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História da Educação Infantil

Aula 2
História da
Educação Infantil
• As crianças sempre existiram,
entretanto, o conceito de infância não;
• Na Idade Média, as crianças não se
diferenciavam dos adultos, pois eram
vistas como “adultos em miniatura” e
que, a partir de quando fossem capazes
de terem “participação na guerra ou
para reprodução”, é que estariam
inseridas no mundo adulto.
• Na Idade Média, as crianças
pequenas não tinham função social
antes de trabalharem [...]. Aquelas
que eram pobres, assim que cresciam
Crianças e eram inseridas no mundo do
as classes trabalho, sem qualquer diferenciação
entre adultos e crianças. As crianças
sociais nobres tinham seus educadores e
eram vistas como miniaturas dos
adultos e deveriam ser educadas para
o futuro [...]
Com o advento do capitalismo, ocorreram
mudanças gradativas nos arranjos familiares da
sociedade burguesa, proporcionando um
“sentimento de família”, no qual os componentes
familiares passam a estar mais unidos. Isto
implica em mudanças de valores e,
consequentemente na percepção da criança.
A partir
do século
XVIII
A ideia era que a criança deveria
ser cuidada e resguardada para
garantir a sucessão dos bens
acumulados pela família.
Século XVIII
• Assim, neste período, a
criança foi nascendo
socialmente, considerada
como um ser dependente,
frágil, ignorante e vazio, que
precisava ser treinado para ser
um bom cidadão, cabendo à
família a responsabilidade
pela sua socialização”
Primeiras escolas de educação na primeira
infância
O “nascimento social” da criança exigia nesse novo contexto econômico, uma
formação específica com o objetivo de prepará-las para os novos desafios
apresentados pelo advento do capitalismo, uma vez que ela era vista como um
ser vazio, frágil, ignorante e carente de instruções.

Desta forma, as primeiras escolas de educação na primeira infância nascem,


dada a necessidade de orientação específica às crianças que deveriam aprender
a como conviver em sociedade e administrar os bens de sua família.
A escola confirma-se enquanto
instituição responsável pela separação
das crianças e jovens do mundo adulto,
por meio de práticas autoritárias e
disciplinares em defesa da formação do
ESCOLAS “futuro cidadão”.
DE
EDUCAÇÃO No período da Primeira Revolução
INFANTIL Industrial no século XVIII, foram
fundadas instituições cujo intuito era de
auxiliar as famílias que precisassem sair
para trabalhar por longas horas e não
tinham com quem deixar seus filhos.
Crianças de 2 e 3 anos
Foram organizando-se serviços de
atendimentos coordenados por
mulheres da comunidade para Não havia uma proposta
atender as crianças (…) cujos pais instrucional formal, adotavam
trabalhavam em fábricas, fundições e atividades de canto, de
minas originadas da Revolução memorização, de rezas e alguns
Industrial, que se implantava na exercícios que poderiam ser uma
Europa. Gradativamente, surgiram pré-escrita. Estas atividades
outras formas para o atendimento de voltam-se para o desenvolvimento
crianças fora das famílias, em de bons hábitos de
instituições de caráter filantrópicos comportamento, regras morais e de
com objetivos de organizar as valores religiosos
condições para desenvolvimento
infantil.
Primeira Revolução
Industrial - Exploração
do trabalho infantil

• A mudança do campo para a cidade


contribuiu para a utilização do
trabalho infantil nas indústrias.
Inicialmente, só as crianças
abandonadas em orfanatos eram
entregues aos patrões para
trabalharem nas fábricas.
• Com o passar do tempo, as crianças
que tinham famílias começaram a
trilhar o mesmo caminho,
trabalhando por longas e exaustivas
horas, perdendo, assim, toda a sua
infância.
Trabalho infantil nas
indústrias
• Elas começavam a trabalhar aos seis anos de
idade de maneira exaustiva. A carga
horária era equivalente a uma jornada de 14
horas por dia, pois começava às 5 horas da
manhã e terminava às 7 horas da noite. Os
salários também eram bem inferiores,
correspondendo à quinta parte do salário de
uma pessoa adulta. Além disso, as condições
de trabalho eram precárias e as crianças
estavam expostas a acidentas fatais e a
diversas doenças.
Século XIX

• Na contrapartida do trabalho infantil, pobreza, grande


mortalidade das crianças, estas passam a serem vistas a
partir de olhar “médico”. Surgem as grandes estatísticas
sobre o que se espera em termos de desenvolvimento -
perspectiva biológica que esquadrinha, mede, normatiza e
normaliza a criança e prescreve uma infância.
Psicologia
• Mede inteligência, prescreve o
desenvolvimento, dividindo
crianças por idades, capacidade
mental, elaborando padrões para
observar etapa por etapa;
• Com avanços na psicologia -
infância é vista como época com
características peculiares,
norteadora do desenvolvimento.
Educação Infantil

• A escola infantil começa com


característica assistencialista:
atender às famílias de camadas
populares, cujas mães saiam
para o trabalho nas fábricas e
ganha outro sentido com o
trabalho feminino incorporado
em todas as classes sociais.
O cuidar e o educar
- Educação Infantil

• “Educar significa propiciar


situações de cuidados,
brincadeiras e aprendizagens
orientadas de forma integrada e
que possam contribuir para o
desenvolvimento das capacidades
infantis (...)” [RCNEI -
Referencial Curricular
Nacional para a Educação
Infantil]
Bibliografia
BASTOS, S.E.B. Notas sobre o trajeto histórico da educação infantil
aos dias atuais. 2021.Trabalho de conclusão de curso- Pontifícia
Universidade Católica de Goiás-PUC Goiás, 2021.Disponível em:
https://repositorio.pucgoias.edu.br/jspui/handle/123456789/3067
.Acesso em 05-03-2023.

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