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E.E.

João Caly-2023

Plano de Aula

Disciplina: HISTÓRIA

TEMA:
As narrativas e as linguagens da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas na
compreensão de diferentes ideias, eventos e processos.

SITUAÇÃO-PROBLEMA:
Como meus desejos podem ser compatibilizados com a cidadania?

COMPETÊNCIA 1:
Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos
âmbitos local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos, a partir da
pluralidade de procedimentos epistemológicos, científicos e tecnológicos, de modo a
compreender e posicionar se criticamente em relação a eles, considerando
diferentes pontos de vista e tomando decisões baseadas em argumentos e fontes
de natureza científica.

HABILIDADE:
(EM13CHS101) Identificar, analisar e comparar diferentes fontes e narrativas
expressas em diversas linguagens, com vistas à compreensão de ideias, lógicas e
de processos e eventos históricos, geográficos, políticos, econômicos, sociais,
ambientais e culturais.

CATEGORIA: Tempo e espaço.

OBJETOS DE CONHECIMENTO:
Memória, cultura, identidade e diversidade; A produção do conhecimento histórico e
suas narrativas na origem dos povos do Oriente Médio, Ásia, Europa, América e
África
TEXTO I – A Memória Evanescente 1 Conta o mestre Capistrano 2 , que teria
encontrado um historiador de moral duvidosa a queimar documentos para tornar a
sua leitura daquelas fontes imprescindível e definitiva. O tom quase anedótico 3 da
narrativa esconde uma questão importante: o documento é a base para o
julgamento histórico? Destruídos todos os documentos sobre um determinado
período, o que poderia ser dito por um historiador? Uma civilização da qual não
tivéssemos nenhum vestígio arqueológico, nenhum texto e nenhuma referência por
meio de outros povos, seria como uma civilização inexistente para o profissional de
História?

Ora, se o documento é a pedra fundamental do pensamento histórico, isto nos


remete a outra questão: o que é um documento histórico? É notável como o
historiador resiste em definir seus conceitos de trabalho, mesmo os fundamentais.
Discutir o que consideramos um documento histórico é, na verdade, estabelecer
qual a memória que deve ser preservada pela História.

TEXTO II – A História do historiador Passado e memória dão conteúdo, identidade e


espessura a todos os humanos. Por mais isolado que se encontre um grupo, uma
comunidade ou mesmo um só indivíduo, todos possuem um passado, uma memória
e uma história. A história de si mesmos é também a história da vinculação com
determinado tempo e espaço. A história pessoal de cada um inevitavelmente terá
raízes numa história externa, mais ampla, relacionada com o social, o econômico,
com a cultura, nem sempre perceptível no plano da consciência individual (...).

Assim como o conteúdo da história não é o indivíduo isolado, tampouco o


historiador expressará uma subjetividade 4 ilimitada na sua captação do passado.
Pelo simples fato de participar de um passado realizado no presente, de pertencer
ou se projetar num determinado grupo social, seu trabalho expressará uma
historicidade intrínseca na escolha de temas, na abordagem, na leitura da
documentação, no processo de reflexão convertido em texto. Nesta condenação do
historiador ao presente situa-se a eternidade de um passado que nunca se esgota.
Caso contrário, a história da Grécia, por exemplo, teria sido escrita por Heródoto e
ponto final. No entanto, cada século reelaborou a história grega dentro de suas
perspectivas e possibilidades. O historiador busca no passado a consciência de seu
próprio tempo.

a) Qual a relação entre o título do texto I e as chamadas fontes e/ou documentos


históricos? Por que o autor usa o termo “evanescente” para falar da memória?
Explique.

b) No texto A história do historiador, as autoras afirmam que: [...] pelo simples fato
de participar de um passado realizado no presente, de pertencer ou se projetar num
determinado grupo social, seu trabalho (historiador) expressará uma historicidade
intrínseca na escolha de temas, na abordagem, na leitura da documentação, no
processo de reflexão convertido em texto. O que isso significa para a memória e
identidade?

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