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C RIA N ÇA , C U LT U R A E

P R ÁT IC A S IN F A N T IS .
. JOÃO B AT ISTA B E ZE RRA LIMA
PROFº. PSI. ESP
QUEM SOU EU?
Olá, meu nome é João Batista, sou professor
universitário (graduação e pós graduação e
psicólogo clinico e da saúde, atuo principalmente
com pacientes com perfil suicida, transtorno de
ansiedade, depressão e etc...

MINHA FORMAÇÃO
1 Psicólogo (CRP 11/13148)
2 Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental
3 Especialista em Docência do Ensino Superior
4 Especializando em Intervenção ABA para Autismo e Deficiência
Intelectual.
QUEM SÃO VOCÊS?

COMO É SEU NOME?

SUA FORMAÇÃO?
INFÂNCIA COMO CONSTRUÇÃO SOCIAL
INFÂNCIA
• A emergência do termo infância, tal como
compreendemos nos dias de hoje, se dá no século XVI e
consolida-se no século XVII.

• Antes, as crianças compartilhavam o mesmo mundo dos


adultos.
• Crianças e adultos compartilhavam os mesmos jogos e brincadeiras,
conforme vemos nesse pintura de Brueghel, do século XVI.

Época do Renascimento mini-adultos


CONDIÇÔES DE POSSIBLIDADES DA INFÂNCIA MODERNA.
• A emergência da infância só foi possível graças a fatores
como;

1) Imposição do controle da família e da criança, da


promoção da vida;

2) Instituições da escola como mecanismo educacional


disciplinador;

3) Normatização da regras para a infância.


CRIANÇA = ADULTOS EM MINIATURA
• A ideia moderna de infância surge no Renascimento
(séc. XV) e consolida-se no Século das Luzes (XVIII),
com o iluminismo.

• Até o século XVI, as crianças eram vistas como


“adultos em miniatura”, não há espaço separado para o
“mundo adulto” e o “mundo infantil”;
SÉCULO XVII
• Somente crianças nobres tinha tratamento diferenciado
e recebiam educação formal.

Carlos II da Espanha.
HISTORIA DA INFANCIA

• A partir do século XVII, na França, a criança passa a ser


associada à fragilidade, dependência e inocência.

• Emerge um “sentimento de infância” e o governo dos


infantis, ou seja, impedir a morte e promover a vida.
AINDA NO SÉCULO XVII
• Crianças nobre no século XVII
MATERNIDADE E CUIDADOS COM A CRIANÇA
• Só a partir do século XVIII as mães passaram a ser
vistas como “cuidadoras” dos filhos, surge a noção de
“amor materno”.

• As amas de leite são substituídas pelas mães no cuidado


das crianças.

• A noção de higiene e cuidados com as crianças passa a


ser central.
A CRIANÇA COMO CENTRO DAS ATENÇÕES MATERNAS E
FAMILIARES.
A CRIANÇA NO SEC. XVIII
• Em meados do século XVIII e ao longo do século XIX, a criança
passou a ser o centro de interesse educativo dos adultos.

• Segundo Oliveira;
[...] a [criança] começou a ser vista como sujeito de necessidade e
objetivo de expectativas e cuidados situados em um período de
preparação para o ingresso no mundo dos adultos, o que tornava a
escola [pelo menos para os que podiam frequentá-la] um instrumento
fundamental (2005, p. 62).
PAPARICAÇÃO E EDUCAÇÃO: O BOM SELVAGEM
• Sentimento de paparicação e compreensão das crianças
como dependentes dos adultos.

• A criança vista como um “bom selvagem” (Rosseau),


doce e dependente, é necessária educá-la para civiliza-
la.

• A criança como o começo e a origem do adulto, ou seja,


a vida adulta é o objeto final.
FAMÍLIA MODERNA

• A família moderna impõe-se como instituição social no


século das Luzes, por volta de 1750, como instrumento
privilegiado de controle das populações.

• A educação primitiva por tirar as crianças da


irracionalidade, levando-as a racionalidade.
• No século XVII, no Brasil era comum o abando das crianças em
portas, em igrejas e nas ruas. Essa prática torna-se um problema,
levando a Corte Imperial a adotar, para estes casos, o mesmo
atendimento adotado em Portugal e na Europa.
FAMÍLIA MODERNA

• Nas classes pobres, o estado encarregava-se das


crianças através da RODA DOS EXPOSTOS e de
orfanatos.
CRIANÇA NO INÍCIO DO SÉCULO XIX:
• Brinquedos de um “mundo infantil”
MENINO GREGO E BRINQUEDO
A MESA DAS CRIANÇAS: SEPARA-SE AS CRIANÇAS DO MUNDO E DOS
ASSUNTOS “ADULTOS”.
AINDA NO SÉCULO XIX
• A escolarização universaliza a infância: todos crianças
devem ser iguais, independente de suas realidades.
ESCOLA RURAL DO SÉCULO XIX: CORPOS DÓCEIS E
DISCIPLINADOS
SÉCULO XIX E XX: DIRETOS UNIVERSAIS DAS CRIANÇAS E A
NOVA ADULTIZAÇÃO DA CRIANÇA

• Diferente modos de se vivenciar a infância: criança


trabalhadora, criança super-protegida, criança-adulto,
entre outros.
Brasil
EDUCAÇÃO INDIGENA
• As crianças indígenas eram instruídas desde cedo pelos
idosos nas aldeias;

• Desenvolviam atividades como cerâmica, confecção de


colares e outros objetos artesanais.
EDUCAÇÃO JESUÍTA
• A criança foi vista pelos padres como tabula rasa, papel branco, para
quem tudo podia ser ensinado;

• As estratégias desenvolvidas com a criança índia forma o ensino da


língua, o teatro, a musica e rituais cristãos acoplados ao ensino
mnemônico.

• Além do ensino religioso, as instruções das habilidades de ler,


escrever e cantar estiveram presentes nas chamadas casas de bê-á-
bá.
EDUCAÇÃO DOS ESCRAVOS
• A criança escrava entre 6 e 12 ano já começava a fazer pequenas
atividades como auxiliares;

• A partir dos 12 anos eram vistas como adultos tanto para o trabalho
quanto para a vida sexual;

• A criança branca, aos 6 ano, era iniciada nos primeiros estudos de


língua, gramática, matemática e boas maneiras.
O JARDIM DE INFÂNCIA
• Em 1875 surge o primeiro jardim de infância particular no Brasil,
fundado por Menezes Vieira no Rio de Janeiro, apesar de sua escola
atender a alta aristocracia da época, Menezes defendia que os
jardins de infância deveriam dar assistência às crianças negras
libertas pelo ventre livre e às com poucas condições econômicas.
O JARDIM DE INFÂNCIA PÚBLICO
• O primeiro Jardim de infância publico é datado de 1896 na
cidade de São Paulo;

• Em 1899 é fundado o IPAI-RJ (Instituto de proteção e assistência


à infância do Rio de Janeiro), que mais tarde abriria filial por
todo o território nacional;

• Nesse mesmo ano que inaugura-se uma creche vinculada à


fabrica de Tecidos Corcovado no RJ.
EDUCAÇÃO INFANTIL NO SÉC. XX
• Em 1919 foi criado o Departamento da Criança no Brasil;

• Na “era do direito” surge um conceito mais amplo de criança e


infância.

• Surgem no Brasil alguns marcos legais importantes e decisivos


na organização e estabilização da Educação Infantil.
CRECHES E PRÉ-ESCOLAS
• 1º Congresso Brasileiro de Proteção à Infância, onde foi
divulgado um levantamento do numero de creches e jarsins de
infância sendo um total de 30 em 1921.
MARCOS LEGAIS
• Constituição de 1988 – a primeira mensão da criança como
sujeito de direito.

• ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente – 1990 – Lei.


8.069/90.

• Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9.394/96


ART. 29 E 30 DA LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

• A educação infantil com primeira etapa da Educação Básica.

• Sendo organizada da seguinte forma:


Creche – 0 a 3 anos;
Pré-escolar – 4 a 6 anos.

• 11/274/06 – Ensino Fundamental de 9 anos.


REGULAMENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL
• A lei de diretrizes e bases da educação nº. 9394 de 1996, dispõe
que a educação infantil é a primeira etapa da educação básica,
podendo ser ofertada em creches e pré-escolas, abrangendo
atualmente a faixa etária de 0 a 5 anos de idade.
AS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS DA
EDUCAÇÃO INFANTIL.
• (DCNEI, Resolução CNE/CEB nº 5/2009)

• Em seu Artigo 4º, definem a criança como:

• sujeito histórico e de direitos, que, nas interações, relações e


práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal
e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa,
experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a
natureza e a sociedade, produzindo cultura (BRASIL, 2009).
DIREITOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO NA
EDUCAÇÃO INFANTIL

• A partir dos eixos estruturantes da educação


infantil, que são as interações e as
brincadeiras, a Base estabelece seis direitos
de aprendizagem e desenvolvimento.
DIREITOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO NA
EDUCAÇÃO INFANTIL

• Conviver com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes


grupos, utilizando diferentes linguagens, ampliando o
conhecimento de si e do outro, o respeito em relação à cultura e
às diferenças entre as pessoas.
DIREITOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO NA
EDUCAÇÃO INFANTIL

• Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes


espaços e tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos),
ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais,
seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas
experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas,
cognitivas, sociais e relacionais.
DIREITOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO NA
EDUCAÇÃO INFANTIL

• Participar ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do


planejamento da gestão da escola e das atividades propostas pelo
educador quanto da realização das atividades da vida cotidiana,
tais como a escolha das brincadeiras, dos materiais e dos
ambientes, desenvolvendo diferentes linguagens e elaborando
conhecimentos, decidindo e se posicionando.
DIREITOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO NA
EDUCAÇÃO INFANTIL

• Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores,


palavras, emoções, transformações, relacionamentos, histórias,
objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando
seus saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as
artes, a escrita, a ciência e a tecnologia.
DIREITOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO NA
EDUCAÇÃO INFANTIL

• Expressar, como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas


necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses,
descobertas, opiniões, questionamentos, por meio de diferentes
linguagens.
DIREITOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO NA
EDUCAÇÃO INFANTIL

• Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural,


constituindo uma imagem positiva de si e de seus grupos de
pertencimento, nas diversas experiências de cuidados, interações,
brincadeiras e linguagens vivenciadas na instituição escolar e em
seu contexto familiar e comunitário.
PRÁTICAS INFANTIS

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