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MARIA FERNANDA LETTIERI PINTO BARBOSA GUIMARÃES


MARIA LUIZA MATOSO LETTIERI PINTO BARBOSA

UMA REVISÃO DE LITERATURA ACERCA DO USO DE PSICOFÁRMACOS POR


GESTANTES

NATAL/RN
2022
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UMA REVISÃO DE LITERATURA ACERCA DO USO DE PSICOFÁRMACOS POR


GESTANTES1

A LITERATURE REVIEW ABOUT THE USE OF PSYCHOTHERAPY DRUGS BY


PREGNANT WOMEN

Maria Fernanda Lettieri Pinto Barbosa Guimarães²


Maria Luíza Matoso Lettieri Pinto Barbosa²
Caio Fernando Martins Ferreira3

RESUMO

A gestação é um fenômeno fisiológico e, por isso mesmo, sua evolução se dá


na maior parte dos casos sem intercorrências. Apesar desse fato, há uma parcela
pequena de gestantes que, por serem portadoras de alguma doença, sofrerem algum
agravo ou desenvolverem problemas, apresentam maiores probabilidades de
evolução desfavorável, tanto para o feto como para a mãe. Os transtornos mentais
que são ocasionados nas gestantes precisam ser acompanhados por profissionais, e
se utilizam de terapias farmacológicas e não farmacológicas. O intuito desse artigo foi
realizar uma revisão de literatura acerca do uso de psicofármacos por gestantes,
tendo em vista quais os fármacos mais seguros a serem usados e prescritos no
primeiro trimestre de gestação, levando em consideração o risco-benefício para a
gestante e o feto, diminuindo os riscos de efeito teratogênico ou qualquer alteração
funcional. Além disso, enfatizar as doenças que predominam a gestação, sendo elas,
psiquiatras, adquiridas ou pré-existentes, a fim de conscientizar e ajudar a melhorar o
quadro dessas pacientes. Dentre os medicamentos que possuem maior segurança e
efetividade, temos, na classificação dos antidepressivos, sertralina, nos quadros
psicóticos, as butirofenonas, nos transtornos de pânico e síndrome ansiosas,
lorazepam, e por fim, nos transtornos de humor e anticonvulsivantes os mais usados
são carbonato de lítio e carbamazepina, porém, apresentam riscos, sobretudo no
primeiro trimestre e devem ser evitados, sendo somente utilizados sob
acompanhamento médico e em quadros de urgências.

Palavras-chave: Transtornos mentais. Psicotrópicos. Gravidez.

ABSTRACT

Pregnancy is a physiological phenomenon and, therefore, its evolution occurs


in most cases without intercurrences. Despite this fact, there is a small number of

________________
¹ Artigo apresentado à Universidade Potiguar como parte dos requisitos para obtenção do título de
Bacharel em Farmácia, em 2022.
² Graduando (a) em Farmácia pela Universidade Potiguar. fernandalettieri1812@gmail.com;
ma.luzinha7@hotmail.com.
³ Professor-Orientador. Docente na Universidade Potiguar. caio.ferreira@unp.br.
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pregnant women who, because they have a disease, suffer an injury or develop
problems, are more likely to have an unfavorable outcome, both for the fetus and for
the mother. Mental disorders that occur in pregnant women need to be monitored by
professionals who use pharmacological and non-pharmacological therapies. The
purpose of this article was to carry out a literature review on the use of psychotropic
drugs by pregnant women, considering which drugs are safer to be used and
prescribed in the first trimester of pregnancy, taking into account the risk-benefit for the
pregnant woman and the fetus. , reducing the risk of a teratogenic effect or any
functional alteration. In addition, emphasize the diseases that predominate during
pregnancy, whether psychiatric, acquired or pre-existing, in order to raise awareness
and help improve the condition of these patients. Among the drugs that have greater
safety and effectiveness, we have, in the classification of antidepressants, sertraline,
in psychotic conditions, butyrophenones, in panic disorders and anxiety syndrome,
lorazepam, and finally, in mood disorders and anticonvulsants, the most used are
Lithium carbonate and carbamazepine, however, present risks, especially in the first
trimester and should be avoided, only used under medical supervision and in
emergencies.

Keywords: Mental disorders. Psychotropics. Pregnancy.

1 INTRODUÇÃO

Os transtornos psiquiátricos, que, segundo a Classificação Internacional de


Doenças (CID10) podem ser classificados e definidos como doença com manifestação
psicológica associada a algum comprometimento funcional resultante de disfunção
biológica, social, psicológica, genética, física ou química (OMS, 2017).
Kassada, 2014, em seu artigo Prevalência de Transtornos Mentais e Fatores
associados em Gestantes listou a Depressão, Ansiedade, Síndrome do Pânico e
Transtorno Bipolar como os transtornos mentais mais prevalentes durante a gestação.
Segundo Castillo (2000) apud Guimarães et al., Fermoseli (2015) a ansiedade
é um sentimento de medo vago e desagradável, caracterizado por um desconforto ou
tensão derivado de uma antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho. A
ansiedade e o medo passam a ser patológicos quando são exagerados,
desproporcionais em relação ao estímulo, ou qualitativamente diversos do que se
observa como norma naquela faixa etária, interferindo na qualidade de vida. Além da
ansiedade, a depressão que pode ser descrita pela Organização Mundial de Saúde
(OMS, 2017) como o transtorno mais popular no mundo, alcançando cerca de mais
de 300 milhões de pessoas. Segundo o novo relatório global da Organização Mundial
da Saúde (OMS, 2017) o número de pessoas com depressão aumentou 18% entre
2005 e 2015. Kassada et al., (2014) afirma que é um dos transtornos mais
predominantes na sociedade em geral, afetando diferentes faixas etárias e meios
sociais, sendo que 12% das pessoas afastadas de sua vida produtiva (trabalhos e
estudos) se encontram deprimidos, o que apresenta forte impacto econômico.
Segundo Marques, Bim, Siqueira (2012), a esquizofrenia é conhecida como
uma das doenças psiquiátricas mais graves e desafiadoras. É definida como uma
síndrome clínica complexa que compreende manifestações psicopatológicas variadas
de pensamento, percepção, emoção, movimento e comportamento. Refere-se a uma
doença bastante prevalente dentre as condições psiquiátricas. Nos dias atuais, os
pacientes com esquizofrenia são maioria nos leitos de hospitais psiquiátricos. No
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Brasil aparecem cerca de 75.000 novos casos deste transtorno por ano, o que
representa 50 casos para cada 100.000 habitantes.
O Transtorno Bipolar (TB), também conhecido como “Transtorno Afetivo
Bipolar” e originalmente chamado de “Insanidade Maníaco-Depressiva”, é uma
condição psiquiátrica caracterizada por alterações graves de humor, que envolvem
períodos de humor elevado e de depressão (polos opostos da experiência afetiva)
intercalados por períodos de remissão, e estão associados a sintomas cognitivos,
físicos e comportamentais específicos. (CLEMENTE, 2015). Dentro desse contexto, o
Transtorno Bipolar é uma condição psiquiátrica relativamente frequente, é uma
doença crônica que afeta entre 1% e 2% da população e representa uma das
principais causas de incapacitação no mundo. Estima-se que cerca de 4% da
população adulta mundial sofre de Transtorno Bipolar. A Associação Brasileira de
Transtorno Bipolar (ABTB) confirma que, essa prevalência vale também para o Brasil,
o que representa cerca de 6 milhões de pessoas no país (COLOM; VIETA, 2004).

Gareiso & Escardó (1949, p.22) conceituaram a epilepsia da seguinte


maneira:
"A epilepsia é um quadro clínico produzido por uma descarga elétrica súbita,
anormal e desordenada dos neurônios. Essas descargas podem
compreender uma, várias ou todas as categorias e níveis do sistema nervoso
assim falam de descargas psíquicas, descargas motoras, descargas
sensitivas, descargas sensoriais e descargas neurovegetativas, todas as
quais são expressão de epilepsia como conceito patogênico e constituem
clinicamente as epilepsias."

De acordo com Kassada et al., (2014), os transtornos mentais durante a


gestação podem estar relacionados as complicações obstétricas, pré-natal
inadequado, pré-eclâmpsia, depressão ou ansiedade.
A prevalência de transtornos mentais em gestantes, em estudos nacionais e
internacionais, varia em média entre 12,9% e 25,77% (SATIE KASSADA.,
2015;SHARMA., 2019).
A gestação é um fenômeno fisiológico e, por isso mesmo, sua evolução se dá
na maior parte dos casos sem intercorrências. Apesar desse fato, há uma parcela
pequena de gestantes que, por serem portadoras de alguma doença, sofrerem algum
agravo ou desenvolverem problemas, apresentam maiores probabilidades de
evolução desfavorável, tanto para o feto como para a mãe (RATTNER et al., 2012). A
gravidez é tida como um período de transição normal, que ajuda no desenvolvimento
emocional da gestante e da família para a vinda da criança. Esse período é cheio de
turbulências, então ela precisa ser acompanhada e apoiada pelos familiares, amigos,
profissionais ou a população que seja capaz de ajudar essas mulheres a enfrentar
essas inseguranças que venham a aparecer durante esse período (MARIANA;
DANIELLE et al., 2015).
Com isso, sabe-se que, além dos fatores durante a gestação, como por
exemplos: a relação com o parceiro, condições financeiras, apoio familiar, se foi ou
não uma gravidez desejada, transtornos mentais já existentes, convulsões, existem
também os fatores hormonais que interferem no emocional dessas mulheres, são
eles, progesterona, HCG (Gonadotropina Coriônica Humana), o estrogênio, o HPL
(Lactogênio Placentário Humano), e a somatomamotropina cariônica humana.
Quando as pacientes são diagnosticadas com algum transtorno mental, são
encaminhadas para tratamento, podendo ser farmacológico ou não farmacológico.
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Renata et al., (2006) afirma que podem utilizadas várias técnicas de tratamento, entre
elas, tratamento psicofarmacológico, psicossocial, psicoterápico e tratamento
hormonais. Porém, as intervenções psicossociais e hormonais mostraram ter baixa
eficiência. Já os tratamentos com intervenções farmacológicas, psicoterapia
interpessoal, e estratégias cognitivo comportamentais vem se mostrando bastante
eficientes.
A falta de profissionais especializados nessa área afeta diretamente o quadro
dessas gestantes, sabe-se que na maioria das vezes essas mulheres já fazem uso de
psicotrópicos ou vão precisar iniciar, e são acompanhadas por médicos da família,
enfermeiros e ginecologistas, quando muitas vezes precisam de profissionais mais
especializados, como psiquiatras, farmacêuticos clínicos que ajudem na terapia
medicamentosa dessas pacientes, em alguns casos esses profissionais não escolhem
a melhor conduta para essas pacientes, agravando mais ainda o quadro clínico das
mesmas. (ACIOLY, 2012).
De acordo com AMORIM (2020), a decisão de instituir terapêutica
psicofarmacológica deve ser tomada sempre com base na gravidade da doença
mental e apenas quando o risco potencial para o feto resultante da exposição à
terapêutica for superado pelo risco do não tratamento da perturbação materna. Alguns
medicamentos utilizados por gestantes atravessam a barreira placentária, e, portanto,
atingem a circulação fetal. A placenta é o órgão responsável por determinar as trocas
entre o organismo do feto e o organismo materno, garantindo a nutrição fetal durante
o período gestacional. Contudo, também possibilita a passagem de fármacos do
plasma materno para o fetal, sendo que fatores farmacocinéticos devem ser
considerados para avaliar a extensão dessa passagem, uma vez que pode estar
associado à ocorrência de aborto, prematuridade, morte neonatal, anormalidades
fetais, entre outros. (Boletim ISMP Brasil, 2019).
Todavia, o tratamento é de suma importância, garantindo a saúde mental da
gestante, qualidade de vida, evitando infanticídio, suicídio, transtornos puerperais.
(SCIORILLI, 2006).
Atualmente, com o avanço da tecnologia juntamente com a ciência, já
conseguimos ter acesso a medicamentos mais confiáveis, com estudos mais
avançados, com mais benefícios e menos riscos tanto para a mãe quanto para o feto,
reforçando a necessidade de atuação multiprofissional (MINISTÉRIO DA SAÚDE,
2012)
Destaca-se ao falar de medicamentos, o profissional farmacêutico, este por sua
vez, atua através da atenção farmacêutica, que, segundo Angonesi,2010, é o conjunto
de ações promovidas pelos farmacêuticos, em conjunto com a equipe multidisciplinar
provendo o uso racional dos medicamentos, ela tem o poder de contribuir para a
melhoria da atuação profissional não só nas farmácias, mas em todos os ambientes
que os farmacêuticos executam sua função, como por exemplo, Unidade de Pronto
Atendimento, hospitais, Unidade Básica de Saúde, valorizando assim o seu papel
social.
Este é um estudo de revisão de literatura integrativa, sobre a importância do
uso correto dos psicotrópicos durante a gestação, os impactos que eles podem causar
tanto a mãe quanto ao feto, como também os benefícios os que os medicamentos
psicotrópicos podem trazer quando usados de forma correta e de maneira segura. O
estudo tem por objetivo, ajudar a conscientizar não apenas as gestantes, mas os
capacitar profissionais da área da saúde, equipes multidisciplinares acerca do
assunto, para que possam entender melhor dos riscos e benéficos e cuidarem melhor
dessas pacientes.
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Trata-se de um estudo com coleta de dados realizada a partir de fontes


secundárias, por meio de levantamento bibliográfico para a construção de uma revisão
de carácter integrativo. Para o levantamento dos artigos na literatura, realizou-se uma
busca nas seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em
Ciências da Saúde (LILACS) e Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem on-
line (Medline), Scientific Electronic Library Online (SciELO), PubMed e Google
Acadêmico. Foram utilizados, para busca dos artigos, os seguintes descritores e suas
combinações nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola: “Transtornos mentais”,
“Gestação”, “Psicotrópicos”, “Farmacêutico” e “Medicamento.” Os critérios de inclusão
definidos para a seleção dos artigos foram: artigos publicados em português, inglês e
espanhol; artigos na íntegra que retratassem a temática referente à revisão integrativa
e artigos publicados e indexados nos referidos bancos de dados nos últimos anos
(2000-2022). A análise dos estudos selecionados, em relação ao delineamento de
pesquisa, pautou-se em (KASSADA, CAMACHO, FERREIRA, TORRES), sendo que
tanto a análise quanto a síntese dos dados extraídos dos artigos foram realizadas de
forma descritiva, possibilitando observar, contar, descrever e classificar os dados, com
o intuito de reunir o conhecimento produzido sobre o tema explorado na revisão.

2 DESENVOLVIMENTO

A decisão de oferecer tratamentos às gestantes é um processo que envolve


uma comunicação sucessiva entre paciente, família, obstetra e psiquiatra. Estabelecer
uma aliança terapêutica e obter uma relação de confiança com os profissionais que
estão assistindo a gestante é fundamental. Deve-se, portanto, avaliar cada caso com
especial atenção, a fim de determinar a melhor estratégia de tratamento para cada
situação em particular, da maneira mais precoce possível.
Dentre essas estratégias de tratamento, estão as formas não farmacológicas,
que são: psicoterapia, terapias psicossociais, prática de atividades físicas e dieta.
(CAMACHO, CANTINELLI, RIBEIRO, CANTILINO, GONSALES, RENNÓ JR, 2006).
Outrossim, é o tratamento psicofarmacológico, que segundo Camacho et al (2006) é
dividido em 5 classes:

2.1 Antidepressivos

Os antidepressivos são medicamentos utilizados no tratamento da depressão.


Carvalho et al (2020) definiu a depressão pela presença de humor triste, vazio ou
irritável, perda de interesse ou prazer nas atividades diárias, acompanhado de
alterações somáticas e cognitivas que afetam significativamente a capacidade
funcional do indivíduo. Os antidepressivos podem, ainda, serem divididos em 4
subclasses, e o Boletim Brasileiro de Avaliação e Tecnologia em Saúde (2012) fala
sobre cada uma delas.

2.1.1 Antidepressivos tricíclicos (ADT)

São classificados como fármacos heterocíclicos, os quais englobam os


tricíclicos, os tetracíclicos, os bicíclicos e outros atípicos. Os ADT registrados no Brasil
são: Amitriptilina, Clomipramina, Imipramina, Maprotilina e Nortriptilina. O mecanismo
de ação desta classe consiste em reduzir a recaptação de 5-HT (5-hidroxitriptofano) e
NA (noradrenalina), aumentando a disponibilidade desses neurotransmissores na
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fenda sináptica, todavia, alguns possuem predominância da atividade noradrenérgica


(como desipramina, nortriptilina e maprotilina) enquanto outros da serotoninérgica
(como amitriptilina, clomipramina e imipramina).

2.1.2 Inibidores da monoamina oxidase (IMAO)

Foi a primeira classe de antidepressivos usada e seu mecanismo de ação


consiste na inibição da enzima monoamina oxidase (MAO), responsável pela
degradação de 5-HT, NA e DA (dopamina). A MAO apresenta-se sob a forma de duas
isoenzimas – MAOa e MAOb: a primeira é responsável por metabolizar 5-HT e NA e
a segunda (feniletilamina), juntamente com a MAOa, degrada DA. Alguns IMAO
podem também ter efeito inibitório sobre a recaptação noradrenérgica e
serotoninérgica, assim como ação simpaticomimética direta. Os representantes desta
classe, registrados no Brasil, são a Selegilina e a Tranilcipromina.

2.1.3 Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS)

Inibem a recaptação de 5-HT na fenda sináptica, de forma a aumentar a


disponibilidade da monoamina e em consequência, a atividade serotonérgica. Por
serem seletivos, não exercem ação sobre as catecolaminas (NA e DA). São mais bem
aceitados que as demais classes,pois possuem melhor perfil de segurança (mesmo
em casos de sobredose, possuem baixa toxicidade, além de mínimos efeitos
anticolinérgicos – xerostomia, constipação, visão turva). Os representantes
registrados no Brasil são: Fluoxetina, Paroxetina, Sertralina, Fluvoxamina, Citalopram
e Escitalopram.

2.1.4 Inibidores da Recaptação de Serotonina e Noradrenalina (IRSN)

Os dois representantes dessa classe são a Venlafaxina e a Duloxetina. A


Venlafaxina é uma potente inibidora da recaptação de 5-HT e de NA, tendo baixa
atividade sobre a DA21, 24, 27. O perfil de efeitos adversos caracteriza-se
principalmente por: náusea, vômitos, insônia, vertigem e cefaleia. Os dois primeiros
sintomas tendem a desaparecer com o uso.

Já a Duloxetina inibe a recaptação de 5-HT e de NA, com atividade equilibrada


entre as duas monoaminas. É amplamente metabolizada pelo fígado, e por isso não
está indicada para hepatopatas. Inibe relativamente a CYP 2D6, portanto, a
coadministração de fármacos metabolizados por essa CYP deve ser feita sempre com
cautela. Seus efeitos adversos mais comuns são os anticolinérgicos, como: náusea,
constipação e xerostomia.

Neste leque dos antidepressivos, uma classe entra em evidência no assunto


de segurança no uso em gestantes de acordo com FERRÃO(, apud AMORIN, 2020)
,os Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina ISRS´s. Não existe uma
associação significativamente forte entre o uso desses medicamentos no início da
gestação e o desenvolvimento de defeitos congênitos em neonatos, ou seja, os mais
novos antidepressivos não estão associados a um aumento do risco de teratogenia
acima da linha de base do risco de 1 a 3% na população geral (AMORIN, 2020).
Ressaltando, ainda, a Sertralina como de preferência.
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2.2 Estabilizadores de Humor

Os estabilizadores de humor são uma classe de medicamentos empregados


na terapia do transtorno afetivo bipolar (TAB), cujo mecanismo de ação responsável
pelas suas ações terapêuticas ainda não é bem esclarecido. (Luiz Alexandre Viana
Magno 2012). Segundo Willian Coryell (2021), são as drogas de escolha para todos
os pacientes com transtorno bipolar I (bipolar I é definido pela presença de pelo menos
um episódio maníaco completo). Dois terços dos pacientes com TAB não complicada
respondem ao lítio, enquanto os com história familiar de TAB típicos têm maior
probabilidade de responder ao mesmo.
Esses medicamentos possuem efeito antimaníaco, possivelmente relacionado
a uma diminuição da neurotransmissão dopaminérgica, produz também alterações no
sistema serotoninérgico, aumentando a liberação de serotonina no hipocampo, e
ainda tem atuação quanto a noradrenalina. Porém, mesmo sabendo que essas
monoaminas estão relacionadas aos efeitos da mania e depressão, não se explica
completamente a estabilização de humor (GAMA, 2011).
Nesta classe de medicamentos, a droga de escolha para as gestantes é o
Carboanto de Lítio, principalmente por possuir baixos efeitos teratogêncios (BASSITT
et al, 2012). De todo modo, alguns cuidados podem ser tomados, como fazer ecografia
fetal com visualização do coração, principalmente depois da 16ª semana e ingerir
muito líquido são alguns deles. Além disso, a Lamotrigina pode ser uma possível
alternativa para o tratamento mesmo que faça parte de outra classe de medicamento
(Anticonvulsivantes), sendo um fármaco mais seguro (Stephanie Kruger, MD 2016).

2.3 Anticonvulsivantes

Os anticonvulsivantes são, de acordo com Rui Brandão (2021), medicamentos


que funcionam principalmente para o tratamento de convulsão e epilepsia, que foi
definida por Sameer M.Zuberi e col. (2015) conceitualmente como uma disfunção do
cérebro caracterizada por uma predisposição permanente para gerar crises
epilépticas. Esses medicamentos agem por diferentes mecanismos e múltiplas ações
(Bloqueio da função dos canais de sódio, Potencialização da função GABA, Bloqueio
da função dos canais de cálcio, Inibição dos receptores de glutamato). Isso pode variar
de acordo com cada substância, entretanto, em síntese esses fármacos objetivam
inibir a despolarização neuronal anômala. Isto é, suprimem o excessivo disparo
acelerado dos neurônios. E os principais são: Carbamazepina, Valproato de Sódio ou
Ácido Valpróico, Divalproato de sódio, Pregabalina, Topiramato, Fenobarbital,
Fenitoína, Levetiracetam, Gabapentina, Oxcarbazepina, Lamotrigina, Primidona,
Vigabatrina e Lacosamida.
Nesta classe, o documento de Formulário Terapêutico Nacional (RENAME
2010), trás o Valproato de Sódio ou Ácido Valproico como a droga considerada de
primeira escolha para esses casos, porém, essas substâncias são contraindicadas
para gestantes por causa do seu risco alto de malformação fetal e problemas de
desenvolvimento nos bebês, alerta feito pela Agência Nacional de Vigiliância Sanitária
no ano de 2011. Nestes casos, avaliando risco x benefício a droga com mais
segurança é a Carbamazepina, ainda que essa substância traga risco de doença
hemorrágica, é possível diminuir esse risco associando o tratamento a suplementação
de folato e Vitamina D na gestante, e nos casos dos neonatos, suplementar com
Vitamina K (Lara A.Friel, 2021).
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2.4 Antipsicóticos

Os antipsicóticos são medicamentos utilizados especialmente no tratamento da


esquizofrenia, que segundo Oliveira et al.; Siqueira Jr (2012) é uma síndrome clínica
complexa que abrange manifestações psicopatológicas diversas de - pensamento,
percepção, emoção, movimento e comportamento. Existem duas grandes classes de
antipsicóticos, de acordo com FERREIRA e TORRES (2016), os típicos
(convencionais) e os atípicos (de 2ª geração, ASG). Em ambas, o mecanismo de ação
tem relação direta com o bloqueio de receptores D2 de dopamina.
A janela terapêutica dos antipsicóticos típicos (ex:Haloperidol) é estreita,
exigindo cautela na prescrição e no uso, e nos atípicos tem menor probabilidade de
ocasionar sintomas extrapiramidais, eles também bloqueiam os receptores de
dopamina de maneira mais seletiva e são 95% de 100% dos antipsicóticos prescrtios
no EUA (TAMMINGA, 2022). Andrade e Rafaela (2015) listou os principais ASG no
Brasil: Aripripazol, Amislprida, Clozapina, Haloperidol, Olanzapina, Quetiapina,
Risperidona e Ziprasidona.
Dentro dessa classe de medicamentos, se destaca mais seguro na relação
risco x benefício o Haloperidol, isso se explica, de acordo com AMORIN, et al., pelo
fato de ser o mais bem estudado em relação ao seu uso durante a gestação. Ainda
que haja possibilidade de induzir efeitos extrapiramidais no recém-nascido, ele é
preferível na gestação, sendo mínimos os efeitos adversos maternos anticolinérgicos,
antihistamínicos e hipotensores.

2.5 Benzodiazepínicos

De acordo com Farias JSS et al. (2019) os benzodiazepínicos são drogas


psicotrópicas do subgrupo dos ansiolíticos que atuam em todo sistema nervoso central
(SNC) por meio da transmissão sináptica inibitória ao modular o receptor subtipo A do
ácido gama-aminobutírico (GABA A), eles são classificados quanto sua meia vida
plasmática em longa ação (diazepam, flurazepam), ação intermediária (alprazolam,
bromazepam, clonazepam, lorazepam,) e os de curta ação (midazolam e triazolam).
São medicamentos com atividade ansiolítica, hipnótica, anticonvulsivante e
relaxante muscular, que em geral são indicados para tratamento dos transtornos de
ansiedade, crises convulsivas e insônia. Em estudo conduzido por Naloto et al.2016,
no Brasil, em 107 cidades, constatou-se que os BZDs foram a terceira substância mais
utilizada pelos 8.589 entrevistados. Essa classe de medicamentos tem um grande
potencial de dependência, por este motivo se faz importante que os profissionais de
saúde, principalmente o profissional farmacêutico, saibam identificar os fatores que
caracterizam a dependência, a fim de que sejam capazes de detectar os usuários que
estão em risco de desenvolvê-la e, a partir disso, formularem um plano de tratamento
específico para seus pacientes, objetivando uma melhor resposta terapêutica.
Com relação a essa classe, esses medicamentos devem ser evitados na
gestação, entretanto, se não houver nenhuma outra alternativa, deve-se optar por
aqueles de meia-vida mais curta,que possuem efeito menos duradouro no organismo,
como por exemplo, o Lorazepam (AMORIM,2020). Seu mecanismo de ação já foi
apresentado no primeiro parágrafo, e sua meia-vida de eliminação no plasma humano
é de aproximadamente 12-16 horas após dose única (Bula Padrão, ANVISA,
19/07/2022).
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Quando se faz uso de um fármaco durante a gestação, deve-se levar em conta


sempre o fator risco-benefício para mãe e feto. O medicamento de escolha deve ser
aquele que não possui efeito teratogênico ou qualquer alteração funcional. Com a
finalidade de orientar e auxiliar o prescritor na escolha terapêutica mais adequada
para a gestante. Desde 1975, a agência americana FDA (Food and Drug
Administration) adota a classificação de medicamentos conforme o risco associado ao
seu uso durante a gravidez, que são classificados em 5 categorias (A, B, C, D e X),
progressivamente, de acordo com o grau de riscos à gestação, tomando por base e
prevalecendo, o primeiro trimestre de gravidez, como podemos observar no quadro
abaixo. (Ribeiro, Silva et al., 2013)

Quadro 1 – Classificação de risco dos medicamentos de acordo com a Food and Drug Administration
(FDA) para gestantes.

Riscos Descrição Exemplos de Referência


medicamentos
Risco A Estudos controlados não Triptofano Camacho et al., 2006;
demonstram risco em mulheres
grávidas;

Risco B Estudos em animais não Amitriplina Camacho et al., 2006;


demostraram risco fetal, mas Clozapina
também não há estudos Haloperidol
controlados em mulheres Fluoxetina
grávidas; Sertralina

Risco C Risco não pode ser excluído; Risperidona Camacho et al., 2006;
Não foram realizados estudos Olanzapina
controlados em mulheres Quetiapina
gravidas e nem animais. Escitalopram
Mirtazapina
Venlafaxina
Alprazolan
Clonazepan
Carbamazepina
Oxcarbamazepina
Lamotrigina
Topiramato

Risco D Evidência positiva de risco fetal Paroxetina Camacho et al.,2006;


humano, mas os benefícios Diazepan
potenciais para a mulher podem Lorazepam
justificar o risco. Nortriptilina
Carbonato de lítio
Valproato de sódio
Divalproato de sódio
Fenitoína
Fenobarbital
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Risco X Contraindicação absoluta na Segóvia et al., 2019;


gravidez, risco para o feto é Isotretinoína
maior que qualquer benefício Leflunomida
possível para paciente.

Fonte: Autoria própria (2022).

Dentre os medicamentos que possuem maior segurança e efetividade na


classe dos antidepressivos, tem-se os Inibidores Seletivos da Recaptação de
Serotonina (ISRS), que tem como exemplo a sertralina sendo um dos mais usados e
mais confiáveis, já quando se trata dos estabilizadores de humor e anticonvulsivantes
os mais frequentemente usados são, carbonato de lítio e carbamazepina, porém
apresentam riscos estabelecidos de teratogenicidade e devem ser evitados ,
sobretudo no primeiro trimestre; O lítio está associado à anomalia de Ebestein, e a
carbamazepina está associada a defeito do tubo neural e diversas outras alterações.
O tratamento dos quadros psicóticos é feito com drogas antipsicóticas , nesses casos
usa-se o Butirofenonas (Haloperidol) mais segura na gestação , com pequena
evidência de efeitos colaterais; No momento que se trata de transtorno de pânico e
síndrome ansiosas se utiliza o Lorazepam de preferência, ele pertence a classe dos
benzodiazepínicos, porém, precisa de atenção ao utiliza-lo , pois, o uso de
benzodiazepínicos no final da gestação pode levar à síndrome de abstinência no
recém-nascido e à sedação. O potencial teratogênico não está totalmente esclarecido
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2012)
Segundo a Organização Mundial da Saúde (2010), as falhas relacionadas à
medicação são 25% dos problemas com a saúde no mundo, sendo que mais de 50%
de todos os medicamentos são prescritos de forma inadequada, assim como
dispensados ou vendidos errados. Nesse cenário, realça-se a importância do
profissional farmacêutico, não só na prevenção de riscos relacionados ao uso dos
medicamentos, como também na manutenção da saúde de pacientes que compõem
os grupos especiais, como gestantes e pacientes obesos, hipertensos, diabéticos e
imunodeprimidos.
Segundo Rita (2019), no período da gestação, a atenção farmacêutica em
gestantes ajuda a reduzir a automedicação, diminuindo os riscos para a mãe e o feto,
por seu uso indevido. Contribui para a eficácia terapêutica dos tratamentos
medicamentosos e ajuda na educação em saúde sobre as doenças e suas
complicações.
A atenção à saúde mental das mulheres ainda é deficiente, visto que, atuam
somente em serviços específicos e não possuem uma visão holística da paciente, pelo
fato de não abrangerem questões como gestação e lactação. A gravidez não protege
as pacientes contra a ocorrência, a recorrência ou a exacerbação de transtornos
psiquiátricos. Ao contrário disso, esse período é considerado o de maior prevalência
de transtornos mentais na mulher, principalmente no primeiro e no terceiro trimestre
de gestação e nos primeiros 30 dias de puerpério. A atuação multiprofissional, nesse
contexto, destacasse ao passo que contribui para um diagnóstico precoce e
consequente, avaliação de risco-benefício, influenciando na escolha do fármaco mais
adequado para o período em que a mulher se encontra (AMORIM et al., 2020).
11

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em vista do exposto neste trabalho, percebe-se que os transtornos psiquiátricos


na gestação são mais comuns do que se imagina e, ao longo dos anos tem-se dado
mais importância ao tema. O processo de gestação é complexo e percebe-se que a
rede de apoio familiar, de amigos e uma equipe multidisciplinar é de suma importância
para este período. Dentre tais, o transtorno mental que prevalece na gestação é a
depressão. Na literatura, a segurança no uso dos psicofármacos durante a gestação
é o principal objetivo, minimizando assim, o risco de teratogenicidade e qualquer lesão
ao feto.
Dentre os medicamentos mais seguros, temos os ISRS (inibidores seletivos da
recaptação de serotonina) como exemplo, a sertralina, com relação a classe dos
benzodiazepínicos, temos o Lorazepam, cujo tempo de meia vida é mais curto. Além
deles, o Haloperidol é o mais estudado e mais seguro, sendo o preferido a ser usado
como antipsicótico, e por fim, temos a Carbamazepina e Carbonato de lítio, que possui
um uso muito complexo, e por isso se faz fundamental um vínculo terapêutico entre
obstetra, parceiro, psiquiatra e a mãe. Deve-se sempre levar em conta a relação risco-
benefício, e o farmacêutico pode contribuir para a melhor escolha desse binômio, além
de esclarecer os riscos antes mesmo do tratamento, garantindo uma gravidez mais
segura e uma paciente, intrinsecamente, mais bem assistida.

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