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adolescentes
Profa. Dra. Carmem Beatriz Neufeld
Profª Drª Carmem Beatriz Neufeld
Livre-Docente em TCC – USP
Psicóloga – URCAMP
Coordenadora do LaPICC
Fatores biológicos
x
Fatores ambientais
Fatores Biológicos
Temperamento
Componente biológico da personalidade.
Direciona a tendência de funcionamento do
indivíduo.
Sofre influências ambientais, mas não pode
ser totalmente modificado por elas.
Determina a quantidade ideal requerida das
necessidades emocionais básicas do sujeito
em cada momento crítico do
desenvolvimento.
Temperamento
• Acreditamos que o temperamento determine em parte se
um indivíduo irá se identificar e internalizar as
características de uma pessoa importante.
• Temperamento vai selecionar aquelas informações a que
ficarei mais atento para gerar memórias.
• Muitos sinais que contradizem o esquema acabam por não
serem percebidos.
➢ Thomas e Chess identificaram nove facetas do
temperamento, que, posteriormente foram
agrupadas em três grandes grupos, conforme a
manifestação.
(Young et al., 2008)
Nível de atividade
• Quantidade de atividade motora,
considerando períodos de atividade e
inatividade.
Ritmo biológico
• Previsibilidade ou imprevisibilidade das
funções biológicas como sono, fome ou
funcionamento do intestino.
Resposta inicial
• De que maneira a criança reage diante
de novos estímulos como alimentos,
pessoas, lugares, brinquedos.
Adaptabilidade
• Capacidade de se ajustar a mudanças.
Limiar sensorial
• Nível de sensibilidade a estímulos
sensoriais, se a criança é atraída ou
repelida por barulhos, luzes, contato físico.
Qualidade do Humor
• Apresentação mais frequente de afeto
positivo ou negativo.
Intensidade das reações
• O quanto a criança é afetada e o nível da
reação exibida diante de situações
adversas (por exemplo, receber uma
mordida de outra criança).
Distração
• O quanto estímulos podem
captar o sistema atencional
da criança.
https://www.youtube.com/watch?v=qjiioOmWnqg&feature=you
tu.be
Precursores da Teoria do Apego
Efeitos da separação de macacos rhesus e suas mães.
Quando a mãe era retirada do contato com o filhote por alguns dias, este
passava a apresentar diminuição da atividade motora bem como do ritmo
das brincadeiras. Mesmo quando a mãe retornava, alguns sintomas
permaneciam, demostrando os efeitos duradouros da separação no
comportamento dos animais (Hinde citado por Ainsworth & Bowlby, 1991).
Sistema de Apego
Se a figura de apego está disponível e realiza ações para alcançar ou manter proximidade com a criança,
proporciona um sentimento de proteção e segurança que é fortificador da relação.
• As principais variáveis para a formação da qualidade do vínculo e,
consequentemente do Sistema de Apego são: a presença/ausência,
(no sentido físico mesmo) e a acessibilidade/ inacessibilidade, ou
seja, de que a figura de apego está não apenas presente, mas que a
criança possa acessá-la em busca de suporte (Bowlby, 1984b).
Apego
cuidado e proteção das figuras de apego, que
agem com responsividade.
Criança Cuidador
• Preocupa-se com a
disponibilidade do cuidador,
buscando contato, mas resistindo
furiosamente quando é
alcançado.
Apego evitativo
• Crianças com este tipo de apego brincam de forma tranquila, interagem pouco com os
cuidadores, mostram-se pouco inibidas com estranhos e chegam a se engajar em
brincadeiras com pessoas desconhecidas durante a separação dos cuidadores.
• Quando são reunidas aos cuidadores, essas crianças mantêm distância e não os
procuram para obter conforto. São crianças menos propensas a procurar o cuidador e a
proteção das figuras de apego quando vivenciam estresse. Essas crianças deixam de
procurar os cuidadores após terem sido rejeitadas, de alguma maneira, por eles. Apesar
de os cuidadores demonstrarem preocupação, não correspondem aos sinais de
necessidade quando a criança os indica.
• A hipótese sugerida para a compreensão dessas crianças é de que tenham sido
rejeitadas quando revelaram suas necessidades, aprendendo a ocultá-las em
momentos relevantes.
Apego evitativo
Apego
as assusta.
desorganizado
• Esses casos aparecem em situações de abuso, nas
quais o cuidador pode significar uma fonte
amedrontadora quando o abusador é externo e faz
ameaças à criança ou quando o próprio cuidador é o
abusador.
Sistema de exploração
Ativação do sistema de
apego (proteção)
• A ativação crônica do Sistema de Apego e a ausência de uma figura
responsiva que o finalize, leva ao colapso do sistema.
Pais como autores de 80% dos abusos físicos, mas menos de 3% dos abusos
sexuais
SER
Biológico Social Psicológico
Escolhas HUMANO
Esquemas disfuncionais
Nível de gratificação das necessidades emocionais básicas
(cuja intensidade é idiossincrática) de cada período do
desenvolvimento.
1 2 3 4
Desenvolviment
o de habilidades
Desenvolvimento de Identificar como as Verificar as crenças motoras e da
apego. Atendimento demandas com o parentais sobre as linguagem.
às demandas de bebê, a mudança no necessidades do bebê Alimentação.
cuidado, afeto. núcleo familiar e sobre as práticas Sono.
Responsividade ao afetam a relação educativas.
bebê. dos pais com a
criança.
As tarefas evolutivas dessa fase do
desenvolvimento incluem:
• Desenvolvimento da autonomia;
Fase
Nessa idade é frequente medos relacionados ao fracasso,
escolar doença, morte, desastres, comentários negativos.
Principais necessidades a serem atendidas nessa faixa
etária: autonomia, autoestima, identidade pessoal.
Tarefas evolutivas: escolha profissional, aceitação pelos
pares, desenvolvimento de relacionamentos afetivos.
Adolescência
Os pais de adolescentes devem encontrar um equilíbrio
delicado entre liberdade excessiva e intromissão
excessiva.
• O desenvolvimento emocional infantil
avança do apego à autonomia e à
individuação.
• Proteção x autonomia
• Quanto maiores forem os cuidados amorosos dos pais e o
enriquecimento do ambiente para a criança, melhores serão as
habilidades de conexão e autocuidado do indivíduo ao enfrentar
estresse na vida adulta.
Semelhanças:
- Conceitualização de caso;
- Empirismo colaborativo;
- Descoberta guiada;
- Estrutura da sessão;
- Foco no problema;
- Participação ativa do paciente;
- Orientada para objetivos.
Tcc com adultos X tcc com crianças
Diferenças:
- Frequentemente vem para terapia porque suas dificuldades criam problema para algum
sistema (p. ex., família, escola).
criança escola
Necessidade de adaptar a
técnica ao cliente e
nunca o contrário
Lembrar que...
PENSAMENTOS COMPORTAMENTOS
Crenças: Sobre si
mundo ** Ponto de partida da abordagem com
Futuro crianças
Antes mesmo de iniciar o tratamento com a
criança...
Conceitualização cognitiva
É importante avaliar
Vida escolar
✓Desempenho acadêmico;
✓Relacionamento com pares;
✓Comportamento em sala de aula;
✓Relação com figuras de autoridade;
✓Adaptação às normas da instituição.
Atendimento Inicial com os Pais
• Histórico do sintoma
• Histórico do desenvolvimento da criança
• Ambiente social
• Questões escolares
• Contrato
• CBCL, Questionário de Estilos Parentais
• Instruir os pais a conversar com a criança sobre a
• psicoterapia: como será e porque ela deve fazer.
Avaliação com os pais
Avaliação
O que?
Quando
Onde?
Com quem?
Grau de desconforto.
Quanto é perturbador?
•Evitação
•Engajamento
•Estado mental/humor
•Situação psicossocial:
•família
•Relacionamentos psicossociais
•Moradia
•Profissão
•Relações sociais
•Passatempos/interesses
Entrevista com os pais
1. Como você chegou até esse atendimento?
12.O que você pensa sobre o seu filho pelo fato de ele
apresentar esse problema?
13.O que você pensa sobre si mesmo sobre seu filho apresentar
esse problema?
18.Como é na escola?
Fase Inicial
Fase Final
O papel do terapeuta
O sigilo
A caixa de problemas
• BARALHO DOS PROBLEMAS
Resultado da terapia...
• Estrutura da sessão
• Agenda (roteiro do episódio de hoje, mapa do
tesouro)
• Verificação de Humor ou Sintoma
• Velocímetro da raiva
• Termômetro do medo
• Verificação da Semana
• Verificação do Desafio da Semana
• Combinar o que fazer na sessão
• Feedback e resumo da sessão
• Planejar próximo desafio
A estrutura da sessão
Estabelecimento da agenda.
• Conhecendo melhor a criança...
6 10 22 26 ** 42
5 11 ** 27 37 43
** 12 20 28 36 44
3 ** 19 ** 35 **
2 14 18 30 34 46
1 15 ** 17 31 ** 33 47
INICIO FIM
Se eu fosse um animal Adoro quando as
Eu queria...... Eu acho difícil.....
seria.....porque...... pessoas.......
A pessoa mais
importante da minha Eu queria que você Lembrar......me deixa
Lembrar....me deixa feliz
vida é....... soubesse........ triste
O que eu mais gosto O que eu mais gosto O que eu mais gosto O que eu mais gosto
em mim é............. em minha mãe é....... em meu pai é........ de fazer é.........
Pensar......me deixa
O que eu não gosto Se o tempo voltasse
Eu me arrependo de...... triste.
de fazer é......... atrás............
Passeio pelas
Cubo das
emoções
emoções
Jogo da
memória/emoções
Trabalhando os Sentimentos
• Locomotiva do Medo
• Ansiedade
• Várias estações
• Ensinar a criança a assumir o controle do trem
• Vulcão da Raiva
• Desenhos animados
• Questionamento socrático (apresenta-se o desenho
para a
• criança, questiona-se sobre o sentimento do
personagem)
Vídeos
• Monstros S.A ‣Emoções presentes
‣Eliciadores das
• À procura da emoções
felicidade
‣Reação
comportamental
• Meu primeiro amor da criança frente à
situação eliciadora
e emoção
• Ensinando a viver vivenciada
Charadas de sentimentos
Identificar:
132
Identificando esquemas
• É importante ser melhor que os outros em tudo que eu
faço
Não acredito de jeito nenhum Acredito um pouco Acredito muito
• Ninguém me entende.
Adesivos sinalizadores
A técnica permite:
Que a criança se distancie emocionalmente do problema;
Questionar suas crenças sobre sua própria competência, abrindo
caminho para romper as barreiras do “eu não consigo” e
identificando habilidades e recursos que tem ou precisa
aprender e desenvolver;
Treinamento de relaxamento e
respiração
• Respiração diafragmática (“cheirar a florzinha,
soprar a velinha”);
• Vizualizações
• Relaxamento muscular progressivo
(objetos demonstrando estados de tensão
e relaxamento);
• Técnica de auto-controle:
• Pare e pense (utilizada também em conjunto com
autoinstrução)
• Torta de responsabilidades
• Atribuição de culpa e responsabilidades
• Técnicas de autocontrole:
• Pare e pense
• Taz Mania
• Estátua
O uso de fantoches:
• Caminha, R. M., & Caminha, M. G. (2012). Baralho dos pensamentos: reciclanfo ideias, promovendo consciência. Novo
Hamburgo: Sinopsys.
• Caminha, R. M., & Caminha, M. G. (2013). Baralho dos comportamentos: efeito bumerangue. Novo Hamburgo: Sinopsys.
• Caminha, R. M., Caminha, M. G., & Dutra, C. A. (2017). A prática cognitiva na infância e na adolescência. Novo
Hamburgo: Sinopsys.
• Cartaxo, V. A. B. (2014). Baralho das distorções: enfrentando as armadilhas dos pensamentos. Novo Hamburgo: Sinopsys.
• Neufeld, C. B., Ferreira, I. M. F., & Maltoni, J. (2016). Coleção habilidades para a vida. Novo Hamburgo: Sinopsys.
• Pureza, J. de R., Ribeiro, A. O., Pureza, J. da R., & Lisboa, C. S. de M. (2014). Fundamentos e aplicações da Terapia
Cognitivo-Comportamental com crianças e adolescentes. Revista Brasileira de Psicologia, 16(1), 85-103.
• Reis, A. H. (2019). Terapia do Esquema com crianças e adolescents: do modelo teórico à prática clínica. Campo Grande:
Episteme Editora.
• Rodrigues, M. (2015). Baralho das forças pessoais: a psicologia positiva aplicada às crianças. Novo Hamburgo: Sinopsys.
• Whitbourne,
164
S. K. & Halgin, R. P. (2015). Psicopatologia: perspectivas clínicas dos transtornos psicológicos. 7 ed. Porto
Alegre: AMGH
Obrigada!
cbneufeld@usp.br