m. Acesso em: 20 de jul. de 2021.
MÓDULO
A vida em sociedade: convivência democrática e justiça social
Área do Conhecimento
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Perfil do(a) Professor(a)
Filosofia, Geografia, História, Sociologia ou Língua Portuguesa
Carga horária total
40 horas
Carga horária semanal
2 horas
Descrição
O conjunto de atividades permitirá aos estudantes analisar a noção do ser social, como base
para refletir sobre a vida em sociedade e conhecer as distintas formas de exercer sua
cidadania numa democracia. A partir da compreensão do que significa o espaço privado e
público, e como agir em cada uma dessas esferas considerando a responsabilidade com si
mesmo e com o coletivo, os estudantes poderão explorar as ideias de convivência, inclusão,
cooperação e solidariedade. Além disso, possibilitará discutir o conceito de democracia como
um sistema político que requer participação cidadã e pluralidade para consolidar uma
sociedade mais justa. Passando por esses conceitos, os/as estudantes terão a oportunidade
de reconhecer os desafios e conflitos que existem nas sociedades complexas atuais,
aprendendo a responder a eles através do diálogo e de atitudes propositivas, partindo dos
princípios de justiça, igualdade e equidade.
Objetos de conhecimento
A vida em sociedade: espaço público e privado; pluralidade e democracia; diálogo e resolução
de conflitos, práticas de linguagem: escuta e fala; acesso à informação, pobreza a
desigualdade; equidade e igualdade, justiça, cooperação e solidariedade.
Objetivos das atividades
1: Os estudantes entendem os conceitos de esfera pública e privada e suas relações com a
democracia. Ainda, analisam a realidade brasileira à luz das noções trabalhadas.
2:. Os estudantes desnaturalizam a noção de pobreza, através da reflexão sobre os fatores
envolvidos na consolidação da mesma considerando a realidade brasileira.
3: Os estudantes desnaturalizam e compreendem a desigualdade, assim como importantes
conceitos de justiça relacionados, a saber, equidade e igualdade. Ainda, refletem sobre a
desigualdade no país através da identificação dos privilégios existentes na sociedade
brasileira.
4: Os estudantes analisam diferentes formas de comportamento social perante situações de
injustiça, relacionando as mesmas com os conceitos de conformidade social e banalidade do
mal.
5: Os estudantes produzem um projeto de comunicação social, levando em consideração as
temáticas trabalhadas no Módulo e mobilizando processos jornalísticos e de pesquisa.
Competências e Habilidades da Formação Geral Básica a serem aprofundadas: 2 e 3
EM13LGG204: Negociar sentidos e produzir entendimento mútuo, nas diversas linguagens
(artísticas, corporais e verbais), com vistas ao interesse comum pautado em princípios e
valores de equidade assentados na democracia e nos Direitos Humanos.
EM13LGG303: Debater questões polêmicas de relevância social, analisando diferentes
argumentos e opiniões manifestados, para negociar e sustentar posições, formular propostas,
e intervir e tomar decisões democraticamente sustentadas, que levem em conta o bem comum
e os Direitos Humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito
local, regional e global.
Eixos Estruturantes e suas Competências e Habilidades: Mediação e Intervenção Social,

EMIFCHSA07: Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e


ameaças a grupos sociais, à diversidade de modos de vida, às diferentes identidades culturais
e ao meio ambiente, em âmbito local, regional, nacional e/ ou global, com base em fenômenos
relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
EMIFCHSA08: Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou coletivas de
mediação e intervenção sobre problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental,
em âmbito local, regional, nacional e/ ou global, baseadas no respeito às diferenças, na
escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental.
EMIFCHSA09: Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver problemas
de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou
global, relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
Referências Bibliográficas

ANTUNES, Marco António. O Público e o Privado em Hannah Arendt. Universidade da Beira


Interior, sem data. Disponível em: https://cutt.ly/LZQOqg5. Acesso em: 03 de ago. de 2022.
ARENDT, Hannah. Eichmann em Jerusalém, Um relato sobre a banalidade do mal. Tradução:
José Rubens Siqueira. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
BARUTTI, Nathalia. O efeito espectador e a falta de ação diante de uma violação de direito.
Revista Âmbito Jurídico, 1 de fev. de 2017, exemplar 157. Disponível em:
https://cutt.ly/KZUIVqu. Acesso em: 03 de agol. de 2022.
BRITO Mariana. Índices de democracia: como mensurar os princípios democráticos? Politize!
19 de fev. de 2018. Disponível em: https://cutt.ly/KZE0FW8. Acesso em: 03 de ago. de 2022.
GEORGES, Rafael. País Estagnado. Um Retrato das Desigualdades Brasileiras 2018. São
Paulo: OXFAM Brasil: 2018. Disponível em: https://cutt.ly/sZTrUrU. Acesso em: 02 de ago. de
2022.
PINSKY, Jaime. Cidadania e educação. São Paulo: Editora Contexto, 1992.
PIOVESAN, Flávia. Direitos sociais, econômicos e culturais e direitos civis e políticos. Sur,
Rev. int. direitos humanos, n.1, v, p. 20-47, 2004. Disponível em: https://cutt.ly/hZUpdY4.
Acesso em: 28 de jul. de 2021.
PROJETO EQUIDADE. Instituto Mattos Filho; Politize!; Civicus. Disponível em:
https://cutt.ly/xZR7bMm. Acesso em: 14 de jul. de 2022.
RODRIGUES, Mailson. Justiça social: conceito e importância. Politize! 26 de abr. de 2017.
Disponível em: https://cutt.ly/EZUoLgl. .Acesso em: 28 de jul. de 2022.

ATIVIDADE 1
Objetivo
● Os estudantes entendem os conceitos de esfera pública e privada e suas relações com
a democracia. Ainda, analisam a realidade brasileira à luz das noções trabalhadas.
Eixos Estruturantes
● Mediação e Intervenção Sociocultural
Introdução
Semana 1: 2 aulas
Professor, as atividades desta Unidade, assim como as demais presentes neste
Aprofundamento, estão divididas em três partes: 1ª) Introdução (sensibilização e
contextualização para a temática proposta; 2ª) Desenvolvimento (a proposta e o conteúdo da
atividade); e a 3ª) Sistematização e fechamento da discussão abordada em sala de aula.
Recomendamos que nessa atividade inicial, você introduza aos estudantes as propostas
deste Módulo, familiarizando-os com o percurso que irão traçar durante as aulas. Será
importante o uso dos diários de bordo como material permanente dos estudantes durante
todas as atividades.
Como exercício prático inicial, propomos discutir o com a turma a noção de comunidade. Para
isso, organize os estudantes em uma roda, iniciando uma conversa a partir das seguintes
indagações: O que significa ser membro de uma comunidade? Para formar uma
comunidade, os membros devem gostar uns dos outros? Como nossa perspectiva
sobre a comunidade determina a maneira como vemos os outros?
Para dar sequência, faça uma leitura coletiva do seguinte texto da escritora americana
Suzanne Goldsmith:

“As comunidades não são feitas de amigos, ou de grupos de pessoas com estilos e
gostos semelhantes, ou mesmo de pessoas que se gostam e se entendem. As
comunidades são construídas por pessoas que sentem que são parte de algo que é
maior do que elas mesmas: um objetivo ou compromisso compartilhado como corrigir
um erro, ou construir uma estrada, ou educar os filhos, ou viver dignamente, ou
acreditar em um deus. Construir uma comunidade requer apenas a capacidade de ver
valor nos outros; olhar para eles e ver um potencial parceiro para os nossos
compromissos.” (GOLDSMITH, Suzanne. Um ano de cidade (originalmente: A City
Year). New York: Transaction Publishers, 1997.)

Em seguida, solicite para que, em grupos de até 3 pessoas, os estudantes reflitam sobre o
texto a partir das seguintes perguntas: utilizando a definição de Goldsmith, como vocês
acham que uma sala de aula pode ser uma comunidade? Qual é o compromisso
compartilhado em uma sala de aula? E pensando na sociedade? O que deve acontecer
para que os membros de uma sociedade “vejam o valor dos outros”? Vocês acham que
as ideias de comunidade e democracia estão relacionadas? Por quê? É desejado que os
estudantes sejam capazes de refletir sobre o que é uma comunidade, aplicando seu
entendimento nas relações na sala de aula e na sociedade. Professor, considerando que não
existe uma definição e conceitos únicos sobre comunidade, e tendo como baliza o eixo de
investigação científica, recomendamos que em conjunto com os estudantes, fique à vontade
para buscar outras definições e informações em fontes confiáveis, tais como: bibliografias
sobre o tema, livros didáticos, sites e outros recursos que podem ser utilizados para ampliar a
discussões sobre o conceito de comunidade abordado na atividade.

Desenvolvimento
Semanas 2 e 3: 4 aulas
Um exercício importante a ser feito levando em conta o objetivo dessa atividade é uma
reflexão sobre o que significam as esferas pública e privada. A dicotomia público e privado,
debatida desde a Grécia Antiga, foi discutida por pensadores modernos, como a filósofa
Hannah Arendt. Segundo Arendt, a espera pública é o mundo comum, o espaço da política,
do pensar coletivo e da consolidação da liberdade. Já a esfera privada constitui o local da
família, dos interesses particulares e da preservação das necessidades biológicas. Neste
sentido, em sociedades democráticas, faz-se ainda mais importante compreendermos a
esfera pública e nosso papel social enquanto cidadãos.
Com isso em mente, solicite aos estudantes que desenhem em uma folha de papel dois
círculos. No primeiro, podem escrever ou desenhar aquilo que em seu imaginário representa a
esfera privada de sua vida. No segundo círculo, o que em seu imaginário representa a esfera
pública. Quando concluírem, busque explorar o que colocaram em cada um dos círculos,
refletindo também de que maneira entendem que os elementos indicados se relacionam.
Propomos que encaminhe essa discussão para um diálogo mais amplo sobre a democracia.
Nesse sentido, levante as perspectivas iniciais sobre o que os estudantes entendem ser a
democracia. Você também pode convidá-los a assistir a vídeos que tratam sobre o assunto
(sugestão O que é democracia? Escola Virtual da Cidadania, Câmara dos Deputados.
Youtube, 2016/Brasil. Duração: 4min. 30s. Disponível em: https://cutt.ly/gZECM5u. Acesso
em: 02 de ago. de 2022)
Outro exercício é organizar grupos de até́ quatro estudantes para que realizem uma pesquisa,
baseando-se em obras de referência ou em textos encontrados na internet, a respeito das
principais características do regime democrático. A partir da pesquisa, solicite que discutam e
criem uma lista de até́ dez itens para apresentar para os colegas. (Exemplo de itens que
podem ser listados: pluralismo de ideias, crenças e formas de vida; eleições livres; voto
universal; liberdade de imprensa; direitos das minorias respeitados; liberdade de expressão;
liberdade religiosa; alternância de poder). Você pode fomentar a discussão levantando
questionamentos como: O que significa democracia para você̂? Que posturas poderiam
debilitar uma democracia? Quais são as condutas que a fazem mais forte? Qual é o
papel que os líderes devem possuir para que a democracia funcione? Qual é o papel do
governo e das instituições? E dos cidadãos? Em particular, qual o papel dos jovens?

Sistematização
Semana 4: 2 aulas
Como exercício final, propomos que os estudantes façam uma análise da democracia
brasileira, através de um Checklist de uma democracia saudável (baseado em SIGWARD,
Dan. Como avaliar a força de uma democracia. (originalmente: How to assess the strength
of a democracy). Facing Today, 2017. Disponível em: https://cutt.ly/SZE2cRm. Acesso em: 03
de ago. de 2022). A ideia é responder às perguntas pensando no contexto brasileiro.
Aproveite cada questão para refletir com os estudantes suas perspectivas, levando em conta
as habilidades trabalhadas nesse Módulo:
1. A cultura do país valoriza e protege a livre expressão de ideias? Tolera a discordância
e o dissenso? Tolera os protestos?
2. Os diversos segmentos da sociedade são capazes de confiar uns nos outros o
suficiente para se unificar atrás das causas com as quais concordam, ainda que sobre
outras pensem diferente?
3. Os cidadãos e grupos cívicos trabalham ativamente para responsabilizar o governo e
seus líderes?
4.Os governos locais, municipais e estaduais são eficazes, confiáveis e responsivos aos
eleitores?
5. Os cidadãos priorizam a democracia? Ou estão dispostos a trocar democracia por
outros regimes em prol de outros fatores que considerem mais relevantes (por exemplo,
crescimento econômico, segurança pública, entre outros)?
6. As escolas ensinam os estudantes a valorizar a democracia e como participar do
governo nos níveis local, estadual e nacional?
7. Existe uma imprensa livre e aberta? O governo permite o livre fluxo de informações
de várias fontes de mídia? Os jornalistas têm acesso para cobrir o governo e as
autoridades eleitas?
8. Os líderes democraticamente eleitos estão comprometidos em preservar os
processos democráticos? Eles valorizam a democracia por si mesma, não apenas como
meio de promulgar uma agenda preferida?
9. A corrupção é devidamente investigada e punida? Aqueles políticos que têm casos
de corrupção provados assumem as suas responsabilidades?
10. Os ramos do governo e as instituições primárias dentro da sociedade civil são
saudáveis e equilibram eficazmente o poder de cada um?
11. Os índices de desigualdade são muito grandes? A sociedade oferece oportunidades
a todas as pessoas para que possam desenvolver os seus projetos de vida?

Avaliação
● Professor, observe se na realização das atividades propostas, os estudantes são
capazes de identificar pressupostos que precisam estar presentes na democracia,
gerando também reflexões acerca do sistema político brasileiro, identificando eventuais
vulnerabilidades e de que maneira essas se manifestam em seu cotidiano.
Saiba Mais
● ANTUNES, Marco António. O Público e o Privado em Hannah Arendt. Universidade
da Beira Interior, sem data. Disponível em: https://cutt.ly/LZQOqg5. Acesso em: 03 de
ago. de 2022.
● BRITO Mariana. Índices de democracia: como mensurar os princípios democráticos?
Politize! 19 de fev. de 2018. Disponível em: https://cutt.ly/KZE0FW8. Acesso em: 03 de
ago. de 2022.
● PLATAFORMA ELEVA. Senso de comunidade: como ele pode ser trabalhado na
escola. Disponível em: https://cutt.ly/PZQIOZe. Acesso em: 03 de ago. de 2022.
ATIVIDADE 2
Objetivo
● Os estudantes desnaturalizam a noção de pobreza, através da reflexão sobre os
fatores envolvidos na consolidação da mesma considerando a realidade brasileira.
Eixos Estruturantes
● Mediação e Intervenção Sociocultural
Introdução
Semana 5: 2 aulas
Professor, o objetivo desta atividade é gerar reflexões sobre a diferença de oportunidades e
realidades em nossa sociedade, promovendo empatia em relação ao menos afortunados, ao
mesmo tempo que provoca uma análise crítica sobre a condição de pobreza no nosso país.
Neste momento introdutório, sugerimos que os estudantes sejam sensibilizados com
conceitos de direitos e cidadania, e as diferentes dimensões que possuem. Desta forma,
escreva na lousa a seguinte frase do pensador Jaime Pinsky: "Exigir direitos é parte da
cidadania, mas respeitar contratos sociais é sua contrapartida." Em seguida, distribua entre os
estudantes sentenças que correspondam a direitos e deveres em uma cidadania (exemplo:
acesso à moradia digna; proteger os seus semelhantes; pagar os impostos devidos; escolher
seus representantes políticos). Escreva DIREITO de um lado da lousa e DEVER do outro e
peça para que cada um avalie a sentença que recebeu, identificando se se trata de um direito
ou dever da cidadania.
Por fim, peça que colem a sentença em um dos lados da lousa, justificando sua escolha.
Para concluir, faça uma reflexão coletiva com a turma, lançando perguntas como: Vocês
sentem que acessam seus direitos de cidadão? E seus deveres? Consideram que
cumprem? De que forma os direitos e deveres de um cidadão se relacionam? Propomos
que reproduza o como provocação final para os estudantes o seguinte vídeo: ENTRE EU E
VOCÊ. Melhor vídeo de cidadania que eu já vi. Youtube, 2014. Disponível em:
https://cutt.ly/cZR9za4. Acesso em: 02 de ago. de 2022.

Desenvolvimento
Semanas 6 e 7: 4 aulas
Há uma relação muito próxima entre a pobreza e os direitos humanos, sobretudo na medida
que a pobreza extrema impede que muitas pessoas possam disfrutar de forma plena e efetiva
dos seus direitos. De maneira a iniciar o exercício central desta atividade, examine o que os
estudantes acham sobre a pobreza. Para isso, escreva na lousa: As pessoas são
responsáveis por viver na pobreza. Elas são culpadas pela situação na qual se encontram.
Em seguida, abra um espaço para a discussão: Vocês concordam com essas frases?
Quem concorda? Quem não concorda? Por que?
Divida a turma em grupos e peça para que pesquisem o que significa Linha da Pobreza no
Brasil. Atualmente o Governo Federal entende que famílias com renda mensal de até R$ 105
por pessoa se encontram em situação de extrema pobreza (BRASIL. MINISTÉRIO DA
CIDADANIA. Perguntas Frequentes Bolsa Família. Disponível em https://cutt.ly/2Z4K0vH.
Acesso em: 02 de ago. de 2022). Com essas informações, peça para que conversem em
grupo: Vocês consideram que a linha da pobreza oficial no Brasil é alta ou é baixa? Ou
seja, vocês consideram que a linha de pobreza definida pelo poder executivo reflete a
situação real de uma pessoa em situação de pobreza no Brasil?
Dando continuação, peça para que imaginem os seus grupos como uma família (do mesmo
tamanho do grupo) que vive junta. Em seguida, peça para que façam uma lista de suas
necessidades básicas: Comecem pensando na moradia e comida. O que vocês precisam
na sua casa? O que é realmente essencial? Um carro? Um celular? Um plano de saúde?
Se possível, peça para os estudantes pesquisarem na internet o custo real das coisas. Para
saber o custo de uma moradia, por exemplo, podem olhar nos sites de aluguel, levando em
conta quantos quartos precisam. Professor, se desejar, pode pedir aos estudantes que façam
a pesquisa dos preços anteriormente.
Uma vez feitos os cálculos dos custos mensais das necessidades básicas da família, é
preciso que somem todos para descobrir quanto dinheiro uma família daquele tamanho
precisaria para sobreviver em um mês. Como fechamento, peça para os estudantes
considerarem: Como vocês percebem esses custos? São muito altos ou muito baixos?
Todos do grupo concordaram facilmente com o que é essencial para viver ou não? Por
quê?
Em seguida, os estudantes analisaram o salário mínimo. O salário mínimo no Brasil em 2022
é de R$ 1.212. Como essa renda mensal se compara à linha de pobreza definida pelo
poder executivo? Como ela se compara ao custo das necessidades básicas em sua
comunidade? O que vocês percebem?
Em seguida, peça para que revejam e examinem a planilha de despesas que construíram,
considerando: O que vocês podem cortar da lista? Por exemplo, vocês poderiam morar
em um apartamento menor? E comprar comida menos cara? Ao fazerem os cortes,
pensem em como seria sua vida sem os itens que consideraram necessidades básicas. Liste
alguns dos efeitos que esses cortes teriam na sua qualidade de vida. Em seguida, tentem
outra abordagem: descubram qual é o salário que alguém precisa ganhar para atender às
necessidades básicas que vocês definiram. Essas perguntas norteadoras são importantes
para que os estudantes consigam refletir criticamente sobre questões que vivenciam
cotidianamente, contribuindo para seu desenvolvimento e para um olhar mais fundamentado
de seu projeto de vida.

Sistematização
Semana 8: 2 aulas
Como forma de sistematizar o percurso e avaliar o processo de reflexão proposto durante a
atividade, escreva na lousa as frases que iniciaram o exercício: As pessoas são
responsáveis por viver na pobreza. Elas são culpadas pela situação na qual se
encontram? Em seguida, reúna a turma em círculo e pergunte aos estudantes: O que vocês
acham agora dessa informação? A sua posição mudou? Em caso afirmativo, o que
causou a mudança? Se não, por que não? O que vocês diriam a alguém que diz que
qualquer pessoa que trabalhe muito pode sair da pobreza? Você pode solicitar que os
estudantes compartilhem em seus diários de bordo suas percepções sobre o que foi
trabalhado em classe.

Avaliação
● Professor, avalie se os estudantes conseguiram através dos exercícios refletir sobre a
noção de pobreza, levando em consideração o contexto brasileiro, de maneira a
analisar criticamente as desigualdades existentes, assim como sobre os fatores que
contribuem para determinar e perpetuar pobreza ao longo da vida e nas gerações
seguintes. Utilize as produções em grupo e as contribuições nos debates como
elementos dessa avaliação.
Saiba Mais
● PINSKY, Jaime. Cidadania e educação. São Paulo: Editora Contexto, 1992.
● PROJETO EQUIDADE. Instituto Mattos Filho; Politize!; Civicus. Disponível em:
https://cutt.ly/xZR7bMm. Acesso em: 14 de jul. de 2022.
● VASCONCELOS, Lía. Sociedade - As dimensões da pobreza. Desafios do
Desenvolvimento. IPEA. 2007. Ano 4 . Edição 30 - 11/1/2007: Disponível em:
https://cutt.ly/HZR4VAv. Acesso em: 14 de jul. de 2022.

ATIVIDADE 3
Objetivo
● Os estudantes desnaturalizam e compreendem a desigualdade, assim como
importantes conceitos de justiça relacionados, a saber, equidade e igualdade. Ainda,
refletem sobre a desigualdade no país através da identificação dos privilégios
existentes na sociedade brasileira.
Eixos Estruturantes
● Mediação e Intervenção Sociocultural
Introdução
Semana 9: 2 aulas
A terceira atividade deste Módulo propõe o aprofundamento da discussão sobre as
desigualdades presentes no nosso país, refletir sobre os valores de igualdade e equidade em
relação ao conceito de justiça em uma sociedade plural e diversa.
Nesse sentido, de maneira a introduzir o assunto, e retomando algumas reflexões trazidas na
atividade 2, provoque um diálogo com os estudantes, considerando o objetivo das habilidades
de formação básica, através de perguntas como: Que impacto têm no Brasil a falta de
acesso à moradia, a saúde, a educação, sobre as oportunidades e experiências das
pessoas? Que outras barreiras mais importantes que as pessoas enfrentam no Brasil,
considerando o contexto que vivem? Que membros da sociedade acham que são mais
vulneráveis e sofrem mais? De que formas a pobreza pode afetar as novas gerações?
Como as desigualdades afetam a sociedade e quais são os passos que poderiam ser
dados para garantir maior igualdade de oportunidades? O que os governos e as
sociedades deveriam fazer para contribuir nestas situações? Por exemplo: aumentando o
salário mínimo; oferecendo incentivos aos empregadores; ofertando ajuda às famílias para o
cuidado das crianças ou mesmo concedendo bolsas de estudo para que as pessoas tenham
acesso a mais oportunidades. Esse diálogo visa provocar uma reflexão mais ampla sobre o
contexto social do país, de forma a contribuir para fortalecer os aprendizados gerados na
atividade passada e permitir um aprofundamento dos mesmos nesta atividade.

Desenvolvimento
Semanas 10 e 11: 4 aulas
Durante essa atividade, propomos que os estudantes sejam convidados a realizar um
exercício chamado Um passo à frente (Adaptado e traduzido de: COUNCIL OF EUROPE.
Compass. Disponível em: https://cutt.ly/TZTtjuS. Acesso em: 02 de ago. de 2022). Para isso,
será preciso que você crie personagens e coloque suas descrições em tiras de papel
(exemplos: Você é uma mãe solo e desempregada; Você é um refugiado recém-chegado ao
Brasil e não fala português). Distribua uma tira a cada estudante (o ideal é o mesmo número
de personagens ao de estudantes), indicando que não podem compartilhá-la com ninguém.
Solicite que se sentem no chão, leiam o seu cartão e imaginem como seria a vida do
personagem: Como foi a sua infância? Como era a sua casa? Que trabalho tinham os
seus pais? Onde estudava? Como e onde fez amizades? Que tipo de vida tem? Onde
mora? Quanto dinheiro ganha por mês? O que faz no seu tempo livre? Onde passa as
férias? Quais são seus medos?

A seguir, peça para os estudantes permanecerem em silêncio, de pé, lado a lado. Diga para
eles que você irá ler uma lista de situações ou eventos. Cada vez em que possam responder
“sim” a uma situação, devem dar um passo à frente. Se não, podem ficar onde estão. Sempre
levando em conta a vida do personagem que representam. Leia uma frase de cada vez e
deixe um tempo entre cada frase para que as pessoas possam dar um passo à frente e
observar como vão mudando as posições relativas:
1.Se você consegue dar um passo à frente, dê um passo à frente; 2. Se você
possui proteção social e médica, dê um passo à frente; 3. Se você pode sair de
férias uma vez por ano, dê um passo à frente; 4. Se você pode convidar seus
amigos para jantar em casa, dê um passo à frente; 5. Se as pessoas que lhe
criaram tiveram que trabalhar à noite, nos finais de semana ou em dois
empregos para sustentar a família, dê um passo atrás; 6.Se vem de um
ambiente familiar que lhe apoia em seus projetos e ambições, dê um passo à
frente; 7.Se você não tem medo de ser parado pela polícia, dê um passo à
frente; 8.Se você tem moradia decente, com telefone e televisão, dê um passo à
frente; 9.Se você sente que sua língua, religião e cultura são respeitadas na
sociedade em que vive, dê um passo à frente; 10. Se o seu comportamento (e,
em especial, seus erros) são raramente atribuídos ao seu gênero, dê um passo
à frente: 11. Se você sente que pode estudar e seguir a profissão de sua
escolha, dê um passo à frente; 12. Se você pode se apaixonar pela pessoa de
sua escolha, dê um passo à frente; 13. Se você tem uma vida interessante e tem
uma visão positiva sobre o seu futuro, dê um passo à frente; 14.Se você sente
que sua opinião sobre questões sociais e políticas é importante e seus pontos
de vista são ouvidos, dê um passo à frente; 15. Se você sabe onde procurar
conselhos e ajuda, dê um passo à frente; 16. Se você não tem medo de ser
assediado ou atacado nas ruas ou na mídia, dê um passo à frente; 17. Se você
pode votar em eleições nacionais e locais, dê um passo à frente; 18. Se você
pode participar de um seminário internacional no exterior, dê um passo à frente;
19.Se você pode se beneficiar da internet, dê um passo à frente; 20. Se você
não tem medo do futuro de seus filhos, dê um passo à frente; 21. Se você pode
comprar roupas novas pelo menos uma vez a cada três meses, dê um passo à
frente; 22. Se você sente que sua competência é respeitada na sociedade em
que vive, dê um passo à frente.
Depois de concluído o exercício, deixe um momento para que os estudantes olhem ao redor e
convide-os a uma roda de conversa: Como vocês se sentem dando um passo à frente? E
quando não? Para aqueles que avançavam com frequência, em que ponto começaram a
perceber que os outros não estavam se movendo tão rápido quanto eles? Alguém
sentiu que houve momentos em que seus direitos humanos básicos estavam sendo
ignorados? Os estudantes podem adivinhar os personagens uns dos outros. (Deixe que
revelem seus papéis durante esta parte da discussão). Quão fácil ou difícil foi
desempenhar os diferentes papéis? Como vocês imaginaram que era a pessoa que
estavam interpretando? O exercício reflete a sociedade de alguma forma? Como?
Outro exercício interessante para se propor nesse percurso é conversar com os estudantes
sobre o que entendem ser justiça. Para isso, peça para que compartilhem suas perspectivas
iniciais e de que maneira entendem essa noção na prática. Em seguida, apresente diferentes
noções de justiça (professor, você encontrará sugestões no item Saiba mais). Os estudantes
podem discutir os conceitos em grupos, dialogando sobre o que concordam ou discordam das
visões trazidas pelos autores.

Sistematização
Semana 12: 2 aulas
Como forma de concluir a atividade e considerando as reflexões levantadas, mostre aos
estudantes a imagem “Igualdade vs. equidade” criada por Craig Froehle em 2012 (disponível
em: https://cutt.ly/nZR4Dk4) para explicar porque a igualdade de oportunidades não é o
mesmo que a igualdade de resultados. Em seguida, pergunte aos estudantes: O que vêm na
imagem? O que a imagem sugere sobre os desafios que algumas pessoas enfrentam na
sociedade para atingir as suas metas? Que impacto vocês acham que tem questões
como a classe social, o gênero, a raça ou a idade nas oportunidades e experiências das
pessoas?

Avaliação
● Professor, através dos exercícios propostos, avalie se os estudantes conseguiram
aprofundar a análise sobre desigualdade social, percebendo fatores que contribuem para
que essa estrutura se estabeleça e permaneça, refletindo também sobre as diferentes
noções de justiça.
Saiba Mais
● GEORGES, Rafael. País Estagnado. Um Retrato das Desigualdades Brasileiras 2018.
São Paulo: OXFAM Brasil: 2018. Disponível em: https://cutt.ly/sZTrUrU. Acesso em:
02 de ago. de 2022.
● PIOVESAN, Flávia. Direitos sociais, econômicos e culturais e direitos civis e políticos.
Sur, Rev. int. direitos humanos, n.1, v, p. 20-47, 2004. Disponível em:
https://cutt.ly/hZUpdY4. Acesso em: 28 de jul. de 2021.
● RODRIGUES, Mailson. Justiça social: conceito e importância. Politize! 26 de abr. de
2017. Disponível em: https://cutt.ly/EZUoLgl. Acesso em: 28 de jul. de 2022

ATIVIDADE 4
Objetivo
● Os estudantes analisam diferentes formas de comportamento social perante situações
de injustiça, relacionando as mesmas com os conceitos de conformidade social e
banalidade do mal.
Eixos Estruturantes
● Mediação e Intervenção Sociocultural
Introdução
Semana 13: 2 aulas
Professor, a atividade 4 busca problematizar as diferentes formas de comportamento diante
de crises sociais, considerando o conceito de conformidade social e banalidade do mal e
levando a uma reflexão mais profunda sobre como definimos nosso "universo de obrigação".
De maneira a introduzir a temática à turma, peça para que os estudantes escrevam em seus
diários de bordo atitudes que consideram que sejam “más”. Pode ser qualquer coisa: fazer
bullying com o colega, não devolver o troco dado a mais, etc. Em seguida, peça para que
olhem para a lista que construíram, refletindo se já cometeram algum desses atos. Lance
perguntas como: Se sim, o que sentem ao reconhecer isso? O que sentiram ao fazer?
Uma atitude má torna a pessoa má? Vocês acham que pessoas podem ser
influenciadas a fazer o mal? Como? Não fazer o bem é também fazer o mal?
No mesmo sentido, sugerimos que você introduza alguns conceitos de maneira a fazer com
que os estudantes avaliem suas posições em situações de crise: perpetrador, vítima,
espectador e defensor. Primeiro, anote as palavras na lousa e peça para que os estudantes
compartilhem o que creem que significa cada uma delas. Por fim, compartilhe os significados
corretos: Perpetrador: uma pessoa que pratica um ato prejudicial, um crime ou um delito;
Vítima: uma pessoa que é alvo de ato prejudicial, crime ou delito cometido por um
perpetrador; Espectador: uma pessoa que está presente, mas não participa ou interfere
ativamente em uma situação ou evento; Defensor: uma pessoa que fala ou age em apoio a
um indivíduo ou causa, especialmente alguém que intervém em defesa de uma vítima.
Professor, após compartilhar os significados dos termos com a turma, pergunte: Vocês já se
viram nesses papéis? Em quais deles? Vocês acreditam que as pessoas podem
transitar entre diferentes papéis ou representam apenas um durante toda a vida? Se
essa mudança de papéis ocorre, quais fatores podem influenciar essa mudança? Numa
mesma situação, uma pessoa pode ser perpetrador e vítima? E vítima e espectadora?
Vocês conseguem pensar em situações que demonstram isso? É essencial conseguir
provocar nos estudantes uma reflexão prática sobre isso, de maneira com que consigam
pensar em como assumem as diferentes posições em seu cotidiano.

Desenvolvimento
Semanas 14 e 15: 4 aulas
Dando seguimento a provocação proposta nesta atividade, propomos que inicie uma
discussão sobre conformidade social, que corresponde à interiorização de regras e a partilha
das mesmas como resultado da tendência que os indivíduos possuem de agir considerando
as expectativas do grupo ao qual pertencem. Para isso, propomos que os estudantes
assistam ao vídeo: Conformidade Social Legendado - O Experimento social na sala de
espera. Tatudaqui. Youtube. Duração: 03min 39s. Disponível em: https://cutt.ly/DZUm9uY.
Acesso em 03 de ago. de 2022. Para gerar mais engajamento da turma, é interessante fazer
algumas pausas no vídeo para que os estudantes possam tentar adivinhar qual vai ser a
postura das pessoas que aparecem no vídeo. Em seguida, vocês podem dialogar sobre o
experimento, buscando fazer relação com as vivências diárias da turma.
Aqui é uma boa oportunidade para que você apresente à turma, em uma aula expositiva
dialogada, o conceito de banalidade do mal, elaborado pela filósofa Hannah Arendt
https://forms.gle/Wjyvw2w2atfqx31NA Depois de apresentar o conceito e sua origem, explore
com os estudantes como eles percebem essa questão no seu cotidiano, se eles acreditam
que banalizamos o mal no nosso dia a dia e como. Nesse sentido, aproveitando a discussão
sobre as possíveis consequências maléficas de uma obediência incondicional, a partir do
conceito da banalidade do mal de Hannah Arendt, você pode também reproduzir para a turma
algumas notícias que tragam exemplos ações que desafiam a conformidade, impactando
positivamente a vida do outro (exemplo: REDAÇÃO. Profissional de saúde enfrenta enxurrada
para vacinar idoso acamado no Paraná. O Tempo, 12 de fev. de 2021. Disponível em:
https://cutt.ly/wZUGn4e. Acesso em: 22 de jul. de 2022)
O próximo exercício visa aprofundar a reflexão sobre conformidade social, a partir da
apresentação do termo que a socióloga americana Helen Fein criou para descrever o círculo
de indivíduos e grupos dentro de uma sociedade “para quem as obrigações são devidas, aos
quais as regras se aplicam, e cujos ferimentos pedem reparações”: universo de obrigação
(leia mais sobre o conceito em: RAMIREZ-BARAT, Clara; PETRAGLIA; Amanda; GALLO,
Janaína; ALVES, Paula; SOUZA, Isadora. Caderno metodológico projeto Cidadania e
democracia desde a escola. São Paulo: Instituto Auschwitz, 2022. p. 152. Disponível em:
https://cutt.ly/TZIjgck. Acesso em 03 de ago. de 2022).
Anuncie à turma que eles construirão seus universos de obrigação, compartilhando o que
significa seu conceito. Para isso, peça para que nos diários de bordo desenhem três círculos.
No primeiro, devem escrever seus nomes. No círculo 2, deverão escrever as pessoas pelas
quais se sentem responsáveis de uma forma séria. Aquelas pelas quais colocaria em risco
sua vida (não é necessário escrever os nomes). Já no círculo 3, eles escreverão indicar
pessoas com as quais tenham obrigações, mas não tantas como no círculo 2. Por fim, no
círculo 4 deverão estar as pessoas com as quais eles possuem obrigações, mas não tantas
como no círculo 3 (Professor, você pode escolher fazer o exercício com 3 círculos, se achar
que pode facilitar o entendimento).
Em seguida, peça aos estudantes para formarem grupos de dois ou três para discutirem a
experiência de ilustrar os seus universos de obrigações. Em suas discussões, os estudantes
podem abordar algumas das seguintes questões: Como foi a experiência de desenhar o
seu universo de obrigação? O que você̂ achou quando decidiu onde colocar certos
grupos em seu universo de obrigação? Quais decisões foram difíceis? Quais foram
fáceis? Em que condições seu universo de obrigação pode mudar? O que pode fazer
com que você mova alguns grupos para o centro e outros para o lado de fora?
Depois de realizarem a discussão em grupos, organize a turma em um círculo, e promova um
diálogo a partir de um olhar mais macro para o conceito: Qual é a diferença entre o universo
de obrigações de um indivíduo e o de uma escola, comunidade ou país? Quais fatores
influenciam a forma como uma sociedade define seu universo de obrigações? De que
maneiras uma nação ou comunidade pode sinalizar quem é parte de seu universo de
obrigação e quem não é? O que vocês acham que pode ser uma das consequências para
aqueles que não estão dentro do universo de obrigação da sociedade? Como você̂
descreveria o universo de obrigações do Brasil? Isso tem mudado ao longo da história?

Sistematização
Semana 16: 2 aulas
Como exercício de sistematização, propomos que apresente para a turma o seguinte vídeo:
CANAL DE ROGÉRIO PAULO VIEIRA. Nicholas Winton, o herói anônimo da Segunda Guerra
(documentário da TV Globo). Youtube, 4 de fev. de 2008. Duração: 10min. Disponível em:
https://cutt.ly/mZU1FRH. Acesso em: 21 de jul. de 2022. Em seguida, discuta com a turma:
Como vocês acham que Nicholas Winton definia o seu universo de obrigação? Por
quê? Quais foram as consequências? Nicholas Winton pode ser definido como um
herói? Por que ele rejeita ser considerado como tal?

Avaliação
● Professor, avalie se diante das atividades realizadas, os estudantes demonstraram
capacidade de problematizar a obediência sem análise crítica e empatia, e de que
maneira essa postura deixa o espaço necessário para que a banalização do mal se
instale, bem como conseguiram refletir acerca de como a sociedade - e eles mesmos -
designa quem é digno de respeito, proteção e cuidado e quem não.
Saiba Mais
● Filme: A corrente do bem. Mimi Leder - 2000/EUA.
● ARENDT, Hannah. Eichmann em Jerusalém, Um relato sobre a banalidade do mal.
Tradução: José Rubens Siqueira. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
● BARUTTI, Nathalia. O efeito espectador e a falta de ação diante de uma violação de
direito. Revista Âmbito Jurídico, 1 de fev. de 2017, exemplar 157. Disponível em:
https://cutt.ly/KZUIVqu. Acesso em: 03 de agol. de 2022.
● GONÇALVES. José Luis. Invisibilidade e reconhecimento: a construção da literácia
moral em Pedagogia Social. Cadernos de Pedagogia Social, 01 de janeiro de 2007.
p. 83-103. Disponível em: https://cutt.ly/vZUOqgO. Acesso em: 02 de agol. de 2022.
● HOBBES, Thomas. (1651). Leviatán.
● LUTHER KING, Martin. (1958) Stride Toward Freedom.
● RAWLS, John (1997). Uma teoria da justiça. Harvard: Harvard University Press. p.64.

ATIVIDADE 5
Objetivo
● Os estudantes produzem um projeto de comunicação social, levando em consideração
as temáticas trabalhadas no Módulo e mobilizando processos jornalísticos e de
pesquisa.
Eixos Estruturantes
● Mediação e Intervenção Sociocultural
Introdução
Semana 17: 2 aulas
Professor, a atividade 5 tem como objetivo concluir o Módulo, através de um trabalho final de
comunicação produzido pelos estudantes, que poderão incrementar conhecimentos
levantados durante o Módulo como um todo. Este processo será encaminhado e estimulado
pelos próprios interesses e inquietudes dos estudantes aos temas que foram discutidos
durante as atividades. Ao final, eles podem compartilhar seus projetos com a comunidade
escolar com a intenção de conscientizar, informar e sensibilizar, além de servir de exemplo de
boas práticas cidadãs.
Para introduzir o trabalho final aos estudantes, explique que nesta última etapa do Módulo
eles deverão realizar uma pesquisa e desenvolver um projeto de comunicação social
utilizando algum meio de comunicação, como jornal, revista, blog, podcast, entre outros, para
discutir alguma temática que considerem relevante e interessante, desde que seja relacionado
ao que foi absorvido durante todo o Módulo.
Sugerimos que crie uma chuva de ideias para que a turma comece a pensar possíveis temas
que gostariam de desenvolver em seus projetos. Desta forma, peça para que anotem em
pequenos pedaços de papel temáticas trabalhadas sobre as quais possuem interesse e
gostariam de discutir, dobrando os papéis e colocando-os em um saquinho. Em seguida, tire
os papéis e anote cada uma das temáticas na lousa/ papel/ cartolina para que nas próximas
aulas os estudantes possam revisitar o que disseram e relembrar os seus interesses,
ajudando-os na definição dos temas para seus projetos mais adiante.
Nesse momento, também é interessante explorar com os estudantes as possibilidades de
meios de comunicação com os quais podem trabalhar. Vocês podem fazer uma pesquisa
sobre eles em sala de aula, aproveitando para conhecer iniciativas que podem inspirar o
processo (sugestões: Agência Mural de Jornalismo das Periferias, jornal Joca, Imprensa
Jovem, organização Viração)

Desenvolvimento
Semanas 18 e 19: 4 aulas
Para a etapa de divisão dos grupos, sugerimos que os estudantes sejam reunidos de acordo
com a preferência que tenham em relação ao meio de comunicação a ser utilizado no projeto.
Organizados os grupos, é importante que os estudantes se familiarizem com o instrumento
com o qual trabalharão através de uma pesquisa que pode ser online. Nesta etapa, a partir
das pesquisas feitas, os grupos deverão iniciar a definição dos conceitos chaves do projeto
final que construirão, organizando e alinhando as ideias que possuem. Oriente que os grupos
reflitam e discutam sobre questões centrais acerca do que pretendem desenvolver, a partir de
perguntas norteadoras: Qual será o nome do projeto? Qual o seu objetivo? Qual o
público-alvo? Qual será o formato, considerando tamanho e extensão?
De maneira a tornar possível a execução dessas ideias, os estudantes precisarão elaborar um
plano de execução. O plano de execução consiste em organizar as etapas da construção do
produto e as responsabilidades que cada membro do grupo irá desenvolver. A organização
nesta etapa é primordial para a boa execução e finalização do projeto com êxito. Como cada
meio de comunicação social possui seu próprio processo de criação, é interessante que os
estudantes demonstrem, a partir da pesquisa realizada, um conhecimento prévio para definir o
plano de execução. Ou seja: Como criar um jornal? Como fazer um blog? Como gravar
um podcast? Estimule que procurem aplicativos e/ou sites gratuitos que podem auxiliar.
Reforce que, no momento de definir os responsáveis por cada processo, podem considerar as
habilidades de cada membro, ou seja, alguns estudantes podem ter mais facilidade para
pesquisar, outros para escrever, fotografar, gravar, editar, etc. Lembre-os de que o mais
importante é que todos se respeitem durante o processo e consigam desenvolver um ótimo
produto final juntos.
Para definir os temas e as pautas, é importante que os estudantes pensem em algo com o
qual se identifiquem e/ou tenham interesse em saber mais, afinal, deverão pesquisar a fundo
sobre o tema para produzir um bom conteúdo. Professor, é importante ressaltar que para
construir um conteúdo de comunicação social é imprescindível pesquisar, ler, ouvir
especialistas no tema, etc. Desta forma, absorvendo o máximo de conteúdo que puderem, os
estudantes poderão analisar de forma crítica e ter instrumentos para desenvolverem seu
próprio material de forma segura. Proponha aos grupos para terem em mente, na hora de
buscar informações, as seguintes questões: O que queremos saber? Por que é importante
comunicar sobre esse tema para o nosso público-alvo? Propomos que separe um
momento da aula para discutir com os grupos a importância de utilizar fontes de pesquisa
confiáveis. Também é essencial lembrar aos grupos que, caso realizem gravação de voz ou
de vídeo para utilizar em seu projeto final, todas as pessoas envolvidas podem assinar um
termo de autorização de uso de imagem e/ou som. É igualmente importante verificar se as
imagens e outras fontes usadas estão devidamente creditadas. Essas precauções são de
extrema importância para poder divulgar o trabalho realizado posteriormente!
Durante o processo de desenvolvimento do projeto, é importante propor momentos de
compartilhamento entre os estudantes, onde poderão trazer suas ideias e discutir suas
dificuldades. Durante as aulas, estimule os estudantes a otimizarem o tempo disponível que
possuem juntos em sala para avançar nas produções. Lembre-se também que esses são os
momentos no quais poderão organizar o que for necessário para o evento final. Propomos
que circule entre os grupos, colocando-se à disposição para ajudá-los no que precisarem.
Ressalte a importância de revisarem com atenção o produto final, verificando se a mensagem
se encontra coesa e coerente, se as informações utilizadas estão corretas e se as fontes e
referências utilizadas são confiáveis e adequadas. Além disso, é importante analisar se foi
feito o uso correto da linguagem, seja ela escrita ou oral, especialmente considerando que o
material será divulgado seguindo um plano de comunicação pensado pelos próprios
estudantes envolvidos.

Sistematização
Semana 20: 2 aulas
O processo de sistematização consistirá na realização do evento de finalização do Módulo,
quando os estudantes apresentarão seus projetos. É importante que você participe da
abertura do evento, explicando a finalidade pedagógica do trabalho desenvolvido e exaltando
a sua importância para o desenvolvimento da autonomia dos estudantes, além de promover
discussões sobre assuntos de importância coletiva e que visam a construção de valores que
mobilizem ações que garantem um mundo mais justo. Também é interessante promover um
espaço para reflexão e avaliação sobre o tema abordado com a turma.

Avaliação
● Professor, durante a atividade, avalie se o projeto final aconteceu de forma satisfatória
e os estudantes participaram ativamente da sua realização, além de demonstrar
conhecimentos significativos acerca das temáticas abordadas e uma postura de análise
crítica sobre a temática trabalhada.
Saiba Mais
● ALMEIDA, Ligia. Projetos de intervenção em educomunicação. Paraíba, V 1., 6 ago.
2016. Disponível em: https://cutt.ly/jZIRmmd. Acesso em: 03 de ago. de 2022.
● KLOSTER, Patrícia Regina. Fazendo Mídia na Escola: produção de jornal escolar
ampliando o universo de leitura e escrita. Cadernos PDE. Curitiba: Secretaria de
Educação de Estado Paraná, 2013. Disponível em: https://cutt.ly/aZIaSFr. Acesso em:
03 de ago. de 2022.
● NICOLIELO, Bruna; TREVISAN, Rita. Valorizar a culminância em vez dos conteúdos.
Nova escola. 1 de nov. de 2010. Disponível em: https://cutt.ly/xZIRF85. Acesso em: 02
de ago. de 2022.

MÓDULO
Sonhando o Brasil: Um projeto original de desenvolvimento
Área do Conhecimento
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Perfil do(a) Professor(a)
Filosofia, Geografia, História, Sociologia
Carga horária total
30 horas
Carga horária semanal
2 horas
Descrição
O conjunto de atividades possibilita analisar os aspectos sociais, culturais, ambientais, políticos
e econômicos do Brasil, a fim de aproximar o estudante do conceito de cidadania e as suas
dimensões na contemporaneidade. Os conteúdos presentes priorizam condições que tornam o
indivíduo agente ativo, sujeito de direitos e deveres, no que diz respeito ao processo de
construção da cidadania ativa. Além disso, refletir sobre essas questões, será possível
perceber as permanências e rupturas da nossa história, fortalecendo comportamentos e
compromissos com o coletivo de maneira consciente e crítica. As atividades estão estruturadas
nos eixos de Investigação Científica, Processos Criativos, Mediação e Intervenção
Sociocultural, além do Empreendedorismo.
Objetos de conhecimento
Cidadania e a representação do povo brasileiro; juventudes e cidadania; conhecendo seus
direitos como jovem cidadão; desafios do século XXI; projetando um sonho de Brasil à partir da
realidade local; qual a cara e como sonha a juventude local?
Objetivos das atividades
1: Os estudantes compreendem o conceito de cidadania e as suas dimensões. Reconhecem
como as nossas ações cotidianas interferem nos problemas de interesses individuais e
coletivos.
2: Os estudantes compreendem a temática da diversidade do povo brasileiro e sua
representatividade. Refletem sobre a cidadania dos diversos grupos sociais que compõem a
população brasileira.
3: Os estudantes refletem sobre os contextos históricos em que houve a participação da
juventude. Elaboram um texto verbal ou não-verbal sobre a temática da atividade.
4: Os estudantes Investigam e analisam processos sociais relacionados à temática juventudes
e educação
5: Os estudantes reconhecem e produzem um Manifesto na comunidade escolar. Mobilizam
os conhecimentos do Módulo e consideram iniciativas de melhoria coletiva para o futuro do
país.
Competências e Habilidades da Formação Geral Básica a serem aprofundadas: 1, 2, 5 e
6.

EM13CHS103: Elaborar hipóteses, selecionar evidências e compor argumentos relativos a


processos políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais e epistemológicos, com base na
sistematização de dados e informações de diversas naturezas (expressões artísticas, textos
filosóficos e sociológicos, documentos históricos e geográficos, gráficos, mapas, tabelas,
tradições orais, entre outros).
EM13CHS205: Analisar a produção de diferentes territorialidades em suas dimensões
culturais, econômicas, ambientais, políticas e sociais, no Brasil e no mundo contemporâneo,
com destaque para as culturas juvenis.
EM13CHS502: Analisar situações da vida cotidiana, estilos de vida, valores, condutas etc.,
desnaturalizando e problematizando formas de desigualdade, preconceito, intolerância e
discriminação, e identificar ações que promovam os Direitos Humanos, a solidariedade e o
respeito às diferenças e às liberdades individuais.
EM13CHS504: Analisar e avaliar os impasses ético-políticos decorrentes das transformações
culturais, sociais, históricas, científicas e tecnológicas no mundo contemporâneo e seus
desdobramentos nas atitudes e nos valores de indivíduos, grupos sociais, sociedades e
culturas.
EM13CHS602: Identificar e caracterizar a presença do paternalismo, do autoritarismo e do
populismo na política, na sociedade e nas culturas brasileira e latino-americana, em períodos
ditatoriais e democráticos, relacionando-os com as formas de organização e de articulação das
sociedades em defesa da autonomia, da liberdade, do diálogo e da promoção da democracia,
da cidadania e dos direitos humanos na sociedade atual.
Eixos Estruturantes e suas Competências e Habilidades: Investigação Científica,
Mediação e Intervenção Social, Empreendedorismo.

EMIFCHSA01: Investigar e analisar situações problema envolvendo temas e processos de


natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional,
nacional e/ou global, considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.
EMIFCHSA04: Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e
reflexão crítica sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica,
política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.
EMIFCHSA06:Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para
problemas reais relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica,
filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ ou global.
EMIFCHSA07:Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e
ameaças a grupos sociais, à diversidade de modos de vida, às diferentes identidades culturais
e ao meio ambiente, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, com base em fenômenos
relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
EMIFCHSA10: Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas podem ser utilizadas na concretização de projetos
pessoais ou produtivos, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, considerando as
diversas tecnologias disponíveis, os impactos socioambientais, os direitos humanos e a
promoção da cidadania.
EMIFCHSA11: Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para desenvolver um projeto pessoal ou um
empreendimento produtivo, em âmbito local, regional, nacional e/ ou global.
Referências Bibliográficas

BRASIL. Lei 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do


Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 16 jul. 1990
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil. O longo Caminho. 3ª ed. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2002.
DAYRELL, Juarez. Por uma pedagogia das juventudes: experiências educativas do
Observatório da Juventude da UFMG / Juarez Dayrell (organizador). Belo Horizonte: Mazza
Edições, 2016.
CAMPOS, Luiz Augusto; MACHADO, Carlos. A cor dos eleitos: determinantes da
sub-representação política dos não brancos no Brasil. Revista Brasileira de Ciência
Política, 2015.
PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla Bassanezi. História da Cidadania. São Paulo: Editora
Contexto, 2005.
ATIVIDADE 1
Objetivo
● Os estudantes compreendem o conceito de cidadania e as suas dimensões.
Reconhecem como as nossas ações cotidianas interferem nos problemas de interesses
individuais e coletivos.
.
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica, Processos Criativos, Mediação e Intervenção Sociocultural.
Introdução
Semana 1: 2 aulas

Professor, a atividade 1, assim como as demais, está dividida em três partes, a saber: 1ª)
Introdução (sensibilização e contextualização para a temática proposta; 2ª) Desenvolvimento
(a proposta e o conteúdo da atividade); e a 3ª) Sistematização e fechamento da discussão
abordada em sala de aula.

Sugerimos que leve em consideração uns minutos iniciais, pré-introdução, para que você se
apresente para a turma e explique a organização do material, ou seja, o aprofundamento, a
sua divisão e os principais objetivos do Módulo que será estudada: Sonhando o Brasil: um
projeto original de desenvolvimento.

Inicie a sensibilização perguntando: O que é cidadania? Quais momentos da história


vocês acreditam que marcaram a cidadania no Brasil? Como vocês percebem a
participação popular nas decisões políticas, a vida em comum, as regras, leis e normas
de conduta? Professor, para a sensibilização, podem ser distribuídos post-its aos estudantes
para que escrevam as suas respostas e cole em um cartaz, uma outra opção é solicitar que
anotem as suas explicações no caderno. Em seguida, o resultado apresentado por cada
estudante, pode ser compartilhado coletivamente com os colegas da turma, por meio de
situações reais, a partir da vivência de cada um com a temática.

Sugerimos que aproveite a oportunidade para resgatar conhecimentos acadêmicos e


habilidades construídas pelos estudantes na Formação Geral Básica. O objetivo da atividade
é realizar uma sondagem sobre a compreensão dos estudantes dos conceitos que serão
aprofundados nesta atividade, a saber: a cidadania e as suas dimensões.

Propomos que, em uma aula expositiva dialogada, apresente para a turma que o conceito de
cidadania diz respeito ao pertencimento de um indivíduo a uma comunidade politicamente
articulada, que lhe atribui deveres e direitos, sob a vigência de uma Constituição. A cidadania
é uma condição na qual o indivíduo tem a posse de três tipos de direitos. 1) Direitos civis.
São aqueles que garantem a vida, a segurança, a propriedade, a possibilidade de ir e vir, a
igualdade perante à lei, o acesso à justiça, a escolha do trabalho, a inviolabilidade do lar. Eles
estão relacionados à liberdade individual. 2) Direitos políticos: Se referem ao direito de
participar da política e da administração pública. Sua forma mais óbvia é o voto, mas eles
incluem também a organização de partidos políticos, a existência de instituições
representativas e legítimas, entre outros. 3) Direitos sociais. Garantem ao cidadão usufruir de
educação, saúde, aposentadoria, salário justo e serviços públicos de qualidade em geral. Eles
são baseados na ideia de justiça social e de participação de todas as pessoas nas riquezas
produzidas pela sociedade.

A partir da contextualização, sugere-se que realize uma tempestade de ideias com os


estudantes, a fim de mobilizar os conhecimentos dos mesmos, atente-se para ouvir e registrar
o que eles compreendem da participação da população na efetivação da cidadania.
Propomos que instigue-os com alguns exemplos, como: a abolição da escravatura, a
conquista do voto feminino, o período de redemocratização do país, o movimento das “diretas
já”, entre outros momentos que podem ser citados. Professor, esse pode ser um momento
também de verificar as aprendizagens construídas ainda no início da atividade, onde foi
possível debater sobre o que é cidadania e os principais momentos que marcaram a
cidadania no Brasil.

Desenvolvimento
Semanas 2 e 3: 4 aulas
Professor, para dar continuidade na atividade, sugerimos que organize a sala em quatro
grupos e distribua o texto sobre as quatro dimensões da cidadania: Política, social, cultural e
econômica (Confira: GALLO, Janaina Soares; BARAT, Clara Ramírez; PETRAGLIA, Amanda.
Cidadania e democracia desde a escola: caderno pedagógico metodológico. São Paulo:
Instituto Auschwitz, fev. 2019. p. 93. Disponível em: https://cutt.ly/jLewvfR. Acesso em: 05 jul.
2022).

Dimensão política: refere-se a direitos e responsabilidades políticas. O desenvolvimento desta


dimensão deve ser feito através do conhecimento do sistema político e da promoção de
atitudes democráticas e habilidades participativas.
Dimensão social: tem a ver com o comportamento entre os indivíduos em uma sociedade e
requer alguma medida de lealdade e solidariedade. As habilidades sociais e o conhecimento
das relações sociais na sociedade são necessários para o desenvolvimento desta dimensão
Dimensão cultural: refere-se à consciência de um patrimônio cultural comum. Esta dimensão
cultural deve ser desenvolvida através do conhecimento do patrimônio cultural e da história e
habilidades básicas (competência linguística, leitura e escrita).
Dimensão econômica: Diz respeito à relação entre um indivíduo e o mercado trabalhista e
consumidor. Isso implica o direito ao trabalho e a um nível mínimo de subsistência.
Competências econômicas (para atividades relacionadas ao trabalho e outras atividades
econômicas) e formação profissional têm um papel fundamental no cumprimento dessa
dimensão econômica.
Em seguida, indicamos que reserve um tempo para que os estudantes de maneira individual
façam a leitura do documento e, posteriormente de forma colaborativamente, estimule que
anotem as considerações a partir da seguinte questão norteadora: Como as dimensões da
cidadania se aplicam em sua vida?
É recomendável aos grupos que, após refletirem sobre a questão e elaborarem uma resposta
de uma situação do cotidiano em que é possível perceber as dimensões da cidadania. Alguns
exemplos podem ser mobilizados, como: 1) Separar o lixo doméstico, assim como não jogar
lixo nas ruas; 2) Tirar o título de eleitor, acompanhar os candidatos no período eleitoral, os
seus planos de governo e as suas ações após as eleições; 3) Respeitar o atendimento
preferencial e prioritário; 4) Preservar o patrimônio público; 5) Estar atento ao desperdício de
energia elétrica, água e alimentos; 6) Denunciar qualquer forma de preconceito e
discriminação; 7) Valorizar a diversidade de saberes e culturas; 8) Promover o Estado laico,
tratando todos os cidadãos iguais, independentemente da sua escolha religiosa; 8) Se
informar sobre seus direitos e exigir melhorias do poder público; entre tantas outras situações
do dia a dia que podem ser apresentadas no momento, com base nos princípios da
Constituição Federal de 1988 visando garantir a cidadania e a dignidade humana.

Em seguida, em uma aula expositiva dialogada, apresente que os principais momentos da


cidadania foram caracterizados pela participação popular no direcionamento das decisões da
vida pública, como os mencionados na Introdução da atividade: a abolição da escravatura, a
conquista do voto feminino, o período de redemocratização do país, o movimento das “diretas
já”, entre outros. Professor, a partir da contextualização, espera-se que os estudantes
reconheçam como as nossas ações cotidianas interferem no destino da sociedade, ou seja,
nos problemas de interesses individuais e coletivos. Logo, a participação produz atitudes que
contribuem para a transformações sociais e, portanto, deve ser alinhada a condição de se
inteirar da historicidade no tempo e no espaço, permanências e rupturas das estruturas
sociais, políticas, econômicas e culturais na conquista pelos nossos direitos.

Sistematização
Semana 4: 2 aulas
Como forma de sistematizar os conhecimentos construídos pelos estudantes, professor, uma
indicação é propor a elaboração de uma nuvem de palavras com os principais pontos
discutidos no desenvolvimento da atividade. A produção pode ser elaborada por meio de
ferramentas digitais, como por exemplo: Disponível: https://cutt.ly/NX7gyAO. Acesso em: 26
ago. 2022. Porém, fique à vontade para adaptar a atividade conforme a realidade da sua
turma. O resultado pode ser condicionado à produção de cartazes, como forma de organizar
toda a discussão desenvolvida ao longo da atividade. Nesse sentido, o produto pode conter
informações, tendo como base as discussões realizadas em sala aula, pode incluir imagens,
justificativas e os pontos de vista. Esta é uma forma de os estudantes se conectarem ainda
mais com o tema, ampliando o alcance de conhecimentos sobre a cidadania.

Avaliação
● Professor, como forma de avaliação da atividade, considere a participação e o
envolvimento dos estudantes em todas as etapas desenvolvidas. Considere a
compreensão e debates realizados em grupos em torno do conceito da cidadania.
Avalie o protagonismo dos estudantes, o modo como conseguem estabelecer relações
entre o texto, as apresentações e as discussões no decorrer do processo com a turma.
Por fim, verifique a produção da nuvem de palavras e a produção de cartazes. Ou seja,
o trabalho colaborativo na elaboração, a comunicação dos critérios e das próprias
escolhas, a responsabilidade na realização da tarefa e na relação com os demais no
grupo.

Saiba Mais
● PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla Bassanezi. História da Cidadania. São Paulo: Editora
Contexto, 2005.
● CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil. O longo Caminho. 3ª ed. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.
● SPINDOLA, Stephanie. Por que é importante falarmos em cidadania? Politize!
Florianópolis, 20 jun. 2016. Disponível em: https://cutt.ly/aK1Y6zG. Acesso em: 01 jul.
2022.
● ANDREASSA, Luiz. O que é cidadania e o que falta no Brasil? Politize! Florianópolis,
16 nov. 2021. Disponível em: https://cutt.ly/EK1UjnV. Acesso em: 01 jul. 2022.
● MOTA, Maria Clara. Exercício da cidadania: entenda seus direitos e deveres. Politize!
Florianópolis, 05 mai. 2022. Disponível em: https://cutt.ly/YK1U1MO. Acesso em: 01
jul. 2022.
● Souza, Isabela. A evolução dos direitos humanos no Brasil . Politize! Florianópolis, 05
mai. 2012. Disponível em: https://cutt.ly/rXVMCHS. Acesso em: 26 ago. 2022.

ATIVIDADE 2
Objetivo
● Os estudantes compreendem a temática da diversidade do povo brasileiro e sua
representatividade. Refletem sobre a cidadania dos diversos grupos sociais que
compõem a população brasileira.

Eixos Estruturantes
● Investigação Científica.
Introdução
Semana 5: 2 aulas
Professor, propõe-se que na atividade 2 os estudantes se debrucem sobre a temática da
diversidade do povo brasileiro e sua representatividade. A ideia é que, a partir da
compreensão do conceito de cidadania trabalhado na última atividade, os estudantes possam
pensar a cidadania dos diversos grupos sociais que compõem a população brasileira de modo
a problematizar formas de desigualdade e a identificar ações que promovam o respeito às
diferenças.

Indica-se que a atividade seja iniciada com uma sensibilização convidando os estudantes a
observarem a diversidade existente entre a turma e entre os demais colegas da escola a partir
da pergunta: Quais grupos sociais estão representados na nossa comunidade escolar?
Professor, o objetivo é que os estudantes sejam provocados a observar a diversidade
pertencente à população brasileira a partir de marcadores sociais como, por exemplo, os
seguintes: marcador étnico-racial, etário, de gênero, pessoas com deficiência, classes sociais,
dentre outros.
Na sequência, em aula expositiva dialogada, indica-se o compartilhamento do dado de que
55,8% da população brasileira é negra e, entre os mais pobres, a população negra representa
75,2%, segundo o estudo “Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil” do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (Disponível em https://cutt.ly/JC5t5Bz. Acesso em
13 set. 2022). Além disso, o estudo também aponta grandes desigualdades referentes à
representação política desse grupo social, que corresponde a 24% do número total de
deputados federais e 16% do número total de senadores eleitos. Professor, é relevante
também apresentar a perspectiva histórica da conquista do direito ao voto da população negra
que se deu a partir da abolição da escravatura em 1888, medida que não foi efetivada por
diversos fatores, dentre eles, a proibição do voto de pessoas analfabetas. A ideia é que, com
os dados apresentados que apontam para a realidade de sub-representação de pessoas
negras no Congresso brasileiro, os estudantes sejam convidados a analisar as diversidades e
desigualdades. Para isso, sugere-se que após aula expositiva dialogada, os estudantes sejam
organizados em uma roda de conversa norteada por perguntas como: Segundo os dados do
IBGE, a diversidade brasileira está bem representada no Congresso Nacional? Por que
há predominância de determinado grupo social em detrimento de outro em espaços
como este?

Professor, pode ser pertinente a conceituação de “representatividade” e, para isso, sugere-se


que você compartilhe que se trata da expressão dos interesses de um grupo (seja um partido,
uma classe, um movimento, uma nação) através de representantes desses interesses. Peça
para que os estudantes elenquem, ainda em roda de conversa, as consequências da falta de
representatividade em espaços de prestígio e tomada de decisão.

Desenvolvimento
Semanas 6 e 7: 4 aulas
Professor, a etapa de desenvolvimento propõe que os estudantes possam aprofundar seus
conhecimentos sobre a diversidade da população brasileira a partir da análise da
representação política de diferentes grupos sociais e a identificação de ações que promovam
o respeito às diferenças. Para tal, sugere-se a organização da sala em estações de
aprendizagem. No box Saiba Mais encontra-se material sobre a metodologia indicada. A ideia
é que cada estação fique responsável por desenvolver a temática da representação política a
partir de um grupo social específico, dentre os destacados pelos estudantes na etapa de
introdução da atividade enquanto grupos sociais representados na comunidade escolar.
Professor, fique a vontade caso você prefira fazer a indicação dos grupos como, por exemplo:
pessoas com deficiência, juventude, idosos, quilombolas, dentre outros. Os estudantes podem
se dividir em grupos para que, nesta configuração, circulem pelas estações de aprendizagem.

Professor, a atividade deve acontecer em três rodadas e em cada uma delas os estudantes
devem ser orientados a realizar pesquisas na internet buscando dados e informações
disponíveis em diferentes mídias. Cada estação deve contar com um estudante como
escrivão por rodada. O papel do escrivão é registrar os conhecimentos trabalhados de modo
que na rodada seguinte o material sirva de subsídio para o próximo grupo que chegar. Na
primeira rodada, os estudantes têm a tarefa de levantar e sistematizar dados sobre o grupo
social designado para a estação, referentes à representação política do grupo social em
questão no contexto municipal, estadual e/ou nacional. Os dados devem ser sistematizados e
deixados na estação como subsídio para o grupo da rodada seguinte.

Na segunda rodada os grupos trocam de estações e neste momento os estudantes devem


analisar os dados deixados na estação pelo escrivão da rodada anterior de modo a responder
a perguntas como: O grupo social em questão na estação está devidamente
representado em espaços de representação política? Por que? O grupo deve desenvolver
suas respostas e o escrivão deve registrá-las para que sirva de subsídio, junto a
sistematização feita na primeira rodada, para o próximo grupo que chegar.

Na terceira e última rodada os grupos trocam de estações e nelas eles devem identificar
ações protagonizadas pelos grupos sociais em questão, que promovam os Direitos Humanos,
o respeito às diferenças e a representação política de grupos minoritários. A ideia é que os
estudantes tenham um panorama das ações que visam a defesa dos Direitos Humanos e a
valorização da diversidade existente, seja na comunidade local, seja em âmbito regional ou
nacional.

Sistematização
Semana 8: 2 aulas
Como forma de sistematização dos conhecimentos mobilizados na atividade, propõe-se a
retomada da roda de conversa realizada na etapa de introdução. Professor, neste momento
da atividade é importante que os estudantes possam compartilhar com toda a turma os dados
levantados e as discussões desenvolvidas no interior de cada estação de aprendizagem da
etapa de desenvolvimento. A ideia é que seja criado um espaço de reflexão coletiva sobre a
diversidade e a sub-representação de grupos sociais na política brasileira e em outros
espaços. Além disso, os estudantes também devem compartilhar as informações referentes
às ações de promoção dos Direitos Humanos e de valorização da diversidade desenvolvidas
pelos grupos sociais trabalhados pela turma. Sugere-se que os estudantes elenquem quais
são as ações que podem inspirar iniciativas de valorização da diversidade no espaço escolar.

Avaliação
● Professor, indica-se que na avaliação da atividade você observe se os estudantes
expressam seu entendimento acerca do caráter diverso dos grupos sociais que formam
a população brasileira e se compreendem a noção de representação e de
sub-representação de grupos sociais. Sugere-se considerar também se os estudantes
articulam, no desenvolvimento da atividade, as origens e as consequências da falta de
representatividade em espaços de prestígio e tomada de decisão.
Saiba Mais
● CAMPOS, Luiz Augusto; MACHADO, Carlos. A cor dos eleitos: determinantes da
sub-representação política dos não brancos no Brasil. Revista Brasileira de Ciência
Política, 2015. Disponível em: https://cutt.ly/dC5dsPi. Acesso em 13 set 2022.
● FIRMINO, Roberta. Saiba o que é a rotação por estações e como aplicar essa
metodologia. 2020. Disponível em: https://cutt.ly/KC5ftmC. Acesso em 13 set 2022.
● Bluevision. Diversidade no Congresso: veja quem são os eleitos pelo voto no Brasil.
Bluevision, fev 2019. Disponível em: https://cutt.ly/FXzECLT Acesso em: 16 ago 2022.

ATIVIDADE 3
Objetivo
● Os estudantes refletem sobre os contextos históricos em que houve a participação da
juventude. Elaboram um texto verbal ou não-verbal sobre a temática da atividade.
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica e Mediação e Intervenção Sociocultural.
Introdução
Semana 9: 2 aulas
Professor, esta atividade tem o objetivo de promover reflexões sobre a participação política da
juventude brasileira na sociedade contemporânea. Além disso, será proporcionado espaços
para que os estudantes compreendam o protagonismo do jovem brasileiro em momentos
históricos do país, uma indicação é trazer para a sala de aula o contexto político e os
movimentos históricos que foram protagonizados pela juventude, tais como: As revoltas
Tenentistas (1920); A Marcha dos Cem Mil (1968); Movimento das “Diretas Já” (1983‐1984);
Movimento dos Caras ‐ pintadas (1992); As manifestações de junho de 2013, entre outros,
indicados no box Saiba Mais.

Em 2005, com a criação da Secretaria Nacional da Juventude, os próprios jovens levaram


governantes a perceber a importância da garantia de seus direitos; em 2010, a palavra
“juventude” foi agregada à Constituição Federal e, em 2013, foi criado o Estatuto da
Juventude, dispondo sobre os direitos dos jovens de 15 a 29 anos, os princípios e diretrizes
das políticas públicas de juventude e o Sistema Nacional de Juventude - SINAJUVE.
Comece a sensibilização com essa indagação: Vocês acreditam que jovens possuem
necessidades específicas? e Sabem quais são os seus direitos, enquanto jovens?. Uma
sugestão é formar uma roda de conversa para que a turma compartilhe as suas exposições. O
momento é importante para criarem um espaço de diálogo, compreenderem necessidades
individuais e coletivas dos colegas.

Sugere-se que, para o próximo momento, seja solicitado que os estudantes façam a leitura do
Estatuto da Juventude (BRASIL, Senado Federal. Estatuto da Juventude. Disponível em:
https://cutt.ly/uX6LZir. Acesso em: 07 jul. 2022), o que auxilia a colocar os estudantes como
protagonistas favorecendo a troca de ideias e o olhar sobre os diferentes tipos de
compreensão em torno do conceito principal que será trabalhado na atividade
Em seguida, uma proposta é explorar as habilidades, potencialidades e criatividade dos
estudantes por meio de uma tempestade de ideias, tendo como base as experiências e os
conhecimentos adquiridos ao longo de suas vidas e da leitura do Estatuto. Propõe-se que os
estudantes escrevam em seus seus cadernos uma resposta a partir da seguinte pergunta: O
que é o Estatuto da Juventude? Apresentem as suas explicações para a Lei 12.852 de
2013. Para finalizar o momento, reserve um tempo para que compartilhem as respostas com a
turma.

Em seguida, orientamos uma aula expositiva dialogada sobre o que é um Estatuto, para isso,
algumas perguntas podem ajudar, como: O que é um Estatuto? Qual a finalidade de um
Estatuto? Qual o objetivo do Estatuto da Juventude? A partir dos compartilhamentos da
turma, a ideia é que você, professor, faça a mediação das discussões apresentadas. É
importante destacar que o Estatuto é um conjunto de normas jurídicas que tem como objetivo
organizar e regular a sociedade e as suas relações sociais. No caso, o Estatuto da Juventude,
é o marco legal que visa garantir a defesa de direitos dos jovens brasileiros com idade entre
15 e 29 anos. A lei dispõe sobre os princípios e diretrizes das políticas públicas específicas
para esta faixa etária. A partir do que foi compartilhado pela turma, em uma aula expositiva
dialogada, sugerimos que apresente que não faz muito tempo que a juventude passou a ser
encarada como um grupo com necessidades específicas, ou seja, nem sempre pessoas
jovens foram entendidas como seres dotados de direitos. Professor, os direitos previstos no
Estatuto da Juventude podem ser verificados no box Saiba Mais da atividade.

Desenvolvimento
Semanas 10 e 11: 4 aulas
A proposição no desenvolvimento é uma tarefa em que os estudantes se organizem em
grupos e construam um mapa mental com as informações compartilhadas acerca do Estatuto
da Juventude e, no momento de mencionar os direitos, devem apresentar uma breve
explicação do que acreditam ser cada um deles na prática: os direitos previstos no Estatuto da
Juventude são: 1) Direito à Cidadania, à Participação Social e Política e à Representação
Juvenil; 2) Direito à Educação; 3) Direito à Profissionalização, ao Trabalho e à Renda; 4)
Direito à Diversidade e à Igualdade; 5) Direito à Saúde; 6) Direito à Cultura; 7) Direito à
Comunicação e à Liberdade de Expressão; 8) Direito ao Desporto e ao Lazer; 9) Direito ao
Território e à Mobilidade; 10) Direito à Sustentabilidade e ao Meio Ambiente. 11) Direito à
Segurança Pública e ao Acesso à Justiça.
Para auxiliá-lo, Professor, pode ser realizada a entrega a cada um dos grupos uma cópia (Dos
Direitos dos Jovens. Disponível em: https://cutt.ly/bLo0FiV. Acesso em: 07 jul. 2022), que
contém as informações de cada um dos onze direitos previstos na legislação. Após a
elaboração, é importante promover também um momento de troca de ideias para alinhar as
explicações sobre cada direito. Por fim, uma sugestão é solicitar para que cada estudante,
individualmente, utilizando das habilidade do Eixo Estruturante de Mediação e Intervenção
Sociocultural, identifiquem e expliquem condições em que os direitos previstos na legislação
não são efetivados na prática, como por exemplo o direito à educação. No ano de 2022,
devido à pandemia, mais de 170% dos jovens estavam fora da escola no Brasil (Senado
Federal. Disponível em: https://cutt.ly/6Lo5fNW. Acesso em: 07 jul. 2022)
Professor, reserve um momento para discutir, conjuntamente com os estudantes, as principais
questões registradas no mapa mental acerca do Estatuto da Juventude. Para isso, sugerimos
uma reflexão, a partir de algumas perguntas norteadoras, na qual os conceitos e proposições
poderão ser registradas para complementar e aprofundar os conhecimentos apresentados no
mapa mental , tais como: Quais as ações necessárias para que os direitos previstos no
Estatuto da Juventude sejam garantidos aos jovens brasileiros? Outra possibilidade, com
o propósito de selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos trabalhados na
atividade, é desenvolver um projeto coletivo na comunidade escolar, onde será possível
empreender acordos para tornar o espaço escolar um local democrático para todos, uma
proposta é trazer à tona a função do Grêmio Escolar, a organização responsável por
representar o interesse e demandas de estudantes dentro da escola.

Sistematização
Semana 12: 2 aulas
Para sistematizar os conhecimentos, a ideia é trazer a partir dos debates ocorridos no
momento anterior, sugira para que cada estudante individualmente, produza um texto verbal
(carta, poesia, argumentação etc.) ou não-verbal (desenho) sobre o que eles esperam para o
futuro da juventude no Brasil, à partir da sua realidade local, qual o projeto sonha a juventude
na sua comunidade escolar?. Instigue os estudantes a refletirem e aprofundarem sobre as
principais possibilidades de intervenção e mudanças para firmamos um compromisso da
juventude com a educação na sociedade brasileira. O objetivo da sistematização é que se
identifiquem com a temática, ou seja, busquem dar sentido ao que se aprende e exerçam o
protagonismo em sua aprendizagem e na construção de seu projeto de vida. Em seguida,
quando finalizarem, convide quem se sentir à vontade para compartilhar com a turma a sua
produção. Os resultados podem ser expostos em murais ou divulgados em diferentes mídias.

Avaliação
● Professor, sugerimos que ao final de cada atividade proposta verifique se os
estudantes atenderam ao que foi solicitado. É possível avaliar se foram capazes de
sistematizar as principais informações sobre o Estatuto da Juventude, de maneira
respeitosa e colaborativa. Além disso, se conseguiram apresentar os argumentos e
justificativas e as possibilidades de intervenção e mudanças para firmamos um
compromisso da juventude com a educação na sociedade brasileira.
Saiba Mais
● SILVA, Rodrigo. 5 vezes em que a juventude brasileira marcou a história do país.
Politize! Florianópolis, 06 jun. 2017. Disponível em: https://cutt.ly/BX62ae9. Acesso
em: 30 ago. 2022.
● BRASIL. Lei 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do
Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 16 jul. 1990.
Disponível em: https://cutt.ly/qLogVc5. Acesso em: 07 jul. 2022.
● BRASIL, Senado Federal. Estatuto da Juventude. Disponível
em:https://cutt.ly/cLoB8J0. Acesso em: 07 jul. 2022.
● Instituto Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr e Quiroga com o Politize! e a Civicus.
ECA: O Estatuto da Criança e do Adolescente no Brasil. Projeto Equidade. 08 fev.
2022. Disponível em: https://cutt.ly/FLotSs5. Acesso em: 07 jul. 2022.
ATIVIDADE 4
Objetivo
● Os estudantes Investigam e analisam processos sociais relacionados à temática
juventudes e educação
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica.
Introdução
Semana 13: 2 aulas
Professor, a atividade 4 propõe que os estudantes se dediquem à temática juventudes e
educação. A ideia é que os estudantes possam reconhecer a educação enquanto um direito
garantido pela Constituição Federal de 1988, investigar e analisar situações problema
relacionadas a realidade social das juventudes brasileiras, identificando os obstáculos
relacionados a efetivação deste direito enquanto desafios do nosso tempo e considerando
dados disponíveis em diferentes mídias. Sugerimos que a aula seja iniciada com algumas
perguntas sensibilizadoras como, por exemplo: Vocês acreditam que a escola dialoga com
a realidade das juventudes brasileiras? O objetivo dessa pergunta é gerar uma troca de
ideias sobre como os estudantes enxergam o papel da escola em suas vidas.
Na sequência, indica-se a reprodução do curta-metragem “Educação é um Direito”.
Disponível no link: https://cutt.ly/wC54VAd, o curta trata sobre as perspectivas dos jovens
sobre o acesso à educação, além dos estigmas que atravessam essa população. Após a
reprodução, a ideia é que os estudantes sejam organizados em uma roda de conversa sobre
vídeo. Sugere-se para o momento algumas perguntas norteadoras como: Qual é a
importância do direito à educação? A educação é garantida para todas as juventudes?
O momento deve ser de troca de perspectivas e experiências entre os estudantes de modo a
analisar situações da vida cotidiana.

Desenvolvimento
Semanas 14 e 15: 4 aulas
Professor, sugere-se que os estudantes sejam divididos em grupos e que todos eles recebam
os cinco textos a seguir, contendo alguns dados sobre a realidade educacional brasileira, a
saber:
Trecho 1: “No Brasil, em 2019, havia 11 milhões de pessoas com 15 anos ou mais de idade
analfabetas, o equivalente a uma taxa de analfabetismo de 6,6%. Dessas pessoas, 56,2% (6,2
milhões de pessoas) viviam na Região Nordeste e 21,7% (2,4 milhões de pessoas) na Região
Sudeste. Em relação a 2018, houve uma redução de 0,2 pontos percentuais (p.p.). no número
de analfabetos do País, o que corresponde a uma queda de pouco mais de 200 mil analfabetos
em 2019.” (IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, 2019.)
Trecho 2: “A taxa de escolarização entre os jovens de 15 a 17 anos em 2019 foi de 89,2%, 1,0
p.p. acima de 2018 – valor este que ainda era inferior à universalização do acesso à escola
para a faixa etária, conforme indicado na LDB. Entre as pessoas de 18 a 24 anos e aquelas
com 25 anos ou mais, 32,4% e 4,5% estavam frequentando escola, respectivamente. Frente
aos resultados de 2018, a escolarização aumentou no Brasil para todas as faixas até 17 anos,
apresentou estabilidade estatística para a faixa de 18 a 24 anos e leve queda para a faixa de 25
anos ou mais.” (IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, 2019.)

Trecho 3: “A taxa de escolarização das pessoas de 15 a 17 anos subiu 1 p.p. em 2019,


chegando a 89,2%. Em termos regionais, destaca-se a melhora no indicador das Regiões Sul,
Nordeste e Centro-Oeste. Nas demais regiões, as mudanças não foram significativas. (...) Ao
analisar o indicador por sexo, percebe-se que, entre as mulheres de 15 a 17 anos, 76,4%
estavam frequentando o ensino médio, porém, entre os homens desta idade, a taxa foi de
66,7%, uma diferença de 9,7 p.p.. No tocante à cor ou raça, a taxa ajustada de frequência
escolar líquida ao ensino médio foi 79,6% para as pessoas brancas, enquanto para as pessoas
pretas ou pardas, 66,7%. Quando se compara 2016 a 2019, observa-se um crescimento
semelhante para pessoas brancas (3,7 p.p.) e pretas ou pardas (3,6 p.p.), todavia mantendo
uma diferença entre os dois grupos de mais de 12 p.p.” (IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios Contínua, 2019.)

Trecho 4: “De forma geral, percebe-se que as crianças de 6 a 10 anos se mantêm


adequadamente na idade/etapa correta nos anos iniciais do ensino fundamental, porém ao
passar para os anos finais, o atraso começa a acentuar. Em 2019, 12,5% das pessoas de 11 a
14 anos de idade já estavam atrasadas em relação à etapa de ensino que deveriam estar
cursando ou não estavam na escola. Esse percentual foi ainda maior para os homens (14,2%)
e se diferenciou muito entre as Grandes Regiões – no Norte, 18,8%, e no Sudeste, 9,2%. Logo,
nota-se que o atraso escolar e, em menor importância, a evasão, já estavam presentes nos
anos finais do ensino fundamental. Isso significa que um grupo de crianças chega atrasado ao
ensino médio, ou mesmo deixam de estudar no fundamental.” (IBGE, Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios Contínua, 2019.)

Trecho 5: “Quando perguntados sobre o principal motivo de terem abandonado ou nunca


frequentado escola, esses jovens apontaram a necessidade de trabalhar como fator prioritário.
No Brasil, este contingente chegou a 39,1%. Para este principal motivo, ressaltam-se os
homens, com 50,0% e as pessoas brancas, com 40,0%. Para as mulheres, o principal motivo foi
não ter interesse em estudar (24,1%), seguido de gravidez (23,8%) e trabalho (23,8%). Além
disso, 11,5% das mulheres indicaram realizar os afazeres domésticos como o principal motivo
de terem abandonado ou nunca frequentado escola, enquanto para homens, este percentual foi
inexpressivo.”(IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, 2019.)

Professor, a ideia é que os estudantes realizem em grupo a leitura e que tenham um tempo
reservado para a análise do texto recebido, destacando as informações que julgarem mais
importantes referentes à temática e podendo visitar a fonte para ter acesso à gráficos e à
matéria na íntegra. Trata-se da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
desenvolvida pelo IBGE (Disponível em https://cutt.ly/1C56cs0. Acesso em 13 set 2022).

Sistematização
Semana 16: 2 aulas
Professor, como forma de sistematização dos conhecimentos trabalhados ao longo da
atividade, sugere-se que cada estudante desenvolva individualmente um mapa mental sobre a
evasão escolar registrando as causas e as consequências do problema. Professor, a ideia é
que, desenvolvidos os mapas mentais, os estudantes retomem a roda de conversa
organizada no início da atividade para que sejam compartilhadas as perspectivas
desenvolvidas ao longo dela.
Avaliação
● Para a avaliação da atividade sugere-se que seja considerado o desempenho dos
estudantes na identificação de causas e consequências da evasão escolar e seu
envolvimento nos momentos de discussão, trabalho em grupo e pesquisa propostos
nas etapas de introdução, desenvolvimento e sistematização.

Saiba Mais
● DAYRELL, Juarez. Por uma pedagogia das juventudes: experiências educativas
do Observatório da Juventude da UFMG / Juarez Dayrell (organizador). Belo
Horizonte: Mazza Edições, 2016. Disponível em: https://cutt.ly/mC5JMlS. Acesso em 13
set 2022.
● Politize!. Direito à educação e sua garantia universal. Disponível em:
https://cutt.ly/dC6rEFv. Acesso em 13 set 2022.
● Politize!. Educação Brasileira: realidade e desafios. Disponível em:
https://cutt.ly/JC6rDBr. Acesso em 13 set 2022.

ATIVIDADE 5
Objetivo
● Os estudantes reconhecem e produzem um Manifesto na comunidade escolar.
Mobilizam os conhecimentos do Módulo e consideram iniciativas de melhoria coletiva
para o futuro do país
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica, Processos Criativos, Mediação e Intervenção Sociocultural e
Empreendedorismo.
Introdução
Semana 17: 2 aulas
Professor, ao longo das atividades propostas, os estudantes puderam refletir sobre questões
relacionadas ao conceito da cidadania e as suas dimensões, a diversidade e a representação
do povo brasileiro, assim como, puderam pensar a respeito da importância do protagonismo
jovem, reconhecendo os seus direitos e deveres e as suas potencialidades para empreender
mudanças em âmbito local, regional, nacional e/ ou global. Agora, a partir dos saberes
mobilizados nas atividades, os estudantes deverão reconhecer e produzir um Manifesto.
Para dar início a essa temática, sugerimos que seja feita uma sensibilização com os
estudantes a partir de uma roda de conversa: O que significa se manifestar? O que é
manifesto? Manifestação e manifesto são a mesma coisa? A partir das respostas
compartilhadas, apresente para a turma que, nesta aula, irão aprofundar no gênero manifesto.
Em uma uma expositiva, propõe-se que inicie momento explicando aos estudantes que
manifesto é um gênero textual dissertativo, de caráter político, social ou cultural, que tem
como objetivo expressar o ponto de vista de um ou mais autores para um grande público, com
intuito de convencê-lo ou sensibilizá-lo. Sua estrutura se organiza em: Título, Corpo do texto
(introdução, desenvolvimento e conclusão); Local, data e assinatura. Para ilustrar, pode ser
consultado o material sugerido no box Saiba Mais, em que possui alguns exemplos de
manifestos.

Manifesto político: abarca uma temática política, geral ou específica, de um


determinado grupo. É possível também que se encontre manifestos teóricos, que
promovem novas visões políticas, como o “Manifesto comunista”.

Manifesto artístico: trata dos temas estéticos e ideológicos das artes, pode apresentar
textos em defesa de novas ideias ou como resistência a elas.

Manifesto social/cultural: apresenta temáticas culturais e/ou sociais, propondo


reflexões, mudanças ou retomadas de valores e costumes compartilhados.

Fonte: MATOS, Talliandre. Manifesto. Mundo Educação, UOL. Disponível em:


https://cutt.ly/TCtyse2. Acesso em: 31 jul. 2022

Professor, para essa primeira etapa, sugere-se que os estudantes organizem uma roda de
conversa, e identifiquem os principais debates promovidos no percurso das Atividades
Integradoras dos quais eles se sentiram interessados. Nesse momento, propõe-se que cada
estudante faça um breve relato oral sobre a percepção que possuem das aprendizagens
promovidas em: Sonhando o Brasil: um projeto original de desenvolvimento. Ainda, é possível
elencar as possibilidades e os desafios da sociedade contemporânea, principalmente no que
concerne aos Direitos das Juventudes, as diversas culturas juvenis e seu potencial de criar
novas formas de existir no mundo.

Desenvolvimento
Semanas 18 e 19: 4 aulas

Para dar continuidade na atividade 5, propõe-se a formação de grupos de estudantes, para


dar continuidade às etapas da atividade. Em uma folha sulfite pode ser distribuída para cada
grupo. Em seguida, sugere-se para que escrevam um tema para o Manifesto que contemple
as discussões produzidas. Sugere-se que reserve um tempo da aula para criarem: O título (5
minutos), a introdução (10 minutos), o desenvolvimento (10 minutos) e a conclusão (5
minutos) do manifesto. Professor, é muito importante a mediação da tarefa e do tempo para
que os grupos passem para a próxima etapa da atividade.

Em seguida, propõe se que instigue-os com a reflexão de que, durante as atividades, a


maioria foram elaboradas em grupos, justamente para propor a ideia de que pensar em
iniciativas de melhoria de maneira coletiva é um exercício democrático e poderoso, logo, por
que não pensar no futuro de um país de maneira coletiva também? Diga que pensem sobre
todas as temáticas e problemáticas levantadas, sobre como a juventude pode atuar nesse
processo e pensem também nas propostas de solução, selecionando e mobilizando
intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, de
forma que resulte em uma ideia de desenvolvimento nacional que acolha essas urgências,
tendo como base as habilidades do Eixo Estruturante de Empreendedorismo.

Professor, a ideia é que esses Manifestos produzidos também sejam expostos na escola em
cartazes. Por isso, veja a possibilidade de passar a produção para o formato digital,
garantindo que a leitura seja facilitada para o público. Propõe-se que reserve uma aula para a
produção dos cartazes. Enquanto os grupos produzem, é momento importante em que pode
ser realizada uma avaliação. Nesse sentido, mantenha-se atento às atividades para garantir
que estejam alinhadas aos objetivos propostos nas aulas anteriores, além de assegurar que
todos os integrantes estejam participando e buscando soluções para o projeto desenvolvido.

Sabendo que os estudantes precisam de estímulos periódicos ou mudança de ambientes,


caso seja possível, realize essa aula fora da sala. Converse com a gestão para reservar o
espaço na sala de leitura, um laboratório ou outro espaço da instituição de ensino que esteja
disponível, outra sugestão também é agendar uma visita a biblioteca municipal, sempre
lembrando que, para a execução das atividades propostas nesta aula, é necessário um
ambiente calmo e muita concentração por parte dos estudantes. Além disso, Professor,
durante a atividade fique à vontade para indicar e propor outros textos que contemplem a
realidade da sua turma, especialmente temas sobre a inserção da juventude na região, na
comunidade local ou no bairro onde a escola está inserida. Desta forma, os estudantes
poderão basear as informações expostas em evidências.

Para finalizar o período de produção, uma sugestão é indicar para que cada grupo eleja dois
representantes para apresentar os cartazes à turma toda, explicando brevemente as
principais ideias representadas no cartaz da produção do Manifesto. Professor, a ideia é que
esses cartazes sejam expostos na comunidade escolar, para isso, a sugestão é que se
converse com a gestão para viabilizar esta possibilidade.
Sistematização
Semana 20: 2 aulas
Para concretizar a sistematização dos conhecimentos, instigue os estudantes a reflexão de
que, durante a atividade, as tarefas foram elaboradas em grupos, justamente para propor a
ideia de que pensar em iniciativas de melhoria de maneira coletiva é um exercício
democrático e poderoso, logo, por que não pensar no futuro de um país de maneira coletiva
também? Diga que pensem sobre todas as temáticas e problemáticas levantadas, sobre como
a juventude pode atuar nesse processo. Pode ser pensado também as propostas de solução,
de forma que determinem uma ideia de desenvolvimento nacional que acolha os desafios
apresentados por eles. A dinâmica consiste em solicitar para que os estudantes digam
registrem em seus cadernos as palavras-chave que resumem a temática abordada nas
atividades ou o que aprenderam na proposição do projeto. Ao finalizarem, o que cada
estudante considerou valoroso da atividade pode ser exposto e apresentado para o
conhecimento de toda a turma.
Avaliação
● Professor, na avaliação da atividade, considere se estudantes estabeleceram relações
com as aprendizagens ao longo do percurso do Módulo. Além disso, verifique se
estiveram engajados na proposição do projeto final, produção do Manifesto, realizando
as atividades indicadas, respeitando e considerando as opiniões de todos colegas de
grupo. Por fim, verifique como foi organizada a produção dos cartazes, se todos os
integrantes colaboraram com o processo, além de produzirem materiais
contextualizados e criativos.
Saiba Mais
● MELO, Brenda Affeldt; BEDICKS, Flávia; LEAL, Sofia Monteiro. Juventude durante e
pós pandemia: impactos, inseguranças e oportunidades. Politize! Florianópolis. 07 mai.
2021. Disponível em: https://cutt.ly/OLpjD0P. Acesso em: 07 jul. 2022.
● MELO, Brenda Affeldt; BEDICKS, Flávia; LEAL, Sofia Monteiro. Inclusão produtiva da
juventude: muito além de números, trata-se do presente e futuro do Brasil . Politize!
Florianópolis. 30 abr. 2021. Disponível em: https://cutt.ly/4Lpj04v. Acesso em: 07 jul.
2022.
● AEBI, Alexandre; DEZEN, Tatiana. Desafios do primeiro emprego: como auxiliar a
juventude? Politize! Florianópolis. 08 jun. 2021. Disponível em: https://cutt.ly/hLpkgFv.
Acesso em: 07 jul. 2022.
● BEDICKS, Flávia; KELLERMANN, Maria Luiza, Saúde mental e a juventude: por que é
preciso falar sobre isso? Politize! Florianópolis. 03 out. 2021. Disponível
em:https://cutt.ly/NLpkJqo. Acesso em: 07 jul. 2022.
● Vídeo: Manifesto, Gêneros Textuais. Brasil Escola. Disponível em:
https://cutt.ly/vCttUBQ. Acesso em: 31 jul. 2022.
● MATOS, Talliandre. Manifesto. Mundo Educação, UOL. Disponível em:
https://cutt.ly/TCtyse2. Acesso em: 31 jul. 2022.
MÓDULO
Cidadania Regional
Área do Conhecimento
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Perfil do(a) Professor(a)
Filosofia, Geografia, História, Sociologia
Carga horária total
30 horas
Carga horária semanal
2 horas
Descrição
O Módulo tem como objetivo proporcionar aos estudantes reflexões sobre as relações e as
tensões entre o local e o global, a partir da análise dos impactos e oportunidades gerados pela
interdependência entre as sociedades resultante da globalização. A partir da investigação de
processos históricos como as Guerras Mundiais e a criação da Organização das Nações
Unidas, o Módulo também propõe um olhar sobre os Direitos Humanos e sobre o Direito
Internacional como instrumentos de cooperação e promoção da paz em contraposição ao
individualismo. Por fim, os estudantes serão convidados a refletir, enquanto cidadãos globais,
sobre a agenda de desenvolvimento sustentável, percorrendo os grandes desafios mundiais
como a crise climática e as migrações. Processos Criativos, Mediação e Intervenção
Sociocultural, além do Empreendedorismo.
Objetos de conhecimento
Entre o local e o global: desafios do cidadão do mundo; globalização no século XXI;
interdependência da sociedade de consumo e o individualismo coletivo; desafios globais: fome,
pobreza, migrações, violência, crime organizado e desigualdades sociais; as Guerras Mundiais
e a criação da Organização das Nações Unidas. Direitos Humanos e Direito Internacional
como instrumentos de cooperação e promoção da paz. Desenvolvimento sustentável e um
futuro comum para o cidadão global.
Objetivos das atividades
1: Os estudantes refletem sobre aspectos históricos e identidade da América Latina, em
relação com o fenômeno da colonização. Ainda, identificam semelhanças e diferenças entre os
países da região.
2: Os estudantes entendem processos históricos constituintes da região latino-americano
(independências e ditaduras militares), refletindo sobre a manutenção de privilégios e grupos
hegemônicos na região.
3: Os estudantes refletem sobre as possibilidades de cooperação entre os países da América
Latina, assim como sobre a ideia de sustentabilidade a partir de uma perspectiva
latino-americana.
4: Os estudantes entendem o conceito de cidadania regional, situando e refletindo sobre
formas de participar e incidir politicamente no âmbito regional.
5: Os constroem um observatório com estações que refletem problemáticas relevantes do
Módulo, mobilizando processos criativos e de pesquisa. Ainda, propõem uma intervenção
possível para melhorar as problemáticas estudadas.
Competências e Habilidades da Formação Geral Básica a serem aprofundadas: 4 e 5 6.
EM13CHS403: Caracterizar e analisar os impactos das transformações tecnológicas nas
relações sociais e de trabalho próprias da contemporaneidade, promovendo ações voltadas à
superação das desigualdades sociais, da opressão e da violação dos Direitos Humanos.
EM13CHS504: Analisar e avaliar os impasses ético-políticos decorrentes das transformações
culturais, sociais, históricas, científicas e tecnológicas no mundo contemporâneo e seus
desdobramentos nas atitudes e nos valores de indivíduos, grupos sociais, sociedades e
culturas.
Eixos Estruturantes e suas Competências e Habilidades: Investigação Científica.

EMIFCHSA01: Investigar e analisar situações problema envolvendo temas e processos de


natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional,
nacional e/ou global, considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.
EMIFCHSA02: Levantar e testar hipóteses sobre temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou
global, contextualizando os conhecimentos em sua realidade local e utilizando procedimentos
e linguagens adequados à investigação científica.
EMIFCHSA03: Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica,
exploratória, de campo, experimental, etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e
processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito
local, regional, nacional e/ou global, identificando os diversos pontos de vista e
posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos recursos
utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.
Referências Bibliográficas

BETHELL, Leslie (Org.). História da América Latina. América Latina após 1930: Economia e
sociedade, EDUSP: São Paulo, 2005.
FARRET, Rafael Leporace; PINTO, Simone Rodrigues. América Latina: da construção do
nome à consolidação da ideia. Topoi, v. 12, n. 23, p. 30-42, jul.-dez. 2011.
FAUSTO, Boris. História do Brasil. 12ª edição, 2ª reimpressão, Editora Universidade de São
Paulo: São Paulo, 2007.
LANDIM, Maria Luiza Braga; D'AVILA. Tiago Landim. Movimentos sociais na América Latina:
princípios e realidades do Brasil. Das Américas. v. 1, n.1, sem n/p, 2015. Disponível em:
https://cutt.ly/KLMDEQR. Acesso em: 20 de jul. de 2022.
PRADO, Maria Lígia; PELLEGRINO, Gabriela. História da América Latina. Editora Contexto.
São Paulo: 2014.
SEIXAS, Renato. Globalização cultural e multiculturalismo na América Latina: análise a partir
de experiências das civilizações pré-colombianas. Revista do Direito Privado da UEL, v. 3,
n. 1, p. 5-12, jan/abr., 2010. Disponível em: https://cutt.ly/2ZdHThb. Acesso em: 27 de jul. de
2022.
SOUZA, Ailton. América Latina, conceito e identidade. PRACS: Revista de Humanidades do
Curso de Ciências Sociais da UNIFAP Macapá, n. 4, p. 29-39, dez. 2011. Disponível em:
https://cutt.ly/GKBsBqz. Acesso em: 29 de abr. de 2021.
ATIVIDADE 1
Objetivo
● Os estudantes refletem sobre aspectos históricos e identidade da América Latina, em
relação com o fenômeno da colonização. Ainda, identificam semelhanças e diferenças
entre os países da região.

Eixos Estruturantes
● Investigação Científica
Introdução
Semana 1: 2 aulas
Professor, as atividades deste Módulo, assim como os demais, estarão divididas em três
partes: 1ª) Introdução (sensibilização e contextualização para a temática proposta; 2ª)
Desenvolvimento (a proposta e o conteúdo da atividade); e a 3ª) Sistematização e fechamento
da discussão abordada em sala de aula.
Sugerimos que organize alguns minutos para realizar uma pré-introdução, para que você se
apresente para a turma e explique a organização do material, indicando os principais objetivos
do Aprofundamento, assim como do Módulo que será estudado: Cidadania regional.
Como maneira de iniciar a atividade, propomos que seja realizada uma avaliação diagnóstica,
estabelecendo um marco zero para verificação das aprendizagens construídas no percurso do
Módulo. Para isso, os estudantes podem responder a questões sobre os conteúdos a serem
trabalhados nessa atividade, como forma de identificar os conhecimentos que já possuem,
tendo um referencial para que possam comparar o aprendizado conquistado nas aulas de
fechamento, quando responderão às mesmas perguntas.
1. O que é América Latina?
2. Quantos países compõem a América Latina? Cite 8 deles
3. Quais países europeus colonizaram a América Latina?
4. O que é escravidão e quais povos foram escravizados no processo de colonização da
América Latina?
5. Por que as colônias latino americanas se tornaram independentes e quem participou
desses processos?
6. O que é uma ditadura?
7. Você poderia dar algum exemplo de ditadura na América Latina?
8. Qual a importância da Constituição Federal para a sociedade brasileira?
9. O que significa diversidade étnico-cultural?
10. De que forma a diversidade étnico-cultural se expressa na América Latina?
11. Cite exemplos de duas grandes riquezas naturais compartilhadas na América Latina.
12. Você conhece alguma instituição onde os países latinoamericanos podem discutir e
tentar resolver problemas comuns? Cite-a
13. O que é ser um cidadão latinoamericano? O que nos une?
14. Como a atitude cidadã contribui para o fortalecimento da democracia?
Durante o percurso, é fundamental que a turma consiga compreender o conceito de América
Latina como algo construído e que envolve muitas possibilidades de entendimento, embora
haja consenso em muitos aspectos entre estudiosos de diferentes áreas. Nesse sentido, uma
proposta é iniciar a sensibilização com a turma com a seguinte questão: O que é a América
Latina? Por que esse nome? Organizando a turma em grupos, você pode distribuir um mapa
da região para que discutam essa questão em conjunto, compartilhando com os colegas suas
perspectivas sobre o tema. Para além disso, os estudantes podem ser convidados a
produzirem seus próprios mapas (ver https://cutt.ly/VZ450dx), explorar o Google Earth (ver
https://cutt.ly/AZ46Ea0) e/ou fazerem pesquisas online sobre a temática, de maneira a
estimular o protagonismo na produção desse conhecimento. Professor, também fique à
vontade para selecionar artigos, textos e vídeos que considere importantes, ou também para
inserir outros conteúdos e bibliografias que contribuam para ampliar e aprofundar a discussão
sobre o tema ao longo do percurso no Módulo. .
Recomendamos o uso dos diários de bordo como material permanente dos estudantes
durante todas as atividades.

Desenvolvimento
Semanas 2 e 3: 4 aulas
Professor, espera-se que a partir desta etapa, os estudantes consigam perceber que, apesar
de ser um conceito complexo, a ideia de América Latina é constituída a partir de alguns
elementos que são comuns aos processos sociohistóricos que forjaram as características de
cada um dos países que a integram. Uma proposta é possibilitar que os estudantes explorem
um pouco da trajetória desses países no que diz respeito ao processo de colonização que
viveram. Para isso, você pode distribuir fichas que tragam informações sobre a trajetória de
cada um (ou de uma parte deles), solicitando que explorem pontos comuns e diferentes
nesses processos, explorando inclusive fatos relacionados a escravidão de pessoas ocorrida
na região.
Professor, a ideia é que esse espaço possa também fortalecer as discussões que dialoguem
com o que o estudante já explorou na Formação Geral Básica, especialmente na área de
História, e outros componentes da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas: Filosofia,
Geografia e Sociologia.
Nessa etapa, propomos que também seja proporcionado um espaço para que os estudantes
possam reconhecer a existência, antes da presença dos europeus no continente americano,
de várias populações, com uma grande diversidade cultural e diferentes formas de
organização social, econômica, política, evidenciando, ainda, que essas distintas realidades,
não significam atraso ou, muito menos, uma condição de selvageria e incivilidade, como lhes
foi atribuído a partir de um padrão civilizatório referenciado nas sociedades europeias.
É muito importante problematizar os discursos colonialistas que reproduzem mentalidades
racistas, xenofóbicas e intolerantes, com base nas ideias difundidas ao longo de muitos
séculos acerca desses povos que habitavam o continente naquele período. Uma análise
textual em grupos poderá ser utilizada para dialogar sobre esses aspectos. Sugerimos textos
que abordem esse processo como: RINKE, Stefan. História da América Latina: das culturas
pré-colombianas até o presente. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2012.
É recomendável que você circule entre os grupos, orientando-os e incentivando-os a analisar
os textos de forma crítica e autônoma, refletindo sobre as características das sociedades que
existiam antes da chegada dos europeus e, em especial, sobre a condição dos indivíduos
naquele contexto, fazendo relação com a ideia de cidadania. Nas discussões geradas a partir
das leituras, sugerimos que sejam provocadas reflexões sobre a relação entre a colonização e
a configuração das sociedades atuais, incluindo as desigualdades sociais características dos
países da América Latina e as formas contemporâneas de escravidão.

Sistematização
Semana 4: 2 aulas
Como maneira de viabilizar a sistematização do percurso proposta pela atividade, sugerimos
que os estudantes criem frases que exprimam o que acreditam ter sido uma aprendizagem
significativa sobre o tema durante as aulas. Registre as frases na lousa, para que tenham um
panorama do conhecimento produzido pela turma. Com base nesse registro, os estudantes
podem realizar uma produção textual que reflita a discussão proposta pela atividade. Por fim,
durante o fechamento, é importante retomar a avaliação diagnóstica do início da atividade. A
ideia é que possam analisar o que projetaram e o que realizaram, reconhecendo e valorizando
as conquistas e verificando o que pode ser feito de uma maneira diferente, programando
novas ações e posturas para os pontos que ainda necessitam melhorias.

Avaliação
● É importante perceber se, ao final da atividade, os estudantes reconhecem a
diversidade das populações que habitavam a região antes da presença europeia e
compreendem o papel dos sujeitos naquele cenário. Também é desejado que a turma
possa reconhecer as estratégias adotadas por portugueses e espanhóis na colonização
da América Latina, percebendo o legado desse processo nos aspectos sociais,
econômicos, políticos e culturais. A avaliação diagnóstica pode representar um
elemento nessa avaliação.

Saiba Mais
● FARRET, Rafael Leporace; PINTO, Simone Rodrigues. América Latina: da construção
do nome à consolidação da ideia. Topoi, v. 12, n. 23, p. 30-42, jul.-dez. 2011.
● PRADO, Maria Lígia; PELLEGRINO, Gabriela. História da América Latina. Editora
Contexto. São Paulo: 2014.
● SOUZA, Ailton. América Latina, conceito e identidade. PRACS: Revista de
Humanidades do Curso de Ciências Sociais da UNIFAP Macapá, n. 4, p. 29-39, dez.
2011. Disponível em: https://cutt.ly/GKBsBqz. Acesso em: 29 de abr. de 2021.
ATIVIDADE 2
Objetivo
● Os estudantes entendem processos históricos constituintes da região latino-americano
(independências e ditaduras militares), refletindo sobre a manutenção de privilégios e
grupos hegemônicos na região.

Eixos Estruturantes
● Investigação Científica
Introdução
Semana 5: 2 aulas
Professor, como continuidade no percurso da Unidade, essa atividade propõe uma reflexão
sobre os processos de independência dos países da América Latina, ancorados em discursos
revolucionários, bem como as ditaduras experimentadas na América Latina, como experiência
de cerceamento das liberdades e manutenção dos lugares privilegiados de grupos
hegemônicos na região. De maneira a iniciar essa discussão, em uma aula expositiva
dialogada, sugerimos um exercício de visão crítica do processo de independência do Brasil.
Para isso, pode-se trabalhar uma imagem/pintura de como esse episódio é comumente
retratado (ver https://cutt.ly/iZ7wq9J), provocando reflexões através de perguntas
sensibilizadoras como: Qual o contexto dessa pintura? Quais grupos sociais
participaram desse processo? É possível identificar pessoas exercendo cidadania no
momento retratado? Professor, essa introdução também é uma oportunidade para discutir
algumas abordagens em torno das independências de países da América Latina que mostram
alguns aspectos que diferenciam a situação do Brasil e do que ocorre nas colônias
espanholas. Nesse sentido, sugerimos a utilização de vídeos que abordem essa temática,
como o vídeo da BBC News Brasil Por que o Brasil continuou um só e a América espanhola
se dividiu após independência? disponível no link: https://cutt.ly/WLNvRZm.
A partir do que foi apresentado no vídeo, propomos que os estudantes retomem as questões
apresentadas no momento de sensibilização e, por meio de uma roda de conversa, discutam,
a partir dos posicionamentos as semelhanças e diferenças do Brasil com os outros países da
América Latina. Professor, esse momento é importante para que compreendam questões
relacionadas ao processo de independência da região, e a relevância e papel desses
aspectos na formação dos Estados atuais.

Desenvolvimento
Semanas 6 e 7: 4 aulas
Essa atividade propõe que os estudantes possam explorar seus entendimentos sobre o que
entendem ser uma "ditadura". Para isso, sugerimos que solicite aos estudantes que
compartilhem suas perspectivas ao lerem/escutarem essa palavra. À medida que forem
falando, você pode registrar algumas palavras-chave, observando se aquilo que dizem está
sendo corretamente relacionado ao que seja um sistema ditatorial. Ao mesmo tempo, de
maneira a ancorar as discussões em referências bibliográficas, é interessante realizar leituras
coletivas das definições de ditadura nos dicionários e dos textos de referência. Para isso, os
estudantes podem realizar pesquisas em grupo sobre o assunto e depois, organizados em um
círculo, podem compartilhar o que descobriram, de uma maneira que os grupos possam
complementar as informações entre si.
Depois de um melhor entendimento conceitual sobre a ditadura, indicamos um exercício de
reflexão sobre a implantação de regimes autoritários na América Latina, buscando também
articulá-los com os ideais defendidos durante os processos de independência como forma de
evidenciar as contradições que delinearam a organização dos Estados latino americanos.
Professor, no entanto, é muito importante fazer uma mediação com a turma, buscando evitar
compreensões distorcidas dos processos e relações inadequadas, como associação direta
entre as independências e as experiências com os regimes autoritários.
Como forma de evidenciar a importância do protagonismo dos indivíduos e grupos que, no
exercício da sua cidadania, contribuem para significativas transformações sociais, sugerimos
a utilização do futebol como estudo de caso nessa atividade. O esporte e, especificamente o
futebol, pode ser entendido como um fenômeno social se pensarmos na mobilização de
indivíduos, nos recursos econômicos que movimenta e no espaço que ocupa na mídia. Assim,
torna-se interessante observar situações nas quais, nesse universo, algumas pessoas
assumiram posicionamentos relevantes diante do cenário que se apresentava, tendo um
importante papel na abertura de debates e no enfrentamento de realidades adversas à
vivência plena da cidadania. Essa é uma forma de aproximação dos estudantes, de despertar
o interesse para o que será discutido, já que o futebol tem enorme capilaridade e está
presente na rotina da maioria das famílias no Brasil.
Depois de uma introdução sobre o interesse dos estudantes no esporte, você pode
questioná-los se acreditam que existe alguma relação entre esporte e cidadania. Em seguida,
você pode instigá-los a acessarem notícias sobre essa temática, de maneira a gerar
discussões, a exemplo: matéria sobre Carlos Caszely, ídolo chileno bastante envolvido na luta
contra Pinochet: https://cutt.ly/MLNc9CO ou matéria sobre Didier Drogba, jogador Costa do
Marfim envolvido em esforços pelo fim da guerra civil: https://cutt.ly/fLNvp94. As matérias
podem ser seguidas de discussão sobre o porquê do posicionamento dessas pessoas frente à
realidade de seus países e o impacto desse posicionamento.
Uma outra possibilidade, professor, é proporcionar um momento para que os estudantes
construam, coletivamente, por meio de uma exposição com o tema em um mural. A finalidade
é que os estudantes utilizem as reflexões produzidas para despertar e promover
transformações positivas na comunidade escolar. Para que a tarefa se realize, divida a turma
em quatro grupos e solicite a confecção de cartazes que contenham informações, tendo como
base as discussões realizadas em sala aula, pode incluir imagens, justificativas e os pontos
de vistas. Esta é uma forma de os estudantes se conectarem com a comunidade escolar,
ampliando o alcance de conhecimentos sobre a relação do esporte e a cidadania.

Sistematização
Semana 8: 2 aulas
Como maneira de sistematizar o percurso vivenciado na atividade, sugerimos nas últimas
aulas um trabalho junto à Constituição Federal do Brasil, como abordagem sobre as
instituições democráticas enquanto resultado das manifestações e da pressão popular para
vencer o regime militar, conferindo maior proximidade e significado às discussões. É
importante conduzir as reflexões de modo que fique evidente o fato de ter havido todo um
processo de luta, com a participação de movimentos sociais de causas diversas, que
culminaram na Constituição Federal de 1988, ampliando as condições de cidadania no Brasil,
após o regime ditatorial.

Avaliação
● No processo de avaliação, é importante perceber se os estudantes compreendem que
as conquistas alcançadas pelas populações latino- americanas são fruto de um
processo histórico que envolveu a participação direta de pessoas e grupos que
exerceram seu papel de cidadãos em momentos cruciais para a transformação social,
reconhecendo o seu próprio papel de cidadão e das diversas instituições para a
consolidação de uma sociedade efetivamente democrática.

Saiba Mais
● BETHELL, Leslie (Org.). História da América Latina. América Latina após 1930:
Economia e sociedade, EDUSP: São Paulo, 2005.
● FAUSTO, Boris. História do Brasil. 12ª edição, 2ª reimpressão, Editora Universidade
de São Paulo: São Paulo, 2007.
● JARDIM, Roberto. Democracia Fútbol Club: o jogo de bola além das quatro linhas.
São Paulo: Editora Ludopédio, 2020.

ATIVIDADE 3
Objetivo
● Os estudantes refletem sobre as possibilidades de cooperação entre os países da
América Latina, assim como sobre a ideia de sustentabilidade a partir de uma
perspectiva latino-americana.

Eixos Estruturantes
● Investigação Científica
Introdução
Semana 9: 2 aulas
Professor, o objetivo da atividade 3 é promover uma reflexão sobre o caráter de
compartilhamento que existe da região da América Latina. Ao longo do percurso, os
estudantes serão convidados a refletir sobre o espaço de diálogo para cooperação ou
resolução de conflitos entre as nações latino americanas, entendendo também a necessidade
de pensar a sustentabilidade numa perspectiva regional.
Nesse momento de introdução, sugerimos que sejam apresentadas as organizações de
cooperação regional. Para isso, tendo como base as habilidades do Eixo Estruturante de
Investigação Científica, professor, você pode propor aos estudantes uma pesquisa sobre os
países que compõem a América Latina, bem como, as organizações de cooperação regionais
como a OEA, CEPAL e Mercosul, explorando suas particularidades, diferenças e objetivos. A
proposta da tarefa é que os estudantes reflitam e compreendam que, apesar de buscarem a
cooperação para resolverem problemas comuns, às organizações de cooperação regionais
possuem interesses contraditórios em virtude de suas características nacionais. Ou seja,
questões políticas, estrutura econômica, perfil sócio-cultural e a própria história do país podem
ser elementos que auxiliam ou dificultam as relações internacionais.

Desenvolvimento
Semanas 10 e 11: 4 aulas
pós o momento de introdução, professor, indicamos o aprofundamento sobre os aspectos de
compartilhamento que vive a América Latina, através da ampliação da visão dos estudantes
quanto à existência de diversas riquezas naturais que compõem espaços comuns de vários
países na região. Para tanto, sugerimos que a primeira abordagem seja em torno da
Amazônia, por ser um espaço de grande importância, não apenas para a América Latina, mas
para o mundo inteiro e que, por isso mesmo, também está relacionado a problemáticas
complexas, por envolverem interesses diversos. Considerando os conhecimentos prévios dos
estudantes sobre o assunto, você, professor, pode solicitar que a turma expresse o que pensa
sobre o tema, produzindo um texto informativo sobre a Amazônia.
Os estudantes podem em seguida compartilhar suas produções com a turma e, caso
apresentem questões envolvendo as queimadas, desmatamento, exploração das riquezas
minerais, ações contra as populações indígenas, tendo como baliza as habilidades do Eixo
Estruturante de Investigação Científica, estimule-os a investigar a analisar
situações-problema, apresentando argumentos acerca disso, manifestando respeito e
promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos. Para que isso ocorra, professor, a
sua mediação é fundamental. Recomenda-se que em conjunto com os estudantes, busquem
definições e informações para as questões apresentadas na produção em fontes confiáveis,
tais como: bibliografias sobre o tema, livros didáticos, sites e outros recursos que podem ser
utilizados para ampliar a discussão sobre o assunto abordado.
Em seguida, você pode distribuir textos de referência (sugerimos o Tratado de Cooperação
Amazônica disponível em: https://cutt.ly/KLN4IeD) e também um mapa conceitual, o mapa pode
ser produzido à mão ou em ferramentas digitais, como foi sugerido no Saiba Mais, onde os
estudantes poderão responder a questões centrais como países que abrangem a Amazônia,
características da fauna e da flora, aspectos populacionais, entre outros. Essa é uma
atividade que pode ser realizada em grupos que poderão posteriormente apresentar suas
conclusões, abrindo uma discussão e ressaltando a importância da Amazônia como uma
riqueza natural compartilhada, problematizando as transformações ocorridas ao longo do
tempo e os prejuízos causados pelo uso inadequado dos recursos dessa reserva natural.
Outra abordagem interessante que pode ser feita nesse percurso é usando a água enquanto
estudo de caso. Nesse sentido, sugerimos que compartilhe diferentes imagens sobre a
temática. Professor, você pode inclusive dividir a turma em dois grandes grupos que acessam
imagens de contextos opostos (escassez e abundância). Em grupos, podem responder a
perguntas norteadoras, como: Que cenários estão descritos nas imagens? Alguma
imagem sugere escassez da água? Em quais cenários da nossa realidade podemos
observar essas discrepâncias? Vocês acreditam que isso é exclusivo da nossa
realidade brasileira? Como vocês imaginam que isso se dá na América Latina? E no
mundo? Você poderá pedir, ainda, que falem um pouco sobre como essas questões se
apresentam nas comunidades, municípios em que vivem. É interessante que os grupos
possam trocar suas perspectivas, ressaltando as diferenças que existam nessas análises.
Espera-se que os estudantes identifiquem os abusos, o desperdício, as desigualdades no
acesso e distribuição da água, as consequências para as populações mais vulneráveis, etc.
como uma realidade não apenas do seu entorno, mas que tem proporções planetárias. Por
fim, propomos que seja feita uma reflexão sobre como o acesso à água e ao saneamento bá

Sistematização
Semana 12: 2 aulas
De maneira a finalizar esse percurso, propomos para a etapa de sistematização, a produção
de um Card sobre sustentabilidade da América Latina que pode serrealizado em grupo. Os
cards contém informações resumidas, relevantes e de rápida compreensão e os estudantes
podem produzir materiais que tragam os conteúdos explorados na atividade. Podem inclusive
fazer relações com problemas dentro da própria comunidade escolar, incentivando a
conscientização para o mesmo. Por exemplo, podem trazer os conteúdos para incentivar a
realização de uma campanha de economia de água dentro da escola.
Os cards são também um convite ao engajamento. Atualmente a produção de Cards é muito
acessível em plataformas digitais, com muitas opções de design. No link a seguir é possível
acessar uma dessas plataformas e fazer belos trabalhos: https://cutt.ly/ILMnpx2. Porém, se
não dispuser de recursos digitais, você pode adaptar com materiais como folhas de papel,
lápis de cor, lápis cera, hidrocor, pincéis atômicos, tesoura, revistas e jornais para recorte,
cola, etc. É interessante depois expor as produções na sala ou em outros espaços da escola
que acharem mais adequado.

Avaliação
● Ao final do percurso de desenvolvimento da atividade, os estudantes devem
reconhecer a existência de diversas riquezas naturais na América Latina,
compreendendo que muitos dos espaços que as comportam são compartilhados por
vários países, evidenciando a ideia de sustentabilidade para a região como algo
imprescindível à cidadania regional. A produção dos cards pode representar um
elemento nessa avaliação.

Saiba Mais
● Organização dos Estados Americanos (OEA). Disponível em: https://cutt.ly/x26unG j..
Acesso em: 21 de jul. de 2022.
● Mercado Comum do Sul (Mercosul). Disponível em: https://cutt.ly/w26uR77. Acesso
em: 21 de jul. de 2022.
● Comunidade Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL). Disponível em:
https://cutt.ly/926uAhs. Acesso em 20 de jul de 2022.
● DIANA, Daniela. Como fazer um mapa mental. Toda matéria. Disponível em:
https://cutt.ly/lGYgYF9. Acesso em: 20 jul. de 2022.
● Mapa Mental. Disponível em: https://cutt.ly/mGD5r7Y . Acesso em: 20 jul. 2022.

ATIVIDADE 4
Objetivo
● Os estudantes entendem o conceito de cidadania regional, situando e refletindo sobre
formas de participar e incidir politicamente no âmbito regional.

Eixos Estruturantes
● Investigação Científica
Introdução
Semana 13: 2 aulas
Professor, ao longo da atividade 4, os estudantes serão convidados a refletir sobre o
pertencimento regional e as formas de exercer sua cidadania, levando em conta o contexto da
América Latina. Como forma de introduzir a temática, propomos que seja realizado um
exercício provocativo sobre identidade. Nessa introdução, sugerimos discutir o pertencimento
regional como elemento que faz parte da identidade do sujeito para refletir sobre o que
significa para os estudantes ser Latinoamericano. Para isso, professor, a condução deve levar
o estudante a pensar sobre esse lugar de pessoa que integra a população da América Latina
e é, portanto, enquanto cidadão dessa região, corresponsável em todas as questões que
envolvem a vida coletiva.
Em uma aula expositiva dialogada, apresente que a identidade das pessoas está conformada
por diversas características (traços físicos, gostos, interesses), sendo algumas individuais,
outras influência de nossas famílias, e outras diretamente relacionadas com o lugar no qual
nascemos. Uma forma de capturar essa complexidade é fazendo um gráfico de identidade.
Para a construção do gráfico, peça aos estudantes para que desenhem um círculo com o seu
nome no centro, com linhas saindo dele, duas de cada lado. Em cada linha, peça para que
coloquem uma palavra ou frase que lhes represente tendo a cultura (do Brasil, e da América
Latina) como referência, por exemplo: “brasileiro”, “afro-descendente”, “descendente de
indígenas”, “falo português, mas quero aprender espanhol,” “gosto da Copa Libertadores”.
Busque refletir sobre o pertencimento a um espaço comum, onde houve a influência de
diferentes grupos étnicos, refletida na cultura expressa no dia a dia, chamando a atenção para
os estudos feitos até aqui e lembrando também as questões históricas e sociais que nos
fazem ser quem somos. Uma vez finalizado, peça aos estudantes para que comparem e
discutam seus gráficos em pequenos grupos, conversando sobre os elementos que são
eventualmente compartilhados ou aqueles que se diferenciam. Ao finalizarem a conversa,
você pode pedir para que façam um círculo e compartilhem algumas descobertas da conversa
que tiveram. Caso não tragam questões mais amplas, estimule-os a evidenciar as
semelhanças que nos aproximam enquanto cidadãos da América Latina.
Desenvolvimento
Semanas 14 e 15: 4 aulas
Dando seguimento a proposta de refletir sobre o pertencimento, sugerimos que os estudantes
possam exercitar uma reflexão mais prática sobre como a cidadania regional pode acontecer
em um exercício realizado em grupos. Para isso, uma abordagem é analisar notícias
envolvendo iniciativas de pessoas e/ou grupos na busca de soluções para problemas que
afetam o exercício da cidadania na América Latina. A mesma notícia poderá inclusive ser
analisada por grupos diferentes, que deverão fazer suas inferências acerca dela. Nesse
sentido, propomos algumas pautas como: crianças e adolescentes ativistas na América
Latina: https://cutt.ly/kCqKt8v ou campanha contra a fome durante a pandemia no Brasil
(https://cutt.ly/dLMKeiW). Esclareça que deverão, a partir da leitura e análise da notícia,
registrar nos cadernos algumas informações seguindo um roteiro com perguntas como: Onde
e quando a matéria foi publicada? Quais o/s país/es da América Latina relacionado/s à
matéria? Qual/is a/s causa/s do movimento/protesto apresentado na notícia? De que
forma a notícia nos fala sobre exercício da cidadania na América Latina? Quais os
possíveis impactos dessas iniciativas no cenário da região? Uma ideia é que elejam, já
no início da leitura, um colega para ser relator dos registros do grupo, compartilhando-os
posteriormente com os demais. É importante articular o que foi dito pelos estudantes,
fechando a ideia da relevância dos indivíduos assumirem o seu papel de cidadãos,
contribuindo para as mudanças necessárias ao bem comum.
Professor, de maneira a fortalecer a discussão sobre a responsabilidade cidadã e levando em
conta o contexto regional, propomos que sejam trabalhados com a turma os chamados
"Princípios para a cidadania regional da UNESCO": a) Conhecer, compreender e desenvolver
pensamento crítico sobre questões regionais, nacionais e locais e a interconexão e
interdependência de diferentes países e populações. b) Ter o sentimento de pertencimento
local e regional, compartilhar valores e responsabilidades, empatia, solidariedade e respeito
pelas diferenças e diversidade. c) Atuar de forma eficaz e responsável em nível local, nacional
e regional por um mundo mais pacífico e sustentável. Os estudantes poderão refletir sobre os
princípios, articulando-os com os exercícios anteriores (gráfico de identidade e a análise de
notícias). Você pode sugerir que escolham palavras chaves, que consideram importante
destacar, e escrevam-nas em post-its. Nesse caso, as palavras escolhidas podem ser coladas
em um lugar de visibilidade para gerar uma discussão sobre eventuais similaridades ou
repetições nas escolhas dos estudantes, organizando um panorama geral da perspectiva da
turma. O momento também é oportuno para dialogar sobre o significado delas para uma
vivência cidadã na América Latina e qual a responsabilidade de cada um nesse processo.

Sistematização
Semana 16: 2 aulas
Na etapa de sistematização e avaliação da atividade, é importante retomar e fortalecer o
senso de responsabilidade diante do que foi abordado na condição de cidadão latino
americano. Como uma abordagem nesse sentido, sugerimos que se construa o texto de uma
carta-compromisso, em nome de todos, assumindo um compromisso da turma diante dos
princípios estudados e das questões levantadas no percurso da atividade. Se houver recursos
disponíveis, você também pode solicitar os estudantes para escreverem em um documento
digital e imprimir para assinatura da turma, publicando a carta no mural da sala ou mesmo da
escola.

Avaliação
● Depois dos exercícios realizados, é necessário verificar se os estudantes demonstram
o sentido de pertencimento como sujeito latino americano e reconhecem a importância
das ações individuais e coletivas para a vivência plena da cidadania e para a
consolidação de uma sociedade efetivamente democrática na América Latina. O
engajamento dos mesmos nos exercícios propostos, as contribuições compartilhadas
nas discussões coletivas e em grupos são elementos a serem observados nessa
avaliação.

Saiba Mais
● LANDIM, Maria Luiza Braga; D'AVILA. Tiago Landim. Movimentos sociais na América
Latina: princípios e realidades do Brasil. Das Américas. v. 1, n.1, sem n/p, 2015.
Disponível em: https://cutt.ly/KLMDEQR. Acesso em: 20 de jul. de 2022.
● SEIXAS, Renato. Globalização cultural e multiculturalismo na América Latina: análise a
partir de experiências das civilizações pré-colombianas. Revista do Direito Privado da
UEL, v. 3, n. 1, p. 5-12, jan/abr., 2010. Disponível em: https://cutt.ly/2ZdHThb. Acesso
em: 27 de jul. de 2022.
● Modelo de termo de compromisso. Disponível em: https://cutt.ly/rXdXGUe. Acesso
em: 01 de ago. de 2022.

ATIVIDADE 5
Objetivo
● Os constroem um observatório com estações que refletem problemáticas relevantes do
Módulo, mobilizando processos criativos e de pesquisa. Ainda, propõem uma
intervenção possível para melhorar as problemáticas estudadas.

Eixos Estruturantes
● Investigação Científica
Introdução
Semana 17: 2 aulas
Professor, considerando as competências e habilidades a serem trabalhadas nesse Módulo U,
propomos uma abordagem dinâmica que promove a efetiva participação dos estudantes e
possibilita a interlocução entre as áreas de conhecimento: a criação de um observatório. O
observatório pressupõe um trabalho colaborativo, no qual, a partir de tarefas realizadas em
grupos, os estudantes produzirão pesquisas que levarão ao entendimento mais amplo da
realidade latino americana, com vistas a mobilizar a comunidade escolar para o
comprometimento com as transformações necessárias no cenário da região. A sugestão é
que esse seja um Observatório da Cidadania Latino Americana (OCLA) e que possa ser
lançado à comunidade escolar num evento final de conclusão da Unidade.
É muito importante que os estudantes sejam estimulados a aderir integralmente à proposta,
para que tenham, a partir disso, maior comprometimento na realização de todas as tarefas.
Para isso, propomos que você faça uma rápida retrospectiva do caminho percorrido na
Módulo Cidadania regional. Uma abordagem interessante é convidar os estudantes a
realizarem uma tempestades de ideias sobre as principais aprendizagens proporcionadas ao
longo da Unidade. Aproveite para contribuir nesse levantamento, de maneira que ideias
chaves não se percam nesse exercício. Em seguida, é essencial também apresentar o como
funciona um observatório. Para que o projeto fique mais claro para a turma, sugerimos que
utilize referências como o Observatório América Latina-Ásia Pacífico (https://cutt.ly/sCqKDAu).

Desenvolvimento
Semanas 18 e 19: 4 aulas
Para a realização dessa atividade, será necessário organizar a turma em grupos, onde cada
grupo formará uma Estação de Trabalho, com enfoques específicos para a apresentação de
respostas à questão apresentada, através da realização de estudos e pesquisas, culminando
com uma exposição de resultados para a comunidade escolar. Nesse sentido, cada encontro
semanal representará um passo importante até chegar à realização do evento final e
avaliação do trabalho, que encerrará as atividades desta Unidade. Durante esse percurso, é
importante informar aos estudantes como o trabalho será realizado, a importância da
participação de cada um para que os resultados sejam os melhores possíveis e sobre a
necessidade de entrega de um produto final (evento de lançamento do observatório, aberto à
comunidade). Seu papel de mediador será extremamente importante nesse processo, como
forma de estimular o protagonismo da turma.
Como temáticas das Estações de Trabalho, sugerimos Estação 1- Estado democrático e
corrupção; 2- Desigualdades sociais, exclusão; 3- Violência, violência de gênero, racismo; 4-
Processos migratórios; 5- Questão ambiental, sustentabilidade e os povos indígenas. É
fundamental deixar claro que eles irão perseguir essa pergunta durante todas as etapas do
trabalho, sempre pensando a América Latina, seus problemas comuns e possibilidades de
intervenção, considerando os organismos existentes, as potencialidades, e as iniciativas
populares, que puderem abarcar dentro da temática que estarão pesquisando. Como questão
norteadora da pesquisa, propomos: como a atuação cidadã na minha escola e na minha
comunidade contribui para ampliar a cidadania da América Latina? Sob esse
guarda-chuva, as estações podem definir outras perguntas específicas como: De que forma a
corrupção afeta o exercício da cidadania em nossa comunidade? ou Qual a visão das
pessoas da nossa comunidade acerca de imigrantes de países da América Latina que
vêm para o Brasil em busca de melhoria de vida?
Essa é uma excelente oportunidade para estimular a pesquisa, bem como evidenciar técnicas
seguras de busca de informações no ambiente virtual, sobretudo em relação a escolha de
sites seguros, locais com informações confiáveis e que possam servir de referência para a
vida futura dos estudantes. Também é um exercício intenso de trabalho coletivo que exige
planejamento e organização. É também fundamental deixar claro aos estudantes que, num
observatório, deve-se levantar os problemas e propor soluções. Por isso é muito importante
que possam pensar sobre os aspectos que identificam como significativos para o pleno
exercício da cidadania na América Latina. Nesse espaço podem ser levantados dados
relevantes acerca da cidadania dos estudantes, de integrantes da comunidade escolar, do
lugar onde vivem, suas famílias.
As informações coletadas nas pesquisas realizadas pelos grupos podem ser sistematizadas e
capazes de subsidiar uma reflexão para chegar a uma proposta de intervenção em relação à
problemática discutida, que deverá ser apresentada à comunidade no evento final. Professor,
recomendamos que reserve um momento para que os estudantes reflitam sobre quais ações
poderiam propor para que haja uma mudança nessa realidade, sempre levando em conta que
isso faz parte de um contexto mais amplo. É muito importante chamar a atenção para ações
realistas, simples, como campanhas, criação de um espaço de escuta, ampliação das
discussões nas aulas, etc. É fundamental a sua mediação em todo esse processo, dando
orientações e suporte, mas sem tirar o protagonismo dos estudantes. Nesse sentido, também
é essencial reservar tempo para que os estudantes trabalhem na organização do evento final,
levando em conta aspectos como local do evento, recursos, programação, convidados, entre
outros.

Sistematização
Semana 20: 2 aulas
A etapa final da atividade corresponde à realização do evento de lançamento do OCLA da
escola, em um evento para compartilhar as aprendizagens dos estudantes acerca dos
conteúdos abordados em cada estação de conhecimento. Oradores para o evento podem ser
escolhidos entre os estudantes da turma, de maneira com que compartilhem com a
comunidade escolar a finalidade pedagógica do trabalho desenvolvido no percurso do
Módulo.. Contar com os próprios estudantes para essas posições é uma forma de exaltar a
importância do desenvolvimento da autonomia dos estudantes e de seu protagonismo juvenil,
que traz o jovem para a centralidade no seu próprio processo formativo e promove o seu
envolvimento na busca coletiva por melhorias. No entanto, é importante estar sempre
disponível para qualquer apoio que se fizer necessário.
Chegamos ao final do percurso do Módulo Cidadania regional. Por isso, reservar, nesse
momento final, um tempo para fazer uma ampla avaliação de todo o percurso que fizeram
juntos, desde as questões mais amplas, que envolvem a produção coletiva, até aquelas mais
direcionadas ao desempenho individual é um exercício importante.

Avaliação
● A avaliação levará em conta os aspectos da aprendizagem, a autoavaliação e também
a avaliação do projeto do observatório em si. É significativo fazer esse processo tendo
como base os estudos e reflexões feitos no percurso, pois ele pode gerar informações
importantes e seus resultados servem para apoiar, compreender, reforçar, facilitar,
harmonizar as competências e aprendizagens dos estudantes.
Saiba Mais
● NOVA ESCOLA. Como fazer uma boa busca na internet. Nova Escola, 01 de abr. de
2005. Disponível em: https://cutt.ly/OL9YA5V. Acesso em: 21 de jul. de 2022.
● OBSERVATÓRIO SOCIAL DE PORTO SEGURO. O que é um Observatório Social?
Youtube, 30 de set. 2015. Disponível em: https://cutt.ly/UCqK3Yo. Acesso em: 20 de
jul. de 2022.

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(DCNEM), 2018. Disponível em: http://novoensinomedio.mec.gov.br/#!/marco-legal.
Acesso em: 20 jan. 2023.
BRASIL, PORTARIA Nº 1532/2018 – ESTABELECE REFERENCIAIS CURRICULARES
PARA ELABORAÇÃO DE ITINERÁRIOS FORMATIVOS. Disponível em:
http://novoensinomedio.mec.gov.br/#!/marco-legal BRASIL, REFERENCIAIS
CURRICULARES PARA ELABORAÇÃO DE ITINERÁRIOS FORMATIVOS. Disponível
em: http://novoensinomedio.mec.gov.br/resources/downloads/pdf/DCEIF.pdf. Acesso em:
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URBINATI, Nadia. O que torna a representação democrática? Lua Nova: Revista de
Cultura e Política, p. 191-228, 2006. v. 22, n. 1, p. 21-35, 2020.
ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS,
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO POLÍTICA - POLITIZE! EM COLABORAÇÃO COM O INSTITUTO
AUSCHWITZ PARA A PREVENÇÃO DO GENOCÍDIO E ATROCIDADES MASSIVAS

Diretor geral do Instituto de Educação Política – Politize!


Gabriel Marmentini
Gestora de Educação Básica, Programa Escola da Cidadania Ativa - Politize!
Fernanda Asseff Menin
Diretora do Programa de Políticas Educacionais Warren do Instituto Auschwitz para
a Prevenção do Genocídio e Atrocidades Massivas
Clara Ramírez-Barat
Coordenador da área de conhecimento
Joelmir Cabral Moreira
Coordenação do Programa de Políticas Educacionais Warren do Instituto Auschwitz
para a Prevenção do Genocídio e Atrocidades Massivas
Isadora Mendes de Paula Souza
Paula Araújo Alves

Analista Pedagógica da área de conhecimento


Carolina Nunes Diniz
Redatores da área de conhecimento Redatores da área de conhecimento, 2021 -
2022.
Adonias Calebe de Moraes; Amanda Petraglia Nunes de Andrade; Beatriz Souza Ramos
dos Santos; Beatriz Triesse Gonzalez; Bianca Ferreira Mesquita dos Santos; Camila
Souza da Silva; Carolina Nunes Diniz; Danilo Vergani; Édino de Almeida Grama; Gustavo
Pacelli da Costa; Isadora Mendes de Paula Souza; Isabela Almeida; Ivonilda Andrade;
Joelmir Cabral Moreira; Kamila Nunes da Silva; Paula Araújo Alves e Paulo Henrique de
Souza Reis.

Revisores da área de conhecimento, 2021 - 2022.


Beatriz Souza Ramos dos Santos; Camila Souza da Silva; Carolina Nunes Diniz; Clara
Ramirez-Barat; Édino de Almeida Grama; Joelmir Cabral Moreira; Paula Samogin
Campioni.

Programa da Escola da Cidadania Ativa, Politize!


A Politize! - Instituto de Educação Política é uma organização sem fins lucrativos que tem como missão formar uma
geração de cidadãos conscientes e comprometidos com a democracia. Através do Programa Escola da Cidadania Ativa,
levamos conhecimento sobre cidadania, democracia e liderança para os estudantes do Ensino Fundamental e Médio
brasileiro. Atuamos através de apoio às secretarias estaduais de educação no desenvolvimento de trilhas de
aprofundamento, componentes curriculares eletivos e formação de professores. Acesse o nosso portal “Educação
Básica” para mais informações:

Politize!
Educação Básica. Disponível em: https://www.politize.com.br/educacao-basica/
Contato:educacao@politize.com.br

Projeto Cidadania e Democracia desde a Escola, Instituto Auschwitz


O Instituto Auschwitz para a Prevenção do Genocídio e Atrocidades Massivas é uma organização não governamental
internacional que atua na área da prevenção ao genocídio e outras atrocidades massivas. Por meio do Programa de
Políticas Educacionais Warren, o Instituto trabalha com governos e outros atores para desenhar programas
educacionais para jovens visando a proteção dos direitos humanos. Nesse contexto, o projeto Cidadania e Democracia
desde a Escola foi idealizado em 2016 no Brasil para criar espaços de promoção do diálogo plural baseado no respeito
dentro das salas de aula do sistema público de educação, servindo como uma ferramenta de prevenção ao aumento do
preconceito e discriminação e de estímulo à participação dos/as jovens na construção de uma sociedade mais
democrática e solidária.
Instituto Auschwitz para a Prevenção do Genocídio e Atrocidades Massivas, realizador do Projeto Cidadania e
Democracia desde a Escola. Disponível em:
http://www.auschwitzinstitute.org/pt-br/cidadania-e-democracia-desde-escola/.
Contato: education.program@auschwitzinstitute.org

CC BY-NC-SA
Os conteúdos originais deste caderno podem ser reproduzidos total ou parcialmente para fins não comerciais, atribuindo
o devido crédito à Politize! - Instituto de Educação Política e ao Instituto Auschwitz para a Prevenção do Genocídio e
Atrocidades Massivas
SUMÁRIO
Trilha de Aprofundamento: Liderança e Cidadania
Orientações
Apresentação
Quadro de habilidades

Eixo Estruturante: Investigação Científica


Eixo Estruturante: Processos Criativos
Eixo Estruturante: Mediação e Intervenção Sociocultural
Eixo Estruturante: Empreendedorismo

Material de Apoio Pedagógico - 3ª série, 140h

1) Direitos em pauta;
2) Entre o Direito e a Justiça;
3) Desbravando a Constituição;
4) Conhecendo os meus direitos.

Referências
Ficha de Créditos
TRILHA DE APROFUNDAMENTO
Liderança e Cidadania
No Novo Ensino Médio, as Trilhas de Aprofundamento são um conjunto de aprendizagens que
compõem os itinerários formativos, organizadas em uma ou mais áreas do conhecimento. O
currículo desse segmento busca potencializar e diversificar a formação geral básica,
apresentando mais possibilidades para os professores abordarem diferentes temáticas dentro
da sala de aula e a sua prática em diferentes contextos. Tudo isso respeitando as propostas
pedagógicas para o Ensino Médio no Brasil, as competências das áreas do conhecimento e
suas habilidades da Base Nacional Comum Curricular e as habilidades dos eixos
estruturantes: Investigação Científica, Processos Criativos, Mediação e Intervenção
Sociocultural e Empreendedorismo, de modo a ampliar as aprendizagens relevantes para a
formação integral dos(as) estudantes.

Para atender aos desejos das juventudes que querem aprender mais sobre cidadania,
ofertamos a Trilha de Aprofundamento “Liderança e Cidadania”, que possibilita um caminho
para que os estudantes possam se aproximar de conhecimentos significativos sobre o tema
liderança e cidadania na contemporaneidade, colocando em foco o exercício da autoria
individual e coletiva, como também o compromisso com uma participação social justa e
inclusiva, ou seja, que respeite a diversidade, a pluralidade, os direitos humanos e a
democracia.

O conhecimento produzido no aprofundamento, a partir de fontes e referências bibliográficas


diversas, as metodologias ativas de aprendizagem, além do acompanhamento progressivo
das aprendizagens, é essencial para estimular o diálogo e o interesse participativo e o
protagonismo dos estudantes. Portanto, a estrutura proposta no caderno pedagógico foi
organizada para apresentar questões interessantes e desafiadoras que possibilitam os
estudantes refletirem e efetuarem relações com as suas práticas cotidianas.

Em consonância com esses princípios, as temáticas do aprofundamento apresentam em suas


propostas o envolvimento dos estudantes com o exercício da cidadania ativa, sendo capazes
de explorar os diferentes conceitos da cultura democrática, contribuindo para um futuro mais
humano. O aprofundamento prevê a consolidação de habilidades e competências que serão
necessárias para a vida pessoal, no mundo do trabalho e acadêmico dos estudantes, como
também fornece instrumentos para que estejam preparados(as) para exames de acesso ao
Ensino Técnico e/ou Superior (Vestibulares, Processos Seletivos, Exame Nacional do Ensino
Médio – ENEM, entre outros.
Orientações
Partimos da noção de que na vida cotidiana as relações sociais cada vez mais tem se
complexificado e, nessa perspectiva, é necessário potencializar as capacidades humanas, a
fim de respeitar a cultura, a população e as características regionais e locais de todos aqueles
inseridos na comunidade escolar. Nesse sentido, a organização e o desenvolvimento da
proposta curricular propõe responder a estes anseios, e você, professor, enquanto mediador,
pode ter um papel fundamental no aperfeiçoamento e aprofundamento da aprendizagem
ofertada nos nossos materiais pedagógicos.

É diretamente esta questão, a valorização das particularidades regionais e locais, que será
possível aproximar os estudantes dos temas propostos no material pedagógico. Portanto, é
interessante observar que os assuntos apresentados possibilitam ampliar as abordagens dos
estudos, contribuindo desse modo para análises mais próximas da realidade dos estudantes.
Por certo, consideramos todos os sujeitos inseridos no espaço escolar essenciais na
construção de práticas educativas, como também, no êxito para uma educação de qualidade
voltada para o exercício da cidadania, isto é, que promova o respeito às diferenças e
diversidades.

Nesse sentido, cabe esclarecer que consideramos a autonomia e a criatividade do professor


no processo de ensino-aprendizagem. Embora tenhamos apresentado os nossos
instrumentos, fique à vontade para inserir novos elementos, apresentar e discutir outras
questões que contribuam para o enriquecimento das sugestões propostas neste material. A
partir dessa perspectiva, conseguimos alcançar mais pessoas em diferentes regiões com
objetivos comuns, além de fortalecer uma educação com menos fronteiras e com mais
oportunidades, sem distinção de indivíduos e de grupos sociais, os seus saberes, as suas
vivências e a sua cultura, sem preconceitos de qualquer natureza.

O caderno pedagógico apresentado oportuniza espaço para você complementar com as


aprendizagens que mais se adequam à sua especificidade regional. Tudo o que você precisa
fazer é reservar um tempo para leitura e apreciação do material, mapear e averiguar quais os
assuntos mais contemplam a sua turma. Assim, será possível traçar os objetivos, habilidades e
eixos estruturantes necessários para organizar e permitir estudos que amplie e, finalmente,
com a sua intervenção, que considere com precisão a realidade na qual os estudantes estão
inseridos. É, pois, através da construção conjunta e colaborativa que conseguimos contribuir,
de forma mais centrada, nas particularidades, significados e valores culturais de cada local.
APRESENTAÇÃO
Caderno Pedagógico

Neste caderno pedagógico, o percurso trilhado pelos estudantes busca fortalecer na sala de
aula a compreensão entre o Direito e a Justiça. O principal objetivo é refletir sobre os critérios
morais e éticos do Direito, assim como observar a construção de uma sociedade democrática,
justa e inclusiva. Nesse sentido, as atividades propostas consideram o contexto histórico da
conquista dos nossos direitos, como também, evidencia a necessidade de se estabelecer uma
cultura de respeito à Constituição e à Democracia.

Enquanto cidadãos e cidadãs, todos nós temos responsabilidades, direitos e deveres. Eles são
importantes para organizar as relações humanas, fazer cumprir as normas no campo da lei e
da justiça, como também resolver conflitos e propor intervenções que busquem solucionar os
problemas complexos da sociedade brasileira. Sabemos, no entanto, que os direitos aos quais
temos acesso hoje em dia, nem sempre foram e são garantidos a todos. As conquistas de
direitos acontecem por meio de um longo processo histórico que acompanha as
transformações experimentadas pelas sociedades. Com a promulgação da Constituição
Federal de 1988, um novo começo para um regime democrático no Brasil foi instaurado. Nesse
sentido, tivemos uma mudança de horizonte nas formas como lidamos com os direitos das
pessoas. Esse horizonte representa uma expansão dos direitos civis, sociais e políticos a
todos cidadãos e cidadãs.
Para que haja democracia, o acesso à Justiça deve se efetivar no dia a dia, isso significa que
todas as pessoas estarão subordinadas à lei, ao conjunto de regras de maneira igual, para que
a ordem social seja mantida em diferentes espaços da vida em sociedade. É através do
acesso à Justiça que encontramos mecanismos para reivindicar e fazer valer os nossos
direitos. Assim, todos os cidadãos e cidadãs podem exigir a garantia dos seus direitos, e é
dever do Estado, por meio do poder judiciário buscar soluções para tais conflitos. Por isso, é
necessário que todos os cidadãos e cidadãs conheçam e compreendam os seus direitos e
deveres, consequentemente, desta maneira será possível que todos os sujeitos participem da
vida pública com ética e responsabilidade.

O caderno pedagógico é destinado a 3ª série, tem carga horária total de 140 horas,
distribuídas em quatro módulos temáticos de 30 horas cada, são eles:

1) Direitos em pauta;
2) Entre o Direito e a Justiça;
3) Desbravando a Constituição;
4) Conhecendo os meus direitos.
QUADRO DE HABILIDADES

EIXO ESTRUTURANTE: INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA


JUSTIFICATIVA

Para participar da sociedade da informação, os estudantes precisam se apropriar cada


vez mais de conhecimentos e habilidades que os permitam acessar, selecionar,
processar, analisar e utilizar dados sobre os mais diferentes assuntos, seja para
compreender e intervir na realidade, seja para lidar de forma crítica, reflexiva e produtiva
com a quantidade cada vez maior de informações disponíveis.

OBJETIVOS

●Aprofundar conceitos fundantes das ciências para a interpretação de ideias, fenômenos


e processos.
●Ampliar habilidades relacionadas ao pensar e fazer científico.
●Utilizar esses conceitos e habilidades em procedimentos de investigação voltados à
compreensão e enfrentamento de situações cotidianas, com proposição de intervenções
que considerem o desenvolvimento local e a melhoria da qualidade de vida da
comunidade.

FOCO PEDAGÓGICO

Neste eixo, os estudantes participam da realização de uma pesquisa científica,


compreendida como procedimento privilegiado e integrador de áreas e componentes
curriculares. O processo pressupõe a identificação de uma dúvida, questão ou problema;
o levantamento, formulação e teste de hipóteses; a seleção de informações e de fontes
confiáveis; a interpretação, elaboração e uso ético das informações coletadas; a
identificação de como utilizar os conhecimentos gerados para solucionar problemas
diversos; e a comunicação de conclusões com a utilização de diferentes linguagens.
HABILIDADES GERAIS
(EMIFCG01) Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com
curiosidade, atenção, criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias
digitais.
(EMIFCG02) Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando
dados, fatos e evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de
afirmações claras, ordenadas, coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores
universais, como liberdade, democracia, justiça social, pluralidade, solidariedade e
sustentabilidade.
(EMIFCG03) Utilizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de investigações
científicas para criar ou propor soluções para problemas diversos.
HABILIDADES ESPECÍFICAS
(EMIFCHSA01) Investigar e analisar situações problema envolvendo temas e processos
de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local,
regional, nacional e/ou global, considerando dados e informações disponíveis em
diferentes mídias.
(EMIFCHSA02) Levantar e testar hipóteses sobre temas e processos de natureza
histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional,
nacional e/ou global, contextualizando os conhecimentos em sua realidade local e
utilizando procedimentos e linguagens adequados à investigação científica.
(EMIFCHSA03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas
(bibliográfica, exploratória, de campo, experimental, etc.) em fontes confiáveis,
informações sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica,
política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, identificando os
diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de
citar as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões
com o uso de diferentes mídias.

EIXO ESTRUTURANTE: PROCESSOS CRIATIVOS


JUSTIFICATIVA

Para participar de uma sociedade cada vez mais pautada pela criatividade e inovação, os
estudantes precisam aprender a utilizar conhecimentos, habilidades e recursos de forma
criativa para propor, inventar e inovar.

OBJETIVOS

●Aprofundar conhecimentos sobre as artes, a cultura, as mídias e as ciências aplicadas e


sobre como utilizá-los para a criação de processos e produtos criativos.
●Ampliar habilidades relacionadas ao pensar e fazer criativo.
●Utilizar esses conhecimentos e habilidades em processos de criação e produção voltados à
expressão criativa e/ou à construção de soluções inovadoras para problemas identificados na
sociedade e no mundo do trabalho.

FOCO PEDAGÓGICO

Neste eixo, os estudantes participam da realização de projetos criativos, por meio da utilização
e integração de diferentes linguagens, manifestações sensoriais, vivências artísticas, culturais,
midiáticas e científicas aplicadas. O processo pressupõe a identificação e o aprofundamento
de um tema ou problema, que orientará a posterior elaboração, apresentação e difusão de
uma ação, produto, protótipo, modelo ou solução criativa, tais como obras e espetáculos
artísticos e culturais, campanhas e peças de comunicação, programas, aplicativos, jogos,
robôs, circuitos, entre outros produtos analógicos e digitais.
HABILIDADES GERAIS
(EMIFCG04) Reconhecer e analisar diferentes manifestações criativas, artísticas e culturais,
por meio de vivências presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade,
criticidade e criatividade.
(EMIFCG05) Questionar, modificar, adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou
soluções criativas, originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as
incertezas e colocá-las em prática.
(EMIFCG06) Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes
linguagens, mídias e plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem,
assegurando que alcancem os interlocutores pretendidos.
HABILIDADES ESPECÍFICAS
(EMIFCHSA04) Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e
reflexão crítica sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica,
política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.
(EMIFCHSA05) Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos para resolver
problemas reais relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica,
filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.
(EMIFCHSA06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para
problemas reais relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica,
filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.

EIXO ESTRUTURANTE: MEDIAÇÃO E INTERVENÇÃO SOCIOCULTURAL


JUSTIFICATIVA

Para participar de uma sociedade desafiada por questões socioculturais e ambientais cada vez
mais complexas, os estudantes precisam se apropriar de conhecimentos e habilidades que os
permitam atuar como agentes de mudanças e de construção de uma sociedade mais ética,
justa, democrática, inclusiva, solidária e sustentável.

OBJETIVOS

●Aprofundar conhecimentos sobre questões que afetam a vida dos seres humanos e do
planeta em nível local, regional, nacional e global, e compreender como podem ser utilizados
em diferentes contextos e situações.
●Ampliar habilidades relacionadas à convivência e atuação sociocultural.
●Utilizar esses conhecimentos e habilidades para mediar conflitos, promover entendimentos e
propor soluções para questões e problemas socioculturais e ambientais identificados em
suas comunidades.

FOCO PEDAGÓGICO
Neste eixo, privilegia-se o envolvimento dos estudantes em campos de atuação da vida
pública, por meio do seu engajamento em projetos de mobilização e intervenção sociocultural
e ambiental que os levem a promover transformações positivas na comunidade. O processo
pressupõe o diagnóstico da realidade sobre a qual se pretende atuar, incluindo a busca de
dados oficiais e a escuta da comunidade local; a ampliação de conhecimentos sobre o
problema a ser enfrentado; o planejamento, execução e avaliação de uma ação social e/ou
ambiental que responda às necessidades e interesses do contexto; a superação de situações
de estranheza, resistência, conflitos interculturais, dentre outros possíveis obstáculos, com
necessários ajustes de rota.

HABILIDADES GERAIS
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas,
identificando e incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a
tomada de decisões conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis.
(EMIFCG08) Compreender e considerar a situação, a opinião e o sentimento do outro, agindo
com empatia, flexibilidade e resiliência para promover o diálogo, a colaboração, a mediação e
resolução de conflitos, o combate ao preconceito e a valorização da diversidade.
(EMIFCG09) Participar ativamente da proposição, implementação e avaliação de solução para
problemas socioculturais e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou global,
corresponsabilizando-se pela realização de ações e projetos voltados ao bem comum.
HABILIDADES ESPECÍFICAS
(EMIFCHSA07) Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e
ameaças a grupos sociais, à diversidade de modos de vida, às diferentes identidades culturais
e ao meio ambiente, em âmbito local, regional, nacional e/ ou global, com base em fenômenos
relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
(EMIFCHSA08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou coletivas de
mediação e intervenção sobre problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental,
em âmbito local, regional, nacional e/ ou global, baseadas no respeito às diferenças, na
escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental.
(EMIFCHSA09) Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver
problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional,
nacional e/ou global, relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

EIXO ESTRUTURANTE: EMPREENDEDORISMO


JUSTIFICATIVA

Para participar de uma sociedade cada vez mais marcada pela incerteza, volatilidade e
mudança permanente, os estudantes precisam se apropriar cada vez mais de
conhecimentos e habilidades que os permitam se adaptar a diferentes contextos e criar
oportunidades para si e para os demais.

OBJETIVOS

●Aprofundar conhecimentos relacionados a contexto, ao mundo do trabalho e à gestão de


iniciativas empreendedoras, incluindo seus impactos nos seres humanos, na sociedade
e no meio ambiente.
●Ampliar habilidades relacionadas ao autoconhecimento, empreendedorismo e projeto de
vida.
●Utilizar esses conhecimentos e habilidades para estruturar iniciativas empreendedoras
com propósitos diversos, voltadas a viabilizar projetos pessoais ou produtivos com foco
no desenvolvimento de processos e produtos com o uso de tecnologias variadas.

FOCO PEDAGÓGICO

Neste eixo, os estudantes são estimulados a criar empreendimentos pessoais ou


produtivos articulados com seus projetos de vida, que fortaleçam a sua atuação como
protagonistas da sua própria trajetória. Para tanto, busca desenvolver autonomia, foco e
determinação para que consigam planejar e conquistar objetivos pessoais ou criar
empreendimentos voltados à geração de renda via oferta de produtos e serviços, com ou
sem uso de tecnologias. O processo pressupõe a identificação de potenciais, desafios,
interesses e aspirações pessoais; a análise do contexto externo, inclusive em relação ao
mundo do trabalho; a elaboração de um projeto pessoal ou produtivo; a realização de
ações-piloto para testagem e aprimoramento do projeto elaborado; o desenvolvimento ou
aprimoramento do projeto de vida dos estudantes.

HABILIDADES GERAIS
(EMIFCG10) Reconhecer e utilizar qualidades e fragilidades pessoais com confiança para
superar desafios e alcançar objetivos pessoais e profissionais, agindo de forma proativa e
empreendedora e perseverando em situações de estresse, frustração, fracasso e
adversidade.
(EMIFCG11) Utilizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para
estabelecer e adaptar metas, identificar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para
realizar projetos pessoais e produtivos com foco, persistência e efetividade.
(EMIFCG12) Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus
objetivos presentes e futuros, identificando aspirações e oportunidades, inclusive
relacionadas ao mundo do trabalho, que orientem escolhas, esforços e ações em relação
à sua vida pessoal, profissional e cidadã.
HABILIDADES ESPECÍFICAS
(EMIFCHSA10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas podem ser utilizadas na concretização de projetos
pessoais ou produtivos, em âmbito local, regional, nacional e/ ou global, considerando as
diversas tecnologias disponíveis, os impactos socioambientais, os direitos humanos e a
promoção da cidadania.
(EMIFCHSA11) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para desenvolver um projeto pessoal ou um
empreendimento produtivo, em âmbito local, regional, nacional e/ ou global.
(EMIFCHSA12) Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando as Ciências
Humanas e Sociais Aplicadas para formular propostas concretas, articuladas com o
projeto de vida, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.
MÓDULO
Direitos em Pauta
Área do Conhecimento
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Perfil do(a) Professor(a)
Filosofia, Geografia, História, Sociologia
Carga horária total
40 horas
Carga horária semanal
2 horas
Descrição
O Módulo, “Direitos em pauta”, tem como principal objetivo a reflexão sobre a atuação de
diferentes ramos do direito frente a cenários e espacialidades, no que tange a relação entre
países e sua ligação com os direitos humanos e os direitos fundamentais. Espera-se que os
conteúdos e atividades que serão desenvolvidos favoreçam o desenvolvimento do olhar crítico
dos estudantes frente à atuação de organismos multilaterais e demais instituições, a partir de
demandas sociais, políticas e econômicas, nas inter-relações existentes em múltiplas escalas.
Dessa maneira, refletir sobre as ações de órgãos responsáveis irá ajudar no desenvolvimento
do processo de protagonismo e liderança dos estudantes por meio de situações que
demandam o diálogo e associação de diferentes formas de conhecimento na resolução de
problemas no campo dos direitos.
Objetos de conhecimento
Acordos internacionais; Direitos Humanos e direitos fundamentais; A Organização das Nações
Unidas e os Direitos Humanos; Direito internacional e justiça global; Justiça ambiental e crimes
contra o meio ambiente; Acordos climáticos e aquecimento global.
Objetivos das atividades
1: Os estudantes identificam as principais causas humanitárias e ambientais que levam a
acordos internacionais.
2: Os estudantes explicam a atuação da ONU dentro da garantia dos direitos humanos e da
mediação de acordos ambientais
3: Os estudantes demonstram ações, resultados e consequências de projetos internacionais
dentro de diferentes espacialidades.
4: Os estudantes comparam a atuação dos povos da floresta (indígenas, seringueiros, entre
outros) junto ao combate ao crime ambiental.
5: Os estudantes elaboram propostas de mitigação e acompanhamento de alternativas que
visem a execução efetiva dos acordos frente às mudanças climáticas.
Competências e Habilidades da Formação Geral Básica a serem aprofundadas: 1, 2, 3 e
6
EM13CHS102: Identificar, analisar e discutir as circunstâncias históricas, geográficas, políticas,
econômicas, sociais, ambientais e culturais de matrizes conceituais (etnocentrismo, racismo,
evolução, modernidade, cooperativismo/desenvolvimento etc.), avaliando criticamente seu
significado histórico e comparando-as a narrativas que contemplem outros agentes e
discursos.
EM13CHS103: Elaborar hipóteses, selecionar evidências e compor argumentos relativos a
processos políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais e epistemológicos, com base na
sistematização de dados e informações de diversas naturezas (expressões artísticas, textos
filosóficos e sociológicos, documentos históricos e geográficos, gráficos, mapas, tabelas,
tradições orais, entre outros).
EM13CHS202: Analisar e avaliar os impactos das tecnologias na estruturação e nas dinâmicas
de grupos, povos e sociedades contemporâneos (fluxos populacionais, financeiros, de
mercadorias, de informações, de valores éticos e culturais etc.), bem como suas interferências
nas decisões políticas, sociais, ambientais, econômicas e culturais.
EM13CHS305: Analisar e discutir o papel e as competências legais dos organismos nacionais
e internacionais de regulação, controle e fiscalização ambiental e dos acordos internacionais
para a promoção e a garantia de práticas ambientais sustentáveis.
EM13CHS604: Discutir o papel dos organismos internacionais no contexto mundial, com vistas
à elaboração de uma visão crítica sobre seus limites e suas formas de atuação nos países,
considerando os aspectos positivos e negativos dessa atuação para as populações locais
Eixos Estruturantes e suas Competências e Habilidades: Investigação Científica,
Processos Criativos, Mediação e Intervenção Sociocultural.

EMIFCHSA01: Investigar e analisar situações problema envolvendo temas e processos de


natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional,
nacional e/ou global, considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.
EMIFCHSA05:Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos para resolver
problemas reais relacionados a temas e processo de natureza histórica, social, econômica,
filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.
EMIFCHSA08: Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou coletivas de
mediação e intervenção sobre problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental,
em âmbito local, regional, nacional e/ ou global, baseadas no respeito às diferenças, na
escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental.
Referências Bibliográficas

ALVES, Armando Nunes. Digital storytelling nas aulas de Geografia: um estudo com alunos
do 10º ano. II Congresso Internacional TIC e Educação, Portugal: Universidade de Lisboa,
2012; p. 1484 - 1497.
BALÉE, W. "Cultura na vegetação da Amazônia brasileira". In: NEVES, W. (org.) Biologia e
ecologia humana na Amazônia: avaliação e perspectivas SCT/PR/CNPq - Museu Paraense
Emílio Goeldi. Coleção Eduardo Galvão, Belém, 1989.
BORGES, W. J.; GOIS, P. H.; TATTO, L. Storytelling e Estratégia: a cognição como forma de
integração. Saber Acadêmico, n. 11, Jun 2011.
FERREIRA, L. Chico Mendes e os povos da Floresta: uma pedagogia em construção. In:
STRECK, D. (org.). Fontes da Pedagogia Latino-americana: uma ontologia. Belo Horizonte:
Autêntica, 2010.
GABSCH, Rodrigo D'Araújo. Aprovação de tratados internacionais pelo Brasil: possíveis
ações para acelerar o seu processo. Fundação Alexandre de Gusmão: Brasília, 2010.
LAFER, Celso. A ONU e os direitos humanos. Estudos Avançados, vol. 9, núm. 25, 2017, pp.
169-285. Universidade de São Paulo, São Paulo, 1995.
OLIVEIRA, Tobias Espinosa de; ARAUJO, Ives Solano; VEIT, Eliane Angela. Crenças de
autoeficácia em aprender Física e trabalhar colaborativamente: um estudo de caso com o
método Team-Based Learning em uma disciplina de Física Básica. Revista Brasileira de
Ensino de Ciência e Tecnologia, v. 12, n. 1, p. 29-54, 2019.
ATIVIDADE 1
Objetivo
● Os estudantes identificam as principais causas humanitárias e ambientais que levam a
acordos internacionais.
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica

Introdução
Semana 1: 2 aulas

Professor, a divisão das atividades estão divididas em três partes: 1ª – introdução


(sensibilização e contextualização), 2ª - desenvolvimento e 3ª - sistematização e fechamento
da temática que foi trabalhada.

Sugerimos que no primeiro momento seja feito a apresentação do Módulo: “Direito em pauta”,
introduzindo a organização do material bem como os objetivos, o aprofundamento, principais
conceitos e habilidades que serão desenvolvidas a partir do desenvolvimento dos temas que
serão analisados.

Orientamos a sensibilização a partir das seguintes indagações: o que são acordos


internacionais? Por que eles são importantes? Como eles são definidos? que você,
Professor,

Indicamos que você, Professor, a partir das respostas dos estudantes, direcione a atividade
para a reflexão sobre como seria a “divisão” de ações entre os países. É relevante trazer
algumas definições para dar início à associação entre causas e responsabilidades
compartilhadas dentro de acordos internacionais. Esse conjunto de questões será importante
para diagnosticar a percepção dos estudantes frente a noção de interesses geopolíticos que
influenciam tanto na elaboração de propostas bem como na execução de ações que podem
influenciar nos campos sociais, políticos, econômicos e/ou ambientais.

A partir dessa avaliação inicial, propomos que seja feito um levantamento sobre situações de
acordos internacionais que aconteceram no mundo ao longo do tempo, para isso, a lousa
pode ser dividida em dois lados, um indicando o “Passado” em que podem ser indicados
acontecimentos como o “Tratado de Versalhes” ou o “Partilha da África”, e outro
correspondendo a “Atualidade”, onde podem ser citados acordos climáticos ou militares (como
no caso da OTAN, por exemplo).

Com essa exposição, sugerimos que, juntamente com os estudantes, seja analisado que por
meio de contextos históricos é possível notar que a união de países sempre foi algo comum,
tendo em vista a inexistência de nações que sejam autossuficientes, e que frente a
globalização, onde os fluxos econômicos, políticos e sociais se intensificaram, surgem novas
demandas que influenciam na criação, execução e até mesmo na pressão exercida em
determinados países a adotarem determinado tipo de acordo.

Desenvolvimento
Semanas 2 e 3: 4 aulas
Para esta atividade, sugerimos a elaboração de uma tabela, na lousa ou impressa, que irá
possuir quatro colunas, cada uma delas indicando as seguintes categorias: Social, Político,
Econômico e Ambiental. A depender da quantidade de estudantes, a turma pode ser dividida
em cinco grupos, onde em conjunto eles terão que levantar e classificar as causas que podem
levar os países a estabelecerem acordos internacionais. Caso seja possível, pode ser
realizada pesquisas na internet para aprofundamento dessa investigação.

Nesse momento, é importante circular entre os grupos para verificar e esclarecer não somente
dúvidas sobre as causas que podem levar aos acordos, mas também em relação à
classificação das mesmas, tendo em vista que dependendo do que for levantado pelos
estudantes, é possível que a causa em questão possa ser encaixada em mais de uma
categoria.

Ao final da atividade, orientamos o compartilhamento das causas por categoria, sendo viável a
sistematização no quadro por um estudante a partir da orientação do professor. Em seguida,
sugerimos que oriente aos estudantes que escolham uma categoria e causa que mais
chamou a atenção para aprofundamento assim, indicamos as para as seguintes etapas:

1º Etapa: Exponha aos estudantes que cada grupo irá escolher e representar um país que
apontará uma ou mais propostas para solucionar a causa escolhida pela turma.

2ª Etapa: os grupos apresentam a proposta de ação definida por meio da exposição oral de
dois ou mais estudantes.

3ª Etapa: a turma define a melhor proposta e levanta três ações complementares (que podem
ser elementos presentes nas sugestões dos outros grupos).

Ao término dessa aula pode ser discutido que a definição de um acordo internacional envolve
além de uma tomada de decisão um consenso e um pacto para que as medidas possam
entrar em vigor e o objetivo possa ser atingido em curto, médio ou longo prazo.

Sistematização
Semana 4: 2 aulas
Para sistematizar o conteúdo abordado, sugerimos que os grupos elaborem um resumo no
caderno sobre as discussões que foram realizadas, para isso, pode ser retomado novamente
as questões de sensibilização colocadas na primeira semana, podendo elas serem
complementadas com algum questionamento que surgiu durante as aulas.
Essa é uma forma de ajudar os estudantes a organizarem os debates e discussões que
aconteceram durante os encontros, elencando os tópicos que foram mais significativos em
cada momento.

Avaliação
● Professor, sugerimos que durante a execução de cada atividade proposta seja
verificado o aprofundamento nas discussões pelos estudantes, se buscaram novas
informações e esclarecimentos de dúvidas bem como o exercício de uma escuta ativa
e debates respeitosos. .
Saiba Mais

● GABSCH, Rodrigo D'Araújo. Aprovação de tratados internacionais pelo Brasil:


possíveis ações para acelerar o seu processo. Fundação Alexandre de Gusmão:
Brasília, 2010.
● Definição: O que são tratados internacionais? Disponível em: https://cutt.ly/6GLxcHA
Acesso em: 02 mai. 2022.
● ídeo: Acordos internacionais e economia. Disponível em: https://cutt.ly/UJNaGH9
Acesso em: 11 jun. 2022

ATIVIDADE 2
Objetivo
● Os estudantes explicam a atuação da ONU dentro da garantia dos direitos humanos e
da mediação de acordos ambientais
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica

Introdução
Semana 5: 2 aulas
Professor, nessa Atividade 2 do Módulo será proposto alguns dos campos de atuação da
ONU no que se refere à proteção e garantia dos direitos humanos associado a questão dos
problemas ambientais. Desse modo, por meio de uma aula expositiva dialogada, sugerimos a
retomada da discussão sobre as diferentes razões que levam aos acordos internacionais
buscando retratar que, a depender do tipo de causa, a aliança entre diferentes países se
mostra como uma forma efetiva de buscar e aplicar soluções.
A partir disso, orientamos a apresentação da ONU relacionada ao seu contexto de surgimento
e principais atribuições e, caso seja possível, o vídeo indicado no Saiba Mais, que apresenta
de forma didática essas informações, pode ser exibido para os estudantes para nortear a
discussão.

Desenvolvimento
Semanas 6 e 7: 4 aulas
Para dar início a atividade, propomos que os estudantes sejam divididos em 5 grupos para
executar a elaboração de um mapa mental (sobre sua composição, ver Saiba Mais da
Atividade 1 2), sendo ele colaborativo onde será evidenciado as diferentes formas de atuação
da ONU dentro do contexto de proteção aos direitos humanos. Assim sendo, cada grupo irá
receber uma palavra-chave de onde irão organizar as informações sugeridas a seguir:
1. ONU: contendo informações que foram explicitadas no início da atividade relacionadas a
fundação e suas principais funções.
2. Imigração: definir o conceito e as garantias de proteção de direitos humanos que podem ser
aplicadas nos países que recebem os imigrantes.
3. Vulnerabilidade social: indicar elementos que tornam uma dada população vulnerável (fome,
saúde deficiente, exposição a violência) e práticas que podem auxiliar na melhora da qualidade
de vida.
4. Desastres naturais: definição sobre o conceito, exemplos e consequências que podem ocorrer
dentro de um dado território.
5. Poluição: listar formas de poluição e associar aos impactos no meio físico e humano.

Aqui, professor, é possível desenvolver a reflexão crítica a partir da produção e seleção das
informações que irão compor o mapa mental, sugerimos que durante o desenvolvimento
circule entre as mesas para incentivar questionamentos sobre exemplos reais relacionados
principalmente às palavras-chaves dos pontos 2 a 5, bem como, caso seja possível, o uso do
livro didático, biblioteca e/ou celular para pesquisa e incrementarão da produção.

Ao final da aula, propomos a exposição e fixação das produções no quadro ou na parede da


sala, com cada grupo apresentando o resultado das suas discussões. Sobre a disposição,
orientamos que o mapa mental referente ao ponto 1 esteja centralizado entre os outros mapas
para facilitar no fechamento da atividade, onde pode ser indicado pelo professor além da
associação das ações que foram indicadas, o levantamento de outros campos de atuação que
a ONU pode ter influência dentro da geopolítica global.

Sistematização
Semana 8: 2 aulas

Professor, para essa atividade orientamos a retomada e associado os pontos 4 e 5 da


atividade anterior, para uma breve exposição sobre como determinadas ações humanas
podem impactar fenômenos naturais do nosso planeta. Dado a isso, pode ser exposto que as
altas taxas de queimadas e desmatamento que são motivadas tanto pelo avanço do
agronegócio como também pelo crescimento urbano.

No dia 5 de junho de 2020 foi realizado o lançamento oficial da Década das Nações Unidas da
Restauração de Ecossistemas, que propõem 10 ações que podem favorecer o processo de
restauração ambiental. Orientamos para que sejam impressas essas ações (10 anos para
restaurar o planeta, 10 ações que contam. Disponível em: https://cutt.ly/GHut8Gq. Acesso em:
10 mai. 2022) sendo distribuído para cada grupo duas delas para a discussão a partir das
questões norteadoras sugeridas a seguir: O que sugere essas ações? Como elas podem ser
aplicadas? As reflexões podem ser anotadas pelos grupos e entregues para o professor para
uma futura retomada.

Avaliação
● Professor, é fundamental que os estudantes exponham as suas ideias, respeitando os
diferentes pontos de vista, e opinando sobre as diferentes propostas. Verifique também
sobre como o resultado das discussões são sistematizadas e organizadas, bem como
se as apresentações serão feitas de maneira coerente, fundamentada e clara.
Saiba Mais
● LAFER, Celso. A ONU e os direitos humanos. Estudos Avançados, vol. 9, núm. 25,
2017, pp. 169-285. Universidade de São Paulo, São Paulo, 1995.
● Definição: ONU e o meio ambiente. Disponível em: https://cutt.ly/pHyH1bv. Acesso
em: 10 mai. 2022.
● Vídeo: O que é e como funciona a ONU? Disponível em: https://cutt.ly/tHyVUGK.
Acesso em: 10 mai. 2022

ATIVIDADE 3
Objetivo
● Os estudantes demonstram ações, resultados e consequências de projetos
internacionais dentro de diferentes espacialidades.
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica, Processos Criativos

Introdução
Semana 9: 2 aulas

Professor, propomos que nessa atividade 3 seja introduzida, a partir de uma aula expositiva
dialogada, a atuação do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), que
lidera e facilita a formação de parcerias na proteção do meio ambiente, sendo a principal
autoridade global que define a agenda global (Ver Saiba Mais).

Partindo desde ações relacionadas a catástrofes ambientais até a degradação do meio


ambiente, quando se trata de situações ecossistêmicas, a ação do ser humano podem
intensificar determinados fenômenos em diferentes escalas, podendo ocorrer grande
interação dentro delas por mais que as espacialidades estejam geograficamente
distantes.Nesse momento podem ser levantadas para os estudantes as seguintes perguntas
sensibilizadoras: Quais tipos de impactos ambientais que acontecem no nosso bairro
afetam outras localidades? Como isso acontece?

A partir das respostas, aproveite o momento para incentivar e verificar a narrativa contada a
partir da associação entre a identificação do problema e a forma que será direcionado para a
reflexão das perguntas de sensibilização , podendo ser traçado na lousa alguns desses
percursos que serão citados. Essa etapa poderá servir como base para o desenvolvimento da
metodologia ativa storytelling, sugerida no desenvolvimento.

Desenvolvimento
Semanas 10 e 11: 4 aulas

Professor, nessa etapa será proposto o desenvolvimento de um roteiro para a elaboração do


storytelling, que terá como produto final um mini documentário, com duração de cerca de 15
minutos, que irá abordar a temática ambiental relacionada aos impactos em diferentes
escalas e também a apresentação de uma ONG ou organização internacional que possui
atuação no Brasil.

Para isso, a turma pode ser dividida em 5 grupos e solicitado para que façam um
levantamento sobre problemas ambientais que acontecem no bairro ou na cidade, escolhendo
um deles para aprofundamento.

Para auxiliar na organização dessa produção podem ser indicadas na lousa da sala as
seguintes etapas:

1. Roteiro : escolha do problema, definição das funções de cada membro do grupo, escolha
sobre os pontos que serão filmados, e escolha da ONG ou da organização internacional
(sugestões apresentadas no Saiba mais da Atividade 2 e 3) que possui atuação no
problema retratado em outras espacialidades – Pode ser entregue para os grupos post-its
para auxiliar na organização desse roteiro.
2. História: o que será contato durante o documentário? Quais recursos serão utilizados?
(imagens, texto, fotografias, entrevistas, entre outros).
3. Discussão: compartilhamento da ideia do documentário para a sala e coleta de sugestões
para melhora da ideia pensada pelo grupo.
4. Filmagem: nos espaços escolhidos no bairro/cidade e entrevistas (em caso de opção do
grupo).
5. Edição: alocação das transições de imagens e outros elementos para o vídeo (música,
narração e legenda) de acordo com a opção feita pelos grupos.
6. Apresentação: exibição dos vídeos para a turma na semana seguinte.

Professor, durante a etapa 1, circule entre os grupos para auxiliar nas dúvidas, propondo
ideias e sugestões para os estudantes, sugerindo possibilidades mas ao mesmo tempo
permitindo a criatividade dos estudantes no desenvolvimento da história que será contada.

Sistematização
Semana 12: 2 aulas

Aqui, sugerimos que a aula seja iniciada com a exibição dos mini documentários produzidos,
onde o grupo pode fazer uma breve introdução, tendo em sequência, a sala organizada em
formato de roda para a discussão dos problemas que foram levantados dentro da escala local.
No próximo momento, peça que os estudantes façam observações sobre as ONGs e
organizações internacionais que foram citadas e o seu processo de contribuição para a
melhora das causas ambientais que foram apresentadas. Pode ser levantado, a partir de um
mapa-múndi no centro da roda, sobre a identificação de outros pontos críticos ao redor do
Brasil e do Mundo e como a atuação e maior quantidade de organizações internacionais estão
localizadas em grandes centros urbanos ou em áreas de forte risco ambiental, o que torna
necessário também a conscientização da população e Estados para a solução de diferentes
problemáticas ambientais que acabam interferindo no sistema-mundo.

Avaliação
● .Professor, é importante observar se os estudantes atenderam às orientações das
tarefas, mantendo o foco durante a elaboração dos momentos propostos. Além disso,
será importante observar se a produção do storytelling atendeu aos objetivos
levantados bem como a postura de respeito, escuta ativa e participação nas discussões
feitas durante as atividades.
Saiba Mais
● ALVES, Armando Nunes. Digital storytelling nas aulas de Geografia: um estudo com
alunos do 10º ano. II Congresso Internacional TIC e Educação, Portugal: Universidade
de Lisboa, 2012; p. 1484 - 1497.
● BORGES, W. J.; GOIS, P. H.; TATTO, L. Storytelling e Estratégia: a cognição como
forma de integração. Saber Acadêmico, n. 11, Jun 2011.
● ONGs ambientais. Disponível em: https://cutt.ly/FHUKBEq. Acesso em: 17 mai. 2022.
● PNUMA. Disponível em: https://cutt.ly/rKis4W9. Acesso em: 17 jun. 2022.
● Vídeo: Storytelling na Educação. Disponível em: https://cutt.ly/kHULt6j. Acesso em:
17 mai. 2022

ATIVIDADE 4
Objetivo

● Os estudantes comparam a atuação dos povos da floresta (indígenas, seringueiros,


entre outros) junto ao combate ao crime ambiental.
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica
Introdução
Semana 13: 2 aulas

Professor, propomos que para nessa atividade seja selecionado grupos populacionais que
possuem ligação com as questões relacionadas à conservação e práticas sustentáveis do
meio ambiente como forma de garantir a continuidade dos seus modos de vida. Assim, por
meio de uma aula expositiva dialogada, sugerimos que seja discutido sobre a definição de
“povos da floresta”, que abrange os habitantes da floresta amazônica, sendo compostos pelas
diversas etnias indígenas, seringueiros, castanheiros, entre outros.

Pode ser aproveitado esse momento para fazer a retomada sobre dois conceitos importantes
relacionados à relação existente entre grupos populacionais e meio ambiente a partir da
diferenciação e associação entre os conceitos de povos originários/tradicionais (descendentes
dos primeiros habitantes dentro de uma dada localidade) e comunidades tradicionais, que de
acordo com o inciso I Art. 3º do Decreto 6.040 / 2007, são considerados grupos que são e se
reconhecem como culturalmente diferenciados, que usam os territórios e recursos naturais
como forma de reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica a partir de
saberes tradicionais transmitidos de geração em geração.

A partir da sugestão dos estudantes, sugerimos que seja colocado no quadro exemplos de
povos e comunidades tradicionais, sendo discutido também sobre quais são os usos da
natureza que esses grupos possuem em comum, para dar início à importância da preservação
dos recursos naturais dentro de variadas práticas.

Desenvolvimento
Semanas 14 e 15: 4 aulas

Professor, após a introdução da temática, proponha aos estudantes a criação de uma espécie
de “jogo da memória” que também terá como objetivo a discussão de problemáticas
relacionadas a questões da relação entre povos da floresta e conflitos ambientais. Nessa
metodologia ativa de gameficação analógica, os estudantes serão capazes de associar e
construir argumentos para uma análise reflexiva mais crítica dos problemas propostos.

Assim sendo, antes do jogo em si, é importante a realização de uma pesquisa acerca dos
grupos que compõem os povos da floresta, bem como os principais problemas que os
envolvem, como por exemplo, as ameaças sociais e territoriais que esses povos estão
sujeitos por conta do avanço do agronegócio, mineração e outras formas de apropriação da
terra. Pode ser levado algumas notícias impressas ou, caso seja possível, a pesquisa na
escola, utilizando o laboratório de informática ou os celulares.

Sugerimos que a turma seja dividida em duplas que inicialmente irão montar os cards para o
jogo que pode ser composto por 10 cartas, contendo então 5 pares, que serão organizados da
seguinte maneira:

- Os pares de cards terão o “título” correspondendo ao mesmo povo da floresta.

- Um dos pares trará algum tipo de informação sobre o grupo escolhido*, já o outro card
terá um problema que ameaça a existência ou continuidade de seu modo de vida
(cultura, produção) podendo ser usado até mesmo a manchete de alguma notícia,
assim como é exemplificado abaixo.
*sugestão de coleta de informações sobre comunidades indígenas (Povos Indígenas no Brasil.
Disponível em: https://cutt.ly/NH8IQMK. Acesso em: 30 mai. 2022) demais povos da floresta (Portal
Ypadê. Disponível em: https://cutt.ly/VH8OIm0. Acesso em: 30 mai. 2022.).

Jogabilidade: cada participante na sua vez deve virar duas peças deixando que o parceiro as
vejam. Caso o título dos cards seja igual, ambos devem ser lidos, havendo uma discussão na
dupla sobre o porquê a problemática existe e levantando possibilidades de resolução.

Propomos que os cards produzidos sejam trocados entre as duplas e que o professor circule
pela sala acompanhando a discussão, podendo fazer perguntas para mediar e facilitar a
discussão entre os estudantes, propondo também que eles pensem em medidas políticas que
podem auxiliar não somente os povos da floresta nas medidas de preservação e conservação,
mas também em como os grupos/instituições que afetam a sobrevivência desses povos e
impactam o meio ambiente podem ser conscientizados e penalizados sobre as suas ações.

Sistematização
Semana 16: 2 aulas
Com base na compreensão da importância dos povos da floresta dentro das causas
ambientais, nesse momento pode ser feita uma roda de conversa para coletar as impressões
das discussões que foram debatidas durante o jogo. Indicamos para que seja feito a pergunta
norteadora “Por quais razões os povos da floresta são uma importante fonte de resistência
frente a possibilidade de impactos ambientais?”, que pode ser direcionado sobre a
importância de parcerias de ONGs e instituições internacionais no que tange o suporte e
pressão sobre políticas públicas e governos. Por fim, utilizando a lousa ou um cartaz, peça
que cada estudante escreva uma frase ou uma palavra que represente a necessidade de
manutenção das culturas e existências dos povos da floresta.
Avaliação
● Professor, é importante observar se os estudantes atenderam a orientação de pesquisa
acessando apenas as páginas que contribuíssem para o desenvolvimento da atividade.
Além disso, os estudantes fazem questões e dialogam dentro do tema proposto,
respeitando a fala do outro e demonstrando escuta ativa.
Saiba Mais
● BALÉE, W. "Cultura na vegetação da Amazônia brasileira". In: NEVES, W. (org.)
Biologia e ecologia humana na Amazônia: avaliação e perspectivas SCT/PR/CNPq -
Museu Paraense Emílio Goeldi. Coleção Eduardo Galvão, Belém, 1989.
● FERREIRA, L. Chico Mendes e os povos da Floresta: uma pedagogia em construção.
In: STRECK, D. (org.). Fontes da Pedagogia Latino-americana: uma ontologia. Belo
Horizonte: Autêntica, 2010.
● Vídeo: Histórias dos povos das florestas do Norte do Brasil. Disponível em:
https://cutt.ly/2JNghL4. Acesso em: 11 jun. 2022.
● Populações tradicionais. Disponível em: https://cutt.ly/TH2QbGA. Acesso em: 25
mai. 2022.
● Povos indígenas e floresta. Disponível em: https://cutt.ly/aH2QR4e. Acesso em: 25
mai. 2022.

ATIVIDADE 5
Objetivo
● Os estudantes elaboram propostas de mitigação e acompanhamento de alternativas
que visem a execução efetiva dos acordos frente às mudanças climáticas.
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica, Processos Criativos, Mediação e Intervenção Sociocultural

Introdução
Semana 17: 2 aulas
Professor, a última atividade do Módulo: “Direitos em pauta” traz como temática ações de
mitigação frente às mudanças climáticas, que podem ser entendidas como um conjunto de
intervenções que reduzam ou compensem os impactos ambientais produzidos pelas
atividades humanas.

Para introduzir a temática, exponha oralmente que a atuação da ONU no campo ambiental,
por meio do PNUMA e da Organização Meteorológica Mundial (OMM) organizaram o Painel
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, mais conhecido pela sigla IPCC
(Intergovernmental Panel on Climate Change). Sugerimos que seja feita a apresentação
expositiva dessa organização científico-política que, a partir do financiamento feito por
diferentes governos, possui como principal objetivo a divulgação de conhecimentos científicos,
técnicos e socioeconômicos produzidos acerca das causas, efeitos e consequências das
mudanças climáticas no nosso planeta, bem como a sugestão de ações que combatam os
problemas associados a esse fenômeno.

Como exemplo dos relatórios que são produzidos pelo IPCC, no dia 28 fevereiro de 2022 foi
lançada a sexta edição (ver Saiba Mais) que apresenta uma ampla avaliação dos impactos,
riscos e adaptação das mudanças climáticas nas cidades. Sugerimos que sejam
apresentados aos estudantes os principais tópicos deste relatório e também, caso seja
possível, a exibição do vídeo do secretário-geral das Nações Unidas (Disponível em:
https://cutt.ly/yJgWv4L Acesso em 31 mai. 2022), que marcou o lançamento do mesmo para
contextualizar a atividade que será desenvolvida em grupo.
Desenvolvimento
Semanas 18 e 19: 4 aulas

Dentro da organização das pesquisas e estudos do IPCC, existem diferentes grupos de


trabalho que possuem enfoque específico (ver Saiba Mais). Dessa forma, utilizando a
metodologia de Aprendizagem Baseada em Equipes, sugerimos turma seja distribuída em 5
grupos que terão objetivos associados às ações da organização, assim como é proposto a
seguir:

Grupo de Trabalho I: avaliarão os aspectos científicos dos sistemas climáticos e suas


mudanças. Para isso, orientamos que esse grupo colete informações sobre a mudança do
nível do mar e o derretimento das calotas polares, trazendo definição desses conceitos, a
relação entre esses dois acontecimentos e os problemas ambientais que podem surgir frente
a continuidade de aquecimento do nosso planeta.

Grupo de Trabalho II: analisará exemplos de territórios vulneráveis diante das consequências
das mudanças climáticas juntamente com a proposta de possibilidades de adaptação.
Orientamos aqui que seja escolhido um local que pode correr risco de diminuição da sua área
devido ao aumento do nível do mar, trabalhando assim com a temática de sistemas costeiros.

Grupo de Trabalho III: coleta de alternativas para limitar ou evitar emissões de gases estufa.
Sugerimos que sejam apontadas ações de curto, médio e longo prazo para o setor industrial e
agrícola.

Força-Tarefa: serão os responsáveis pela coleta de dados dos Grupos de Trabalho I, II e III.
Orientamos aqui para que os dados quantitativos dos grupos sejam representados de forma
sistêmica por meio do uso de gráficos e tabelas, bem como análise e representação de dados
gerais sobre mudanças climáticas.

Unidade de Apoio Técnico: os estudantes dessa equipe estarão distribuídos nos outros
grupos e terão como função auxiliar na organização e esquematização das
informações/dados que serão coletados. Orientamos para que esses elementos sejam feitos
em uma folha de cartolina que podem ser expostos na sala de aula ou algum outro espaço da
escola.

Durante a elaboração dos trabalhos, circule entre os grupos para auxiliar em possíveis
dúvidas e auxiliando os estudantes nas escolhas das informações centrais que podem ter
maior destaque. Ao final, sugerimos que a sala esteja organizada com os estudantes
sentados em semicírculo tendo os cartazes produzidos expostos na lousa ou na parede para
apresentação de todas as equipes.

Observação: caso os estudantes ou a escola não possuam acesso à internet, pode ser
organizado pelo professor um conjunto de materiais (textos, livros, mapas, gráficos e tabelas)
para auxiliar no desenvolvimento dos trabalhos.
Sistematização
Semana 20: 2 aulas
Sendo uma das propostas do IPCC a comunicação dos resultados para a sociedade,
propomos que seja feito um curta-metragem para a sistematização da discussão e
levantamento de dados das semanas anteriores que poderá ser compartilhado em outros
Módulos. Para isso, distribua os estudantes que estavam na atribuição de Força Tarefa na
semana anterior nos Grupos de Trabalho I, II e III e solicite a elaboração de um vídeo de até
10 minutos apresentando as principais conclusões das temáticas que foram abordadas, onde
esses vídeos podem ser compilados em um único arquivo, para exibição em outras turmas,
servindo como material complementar para outros componentes curriculares.

● Na avaliação dessa atividade sugerimos que seja observado o envolvimento dos


estudantes em todas as etapas de produção do trabalho, bem como o foco na
discussão e exposição de ideias para o melhor andamento do grupo. Por fim, é
importante analisar sobre a organização do material produzido bem como a linguagem
de exposição das conclusões e resultados a partir do pressuposto de compreensão da
linguagem científica.
Saiba Mais
● OLIVEIRA, Tobias Espinosa de; ARAUJO, Ives Solano; VEIT, Eliane Angela. Crenças
de autoeficácia em aprender Física e trabalhar colaborativamente: um estudo de caso
com o método Team-Based Learning em uma disciplina de Física Básica. Revista
Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia, v. 12, n. 1, p. 29-54, 2019.
● Grupos de trabalho no IPCC. Disponível em: https://cutt.ly/TJhwjsl. Acesso em 31 Mai.
2022.
● Sexto Relatório de Avaliação do IPCC. Disponível em: https://cutt.ly/IJg9L1a. Acesso
em: 31 mai. 2022
MÓDULO
Entre o Direito e a Justiça
Área do Conhecimento
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Perfil do(a) Professor(a)
Filosofia, Geografia, História, Sociologia
Carga horária total
30 horas
Carga horária semanal
2 horas
Descrição
O Módulo, “Entre o Direito e a Justiça”, tem como finalidade propor reflexões sobre a relação
entre o Direito e a Justiça, a partir de análises teóricas e práticas acerca dos conceitos de
moral, ética, leis e do que é ou não justo, incentivando os estudantes a exercerem a empatia e
desenvolverem processos de autocrítica a respeito das próprias ações e como elas
reverberam na coletividade, para que possam participar da vida em sociedade de uma forma
mais consciente e crítica. Os conteúdos presentes possibilitam a investigação sobre a relação
de fatores externos com as tomadas de decisão e estruturação dos espaços de poder, visando
compreender a organização social como fator que permeia as decisões e os processos de
formação de opinião e julgamento. Ainda, procura propiciar situações para que os estudantes
desenvolvam competências e habilidades fundamentais para o diálogo e a convivência.
Objetos de conhecimento
Moral, ética, leis e justiça; concepções do direito; conquista dos direitos e sua relação com a
ideia de justiça e equidade; discussão crítica do "Jeitinho brasileiro", cultura de conformidade
ou não às leis; direito administrativo, os princípios da administração pública e a corrupção.
Objetivos das atividades
1: Os estudantes analisam os conceitos de ética e moral, visando compreender como eles se
manifestam na prática, influenciam e moldam muitas das decisões do convívio social.
2: Os estudantes compreendem o papel do contrato social ante o estado de natureza. Ainda,
realizam experimentos a partir dos estudos dos filósofos da era moderna, conhecidos como
filósofos contratualistas.
3: Os estudantes entendem o direito a partir da ótica do jusnaturalismo e do positivismo
jurídico. Ainda, analisam as interpretações do direito pelo jusnaturalismo e pelo positivismo a
diferentes formas de se interpretar e aplicar a norma ao caso concreto.
4: Os estudantes realizam debates e leituras sobre a importância da democracia no combate à
corrupção e a valorização da participação popular na fiscalização do campo público e político.
5: Os estudantes desenvolvem debates sobre os conhecimentos obtidos durante as aulas.
Ainda, produzem um podcast e planejam a divulgação para a comunidade escolar.
Competências e Habilidades da Formação Geral Básica a serem aprofundadas: 1 e 5
EM13CHS101: Identificar, analisar e comparar diferentes fontes e narrativas expressas em
diversas linguagens, com vistas à compreensão de ideias filosóficas e de processos e eventos
históricos, geográficos, políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais.
EM13CHS501: Analisar os fundamentos da ética em diferentes culturas, tempos e espaços,
identificando processos que contribuem para a formação de sujeitos éticos que valorizem a
liberdade, a cooperação, a autonomia, o empreendedorismo, a convivência democrática e a
solidariedade.
Eixos Estruturantes e suas Competências e Habilidades: Investigação Científica,
Processos Criativos, Mediação e Intervenção Sociocultural

EMIFCHSA01: Investigar e analisar situações problema envolvendo temas e processos de


natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional,
nacional e/ou global, considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.
EMIFCHSA06: Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para
problemas reais relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica,
filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ ou global.
EMIFCHSA07: Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e
ameaças a grupos sociais, à diversidade de modos de vida, às diferentes identidades culturais
e ao meio ambiente, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, com base em fenômenos
relacionados.
Referências Bibliográficas

BARBOSA, Lívia. O jeitinho brasileiro - a arte de ser mais igual que os outros. Rio de
Janeiro: Editora Campus, 1992.
BOBBIO, Noberto; BOVERO Michelangelo. Sociedade e Estado na Filosofia Política
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BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. 10ª ed., São Paulo: Malheiros, 2000.
DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. 27ª ed. São Paulo:
Saraiva, 2007.
DANELON, Márcio; GALLO, Silvio; CORNELLI, Gabriele (orgs.). Ensino de filosofia: teoria e
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DIAS, Valéria. Os sentidos do “jeitinho brasileiro” em nossa cultura - Músicas, crônicas e fatos
históricos desvendam os vários significados positivos e negativos da expressão. Agência USP
de notícias. Disponível em: <https://cutt.ly/NZ8cc9z>. Acesso em: 10 ago. 2022.
FILHO, Clóvis. Corrupção: Parceria degenerativa/Clóvis de Barros Filho, Sérgio Praça.–
Campinas, SP: Papirus 7 Mares, 2014.
FREIRE, Eugênio Paccelli Aguiar. Podcast na educação brasileira: natureza,
potencialidades e implicações de uma tecnologia da comunicação. 2013. 338 f. -
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2013.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São
Paulo: Paz e Terra, 2005.
LEAL, Rogério Gesta. Estado, democracia e corrupção: equações complexas. Revista de
Investigações Constitucionais, Curitiba, vol. 6, n. 1, p. 91-106, jan./abr. 2019.
MBEMBE, Achille. Necropolítica. São Paulo: n-1 edições, 2018.
NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. 35 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2013.
NIETZSCHE, Friedrich. A genealogia da moral. Trad. Paulo César de Sousa. São Paulo.:
Companhia das letras, 1998.
PIZZI, Jovino, PIRES, Cecília (Orgs.) Desafios éticos e políticos da cidadania: ensaios de
ética e filosofia política II. Ijuí: EDUNIJUÍ, 2006.
REALE, Miguel. Filosofia do Direito, 7ª ed., São Paulo: Saraiva, 1975.
SANDEL, Michael J. Justiça: o que é fazer a coisa certa? [trad. de Heloísa Matias e Maria
Alice Máximo]. 6ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012.
SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e representação. Tradução de Jair
Barboza.São Paulo: UNESP, 2005.
SILVA, Enio Moraes da. O Estado Democrático de Direito. Brasília: Senado Federal, a. 42, n°
167, jul./set. 2005. Disponível em: https://cutt.ly/dHretXI. Acesso em: 10 mai. 2022.

ATIVIDADE 1
Objetivo
● Os estudantes analisam os conceitos de ética e moral, visando compreender como eles
se manifestam na prática, influenciam e moldam muitas das decisões do convívio
social.

Eixos Estruturantes
● Investigação Científica, Processos Criativos

Introdução
Semana 1: 2 aulas
Professor, a atividade 1, assim como as demais, está dividida em três partes, a saber: 1ª)
Introdução (sensibilização e contextualização para a temática proposta; 2ª) Desenvolvimento
(a proposta e o conteúdo da atividade); e a 3ª) Sistematização e fechamento da discussão
abordada em sala de aula.
Sugerimos que leve em consideração uns minutos iniciais, pré-introdução, para que você se
apresente para a turma e explique a organização do material, ou seja, o aprofundamento, a
sua divisão e os principais objetivos do Módulo, assim como, o das atividades que serão
estudadas: Entre o Direito e a justiça.
Aproveite esta primeira oportunidade de contato com os estudantes para instigá-los a trazer
as primeiras percepções sobre a temática. Para que isto aconteça, recomendamos a
sensibilização com a seguinte questão para a turma: O que vocês compreendem por ética e
moral?
É importante que a pergunta motive os estudantes a apresentarem respostas que
proponham reflexões sobre acontecimentos da sua vida real. A finalidade da sensibilização é
atrair a atenção dos estudantes e engajar a discussão oral. Um outro exemplo de questão que
pode ser apresentada: “Quando uma pessoa passa à frente em uma fila, sua postura
fere a ética ou a moral?”. Propomos que registre na lousa tanto as perguntas, quanto as
respostas apresentadas pela turma. Este é o momento de fazer um diagnóstico das
aprendizagens dos estudantes, de maneira a aprofundar os conhecimentos trabalhados na
Formação Geral Básica, considerando a sua perspectiva sobre o assunto.
Após a discussão iniciada, faz-se necessário realizar a contextualização do que é ética e
moral, junto aos estudantes. É relevante trazer as definições das duas formas de
representação de hábitos e costumes da sociedade. Utilize materiais de apoio que possam
chamar a atenção dos estudantes, como por exemplo: cartazes, textos e figuras impressas,
ou também vídeos. Outra indicação é fomentar uma aprendizagem baseada em problemas. O
objetivo principal da prática educativa é que os estudantes colaborem na investigação pelas
definições, peça para que pesquisem sobre o conceito de ética e moral. Em seguida,
convide-os a ampliarem as definições a partir de suas experiências e conhecimentos,
indicamos a produção de um mapa mental como uma maneira de produzir ideias, conceitos e
contextos para a temática apresentada, além de favorecer a linguagem escrita.
Professor, o mapa mental, é uma opção metodológica, por isso, fique à vontade para adaptar
a atividade de acordo com a sua turma. Em sala, levando em consideração as habilidades do
Eixo Estruturante Processos Criativos, apresente aos estudantes que a prática compreende
elaborar um diagrama e sistematizar as informações e o conhecimento sobre a ética e a moral
no contexto filosófico, conforme as investigações e discussões realizadas. O mapa pode ser
produzido à mão ou em ferramentas digitais, como foi sugerido no Saiba Mais.

Desenvolvimento
Semanas 2 e 3: 4 aulas
Professor, destacamos que nesta parte da atividade o objetivo é aprofundar a reflexão sobre
ética e a moral por meio de questões sociais presentes no mundo contemporâneo.Para
realizar esta atividade, a rotação por estações de aprendizagem é uma proposta
metodológica, mas essa é apenas uma entre as muitas possibilidades de metodologias ativas
de aprendizagem, fique à vontade para adequar a atividade conforme a realidade da sua
turma. Em sala, explique aos estudantes que a dinâmica consiste em criar um esquema de
circuito no espaço da sala de aula para que pequenos grupos de estudantes façam um rodízio
entre esses pontos, refletindo sobre questões distintas em cada estação.
Professor, divida os estudantes em quatro estações e oriente que eles deleguem, entre si, as
seguintes funções, a saber: o mediador - encarregado por mediar a conversa e estimular que
todos participem e que estejam compreendendo os comandos da atividade; o relator -
responsável pelo registro das respostas; o orador- apresenta a produção do grupo para o
restante da turma; o cuco- controla o tempo da atividade; e o harmonizador- que garante que
todos estejam participando ativamente da discussão e de maneira confortável. Em seguida
distribua as seguintes notícias para que os estudantes possam realizar a leitura e construírem
debates sobre a temática apresentada: Desigualdade e a fome. Propomos que leve para a
turma os seguintes materiais:

ESTAÇÃO 1: Campos Maíra. Fortuna dos bilionários acabaria com a fome no


mundo, e ainda sobraria. 13 out. 2020. Disponível em: https://cutt.ly/pGTfXrH. Acesso
em: 29 abr. 2022.

ESTAÇÃO 2: G1. Fila para conseguir doação de ossos é flagrante da luta de


famílias brasileiras contra a fome. 25 jul. 2021. Disponível em:
https://cutt.ly/MGTPhlL. Acesso em: 29 abr. 2022.

ESTAÇÃO 3: Nações Unidas. Onu News. Fome no mundo atinge novo pico e PMA
prevê uma catástrofe. 08 nov. 2021. Disponível em: https://cutt.ly/dGTI8g5. Acesso
em: 29 abr. 2022.

ESTAÇÃO 4: CNN. Fortuna de bilionários cresceu 60% durante pandemia. 17 jan.


2022. Disponível em: https://cutt.ly/SGTAsw6. Acesso em: 29 abr. 2022.

Nesse processo, recomendamos que ocorram rodadas de transição onde o relator sairá de
seu grupo e irá para outro apresentar o que foi discutido e receber sugestões do grupo novo
em que se encontra. Ao rotacionar, o relator deve apresentar de modo sucinto os principais
pontos debatidos na rodada anterior. Assim, espera-se que ocorra a conexão de ideias entre
os participantes, onde estes podem ser motivados a questionarem e proporem soluções para
o problema apresentado nos textos indicados. A duração de cada rodada dos grupos será de
10 minutos.

Professor, indicamos que ao final da atividade, informe que terão 10 minutos para analisarem
as informações debatidas e responderem às seguintes questões: As informações
disponíveis nas notícias evidenciam algum tipo de desigualdade? Na sua concepção,
quais são os motivos para que exista esse tipo de desigualdade? A fome pode ser
considerada um desafio ético universal? Sugerimos um momento de compartilhamento em
que todos os estudantes são convidados a relatarem as suas impressões.
Sistematização
Semana 4: 2 aulas
Como forma de sistematizar os conhecimentos trabalhados, solicite que os estudantes,
individualmente, retome o que foi visto e discutido nesta atividade. Professor, é importante
levar em consideração o sentido da reflexão e questionamento ético acerca dos valores
compartilhados socialmente, a partir das fontes trabalhadas nas estações. Fundamentado
nessa retomada, solicite aos estudantes a elaboração de um diálogo ou uma história em
quadrinhos com um tema que insira a reflexão ética acerca da questão da desigualdade.

Avaliação
● Professor, sugerimos que ao final de cada atividade proposta verifique se os
estudantes atenderam ao que foi solicitado, se buscaram novas informações ou dados
para enriquecer suas reflexões para compor de forma autônoma conhecimento sobre o
assunto, se exercitaram a capacidade de escuta e argumentação com cooperação,
fazendo-se respeitar e promovendo o respeito aos outros colegas. É possível avaliar a
conexão de ideias entre os estudantes na rotação por estações, como também,
considerar as contribuições dos estudantes a partir dos registros produzidos nos
momentos de discussões e proposição de soluções para o problema apresentado nos
textos indicados.
Saiba Mais
● DANELON, Márcio; GALLO, Silvio; CORNELLI, Gabriele (orgs.). Ensino de filosofia:
teoria e prática. Ijuí: Unijuí, 2004.
● MBEMBE, Achille. Necropolítica. São Paulo: n-1 edições, 2018.
● NIETZSCHE, Friedrich. A genealogia da moral. Trad. Paulo César de Sousa. São
Paulo.: Companhia das letras, 1998.
● PIZZI, Jovino, PIRES, Cecília (Orgs.) Desafios éticos e políticos da cidadania:
ensaios de ética e filosofia política II. Ijuí: EDUNIJUÍ, 2006.
● SANDEL, Michael J. Justiça: o que é fazer a coisa certa? [trad. de Heloísa Matias e
Maria Alice Máximo]. 6ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012.
● SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e representação. Tradução de
Jair Barboza.São Paulo: UNESP, 2005.
● Como fazer um mapa mental. Toda matéria. Disponível em:
https://cutt.ly/lGYgYF9.Acesso em: 29 abr. 2022.
● Mapa Mental. Disponível em: https://cutt.ly/mGD5r7Y . Acesso em: 02 mai. 2022.

ATIVIDADE 2
Objetivo
● Os estudantes compreendem o papel do contrato social ante o estado de natureza.
Ainda, realizam experimentos a partir dos estudos dos filósofos da era moderna,
conhecidos como filósofos contratualistas.

Eixos Estruturantes
● Investigação Científica, Processos Criativos

Introdução
Semana 5: 2 aulas
Professor, nesta atividade será abordado o papel do contrato social ante o estado de
natureza. As leituras para serem aprofundadas podem ser a partir das teorias de Hobbes,
Locke e Rousseau. Observe que as produções desta atividade são passíveis de avaliação,
uma vez que os estudantes produzirão fique à um contrato social, relacionando com os
conhecimentos adquiridos em sala de aula. Para iniciar a aula, comece a sensibilização com
essa indagação: Por que viver em sociedade? Você já imaginou como seria uma
sociedade sem leis e regras? Por que submeter-se a leis? O que significa a "lei do mais
forte".
Sugerimos um tempo para que os estudantes reflitam e registrem no caderno um parágrafo
sobre como eles consideram que se daria a organização social, o trato entre os indivíduos e
como cada pessoa viveria e desempenharia suas funções. Em seguida, propomos que
apresente duas notícias para os estudantes, professor, fique à vontade para selecionar
trechos e pontos que considere importantes, ou também para inserir outras matérias e
bibliografias que contribuam para ampliar a discussão
Notícia 1: . G1. Homem que aplica golpes em bares e restaurantes pelo país tem
prisão decretada pela Justiça de Alagoas. Disponível em: https://cutt.ly/VJGQ9np.
Acesso em: 08 jun. 2022.
Notícia 2: Correio Braziliense. STJ manda soltar mãe presa por furtar R$ 21,69 em
alimentos. Disponível em: https://cutt.ly/6JGOODV . Acesso em: 08 jun. 2022.
O objetivo da proposta é que, com base nas notícias destacadas, os estudantes reflitam e
façam uma produção textual sobre o uso da lei, considerando as semelhanças, como também
o que difere os dois tipos de violações das regras sociais. É importante refletir, conjuntamente
com os estudantes, como a sociedade está organizada, o uso das forças políticas,
econômicas, sociais e culturais. Além disso, nesse momento da aula é possível complementar
com os debates propostos na atividade 1, onde foram apresentados discussões sobre a
desigualdade social, pode ser um momento oportuno para potencializar e realizar uma
verificação da aprendizagem construída até o momento. Recomendamos que reserve um
tempo para 3 a 5 estudantes compartilhem suas reflexões com o restante da turma.

Desenvolvimento
Semanas 6 e 7: 4 aulas
A recomendação é uma atividade em que os estudantes possam realizar experimentos a
partir dos estudos dos filósofos de três pensadores da era moderna conhecidos como os
filósofos contratualistas - Hobbes, Locke e Rousseau. Esta é uma maneira de aprofundar os
conhecimentos trabalhados na Formação Geral Básica e considerar as habilidades de
investigação científica. O propósito é discutir as teorias dos contratualistas, assim como
considerar como os estudos impactaram na observação da convivência dos seres humanos
em sociedade.
Para isso, indicamos que considere o conceito de “estado de natureza” , definição hipotética
que tem como seu objetivo explicar uma condição humana pré-sociedade, isto é, quando a
organização social baseava-se apenas sob as leis da natureza, antes da constituição da
sociedade civil e, portanto, sem nenhuma regulação do Estado. Sugerimos que os estudantes
registrem em seus cadernos quais são as características que eles acreditam que nós
possuímos desde que nascemos. Comece a sensibilização com essa indagação:“Todos nós
nascemos... Livres? Independentes? Iguais? Bem-intencionados?”.

Na concepção dos pensadores contratualistas, o contrato social estabelece a passagem do


“estado de natureza” para o pacto com um Estado, sustentado por uma estrutura própria em
seu conjunto institucional que regula a sociedade. Apontamos que cada filósofo possui a sua
corrente teórica, no Saiba Mais destacamos algumas referências para consulta e
aprofundamento no conteúdo.

Professor, sendo a análise a respeito dos autores pioneiros do contratualismo e as teorias


distintas, propomos as leituras no “Saiba Mais”, que contribuem para ampliar o debate em
sala de aula.

Para esta atividade, por meio de uma aula expositiva dialogada, é importante você, professor,
mediar as discussões e análises a respeito dos autores pioneiros da teoria política e filosófica
sobre o contratualismo. É importante contextualizar, junto aos estudantes, o conhecimento.
Por fim, apontado os conceitos elaborados pelos pensadores contratualistas, indicamos um
momento para discutir com os estudantes o legado contratualista na sociedade
contemporânea. Professor, o objetivo é que os estudantes possam trazer os seus
conhecimentos sobre a temática para a sala de aula, que dialoguem a partir de suas
experiências pessoais. Sabemos o quão complexo é o entendimento da organização do poder
político, movida por pessoas com interesses próprios em diferentes tempos. As reflexões de
Hobbes foram fundamentais para se pensar o Estado Absolutista, as análises de Locke
instigaram o liberalismo burguês e, por fim, Rousseau, assim como os outros dois, ainda é
relevante para observações de cunhos sociais e democráticos na política.

Atualmente, professor, o cenário político tem variado muito: são diversos atores sociais que
atuam politicamente, mas não necessariamente com relação ao governo de seu país. Fato é
que existem demandas específicas e novas maneiras de a sociedade civil colocar soluções
em prática. Com o objetivo de considerar a realidade local dos estudantes , além de dar
oportunidades para participarem ativamente das discussões, propomos que os estudantes,
tendo como base as habilidades do Eixo Estruturante de Investigação Científica, pesquisem
as contribuições de Rousseau para pensar a “vontade geral”, segundo Rousseau, para
embasar a redação de um texto dissertativo sobre as formas de participação ativa e efetiva
dos cidadãos na vida pública.

O objetivo da atividade é que os estudantes compreendam a democracia participativa: as


questões políticas locais e nacionais, plebiscitos, iniciativas da população, audiências
públicas, conselhos municipais, orçamento participativo, consulta e portais de transparência.
Nesse sentido, será possível os estudantes aprofundarem os conhecimentos criando um
canal de discussões dentro da sala de aula, além de refletir sobre questões políticas locais,
intrinsecamente ligadas ao exercício da cidadania. Procure estimular os estudantes a fazer
resgates, conexões e correlações com a temática abordada. É o momento de fazer um
diagnóstico das aprendizagens dos estudantes, de forma que o ensino, a partir de então, vá
ao encontro de suas necessidades.

Sistematização
Semana 8: 2 aulas
Com base na compreensão da importância de um contrato social para regular as relações e
manter uma convivência harmônica, agora é o momento dos estudantes sistematizarem os
conhecimentos. Professor, sugerimos que retome o que foi trabalhado no momento inicial da
atividade, tornando a aprendizagem mais significativa. A partir do que foi indicado, propomos
que os estudantes retomem as questões apresentadas no momento de sensibilização e, por
meio de uma roda de conversa, discutam, a partir dos posicionamentos dos contratualistas,
"Por que viver em sociedade?" "Por que submeter-se a leis?" "O que significa a "lei do mais
forte"?". Os estudantes devem registrar os consensos e dissensos, a partir da conversa e
disponibilizar os registros em mural.
Avaliação
● Professor, é importante levar em consideração que os estudantes participam
ativamente das discussões e expõem seus pontos de vista de maneira alinhada com a
temática desenvolvida em sala de aula. Além disso, verifique se demonstram a
capacidade de trabalhar de maneira harmônica em grupo, exercitando a escuta ativa e
se posicionando de maneira coerente e fundamentada.
Saiba Mais
● BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. 10ª ed., São Paulo: Malheiros, 2000.
● DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. 27ª ed. São
Paulo: Saraiva, 2007.
● BOBBIO, Noberto; BOVERO Michelangelo. Sociedade e Estado na Filosofia Política
Moderna. São Paulo: Editora Brasiliense, 1986.
● RIBEIRO, Josuel Stenio da Paixão. Os Contratualistas em questão: Hobbes, Locke e
Rousseau. Prisma Jurídico, vol. 16, núm. 1, 2017, pp. 3-24. Universidade Nove de
Julho São Paulo, Brasil. Disponível em: <https://cutt.ly/HGJxS6d>. Acesso em: 03 mai.
2022.

ATIVIDADE 3
Objetivo
● Os estudantes entendem o direito a partir da ótica do jusnaturalismo e do positivismo
jurídico. Ainda, analisam as interpretações do direito pelo jusnaturalismo e pelo
positivismo a diferentes formas de se interpretar e aplicar a norma ao caso concreto.

Eixos Estruturantes
● Investigação Científica, Processos Criativos

Introdução
Semana 9: 2 aulas
Professor, para darmos continuidade no desenvolvimento, nesta atividade vamos dar
destaque na compreensão do direito a partir da ótica do jusnaturalismo e do positivismo
jurídico. Nesse contexto, o objetivo será relacionar as interpretações do direito pelo
jusnaturalismo e pelo positivismo a diferentes formas de se interpretar e aplicar a norma ao
caso concreto.
Inicie a aula com a seguinte sensibilização: “Vocês concordam com a afirmação de que
algumas regras/normas existem desde sempre e em todo lugar?”. “Contem por que
concordam ou discordam”. Para garantir o engajamento e a participação da turma,
recomendamos que forme grupos com quatro pessoas para conversarem e debaterem sobre
o assunto. É importante que a coleta de informações, as discussões, impressões e soluções
sejam registradas no caderno de cada um do grupo. Caso seja necessário, sugerimos que
destine um tempo para que possam compartilhar as respostas anotadas com o restante da
turma.
Desenvolvimento
Semanas 10 e 11: 4 aulas
Professor, propomos que estimule os estudantes a fazerem uma busca ativa sobre as teorias
do direito em portais e em referências bibliográficas. A proposta é ampliar o conhecimento e a
compreensão sobre o ordenamento jurídico e as diferentes formas de verificar as normas.
Aproveite as ideias apresentadas pelos estudantes para fazer uma breve exposição dialogada
a respeito das correntes do jusnaturalismo e do juspositivismo. Em um aula expositiva
dialogada, você poderá esclarecer que a primeira corrente está diretamente ligada às teorias
contratualistas vistas na atividade anterior, já que parte do princípio de que existe um direito
natural, que é inteiramente justo, imutável, universal, até mesmo transcendental e imposto
pela natureza de forma igualitária a todos os seres. E que, segundo essa concepção, foi a
partir de transformações sociais e econômicas que os seres humanos passaram a
compreender o estado como uma instituição criada a partir de um contrato social, necessária
para assegurar a paz e a segurança. Para essa corrente do direito, aquilo que é injusto não
pode nem mesmo ser considerado como um fenômeno jurídico.
Já o juspositivismo é uma corrente que considera apenas aquilo que está previsto na lei,
imposta pelo Estado e aplicada pelas autoridades competentes, ou seja, autorizadas a
exercerem esse papel. A justiça, segundo essa ótica, advém das normas formais, escritas e
impostas à sociedade, tendo caráter racional e mutável - considerando que a sociedade está
constantemente se transformando. A aplicabilidade das normas, nesse caso, deve ser literal e
afastada de juízos de valor que passem pela análise moral e ética. Use o espaço também
para fortalecer as discussões que dialoguem com o que o estudante já explorou na Formação
Geral Básica, especialmente na área de Filosofia.
Em seguida, professor, com o objetivo de aprofundar as discussões apresentadas na
atividade, inicie um debate sobre como as injustiças sociais afetam o cenário social como um
todo e que, portanto, há necessidade de intervenção do direito para que cenários mais justos
sejam alcançados. Alguns direitos que hoje são sedimentados (como direitos trabalhistas e
direitos civis às mulheres), nem sempre foram garantidos a todos e que isso afeta todo o
arranjo social, em vários aspectos. Disponha os estudantes sentados em roda e inicie uma
breve discussão, norteada pelas seguintes questões: “Os direitos são iguais para todas as
pessoas? Nós somos todos iguais? O direito a trabalhar e administrar o próprio
dinheiro sempre foi garantido a todas as pessoas?”.

Sugerimos que apresente os dados sobre a participação das mulheres na política (Disponível
em: CARRAZA, Bruna. 5 dados sobre a participação das mulheres na política brasileira.
Politize!. Disponível em: <https://cutt.ly/eZC3Ujh> . Acesso em: 8 ago 2022. Uma proposta é
levar para a discussão o fato de que, quando se fala sobre o direito das mulheres ao trabalho
em cargos políticos, outras desigualdades como raça, renda e escolaridade devem ser
levadas em consideração. Dependendo do contexto em que a mulher está, o acesso ao meio
político pode ser mais oportunizado ou não. Para finalizar, solicite que os estudantes criem um
artigo de opinião com as contribuições apresentadas na aula, com enfoque especial na ideia
que diversos direitos foram criados para corrigir desigualdades e garantir que todos os
indivíduos recebam o mesmo tratamento na sociedade. Traga uma reflexão profunda sobre os
processos de desigualdades no país, que apresentam o cotidiano de violência e preconceito e
infligem, sobretudo, a população periférica e com menor renda. Por outro lado, consta parte
do artigo 5º da Constituição Federal, o qual dispõe diversos direitos e garantias aos
indivíduos, sem qualquer tipo de distinção:

“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade” (BRASIL. Constituição da
República Federativa do Brasil de 1988. Artigo 5º. Disponível
em:https://cutt.ly/7GZUfxn. Acesso em: 08 ago. 2022.
Professor, é com base nesse contraponto que os estudantes devem refletir que a ideia de
igualdade pode se manifestar de maneiras divergentes na prática e na teoria, gerando a
reflexão se a afirmação que “todos são iguais” realmente é possível de ser aferida na
realidade. Para o momento de produção textual, instigue os estudantes a pensarem sobre o
questionamento central, a partir de perguntas norteadoras como: “Ser igual ao outro é poder
fazer as mesmas coisas?”, “Todas as pessoas têm acesso aos mesmos direitos e
oportunidades?”, “A realidade retratada no trecho é comum no dia a dia?” e “Vocês
sentem que tem todos aqueles direitos descritos no artigo 5º?”. No final da elaboração,
solicite que os estudantes compartilhem suas reflexões com o restante da turma.
Sistematização
Semana 12: 2 aulas
Apresente as seguintes perguntas na lousa: “Qual das duas correntes do direito você
acredita que é mais aplicada no nosso dia-a-dia? Por quê? Em que situações a adoção
dessa corrente pode trazer conflitos e ameaças a diferentes grupos sociais ou à
diversidade de modos de vida e a diferentes identidades culturais? Uma sugestão é
solicitar que um estudante se voluntarie para responder a pergunta na lousa. Após o registro
da resposta na lousa, pergunte à turma o que pensaram de diferente do que foi respondido
pelo colega e o porquê disso. Oriente-os então, a registrarem, de forma resumida, as
reflexões que foram levantadas a respeito da pergunta presente no quadro, de modo que
essas anotações apoiem a construção da Atividade 5 - o podcast ou a cartilha. Reforce que
essa anotação será muito importante para os ajudar, depois, com essa produção final do
Módulo: Entre o Direito e a Justiça.
Avaliação
● Professor, é importante observar se os estudantes atenderam aos comandos iniciais,
ficaram atentos e se concentraram na discussão proposta. Além disso, é importante
observar se os estudantes fazem contribuições para a resolução da atividade,
respeitando o turno de fala de cada um dos integrantes do grupo, demonstrando
disponibilidade para a escuta atenta e para o sucesso do grupo.
Saiba Mais
● NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. 35 ed. Rio de Janeiro: Forense,
2013. Cap. 37, 38 e 39; p. 373 - 389.
● REALE, Miguel. Filosofia do Direito, 7ª ed., São Paulo: Saraiva, 1975.
● SILVA, Enio Moraes da. O Estado Democrático de Direito. Brasília: Senado Federal, a.
42, n° 167, jul./set. 2005. Disponível em: https://cutt.ly/dHretXI. Acesso em: 10 mai.
2022.
● Teorias do Direito. Jusnaturalismo e Positivismo. Disponível:
<https://cutt.ly/OG69Pwb> Acesso em: 09 mai. 2022.

ATIVIDADE 4
Objetivo

● Os estudantes realizam debates e leituras sobre a importância da democracia no


combate à corrupção e a valorização da participação popular na fiscalização do campo
público e político.

Eixos Estruturantes
● Investigação Científica

Introdução
Semana 13: 2 aulas
Professor, neste momento questionaremos os estudantes sobre o “jeitinho brasileiro”,
fortemente marcado no imaginário social do nosso país. Para tratar do tema, sugerimos que
comece a aula com uma sensibilização feita por meio de algumas indagações: “O que quer
dizer a expressão ‘jeitinho brasileiro’?”, “É possível atribuir interpretações, ações e
características positivas à ideia de ‘jeitinho brasileiro’?”. Tratando-se de uma ideia muito
presente no imaginário social brasileiro, as indagações podem se desdobrar em muitas
contribuições por parte dos estudantes. No Saiba Mais você encontra materiais a respeito do
tema que também podem contribuir para a discussão.

Aproveite para construir um ambiente de troca confortável e seguro para os estudantes, colha
algumas respostas a partir de suas experiências e conhecimentos prévios sobre o assunto.
Procure estimular os estudantes a fazer conexões, correlações, resgates. É o momento de
fazer um diagnóstico das aprendizagens, de forma que o ensino, a partir de então, vá ao
encontro de suas necessidades. Sugerimos a partir desse momento que os estudantes
reflitam sobre o “jeitinho brasileiro” e se ele pode ser sempre associado à corrupção. Ainda,
em que situações essa condição pode ser identificada. O quadro pode ser utilizado para
registrar as respostas dadas pelos estudantes.

A dinâmica da atividade pode ser seguida com mais uma indagação voltada para os
estudantes: “Quem concorda com a associação, sempre, do “jeitinho brasileiro” com a
corrupção? E quem não concorda?”. É interessante que seja feito novamente o movimento
de compartilhamento de opiniões, de modo que ao menos um estudante que concorda
compartilhe as razões pelas quais ele acredita na associação em questão, e que ao menos
um estudante que não concorda possa fazer o mesmo.
Após a discussão coletiva entre a turma, é hora dos estudantes se prepararem para coletar
informações. O objetivo é que os estudantes obtenham respostas em entrevistas sobre o
tema, coletando a opinião de outros agentes da escola e também da comunidade onde a
escola está inserida. Uma questão disparadora para o momento pode ser a seguinte
indagação: “Quais situações do cotidiano são resolvidas pelo “jeitinho brasileiro?” Para
isso, sugerimos que seja conduzida uma discussão com a turma para levantar as perguntas
que podem atender aos objetivos da entrevista, isto é, as perguntas pertinentes à temática
tratada que podem levar os estudantes a coletarem informações sobre a opinião da
comunidade escolar e da comunidade ao redor. A ideia é que ao final da atividade se tenha
construído um roteiro semi-estruturado de entrevista.

Desenvolvimento
Semanas 14 e 15: 4 aulas
Professor, para iniciar a etapa de desenvolvimento sugerimos que você divida a turma em
duplas ou em trios e oriente que cada uma dessas duplas ou trios registre em uma folha
destacada o roteiro semi-estruturado de entrevista construído na atividade. Além disso, cada
dupla ou trio deve se dirigir para fora da sala de aula, ocupando outros espaços da escola em
busca de outro professor ou funcionário que possa responder as perguntas desenvolvidas. O
objetivo é reunir um número maior de informações, de modo a facilitar que seja trabalhada a
construção da ideia de “jeitinho brasileiro” no imaginário social do país, coletando informações
de agentes da escola e, se viável, também da comunidade ao redor.

Sugerimos que, após a realização das entrevistas, seja feito o compartilhamento entre a turma
dos pontos que foram levantados, as opiniões que foram compartilhadas entre os colegas, e
as que foram coletadas com professores e funcionários da escola. Este momento é uma
oportunidade dos estudantes se posicionarem, refutando ou corroborando as hipóteses
levantadas. Indique que a turma se aprofundará na temática e que, para isso, indicamos que
divida a turma em grupos.

A proposta é a de que seja feito um modelo de dinâmica inspirado na metodologia ativa


conhecida como World Café, um processo participativo pautado na troca em grupos e que
visa evidenciar a inteligência coletiva. Para tanto, disponha as mesas da sala de aula de modo
a formar espaços de conversas, uma para cada grupo. Existe também a possibilidade de
realizar esta etapa da atividade em espaços externos à sala de aula, caso seja viável.
Professor, é interessante disponibilizar para os grupos materiais como cartolinas, canetas e
post-its, para que possam ser usados no desenvolvimento da atividade.

Após os estudantes se acomodarem nas mesas, informe que eles precisam escolher um
anfitrião, que permanecerá fixo na mesa, enquanto os outros entrarão no esquema de rodízio
de mesas, denominados como “viajantes”. O anfitrião é responsável por viabilizar o debate na
mesa e atualizar os novos viajantes que chegam sobre quais foram os pontos abordados
anteriormente. Cabe, assim, ao anfitrião conectar as ideias apresentadas pelos grupos
anteriores com as discussões suscitadas pelo grupo presente.

Para o desenvolvimento da dinâmica, sugerimos três temas: 1) O lado positivo do jeitinho


brasileiro; 2) Democracia e percepção sobre a corrupção; e 3) Mecanismos de
acompanhamento da atuação dos agentes públicos. Professor, é necessário que para
cada um dos temas seja selecionado previamente ao menos um texto científico e/ou
jornalístico que dialogue com a temática. Como inspiração, sugerimos links para cada um dos
temas que levam a materiais de onde podem ser retirados os referidos textos.

● TEMA 1: Pereira, G., Pinheiro, C., & Kunz, M. CRIATIVIDADE À BRASILEIRA: O JEITINHO
PARA DRIBLAR CRISES. Revista Pensamento & Realidade, 12. Disponível em:
<https://cutt.ly/hJAN5PP> Acesso em 8 jun 2022.
● TEMA 2: Manoel Galdino, Carol Oliveira e Renata Galf. Como a democracia fortaleceu o
combate à corrupção. Disponível em: <https://cutt.ly/WJAMjdV> Acesso em: 8 jun 2022.
● TEMA 3: NETO, Eduardo. Controle Social: o que você tem a ver com isso?. Politize!.
Disponível em: <https://cutt.ly/zJAMvCT>. Acesso em: 8 jun 2022.

Professor, para cada rodada devem ser reservados os minutos iniciais para a reflexão de uma
pergunta disparadora por grupo: 1) Existe um lado positivo no jeitinho brasileiro?; 2) Qual
o papel do Estado e dos agentes políticos para diminuir a corrupção no país?; 3) Como
podemos acompanhar a atuação dos agentes públicos? Na sequência, os estudantes
terão acesso ao texto da mesa com a leitura indicada. Após todos os viajantes lerem as
informações disponibilizadas, o anfitrião retomará a pergunta disparadora para que os
estudantes discutam as principais informações do texto e como ele se relaciona com a
pergunta disparadora.

Encoraje que os estudantes registrem suas reflexões, ideias e insights na cartolina ou demais
materiais disponibilizados, por meio de frases, tópicos e até desenhos. Além de um registro da
construção coletiva do grupo, serve para que, tanto o grupo quanto o anfitrião façam
conexões com ideias de viajantes anteriores.

Para viabilizar a troca e o debate dos principais pontos da dinâmica desenvolvida, reserve ao
menos o tempo de uma aula completa e organize a sala em círculo ou em meia lua (modelo
U), formas de organização de espaço que facilitam a discussão entre os estudantes.

Solicite que os estudantes designados como anfitriões contem quais foram os principais
pontos levantados durante as discussões, bem como se houve algum padrão entre as
respostas e reflexões apresentadas pelos grupos. Encoraje para que os viajantes contem
como foi a experiência e quais foram os principais aprendizados.

Sistematização
Semana 16: 2 aulas
Professor, sugerimos que a sistematização da atividade seja iniciada pela retomada dos
questionamentos apresentados aos estudantes na introdução da atividade. Indicamos a
metodologia ativa de roda de conversa para que seja realizada uma discussão que abarque o
que foi desenvolvido na etapa de introdução e na etapa de desenvolvimento, de modo a
verificar em que medida os questionamentos foram respondidos a partir das entrevistas e das
reflexões feitas.

Oriente os estudantes a registrarem no caderno, pelo menos, dois aprendizados que tiveram
ao longo das últimas aulas e que considerem mais importantes. Reforce que os registros
feitos durante cada aula da atividade poderão ser utilizados como apoio para a construção da
proposta final. Peça que três estudantes se voluntariem para socializar os registros que
fizeram em seus cadernos, e incentive o restante da turma a fazer o mesmo. O ideal é que
todos os estudantes apresentem os principais aprendizados da atividade para que possa ser
promovida uma conversa final mobilizando os conceitos de democracia, corrupção, jeitinho
brasileiro e participação social. Nesta conversa, busque acionar elementos do cotidiano dos
estudantes, tanto na escola quanto fora dela.

Avaliação
● Professor, na avaliação da atividade, considere o poder de síntese apresentado por
cada estudante na proposta feita na etapa de sistematização. Além da síntese, análise
a articulação dos conceitos desenvolvidos ao longo da atividade. O envolvimento dos
estudantes ao longo da pesquisa de campo realizada com agentes da escola, bem
como o envolvimento com as leituras e debates propostos também deve ser
considerada.
Saiba Mais
● BARBOSA, Lívia. O jeitinho brasileiro - a arte de ser mais igual que os outros. Rio
de Janeiro: Editora Campus, 1992.
● FILHO, Clóvis. Corrupção: Parceria degenerativa/Clóvis de Barros Filho, Sérgio
Praça.– Campinas, SP: Papirus 7 Mares, 2014.
● BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. 10ª ed., São Paulo: Malheiros, 2000.
● LEAL, Rogério Gesta. Estado, democracia e corrupção: equações complexas.
Revista de Investigações Constitucionais, Curitiba, vol. 6, n. 1, p. 91-106, jan./abr.
2019.
● MUGNATTO, Gabriel C. Jeitinho brasileiro: da criatividade à corrupção. Politize.
Disponível em: <https://cutt.ly/xXqc2Lh>. Acesso em: 10 ago. 2022.
● DIAS, Valéria. Os sentidos do “jeitinho brasileiro” em nossa cultura - Músicas, crônicas
e fatos históricos desvendam os vários significados positivos e negativos da expressão.
Agência USP de notícias. Disponível em: <https://cutt.ly/NZ8cc9z>. Acesso em: 10 ago.
2022.

ATIVIDADE 5
Objetivo
● Os estudantes desenvolvem debates sobre os conhecimentos obtidos durante as
aulas. Ainda, produzem um podcast e planejam a divulgação para a comunidade
escolar.

Eixos Estruturantes
● Investigação Científica, Processos Criativos, Mediação e Intervenção Sociocultural

Introdução
Semana 17: 2 aulas
Professor, inicie a atividade anunciando aos estudantes que, com base nos conhecimentos
trabalhados ao longo das atividades, eles deverão se debruçar sobre a construção de um
podcast. A produção de podcast propicia o desenvolvimento de elaboração e de aplicação de
propostas que enfrentem situações problema relacionadas a processos sociais e históricos de
maneira ética e criativa. Desse modo, indicamos que os estudantes possam mobilizar os
aprendizados desenvolvidos ao longo da formação geral básica e exercer seu protagonismo,
estabelecendo juntos, em uma roda de conversa, as diretrizes e estratégias para a realização
da atividade.

Sugerimos a divisão da turma em grupos, de modo que cada grupo fique responsável pela
produção de um episódio de podcast, e que as temáticas das atividades desenvolvidas
anteriormente sejam contempladas. Feita a divisão dos grupos e a distribuição dos temas, os
estudantes podem ser direcionados a retomar uma pesquisa a respeito do tema que irão
trabalhar, para a partir de então elaborarem um primeiro rascunho do roteiro do podcast que
será revisado e finalizado.

É importante esclarecer que o gênero podcast pode ter diferentes formatos e estilos. Assim,
um podcast pode ter um tom de um bate-papo sobre determinado assunto, pode conter
entrevistas ou pode ser a construção mais firmemente pré-estabelecida de uma reflexão
aprofundada sobre a temática abordada. O roteiro deve conter:

1) A definição de qual será o público-alvo do podcast;

2) Lista de tópicos que irão abordar;

3) Planejamento da maneira como irão abordar os assuntos (se no podcast haverá


trechos de entrevistas, se será um bate-papo, se apenas uma ou mais pessoas apresentarão
reflexões, se irão construir uma história para tratar do assunto.);

4) Passo a passo para a produção.

Para apoiá-los na escolha dos assuntos a serem trabalhados, distribua, entre os grupos, um
cartão com com a descrição dos temas distribuídos a cada grupo. Além disso, oriente-os a
retomar as anotações que fizeram no caderno, ao longo das atividades. Para a realização
desta atividade final, o podcast, busque articulação e integralização com os professores das
outras Unidades Curriculares. Converse com os docentes para incluir nos temas as pesquisas
e propostas de atividades que foram discutidas e trabalhadas em suas aulas.

Professor, passe pelos grupos para verificar como está o andamento do trabalho, bem como
as dificuldades que os estudantes estão encontrando. É muito importante a sua mediação no
processo de aprendizagem e desenvolvimento da estrutura do roteiro para a produção do
podcast.

Desenvolvimento
Semanas 18 e 19: 4 aulas
Professor, a produção de um podcast demanda itens tecnológicos básicos, sendo necessário
contar com um celular ou computador e um microfone, o qual pode ser externo ou embutido
no celular ou nos fones de ouvido. Além disso, é necessário um software ou aplicativo de
edição de áudio, mas esse ponto será trabalhado no tópico seguinte.

É importante que a gravação ocorra em espaços com poucos ruídos e interferências externas,
então, caso seja possível, possibilite que os grupos se organizem em distintos espaços da
escola ou estabeleça turnos de gravação para cada grupo na sala de aula, sendo que, neste
momento, os demais estudantes não podem fazer barulhos ou deverão se retirar da sala.
Uma dica é fechar as portas e as janelas para diminuir os sons externos.

Sugerimos que cada episódio do podcast tenha 15 minutos de duração, sendo um para cada
sequência didática. Porém, fique à vontade para adaptar a atividade de acordo com a sua
turma. De toda forma, considerando que o produto passará por edição, os estudantes podem
gravar áudios mais longos, desde que seja viável o corte de partes, mas com a manutenção
do sentido dos elementos dialogados.

No momento da gravação, indicamos que acompanhe-os para verificar a entonação, dicção, a


forma e os usos de expressão, a fim de garantir que mantenham uma linguagem clara e
adequada para o público-alvo.

Uma sugestão é padronizar a vinheta de abertura para todos os episódios, o que corrobora
para a construção de uma identidade única para esta atividade. Alinhe com os estudantes
uma forma interessante para iniciar cada episódio, seja com uma música, uma chamada oral,
um jingle, dentre outras possibilidades.

Professor, propomos também que reserve ao menos o tempo de uma aula para a edição dos
episódios. Existem diversos aplicativos e softwares de uso gratuito e que podem funcionar
como instrumentos de gravação e edição dos episódios do podcast, e elencamos aqui
algumas sugestões: Opção 1: https://cutt.ly/EJA49vd; Opção 2: https://cutt.ly/zJA7qo0; 3)
Opção 3: https://cutt.ly/nJA7oBE.

Na fase de edição, é necessário ter como principal foco minimizar os ruídos e aumentar o som
da gravação. Isto é, é importante que eventuais ruídos e inadequações das falas das pessoas
sejam tratados, bem como é importante garantir que o volume da fala das pessoas estejam
compatíveis. Além disso, será por meio da edição que os estudantes terão a possibilidade de
cortar partes dos áudios, adicionar vinheta, trilha sonora, diminuir os ruídos e adequar ao
tempo indicado para cada episódio

Sistematização
Semana 20: 2 aulas
A sistematização da atividade deve ser feita no desenvolvimento de um plano de divulgação
das produções desenvolvidas. Sugerimos a organização de um evento de divulgação do
podcast para a comunidade escolar. Para o evento, o espaço da sala de aula pode ser
organizado por ilhas temáticas, ou seja, de modo que cada grupo fique responsável por uma
parte do espaço da sala de aula, em que deverá apresentar seu episódio.

Professor, encoraje os estudantes para que produzam cartazes, infográficos, mapas


conceituais e outras formas de comunicação para ilustrarem a produção realizada no Módulo.
É importante aproveitar o momento de divulgação, conjuntamente com os estudantes, para
explicar aos presentes, sejam eles pais, responsáveis, ou outros estudantes e professores da
comunidade escolar, qual foi o conteúdo trabalhado, apresentar os detalhes do processo de
construção do episódio do podcast, realizar indicações de fontes de aprofundamento, dentre
outros pontos que poderão ser abordados no encontro. Não deixe de incentivar os estudantes
a divulgarem os podcasts em suas redes sociais

Avaliação
● Professor, para a avaliação final, sugerimos a consideração de dois elementos centrais:
o primeiro deles se relaciona à participação dos estudantes ao longo de todo o
processo criativo e coletivo que envolve a criação de um podcast. É importante
observar se houve trabalho em equipe e se houve engajamento. O segundo elemento
que recomendamos ser utilizado na avaliação, é a articulação dos conhecimentos
mobilizados nas atividades anteriores no conteúdo dos episódios de podcast. Não se
deve perder de vista que o objetivo do podcast é o de informar à comunidade a respeito
das temáticas trabalhadas no Módulo.
Saiba Mais
● FREIRE, Eugênio Paccelli Aguiar. Podcast na educação brasileira: natureza,
potencialidades e implicações de uma tecnologia da comunicação. 2013. 338 f. -
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2013.
● FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática
educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2005.
MÓDULO
Desbravando a Constituição
Área do Conhecimento
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Perfil do(a) Professor(a)
Filosofia, Geografia, História, Sociologia
Carga horária total
40 horas
Carga horária semanal
2 horas
Descrição
O Módulo, “Desbravando a Constituição”, tem como objetivo principal propor reflexões sobre a
relação entre o contexto histórico na conquista de direitos humanos e fundamentais à
condição humana, a fim de possibilitar uma cultura de respeito à Constituição e à Democracia,
demonstrando como os indivíduos fazem parte de um tecido social complexo e interligado, em
que suas ações estão vinculadas à normas morais e/ou jurídicas. Os conteúdos presentes
oportunizam a compreensão da estrutura do Estado e a sua maneira de atuação, bem como
ressalta a necessidade da Constituição Federal para a manutenção do Estado Democrático de
Direito. Além disso, propicia momentos de aprendizagem e reflexão para que o estudante seja
capaz de reconhecer os processos de conquista e efetivação de direitos para a construção de
uma sociedade justa, solidária e igualitária, fortalecendo o exercício da cidadania ativa nos
espaços de convivência que circulam.
Objetos de conhecimento
Organização do Estado de Direito; Constituições brasileiras e o contexto histórico; formação do
Estado e formas de participação; os três poderes (abordar as atribuições do Executivo,
Judiciário e Legislativo); laicidade do Estado; a relação entre Lei e Jurisprudência na prática;
lei x costumes; acordos Internacionais, Direitos Humanos e Direitos Fundamentais; teorias dos
freios e contrapesos; a efetivação dos direitos previstos no artigo 5° da Constituição Federal.
Objetivos das atividades
1: Os estudantes compreendem a Formação dos Estados Nacionais . Discutem ideias de
pensadores sobre as teorias de organização do Estado. Além disso, relacionam os
pressupostos teóricos com as questões contemporâneas da sociedade brasileira
2: Os estudantes analisam a evolução do Estado de Direito para o Estado Democrático de
Direito. Ainda, pesquisam diferentes conceitos do Estado Democrático de Direito, discutidos
por cientistas políticos e juristas.
3: Os estudantes compreendem o desenvolvimento constitucional do Brasil. Ainda, realizam
um resgate histórico para analisarem como foi decretada a Constituição Brasileira de 1988.
4: Os estudantes refletem e discutem sobre os contextos históricos e as mudanças ocorridas
na participação dos indivíduos na vida pública, por meio do voto, no Brasil.
5: Os estudantes discutem sobre a importância da participação de todos para a efetivação da
cidadania na sociedade. Ainda, elaboram um projeto interdisciplinar - uma “Campanha de
Sensibilização” - encorajando outros estudantes a conhecerem os seus direitos e deveres
enquanto cidadãos.
Competências e Habilidades da Formação Geral Básica a serem aprofundadas: 1, 5 e 6
EM13CHS101: Identificar, analisar e comparar diferentes fontes e narrativas expressas em
diversas linguagens, com vistas à compreensão de ideias filosóficas e de processos e eventos
históricos, geográficos, políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais
EM13CHS502: Analisar situações da vida cotidiana, estilos de vida, valores, condutas etc.,
desnaturalizando e problematizando formas de desigualdade, preconceito, intolerância e
discriminação, e identificar ações que promovam os Direitos Humanos, a solidariedade e o
respeito às diferenças e às liberdades individuais.
EM13CHS606: Analisar as características socioeconômicas da sociedade brasileira – com
base na análise de documentos (dados, tabelas, mapas etc.) de diferentes fontes – e propor
medidas para enfrentar os problemas identificados e construir uma sociedade mais próspera,
justa e inclusiva, que valorize o protagonismo de seus cidadãos e promova o
autoconhecimento, a autoestima, a autoconfiança e a empatia.
Eixos Estruturantes e suas Competências e Habilidades: Investigação Científica,
Processos Criativos, Mediação e Intervenção Sociocultural e Empreendedorismo.

EMIFCHSA01: Investigar e analisar situações problema envolvendo temas e processos de


natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional,
nacional e/ou global, considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.
EMIFCHSA05: Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos para resolver
problemas reais relacionados a temas e processo de natureza histórica, social, econômica,
filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.
EMIFCHSA07:Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e
ameaças a grupos sociais, à diversidade de modos de vida, às diferentes identidades culturais
e ao meio ambiente, em âmbito local, regional, nacional e/ ou global, com base em fenômenos
relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
EMIFCHSA09: Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver problemas
de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou
global, relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
EMIFCHSA12: Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando as Ciências Humanas
e Sociais Aplicadas para formular propostas concretas, articuladas com o projeto de vida, em
âmbito local, regional, nacional e/ou global.
Referências Bibliográficas

BOBBIO, Norberto. Estado, Governo, Sociedade. Para uma teoria geral da política.
Tradução: Marco Aurélio Nogueira. São Paulo: Paz e Terra. 2011.
BOTELHO, Augusto de Arruda. Iguais perante a Lei: um guia prático para você garantir seus
direitos. São Paulo: Editora Planeta, 2021
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988. Disponível em:
https://cutt.ly/iHrQXXS. Acesso em: 10 mai. 2022.
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil. O longo Caminho. 3ª ed. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2002.
HOBBES, Thomas. Leviatã. São Paulo: Ícone, 2000.
LOCKE, John. Dois Tratados Sobre o Governo. São Paulo: Martin Fontes, 1988.
MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
MONTESQUIEU,C.S. O Espírito das Leis. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
MUYLAERT, Eduardo. Direito no cotidiano: Guia de sobrevivência na selva das leis. São
Paulo: Editora Contexto, 2020.
PINSKY, Jaime. Práticas de cidadania. São Paulo: Editora Contexto, 2004.
PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla Bassanezi. História da Cidadania. São Paulo: Editora
Contexto, 2005.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. O Contrato Social. São Paulo: Cultrix, 1985.
SAES, Décio Azevedo Marques. A questão da evolução da cidadania política no Brasil.
São Paulo: Estudos Avançados, n. 15, v. 42, 2001.
SILVA, Enio Moraes da. O Estado Democrático de Direito. Brasília: Senado Federal, a. 42, n°
167, jul./set. 2005. Disponível em: https://cutt.ly/dHretXI. Acesso em: 10 mai. 2022.

ATIVIDADE 1
Objetivo
● Os estudantes compreendem a Formação dos Estados Nacionais . Discutem ideias de
pensadores sobre as teorias de organização do Estado. Além disso, relacionam os
pressupostos teóricos com as questões contemporâneas da sociedade brasileira

Eixos Estruturantes
● Investigação Científica, Processos Criativos e Empreendedorismo.

Introdução
Semana 1: 2 aulas
Professor, a atividade 1, assim como as demais estão divididas em três partes, a saber: 1ª)
Introdução (sensibilização e contextualização para a temática proposta; 2ª) Desenvolvimento
(a proposta e o conteúdo da atividade); e a 3ª) Sistematização e fechamento da discussão
abordada em sala de aula.
Sugerimos que leve em consideração uns minutos iniciais, pré-introdução, para que você se
apresente para a turma e explique a organização do material, ou seja, o aprofundamento, a
sua divisão e os principais objetivos do Módulo, assim como, o das atividades que serão
estudadas em: Desbravando a Constituição.
Antes de dar início à primeira atividade, propomos que seja feita uma relação com o
componente curricular da Formação Geral Básica, a História e os demais componentes.
Aproveite a oportunidade para ouvir da turma sobre as seguintes temáticas: Absolutismo
Monárquico, Iluminismo, Revolução Francesa e conceito de Estado moderno. No século XVII
e XVIII, em uma sociedade estamental, pensadores como Thomas Hobbes e John Locke,
foram fundamentais para promover ideias de racionalidade humana em contraposição à razão
divina. Nesse sentido, contestaram o poder divino dos reis, possibilitando as ações dos
indivíduos sobre a política, além de apresentarem explicações institucionais e jurídicas para o
governo, como também a laicidade do Estado. Sem dúvida, este foi um movimento importante
do pensamento iluminista para considerar um governo que fosse responsável por regular a
liberdade por meio de direitos e deveres, buscando o bem comum para todos os indivíduos e
os governantes, a base do liberalismo político.
Professor , você pode inserir outros assuntos que considere importantes para potencializar a
discussão, sobretudo no que diz respeito ao contexto nacional. Em uma roda de conversa,
ajude os estudantes a trilharem os caminhos apontados com o auxílio de perguntas
sensibilizadoras, tais como: Qual o grau de participação do povo em um regime monárquico e
republicano? Considerando o nosso processo de independência, a abolição da escravidão
tardia, o último país das Américas a abolir a escravidão, a proclamação da república e as
ditaduras militares, de que forma o nosso contexto histórico afetou a consolidação da
cidadania e dos direitos civis, políticos e sociais no Brasil? Faça uma avaliação diagnóstica e
levante os conhecimentos prévios no que diz respeito aos conteúdos, habilidades e
competências que os estudantes possuem maior desenvoltura e fortaleça o protagonismo
dos estudantes acerca da própria aprendizagem.

Desenvolvimento
Semanas 2 e 3: 4 aulas
Professor, para dar sequência à proposta da Atividade 1, propomos que realize uma retomada
dos conhecimentos da Formação Geral Básica, discutidas anteriormente na introdução. Em
seguida, comece a sensibilização com essa indagação: Vocês sabem quando ocorreu a
formação dos Estados Nacionais?.
Por não existir uma definição e conceitos únicos sobre o surgimento do Estado, tendo como
baliza as habilidade do Eixo Estruturante de Investigação Científica, professor, recomendamos
que em conjunto com os estudantes, busquem definições e informações em fontes confiáveis,
tais como: bibliografias sobre o tema, livros didáticos, sites e outros recursos que podem ser
utilizados para ampliar a discussões sobre o assunto abordado. No caso do Estado Brasileiro,
a sua formação pode ser considerada com a vinda da família Real no ano de 1808.
Entretanto, como a historiografia demonstrou, não houve uma transição que realmente
significasse mudanças efetivas na sociedade, principalmente pelo poder se basear mais em
valores de Antigo Regime, isto é, mantiveram a figura do rei como representante da ordem
social e união das províncias, em detrimento da complexidade da população que se formava
nos territórios.
Assim, por meio de uma aula expositiva dialogada, discuta sobre quando surgem os Estados
Nacionais. Apresente que a formação de um Estado consiste na conjugação de um território,
de uma população e um governo. Professor, é importante destacar que já houveram
diferentes formas de organização política e social, considerando a Antiguidade ( Polis Grega e
das Civitas Romana), a Idade Média e outras formas de estruturação no período moderno.
Em relação ao período moderno, os modelos experimentados na Europa de direitos civis,
políticos e sociais para constituição do Estado, entre o século XVIII e XIX, começaram a ser
incorporados no Brasil na primeira metade do século XIX, especialmente com a promulgação
da primeira Constituição no ano de 1824.
Professor, para dar continuidade nesta etapa, indicamos que combine com os estudantes a
organização de grupos, para que discutam e elaborem argumentos para a nossa herança
colonial e o exercício da cidadania civil no Brasil. Nesse momento, é possível retomar as
perguntas sensibilizadoras e realizar uma constatação das aprendizagens. Para finalizar esta
atividade, com o objetivo de aumentar o engajamento dos estudantes, sugerimos a
construção de debates em torno da temática: El País. Invisíveis no Brasil, sem documento
e dignidade: “Eu nem no mundo existo”. Disponível em: https://cutt.ly/jJKJw7P. Acesso
em: 08 mai. 2022.
Algumas perguntas podem nortear a construção desta discussão e mobilizar a reflexão: Quais
são as relações entre a nossa herança colonial e a efetividade da cidadania no Brasil?
As questões estruturais como o racismo, o patriarcado e a desigualdade social
interferem na nossa realidade contemporânea? O que implica a falta de registro civil?.
Após a contextualização, torna-se fundamental ouvir a percepção dos estudantes, as suas
considerações e conhecimentos sobre o assunto. Este passo é fundamental para a atividade
sugerida.

Sistematização
Semana 4: 2 aulas
Para sistematizar o conhecimento, reserve um tempo para que os estudantes registrem no
caderno as suas observações históricas sobre a atividade apresentada. Professor, com a sua
mediação, é possível gerar discussões que fortaleçam as ideias debatidas anteriormente, no
que se refere às teorias de organização do Estado, além das questões contemporâneas da
sociedade brasileira. Ao final, desafie os grupos a pensar em projetos de empreendedorismo
social sobre os aspectos da exclusão documental, um direito básico que, ainda, não é
garantido a toda a população. Como resultado, reflete diretamente nas condições de acesso à
saúde, educação, moradia, família, entre tantos outros direitos à cidadania, ampliando a
desigualdade social no país.

Avaliação
● Professor, fique atento aos conhecimentos prévios dos estudantes, eles são uma
poderosa fonte de conhecimento que lhe permitirá saber por onde começar a discutir
os objetos de conhecimentos e o desenvolvimento das habilidades previstas para esse
aprofundamento. A ênfase sobre os conhecimentos prévios ajuda os estudantes a
reorganizar ou reelaborar conceitos já definidos ou ainda a elaborar novos.
● Conhecimento prévio. Disponível em: https://cutt.ly/XOzZrMG .Acesso em: 31 de
jan.2022.
Saiba Mais
● CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil. O longo Caminho. 3ª ed. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.
● HOBBES, Thomas. Leviatã. São Paulo: Ícone, 2000.
● LOCKE, John. Dois Tratados Sobre o Governo. São Paulo: Martin Fontes, 1988.
● ROUSSEAU, Jean-Jacques. O Contrato Social. São Paulo: Cultrix, 1985.
● MONTESQUIEU,C.S. O Espírito das Leis. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
● MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
● Politize. Contrato social: Existe um acordo entre Estado e sociedade. Disponível em:
https://cutt.ly/fLi3g2S . Acesso em: 10 mai. 2022.
ATIVIDADE 2
Objetivo
● Os estudantes analisam a evolução do Estado de Direito para o Estado Democrático de
Direito. Ainda, pesquisam diferentes conceitos do Estado Democrático de Direito,
discutidos por cientistas políticos e juristas.

Eixos Estruturantes
● Investigação Científica

Introdução
Semana 5: 2 aulas
Professor, na atividade anterior foi indicado às discussões sobre as teorias de formação dos
Estados. Como foi indicado, na história da humanidade, desde sempre houveram várias
maneiras de organização para administração dos territórios, considerando diferentes povos.
Para o período moderno, a Revolução Francesa foi um marco na história, sobretudo por dar
origem a regimes mais democráticos, com o fim do Antigo Regime e o absolutismo, passou a
entrar em vigor o que foi denominado o Estado de Direito.
Com base nas habilidades do Eixo Estruturante de Investigação Científica, peça para que os
estudantes pesquisem sobre o liberalismo político e a crise dos regimes absolutistas, no final
do século XVII e durante o século XIX. É importante destacar que, esse fato histórico, se deve
a mobilização dos sujeitos e intelectuais do período, o liberalismo político fomentado por
diferentes filósofos que, mesmo atendendo a uma burguesia, foi fundamental para o
reconhecimento de todos os cidadãos perante a legislação. Se hoje vivemos sob um regime
democrático, muito se deve ao campo das discussões filosóficas desenvolvidas no período
para romper com o regime monárquico absolutista. Montesquieu, por exemplo, foi um dos
primeiros pensadores a refletir sobre a divisão dos três poderes: o Executivo, o Legislativo e o
Judiciário.
Inicie a sensibilização com essa indagação: Vocês podem elencar a diferença entre o
Estado Absolutista e o Estado de Direito?. Professor, a ideia será retomar os
conhecimentos da atividade anterior, assim como os temas trabalhados na Formação Geral
Básica. Sugerimos que peça para que os estudantes registrem a resposta em seus cadernos.
No final, reserve um tempo para que cinco estudantes possam compartilhar a sua resposta
com a turma. Após a discussão, apresente para a turma que o objetivo desta atividade será
analisar o desenvolvimento do Estado de Direito para o Estado Democrático de Direito.
Professor, para auxiliar na mediação do debate, indicamos o texto: Qual a importância da
democracia. Disponível em: https://cutt.ly/wJLollf. Acesso em: 10 mai. 2022. A referência
pode apoiá-lo no sentido de apresentar questões históricas e teóricas sobre a democracia,
buscando a apreensão da importância da sua estrutura, das instituições e a participação
política da população para fortalecer a cultura democrática.
Desenvolvimento
Semanas 6 e 7: 4 aulas
A elaboração da atividade pode ser realizada com a metodologia ativa sala de aula invertida,
favorecendo a participação ativa dos estudantes, mobilizando metodologias de pesquisa e
investigações. Nesse sentido, professor, sugerimos que crie a oportunidade para que os
estudantes analisem diferentes conceitos do Estado Democrático de Direito, discutidos por
cientistas políticos e juristas.Propomos a divisão de grupos, entre quatro a cinco estudantes, e
que eles partam das seguintes questões: Quais as características Estado Democrático de
Direito? Por que é importante a participação da população nas decisões públicas? Qual a
função da Constituição Federal? Quais são as atribuições do poder Executivo, Legislativo e
Judiciário na sociedade?
Para responder às perguntas os estudantes devem fazer uma pesquisa bibliográfica. Em
seguida, professor, você pode propor um espaço para que os estudantes possam trocar as
suas considerações sobre os assuntos pesquisados. Um formato que pode ser utilizado é um
roda de conversa, peça aos grupos de estudantes para que exponham os resultados de suas
pesquisas, enquanto o restante da turma registra as informações em seus cadernos.
Em aula uma expositiva dialogada, evidencie o que é Estado de Direito e a sua importância
no período de transição política no período moderno. Medie as discussões com os
estudantes, ouça os seus argumentos e, em seguida, apresente que em um Estado de Direito,
o governante não tem o poder sobre tudo e todos, assim como era nos governos absolutistas
na Europa do século XVI ao século XVIII. Sendo assim, o que passa a regular a organização
social são as leis. Porém, tendo em vista o contexto histórico da época, ainda que fosse uma
mudança significativa na vida cotidiana, na prática, o modelo político privilegiava as classes
mais altas, ou seja, excluía grande parte da população das decisões da vida pública. Já o
Estado Democrático de Direito, a sua compreensão está interligada a noção de soberania
popular e participação dos sujeitos na vida pública, marcada pela separação dos poderes
estatais, a fim de que o legislativo, executivo e judiciário não se divirjam e comprometam a
democracia

Sistematização
Semana 8: 2 aulas
Com o objetivo de sistematizar o conhecimento proposto pela atividade, sugerimos a
apreciação do Artigo 1º da Constituição Federal ( BRASIL. Constituição da República
Federativa do Brasil. Brasília, 1988. Disponível em: https://cutt.ly/iHrQXXS. Acesso em: 10
mai. 2022). E como produto para essa atividade, professor, indicamos a elaboração de um
artigo de opinião sobre a importância da Constituição Federal na sociedade brasileira para
garantir o fortalecimento do Estado Democrático de Direito e os direitos dos cidadãos, que irá
auxiliar no aprofundamento dos conhecimentos debatidos em sala de aula, como também,
auxiliará para compor a próxima atividade e a prática final deste Módulo.

Avaliação
● Professor, sugerimos que verifique se os estudantes conseguiram acompanhar a
discussão apresentada , se mantiveram interessados e procuraram por fontes
bibliográficas para ampliar as discussões sobre a temática. Além disso, é possível
avaliar se compreenderam a evolução do Estado de Direito para o Estado Democrático
de Direito, assim como associaram a importância da Constituição Federal para garantir
o fortalecimento da cultura democrática na sociedade brasileira. Por fim, professor fique
atento às produções dos artigos de opinião dos estudantes ao que se refere: a
explicitação da questão problematizadora, a tese defendida pelo estudante no
momento da elaboração, quais os argumentos diversos que sustentam a tese
elaborada e quais são os conectivos e as expressões que garantem a coesão textual
além das marcas de autoria.
Saiba Mais
● BOBBIO, Norberto. Estado, Governo, Sociedade. Para uma teoria geral da política.
Tradução: Marco Aurélio Nogueira. São Paulo: Paz e Terra. 2011.
● LOCKE, John. Dois Tratados Sobre o Governo. São Paulo: Martin Fontes, 1988.
● BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988. Disponível
em: https://cutt.ly/iHrQXXS. Acesso em: 10 mai. 2022.
● SILVA, Enio Moraes da. O Estado Democrático de Direito. Brasília: Senado Federal, a.
42, n° 167, jul./set. 2005. Disponível em: https://cutt.ly/dHretXI. Acesso em: 10 mai.
2022.

ATIVIDADE 3
Objetivo
● Os estudantes compreendem o desenvolvimento constitucional do Brasil. Ainda,
realizam um resgate histórico para analisarem como foi decretada a Constituição
Brasileira de 1988.

Eixos Estruturantes
● Investigação Científica, Processos Criativos

Introdução
Semana 9: 2 aulas
Professor, comece a atividade 3 com essa indagação: Vocês sabem qual é a importância da
Constituição Federal na sociedade brasileira? Vocês sabiam que o Brasil, entre o período
monárquico e republicano, aderiu a sete Constituições?
Professor, nesse momento inicial é importante fomentar discussões que dialoguem com o que
o estudante já investigou na Formação Geral Básica, seja na área de História ou demais
componentes. Fique atento a cada resposta, valorizando o conhecimento prévio trazido pela
turma. Registre as referências anunciadas por eles. Sugerimos que anote tanto a pergunta
quanto as respostas na lousa para que todos possam visualizar o que está sendo debatido.
Este é o momento de fazer um diagnóstico das aprendizagens dos estudantes, de forma que
no processo de ensino, seja considerado a sua perspectiva sobre o assunto.
Desenvolvimento
Semanas 10 e 11: 4 aulas
Para realizar esta atividade, o mapa mental é uma sugestão metodológica, mas essa é
apenas uma entre as muitas possibilidades de metodologias ativas de aprendizagem, fique à
vontade para adequar a atividade conforme a realidade da sua turma. Em sala, levando em
consideração as habilidades do ,Eixo Estruturante Processos Criativos apresente aos
estudantes que a dinâmica consiste em criar um diagrama e sistematizar as informações e o
conhecimento sobre as Constituições do Brasil. O mapa pode ser produzido à mão ou em
ferramentas digitais, como foi sugerido no Saiba Mais.
O tema principal para a elaboração do mapa mental é: O contexto histórico das constituições
brasileiras. O desenvolvimento da atividade pode ser realizado com a metodologia ativa sala
de aula invertida, favorecendo a participação ativa dos estudantes, mobilizando metodologias
de pesquisa e o protagonismo frente às suas investigações, criando a oportunidade de, no
momento de socialização dos conhecimentos adquiridos, interagir de maneira protagonista,
colaborando com o professor tanto no processo de ensino aprendizagem, como no ato de
avaliar.

Aproveite este momento para propor que os estudantes registrem os principais marcos que
consideram importantes, levando em consideração o conhecimento pesquisado por eles sobre
a temática, como também, indicamos que incentive e acompanhe na realização de pesquisas
e análises sobre as Constituições do Brasil, provocando assim o aprofundamento sobre a
temática, a retomada de conceitos debatidos na Formação Geral Básica, tais como: Poder
Moderador, Estruturação da República, Estado Novo, Populismo, Ditaduras,
Redemocratização do Brasil e a Constituição Cidadã.

Recomendamos que informe aos estudantes que utilizem dos símbolos, cores, setas para
proporem conexões entre as Constituições Federais, as continuidades e rupturas alinhadas ao
contexto político, social e econômico em que foi decretada. Após sistematizado o
conhecimento, para dar continuidade na tarefa, propomos a roda de conversa.

Professor, com o seu auxílio em sala de aula, apresente novamente a questão inicial proposta
como sensibilização da turma: Qual a importância da Constituição Federal para a
sociedade brasileira?. Em seguida, apresente outra questão: Se comparada com as outras
cartas magnas, o que a Constituição de 1988 representou para o Estado brasileiro?
Neste momento, é possível avaliar o que os estudantes assimilaram da pesquisa, análises
bibliográficas e, também, por meio do Mapa Mental que realizaram sobre o assunto. O
importante, nesta estratégia, é que cada estudante exercite sua capacidade de escuta e
argumentação, considerando as respostas dos outros colegas.

Se ainda for necessário, realize intervenções para sanar qualquer dúvida sobre o tema.
Portanto,é muito importante a condução das respostas e hipóteses dos estudantes.
Sistematização
Semana 12: 2 aulas
Após a realização da última atividade, para sistematizar o conteúdo abordado, indicamos o
compartilhamento das reflexões realizadas, incluindo as habilidades do eixo de processos
criativos e mediação e intervenção sociocultural. Uma sugestão é pedir que os estudantes
construam, coletivamente, por meio de uma exposição em um mural: a Constituição de 1988,
um marco da democracia brasileira. A finalidade é que os estudantes utilizem as soluções
criadas na sistematização dos conhecimentos, a exposição dos direitos estabelecidos pela
Constituição Cidadã de 1988, para despertar e promover transformações positivas na
comunidade escolar. Para que a tarefa se realize, divida a turma em quatro grupos e solicite a
confecção de cartazes que contenham informações, tendo como base as discussões
realizadas em sala aula, pode incluir imagens, justificativas e os pontos de vistas. Esta é uma
forma de os estudantes se conectarem com a comunidade escolar, ampliando o alcance de
conhecimentos sobre as Constituições brasileiras, principalmente a de 1998, que foi um
marco aos direitos dos cidadãos, por garantir liberdades civis e os deveres do Estado.

Avaliação
● Professor, sugerimos que ao final de cada atividade proposta verifique se os
estudantes atenderam ao que foi solicitado, se buscaram novas informações ou dados
para enriquecer suas reflexões para compor de forma autônoma conhecimento sobre a
temática.
Saiba Mais
● PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla Bassanezi. História da Cidadania. São Paulo: Editora
Contexto, 2005.
● Politize!. Entendendo as estruturas da lei. Disponível: https://cutt.ly/eLi2zfe. Acesso
em 02 mai. 2022.
● Como fazer um mapa mental. Toda matéria. Disponível em:
https://cutt.ly/lGYgYF9.Acesso em: 29 abr. 2022.
● Mapa Mental. Disponível em: https://cutt.ly/mGD5r7Y . Acesso em: 02 mai. 2022.

ATIVIDADE 4
Objetivo

● Os estudantes refletem e discutem sobre os contextos históricos e as mudanças


ocorridas na participação dos indivíduos na vida pública, por meio do voto, no Brasil.

Eixos Estruturantes
● Investigação Científica, Processos Criativos, Mediação e Intervenção Sociocultural

Introdução
Semana 13: 2 aulas
Professor, para dar início à proposta da Atividade 4 propomos que realize uma retomada do
que significou a promulgação da Constituição Cidadã em 5 de outubro de 1988. Assim, por
meio de uma aula expositiva dialogada, discuta sobre a importância da análise da carta
magna simbolizar o processo de redemocratização nacional, após 21 anos de regime militar.
No Saiba Mais, indicamos um compilado de informações para o período, como notícias,
fotografias e vídeos disponibilizadas pelo Senado Federal em comemoração dos 30 anos da
Constituição no ano de 2018, que podem ser complementados com os conhecimentos já
trabalhados na Formação Geral no componente de História.

Desenvolvimento
Semanas 14 e 15: 4 aulas
Para realizar esta atividade, a metodologia ativa rotação por estações é uma sugestão
metodológica, que incentiva o debate e reflexões em conjunto entre os estudantes. Em sala,
explique que a dinâmica consiste em refletir e discutir sobre a participação dos indivíduos na
vida pública. Inicie esta atividade apresentando que é um momento importante para criarem
laços e debaterem coletivamente.
Professor, indicamos que os estudantes sejam divididos em cinco grupos para realizar
análises e reflexões sobre as mudanças ocorridas na participação dos indivíduos, por meio do
voto, no Brasil. Uma indicação é sensibilizar os estudantes sobre a mobilização que ocorreu
nas redes sociais, a Semana do Jovem Eleitor, entre os dias 14 a 18 de março de 2022
(Fonte: TSE. Disponível em: https://cutt.ly/6GBinnq. Acesso em: 05 mai. 2022) , que teve
como objetivo principal mobilizar jovens à solicitarem o título de eleitor, uma vez que o país
tinha o menor número de eleitores desde o ano de 2004. Após a campanha de mobilização, a
justiça eleitoral superou todos os seus recordes de atendimento registrados para fazer
qualquer solicitação referente ao título de eleitor para votar nas Eleições de 2022. O maior
destaque foi o aumento no alistamento de jovens eleitoras e eleitores no país: 47,2% em
relação ao mesmo período em 2018 e de 57,4% em relação aos quatro primeiros meses do
ano em 2014 (Fonte: TSE. Disponível em: https://cutt.ly/GGN7gF4. Acesso em: 06 mai.
2022).

Em seguida, com objetivo de dar continuidade na temática, escreva na lousa os temas abaixo.
Posteriormente, distribua os textos na íntegra, ou um resumo por Estação de rotação,
contendo as principais informações sobre a matéria:
ESTAÇÃO 1: Analfabetos eram impedidos de votar até o ano de 1985. Fonte: Brasil,
Senado Federal. Disponível em: https://cutt.ly/eGZLdGh. Acesso em: 04 mai. 2022.
ESTAÇÃO 2: O voto feminino foi reconhecido em 1932 e inserido à Constituição de 1934,
sendo facultativo. Fonte: Brasil, Câmara dos Deputados. Disponível em: https://cutt.ly/iGZZCfB.
Acesso em: 04 mai. 2022.
ESTAÇÃO 3: A Ditadura de 1964 impediu o voto direto para presidente da República.
https://cutt.ly/7GZXVZP . Brasil, Câmara dos Deputados. Acesso em: 04 mai. 2022.
ESTAÇÃO 4: Diretas já: movimento por eleições diretas para Presidente da República.
Fonte: https://cutt.ly/3GZ16DL. Brasil, Câmara dos Deputados. Acesso em: 04 mai. 2022.
ESTAÇÃO 5: A Constituição de 1988 restaurou os direitos políticos dos brasileiros: voto
direto, secreto e com valor igual para todos. Fonte: Brasil, Governo do Brasil.
https://cutt.ly/MGZ1bko. Acesso em: 04 mai. 2022.

Aqui, professor, é possível desenvolver estratégias de aprendizagem ativa e colaborativa. Os


estudantes, divididos em cinco grupos, devem realizar a leitura, debaterem entre si o
conteúdo das matérias e rotacionarem para a estação seguinte, assim passando pelas cinco
estações. Finalizado, os grupos terão dez minutos para responder no caderno as seguintes
perguntas: “Vocês conseguiram identificar algumas das transformações que marcaram a
participação social dos indivíduos, por meio do voto, no Brasil?”. “Quais vocês
identificaram?". “Qual modelo após a Constituição de 1988?”. “Qual o dever do
eleitor-cidadão?”

Solicite para que cada grupo compartilhe suas impressões sobre o assunto com toda a turma.
Uma sugestão é realizar uma exposição oral, a partir do que responderam as questões. É
importante, nesta estratégia, que cada estudante exercite sua capacidade de escuta ativa e
argumentação, considerando as respostas de todos os seus colegas, fazendo-se respeitar e
promovendo o respeito ao outro
Sistematização
Semana 16: 2 aulas
Para sistematizar o conhecimento desta atividade, uma proposta é realizar confecção de um
mural com fotografias e frases sobre a temática: Direito ao voto e participação da população.
Após a análise dos contextos histórico e político já estudados, desafie os estudantes a
contextualizarem a realidade vivenciada por eles ou por outros, identificando e refletindo sobre
as mudanças ocorridas na participação dos indivíduos, por meio do voto, no Brasil.
Avaliação
● A avaliação deverá ser processual e privilegiar o interesse dos estudantes pelos
assuntos, o seu envolvimento nas discussões, como também, o respeito à pluralidade
de ideias nos grupos e entre a turma. É importante observar o engajamento dos
estudantes nas aprendizagens, a sua capacidade de investigar e analisar situações
problemas e, também, criar soluções e tomar decisões, sendo proativo e
argumentando com base em fatos e dados.
Saiba Mais
● SAES, Décio Azevedo Marques. A questão da evolução da cidadania política no
Brasil. São Paulo: Estudos Avançados, n. 15, v. 42, 2001.
● BRASIL, Senado Federal, 30 anos da Constituição da Cidadania. Disponível em:
https://cutt.ly/iGZE1kD. Acesso em: 04 mai. 2022.
● BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível
em:https://cutt.ly/7GZUfxn. Acesso em: 04 mai. 2022.
ATIVIDADE 5
Objetivo
● Os estudantes discutem sobre a importância da participação de todos para a efetivação
da cidadania na sociedade. Ainda, elaboram um projeto interdisciplinar - uma
“Campanha de Sensibilização” - encorajando outros estudantes a conhecerem os seus
direitos e deveres enquanto cidadãos.

Eixos Estruturantes
● Investigação Científica, Processos Criativos, Mediação e Intervenção Sociocultural e
Empreendedorismo

Introdução
Semana 17: 2 aulas
Professor, na atividade anterior foram discutidos os contextos históricos e as mudanças
ocorridas na participação dos indivíduos na vida pública, por meio do voto, no Brasil. O
principal objetivo desta última atividade será apresentar outras formas de exercer a cidadania,
destacando a importância da participação de todos para a sua efetivação no dia a dia. Além
disso, os estudantes poderão elaborar um projeto interdisciplinar - uma “Campanha de
Sensibilização” - encorajando outros estudantes a conhecerem os seus direitos e deveres
enquanto cidadãos.
É importante reforçar as ideias propostas em todas as atividades anteriores. Procure dialogar
com os professores das outras Unidades Curriculares, assim será possível construir uma
produção coletiva entre professores e estudantes, reforçando os conteúdos e compartilhando
as aprendizagens sobre as temáticas abordadas no Módulo, como também, a dos
componentes curriculares da Formação Geral Básica.
Comece a sensibilização com essa indagação: Como podemos efetivar a nossa cidadania
no nosso dia a dia? Vocês consideram que todos os cidadãos têm os mesmos direitos,
referentes à educação, alimentação, saúde, trabalho, moradia? Apresente a pergunta na
lousa e peça que os estudantes registrem as reflexões em seus cadernos. Em seguida,
escolha cinco estudantes para compartilharem os seus apontamentos com o restante da
turma. Por fim, mostre o trecho do Artigo 5º da Constituição Federal.
“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade” (BRASIL. Constituição da
República Federativa do Brasil de 1988. Artigo 5º. Disponível
em:https://cutt.ly/7GZUfxn. Acesso em: 04 mai. 2022.

Em 05 de outubro de 2022, a Constituição Cidadã de 1988 completou 34 anos. O conjunto de


normas foi um símbolo na redemocratização do Brasil, ainda permitiu o desenvolvimento do
país em direção à cidadania e aos direitos fundamentais. Nesse processo, é importante
evidenciar que a Carta Magna apresentou inúmeros avanços para a consolidação do Estado
Democrático de Direito. Entretanto, ainda existem muitos desafios para alcançarmos a
efetividade da cidadania no cotidiano do brasileiro. No Saiba Mais, indicamos bibliografias que
podem ser aprofundadas para ampliar as discussões em sala de aula, assim como dados da
pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE (Disponível em:
https://cutt.ly/kHgqIeF. Acesso em: 13 mai. 2022), que evidencia o agravamento da privação
de direitos no Brasil, sobretudo após a pandemia da COVID-19.
Para isso, sugerimos um momento para reflexão, a partir de algumas perguntas norteadoras,
na qual as respostas poderão ser compartilhadas por meio de uma roda de conversa: Por que
a pandemia agravou os os problemas sociais no Brasil e no mundo? Qual a importância
de se resguardar os direitos sociais conquistados? Como tratados internacionais
podem contribuir para alcançar e buscar soluções para temas globais, como a
pandemia? É um momento oportuno para obter conhecimentos a respeito dos saberes
prévios dos estudantes; como também pode ser reservado um tempo para que realizem
pesquisas sobre os assuntos, atente-se para registrar as percepções deles para a retomada
no decorrer da aula.

Desenvolvimento
Semanas 18 e 19: 4 aulas
Professor, para esta atividade, a partir dos exemplos e respostas que os estudantes
trouxeram na sensibilização, divida a turma em dois grupos. O primeiro grupo deverá ficar
responsável por elencar e promover reflexões sobre os direitos, já o segundo será
encarregado pelos deveres dos cidadãos garantidos pelas Constituição Federal de 1988. Em
seguida promova um debate em sala de aula, o objetivo é construir um espaço de diálogo e
de escuta que permita os estudantes elaborarem uma “Campanha de Sensibilização”
destacando a importância dos cidadãos conhecerem os seus direitos e deveres para
efetivação da cidadania no cotidiano.
O primeiro passo consiste em realizar um levantamento diagnóstico, ou seja, para esta tarefa
é muito importante mobilizar os conhecimentos das atividades anteriores, com o intuito de
enriquecer a discussão, oportunizar a análise crítica, com o objetivo de formular e resolver
problemas, como a mobilização coletiva para garantir direitos e condições dignas de vida ao
cidadão de forma justa e igualitária. O segundo passo para criação da campanha tem como
propósito definir o objetivo e os resultados esperados, quais sãos problemas identificados e
qual a justificativa para que o projeto seja colocado em prática. Por fim, o último passo se
refere ao público-alvo: a comunidade escolar, estudantes, professores, ou os moradores na
circunvizinhança da escola. Após definido o público alvo, indicamos os meios que serão
utilizados para divulgação dos conteúdos da “Campanha de Sensibilização”, para isso é
necessário um planejamento das equipes para organizar a criação dos materiais e a
comunicação, pode ser utilizado: folders, panfletos, cartazes, ou mídias sociais e plataformas
digitais de áudio e vídeo que forneçam forneçam subsídios para transmissão do trabalho
elaborado pela turma.
Professor, sugerimos seguir algumas dessas etapas, porém, todas elas poderão ser
adaptadas à sua realidade e ao tempo disponível para realização da atividade.
Sistematização
Semana 20: 2 aulas
Para sistematizar o conhecimento, comunique os estudantes que os resultados obtidos pela
“Campanha de Sensibilização” pode ser divulgada por meio de um relatório, para que alcance
mais professores e estudantes. Outra sugestão é agendar um seminário para a comunidade
escolar e apresentar os materiais elaborados no percurso deste Módulo: Desbravando a
Constituição. Esta também é uma forma de integrar todas as outras Unidades Curriculares,
promovendo o aprofundamento das discussões e garantindo a efetividade da cidadania,
enquanto estudante, na sua comunidade escolar.

Avaliação
● Professor, propomos que observe atentamente a participação dos estudantes. É
importante considerar o interesse com as questões apresentadas, assim como o
envolvimento na elaboração do projeto final como parte do processo de avaliação das
aprendizagens. Verifique se os estudantes se engajaram, se mantiveram concentrados
nas demandas solicitadas, desde o processo de mobilização dos conhecimentos até a
atividade final . Assim, será possível avaliar o que mudou em suas concepções
pessoais acerca do significado do contexto histórico na conquista de direitos
fundamentais à condição humana, a fim de possibilitar uma cultura de respeito à
Constituição e à Democracia. Como resultado, fornecerá elementos para a avaliação
teórico-conceitual, como essa perspectiva que construíram juntos contribui para o
aprimoramento de seus projetos de vida.
Saiba Mais
● BOTELHO, Augusto de Arruda. Iguais perante a Lei: um guia prático para você
garantir seus direitos. São Paulo: Editora Planeta, 2021
● PINSKY, Jaime. Práticas de cidadania. São Paulo: Editora Contexto, 2004.
● MUYLAERT, Eduardo. Direito no cotidiano: Guia de sobrevivência na selva das leis.
São Paulo: Editora Contexto, 2020.
MÓDULO
Conhecendo os meus Direitos
Área do Conhecimento
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Perfil do(a) Professor(a)
Filosofia, Geografia, História, Sociologia
Carga horária total
30 horas
Carga horária semanal
2 horas
Descrição
O Módulo, “Conhecendo os meus direitos”, tem como objetivo principal fortalecer a
compreensão e o entendimento a respeito dos direitos de cidadania. Ao trabalhar com
diferentes documentos e realidades que se referem à vigência dos direitos, professores e
estudantes darão significado aos fenômenos sociais mais cotidianos nos quais ocorrem
violação desses direitos. Os conteúdos presentes viabilizam a compreensão dos diversos tipos
de direitos, que será utilizado para construir ideias mais amplas e, assim, estimular reflexões e
propor soluções para problemas sociais complexos. Além disso, desenvolve habilidades com o
intuito de investigar e construir discussões sobre os direitos que cerceiam os cidadãos, assim
como as formas de engajamento e ações de intervenção e defesa desses direitos.
Objetos de conhecimento
Direito Social; Direito da Família; Direito Penal; Direito Civil (abordando o conceito de
capacidade); Direito do Consumidor (abordar os direitos que influenciam na vida cotidiana do
estudante); Estatuto da Criança e do Adolescente.
Objetivos das atividades
1: Os estudantes compreendem a noção de cidadania e sua relação intrínseca com o
estabelecimento de direitos e deveres de todos os cidadãos em um sistema democrático.
2: Os estudantes se debruçam sobre a ideia de direito compreendendo seu caráter diverso e
se aprofundando especificamente nos direitos do consumidor.
3: Os estudantes desenvolvem pesquisa em documentos de referência e outros e entendem o
conceito de Direito da Família de forma articulada à realidade cotidiana.
4: Os estudantes investigam e analisam situações problemas sob a ótica dos Direitos
Humanos e de diferentes correntes de pensamento.
5: Os estudantes reconhecem o Estatuto da Criança e do Adolescente enquanto fruto de uma
luta histórica pelos direitos de crianças e adolescentes brasileiras e desenvolvem projetos
articulando o entendimento de direito entre seus pares.
Competências e Habilidades da Formação Geral Básica a serem aprofundadas: 1 2,, 5 e
6
EM13CHS102: Identificar, analisar e discutir as circunstâncias históricas, geográficas, políticas,
econômicas, sociais, ambientais e culturais de matrizes conceituais (etnocentrismo, racismo,
evolução, modernidade, cooperativismo/desenvolvimento etc.), avaliando criticamente seu
significado histórico e comparando-as a narrativas que contemplem outros agentes e discursos
EM13CHS106: Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica, diferentes gêneros
textuais e tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa,
reflexiva e ética nas diversas práticas sociais, incluindo as escolares, para se comunicar,
acessar e difundir informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer
protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
EM13CHS502: Analisar situações da vida cotidiana, estilos de vida, valores, condutas etc.,
desnaturalizando e problematizando formas de desigualdade, preconceito, intolerância e
discriminação, e identificar ações que promovam os Direitos Humanos, a solidariedade e o
respeito às diferenças e às liberdades individuais.
EM13CHS603: Analisar a formação de diferentes países, povos e nações e de suas
experiências políticas e de exercício da cidadania, aplicando conceitos políticos básicos
(Estado, poder, formas, sistemas e regimes de governo, soberania etc.).
EM13CHS605: Analisar os princípios da declaração dos Direitos Humanos, recorrendo às
noções de justiça, igualdade e fraternidade, identificar os progressos e entraves à
concretização desses direitos nas diversas sociedades contemporâneas e promover ações
concretas diante da desigualdade e das violações desses direitos em diferentes
Eixos Estruturantes e suas Competências e Habilidades: Investigação Científica,
Processos Criativos, Mediação e Intervenção Sociocultural

EMIFCHSA01: Investigar e analisar situações problema envolvendo temas e processos de


natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional,
nacional e/ou global, considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias
EMIFCHSA05: Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos para resolver
problemas reais relacionados a temas e processo de natureza histórica, social, econômica,
filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.
EMIFCHSA08: Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou coletivas de
mediação e intervenção sobre problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental,
em âmbito local, regional, nacional e/ ou global, baseadas no respeito às diferenças, na
escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental.
Referências Bibliográficas

BARRETO, Luciano. Evolução Histórica e Legislativa da Família. 10 anos do Código Civil:


aplicação, acertos, desacertos e novos rumos. Rio de Janeiro: EMERJ, 2013.
BAUDRILLARD, Jean. A sociedade de consumo. Rio de Janeiro: Elfos Editora, 1995.
BAUMAN, Zygmunt. Vida para consumo: A transformação das pessoas em mercadoria. Rio
de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2008.
BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de Política.
Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1998.
COSTA, Lívia Fialho. Notas sobre formas contemporâneas de vida familiar e seus impactos na
educação dos filhos. In: NASCIMENTO, Antonio Dias; HETKOWSKI, Tânia Maria. (Org.)
Educação e contemporaneidade: pesquisas científicas e tecnológicas. Salvador: EDUFBA,
2009. Disponível em: https://cutt.ly/hXevWJv. Acesso em: 11 ago 2022.
GOHN, Maria da Glória Marcondes. Teoria dos movimentos sociais: paradigmas clássicos
e contemporâneos. 9. ed. São Paulo: Loyola, 2011.
SILVA, Afrânio et al. Sociologia em movimento. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2016.
SILVA, Anderson Vicente da. O que é família? In: BODART, Cristiano das Neves. Conceitos e
categorias do Ensino de Sociologia, vol.1. Maceió: Editora Café com Sociologia, 2021.
SOUSA, Mônica; WAQUIN, Bruna. Do direito de família ao direito das famílias: a
repersonalização das relações familiares no Brasil. Revista de Informação Legislativa,
Brasília, Ano 52 Número 205 jan./mar. 2015.

ATIVIDADE 1
Objetivo
● Os estudantes compreendem a noção de cidadania e sua relação intrínseca com o
estabelecimento de direitos e deveres de todos os cidadãos em um sistema
democrático.
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica

Introdução
Semana 1: 2 aulas
Professor, a atividade 1, assim como as demais estão divididas em três partes, a saber: 1ª)
Introdução (sensibilização e contextualização para a temática proposta; 2ª) Desenvolvimento
(a proposta e o conteúdo da atividade); e a 3ª) Sistematização e fechamento da discussão
abordada em sala de aula.
A proposta da atividade é que os estudantes possam identificar os direitos e deveres dos
cidadãos, além de pesquisar, discutir e avaliar criticamente seus significados. Professor,
sugere-se que a aula seja iniciada anunciando para os estudantes que o tema tratado será
cidadania. Em seguida, mobilize os conhecimentos trazidos por eles da Formação Geral
Básica indagando: "Para vocês, o que é cidadania?" e "O que é necessário para ser um
cidadão?". Trata-se de um momento inicial voltado para a sensibilização para o tema. Anote
as respostas no quadro à medida que os estudantes se expressarem e, quando todos que
pediram a palavra tiverem concluído, comente as respostas. Professor, é muito comum que o
exercício da cidadania seja relacionado ao voto nas eleições. Caso isso ocorra, é válido que
você destaque que o voto é um importante meio de exercício da cidadania, mas que existem
muitos outros tão importantes quanto.

Professor, fique a vontade para levar para a sala de aula caso considere necessário ampliar a
discussão, uma reflexão sobre a ideia de democracia. Para isso, revisite o conceito lembrando
que a democracia é um dos princípios do Estado brasileiro, previsto na Constituição Federal
de 1988. Pode ser salientada a relevância do documento que versa sobre o funcionamento de
todo o país, apresentando os deveres e os direitos dos cidadãos, além das funções atribuídas
ao poder público e que, por garantir tais direitos, é também conhecido como Constituição
Cidadã.

Vale a pena destacar que, para além disso, a Constituição de 1988 ou Constituição Cidadã é
um marco para a nossa democracia, já que garantiu direitos bastante relevantes, liberdades
civis e deveres do Estado.
Para conhecer mais sobre a ideia de democracia e de cidadania, pode ser compartilhado com
os estudantes o primeiro artigo da nossa Constituição:

“Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem
como fundamentos:

I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.”

É fundamental que os estudantes percebam que os dois conceitos estão diretamente


relacionados de modo que na nossa democracia, o poder é emanado de todos os cidadãos e
que estes, por sua vez, possuem três tipos de direitos previstos na Constituição Federal: os
direitos civis, os direitos políticos e os direitos sociais. Professor, a obra Cidadania no
Brasil: o longo caminho, do sociólogo José Murilo de Carvalho, é uma obra importante para a
discussão, apresentando o processo de desenvolvimento da cidadania no país em diferentes
períodos históricos. Para conhecer mais sobre a obra, acesse o artigo de Renato Rodrigues
Lima (Disponível em: https://cutt.ly/MCjhIbp Acesso em 04 set 2022).

Desenvolvimento
Semanas 2 e 3: 4 aulas
Professor, feita a exposição sobre a democracia prevista na nossa Constituição Federal de
1988, retome os elementos apresentados pelos próprios estudantes durante o momento de
sensibilização e articule-os em uma explicação mais aprofundada sobre a cidadania. Busque
tornar o ambiente o mais confortável possível para que todos os estudantes possam contribuir
com suas ideias, se assim o desejarem. Em sua explicação, relembre que existem três tipos
diferentes de direitos.
Na sequência, os estudantes devem colocar a mão na massa e buscar conhecer quais são
os direitos e deveres que configuram os indivíduos enquanto cidadãos. Para tal, divida a
turma em grupos e distribua entre eles as seguintes temáticas: 1) Deveres dos cidadãos; 2)
Direitos sociais; 3) Direitos políticos; 4) Direitos civis. Sugerimos que a distribuição seja feita
de modo que cada temática seja trabalhada por pelo menos dois grupos. Professor, tendo
como base o Eixo de Investigação Científica, a ideia é que aqui os estudantes possam realizar
uma pesquisa em torno da temática recebida pelo grupo, sendo responsáveis ainda por
selecionarem três direitos ou deveres, a depender do tema recebido pelo grupo, que deverão
ser apresentados para toda a turma em um momento posterior.
Sugerimos que os estudantes se dirijam para a biblioteca da escola, sendo uma oportunidade
de realizar a pesquisa em livros e materiais impressos, mas fique a vontade para conduzir a
dinâmica da forma que melhor atender às suas necessidades e a realidade da sua turma.
Existe, por exemplo, a opção da pesquisa ser feita em computadores de um laboratório.
Oriente que os estudantes tenham em mãos papel e caneta para que eles possam registrar as
informações importantes de serem socializadas com a turma.
Finalizadas as pesquisas em grupos, organize a turma em uma grande roda de conversa
onde pelo menos um integrante de cada grupo deve contribuir com as discussões. Para
engajar a roda, levante as seguintes questões: “O que são os direitos sociais/políticos/civis?”,
”Quais são os deveres dos cidadãos?”, “Quais são os exemplos de cada tipo de direito?”, “O
que a pesquisa trouxe de novidade?”. Além disso, sugere-se que os estudantes sejam
convidados a avaliar criticamente a efetivação dos direitos dos cidadãos, trazendo à tona
diferentes narrativas de grupos sociais do cotidiano dos mesmos.

Sistematização
Semana 4: 2 aulas
Para a organização e sistematização do conhecimento mobilizado, solicite que, a partir da
pesquisa e da roda de conversa, cada estudante registre em seu caderno a definição de
direitos sociais, políticos e civis, e exemplos de cada um dos tipos de direitos, além de
exemplos de deveres de cada cidadão. Neste momento, circule pelo espaço da sala de aula
de maneira atenta e disponível para tirar dúvidas que possam surgir. Reforce que o
estabelecimento de tais direitos e deveres a partir da Constituição de 1988, conhecida
também como Constituição Cidadã, são o que constitui a ideia de cidadania, sendo esta
última fundamental para que possamos viver em uma democracia.

Avaliação
● Sugere-se que a avaliação da atividade seja feita a partir da observância da
participação e engajamento dos estudantes nas etapas propostas. Além disso, devem
ser observados os aspectos cognitivos envolvidos na atividade, de modo que a
identificação e leitura crítica dos diferentes direitos e deveres dos cidadãos sejam
avaliadas, bem como o aprofundamento dos conceitos a partir do desenvolvimento da
prática de investigação científica.
Saiba Mais
● BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de
Política. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1998.
● Politize!. Qual a importância da democracia? Disponível em:
<https://cutt.ly/mGYGW84> Acesso em: 29 abril 2022.
● Politize!. Quais são os direitos e deveres dos cidadãos? Disponível em:
<https://cutt.ly/mGYGKAQ> Acesso em: 29 abril 2022.
● Tribunal Superior Eleitoral. Cidadania: um caminho em construção. Disponível em:
<https://cutt.ly/9HuoK6H> Acesso em: 11 maio 2022.
● Politize!. Afinal, você sabe o que é democracia? Disponível em:
https://cutt.ly/WHua6eC Acesso em: 11 maio 2022.
ATIVIDADE 2
Objetivo
● Os estudantes se debruçam sobre a ideia de direito compreendendo seu caráter
diverso e se aprofundando especificamente nos direitos do consumidor.
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica

Introdução
Semana 5: 2 aulas
Professor, na atividade anterior os estudantes tiveram contato com a Constituição Federal de
1988 e com as noções de democracia e de cidadania para então compreenderem parte dos
direitos fundamentais previstos na nossa carta magna e conferidos a todos os cidadãos. Para
o desenvolvimento da Atividade 2, recomendamos que a primeira aula seja iniciada com um
rápido apanhado dos aprendizados da Atividade 1, para que os estudantes percebam que na
Atividade 2 eles terão a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos acerca dos seus
direitos enquanto cidadãos.

A temática dos direitos do consumidor reforça o importante papel da Constituição Federal de


1988 na garantia dos direitos fundamentais dos brasileiros, uma vez que ela ampara a
promulgação do Código de Defesa do Consumidor ocorrida em 1990, sendo a referência do
consumidor acerca dos seus direitos e deveres de consumo.

Professor, esta atividade deve oferecer aos estudantes o contato com seus direitos de
consumidor assegurados pelo Código de Defesa do Consumidor, favorecendo a análise de
situações problema envolvendo temas e processos de natureza social considerando dados e
informações do Código de Defesa do Consumidor, documento disponível na internet.

Para isso, o ideal é que sejam canalizados esforços para que os conteúdos abordados na
atividade possam se relacionar com as experiências dos estudantes, de modo a dialogar com
a realidade vivida por eles. Dessa forma, busque mobilizar conhecimentos produzidos na
Formação Geral Básica no componente de Sociologia e outros, que podem estabelecer um
link entre a expansão do sistema capitalista, o processo de globalização e a temática do
consumo. Mobilize também a vivência dos próprios estudantes fora dos muros da escola a
partir da sua interação com o mundo do consumo.

A atividade pode ser iniciada com as seguintes indagações: “Vocês já ouviram falar do Código
de Defesa do Consumidor?” e “Vocês sabiam que é obrigatório que o Código de Defesa do
Consumidor esteja disponível para consulta em todos os estabelecimentos comerciais do
país?”. Em seguida, apresente o documento enquanto importante instrumento para que os
cidadãos possam fazer valer seus direitos junto às instituições, garantindo que haja justiça
nas relações de consumo.

Para gerar uma primeira aproximação com o objeto de estudo da atividade, apresente aos
estudantes o Artigo 4 da Lei n°8.078 de 1990, que institui o Código de Defesa do Consumidor:
“Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento
das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a
proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem
como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes
princípios:
I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo;
II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor:
a) por iniciativa direta;
b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações representativas;
c) pela presença do Estado no mercado de consumo;
d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de qualidade,
segurança, durabilidade e desempenho.”

Desenvolvimento
Semanas 6 e 7: 4 aulas
Professor, para favorecer a identificação de direitos de consumo dos estudantes a partir de
suas próprias experiências no mundo do consumo, sugerimos aqui a metodologia da
aprendizagem baseada em problemas. Para tal, anuncie que a turma deve se dividir em
grupos e que cada grupo receberá por escrito a descrição de uma situação problema. A
distribuição deve ser feita de modo que cada situação problema seja trabalhada por dois
grupos. Os estudantes devem fazer a leitura do texto recebido e, coletivamente, identificar
onde se encontra a violação de direitos do consumidor presente naquele texto. Para o
desenvolvimento da atividade de maneira alinhada ao eixo de Investigação Científica, cada
grupo deve ter à disposição o Código de Defesa do Consumidor para consulta, seja o material
físico ou o disponibilizado gratuitamente na internet pelo site do Projeto PCD Legal em
biblioteca virtual com conteúdo acessível a todas as pessoas (Fonte: PCD Legal. Disponível
em <https://cutt.ly/VHstC0D>. Acesso em: 11 mai. 2022.), sendo livre também a pesquisa em
outras fontes de conhecimento científico.

Após a leitura da situação problema recebida pelo grupo, todos deverão buscar responder a
seguinte pergunta: “Onde se encontra a violação de direitos do consumidor presente na
situação recebida?”. Os estudantes devem, além de apontar a violação identificada pelo
grupo, embasar tal apontamento no Código de Defesa do Consumidor. Oriente os estudantes
a se prepararem para, ao final da atividade, apresentarem diante da turma a situação
problema estudada pelo grupo e o que o Código de Defesa do Consumidor versa sobre o
assunto.

Distribua entre os grupos as seguintes situações:

Situação 1: Dona Maria foi ao supermercado comprar um pacote de arroz que faltava em sua
despensa. Chegando lá, ela escolheu o pacote de arroz da marca desejada e se dirigiu ao
caixa do estabelecimento. Já no caixa, o atendente a informou de que o arroz da marca
escolhida pela Dona Maria só é vendido quando comprado junto com um pacote de feijão, da
mesma marca. Dessa forma, restava a Dona Maria comprar também um pacote de feijão, o que
não faltava na sua despensa, ou deixar de comprar o pacote de arroz da marca desejada por
ela.
Situação 2: Certo dia, Angélica recebeu em sua casa um cartão de crédito enviado pelo seu
banco. Angélica não entendeu o porquê de ter recebido aquele cartão, uma vez que havia
acabado de entrar no seu primeiro emprego e nunca realizou nenhuma solicitação de cartão de
crédito. Buscando esclarecimentos, Angélica entrou em contato com o banco, que explicou que
para o cartão ser usado, ele deveria ser desbloqueado por ela, que o faria apenas se decidisse
fazer uso do cartão.

Situação 3: Pedro assistiu na televisão uma propaganda da marca de roupas que ele mais
gosta de usar. A propaganda anunciava um modelo de camisa lançado a pouco tempo sendo
vendida à um preço promocional em uma rede de lojas que contava com uma unidade no
centro da cidade. Animado, Pedro foi até a loja e, chegando lá, foi informado de que a
promoção só estava disponível na unidade da loja localizada na cidade vizinha.

Situação 4: Marcos resolveu comprar para seu filho um tênis novo. Foi até uma loja de
calçados, escolheu o modelo, realizou o pagamento e levou o tênis para casa. Chegando lá,
Marcos presenteou o filho, que ao calçar o tênis, notou que o mesmo ficou um pouco justo nos
seus pés. No dia seguinte, Marcos retornou na loja e solicitou a troca do tênis por uma
numeração maior. Entretanto, foi informado de que a loja não estava realizando trocas daquele
modelo de tênis específico.

Após a distribuição dos textos, a leitura, discussão e pesquisa tendo como referência o
Código de Defesa do Consumidor, conduza a turma para a apresentação do que foi
desenvolvido no interior de cada grupo. É importante que seja apresentada a violação de
direito identificada e seu embasamento no referido documento, de modo que todos acessem
as discussões sobre as quatro situações problema. Professor, recomendamos que seja
reservado para o desenvolvimento o tempo de uma aula completa
Sistematização
Semana 8: 2 aulas
Para que os conhecimentos mobilizados nesta atividade possam ser sistematizados pelos
estudantes, indicamos que seja solicitado aos mesmos que registrem em seus cadernos
algumas informações sobre o estudo desenvolvido. Seguem as perguntas norteadoras do
registro:
1) Qual foi a violação de direito presente na situação problema recebida pelo seu grupo?;
2) Você já passou ou conhece quem tenha passado por situação parecida? Caso tenha
passado, como procedeu?;
3) O que orienta o Código de Defesa do Consumidor sobre casos como o estudado pelo
seu grupo?
Professor, é possível ainda ampliar o alcance das perguntas, solicitando que sejam
consideradas também as situações problema trabalhadas e apresentadas pelos demais
grupos da turma.

Avaliação
● Professor, para a avaliação da atividade 3 sugerimos que observe o envolvimento dos
estudantes nas discussões feitas em grupo acerca dos materiais indicados, bem como
nas apresentações feitas para toda a turma. A etapa da sistematização também pode
ser importante para a avaliação da atividade, sendo uma oportunidade de perceber a
apropriação dos conhecimentos propostos. Além disso, indica-se que a avaliação
considere se os estudantes desenvolveram a habilidade de identificar direitos do
consumidor e formas de violação desses direitos.
Saiba Mais
● BRASIL. Lei n° 8.078, de 11 de setembro de 1990. Dispõe sobre a proteção do
consumidor e dá outras providências. Disponível em: <https://cutt.ly/5HsuFb1>. Acesso
em: 12 maio 2022.
● BAUMAN, Zygmunt. Vida para consumo: A transformação das pessoas em
mercadoria. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2008.
● BAUDRILLARD, Jean. A sociedade de consumo. Rio de Janeiro: Elfos Editora, 1995.
● Politize!. Código de Defesa do Consumidor: você conhece seus direitos?.
Disponível em <https://cutt.ly/0Hsotnd>. Acesso em: 12 maio 2022.

ATIVIDADE 3
Objetivo
● Os estudantes desenvolvem pesquisa em documentos de referência e outros e
entendem o conceito de Direito da Família de forma articulada à realidade cotidiana.
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica, Processos Criativos

Introdução
Semana 9: 2 aulas
Professor, nesta atividade os estudantes conhecerão mais uma face dos direitos dos
cidadãos, garantida a partir do que prevê a nossa Constituição Federal de 1988: o Direito da
Família. Em seu Artigo 226, a carta magna que versa sobre os direitos e deveres dos
brasileiros coloca a família como a base da sociedade e sob a proteção do Estado. É
importante que sejam mobilizados os conteúdos trabalhados pelos estudantes no âmbito da
Formação Geral Básica que possibilitam o entendimento da família enquanto parte
fundamental da primeira etapa do processo de socialização dos indivíduos e também
enquanto uma instituição social, bem como o Estado a reger seus direitos.

Pretende-se nesta atividade abordar o conceito de família a partir das garantias previstas pela
Constituição Federal de 1988 acerca dos direitos das famílias e a partir de referências
bibliográficas do campo das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. A atividade 3 do CC3 é
ainda uma oportunidade de apresentar aos estudantes o Ministério das Mulheres, Família e
Direitos Humanos, parte que compõe a estrutura governamental do nosso país e que trata de
políticas públicas voltadas para atender a toda essa população. Além disso, os estudantes
poderão utilizar diferentes gêneros textuais de forma crítica, significativa, reflexiva e ética para
difundir informações sobre a temática. Trata-se ainda da oportunidade de selecionar e
mobilizar intencionalmente recursos criativos para resolver problemas reais relacionados a
temas e processos de natureza social em âmbito local.

Sugerimos que, para iniciar a atividade, seja compartilhado com os estudantes o Art. 226 da
Constituição Federal, e os demais artigos do Capítulo XII, que trata “Da Família, da Criança,
do Adolescente, do Jovem e do Idoso” e se encontra disponível no link
<https://cutt.ly/tXezTFv>. É recomendado que, a partir de uma leitura coletiva, os estudantes
sejam indagados pelas seguintes questões: como você percebe o direito da família na sua
comunidade? Você percebe garantias? Você percebe violações? Qual é a importância
do direito da família para a sociedade?

Na sequência, para elucidar a ideia de direitos da família, indicamos que os estudantes sejam
convidados a refletir sobre esses direitos no contexto da pandemia de Covid-19. Isto é, como
a pandemia afetou as relações familiares dos brasileiros? Objetiva-se que a discussão
propicie uma análise, por parte dos estudantes, da garantia dos direitos da família no cenário
proposto. Professor, neste momento você pode dividir a turma em grupos menores de
discussão e disponibilizar para cada um deles o material disponível no link
<https://cutt.ly/bXecQLL> (Politize!, 2021. Acesso em 14 set. 2022) como subsídio.

Desenvolvimento
Semanas 10 e 11: 4 aulas
Professor, para o desenvolvimento da atividade indicamos a metodologia da sala de aula
invertida. Para isso, deve ser solicitado aos estudantes que cheguem na sala de aula para a
realização da atividade, tendo feito uma pesquisa anterior sobre a temática. Recomendamos
que os estudantes sejam orientados a:

1) Buscar na internet ou em livros, fontes confiáveis que tratem da temática da família no


campo das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (professor, no Saiba Mais você
encontra sugestões de fontes de pesquisa);

2) Realizar a leitura dos materiais;

3) Buscar conhecer as múltiplas configurações da instituição família;

4) Registrar no caderno as informações que forem novas.

Dessa forma, conduzindo a atividade dentro de sala de aula, pergunte aos estudantes quais
foram as principais informações obtidas por eles na pesquisa feita previamente. Professor,
você pode fomentar esse momento inicial com as seguintes perguntas sensibilizadoras: Na
opinião de vocês, porque existem os direitos da família? Quais foram os diferentes
tipos de famílias encontrados nas pesquisas?

A partir das questões apresentadas pelos próprios estudantes, conduza a discussão de modo
a evidenciar o papel central da Constituição de 1988 (BRASIL. Constituição da República
Federativa do Brasil de 1988. Artigo 226º. Disponível em: https://cutt.ly/7GZUfxn. Acesso em:
04 mai. 2022) enquanto marco histórico que garante os direitos das famílias brasileiras. Na
mesma dinâmica, de dar lugar às considerações feitas pelos estudantes, busque mobilizar a
experiência cotidiana dos mesmos, considerando os conhecimentos expressos através de
suas falas e relatos.

Na sequência, em aula expositiva, sugerimos que você apresente aos estudantes o Ministério
da Mulher, Família e Direitos Humanos (MMFDH), instância do poder executivo federal que
tem a função de elaborar e implementar políticas públicas que assegurem os direitos
humanos no Brasil. É importante destacar que os direitos da família se incluem neste contexto
e que o MMFDH conta com uma secretaria específica para tratar da pasta, a Secretaria
Nacional da Família. Professor, a apresentação do MMFDH é uma oportunidade de
disponibilizar aos estudantes a página do site oficial do órgão que se encontra no link
https://cutt.ly/0C2puaL (Acesso em 14 set. 2022). Dessa forma, os estudantes podem
investigar e analisar dados relacionados aos direitos da família enquanto processo de
natureza social, em âmbito nacional, considerando dados e informações disponíveis no site
disponibilizado.

Sistematização
Semana 12: 2 aulas
Professor, para a sistematização dos conteúdos trabalhados nesta atividade, solicite que os
estudantes desenvolvam uma produção textual acerca da temática do direito da família, de
modo articulado aos conhecimentos trabalhados ao longo da atividade. A ideia é que os
estudantes mobilizem o gênero textual de sua preferência, seja ele verbal ou não verbal, em
uma produção voltada para a difusão de saberes sobre os direitos da família. A produção
pode ser construída, por exemplo, no formato de uma publicação para as redes sociais do
estudante ou mesmo para as redes sociais da escola, se existirem.

Avaliação
● .Professor, para a avaliação da atividade, considere os registros feitos nos cadernos
dos estudantes a partir da pesquisa desenvolvida previamente. Além disso, há dois
aspectos a serem observados: o primeiro deles é a interação com a temática durante a
condução das discussões em sala de aula, e o segundo é o envolvimento do estudante
na produção textual proposta. Observe se o estudante mobiliza recursos criativos
articulando os conhecimentos sobre direito da família no texto verbal ou não verbal
produzido para a difusão de saberes.
Saiba Mais
● SOUSA, Mônica; WAQUIN, Bruna. Do direito de família ao direito das famílias: a
repersonalização das relações familiares no Brasil. Revista de Informação
Legislativa, Brasília, Ano 52 Número 205 jan./mar. 2015.
● Politize!. Direito da família: o que mudou com a COVID-19? Disponível em:
https://cutt.ly/WJjZELv. Acesso em 1 jun 2022.
● COSTA, Lívia Fialho. Notas sobre formas contemporâneas de vida familiar e seus
impactos na educação dos filhos. In: NASCIMENTO, Antonio Dias; HETKOWSKI, Tânia
Maria. (Org.) Educação e contemporaneidade: pesquisas científicas e tecnológicas.
Salvador: EDUFBA, 2009. Disponível em: https://cutt.ly/hXevWJv. Acesso em 11 ago
2022.
● SILVA, Anderson Vicente da. O que é família? In: BODART, Cristiano das Neves.
Conceitos e categorias do Ensino de Sociologia, vol.1. Maceió: Editora Café com
Sociologia, 2021. pp. 89-94
● BARRETO, Luciano. Evolução Histórica e Legislativa da Família. 10 anos do Código
Civil: aplicação, acertos, desacertos e novos rumos. Rio de Janeiro: EMERJ, 2013.

ATIVIDADE 4
Objetivo
● Os estudantes investigam e analisam situações problemas sob a ótica dos Direitos
Humanos e de diferentes correntes de pensamento.
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica

Introdução
Semana 13: 2 aulas
Professor, a atividade quatro do CC3 propõe um olhar sobre a declaração dos Direitos
Humanos, recorrendo à noção de justiça, igualdade e fraternidade a partir da análise de seu
primeiro e quinto artigos que determinam respectivamente que “Todos os seres humanos
nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem
agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade” e “Ninguém será submetido à
tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante” (Declaração Universal
dos Direitos Humanos, 1948. Disponível em https://cutt.ly/bC9nmCk. Acesso em 14 set.
2022).

A atividade propõe também que os estudantes sejam convidados a identificar os progressos e


entraves à concretização dos direitos previstos nos artigos 1 e 5 da Declaração Universal dos
Direitos Humanos nas diversas sociedades contemporâneas e a promover ações concretas
diante da desigualdade e das violações desses direitos em diferentes espaços de vivência,
respeitando a identidade de cada grupo e de cada indivíduo.

Sugere-se que a etapa de introdução seja desenvolvida em aula expositiva dialogada


apresentando aos estudantes o documento da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Eles deverão realizar a leitura do preâmbulo e dos artigos 1 e 5. Na sequência, sensibilize os
estudantes com as seguintes perguntas: Como vocês analisam a efetivação dos direitos
previstos nos artigos 1 e 5 da Declaração Universal dos Direitos Humanos no nosso
país? E em outros países? Informe aos estudantes que a pena de morte não é parte do
Código Penal brasileiro, sendo proibida pela Constituição Federal de 1988 em seu artigo 5
(Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em
https://cutt.ly/bC9On6O. Acesso em 14 set. 2022) e se configurando como uma violação do
direito à vida e do direito de viver sem tortura, inerente a todos os seres humanos.

Desenvolvimento
Semanas 14 e 15: 4 aulas
Ao início do desenvolvimento indica-se a condução de uma discussão sobre os marcadores
culturais, religiosos e políticos atrelados a adoção desse tipo de medida em determinados
países e sua relação com correntes de pensamento e perspectivas de justiça. Sendo a pena
de morte considerada como o tipo de punição mais cruel e desumana, a medida já não é
praticada em mais da metade dos países. Entretanto, no ano de 2021 foram registradas 579
execuções por pena de morte em 18 países, segundo o Relatório Anual Sobre a Pena de
Morte 2021 disponibilizado pela Amnistia Internacional (Disponível em
https://cutt.ly/DC99hPm. Acesso em 14 set 2022). Este e outros relatórios produzidos pela
organização podem subsidiar o momento de desenvolvimento.

Professor, sugere-se que após a discussão a turma seja dividida em grupos que trabalharão a
partir da metodologia ativa de aprendizagem entre pares. Eles desenvolverão uma atividade
de pesquisa e indicamos que sejam distribuídas entre os grupos três diferentes temas: 1)
Direito Penal Máximo; 2) Abolicionismo Penal; e 3) Garantismo Penal. Explique que cada
tema recebido trata de uma corrente de pensamento distinta do direito penal. Cada uma tem
suas especificidades e os grupos devem investigar e analisar situações problema envolvendo
a temática da pena de morte, sob a perspectiva recebida pelo grupo e considerando dados e
informações disponíveis em diferentes mídias.

Sugere-se que os estudantes sejam orientados a pesquisar sobre situações que podem ou
não ser consideradas crimes, a depender do contexto, e sobre os tipos de punições aplicadas.
Podem ser situações relacionadas a, por exemplo: tráfico de drogas, homossexualidade,
manifestações religiosas, contestação política, homicídio, entre outros. Ao final da atividade,
cada grupo deve ter destacado ao menos uma situação problema e realizado sua análise sob
a perspectiva da corrente de pensamento recebida.

Sistematização
Semana 16: 2 aulas
A partir das investigações feitas ao longo da atividade, sugere-se a realização de uma roda de
conversa sobre o princípio da dignidade da pessoa humana e o direito à vida onde ao menos
um representante de cada grupo deve expor sobre o trabalho desenvolvido na etapa anterior.
A ideia é que os estudantes possam compartilhar as situações problema e as análises feitas a
partir das correntes teóricas mobilizadas de modo a desenvolver sobre os avanços e entraves
relacionados à concretização dos artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos
tratados ao longo da atividade. Ainda em formato de roda de conversa, os estudantes devem
construir coletivamente um texto informativo sobre a importância da garantia dos direitos à
vida e a dignidade da pessoa humana a ser compartilhado entre as outras turmas da escola.
Avaliação
● Para a avaliação da atividade 4, observe o envolvimento de cada estudante nas
discussões e na investigação propostas. Considere a apropriação do conteúdo
observada a partir da análise desenvolvida acerca dos artigos 1° e 5° da Declaração
Universal dos Direitos Humanos e da temática desenvolvida no interior dos grupos.
Saiba Mais
● Politize!. O que são os Direitos Humanos? Disponível em: https://cutt.ly/xC45e0s
Acesso em: 15 set 2022.
● Politize!. Direito Penal: o que é? Disponível em: https://cutt.ly/lC45Dj2 Acesso em: 15
set. 2022.
● Politize!. Abolicionismo penal: entenda esse debate. Disponível em:
https://cutt.ly/WC46hg0 Acesso em: 15 set. 2022.

ATIVIDADE 5
Objetivo
● Os estudantes reconhecem o Estatuto da Criança e do Adolescente enquanto fruto de
uma luta histórica pelos direitos de crianças e adolescentes brasileiras e desenvolvem
projetos articulando o entendimento de direito entre seus pares.
Eixos Estruturantes
● Investigação Científica, Processos Criativos, Mediação e Intervenção Sociocultural

Introdução
Semana 17: 2 aulas
Professor, a última atividade do Módulo, “Conhecendo os Meus Direitos”, é dedicada ao
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), documento que prevê os direitos pertencentes a
todas as pessoas menores de 18 anos de idade. Sendo elemento central na discussão acerca
dos direitos de crianças e adolescentes brasileiras, o ECA existe desde 1990 como fruto da
mobilização de movimentos sociais e é um marco histórico visto que até seu estabelecimento,
o documento vigente era o Código de Menores, voltado para a punição de crianças e
adolescentes tratadas no referido documento como “menores em situação irregular”. O ECA,
portanto, é o documento que marca o reconhecimento de crianças e adolescentes enquanto
sujeitos de direito e, por isso, é fundamental para pensar a cidadania dessa parcela da
sociedade.

Professor, tendo em vista o contexto em que o ECA é instituído no Brasil pela Lei nº 8.069 de
1990, sugerimos que seja feita uma exposição sobre a luta pelos direitos de crianças e
adolescentes que se relaciona ao documento, bem como a revogação do Código de Menores.
Essa é uma oportunidade de mobilizar os conhecimentos trabalhados na Formação Geral
Básica no componente curricular de Sociologia ou outras, que desenvolvem os conceitos de
ação coletiva e movimentos sociais, favorecendo a compreensão da forma pela qual a
população se organiza e expressa suas demandas.

O Estatuto da Criança e do Adolescente define a proteção integral e prioritária que o Estado, a


família e a sociedade devem garantir aos sujeitos menores de idade. Os direitos em questão
se apresentam ao longo de 267 artigos sobre direito à convivência familiar e comunitária, à
educação, à cultura, à saúde, dentre outras temáticas. São, portanto, muitas as possibilidades
para se abordar o documento. Para um primeiro contato com o documento, sugerimos os
artigos 16, 53 e 58, que versam sobre o direito à liberdade, ao respeito e à dignidade e sobre
o direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer, que seguem:

“Capítulo II - Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade


Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:
I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as
restrições legais;
II - opinião e expressão;
III - crença e culto religioso;
IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;
V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;
VI - participar da vida política, na forma da lei;
VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.
Capítulo IV - Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação
para o trabalho, assegurando-se-lhes:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - direito de ser respeitado por seus educadores;
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares
superiores;
IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;
Art. 58. No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e
históricos próprios do contexto social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes
a liberdade da criação e o acesso às fontes de cultura.”

Além da apresentação expositiva do objeto de conhecimento e o contexto histórico de sua


criação, é interessante que o documento seja disponibilizado para os estudantes, seja em sua
versão impressa ou digital, estando esta última disponível para download no site do Ministério
da Família, Mulheres e Direitos Humanos (Disponível em: https://cutt.ly/8Jkrsvt. Acesso em 30
maio de 2022). A apropriação do documento por parte dos estudantes é fundamental para o
desenvolvimento desta atividade que, nas aulas seguintes, se dedicará à construção de uma
proposta de intervenção no espaço escolar desenvolvida a partir da aprendizagem baseada
em projetos.

Desenvolvimento
Semanas 18 e 19: 4 aulas
Professor, o desenvolvimento da atividade é proposto em dois momentos. O primeiro deles
consiste na realização de pesquisa acerca da temática e o segundo na realização de uma
chuva de ideias. Sugerimos que seja orientado aos estudantes a realização de uma pesquisa
individual ou em duplas acerca do Estatuto da Criança e do Adolescentes. A ideia é que, por
meio de pesquisa desenvolvida no material na íntegra, em estudos publicados sobre o tema,
em notícias e/ou reportagens que tratem sobre os direitos de crianças e adolescentes no
Brasil, os estudantes possam reconhecer a si mesmos e a seus pares enquanto sujeitos de
direitos, além ampliar seus entendimentos acerca da efetivação de tais direitos.
A pesquisa pode ser realizada em computadores da escola (quando disponíveis), dispositivos
móveis, livros e/ou revistas, e é fundamental o acompanhamento do professor durante o
processo de modo a garantir que as fontes de informação utilizadas sejam sérias e confiáveis.
Professor, é muito importante que nesta etapa da atividade os estudantes acessem o Estatuto
da Criança e do Adolescente, para que possam explorá-lo e conhecê-lo melhor. Além disso,
pode ser interessante orientar a pesquisa a partir de algumas perguntas como, por exemplo:
Quais os direitos previstos no ECA que mais chamam a sua atenção? O que significa
ser sujeito de direito? O que é o princípio da prioridade absoluta? Os direitos das
crianças e adolescentes brasileiras têm sido respeitados? Quais são as principais
violações sofridas pelas crianças e adolescentes?
Professor, caso seja possível, recomendamos que para a realização da roda de conversa seja
considerada a ideia de levar para a sala de aula um convidado referência no campo dos
direitos de crianças e adolescentes no município, após a realização da pesquisa. É uma
oportunidade de estabelecer diálogos entre a escola e a comunidade externa, e de garantir
que os estudantes tenham contato com a realidade da efetivação dos direitos das crianças e
dos adolescentes no seu território, podendo também conhecer mais sobre os equipamentos
de proteção que existem na sua cidade. Caso a ideia seja considerada, sugerimos o tempo de
uma aula completa para a realização de uma roda de conversa com o convidado, organizada
pelos estudantes, a partir do tema “Os direitos das crianças e adolescentes na nossa cidade”,
enquanto proposta de ação coletiva na escola de mediação e intervenção sobre problemas de
natureza sociocultural baseadas no respeito às diferenças, na escuta e na empatia.
Não havendo a possibilidade de contar com um convidado, a roda de conversa pode ser
realizada entre os estudantes de modo a analisar situações da vida cotidiana, estilos de vida,
etc., desnaturalizando e problematizando formas de desigualdade, preconceito, intolerância e
discriminação, sob a ótica dos Direitos Humanos de crianças e adolescentes, momento
subsidiado pela pesquisa realizada anteriormente e compartilhado com as demais turmas da
escola.

Sistematização
Semana 20: 2 aulas
Para a sistematização da atividade, indicamos que sejam respondidas pela turma algumas
perguntas a respeito da proposta de intervenção desenvolvida no espaço escolar, a saber:
Qual é a importância do ECA na defesa dos direitos da criança e do adolescente? Quais
são os desafios enfrentados na efetivação dos direitos de crianças e adolescentes?
Qual é a importância de informar crianças e adolescentes sobre os seus direitos?
Professor, você poderá seguir utilizando o espaço do quadro para registrar as perguntas e
respostas dadas pelos estudantes, informações que também deverão ser registradas no
caderno de cada estudante seguindo o modelo de um mapa mental.

● Na avaliação da atividade 5, sugerimos que seja observado o envolvimento dos


estudantes com a pesquisa científica realizada e a articulação dos conhecimentos
produzidos a partir da realização da roda de conversa. Avalie ainda a postura da turma
na dinâmica da roda a partir da interação com os pares e com a temática no
desenvolvimento das discussões coletivas. Por fim, é importante que o estudante tenha
se envolvido no processo de sistematização da atividade de modo a expressar a
apropriação dos conhecimentos trabalhados.
Saiba Mais
● BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). 1990. Disponível em:
<https://cutt.ly/SJkewMU> Acesso em 27 maio 2022.
● BRASIL. Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Lei nº 8.069, 13 de
julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras
providências. Diário Oficial da União. ano 1990, Disponível em:
<https://cutt.ly/oJk0UH1>. Acesso em: 6 jun. 2022.
● TV Senado. Código de Menores: os crimes e os castigos na adolescência brasileira.
Youtube, 7 abr. 2017. Disponível em: <https://cutt.ly/MJk9ZjG> Acesso em 1 jun. 2022.
● SILVA, Afrânio et al. Sociologia em movimento. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2016.
● GOHN, Maria da Glória Marcondes. Teoria dos movimentos sociais: paradigmas
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BRASIL, PORTARIA Nº 1532/2018 – ESTABELECE REFERENCIAIS CURRICULARES
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