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História

Memória e História

bimestre – Aula 01
sino Médio
● Memória e cultura; ● Identificar e analisar
● Identidade e diversidade. diferentes fontes e
narrativas históricas a partir
de padrões culturais de
diversas sociedades e
temporalidades, tendo em
vista a compreensão do
mundo.
Memória e História, desde o início das
Vire e converse origens, estão intimamente
relacionadas. A memória, como
● Você sabe o que é memória? propriedade de armazenar e atualizar
● Qual é a importância da informações, proporciona à História
memória? narrar as ações humanas tanto do
presente quanto do passado mais
● O que ela representa para
longínquo. A História, então surge
você?
como filha da memória. E “a memória,
Reflita e relacione suas ideias onde cresce a história, que por sua vez
com o texto ao lado e não a alimenta, procura salvar o passado
esqueça de registrar suas para servir o presente e o futuro”.
observações. (LE GOFF, 1990:47
Ao contrário da História, que apoia seu estudo em evidências
documentadas, a memória baseia-se em lembranças que dispensam fontes
objetivas. A História parte do pressuposto de que determinados fatos
realmente aconteceram; a memória, sujeita às inconstâncias do cotidiano,
é volúvel e mutável, mais próxima dos sentimentos que da razão. As
diferenças entre História e memória são inegáveis. Só considerar aquilo
que as distingue, no entanto, pode nos levar a perder o foco da questão,
que é saber o quanto e o que da memória – especialmente da memória
coletiva – se inserem no autoconhecimento histórico e vice-versa.
Referência: BOSCHI, Caio César. Por que estudar história? São Paulo: Ática, 2007.
Memória e História interagem e se complementam. Assim como existe a
memória de nossas coisas pessoais, existe a memória coletiva, que está nos
vários lugares ou espaços de manifestação das coletividades. Segundo o
historiador francês Pierre Nora (1931), tais espaços são “lugares
topográficos, como os arquivos, as bibliotecas e os museus; lugares
monumentais, como os cemitérios ou as arquiteturas; lugares simbólicos,
como as comemorações, as peregrinações, os aniversários ou os
emblemas; lugares funcionais, como os manuais, as autobiografias ou as
associações. Esses memoriais têm a sua história”.

Referência: BOSCHI, Caio César. Por que estudar história? São Paulo: Ática, 2007.
Todo mundo
escreve

A partir das discussões estabelecidas até aqui em sala de aula, sabemos que
a memória é fundamental para a História, uma vez que é ela (a memória)
individual ou coletiva que dá conteúdo, identidade e espessura a todos os
humanos. Dessa forma, reflita sobre os conhecimentos que um historiador
possui sobre os diferentes elementos constitutivos, ou seja, aquilo que
pode contar uma história, para buscar no passado a consciência de seu
próprio tempo.
A memória evanescente
Conta o mestre Capistrano, que teria encontrado um historiador de moral
duvidosa a queimar documentos para tornar a sua leitura daquelas fontes
imprescindível e definitiva. O tom quase anedótico da narrativa esconde
uma questão importante: o documento é a base para o julgamento
histórico? Destruídos todos os documentos sobre um determinado período,
o que poderia ser dito por um historiador? Uma civilização da qual não
tivéssemos nenhum vestígio arqueológico, nenhum texto e nenhuma
referência por meio de outros povos, seria como uma civilização
inexistente para o profissional de História?

Referência: KARNAL, Leandro; TARSCH, Flavia Galli. A memória evanescente. In: PINSKY, Carla B; LUCA,
Tania Regina de. (Orgs.). O historiador e suas fontes. São Paulo: Contexto, 2009, p. 9.
ra, se o documento é a pedra fundamental do pensamento histórico, isto
os remete a outra questão: o que é um documento histórico? É notável
omo o historiador resiste em definir seus conceitos de trabalho, mesmo os
undamentais. Discutir o que consideramos um documento histórico é, na
erdade, estabelecer qual é a memória que deve ser preservada pela
istória.

Referência: KARNAL, Leandro; TARSCH, Flavia Galli. A memória evanescente. In: PINSKY, Carla B; LUCA,
Tania Regina de. (Orgs.). O historiador e suas fontes. São Paulo: Contexto, 2009, p. 9.
Todo mundo
escreve

A partir da leitura do fragmento textual, responda ao que se pede:


Qual é a relação entre o título do texto e as chamadas fontes e/ou
documentos históricos? Por que o autor usa o termo “evanescente” para
falar da memória? Explique.
Produzida no Chile, no final da década de 197
Retome suas análises sobre a imagem expressa um conflito entre “culturas
os conceitos até aqui identitárias” e sua presença em museus,
discutidos e reflita para decorrente da:
responder ao que se pede I. valorização do mercado das obras de arte
neste exercício.
II. definição dos critérios de criação de
acervos.
III. ampliação da rede de instituições de
memória.
IV. burocratização do acesso dos espaços
expositivos.
“Nossa cultura não cabe nos seus V. fragmentação dos territórios das
museus.”
comunidades representadas.
Imagem. TOLENTINO, A.B. Patrimônio cultural e discursos museológicos. Midas, n. 6, 2016.
. Explique de que forma
um historiador e você,
em uma atitude
historiadora, teriam
condições de acessar
o passado.
. A partir da imagem em
destaque, qual
narrativa podemos
Fonte: Ipatrimônio. Patrimônio cultural Brasileiro. Imagem:
estabelecer? Disserte. Moinho Fratelli Maciotta,
em Ribeirão Pires-SP
● Identificamos e analisamos diferentes
fontes e narrativas históricas a partir de
padrões culturais de diversas sociedades e
temporalidades, tendo em vista a
compreensão do mundo.
BITTENCOURT, Circe (Org.). O saber histórico na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2003.
LE GOFF, Jacques. História e memória. Trad. Bernardo Leitão [et al]. Campinas: Editora da Unicamp,
1990.
SILVA, Luiz Carlos Rodrigues da. História e Identidade nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Revista
Internacional de apoyo a la inclusión, logopedia, sociedad y multiculturalidad, Universidad de Jaén, v. 3,
n. 2, p. 72-90, 2017.
IOKOI, Zilda M.; QUEIROZ, Tereza. A História do historiador. São Paulo: Ed. Humanitas, FFLH/USP,
1999, p. 07-08.
KARNAL, Leandro; TARSCH, Flavia Galli. A memória evanescente. In: PINSKY, Carla B; LUCA, Tania
Regina de. (Orgs.). O historiador e suas fontes. São Paulo: Contexto, 2009, p. 9.
LEMOV, Doug. Aula Nota 10 3.0: 63 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. Porto Alegre: Penso,
2023.
Lista de imagens e vídeos
Slide 17 –
https://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2019/2019_PV_impresso_D1_CD1.pdf.
Slide 19 – https://www.ipatrimonio.org/ribeirao-pires-moinho-fratelli-maciotta/#!/map=38329&loc=-
23.711454,-46.41736399999999,17.

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