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PRINCÍPIOS BÁSICOS DA INTERVENÇÃO E INSTRUMENTOS PARA A

AVALIAÇÃO NEUROPSICOPEDAGÓGICA.

Desde o nascimento, o ser humano passa por constantes mudanças. Ao


longo da vida, seu desenvolvimento pode ser afetado ao depender da exposição a
estímulos benéficos e maléficos.

Os seres humanos são sociáveis, racionais, emocionais e, por


necessidade, interesses e motivações, as emoções geram ações para satisfazer os seus
objetivos. Ao longo da evolução humana e no decorrer do desenvolvimento da criança,
todas as ações e pensamentos são geridos por emoções.

Em seu artigo “Importância das Emoções na Aprendizagem: uma


abordagem neuropsicopedagógica” Fonseca (2016) salienta:

As emoções dão sentido à vida humana enquanto nos adaptamos, aprendemos, temos
sucesso e fazemos amizades, mas igualmente elas também emergem enquanto
enfrentamos episódios, eventos e situações que nos esmagam, magoam, ridicularizam e
nos frustram e entristecem, por tudo isto, as emoções e as expressões faciais e gestuais
fornecem informações adaptativas de enorme relevância para a aprendizagem, elas são
fenomenológicas porque são subjetivamente experienciadas e vivenciada.

De fato, para que a aprendizagem seja eficaz e significativa, pela


importância que tem a emoção na cognição, é importante e necessário que a criança esteja
cercada de situações ou desafios de aprendizagem em um clima de segurança, cuidado e
conforto. Em ambientes de desconforto, ameaças ou desvalorização a aprendizagem pode
ser afetada significativamente, pois o cérebro bloqueia o funcionamento das funções
cognitivas gerando um ciclo de insegurança, desinteresse e reações automáticas.

Caso haja alteração no processo de aprendizagem é necessária uma


avaliação neuropsicopedagógica, onde é possível verificar quais são as dificuldades de
aprendizagem, sua intensidade e prováveis motivos de origem, possibilitando, assim, a
aplicação do melhor método de intervenção.

A avaliação é realizada a partir da coleta de informações relevantes que


podem ser obtidas da criança, da dinâmica familiar e do ambiente escolar por meio da
observação da criança em diversas situações, até mesmo informais. Por exemplo: como
se comporta na frente dos pais, como interage com as crianças no ambiente escolar, como
a criança age quando é contrariada, entre outros. (OLIVEIRA E BOSSA, 1996, apud
FERNANDES, 2023, p. 7).

A partir disso, é por meio da intervenção psicopedagógica que o


profissional da educação, ou psicopedagogo, pode identificar possíveis alterações de
aprendizagem e suas causas, para que seja implementado o melhor procedimento
interventivo. Busca-se entender como acontece o processo do conhecimento e o que
interfere no aprendizado em suas diferentes etapas.

Dos instrumentos utilizados para realizar a intervenção, há um consenso


na literatura acerca de três práticas: a) uso de instrumento desenvolvido para todo o ciclo
vital com normas para crianças; b) desenvolvimento de instrumentos específicos para
crianças; e c) adaptação de instrumentos elaborados para adultos em busca de uma versão
aplicável e sensível para crianças.

Portanto, para que a avaliação neuropsicopedagógica seja eficaz se faz


necessária uma intervenção com o uso de instrumentos que abrangem aspectos como
maturação biológica, desenvolvimento cognitivo, relação entre cognição, ensino formal,
estilos de interação familiar e cultura, entre outros. Nesse contexto, o exame
neuropsicológico se mostra essencial para o diagnóstico de quadros de transtornos e
deficiências.

Referências Bibliográficas:

FERNANDES, Luciana Raposo dos Santos. Faculdade Unyleya. Avaliação e Intervenção


Neuropsicopedagógica. Unidade I: Avaliação Neuropsicopegagógica, Disponível em:
<https://portalaluno.unyleya.edu.br/1182069/curso/152931/modulo/2946893/sala/20083
3> Acesso em: março de 2023.
FONSECA, Vitor da. Importância das Emoções na Aprendizagem: uma abordagem
neuropsicopedagógica. Rev. Psicopedagogia 2016, 33(102), pág. 366;

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