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INTERVENÇÃO
NEUROPSICOPEDAGÓGICA
UNIDADE I
AVALIAÇÃO
NEUROPSICOPEDAGÓGICA
Elaboração
Luciana Raposo dos Santos Fernandes
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...........................................................................................................................4
UNIDADE I
AVALIAÇÃO NEUROPSICOPEDAGÓGICA......................................................................................7
CAPÍTULO 1
SOBRE A AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA............................................................................ 7
CAPÍTULO 2
SOBRE A INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA..................................................................... 14
CAPÍTULO 3
INSTRUMENTOS PARA AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA................................................... 18
REFERÊNCIAS.........................................................................................................................23
INTRODUÇÃO
Este material tem por objetivo explicar e discutir pontos importantes do processo
psicodiagnóstico, como a entrevista inicial, elucidando técnicas para a realização de
um trabalho mais assertivo, em que o profissional possa cercar-se de subsídios que
garantam coleta e observação de maior número de dados possível sobre o sujeito,
queixas e seus antecedentes. Em seguida, abordaremos a observação e o registro no
processo psicodiagnóstico, como forma de avaliar os comportamentos do paciente em
relação à queixa principal, complementados pelo levantamento de dados escolares, que
são de fundamental importância na interpretação e no prognóstico.
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Introdução
Objetivos
» Analisar a importância da intervenção e da avaliação psicopedagógica.
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AVALIAÇÃO
NEUROPSICOPEDAGÓGICA
UNIDADE I
Capítulo 1
SOBRE A AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
Oliveira e Bossa (1996) afirmam que uma avaliação é construída a partir da obtenção
e da integração de um significativo número de informações relevantes que podem
ser obtidas da criança, da dinâmica da sua família e do ambiente escolar. Essas
informações, por vezes, podem ser selecionadas informalmente, por meio da
observação da criança em diferentes situações, como, por exemplo, o modo como
ela se comporta quando vai ao consultório pela primeira vez e, nas demais, como se
comporta na presença da mãe, do pai e dos irmãos, seu comportamento quando se
separa e quando reencontra a mãe e assim por diante.
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UNIDADE i | Avaliação neuropsicopedagógica
Moraes (2010) afirma que ela deve ser um processo dinâmico, dado que nela são
tomadas decisões acerca da necessidade ou não de intervenção psicopedagógica.
Ela constitui a investigação do processo de aprendizagem da criança com a
finalidade de compreender as causas da dificuldade e/ou distúrbio externado.
Abrange entrevista inicial com os pais ou responsáveis pelo aluno, avaliação do
material utilizado pela escola, aplicação de modalidades de atividades distintas e
utilização de testes avaliativos do desenvolvimento, das áreas de competência e das
dificuldades apresentadas. Ao longo da avaliação, é possível realizar atividades de
matemática, provas de avaliação do nível de raciocínio e outras funções de ordem
cognitiva, como leitura, escrita, desenhos e jogos.
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Avaliação neuropsicopedagógica | UNIDADE i
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UNIDADE i | Avaliação neuropsicopedagógica
Em caso positivo:
Durante muito tempo, soube-se que a psicologia utilizou o modelo médico (psiquiatria,
pediatria e neurologia), tentando manter a maior distância possível da relação com
o paciente, para proceder com eficiência e objetividade. Acredita-se que isso tenha
ocorrido por falta de identidade própria, que lhe permitisse saber quem era e qual seu
verdadeiro papel nas ocupações de saúde mental. Após um período de identificação
com outras áreas do conhecimento, a Psicologia encontra seu verdadeiro papel,
conseguindo maior autonomia em seu pensamento e sua prática.
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Avaliação neuropsicopedagógica | UNIDADE i
» colocar em prática os seus bons ofícios consiste na ação daquele que detém
determinada qualificação em uma área específica e disponibiliza os seus
conhecimentos para aqueles que necessitam ou, ainda, a ação de quem crê no
que pratica.
De acordo com Ancona Lopez (1995), psicodiagnóstico não tem o mesmo significado
de diagnóstico psicológico, pois todo psicodiagnóstico pressupõe a utilização de testes
e, em diagnóstico psicológico, esses instrumentos nem sempre são necessários ou
pertinentes.
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Fonte: https://www.educaplay.com/en/learningresources/1567990/html5/francis_galton.htm.
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Fonte: http://www.mgauemaplicacao.seed.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=69.
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Capítulo 2
SOBRE A INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
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» Como coordena seus esquemas motores, organiza seu corpo num contexto
simbólico? Seus movimentos são flexíveis, precisos e espontâneos?
› Quais os temas que mais aparecem? Como a criança lida com eles?
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Em caso negativo:
» Caso a criança ainda não represente e já esteja com idade próxima ou superior a
2 anos, é recomendável que se peça uma complementação da avaliação por meio
de um diagnóstico psicológico e neurológico.
A psicopedagogia, muitas vezes, é vista numa direção por meio da qual somente
são contemplados crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizagem. Isto
é um leve engano, pois a psicopedagogia não está somente direcionada a crianças
e adolescentes. Ela está alinhada também a adultos e estende sua ação tanto para
a clínica como para a instituição, na busca do tratamento ou da prevenção das
dificuldades de aprendizagem. Segundo porque ela não está somente dirigida
a pessoas com dificuldades de aprendizagem, mas também ao processo de
aprendizagem com todas as suas nuances, canalizando o seu fazer para o como se
aprende, para o sujeito que aprende, para a aprendizagem.
Fonte: https://pixabay.com/pt/vectors/silhueta-varinha-professora-3178687/.
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É sempre uma procura difícil, de forma complexa, para ser aceita, difícil. O adulto
resiste em procurar um profissional de ajuda e principalmente o psicopedagogo, visto
que não conhece o tipo de trabalho que esse profissional desenvolve, não sabe para
onde está dirigida a ação psicopedagógica.
O adulto, quando detecta que tem uma dificuldade de aprendizagem, não acredita que
essa dificuldade possa ser corrigida. Por sentir-se adulto, com certa idade, não ser mais
criança, pensa que as suas dificuldades já estão tão sedimentadas que as coloca como
se fossem de difícil mudança e correção.
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Capítulo 3
INSTRUMENTOS PARA AVALIAÇÃO
NEUROPSICOLÓGICA
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» uso de instrumento desenvolvido para todo o ciclo vital com normas para crianças
(como exemplo o Teste Wisconsin de Classificação de Cartas);
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» Etapa 4: a análise dos itens e das instruções foi feita por nove juízes especialistas
brasileiros, pesquisadores da área de desenvolvimento infantil, sendo seis com
experiência em neuropsicologia, dois em avaliações de linguagem e um perito em
avaliação psicológica. Esse procedimento foi realizado em duas fases:
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Avaliação neuropsicopedagógica | UNIDADE i
3.1. Neupsilin-inf
O Instrumento de Avaliação Neuropsicológica Breve Infantil NEUPSILIN-INF examina
o desempenho em oito funções neuropsicológicas, por meio de 26 subtestes:
orientação, atenção focalizada, percepção visual e de emoções em faces, memória
verbal e visual (de trabalho ou operacional, episódica e semântica), habilidades
aritméticas, linguagem oral, leitura e escrita, habilidades visuocontrutivas e funções
executivas. Inicialmente, a seleção dessas oito funções foi feita com base na
literatura acerca da neuropsicologia do desenvolvimento e no estudo de outros
instrumentos neuropsicológicos infantis, e ainda tendo análise de sua relevância por
juízes especialistas, como já descrito nas etapas 2 e 4. Sua versão final resultou em
tarefas curtas e de resolução acessível a crianças na faixa de idade de 6 a 12 anos.
Pode ser classificado como um instrumento de avaliação neuropsicológica breve,
por possuir um tempo reduzido de aplicação (entre 40 e 60 minutos, dependendo
da faixa etária da criança), e promover uma avaliação mais ampla do que um simples
screening.
A versão final do Neupsilin teve o resultado como tarefas curtas e de fácil desfecho,
por pessoas pertencentes a funções preservadas das cognições avaliadas pelos testes.
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REFERÊNCIAS
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Sites
http://www.capes.gov.br/periodicos. Acesso em: 18 maio 2022.
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Referências
Imagens
Figura 1: https://www.educaplay.com/en/learningresources/1567990/html5/francis_galton.htm. Acesso
em: 18 maio 2022.
Figura 7: https://pixabay.com/pt/vectors/lista-%c3%adcone-s%c3%admbolo-papel-assinar-2389219/.
Acesso em: 18 maio 2022.
Figura 9: https://pixabay.com/pt/illustrations/crian%c3%a7as-jardim-da-inf%c3%a2ncia-jogar-6733759/.
Acesso em: 18 maio 2022.
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Referências
Quadros
Quadro 1: http://blog.psiqueasy.com.br/2017/09/18/teste-de-desempenho-escolar-2. Acesso em: 18
maio 2022.
Quadro 4: Texto retirado do Manual Prático do Psicopedagogo Clínico. Manual prático do Diagnóstico
Psicopedagógico Clínico: Provas operatórias, 2020. (Simaia Sampaio).
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