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TEORIA DO APEGO

Maria Aparecida Bonfim


Teoria do Apego

 ♦ Teoria criada por John Bowlby, a partir da


monografia de 1951, intitulada “Cuidados
Maternos e Saúde Mental”.

 ♦ Revê as provas relativas aos efeitos


adversos da privação materna para o bebê,
discutindo os meios de prevení-los.
Teoria do Apego

 ♦ Bowlby embasou sua teoria nos seguintes


campos:

 Psicanálise

 Biologia Evolucionista

 Etologia

 Ciências Cognitivas
Teoria do Apego

 Bowlby (1969) postulou que pressões


evolutivas levaram os filhotes,
particularmente os mamíferos, a
desenvolverem estratégias comportamentais
peculiares em sua relação com o cuidador, tal
como manter-se próximo da figura de intenso
cuidado (figura de apego).
Teoria do Apego

 Assim, a função básica do apego nas


diferentes espécies e, com destaque para a
relação mãe-bebê primata, seria a proteção
contra os predadores.
Teoria do Apego

BEBÊS HUMANOS “PROGRAMADOS”

COMPORTAMENTOS GARANTEM CUIDADOS E


PROXIMIDADE DOS ADULTOS

FORTES ELOS EMOCIONAIS COM


CUIDADORES

SOBREVIVÊNCIA
Teoria do Apego

 Harlow (1958) conduziu seu famoso


experimento com macaco rhesus (Cebus
apella xanthosternos )/ “The Nature of Love”.
Teoria do Apego

Bowlby enfatiza sete características para o apego:


- Especificidade
- Duração
- Envolvimento Emocional
- Ontogenia
- Aprendizagem
- Organização
- Função Biológica
Teoria do Apego

 FASES DO DESENVOLVIMENTO DO APEGO

Fase 01: Orientação e sinalização não


focalizadas
• Comportamentos inatos promotores de
proximidade:
• Chora/ faz contato visual/ agarra-se/
aconchega-se/ responde aos cuidados
tranquilizando-se
Teoria do Apego

Fase 02: Foco em uma ou mais figuras (+- 3


meses)

* Sorriso eletivo para os cuidadores.


Teoria do apego

 Fase 03: Comportamento de base segura (+ ou – 6


meses)
 Comportamento de apego dirigido aos cuidadores:
• Busca proximidade
• Chora ao afastamento
• Mostra alegria no retorno da pessoa que é a figura
de apego
• Explora o ambiente em presença da pessoa que é a
figura de apego.
Teoria do Apego

 Comportamentos de Apego
• Medo de desconhecidos - início em torno dos
6 meses, pico em torno dos 12 meses
• Ansiedade de separação – início em torno dos
9 meses, pico entre 12 e 16 meses (dura mais
que o medo de desconhecidos)
• Referência social – bebê é capaz de verificar a
expressão do cuidador antes de decidir se deve
se aventurar em uma nova situação
Teoria do Apego

Padrões de apego observados na situação


estranha
(Mary Ainsworth et al 1978)
• Seguro: o bebê brinca e reage de maneira
positiva à presença de um estranho, desde
que sua mãe esteja presente. Fica perturbado
quando sua mãe sai, mas se acalma assim que
a mãe reaparece (65%)
Teoria do Apego

 Inseguro – Evitativo: o bebê pode ou não


chorar quando sua mãe sai; se fica
perturbado, o estranho será provavelmente
tão eficaz quando sua mãe para lhe
proporcionar conforto; quando a mãe retorna
fica indiferente (21%)
Teoria do Apego

 Inseguro – resistente: o bebê fica perto da


mãe e parece ansioso mesmo quando ela está
por perto. Fica muito perturbado quando a
mãe sai, mas não se sente confortado com o
seu retorno. Ao mesmo tempo, procura
contato com a mãe e resiste aos seus esforços
de confortá-lo (12%).
Teoria do Apego

 Mary Man sugeriu um quarto padrão de


apego que seria o Inseguro Desorganizado -
onde a criança apresenta um comportamento
entorpecido, confuso ou apreensivo, podendo
demonstrar também comportamentos
contraditórios, como evitar o olhar da mãe
enquanto aproxima-se desta (2%).

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