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A HISTORIA

DA CRIANÇA
E DA FAMILIA
PHILIPPE ARIES
INFÂNCIA

Categoria histórica que possui vários


significados, os quais dependem das
relações sociais, econômicas,
políticas, históricas, culturais entre
outras.
CONCEPÇÕES DE INFÂNCIA
 PHILIPPE ARIÈS (1973)
 Historiador francês, nasceu em 1914, em
Blois, na região central da França, e viveu
a maior parte de sua vida em Paris.
Morreu em 1984.
 História Social da Criança e da Família -
este livro custou dez anos de pesquisas,
entre 1950 e 1960.
CONCEPÇÕES DE INFÂNCIA

 PHILIPPE ARIÈS (1973)


 Suas pesquisas foram inspiradas nas
observações e nas “transformações
contemporâneas dos modelos
familiares”. Ariès (1994, p. 133).
 Documentos iconográficos e na
literatura.
 Apresenta um quadro da
criança/família em lenta
transformação.
INFÂNCIA NO SÉCULO XI
 Crianças são adultos em miniatura (roupas,
expressões faciais),
 A arte medieval “desconhecia” a infância
 O sentimento de infância surge entre os
séculos XIII e XVIII (temas religiosos). A
infância se introduz na iconografia
medieval).
 Século XIII não existem crianças
caracterizadas por expressão particular, e
sim homens de tamanho reduzido.
INFÂNCIA NO SÉCULO XI

 As crianças foram tratadas como adultos


em miniaturas: na sua maneira de vestir-
se, na participação ativa em reuniões,
festas e danças. Os adultos se
relacionavam com as crianças sem
considerar suas especificidades, falavam
vulgaridades, realizavam brincadeiras
grosseiras, todos os tipos de assuntos eram
discutidos.
SURGIMENTO DE ALGUMAS
FIGURAÇÕES DE CRIANÇAS

 Menino Jesus ou Nossa Senhora


 Anjo
A criança morta
SÉCULOS XV E XVI

 A criança se torna uma personagem mais


frequentes nas pinturas: crianças com
seus companheiros, com sua família...
 Na vida cotidiana as crianças estavam
misturadas com os adultos, para o
trabalho, o passeio, o jogo.
SÉCULOS XV E XVI

 Os pintores gostavam de representar a


criança por sua graça ou por seu
pitoresco e se compraziam em
representar a presença da criança
dentro do grupo ou da multidão.
 Século XVI- retrato da criança morta
(aparece nas sepulturas de seus mestres).
SÉCULO XVII

 Multiplicam os retratos de crianças vivas;


 Nasce o sentimento da infância
 Início do interesse pela criança
 Retratos de crianças sozinhas e retrato de
crianças em família. Imagens em que as
crianças aparecem no centro
 Registro da linguagem infantil.
 A característica que marcou este período foi o fato de as
crianças estarem inseridas no mundo adulto, sem
diferenciação específica.

 Suas vestimentas eram praticamente iguais as de seus pais


e até certa idade, tornava-se difícil distinguir meninos de
meninas.

 Todas eram tratadas como mini-adultos, além de viverem


em um mundo sem censura.

 Somente a partir do século XVII começou a se reconhecer


a necessidade de discernir a participação das crianças no
mundo adulto.
A criação da infância trouxe consigo a visão
da criança no âmbito familiar como um
brinquedinho frágil, comparado a um anjo

Algumas doutrinas foram adotadas após sua


criação como manter a vigilância contínua sob
as crianças,

ter uma maior preocupação com a decência,


habituá-las desde cedo à seriedade e evitar o
mimo em excesso.
 Ate os 7 anos a criança era criada em
casa
 Dos 7 ou 9 ate os 14 ou 18 eram chamados
de aprendizes e viviam em casas de
desconhecidos servindo-os e aprendendo

 A principal obrigação da criança para o


mestre era servi-lo bem (servir a mesas e
aprender a se comportar nela por ex)

 As meninas são educadas em casa (ate o


sec 18 e 19)
A servidão era vista como aprendizagem, era a
forma comum de educação, assim a criança
aprendia novos valores

As escolas na idade media eram para os


clérigos.

A ideia principal é que a transmissão direta de


conhecimento (pratica) era mais útil

A criança era afastada da família devido ao


aprendizado de vida e a vida não alimentavam
o sentimento profundo.
 A criança se misturava na vida adulta e isso
era visto de maneira comum

 A família era uma entidade moral, existia o


amor, o convívio não.

 As meninas também eram trocadas entre as


famílias para aprenderem a serem donas de
casa até que casassem, por volta dos 13 a 14
anos.
 Privilegio do filho mais velho ou escolha dos pais foi
a base familiar no fim da idade media (ate o sec
17)

 Na metade do sec 17 a igreja era contra a


hereditariedade de bens pois ia contra o novo
conceito de familia afetiva

 Começou a ideia de igualdade entre as crianças e


os pais eram obrigados a aceitar essa igualdade

 Os outros filhos se sentiriam menosprezados


No séc. XV a escola se torna mais importante,
um instrumento comum de passagem da
infância para a vida adulta

Surgia a ideia de isolar a criança inocente do


“mundo sujo” dos adultos
A escola como principal meio de
aprendizagem trouxe uma mudança na vida
das famílias

a ideia de sentimentalismo que agora era a


base da família.

Mantinham os filhos mais próximos possíveis


 Sec 18 – FAMILIA MODERNA
 Diferente de antes agora existe o afeto
 A familia moderna se forma
 Fechada, privada, separada do mundo exterior
 Define-se papeis para os familiares
 FAMILIA PATRIARCAL – pai (homem) é o chefe da familia
 O sexo e o amor eram coisas separadas

 Sec 20 - FAMILIA MODERNA


 Base é o amor romantico
 Novas formulas de papeis
 Não existe o amor sem sexo
Família moderna

 Séc. 18

 Mantem a sociedade a distancia

 Organização da casa era vida particular (defesa


contra o mundo)

 A casa refletia essa privacidade (quartos


separados)

 Surge entre a burguesia e a nobreza


privacidade

 isolamento da familia

 Privacidade é recente e limitada as cidades

 Segundo aries:
 O sentimento da familia seguem a vida privade e
intimidade domestica
 Esse sentimento não se desenvolve se a familia
estiver aberta

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