Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PALAVRAS-CHAVE
Apego materno-fetal, sintomas depressivos, transtornos ansiosos.
ABSTRACT
Objective: To determine the prevalence and factors associated with anxiety and depression symp-
toms and maternal-fetal attachment in pregnant women diagnosed with congenital malformations.
Methods: Prospective cross-sectional study conducted from December/2019 to March/2020. Seven-
ty-seven managers with a diagnosis of fetal malformation attended at the Instituto de Medicina Inte-
gral Prof. Fernando Figueira (IMIP) and those under 18 years of age who did not know the diagnosis
of malformation in less than 3 weeks were excluded. Applicable to a questionnaire with clinical and
sociodemographic variables, in addition to the Hospital Anxiety and Depression Scale and Maternal-
-Fetal Attachment Scale. For statistical analysis, the multivariate logistic regression model was applied
with a 5% significance level. Results: Among pregnant women, 46.8% had anxiety symptoms and 39%
depressive symptoms, with average maternal-fetal attachment at 54.5% and high at 45.5%. History of
anxiety and depression and cannot use religion have been associated with an increased risk of anxiety
and depression, whereas malformation saber for ≥ 10 weeks, associated only with risk of anxiety and
multiple pregnancy only in depression. Maternal-fetal attachment was not associated with anxiety or
depression. Conclusion: If there is a high prevalence of anxious and depressive symptoms in pregnant
women with malformed fetuses, in addition to the presence of medium maternal-fetal/high attach-
ment in all patients, with no association with the studied psychiatric disorders. Therefore, request the
creation of new lines of care aimed at the mental health of these women.
KEYWORDS
Maternal-fetal attachment, depressive symptoms, anxiety disorders.
A terceira seção foi composta pelo instrumento que ava- terem conhecimento da malformação fetal há mais de três
liou os sinais e sintomas clínicos de ansiedade e depressão, semanas, restando, portanto, 77 gestantes com fetos malfor-
pela Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (EHAD), tra- mados. Nenhuma paciente se recusou a participar da pre-
duzida e validada para o Brasil10. Essa escala consiste em um sente pesquisa.
instrumento de autopreenchimento contendo 14 questões Em relação à caracterização das gestantes incluídas, ob-
de múltipla escolha, composta de duas subescalas intercala- servou-se uma média de idade de 26 (DP 6,6) anos, da idade
das, para definição das variáveis dependentes: ansiedade-es- gestacional em que descobriu a malformação fetal, de 21,7
tado (sete questões) e depressão-estado (sete questões). Os (DP 5,1) semanas e do tempo do diagnóstico, de 8,8 (DP 4,9)
escores da EHAD variam de zero a 21 pontos, sendo conside- semanas. Destaca-se que prevaleceram as malformações do
rados os sujeitos com escores menores que 8 com ausência sistema geniturinário (18 – 23,4%) (Tabela 1).
de sintomas clínicos para ansiedade e/ou depressão, os com A prevalência dos sintomas de ansiedade foi de 36
escores ≥ 8 e ≤ 10 com sintomas leves, os com escores ≥ 11 (46,8%), sendo 11 (14,3%) graves, enquanto a prevalência
e ≤ 14 com sintomatologia moderada e os com escores ≥ 15 de sintomas de depressão foi de 30 (39,0%), sendo apenas
e ≤ 21 com sintomas graves de ansiedade e/ou depressão10. 1 (1,3%) grave. Observou-se, ainda, que nenhuma gestante
apresentou apego materno-fetal leve, enquanto 54,5% (n =
Análise de dados 42) apresentaram apego médio (Tabela 2).
A análise estatística foi realizada pelo software Epi-Info 7.2.4.0
(Centers for Disease Control and Prevention [CDC], Atlanta, DC). Tabela 1. Características das gestantes com fetos malformados (n = 77)
Para as variáveis categóricas, foram construídas tabelas de Variáveis
distribuição de frequência, e para as variáveis numéricas, Idade, anos (média ± DP) 26,9 6,6
medidas de tendência central (média e mediana) e disper- 18-20 (n;%) 14 18,2
são (desvio-padrão [DP] e intervalo interquartil [IIQ]) foram 21-30 (n;%) 39 50,6
calculadas. Em relação à análise univariada, para avaliar a as- 31-41 (n;%) 24 31,2
sociação entre as variáveis dependentes e independentes, Raça (autodeclarada)
foram utilizados os testes chi-quadrado e exato de Fisher, Branca (n;%) 11 14,3
quando pertinentes. Para determinar a força da associação, Parda (n;%) 46 59,7
foram calculados a razão de prevalência (RP) e seu intervalo
Negra (n;%) 20 26,0
de confiança a 95% (IC 95%). Além disso, realizou-se a análise
Escolaridade
multivariada, com o modelo inicial sendo composto pelas
Ensino fundamental 1 (1-5 anos); (n;%) 1 1,3
variáveis explanatórias que apresentaram valor p < 0,20 na
Ensino fundamental 2 (6-9 anos); (n;%) 19 24,7
análise univariada, permanecendo no modelo final as variá-
veis com nível de significância menor que 0,05, sendo calcu- Ensino médio (10-12 anos); (n;%) 44 57,1
lada a razão de odds ratio (OR) inicial e ajustado, além de seu Ensino superior (>12 anos); (n;%) 13 16,9
IC 95%. Foi realizada, ainda, correlação linear de Pearson en- Paciente internada
tre a MFAS e as subescalas de ansiedade e depressão, consi- Sim (n;%) 12 15,6
derando r = 0,10 até 0,30 (fraco); r = 0,40 até 0,6 (moderado); Não (n;%) 65 84,4
r = 0,70 até 1 (forte)11. Antecedentes de transtornos psiquiátricos
Sim (n;%) 8 10,4
Considerações éticas
Não (n;%) 69 89,6
As pacientes candidatas ao estudo foram informadas so- Paridade (mediana; IIQ) 1,0 0,0-1,0
bre a pesquisa e convidadas a participar do estudo e, caso Nulípara (n;%) 44 57,1
concordassem, foi solicitada a assinatura do Termo de Primípara (n;%) 23 29,9
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). O estudo foi apro-
Multípara (n;%) 10 13,0
vado pelo comitê de ética em pesquisas em seres humanos do
Idade gestacional na consulta (média ± DP) 30,4 4,7
IMIP (CAAE: 67779417.3.0000.5206), sob parecer nº 3.748.150,
1º trimestre (n;%) 0 0,0
e da Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP (CAAE:
2º trimestre (n;%) 26 33,8
67779417.3.0000.5206), sob parecer nº 2.310.322.
3º trimestre (n;%) 51 66,2
Idade gestacional no diagnóstico da malformação (média 21,7 5,1
± DP)
RESULTADOS 1º trimestre (n;%) 9 11,7
2º trimestre (n;%) 60 77,9
Foram abordadas 85 gestantes, entre as quais cinco foram
3º trimestre (n;%) 8 10,4
excluídas por possuírem menos de 18 anos e três por não
fatores de risco para depressão gestacional é a história psi- Adicionalmente, estudos mostram a relação inversamente
quiátrica, principalmente de depressão pregressa7. Além proporcional entre o tempo de diagnóstico da malformação
disso, estudo sugeriu que a presença de evento de vida es- fetal e a prevalência de ansiedade e depressão, haja vista que,
tressante (EVE), como gestação com feto malformado, con- na primeira consulta após o diagnóstico fetal, 52,4% das ges-
siderado um EVE grave, favorece níveis maiores de estresse, tantes possuíam algum nível de ansiedade, ao passo que na
ansiedade e depressão, visto que essas mulheres estão inse- última consulta 38% delas mantiveram-se ansiosas16. Em con-
ridas em um cenário de gravidez de alto risco e expectativas cordância, esta pesquisa observou que o conhecimento da
sobre o concepto5,7. malformação fetal há mais de 10 semanas atuou como fator
protetivo para sinais e sintomas de ansiedade, mas essa variável e de aceitação cresce na gestante e faz com que elas se ade-
não foi significante estatisticamente para depressão. Sabe-se quem à realidade, havendo, assim, diminuição dos níveis de
que, com o decorrer do tempo, a capacidade de adaptação ansiedade e depressão e aumento de habilidades em cuidar17.
Tabela 5. Variáveis associadas ao apego materno-fetal em gestantes com fetos malformados (N = 77)
Modelo inicial Modelo final
Variável
% OR IC 95% p OR IC 95% p
Escolaridade
1-11 anos 42,9 0,23 0,05-0,95 0,04 0,21 0,05-0,82 0,02
≥12 anos 61,2 1,0 1,0
Empregada
Sim 36,0 0,06 0,01-0,31 0,0008 0,08 0,01-0,35 0,0009
Não 63,5 1,0
Procedente
Outros 63,9 4,8 1,13-20,11 0,03 5,83 1,53-22,16 0,009
Região metropolitana 46,3 1,0 1,0
Idade da descoberta da malformação fetal
1º e 2º trimestre 58,0 5,9 0,49-71,88 0,16 11,0 1,00-120,39 0,049
3º trimestre 25,0 1,0 1,0
Partos anteriores
0 47,7 0,2 0,04-0,74 0,01 0,2 0,05-0,76 0,01
≥1 63,6 1,0 1,0
Abortos anteriores
0 59,0 3,8 0,83-17,53 0,08 4,74 1,06-21,16 0,04
≥1 37,5 1,0 1,0
Antecedentes de ansiedade e depressão
Sim 75,0 1,4 0,05-35,51 0,83
Não 52,2 1,0
Tratamento para ansiedade e depressão
Sim 87,5 159,8 1,66-15362,72 0,02 107,3 1,94-5915,0 0,02
Não 50,7 1,0 1,0
Sinais/sintomas ansiedade
Sim 44,4 0,5 0,14-1,95 0,33
Não 63,4 1,0
Malformação fetal possui tratamento pós-natal
Sim 59,6 3,2 0,66-15,19 0,14
Não 44,0 1,0
Para a análise multivariada do apego materno-fetal, foram excluídas idade, religião, companheiro, naturalidade, raça, idade gestacional na consulta, tempo que sabe da malformação fetal, internada,
gestação planejada ou múltipla, apoio familiar, tipo de malformação, doença materna, incompatibilidade com a vida, prognóstico ruim, possibilidade de sobreviver é grande, acompanhamento por outra
especialidade, subescala de depressão, renda e número de gestações anteriores, por possuírem p > 0,20.
É evidente ainda que a gestação promove condições adaptação da mulher, favorecem o desenvolvimento da de-
especiais que acarretam mudanças nos processos metabó- pressão na gravidez19.
licos e fisiológicos da mulher, culminando em um risco para Em relação ao apego materno-fetal, este estudo não rela-
a mãe e/ou para o feto18. Sendo assim, a ocorrência de ges- tou associação clara entre a presença de ansiedade e depres-
tação múltipla foi um dos fatores associados ao desenvolvi- são e a alteração no apego entre a gestante e seu filho. Isso
mento de depressão em nosso estudo. Sabe-se que, diante porque os resultados encontrados por nós demonstraram
de uma gestação gemelar associada à malformação fetal, há que, independentemente do grau do transtorno psiquiátri-
aumento significativo do risco gestacional, seguido de alta co identificado na gestante, a maioria delas apresentou alto
predisposição ao desenvolvimento de alterações psíquicas18, apego em relação ao seu filho. Achados literários de estu-
além da preocupação com a saúde do feto sem alterações dos que analisaram essa relação ratificam nossos resultados,
morfológicas fetais. Essa condição de maior vulnerabilidade demonstrando que 90% das gestantes analisadas, com fetos
acarreta sentimentos como infelicidade, estresse e preocu- malformados, apresentaram um alto apego, apesar da pre-
pações quanto à gestação, que, associados à dificuldade de sença de ansiedade e/ou depressão diagnosticada17.
Em outro contexto, quando foram avaliados os fatores da situação25. No entanto, como o segundo trimestre é o
associados a um menor e médio apego materno-fetal, com- período fortalecedor do vínculo materno-fetal, devido à pre-
parado a alto apego, observou-se que a escolaridade das sença de movimentos fetais acentuados, espera-se elevado
gestantes entre 1 e 11 anos esteve mais vulnerável ao alto apego. Porém, as gestantes que recebem diagnóstico de
apego materno-fetal, em comparação com níveis de escola- anomalias fetais nesse período tendem a não responder às
ridade superiores a 12 anos. Porém, outros autores afirmam expectativas26.
que o alto grau de escolaridade está relacionado à prioriza- Em contraponto, a nuliparidade foi fator protetor para
ção do enfrentamento focalizado no problema, estratégia apego médio, o que reflete em multíparas como grupo de
essa que fortalece o vínculo materno-fetal2,20. A divergência risco. Isso pode ser explicado pelo fato de que as nulíparas
entre esses resultados pode estar relacionada ao pequeno acabam por criar maiores expectativas em relação à gesta-
número amostral, que, em sua maioria, foi composto por ção, quando comparada às multíparas27. Aliado a isso, é evi-
gestantes com escolaridade até 12 anos. dente que a gravidez, principalmente do segundo ou tercei-
Atrelado a isso, é evidente que contextos de crise econô- ro filho, pode causar muita ansiedade devido às mudanças
mica, baixas condições socioeconômicas e instabilidade pro- no sistema familiar já equilibrado, por isso achados literários
fissional são variáveis que contribuem para a dificuldade de evidenciam que as gestantes multíparas tendem a apresen-
adaptação materna e familiar à gestação, uma vez que a gra- tar redução do apego em uma nova gestação28.
videz necessita de reestruturação em várias dimensões17,21. Ademais, vivenciar um aborto pode alterar a saúde men-
Juntamente com a preocupação econômica, o impacto da tal das mulheres em pequeno ou longo prazo, podendo até
notícia de uma malformação fetal possivelmente transfor- mesmo persistir no curso de gestações subsequentes e mu-
ma essa mudança em uma crise emocional, favorecendo dar o sentimento em relação ao filho que está por vir, dimi-
sentimentos de inferioridade e baixa autoestima materna, nuindo o apego materno-fetal29,30. Contrapondo-se ao espe-
além de diminuir a responsividade psicossocial, afetando rado, evidenciamos menor apego materno-fetal na ausência
negativamente o vínculo materno-fetal em longo prazo5,6. de antecedentes de aborto. Justifica-se pelo fato que nosso
Seguindo essa perspectiva, observou-se que estar empre- estudo foi realizado em fetos malformados, o que pode ter
gada profissionalmente durante o diagnóstico fetal foi fator contribuído para que gestantes com aborto prévio tenham
protetor para apego médio. alto apego, devido ao pensamento materno sobre necessi-
Por outro lado, as gestantes que não residiam no Recife e dade dos cuidados ao recém-nascido com malformação.
região metropolitana (RMR) apresentaram-se como de risco Em contrapartida, ter realizado tratamento prévio para
para escores médios de apego materno-fetal. É evidente que ansiedade e/ou depressão foi preditivo para nível médio de
a distância física entre a residência da paciente e o serviço apego. Esse achado vai ao encontro com a literatura, pois,
de saúde desempenha influência na adesão às condutas e como a depressão é uma condição crônica e recorrente, o
ao tratamento22. No entanto, poucas pesquisas investiga- não tratamento adequado implica seu prolongamento e,
ram o impacto da distância física ao hospital sobre o apego diante de uma gestação de alto risco, essa psicopatologia
materno-fetal. Acredita-se que, como o estudo foi realizado tende a ser exacerbada, implicando a díade mãe-feto7,17.
na cidade do Recife, agregado à prevalência de baixa renda, Destaca-se que, entre a parcela estudada, a frequência de
as gestantes que não residiam na RMR tiveram mais dificul- antecedentes de ansiedade e/ou depressão foi igual à reali-
dade em manter o acompanhamento corretamente com zação de tratamento pregresso, porém, como limitação, esta
o setor de medicina fetal, localizado na cidade do Recife, pesquisa não avaliou a efetividade e a qualidade desse trata-
Pernambuco. Como consequência, há um déficit de infor- mento anterior.
mações sobre a gestação, o que afeta a dinâmica mãe-filho e Por fim, não foi observada boa correlação entre a MFAS
dificulta o enfrentamento de possíveis complicações20. e as subescalas de ansiedade (r = -0,03) e depressão (r =
Nesse contexto, foi evidente, ainda, que o período do -0,33). Como nosso estudo abordou um grupo específico
diagnóstico da malformação teve influência no apego ma- de gestantes de alto risco, ou seja, com fetos malformados,
terno-fetal. O diagnóstico da malformação fetal durante o acredita-se que a presença de sinais e sintomas clínicos de
primeiro e o segundo trimestre, por exemplo, foi fator de ansiedade e depressão seja decorrente da notícia de mal-
risco para o médio apego. Isso porque estudos mostram que formação, da incerteza do prognóstico e devido às demais
a notícia de malformação fetal nos dois primeiros trimestres variáveis analisadas. Entretanto, entende-se que não neces-
eleva os níveis de estresse e ansiedade materna e, conse- sariamente essas psicopatologias irão influenciar negativa-
quentemente, diminui o apego com o feto23,24. Entretanto, mente no apego da mãe com o feto. No mesmo sentido, um
outros dados mostram que quanto mais precoce o conheci- estudo prévio com gestantes de baixo risco não encontrou
mento sobre a malformação fetal, maior tempo a família tem associação significativa entre sinais e sintomas de ansiedade
para a criação de estratégias de aceitação e enfrentamento e depressão e o grau de apego materno-fetal31,32, tornando
essa não associação plausível, tendo em vista a concordância Esther Soraya Lima de França – (1) Contribuiu significati-
do resultado quando analisadas gestantes com e sem mal- vamente na análise e interpretação dos dados; (2) contribuiu
formações fetais. substancialmente na elaboração do artigo; (3) aprovou a ver-
Vale ressaltar que o presente estudo não é isento de li- são final a ser publicada.
mitações, considerando seu desenho transversal, logo não Cinthia Freire Carvalho – (1) Contribuiu significativamente
foi possível determinar a causalidade temporal entre o ape- na análise e interpretação dos dados; (2) contribuiu substan-
go materno-fetal, os sintomas psiquiátricos e a presença de cialmente na elaboração do artigo; (3) aprovou a versão final
malformação fetal nas gestantes. Diante disso, sugere-se a a ser publicada.
realização de novas pesquisas que abordem esses aspectos Sérgio de Sá Leitão Paiva Júnior – (1) Contribuiu signifi-
por meio de diferentes desenhos de estudo. Outro ponto cativamente na análise e interpretação dos dados; (2) contri-
está na utilização de escalas de autopreenchimento, pois buiu substancialmente na elaboração do artigo; (3) aprovou
elas podem ser cabíveis de erros de interpretação por parte a versão final a ser publicada.
Manuela Barbosa Rodrigues de Souza – (1) Contribuiu
das participantes, além de apresentarem viés de memória.
significativamente na concepção e desenho dos estudos ou
Contudo, salienta-se que os autores ficaram disponíveis para
na análise e interpretação dos dados; (2) contribuiu substan-
retirada de qualquer dúvida por parte das integrantes duran-
cialmente na elaboração do artigo ou revisando criticamente
te todo o processo, minimizando, assim, os possíveis erros.
o seu conteúdo intelectual; (3) aprovou a versão final a ser
Um ponto forte e que merece destaque do estudo foi o
publicada.
tamanho amostral, haja vista que os estudos prévios, em ge-
Nadja Maria Jorge Asano – (1) Contribuiu significativa-
ral, apontam para uma população total mais reduzida, ainda mente na concepção e desenho dos estudos ou na análise e
mais por ser tratar de um grupo delicado. interpretação dos dados; (2) contribuiu substancialmente na
elaboração do artigo ou revisando criticamente o seu con-
teúdo intelectual; (3) aprovou a versão final a ser publicada.
CONCLUSÃO
o seu conteúdo intelectual; (3) aprovou a versão final a ser 6. Antunes MSC, Patrocinio C. A malformação do bebé: vivências psicológicas do casal. Psic
Saúde Doenças. 2007;8(2):239-51.
publicada.
7. Barros VC, Santos JF, Lima LA, Fonseca DL, Lovisi GM. Depressão e apoio social em
Alex Sandro Rolland Souza – (1) Contribuiu significativa- gestantes de fetos com malformações atendidas em um hospital materno-infantil
mente na concepção e desenho dos estudos ou na análise e público de referência no Rio de Janeiro. Cad Saúde Coletiva. 2013;21(4):391-402.
interpretação dos dados; (2) contribuiu substancialmente na 8. Asplin N, Wessel H, Marions L, Ohman SG. Maternal emotional wellbeing over time
elaboração do artigo ou revisando criticamente o seu con- and attachment to the fetus when a malformation is detected. Sex Reprod Healthc.
2015;6(3):191-5.
teúdo intelectual; (3) aprovou a versão final a ser publicada.
9. Feijó MC. Validação brasileira da Maternal-Fetal Attachment Scale. Arq Bras Psicol.
Gabriella de Almeida Figueredo Praciano – (1)
1999;51(4):52-62.
Contribuiu significativamente na análise e interpretação dos
10. Botega NJ, Bio MR, Zomignani MA, Garcia C, Pereira WAB. Transtornos de Humor em
dados; (2) contribuiu substancialmente na elaboração do ar- Enfermaria de Clínica Médica e Validação de Escala de Medida (HAD) de Ansiedade e
tigo; (3) aprovou a versão final a ser publicada. Depressão. Rev Saúde Pública. 1995;29(5):355-63.
11. Dancey CP, Reidy J. Estatística sem matemática para psicologia. Porto Alegre: Artmed; 22. Amram O, Shoveller J, Hogg R, Wang L, Sereda P, Barrios R, et al. Distance to HIV care and
2006. treatment adherence: Adjusting for socio-demographic and geographical heterogeneity.
Spat Spatiotemporal Epidemiol. 2018;27:29-35.
12. Adouard F, Glangeaud-Freudenthal NM, Golse B. Womens mental health validation of
the Edinburgh postnatal depression scale (EPDS) in a sample of women with highrisk 23. Fontoura FC, Cardoso MVL, Rodrigues SE, Almeida PC, Carvalho LB. Anxiety of mothers of
pregnancies in France. Arch Womens Mental Health. 2005;8(2):89-95. newborns with congenital malformations in the pre- and postnatal periods. Rev Lat Am
Enfermagem. 2018;24(14):e3080.
13. Southwick SM, Charney DS. The science of resilience: implications for the prevention and
treatment of depression. Science. 2012;338(6103):79-82. 24. Kaasen A, Helbig A, Malt U, Naes T, Skari H, Haugen G. Maternal psychological responses
during pregnancy after ultrasonographic detection of structural fetal anomalies: A
14. Min J, Jung Y, Kim D. Características associadas à baixa resiliência em pacientes com
prospective longitudinal observational study. PLoS One. 2017;12(3):e0174412.
depressão e/ou transtornos de ansiedade. Qual Life Res. 2013;22:231-41.
25. Sousa S. A saúde do feto. In: Sá E, editor. Psicologia do feto e do bebê. Lisboa: Fim de
15. Jacobson N, Newman M. Anxiety and depression as bidirectional risk factors for one
Século; 2003.
another: A meta-analysis of longitudinal studies. Psychol Bull. 2017;143(11):1155-200.
26. Saviani-Zeoti F, Petean EBL. Apego materno-fetal, ansiedade e depressão em gestantes
16. Titapant V, Chuenwattana P. Psychological effects of fetal diagnoses of non-lethal
com gravidez normal e de risco: estudo comparativo. Estud Psicol. 2015;32(4):675-83.
congenital anomalies on the experience of pregnant women during the remainder of
their pregnancy. J Obstet Gynaecol Res. 2015;41(1):77-83. 27. Nichols M, Roux G, Harris N. Primigravid and multigravid women: Prenatal perspectives.
J Perinat Educ. 2007;16(2):21-32.
17. Borges MM, Pinto MJC, Mos Vaz DC. Apego materno-fetal e enfrentamento de gestantes
frente ao diagnóstico de malformação. Arq Ciênc Saúde. 2015;22(2):27-32. 28. Fernandes RB, Silveira RA, Marques A. Formação do vínculo materno-fetal e a influência
da assistência pré-natal. Enciclopédia Biosfera. 2017;14(26):1142.
18. Santos DTA, Campos CSM, Duarte ML. Perfil das patologias prevalentes na gestação de alto
risco em uma maternidade escola de Maceió, Alagoas, Brasil. RBMFC. 2014;9(30):13-22. 29. Toffol E, Koponen P, Partonen T. Miscarriage and mental health: results of two population-
based studies. Psychiatry Res. 2013;205(1-2):151-8.
19. Silva MMJ, Lima GS, Monteiro JCS. Depression in pregnancy: risk factors associated with
its occurrence. Rev Eletrônica Saúde Mental Álcool Drog. 2020;16(1):1-12. 30. Lok IH, Yip ASK, Lee DTS, Sahota D, Chung TKH. A 1-year longitudinal study of
psychological morbidity after miscarriage. Fertil Steril. 2010;93(6):1966-75.
20. Benute GRG, Nonnenmacher D, Evangelista LFM, Lopes ML, Souza MC, Zugaib
M. Cardiopatia fetal e estratégias de enfrentamento. Rev Bras Ginecol Obstet. 31. Zeferino MGM, Furegato ARF. Aborto, depressão, autoestima e resiliência: uma revisão.
2011;33(9):227-33. Saúde Transf Soc. 2013;4(3):115-9.
21. Perossa GB, Silveira FCP, Canavez IC. Ansiedade e depressão de mães de recém-nascidos 32. Schmidt EB, Argimon IIL. Vinculação da gestante e apego materno fetal. Paidéia.
com malformações visíveis. Psic Teor Pesq. 2008;24(1):29-35. 2009;19(43):211-20.