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NATAL/RN
2022
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RESUMO
ABSTRACT
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¹ Artigo apresentado à Universidade Potiguar como parte dos requisitos para obtenção do título de
Bacharel em Farmácia, em 2022.
² Graduando (a) em Farmácia pela Universidade Potiguar. fernandalettieri1812@gmail.com;
ma.luzinha7@hotmail.com.
³ Professor-Orientador. Docente na Universidade Potiguar. caio.ferreira@unp.br.
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pregnant women who, because they have a disease, suffer an injury or develop
problems, are more likely to have an unfavorable outcome, both for the fetus and for
the mother. Mental disorders that occur in pregnant women need to be monitored by
professionals who use pharmacological and non-pharmacological therapies. The
purpose of this article was to carry out a literature review on the use of psychotropic
drugs by pregnant women, considering which drugs are safer to be used and
prescribed in the first trimester of pregnancy, taking into account the risk-benefit for the
pregnant woman and the fetus. , reducing the risk of a teratogenic effect or any
functional alteration. In addition, emphasize the diseases that predominate during
pregnancy, whether psychiatric, acquired or pre-existing, in order to raise awareness
and help improve the condition of these patients. Among the drugs that have greater
safety and effectiveness, we have, in the classification of antidepressants, sertraline,
in psychotic conditions, butyrophenones, in panic disorders and anxiety syndrome,
lorazepam, and finally, in mood disorders and anticonvulsants, the most used are
Lithium carbonate and carbamazepine, however, present risks, especially in the first
trimester and should be avoided, only used under medical supervision and in
emergencies.
1 INTRODUÇÃO
Brasil aparecem cerca de 75.000 novos casos deste transtorno por ano, o que
representa 50 casos para cada 100.000 habitantes.
O Transtorno Bipolar (TB), também conhecido como “Transtorno Afetivo
Bipolar” e originalmente chamado de “Insanidade Maníaco-Depressiva”, é uma
condição psiquiátrica caracterizada por alterações graves de humor, que envolvem
períodos de humor elevado e de depressão (polos opostos da experiência afetiva)
intercalados por períodos de remissão, e estão associados a sintomas cognitivos,
físicos e comportamentais específicos. (CLEMENTE, 2015). Dentro desse contexto, o
Transtorno Bipolar é uma condição psiquiátrica relativamente frequente, é uma
doença crônica que afeta entre 1% e 2% da população e representa uma das
principais causas de incapacitação no mundo. Estima-se que cerca de 4% da
população adulta mundial sofre de Transtorno Bipolar. A Associação Brasileira de
Transtorno Bipolar (ABTB) confirma que, essa prevalência vale também para o Brasil,
o que representa cerca de 6 milhões de pessoas no país (COLOM; VIETA, 2004).
Renata et al., (2006) afirma que podem utilizadas várias técnicas de tratamento, entre
elas, tratamento psicofarmacológico, psicossocial, psicoterápico e tratamento
hormonais. Porém, as intervenções psicossociais e hormonais mostraram ter baixa
eficiência. Já os tratamentos com intervenções farmacológicas, psicoterapia
interpessoal, e estratégias cognitivo comportamentais vem se mostrando bastante
eficientes.
A falta de profissionais especializados nessa área afeta diretamente o quadro
dessas gestantes, sabe-se que na maioria das vezes essas mulheres já fazem uso de
psicotrópicos ou vão precisar iniciar, e são acompanhadas por médicos da família,
enfermeiros e ginecologistas, quando muitas vezes precisam de profissionais mais
especializados, como psiquiatras, farmacêuticos clínicos que ajudem na terapia
medicamentosa dessas pacientes, em alguns casos esses profissionais não escolhem
a melhor conduta para essas pacientes, agravando mais ainda o quadro clínico das
mesmas. (ACIOLY, 2012).
De acordo com AMORIM (2020), a decisão de instituir terapêutica
psicofarmacológica deve ser tomada sempre com base na gravidade da doença
mental e apenas quando o risco potencial para o feto resultante da exposição à
terapêutica for superado pelo risco do não tratamento da perturbação materna. Alguns
medicamentos utilizados por gestantes atravessam a barreira placentária, e, portanto,
atingem a circulação fetal. A placenta é o órgão responsável por determinar as trocas
entre o organismo do feto e o organismo materno, garantindo a nutrição fetal durante
o período gestacional. Contudo, também possibilita a passagem de fármacos do
plasma materno para o fetal, sendo que fatores farmacocinéticos devem ser
considerados para avaliar a extensão dessa passagem, uma vez que pode estar
associado à ocorrência de aborto, prematuridade, morte neonatal, anormalidades
fetais, entre outros. (Boletim ISMP Brasil, 2019).
Todavia, o tratamento é de suma importância, garantindo a saúde mental da
gestante, qualidade de vida, evitando infanticídio, suicídio, transtornos puerperais.
(SCIORILLI, 2006).
Atualmente, com o avanço da tecnologia juntamente com a ciência, já
conseguimos ter acesso a medicamentos mais confiáveis, com estudos mais
avançados, com mais benefícios e menos riscos tanto para a mãe quanto para o feto,
reforçando a necessidade de atuação multiprofissional (MINISTÉRIO DA SAÚDE,
2012)
Destaca-se ao falar de medicamentos, o profissional farmacêutico, este por sua
vez, atua através da atenção farmacêutica, que, segundo Angonesi,2010, é o conjunto
de ações promovidas pelos farmacêuticos, em conjunto com a equipe multidisciplinar
provendo o uso racional dos medicamentos, ela tem o poder de contribuir para a
melhoria da atuação profissional não só nas farmácias, mas em todos os ambientes
que os farmacêuticos executam sua função, como por exemplo, Unidade de Pronto
Atendimento, hospitais, Unidade Básica de Saúde, valorizando assim o seu papel
social.
Este é um estudo de revisão de literatura integrativa, sobre a importância do
uso correto dos psicotrópicos durante a gestação, os impactos que eles podem causar
tanto a mãe quanto ao feto, como também os benefícios os que os medicamentos
psicotrópicos podem trazer quando usados de forma correta e de maneira segura. O
estudo tem por objetivo, ajudar a conscientizar não apenas as gestantes, mas os
capacitar profissionais da área da saúde, equipes multidisciplinares acerca do
assunto, para que possam entender melhor dos riscos e benéficos e cuidarem melhor
dessas pacientes.
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2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Antidepressivos
2.3 Anticonvulsivantes
2.4 Antipsicóticos
2.5 Benzodiazepínicos
Quadro 1 – Classificação de risco dos medicamentos de acordo com a Food and Drug Administration
(FDA) para gestantes.
Risco C Risco não pode ser excluído; Risperidona Camacho et al., 2006;
Não foram realizados estudos Olanzapina
controlados em mulheres Quetiapina
gravidas e nem animais. Escitalopram
Mirtazapina
Venlafaxina
Alprazolan
Clonazepan
Carbamazepina
Oxcarbamazepina
Lamotrigina
Topiramato
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BALLONE, G.J. Antipsicóticos Atípicos. [S.I]: [s.n.], 2008. Disponível em: Acesso em:
21 de novembro de 2022.
BASSITT, Débora et al. Uso de lítio durante o primeiro trimestre da gravidez, seguido
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apoio. Brazilian Journal of Psychiatry, v. 34, p. 356-357, 2012.
CAMACHO, Renata Sciorilli et al. Transtornos psiquiátricos na gestação e no
puerpério: classificação, diagnóstico e tratamento. Archives of Clinical Psychiatry
(São Paulo), v. 33, p. 92-102, 2006.
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OMS, registra aumento de casos de depressão em todo o mundo; no Brasil são 11,5
milhões de pessoas. [S. l.]: Nações Unidas Brasil, 23 fev. 2017. Disponível em:
https://brasil.un.org/pt-br/75837-oms-registra-aumento-de-casos-de-depressao-em-
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