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CAMPINA GRANDE - PB
2023
BIANCA LUCAS FERNANDES
CAMPINA GRANDE-PB
2023
BIANCA LUCAS FERNANDES
LUIZA DI CREDICO PARANHOS
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________________________
Profª. Tatiana Silva Ferreira de Almeida - UFCG
Orientadora
_______________________________________________________________
Prof. Dr. Edmundo de Oliveira Gaudêncio - UFCG
Membro Interno
_______________________________________________________________
Prof. Raimundo Antonio Batista de Araujo - UFCG
Membro Interno
_______________________________________________________________
Profª. Dra. Carmem Dolores de Sá Catão- UFCG
Suplente
AGRADECIMENTOS
A Deus, pela minha vida, e por ter sempre iluminado meu caminho, permitindo
que eu tivesse saúde e determinação para que eu alcançasse meus objetivos em
todos os meus anos de estudos. Aos meus pais, que me trouxeram a vida, aos meus
irmãos, amigos e familiares que me acompanharam e me incentivaram nos
momentos difíceis e de desânimo, além de tornarem a jornada mais leve e alegre.
Agradeço também a todos os professores pelos ensinamentos e dedicação ao meu
processo de formação profissional e pessoal; assim como todos os pacientes que
me ensinaram o que é medicina e, acima de tudo, o que é ser humano.
“Conheça todas as teorias, domine todas
as técnicas, mas ao tocar uma alma
humana, seja apenas outra alma humana”
Carl Jung
RESUMO
Anxiety, a natural and necessary emotion for human life, plays a fundamental role in
adapting and coping with challenging situations. However, in certain contexts, anxiety
can take on a pathological form, leading to excessive worries, negative impact on
daily functioning, and uncomfortable physical manifestations. In the context of
pregnancy, women experience a series of physiological, hormonal, social, and
psychological changes that can significantly influence their emotional health and
increase the risk of psychiatric morbidity, including anxiety. In pregnant women
affected by this pathology, concerns about the health and future of the baby, although
physiological and even expected, are experienced in a disproportionate and
excessive manner, indicating pathological gestational anxiety that can increase the
risks of adverse events for both the mother and the fetus, such as an increased risk
of postpartum depression, preterm birth, and long-term cognitive changes in the
child, highlighting the need to understand potential risk factors for the issue. The
present study aims to investigate the prevalence of gestational anxiety in high-risk
prenatal care and explore its correlation with social, epidemiological, and obstetric
factors through an observational, cross-sectional, individualized, and correlational
study design. To achieve this, a sample of 93 pregnant women was assessed for the
presence of anxiety using a validated Screening Instrument for Gestational Anxiety
Symptoms (SIGAS) in Brazil, along with a sociodemographic and epidemiological
questionnaire developed by the researchers. The results revealed that over half
(60.95%) of the pregnant women were classified as having moderate to high levels of
anxiety based on the scores obtained from SIGAS. Furthermore, it was observed that
certain social and epidemiological factors studied showed higher rates of elevated
gestational anxiety, such as income below the minimum wage, Black race,
complications in previous pregnancies, and unmarried women. Such information is
essential for the development of public policies aimed at reducing the impact of
anxiety during pregnancy, identifying populations at higher risk for the problem, so
that targeted and effective actions can be implemented, ensuring the principle of
equity and better public health indicators.
1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................10
2 JUSTIFICATIVA...................................................................................................10
3 OBJETIVOS.........................................................................................................11
3.1 Objetivo Geral.......................................................................................................11
3.2 Objetivos Específicos............................................................................................11
4 HIPÓTESE............................................................................................................11
5 MÉTODOS............................................................................................................12
5.1 Desenho do Estudo..............................................................................................12
5.2 Local do Estudo....................................................................................................12
5.3 Período da coleta de dados..................................................................................12
5.4 População e Amostra...........................................................................................12
5.5 Critérios de elegibilidade......................................................................................12
5.5.1 Critérios de Inclusão...........................................................................................12
5.5.2 Critérios de Exclusão.........................................................................................12
5.6 Procedimentos para participação dos participantes............................................13
5.7 Critérios para descontinuação do participante do estudo....................................13
5.8 Procedimentos para coleta dos dados.................................................................13
5.8.1 Instrumento de coleta.........................................................................................13
5.8.2 Coleta de dados.................................................................................................14
5.8.3 Controle de qualidade das informações............................................................14
5.9 Processamento e análise dos dados...................................................................14
5.9.1 Processamento dos dados.................................................................................14
5.9.2 Análise dos dados..............................................................................................14
6 ASPECTOS ÉTICOS............................................................................................15
7 CONFLITO DE INTERESSES.............................................................................15
8 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................16
8.1 A ansiedade patológica........................................................................................16
8.2 A ansiedade na gestação.....................................................................................17
8.3 Efeitos adversos da ansiedade para o binômio mãe feto....................................18
8.4 Suporte social.......................................................................................................19
8.5 Estratégias de enfrentamento..............................................................................20
9 RESULTADOS.....................................................................................................22
10 DISCUSSÃO........................................................................................................32
11 CONCLUSÃO.......................................................................................................35
REFERÊNCIAS....................................................................................................37
Anexo A - Instrumento de rastreio para sintomas de ansiedade gestacional
– IRSAG...............................................................................................................41
Anexo B - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE.................42
Apêndice A - Questionário Sociodemográfico e Epidemiológico................45
10
1 INTRODUÇÃO
2 JUSTIFICATIVA
3 OBJETIVOS
4 HIPÓTESE
5 MÉTODOS
6 ASPECTOS ÉTICOS
7 CONFLITO DE INTERESSES
8 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
causas para esse aumento não sejam bem definidas. Além disso, as mulheres
apresentam também um maior risco de associação com outras comorbidades, como
o Transtorno Depressivo (KINRYS; WYGANT, 2005).
Além disso, voltando o olhar para o casal que gesta, sugere-se também que o
risco de um dos genitores desenvolver um transtorno de ansiedade aumenta
consideravelmente de acordo com o estado emocional do parceiro. Ou seja, um
parceiro ansioso aumenta as chances de que o outro vivencie o mesmo (PHILPOTT
et al., 2019).
Em um estudo realizado por GURUNG et al. (2005) com 5271 mulheres, uma
renda familiar alta e trabalhos com baixo índice de estresse foram considerados
fatores protetores contra o desenvolvimento de ansiedade gestacional.
Outros fatores, como a raça, também possuem influência na realidade do pré-
natal. Segundo dados brasileiros, a população preta constitui a maior parcela dentre
as gestantes com adversidades como morte materna, sífilis na gestação e menor
acesso/comparecimento às consultas de pré-natal no primeiro trimestre da gestação
(BRASIL, 2016). Historicamente negligenciada e marginalizada, tais dados
evidenciam a necessidade de um olhar direcionado para essa população, e de
melhores dados que mensurem o impacto das desigualdades raciais também na
saúde mental da gestante.
8.5 Estratégias de enfrentamento
pesquisa com gestantes, a maior parte dos estudos são do tipo observacional. Tais
estudos sugerem que os ISRS, enquanto classe, não são associados a anomalias
congênitas (com a possível exceção da Paroxetina, que será discutida a seguir)
(MALM et al., 2015). Com relação aos riscos relacionados ao uso, o aumento na
incidência de hemorragia pós-parto está presente, especialmente no uso durante o
terceiro trimestre (BRUNING et al., 2015). Uma pesquisa observacional sugeriu um
aumento no risco de distúrbios da fala em crianças que foram expostas intra útero
aos ISRS (BROWN et al., 2016). Estudos realizados com crianças de 3-7 anos
expostas aos ISRS na gestação não mostraram diferença com relação aos índices
de QI (quociente de inteligência) (NULMAN et al., 2015). Além disso, não foi
observado risco aumentado para diabetes gestacional (DANDJINOU et al., 2019),
aborto espontâneo (ALMEIDA et al., 2016), autismo e Transtorno do Déficit de
Atenção e Hiperatividade (MALM et al., 2016).
Não há recomendação de preferência por um tipo específico de ISRS (à
exceção da Paroxetina), e, caso a mulher já tenha apresentado sucesso com
alguma droga, essa deve ser a preferida, inclusive na amamentação. Todos os ISRS
foram relacionados com aumento do risco de hemorragia pós-parto, e a Paroxetina,
em alguns estudos, foi relacionada com um aumento pequeno do risco de alterações
cardíacas, embora outros estudos não tenham observado a mesma relação, e essa
ou outras anomalias congênitas não tiveram o risco aumentado de forma significativa
nas demais drogas (STEWART et al., 2023). Contudo, em razão das evidências que
mostram uma baixa passagem da Sertralina para a circulação fetal e para o leite
materno, na prática clínica, muitos profissionais tem essa medicação como primeira
linha na gestante, embora essa recomendação não exista formalmente, uma vez
que a não detecção do fármaco na circulação ou a baixa dosagem deles não são
indicativos formais de ausência de efeitos clínicos (STEWART et al., 2023).
Alguns estudos sugerem também a realização de uma nova modalidade no
acompanhamento pré-natal, chamada de “pré-natal psicológico”, como um modelo
de intervenção preventivo por meio de atendimentos psicoeducativos com as
gestantes e seus familiares (BENINCASA et al., 2019).
Com um olhar mais abrangente, levando em conta que fatores ambientais
como suporte social exercem influência nos sintomas ansiosos, cabe ressaltar que
estratégias gerais de acesso à informação, saúde, moradia, segurança e educação,
regidas especialmente por políticas públicas, também podem ser consideradas como
23
9 RESULTADOS
Figura 1 – Perfil de idade das gestantes (a) Valor absoluto. (b) Valor percentual.
(a) (b)
Figura 2 – Raça autodeclarada pelas gestantes (a) Valor absoluto. (b) Valor percentual.
(a) (b)
Figura 3 – Estado civil das gestantes (a) Valor absoluto. (b) Valor percentual.
(a) (b)
(a) (b)
Figura 5 – Ocupação das gestantes (a) Valor absoluto. (b) Valor percentual.
(a) (b)
Figura 6 – Escolaridade das gestantes (a) Valor absoluto. (b) Valor percentual.
(a) (b)
(a) (b)
(a) (b)
(a) (b)
Figura 10 – Presença de complicações em gestações prévias (a) Valor absoluto. (b) Valor percentual.
(a) (b)
Figura 11 – Quantidade de partos normais prévios (a) Valor absoluto. (b) Valor percentual.
(a) (b)
Figura 12 – Quantidade de cesarianas prévias (a) Valor absoluto. (b) Valor percentual.
(a) (b)
Figura 13 – Intervalos da idade gestacional das pacientes (a) Valor absoluto. (b) Valor percentual.
(a) (b)
Variáveis Freq. %
Idade
16-18 anos 2 2,15%
19-35 anos 70 75,27%
Mais que 35 anos 21 22,58%
Raça
Parda 59 63,44%
Preta 6 6,45%
Branca 25 26,88%
Indígena 1 1,08%
Amarela 2 2,15%
Estado civil
Solteira 23 24,73%
União estável 26 27,96%
Casada 41 44,09%
Divorciada 3 3,23%
Renda familiar
Menor que 1 salário mínimo 54 58,06%
Entre 1 e 3 salários mínimos 35 37,63%
Entre 4 e 5 salários mínimos 3 3,23%
Maior ou igual a 6 salários 1 1,08%
29
Trabalho/ocupação
Estudante 10 10,75%
Desempregada 49 52,69%
Empregada 34 36,56%
Escolaridade
Ensino fundamental incompleto 12 12,90%
Ensino fundamental completo 8 8,60%
Ensino médio incompleto 12 12,90%
Ensino médio completo 39 41,94%
Ensino superior incompleto 9 9,68%
Ensino superior completo 13 13,98%
Condição marital
Reside com o parceiro(a) 81 87,10%
Não reside com parceiro(a) 12 12,90%
Gestações prévias
Nenhuma 27 29,03%
1 gestação 17 18,28%
2 ou mais gestações 49 52,69%
Abortos prévios
Nenhum aborto 63 67,74%
1 aborto 25 26,88%
2 ou mais abortos 5 5,38%
Complicações em gestações prévias
Não 58 62,37%
Sim 35 37,63%
Partos normais prévios
Nenhum 57 61,29%
1 normal 23 24,73%
2 ou mais normais 13 13,98%
Número de cesarianas prévias
Nenhuma 57 61,29%
1 cesariana 20 21,51%
2 ou mais cesarianas 16 17,20%
Idade gestacional atual
Menos de 13 sem 3 3,23%
Entre 13 e 26 sem 36 38,71%
27 sem ou mais 54 58,06%
Fonte: Autoria Própria (2023)
Classes N %
38,71
Leve 36 %
24,73
Moderada 23 %
36,56
Elevada 34 %
Total 93 100%
Fonte: Autoria Própria (2023)
10 DISCUSSÃO
11 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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trabalhadores desempregados. Revista Psicologia Organizações e Trabalho,
Florianópolis, v. 9, n. 1, p. 86-107, jun. 2009.
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problems during pregnancy: a systematic review and meta-analysis. Reproductive
Health, [s. l], v. 162, n. 18, p. 1-23, 2021.
COSTA, Deborah da et al. Variations in stress levels over the course of pregnancy.
Journal Of Psychosomatic Research, [S.L.], v. 47, n. 6, p. 609-621, dez. 1999.
Elsevier BV.
DANDJINOU, Maëlle et al. Antidepressant use during pregnancy and the risk of
gestational diabetes mellitus: a nested case⠳control study. Bmj Open, [S.L.], v. 9, n.
9, p. 025908-025908, set. 2019. BMJ
DAYAN, J.. Role of Anxiety and Depression in the Onset of Spontaneous Preterm
Labor. American Journal Of Epidemiology, [S.L.], v. 155, n. 4, p. 293-301, 15 fev.
2002. Oxford University Press (OUP).
DIVNEY, Anna A. et al. Depression During Pregnancy Among Young Couples: the
effect of personal and partner experiences of stressors and the buffering effects of
social relationships. Journal Of Pediatric And Adolescent Gynecology, [S.L.], v.
25, n. 3, p. 201-207, jun. 2012. Elsevier BV.
LAUTARESCU, Alexandra et al. Prenatal stress: effects on fetal and child brain
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Elsevier.
LEE, Antoinette M. et al. Prevalence, Course, and Risk Factors for Antenatal Anxiety
and Depression. Obstetrics & Gynecology, [S.L.], v. 110, n. 5, p. 1102-1112, nov.
2007. Ovid Technologies (Wolters Kluwer Health).
PHILPOTT, Lloyd Frank et al. Anxiety in fathers in the perinatal period: a systematic
review. Midwifery, [S.L.], v. 76, p. 54-101, set. 2019. Elsevier BV.
SILVA MMJ. et al. Anxiety in pregnancy: prevalence and associated factors. Rev Esc
Enferm USP. 2017;51:e03253.
STEWART, Donna et al. Antenatal use of antidepressants and the potential risk
of teratogenicity and adverse pregnancy outcomes:: selective serotonin reuptake
inhibitors. Selective serotonin reuptake inhibitors. 2023. Disponível em:
https://www.uptodate.com/contents/antenatal-use-of-antidepressants-and-the-
potential-risk-of-teratogenicity-and-adverse-pregnancy-outcomes-selective-serotonin-
reuptake-inhibitors?search=antidepressivos%20na
%20gravidez&source=search_result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&disp
lay_rank=1. Acesso em: 31 maio 2023.
World Health Organization. World mental health report: transforming mental health
for all. Geneva: Who, 2022.
IRSAG
Sinto-me cansada
Sinto-me ansiosa
Estou agitada
Sinto-me culpada
Sinto-me triste
Tenho pesadelos
Tenho medo
Me sinto sozinha/desamparada
Fonte: Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4, n.4, p.16885-16904 jul./aug2022
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Você está sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa acima citado. O
documento abaixo contém todas as informações necessárias sobre a pesquisa que
estamos fazendo. Sua colaboração neste estudo será de muita importância para
nós, mas se desistir a qualquer momento, isso não causará nenhum prejuízo a você.
Email: tsfalmeida@gmail.com
Eu, ____________________________________________________________,
profissão_____________________. residente e domiciliado na
________________________ _______________________________, portador da
Cédula de identidade, RG ______________ e inscrito no CPF _________________,
nascido(a) em ___ / _____ /_____, abaixo assinado(a), concordo de livre e
espontânea vontade em participar como voluntário(a) do estudo
______________________Declaro que obtive todas as informações necessárias,
bem como a promessa dos esclarecimentos às dúvidas, por mim apresentadas
durante o decorrer da pesquisa.
INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA:
Objetiva-se analisar a interferência de questões sociodemográficas e
epidemiológicas na prevalência de sintomas ansiosos durante a gestação em
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Desconfortos e riscos:
Benefícios:
IX) Caso me sinta prejudicado (a) por participar desta pesquisa, poderei recorrer
ao Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos – CEP, do Hospital
Universitário Alcides Carneiro - HUAC, situado a Rua: Dr. Carlos Chagas, s/ n, São
José, CEP: 58401 – 490, Campina Grande-PB, Tel: 2101 – 5545, E-mail:
cep@huac.ufcg.edu.br; ao Conselho Regional de Medicina da Paraíba e à Delegacia
Regional de Campina Grande.
( ) Paciente : _______________________________________________.
Testemunha 1 :
__________________________________________________________.
Nome / RG / Telefone
Testemunha 2 :
__________________________________________________________.
Nome / RG / Telefone
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