A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE MOTORA PARA O DESENVOLVIMENTO
DO CÉREBRO E OS CAMPOS DE ATUAÇÃO DA PSICOMOTRICIDADE.
Estudos comprovam que a primeira infância da criança (idade de 0 a 7
anos) é de suma importância para o cérebro e seu desenvolvimento, pois nesse período, ele está no auge da sua neuroplasticidade. A psicomotricidade por sua vez, tem um papel valioso nesse processo, afinal o toque, a consciência corporal, pular, andar descalço, subir, descer, manipular objetos de tamanhos diferentes, perceber as diferentes texturas, todas essas experiencias fazem com que a criança desenvolva habilidades essenciais para ser alfabetizada, por exemplo.
Gonçalves afirma que a psicomotricidade
Tem por objetivo a visualização do ser humano em sua totalidade, nunca separando o corpo (sinestésico), o sujeito (relacional) e a afetividade; sendo assim, ela busca, por meio da ação motora, estabelecer o equilíbrio desse ser, dando lhe possibilidades de encontrar seu espaço e de se identificar com o meio do qual faz parte. (GONÇALVES, 2011, p. 21)
De fato, para que a aprendizagem seja eficaz e significativa, pela
importância que tem a emoção na cognição, é importante e necessário que a criança esteja cercada de situações ou desafios de aprendizagem em um clima de segurança, cuidado e conforto. Em ambientes de desconforto, ameaças ou desvalorização a aprendizagem pode ser afetada significativamente, pois o cérebro bloqueia o funcionamento das funções cognitivas gerando um ciclo de insegurança, desinteresse e reações automáticas.
Caso haja alteração no processo de aprendizagem é necessária uma
avaliação neuropsicopedagógica, onde é possível verificar quais são as dificuldades de aprendizagem, sua intensidade e prováveis motivos de origem, possibilitando, assim, a aplicação do melhor método de intervenção.
A avaliação é realizada a partir da coleta de informações relevantes
que podem ser obtidas da criança, da dinâmica familiar e do ambiente escolar por meio da observação da criança em diversas situações, até mesmo informais. Por exemplo: como se comporta na frente dos pais, como interage com as crianças no ambiente escolar, como a criança age quando é contrariada, entre outros. (OLIVEIRA E BOSSA, 1996, apud FERNANDES, 2023, p. 7).
A partir disso, é por meio da intervenção psicopedagógica que o
profissional da educação, ou psicopedagogo, pode identificar possíveis alterações de aprendizagem e suas causas, para que seja implementado o melhor procedimento interventivo. Busca-se entender como acontece o processo do conhecimento e o que interfere no aprendizado em suas diferentes etapas.
Dos instrumentos utilizados para realizar a intervenção, há um
consenso na literatura acerca de três práticas: a) uso de instrumento desenvolvido para todo o ciclo vital com normas para crianças; b) desenvolvimento de instrumentos específicos para crianças; e c) adaptação de instrumentos elaborados para adultos em busca de uma versão aplicável e sensível para crianças.
Portanto, para que a avaliação neuropsicopedagógica seja eficaz se faz
necessária uma intervenção com o uso de instrumentos que abrangem aspectos como maturação biológica, desenvolvimento cognitivo, relação entre cognição, ensino formal, estilos de interação familiar e cultura, entre outros. Nesse contexto, o exame neuropsicológico se mostra essencial para o diagnóstico de quadros de transtornos e deficiências.
Referências Bibliográficas:
FERNANDES, Luciana Raposo dos Santos. Faculdade Unyleya. Avaliação e
Intervenção Neuropsicopedagógica. Unidade I: Avaliação Neuropsicopegagógica, Disponível em: <https://portalaluno.unyleya.edu.br/1182069/curso/152931/modulo/2946893/sala/ 200833> Acesso em: março de 2023.
FONSECA, Vitor da. Importância das Emoções na Aprendizagem: uma abordagem
O movimento no processo de desenvolvimento cognitivo das crianças de 0 a 5 anos: A Importância da atividade física para o desenvolvimento e para prevenção de obesidade infantil