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AS RELAÇÕES PRECOCES
DISCIPLINA: PSICOLOGIA B
A procura de proximidade;
A noção de base de segurança;
O comportamento de refúgio;
A angústia e o protesto face à separação involuntária.
CARACTERÍSTICAS PRECOCES
Paladar: Os recém-nascidos conseguem distinguir diferenças subtis de paladar.
Foram registados diferentes tipos de sucção em bebés alimentados a biberão, consoante
os líquidos que lhes foram dados a beber.
Olfato: Os recém-nascidos têm o sentido do olfato fortemente apurado e estão aptos para distinguir
odores agradáveis (como o do leite) de desagradável (como o do álcool ou vinagre). Estudos
recentes demonstram que bebés que estão a ser amamentados conseguem, com 3 dias de vida,
diferenciar o cheiro da sua mãe.
CARACTERÍSTICAS PRECOCES
Visão: Os recém-nascidos são relativamente míopes. No entanto, parecem ter
preferência por estímulos complexos, contrastantes e com contornos semelhantes ao
rosto humano. Estudos recentes demonstram que aos 3 meses um bebé diferencia o rosto
de um cuidador do rosto de um desconhecido. A capacidade de visão de um adulto é
atingida aos 6 meses.
A manipulação experimental feita pela equipa de Harlow foi o isolamento total ou parcial dos
macacos durante os primeiros tempos de vida. Ficaram célebres neste estudo as mães
substitutas de arame e de algodão.
Harlow separou da mãe algumas crias com pouco tempo de vida. Depois colocou-as em jaulas,
sós, com a exceção de duas mães substitutas: uma feita de madeira, forrada com esponja e
coberta por algodão e outra feita de arame. Embora a alimentação estivesse associada à mãe de
arame os macacos pequeninos preferiam mais as mães feitas de tecido macio. Esta experiência
permitiu demonstrar a necessidade inata do conforto de contacto.
A EXPERIÊNCIA DE HARRY HARLOW
Harlow analisou o desenvolvimento destas crias até à vida adulta, identificando as consequências
socioafetivas do isolamento social precoce. As crias, cujos primeiros tempos de vida decorreram em
situação de isolamento (com contacto exclusivo com mães inanimadas), revelaram comportamentos
socioafetivos perturbados quando colocadas em contacto com indivíduos da mesma espécie.
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De seguida, a mãe deixa também a sala, s
Estando a criança sozinha, o ficando a criança entregue a si Pouco tempo depois, a mãe regressa à
desconhecido reentra na sala. mesma. sala e o estranho parte.
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Por fim, a mãe retorna à sala e o adulto
amistoso deixa o espaço.
CONCLUSÃO
John Bowlby desenvolveu inicialmente a teoria da vinculação, apoiado em pesquisas feitas,
quer a partir de relações humanas, quer a partir das relações de outras espécies. De acordo
com Bowlby, as experiências que as crianças têm nos primeiros anos de vida ditam o tipo de
relações que terão enquanto adultas. Existem múltiplos estudos que suportam esta teoria,
incluindo as experiências que Harry Harlow fez com macacos-rhesus nos anos 50 e 60. Nos
anos 70, Mary Ainsworth alicerçou-se em experiências anteriores, observando as interações
entre mães humanas e os seus filhos a partir de um espelho unidirecional. Concluiu que as
crianças com mães que eram altamente responsivas às suas necessidades desenvolveram
uma sensação de segurança nas suas relações de vinculação, que nas crianças com mães
menos sensíveis faltava. Esta segurança, ou falta dela, constitui a fundação das relações
adultas.
BIBLIOGRAFIA
Fadigas, Nuno; Freixo, Nuno; Sousa, Ricardo – IDentidade12. Porto Editora. 2023 ISBN
978-972-0-43285-8;
https://pt.wikipedia.org/wiki/John_Bowlby;
https://en.wikipedia.org/wiki/Harry_Harlow;
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mary_Ainsworth.
FIM
(Obrigada pela vossa atenção)