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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS - FESO

CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS – UNIFESO


CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - CCS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA

FLÁVIA RIBEIRO DE SOUZA

PROCESSO DE TRABALHO EM FARMÁCIA MAGISTRAL:


RISCOS ASSOCIADOS À SAÚDE DO TRABALHADOR

TERESÓPOLIS
2015
PROCESSO DE TRABALHO EM FARMÁCIA MAGISTRAL:
RISCOS ASSOCIADOS À SAÚDE DO TRABALHADOR

Por
FLÁVIA RIBEIRO DE SOUZA

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) para o


Curso de Graduação em Farmácia – Centro de
Ciências da Saúde, do Centro Universitário Serra
dos Órgãos, como parte dos requisitos necessários
para obtenção do grau de Farmacêutico generalista
– Bacharel em Farmácia.

Orientador:
Profº Esp. Fernando Genovez de Avelar.

Teresópolis
2015
FOLHA DE APROVAÇÃO

Flávia Ribeiro de Souza

PROCESSO DE TRABALHO EM FARMÁCIA MAGISTRAL:


RISCOS ASSOCIADOS À SAÚDE DO TRABALHADOR

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


para obtenção do grau de Bacharel em Farmácia
pelo Centro Universitário Serra dos Órgãos

Banca:

____________________________________________________
Professora Convidada: Jaqueline Correia Villaça Menezes

____________________________________________________
Professor Convidado: Marcelo Isidoro Pereira Reis

_____________________________________________________
Orientador: Fernando Genovez de Avelar especialização em Saúde Pública pela Escola
Nacional de Saúde Pública/FIOCRUZ (2008), Professor do Centro Universitário Serra
dos Órgãos, Brasil.

Aprovado em
Teresópolis, _______ de novembro de 2015.
Dedico este trabalho

Ao meu Deus…

por sua infinita misericórdia me capacitou para confecção deste.

Ao meu filho…

que me compreendeu nos momentos mais difíceis.

Ao meu marido…

que esteve sempre ao meu lado me ajudando muitas vezes nas tarefas

domiciliar, enquanto eu me dedicava aos estudos.


AGRADECIMENTOS:

Meu agradecimento especial à minha mãe que sempre me incentivou na busca de

meus sonhos, me motivando e me ajudando, em todos os momentos da minha vida.

“MÃE! TE AMO!!!”. Palavras alguma podem expressar a gratidão e o orgulho que tenho

de ser sua filha.

Agradeço também as minhas irmãs que diretamente me ajudaram nesta

caminhada, nos momentos alegres, nos momentos tristes, não sei o que seria da minha

vida e de meu filho sem vocês.

Aos amigos, colegas e professores, pela convivência e apoio, que direta ou

indiretamente me auxiliaram nesta caminhada.


“O único homem que está isento de erros, é aquele que não arriscar acertar”.

Albert Einstein
RESUMO

FLÁVIA RIBEIRO DE SOUZA. PROCESSO DE TRABALHO EM FARMÁCIA


MAGISTRAL: RISCOS ASSOCIADOS À SAÚDE DO TRABALHADOR
Teresópolis, 2015. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) - Curso de Graduação em
Farmácia, Centro de Ciências da Saúde, Centro Universitário Serra dos Órgãos,
Teresópolis, 2015.

A origem da farmácia cursa com responsabilidade à saúde, o bem estar físico e mental,
a descoberta dos primeiros fármacos e a instauração do profissional farmacêutico. O
setor magistral representa um importante segmento do mercado brasileiro de
medicamentos. Passando por uma evolução significativa, no entanto as condições de
trabalho assim como o ambiente não obtiveram impacto junto ao crescimento,
demonstrando mais evidentes os riscos ocupacionais. Diante deste ambiente de riscos
químicos, os trabalhadores da área magistral podem ter consequências na saúde ou
danos por exposição, seja curto prazo ou longo prazo. Com preocupações voltadas ao
universo da saúde do trabalhador, buscou-se identificar, analisar e contextualizar a
necessidade de conhecimentos sobre os pontos críticos e os riscos ocupacionais no
ambiente de trabalho. A partir de um instrumento de analise observacional, foi proposto
um cheklist, em que direcionava na identificação de situações de riscos. Os resultados
obtidos foram considerados adequados diante das legislações vigentes, contudo se
observa pontos críticos que podem ser solucionados por algumas simples ações, como
adequação às normatizações e inclusão de treinamentos pautados em informações, que
muitas vezes são tidas como relevantes, mas que fazem uma diferença incomensurável
na qualidade de vida dos trabalhadores.

Palavras chaves: risco químico ocupacional, saúde do trabalhador, segurança no


trabalho.
ABSTRACT

FLÁVIA RIBEIRO DE SOUZA. PROCESS WORK IN MASTER PHARMACY:


RISKS ASSOCIATED WITH WORKER HEALTH. Teresópolis, 2015. Trabalho de
Conclusão de Curso (TCC) - Curso de Graduação em Farmácia, Centro de Ciências da
Saúde, Centro Universitário Serra dos Órgãos, Teresópolis, 2015.

The origin of pharmacy courses with responsibility for health, physical and mental well-
being, the discovery of the first drug and the establishment of the pharmacist. The
masterful sector is an important segment of the Brazilian pharmaceutical market.
Undergoing a significant evolution however working conditions as well as the
environment obtained no impact on growth, demonstrating the occupational hazards
more evident. Given this environment of chemical, workers masterful area may have
health consequences or damage from exposure, either short term or long term. With
concerns focused on the occupational health of the universe, he sought to identify,
analyze and contextualize the need for knowledge of the critical points and the
occupational hazards in the workplace. From an observational analysis tool, it proposed
a Cheklist, where directed to identify risk situations. The results were considered
appropriate given the current legislation, but it is observed that critical issues can be
solved by a few simple actions, such as adaptation to norms and inclusion of guided
training in information, which are often regarded as relevant, but make an immeasurable
difference in the quality of life of workers.

Key words: occupational chemical, worker health and safety at work.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 10
1.1 REFERENCIAL TEÓRICO 10
1.1.2 FÁRMACIA MAGISTRAL 10
1.1.3 SEGURANÇA NO TRABALHO 12
1.1.4 RISCO OCUPACIONAL 13
1.1.5 AVALIAÇÃO DOS RISCOS 13
1.1.6 PREVENÇÃO DOS RISCOS INERENTES À PROFISSÃO 14
1.2 JUSTIFICATIVA 14
1.3 OBJETIVOS 15
1.3.1 OBJETIVO GERAL 15
1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 15
1.4 MÉTODOS 15
2 DESENVOLVIMENTO 20
2.1 RESULTADOS E DISCUSSÃO 20
2.1.1 ELEMENTOS ESSENCIAIS 20
2.1.2 RISCOS FÍSICOS 21
2.1.3 RISCOS QUÍMICOS 21
2.1.4 RISCOS ERGONÔMICOS 22
3 CONCLUSÃO 24
4 REFERENCIAS 27
APENDICES
I – CRONOGRAMA PARA REALIZAÇÃO DO TCC
II – CHECLIST ELEMENTOS ESSENCIAS
III – CHECLIST RISCOS FÍSICOS
IV – CHEKLIST RISCO QUÍMICO
V – CHECKILIST RISCO ERGONÔMICO
ANEXO
I – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
10

1 INTRODUÇÃO
O percurso da farmácia remete-se à responsabilidade com saúde, o bem estar
físico e mental, a origem dos primeiros fármacos e do profissional farmacêutico. O setor
magistral representa um importante segmento do mercado brasileiro de medicamentos.
Passando por uma evolução significativa no o entanto as condições de trabalho assim
como o ambiente não obtiveram impacto junto ao crescimento, demonstrando mais
evidentes os riscos ocupacionais. Diante do ambiente e os riscos à exposição química,
os trabalhadores da área magistral podem ter consequências na saúde ou danos por
exposição, seja curto prazo ou longo prazo (SBFC, 2015).
A atuação Magistral tem sua prática descrita a partir do século X conhecida
como boticas ou apotecas, período este em que a medicina e a farmácia eram uma única
profissão. No Brasil em 1949 a farmácia ganha vida própria, tornando-se independente
com a introdução da Faculdade de Farmácia da Universidade da Bahia. Relatos sobre
boticas no Brasil remetem ao período colonial, onde os boticários manipulavam e
produziam medicamentos frente ao paciente, tendo como guia a prescrição médica
juntamente com a farmacopeia. Ao longo do tempo as boticas apresentaram inúmeras
inovações originando dois novos ramos privativos de atuação farmacêutica a Farmácia
Magistral e o Laboratório Industrial Farmacêutico (CRF, 2015).
Farmácia Magistral ou Farmácia de Manipulação, são sinônimos usados para
designa-las, atua como segmento de saúde, e de acordo com sua licença podem
manipular antibióticos, hormônios, psicotrópicos, homeopatia, florais, entre outros, são
manipulados medicamentos um a um, pelo farmacêutico e seus auxiliares, sendo
utilizados receituários médico, odontológico ou veterinário. Diante solicitação do
paciente, estas fórmulas podem ser preparadas com auxílio de compêndios, manuais e
ou de acordo com o Manual de Boas Práticas em Manipulação “faça segundo a arte”
(BORGES; RIBEIRO, 2007).
O Laboratório Industrial Farmacêutico é descrito por um conjunto de oligopólios
com produção diferenciada de diversas classes terapêuticas, insumos ativos e
compostos, além de embalagens diversas, voltados para o público, sendo mediados pelo
interesse da demanda da prescrição, pautados no conhecimento, ciência e tecnologia
(OLIVEIRA EA et al, 2006).
11

1.1 REFERENCIAL TEÓRICO

1.1.2 FARMÁCIA MAGISTRAL


O setor magistral representa um importante segmento do mercado brasileiro de
medicamentos, diante deste paradigma o Conselho Federal de Farmácia define:
“Farmácia como estabelecimento de prestação de serviços farmacêutico de interesse
público e/ou privado, articulada ao Sistema Único de Saúde, destinada a prestar
assistência farmacêutica e orientação sanitária individual ou coletiva, onde se processe a
manipulação e/ou dispensação de produtos e correlatos com finalidade profilática,
curativa, paliativa, estética ou para fins de diagnósticos” (CFF, 2015).

Em contrapartida a Agência Nacional de Vigilância Sanitária a ANVISA lançou


mão da Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, cuja definição de Farmácia Magistral:
“Estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e oficinais, de comércio de
drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de
dispensação e o de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra
equivalente de assistência médica que dispõe sobre o Controle Sanitário do Comércio de
Drogas, Medicamentos, Insumos Farmacêuticos e Correlatos. A farmácia Magistral
também é conceituada por ser um estabelecimento autorizado a manipular
medicamentos, inclusive contendo psicotrópicos ou entorpecentes, cuja atividade requer
autorização especial de funcionamento expedido pelo órgão competente do Ministério
da Saúde”. (ANVISA, 1998).
Inicialmente, as farmácias eram direcionadas para dermatologia e homeopatia,
posteriormente com diretrizes voltadas para o medicamento genérico o segmento passou
a manipular diversas fórmulas cujas sua apresentação é disponibilizada pelas indústrias
farmacêuticas, porém o foco principal era a individualização das fórmulas farmacêuticas
aviadas com intuito de atender a prescrição com dosagens e preços mais acessíveis do
mercado (SILVA, 2006).
O aumento dos medicamentos manipulados trouxe uma preocupação com a
particularidade destes produtos, fomentando a qualidade e a prescrição dos produtos
manipulados, assim como as Boas Práticas de Manipulação a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA) publicou a primeira regulamentação específica para este
setor, a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) Nº33 de 19 de abril de 2000. Após,
instituída pela ANVISA ocorreram diversos problemas relacionados à intoxicação por
medicamentos manipulados, levando então aos órgãos regulamentadores a criação de
uma nova resolução a RDC Nº 354, que fixa normas específicas para manipulação de
fármacos de baixo índice terapêutico (ANVISA, 2003).
Sabendo de pontos críticos e falhos na RDC Nº33 a ANVISA em 2005, lança
uma consulta pública a fim de estabelecer critérios mais firmes para a manipulação de
medicamentos no país (ANVISA, 2005).
12

Em 12 de dezembro de 2006 foi criada a RDC Nº 214 que no ano seguinte foi
revogada e instituída a RDC Nº67, de 08 de outubro de 2007 e que permanece em vigor
até os dias atuais. Esta resolução regulamenta todas as ações que regem o ambiente
magistral, assim como os requisitos mínimos exigidos para o exercício das atividades de
manipulação de preparações magistrais e oficinais das farmácias, em que a segurança de
suas ações advirá de uma adaptação a uma legislação, bem elaborada e tecnicamente
exequível, desta forma determinando às limitações necessárias a atividade magistral,
não com intuito de cerceamento ou o impedimento de sua autonomia, mas direcionando
suas ações, assim como suas instalações com segregações de espaços para realização
operacionais cuja não ocorra contaminação cruzada, atentando para uma temperatura
adequada entre 15ºC à 30ºC a fim de preservar e conservar os produtos farmoquimícos,
observando as recomendações dos fornecedores quanto o armazenamento, podendo
estes necessitar de ambientes com baixas temperaturas, quantos aos princípios ativos de
controle especial devem ser guardados em armários com chave onde o farmacêutico é o
responsável pela manipulação e dispensação, podendo vir a responder criminalmente
pelo desvio dos mesmos. Os equipamentos devem ser sempre validados e qualificados a
fim de reduzir erros de manipulação. Como deve ser realizada a qualificação de
fornecedores para aquisição matéria-prima e controle de qualidade, como
responsabilidade do farmacêutico ainda consta armazenamento, avaliação farmacêutica
da prescrição, fracionamento, conservação, transporte, dispensação e recursos humanos,
além da atenção farmacêutica aos usuários ou seus responsáveis, visando à garantia de
qualidade, segurança, efetividade e promoção do uso seguro e racional dos
medicamentos. Neste contesto as atividades desenvolvidas pelas farmácias magistrais
abrangem três grupos principais de atividades/natureza sendo eles: GRUPO I
Manipulação de medicamentos a partir de insumos/matérias primas, inclusive de origem
vegetal (Regulamento Técnico e Anexo I); GRUPO II Manipulação de substâncias de
baixo índice terapêutico (Regulamento Técnico e Anexos I e II); GRUPO III
Manipulação de antibióticos, hormônios, citostáticos e substâncias sujeitas a controle
especial (Regulamento Técnico e Anexos I e III) (ANVISA, 2007).
Com o passar dos anos a farmácia magistral passou por uma evolução
significativa, no entanto as condições de trabalho assim como o ambiente não obtiveram
impacto junto ao crescimento, demonstrando mais evidentes os riscos ocupacionais
(SILVA, 2013).
13

1.1.3 SEGURANÇA NO TRABALHO


A ANVISA lança a Portaria Nº485, de 11/11/2005 onde aprova a NR-32, que
define como Segurança no trabalho conjuntos de medidas e ações que são adotadas
visando à prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de
produção, prestação de serviços, pesquisa, ensino e desenvolvimento tecnológico,
diminuir os acidentes de trabalho e doenças ocupacionais e assim proteger a integridade
do trabalhador em seu ambiente de trabalho (ANVISA, 2005).
A farmácia deve assegurar a todos os seus trabalhadores a promoção da saúde e
prevenção de acidentes, agravos e doenças ocupacionais, priorizando as medidas
promocionais e preventivas, em nível coletivo, de acordo com as características do
estabelecimento e seus fatores de risco, neste âmbito o Ministério do Trabalho fixa Leis
e aprovam Normas Regulatórias para o exercício da profissão. Neste contexto
consolidada pelo Ministério do Trabalho as NR’s, relacionadas à área magistral são:
“NR nº5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) com objetivo de prevenção à acidentes e
doenças decorrentes do trabalho. NR nº6 Equipamento de Proteção Individual (EPI) dispositivo de uso
individual, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador, sendo obrigada a empresa
fornecer aos empregados gratuitamente. NR nº7 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
(PCMSO) que estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os
empregadores e instituições cujo objetivo é promover e preservar a saúde dos trabalhadores. NR nº9
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) estabelece a obrigatoriedade da elaboração e
implementação através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência
de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho. NR nº17 Ergonomia,
estabelece parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características
psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e
desempenho eficiente. NR nº 26 Sinalização de Segurança - objetivo fixar as cores que devem ser usadas
nos locais de trabalho para prevenção de acidentes, identificando os equipamentos de segurança e
delimitando áreas” (ANFARMAG, 2013).

1.1.4 RISCO OCUPACIONAL


Considera-se Risco Ocupacional a possibilidade de um trabalhador sofrer um
determinado dano derivado do seu trabalho. Diariamente o trabalhador passa muitas
vezes oito horas por dia em uma determinada posição, seja ela em pé ou sentado o que
implica em uma futura complicação a saúde, reconhecida pela Norma Técnica de
Avaliação de Incapacidade como Lesões por Esforços Repetitivos (LER), que
posteriormente com a revisão dessa norma, foi introduzida a expressão Distúrbios
Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT), reconhecida pelo Ministério da
Previdência Social, uma síndrome de origem ocupacional que atinge membros
inferiores e superiores causando algum grau de afecções. (Ministério da Saúde, 2006)
Diante do ambiente e os riscos à exposição química, os trabalhadores da área de
manipulação podem ter consequências na saúde ou danos por exposição, seja curto
14

prazo ou longo prazo, o que possivelmente pode carrear um dano é o tipo de substância
envolvida, o tempo e o grau de exposição (FRANCELINA, 2006).
Foram documentados diversos efeitos relacionados à exposição inadvertida a
drogas com sérias consequências para a saúde, dentre elas sintomas agudos como
dermatites, dores de cabeça, perda de cabelo, danos no fígado, hepatotoxicidade,
alterações cromossômicas entre outros. São classificados como potencial risco de
exposição, drogas que possuem um ou mais atributo para o desenvolvimento de
teratogenicidade, genotoxidade, carcinogenicidade, toxicidade a órgãos específicos,
relacionada ao baixo índice terapêutico. (SOCIEDADE AMERICANA DE
HEALTHSYSTEM FARMACÊUTICOS, 2006).

1.1.5 AVALIAÇÃO DOS RISCOS


Frente á exposição química devem ser notados vários parâmetros a se considerar
tais como: vias de penetração; tipos de toxicidade; órgãos-alvo de ação das substâncias
químicas tóxicas. Existe uma forma determinada para avaliação de riscos que podem ser
identificados em quatro etapas como a identificação do perigo, onde são identificados os
riscos a partir de conhecimento prévio das substâncias, suas propriedades químicas e
físicas, grau de toxicidade, acumulação no meio ambiente, estimativa de risco, envolve
o caráter de quantificação de dose limite a níveis de reversibilidade ou não, efeitos
adversos comparando com dados de estudos em vivo e in vitro, além das condições do
laboratório e estudo de campo, avaliação da exposição em que é expresso na
quantificação da exposição química na população de interesse, com base em medições
das concentrações, distribuição, rotas, sistemas alvos e possíveis consequências,
caracterização do risco sendo inferidas quantitativamente, estabelecendo probabilidades
de toxicidade, rotas de exposição incluindo a frequência, intensidade e duração das
exposições (BUSCHINELLI, 2014).

1.1.6 PREVENÇÃO AOS RISCOS INERENTES A PROFISSÃO


Na prevenção dos riscos deve ser avaliada a adesão aos Equipamentos de
Proteção Coletiva (EPC), os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) onde o EPI tem
por objetivo proteger a saúde do trabalhador e minimizar os riscos de acidentes
ocupacionais. O uso dos EPI’s como o avental, óculos, luvas, mascaras ou respiradores
são exigências da legislação trabalhista brasileira através das normas regulamentadoras
(RDC). Os EPC são dispositivos destinados à proteção e a integridade física dos
15

trabalhadores, bem como do meio ambiente, entre eles estão citados a capela de
exaustão, capela ou cabina de fluxo laminar, lavador de olhos e de face portátil,
chuveiro de emergência, termômetro e medidor de umidade de área, kits de tratamento
para acidentes com químicos ácidos, cáusticos, solventes, containers de plástico duro
com pedal, de diversos tamanhos e capacidades identificadas para descarte de resíduos
comuns e resíduo químico, garrafa contendedora descarte de resíduos tóxicos, solventes
e substâncias inflamáveis, além de sistemas de sinalização em diagrama
(BRASIL/NR’s, 1978).

1.2 JUSTIFICATIVA
Nota-se que está crescendo uma consciência voltada para a proteção a certas
exposições em ambiente laboral, porém ainda se encontra resistências na utilização de
equipamentos de proteção individual por grande parte dos manipuladores, o que
aumentam os riscos químicos. Estes problemas podem estar relacionados à falta de
informação, falta de execução dos regulamentos pelas empresas, carência de
dispositivos e equipamentos de proteção e ainda negação dos riscos. Um bom senso dos
profissionais de saúde pode trazer ensinamentos com princípios éticos voltados á
esclarecimento relevantes em meio ao ambiente de trabalho trazendo á tona a
responsabilidade em conjunto com a área técnica (LORNA et al, 2007).
Este trabalho baseia-se em experiências próprias dentro de laboratórios
magistrais na cidade de Teresópolis, cujo em grande parte de vivência não houve
informações sobre a importância do uso dos EPI’s e EPC’s, nem tão pouco treinamentos
quanto à gravidade das substâncias manipuladas, entre elas antibióticos, hormônios,
substâncias de baixo peso molecular, volátil, irritante e teratogênica, entre outras
informações que podem reduzir drasticamente efeitos adversos à saúde á longo prazo.
Caracteriza-se por uma abordagem crítica, de cunho observacional a partir de
estudo exploratório trazendo conhecimentos relevantes sobre a área de atuação do
farmacêutico magistral, com intuito de esclarecer os potenciais riscos que cercam os
profissionais manipuladores e a importância da informação para a proteção e prevenção
dos efeitos adversos à saúde do trabalhador.
16

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 OBJETIVO GERAL


Identificar, analisar e contextualizar a necessidade de conhecimento sobre pontos
críticos e riscos ocupacionais envolvidos no ambiente magistral.

1.3.2 OBJETIVO ESPECÍFICO


- Apresentar informações pertinentes a situações de riscos e exposição á
substâncias químicas em laboratório de manipulação;
- Discutir sobre os efeitos á saúde e características das exposições;
- Refletir numa perspectiva interdisciplinar com foco nos preceitos éticos frente
á exposição química, confrontando os novos paradigmas de atuação do
farmacêutico.

1.4 MÉTODOS
Trata-se de um estudo observacional, com pesquisa metodológica descritiva de caráter
exploratório, com abordagem qualitativa para levantamento preliminar-piloto, tendo por
base a elaboração de uma entrevista com auxilio de um questionário e revisão
complementar para o desenvolvimento de pesquisa “in loco”, sobre riscos associados à
saúde do trabalhador e a importância da atuação do profissional farmacêutico na
farmácia magistral. Buscou-se inspiração para construção deste trabalho na obra de
MINAYIO, que descreve a metodologia:
“A metodologia inclui simultaneamente a teoria da abordagem (o método), os instrumentos de
operacionalização do conhecimento (as técnicas) e a criatividade do pesquisador (sua
experiência, sua capacidade pessoal e sua sensibilidade). A metodologia é muito mais que
técnicas. Ela inclui as concepções teóricas da abordagem, articulando-se com a teoria, com a
realidade empírica e com os pensamentos sobre a realidade. No entanto, nada substitui, a
criatividade do pesquisador” (MYNAIO, 2010).

1.4.1 DESFECHO PRIMÁRIO


Elucidar relações entre riscos e exposição ocupacional e o papel do farmacêutico
atuante em Farmácia de Manipulação na cidade de Teresópolis. Como ponto de partida
foi utilizado revisão de literatura, sendo coletado entre os meses de Março de 2015 a
Junho de 2015.
17

1.4.2 ESTRATÉGIA DE BUSCA PARA SELEÇÃO DOS ARTIGOS


A estratégia de busca foi importante para elaborar o checklist, assim como direcionar o
estudo, fazendo-se necessário a inclusão dos termos para pesquisa [“risco químico
ocupacional”, “exposição química”, “drogas tóxicas”, “EPI em farmácia de
manipulação”, “legislação em farmácia magistral”], todos com aparecimento no título
e/ou resumo. Os termos correspondentes em inglês também foram verificados.

1.4.2.1 CRITÉRIO DE EXCLUSÃO


Os critérios de exclusão foram: a) artigos que não tratam de riscos químicos; b) artigos
que abordavam riscos químicos sobre a população em ambiente não laboral; c) artigos
de revisão que não apresentavam dados correlacionados; d) outros tipos de estudo que
não aqueles relacionados acima. Foi feita análise das referências de cada trabalho para
inclusão de estudos adicionais.

1.4.2.2 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO


Pré-seleção dos estudos baseada na leitura do seu título e/ou resumo, e, quando
necessário o texto completo. Foi feita análise das referências de cada trabalho para
inclusão de estudos adicionais. Foram aceitos trabalhos dos 10 últimos anos referentes
ao tema, dentre estes estudos nos idiomas português e inglês. Estudos em andamento
não foram analisados, sendo analisados estudos completos revisões sistemáticas, com ou
sem metánalise, disponíveis nos seguintes bancos de dados: MEDLINE, SCIELO,
Science Direct, BVS, LILACS, RDC’S ANVISA e CESTEH FIOCRUZ. O último
acesso foi realizado em 28 de junho de 2015.

1.4.3 CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO


Estudo observacional descritivo transversal sistemático, estruturado, planejado e
controlado levando em consideração o objetivo da pesquisa, em que os indivíduos nesta
observação não são informados sobre a pesquisa, pois o objetivo é a observação dos
processos de trabalho em farmácia magistral frente aos riscos associados à saúde do
trabalhador e a importância da informação e atuação do responsável técnico. Neste
contexto foi elaborado um checkilist, divididos em quatro níveis de análises:
18

I- ELEMENTOS ESSENCIAIS:
“É caracterizado por um Sistema de Gestão de Qualidade na rotina da farmácia, com relevância
na pratica funcional dos processos com premissa em alguns elementos básicos tais como os
riscos associados a profissão” (ANFARMAG, 2015).

II- RISCOS FÍSICOS:


“Caracteriza-se por ruídos de máquinas e equipamentos utilizados pelas empresas que podem
atingir níveis excessivos, podendo a curto, médio e longo prazo provocar sérios prejuízos à
saúde. Dependendo do tempo de exposição, nível sonoro e da sensibilidade individual, as
alterações danosas poderão manifestar-se imediatamente ou gradualmente” (FIOCRUZ, 2015).

III- RISCOS QUÍMICOS:


“Diz-se sobre o perigo em que um indivíduo está exposto ao manipular produtos químicos, que
podem causar danos ou prejudicar-lhe a saúde. Os danos relacionados à exposição química,
inclui desde irritação na pele e olhos, passando por queimaduras leves, indo até aqueles de maior
severidade, causado por incêndio ou explosão. Os danos podem vir a ocorrer a partir de
exposição de curta e/ou longa duração, relacionadas ao contato de produtos químicos tóxicos
com a pele e olhos, bem como a inalação de seus vapores, resultando em doenças respiratórias
crônicas, doenças do sistema nervoso, doenças nos rins e fígado, e até mesmo alguns tipos de
câncer” (FIOCRUZ, 20015).

IV- RISCOS ERGONÔMICOS:


“São considerados fatores que podem afetar a integridade física ou mental do trabalhador,
proporcionando-lhe desconforto ou doença. caracterizados por esforço físico, levantamento de
peso, postura inadequada, controle rígido de produtividade, situação de estresse, trabalhos em
período noturno, jornada de trabalho prolongada, monotonia e repetitividade, imposição de
rotina intensa” (FIOCRUZ, 2015).

1.4.3.1 DEFINIÇÃO DO UNIVERSO DA PESQUISA


Para realização do estudo, foram convidadas a participar da entrevista, farmacêuticos
responsáveis técnicos atuantes em quatro farmácias de manipulação na cidade de
Teresópolis. Compondo uma amostragem para contextualizar pontos críticos e riscos
ocupacionais envolvidos no ambiente magistral.

1.4.4 ASPECTOS E PROCEDIMENTOS ÉTICOS NO ENVOLVIMENTO COM OS


SUJEITOS DE PESQUISA
Caracteriza-se por uma entrevista para captação de dados referente a processos da
instituição frente a um checklist elaborado, não envolvendo pessoas e sim processos
rotineiros, portanto não acarreta risco ou prejuízo algum aos entrevistados. A
participação nesse estudo é voluntária caso venha decidir não participar ou quiser
desistir de continuar em qualquer momento, tem absoluta liberdade de fazê-lo. Na
publicação dos resultados desta pesquisa, sua identidade será mantida no mais rigoroso
sigilo. Serão omitidas todas as informações que permitam identificá-la. Mesmo não
19

tendo benefícios diretos em participar, indiretamente você estará contribuindo para a


compreensão do assunto estudado e para a produção de conhecimento científico. Foram
tomadas todas as medidas em respeito aos preceitos éticos segundo a Resolução Nº 466,
12/12/2012, cuja seus principais pilares são autonomia, não maleficência, beneficência,
justiça e equidade, o que assegura os direitos e deveres dos participantes da pesquisa.

1.4.4.1 PROCEDIMENTOS PREVISTOS PARA COLETA DE DADOS


Instrumento para coleta de dados foi utilizado um CHECKILIST - anexo II- para
elementos essenciais; anexo III: para riscos físicos; anexo IV: para riscos químicos,
anexo V: para riscos ergonômicos.

1.4.4.2 PROCEDIMENTOS PREVISTOS PARA ANÁLISE DOS DADOS


Analise qualitativa com abordagem crítica, de cunho observacional a partir da entrevista
realizada, trazendo conhecimentos relevantes sobre a área de atuação do farmacêutico
magistral, buscando esclarecer os potenciais riscos que cercam os profissionais
manipuladores e a importância da informação para a proteção e prevenção dos efeitos
adversos à saúde do trabalhador.
20

2 DESENVOLVIMENTOS

Buscou-se identificar os principais riscos associados à saúde do profissional


manipulador, tendo em vista as constantes exposições físicas, químicas e ergonômicas,
trazendo informações que podem ser utilizadas como ferramenta e auxílio para atuação
do profissional farmacêutico.
Foram convidadas a participar do estudo observacional quatro Farmácias de
Manipulação na cidade de Teresópolis, porém participaram do estudo três Empresas
Magistrais, uma delas não se sentiu à vontade para realização do estudo.
Utilizando um instrumento de análise observacional “in loco”. Foi proposto um
organograma em forma de checklist para riscos à saúde do trabalhador com questões
específicas de processos.

2.1 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Diante das análises dos dados das entrevistas os resultados das observações
geradas, fora simplificada abaixo.

Tabela 1: Resultados das análises de riscos


ELEMENTOS RISCOS RISCOS RISCOS
ESSENCIAIS QUÍMICOS FÍSICOS ERGONOMICOS
1ª EMPRESA 100% 90% 80% 90%
2ª EMPRESA 90% 80% 80% 80%
3ª EMPRESA 90% 100% 90% 80%
MÉDIA 93,33% 90% 83,33% 83,33%

O resultado referente aos elementos essenciais revelou uma média de 93,33%


das questões abordadas estavam de acordo com a legislação vigente, RDC67/2007. Para
os riscos químicos 90% das questões analisadas estavam dentro dos parâmetros das
NR’s, evidenciando a necessidade de adequação em uma empresa, por ausência de lava
olhos, dispositivo de proteção coletiva, utilizado em caso de acidentes. Para os riscos
físicos e ergonômicos que tiveram uma avaliação positiva em torno de 83,33%,
evidencia a ausência de informação aos funcionários diante de possíveis riscos e a falta
de sinalização dos mesmos.
2.1.1 ELEMENTOS ESSÊNCIAIS
21

Na observação para este item 90% das questões fora avaliadas de forma positiva,
em que todas as empresas observadas possuíam uma gestão de qualidade observando
preceitos da Lei 5.991 e Boas Práticas Magistrais, apenas um item (questão-9) que diz
respeito informações e instruções quanto às boas práticas em saúde, para uma empresa
não correspondia á realidade da mesma, não sendo caracterizado por uma questão
relevante, por este motivo não as introduzia em seus treinamentos.

GRÁFICO – 1 Percentual de elementos essências nas três empresas avaliadas:

90% AVALIAÇÃO POSITIVA


10% AVALIAÇÃO NEGATIVA

As Boas Práticas em Saúde tem por objetivo melhorar a qualidade de vida dos
funcionários, medidas educacionais com informações fazem surgir uma reflexão acerca
deste dogma, a prática de exercícios físicos e a introdução de uma alimentação
saudável, são ações, desenvolvidas que fazem parte da promoção à saúde, fato este em
que o profissional farmacêutico se compromete a desenvolver no âmbito profissional.
Implantar ações e programas cujos benefícios são relevantes para saúde do trabalhador
trazem benefícios aos funcionários e consequentemente a melhoria da qualidade dos
serviços prestados (RESOLUÇÃO Nº 596, 2014).

2.1.2 RISCOS FÍSICOS

Foi observado na avaliação dos riscos físicos 100% dos itens questionados em
uma empresa estão de acordo, em outras duas empresas 80% das questões abordadas
foram avaliadas de forma positiva, e 20% das questões (questão 7-8) foram julgadas de
forma a não se aplica (NSA), por julgarem não serem necessárias informações dos
resultados aos funcionários, visto que as avaliações e medições estão de acordo com
Ministério do Trabalho, as NR’s, e o que preconiza a legislação.

GRÁFICO – 2 Percentual de riscos físicos avaliados na 2ª e 3ª empresa:


22

RISCOS FÍSICOS

A Norma Regulamentadora (NR) nº-1 dispõe sobre a portaria 3.214/78 no seu


item 1.7 onde cabe ao empregador, e ou responsável técnico por treinamentos na
empresa, informar aos trabalhadores, é um “DIREITO DE SABER”, sobre os riscos
inerentes a profissão, os meios de prevenir e limitar tais riscos, assim como as medidas
adotadas pela empresa para contê-los. Ainda cita que os funcionários devem ser
informados quanto os resultados dos exames médicos e complementares que os
trabalhadores são submetidos e resultados de avaliações ambientais realizadas nos
ambientes de trabalho. A ausência de informações pode acarretar riscos à saúde dos
trabalhadores, os riscos dependem de vários fatores a começar pelo sistema
organizacional das empresas, como condições de suas instalações, manutenção de
equipamentos, capacitação que fornece aos seus funcionários. Para auxiliar no
cumprimento das Normatizações fora estabelecido pelo Ministério do Trabalho a Lei
6.514, de 22 de Dezembro de 1977, Artigo 200 Seção XV medidas que visam assegurar
a saúde dos trabalhadores tornando obrigatório ações, preventivas com atuação
juntamente com a medicina do trabalho no momento da admissão, periodicamente e
demissão do funcionário (BRASIL, NR-32).

2.1.3 RISCOS QUÍMICOS

Foram observados na análise dos riscos químicos para uma empresa 100% das
questões abordadas avaliadas de forma positiva. Em outra empresa 90% dos itens
questionados correspondia positivamente, sendo 10% negativo, encontrando-se fora das
exigências (questão-6), onde é preconizado como um item de segurança, considerado
um EPC, a instalação de chuveiro de emergência e sistema de lava olhos ou lava olhos
portátil, que é utilizado para higienização dos olhos em situações de primeiros-socorros,
devendo ser acionado facilmente caso ocorra um acidente com poeiras, corpo estranhos,
resíduos, produtos químicos e similares, precisam estar localizados em locais
23

estratégicos e de fácil acesso. Considera-se responsabilidade da empresa disponibilizar


o dispositivo e manter os EPC em condições perfeitas de uso.

GRÁFICO – 3 Percentual de risco químico 2ª empresa:

RISCOS QUÍMICOS

O Ministério do Trabalho estabelece que as NR’s relativas à segurança do


trabalhador, são de observância obrigatória, tais como o uso de equipamento de
proteção coletiva (EPC) e o uso de equipamento de proteção individual (EPI),
protegendo o trabalhador a exposições químicas nocivas, ruídos, vibrações, limites
máximos quanto ao tempo de exposição à intensidade da ação e seus efeitos à saúde do
trabalhador, entre outras. A Nr nº5, cita um ponto importante que é a Comissão Interna
de Prevenção de Acidentes (CIPA), trazendo alguns dispositivos que garantem a
informação aos trabalhadores, identificação dos riscos ocupacionais, criação de mapa de
risco, como medida especial de proteção o emprego das cores nos locais de trabalho,
incluindo sinalizações de perigo (Manual de Segurança e Saúde no Trabalho, 2012).
Observou-se na terceira empresa que 80% das questões foram avaliadas de
forma positiva, 10% negativo, pois julga não ser necessário informar aos funcionários
onde são arquivadas as fichas de segurança deste produto químico, informando apenas
no ato do treinamento da manipulação dos mesmos (questão-4), e ainda 10% das
questões abordadas NSA, por não está trabalhando com hormônios.

GRÁFICO – 4 Percentual de risco químico na 3ª empresa:

RISCOS QUÍMICOS
24

Pelo Código de Ética Farmacêutica, capítulo III, Art.12/VII diz que é dever do
farmacêutico, respeitar a vida e jamais cooperar com atos que atentem contra ela ou que
coloque em risco a integridade do ser humano, no exercício da profissão, o farmacêutico
deve fazer treinamentos e palestras com informação e conscientização aos
colaboradores, colocando em pauta a importância dos riscos físicos, químicos e
ergonômicos, instruir para a verificação dos rótulos das embalagens dos produtos
químicos (exemplos abaixo), como diagrama de Hommel, orientar quanto às medidas de
prevenção adotadas pela empresa (RESOLUÇÃO Nº 596, 2014).

Exemplos de rótulos específicos para produtos químicos perigosos:

(Fontes: CRQ-IV Minicurso Segurança em Laboratórios, Abiquim, 2005– Pictograma e classes de perigo do GHS.

Exemplo de Diagrama ou Diamante de Hommel

Riscos à Saúde Inflamabilidade


4 - Letal 4 - Abaixo de 23ºC
3 - Muito Perigoso 3 - Abaixo de 38ºC
2 - Perigoso 2 - Abaixo de 93ºC
1 - Risco Leve 1 - Acima de 93ºC
0 - Material Normal 0 - Não queima

Riscos Específicos Reatividade


OX - Oxidante 4 - Pode explodir
ACID - Ácido 3 - Pode explodir com choque
ALK - Álcali (Base) mecânico ou calor
COR - Corrosivo 2 - Reação química violenta
W - Não misture com água 1 - Instável se aquecido
0 - Estável

(Fonte: Manual de Segurança e Regras Básicas em laboratório LTAEQ-lB).

Seria ideal que o farmacêutico disponibilizasse nos treinamentos as Fichas de


Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) ou um resumo, com classificação dos
produtos em relação aos perigos, como deve ser realizada a manipulação, o
armazenamento e o descarte destas substâncias, manipulados na empresa.
25

2.1.4 RISCOS ERGONÔMICOS

Foi observado na análise para riscos ergonômicos nas três empresas 80% das
questões abordadas estão de acordo como preconiza a NR nº 17 para risco ergonômico,
10% dos itens foram avaliadas de forma negativa (questão-1) ausência de sinalização de
segurança e mapa de risco, por não terem informação fundamentada para fixação do
mapa de risco e 10% das questões NSA (questão-2) julga não ser necessário, e caso
ocorra algum acidente o RH se prontifica em acionar a emergência.

GRÁFICO – 5 Percentual de risco ergonômico nas três empresas avaliadas:

RISCOS ERGONÔMICOS

Segundo as NR’s os funcionários devem ser instruídos quanto à sinalização de


segurança e as mesmas devem ser afixadas em local visível, sendo adotadas cores para
segurança em estabelecimentos, com intuito de indicar os possíveis riscos que possam
ocorrer, o emprego e a utilização das cores deve ser o mais reduzido possível, para
Farmácia Magistral as cores padronizadas são (tab.1) verde, vermelho e amarelo,
seguindo os possíveis riscos (NR-26).
Tabela-1: sinalização de riscos
GRUPO 1: GRUPO 2: GRUPO 3:
VERDE  VERMELHO  AMARELO 
RISCOS FÍSICOS RISCOS QUÍMICOS RISCOS ERGONÔMICOS
Ruídos Poeiras esforço físico intenso, exigência de
vibrações fumos postura inadequada (local de
temperaturas extremas: névoas trabalho inadequado)
frio neblinas levantamento e transporte manual
calor gases de peso, postura inadequada,
pressões anormais vapores controle rígido de produtividade,
umidade substâncias, compostos ou imposição de ritmos excessivos
radiações ionizantes produtos químicos em geral trabalho em turno e noturno,
(raio x, alfa gama- NSA) jornada de trabalho prolongadas,
monotomia e repetitividade, outras
situações causadoras de stress
físico/ou psíquico.

(autoria própria)
26

De acordo com Manual de Segurança e Saúde no Trabalho deve ser afixado em


local visível MAPA DE RISCO seguindo a planta baixa da empresa, foi publicado no
Diário Oficial da União em 20 de agosto de 1992, a Portaria do Departamento Nacional
de Segurança e Saúde do Trabalhador (DNSST) a obrigatoriedade de elaboração e
fixação de mapas de riscos nas empresas, a partir da Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes (CIPAS), segundo esta portaria, trata-se de uma representação gráfica,
simbolizada por círculos de três tamanhos diferentes (quadro 1) e cores referentes ao
grau de riscos, pequeno com diâmetro 2,5cm para risco leve, médio 5,0cm para riscos
moderados e 10cm para riscos elevados, instrumento utilizado para alertar aos
funcionários os perigos existentes naquelas áreas (NR-5).

Quadro-1: círculos simbolizando riscos químicos em três níveis:

Risco leve Risco moderado Risco elevado

(autoria própria)

É de extrema importância à fixação de telefones úteis de emergência em local


visível e de fácil acesso, no momento de um acidente é primordial está ao alcance da
visão, este ato contribui para preservação da integridade física do funcionário, segue
abaixo quadro-2 exemplificando:
Quadro-2: Telefones Úteis Teresópolis:

UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO – UPA 3642-1433 / 3642-1088 

HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE TERESÓPOLIS – HCT 2741-4900 / 2152-4900

HOSPITAL SÃO JOSÉ TERESÓPOLIS – HSJ 2741-4355

CORPO DE BOMBEIROS TERESÓPOLIS 193

POLICIA MILITAR TERESÓPOLIS – PM 190


(autoria própria)

3 CONCLUSÃO
27

A partir do estudo realizado pode-se concluir que os riscos relacionados ao


ambiente de trabalho, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador. É importante
salientar o papel do farmacêutico em treinar e orientar sua equipe, demonstrando
preocupação com a integridade física e qualidade de vida de seus funcionários, o que
pode consequentemente trazer ganhos na produtividade da empresa.
Foi perceptível a informação declarada por todas as empresas quanto ao
manuseio dos extintores, cuja seus funcionários estão aptos a manusear um extintor de
incêndio, porém não existe documento formalizado de treinamentos em prevenção e
proteção contra incêndios, refletindo nesta situação é importante buscar junto ao Corpo
de Bombeiros material e ou instrumentos, que possam ser aplicados nos treinamentos à
equipe para auxiliar na prevenção e combate a incêndios, visto que esta corporação é
responsável por liberar licença para manipulação de certas substâncias químicas.
Durante este trabalho notou-se que a ANVISA lançou em 2014 um manual que diz
respeito à “Segurança contra Incêndio em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde”.
Uma publicação direcionada a gestores e profissionais envolvidos com projetos e obras
em estabelecimentos de saúde, o que seria uma atuação preventiva.
Estudos como estes devem ser elaborados com intuito de trazer conhecimentos
motivando os funcionários nas execuções das suas atitudes acerca de segurança no
trabalho, desempenhando suas funções com mais responsabilidades, buscando uma
mudança de mentalidade, expondo a importância de informações dentro do ambiente
laboral. Informações nas quais, mediadas pelo profissional farmacêutico responsável
pelos treinamentos dos funcionários tem por objetivo adotar um programa de prevenção,
avaliação e manutenção da saúde e segurança do trabalhador.

4 REFERÊNCIAS
28

Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Lei nº 5.991, de 17 de dezembro


de 1973. Dispõe sobre o Controle Sanitário do Comércio de Drogas, Medicamentos,
Insumos Farmacêuticos e Correlatos, e dá outras Providências.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Subsídios à discussão sobre a


proposta de regulamentação para farmácias magistrais. Rev. Saúde Publ. 2005;39(4):42-
6.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. PORTARIA N.° 485, DE 11 DE


NOVEMBRO DE 2005 - Aprova a Norma Regulamentadora n.º 32 (Segurança e Saúde
no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde).

Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Resolução RDC Nº 214, de 12 de


dezembro de 2006. Brasília (DF): Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil; 18
dez. 2006.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Resolução RDC Nº 67, de O8 de


outubro de 2007. Brasília (DF): Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil; 09
out. 2007.

ARTIGO: BMC Medical Education Correspondence Open AccessDeveloping health


science students into integrated healthprofessionals: a practical tool for learning Lorna
Olckers1, Trevor J Gibbs * 2 e Madeleine Duncan3, 2007; Published: 15 November
2007 BMC Medical Education 2007, 7:45 doi:10.1186/1472-6920-7-45 Received: 12
June 2007 Accepted: 15 November 2007

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS-ABNT (Brasil). Sinalização


de Segurança – NR nº 26, Rio de Janeiro. 1956.

BRASIL. Norma Regulamentadora N° 6, de 08 de Junho de 1978. Dispõe sobre o


Equipamento de Proteção Individual – EPI.

Borges FMR, Ribeiro NK. A tipologia de soluções de riscos aplicada numa farmácia
de manipulação. In: Anais do XXVII Encontro Nacional de Engenharia de Produção;
2007; Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil.
29

Buschinelli, José Tarcísio P. Manual de Orientação sobre Controle Médico


Ocupacional da Exposição a Substâncias Químicas – Publicação: Manual-Ano:
2014.

E. A. Oliveira, Núcleo de Assistência Farmacêutica, Escola Nacional de Saúde Pública


Sérgio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz. A PRODUÇÃO PÚBLICA DE
MEDICAMENTOS NO BRASIL: UMA VISÃO GERAL Av.Brasil 4036, Rio de
Janeiro, RJ- Brasil, Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 22(11):2379-2389. Nov. 2006.

Francelina Helena Alvarenga Lima e Silva, M. Sc. Núcleo de Biossegurança/DSSA-


ENSP. Fiocruz: Artigo/2006 - EPI E EPC COMO BARREIRAS

http://www.anfarmag.com.br/detalhes-da-legislacao/norma-regulamentadora-mt-nr-n-
26-sinalizacao-de-seguranca/ANFARMAG-2013 (Link visitado em 28/06/15)

http://www.anfarmag.org.br/sistema-nacional-de-aperfeicoamento-e-monitoramento-
magistral (Link visitado em 12/09/15)

http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/riscos_fisicos.html
(Link visitado em 12/09/15)

http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/riscos_quimicos.html
(Link visitado em 12/09/15)

http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/riscos_ergonomicos.html
(Link visitado em 12/09/15)

 http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-digital/publicacao/detalhe/2014/3/manual-
de-orientacao-sobre-controle-medico-ocupacional-da-exposicao-a-substancias-quimicas .

http://www.cff.org.br/Legisla%C3%A7%C3%A3o/Leis/lei_5991_73.html. 1 de 9
(Link: visitado em 28/06/15)

http://portal.crfsp.org.br/historia-da-farmacia-/150-nossa-historia-/historia-da-
farmacia-/844-origem-dos-conselhos-federal-e-regionais-.html (Link visitado em
28/06/15)
Sociedade Brasileira de Farmácia Comunitária http://www.sbfc.org.br/site/paginas.php?
id=2 (Link visitado em 11/10/15)
30

LER/DORT. Protocolo de atenção integral à saúde do trabalhador. Ministério da Saúde.


2006.

Manual de segurança e saúde no trabalho: Normas Regulamentadoras: NRs – 8ª ed.-


São Caetano do Sul, SP: Difusão Editora; Rio de Janeiro, 2012- (série Segurança e
Saúde no Trabalho).

MINAYO, Maria Cecília de Souza (org.). Pesquisa social: teoria, método e


criatividade. 29. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010. (Coleção temas sociais). Resenha.

RESOLUÇÃO Nº596 DE 21 DE FEVEREIRO DE 2014


EMENTA: Dispõe sobre o Código de Ética Farmacêutica, o Código de Processo Ético e
estabelece as infrações e as regras de aplicação das sanções disciplinares.
(Publicada no DOU de 25/03/14, Seção 1. Página 82)

Silva, F.C.; Rosa, L.P.; Rocha, M.P.; Leite, M.F. ADEQUAÇÃO DE PROTOCOLOS
DE BIOSSEGURANÇA EM FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO DO INTERIOR DA
BAHIA COM BASE NA RDC 67/2007- Revista Eletrônica de Farmácia (REF ‒ ISSN
1808-0804 Vol. X (2), 01 - 23, 2013).

Silva, RF da, Nascimento Filho AP, Mendonça DC. Estratégias competitivas no


mercado farmacêutico brasileiro: uma abordagem sobre o setor magistral. Trabalho
apresentado ao 8º. SIMPEP. Bauru, Brasil; 2006.

Sociedade Americana de HealthSystem Farmacêuticos. (2006). ARTIGO:


IMPROVING COMPLIANCE WITH PERSONAL PROTECTIVE EQUIPMENT USE
THROUGH THE MODEL FOR IMPROVEMENT AND STAFF CHAMPIONS.
Digital Object Identifier: 10,1188 / 14.CJON.497-500
31

APENDICES

I- CRONOGRAMA TCC

II- CHECKLIST ELEMENTOS ESSENCIAIS

III- CHECKLIST RISCOS QUÍMICOS

IV- CHEKLIST RISCO FÍSICOS

V- CHECKLIST ERGONOMICOS
32

APENDICE I - CRONOGRAMA

PARA REALIZAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO:

A M J J A S O N
ATIVIDADES MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV
Escolha do tema e
do orientador
Encontros
com orientador
Pesquisa bibliogr.
Preliminar
Leituras, elaboração
de resumos
Elaboração
do projeto
Entrega do projeto
de pesquisa
Rev. bibliográfica
complementar
Coleta
de dados
Redação
da monografia
Revisão e
entrega oficial
Apresentação do
trabalho em banca
33

APENDICE II

CHECKLIST PARA ELEMENTOS ESSENCIAIS

ELEMENTOS ESSENCIAIS S N NSA


1 A empresa possui organograma em que identifica as funções/ tarefas
dos funcionários?

2 A empresa possui Procedimento Operacional Padrão (POP) para


atividades realizadas na empresa?

3 Todos os funcionários da empresa tem acesso aos POP’s sendo


treinados antes de executar alguma função?

4 Existem Equipamentos de Proteção Individual (EPI) na empresa de


acordo com as exigências das legislações trabalhistas?

5 Os funcionários da empresa estão capacitados quanto ao uso do EPI?

6 Existe equipamento de proteção coletiva (EPC) em todos os


ambientes laborais, incluindo almoxarifado da empresa?

7 Na empresa existe equipamento de proteção contra incêndios e


sinalização pertinente?

8 Existem na empresa funcionários aptos a manusear um extintor de


incêndio em caso de acidente?

9 Os funcionários da empresa recebem instruções quanto às boas


práticas em saúde (alimentação saudável, práticas de exercícios
físicos, riscos às doenças ocupacionais)?
10 Na empresa existem treinamento e vistoria nos ambientes laborais
continuamente?
34

APENDICE III

CHECKLIST PARA RISCOS QUÍMICOS

RISCOS QUÍMICOS S N NSA


1 Na empresa, os produtos do almoxarifado e em uso nas prateleiras
dos laboratórios possuem o diagrama de Hommel ou rotulagem
equivalente de acordo com o grau de risco?
2 Na empresa os produtos são armazenados em locais destinados
exclusivamente a produtos químicos e os produtos incompatíveis que
reagem entre si, são armazenados separadamente?
3 Na empresa, os frascos estão em bom estados de conservação, sem
danificações com os rótulos legíveis?

4 As Fichas de Informação de Segurança de Produto Químico estão


facilmente disponíveis e possuem linguagem compreensível aos
trabalhadores da empresa?
5 Na empresa são manipuladas substâncias voláteis, inflamáveis ou
explosivas, dentro de capelas de exaustão especificas para estas
substancias?
6 Na empresa existe instalação de chuveiro de emergência e sistema de
lavador de olhos ou lava olho portátil?

7 A empresa possui licença para manipulação de antibióticos e


substancias que constam na portaria 344?

8 A empresa possui licença para manipulação de hormônios assim como


escala de rodízio para manipulação dos hormônios?

9 Na empresa existe segregação de espaços para manipulação destas


substancias, e este trabalho é realizado sobre sistema de exaustão?

10 O trabalhador da empresa utiliza EPI adequado ao tipo de substancia


que pode estar no ar, e esta proteção respiratória está recomendada
e sendo acompanhada por algum P.P.R.A. feita pela empresa?
35

APENDICE IV

CHECKLIST PARA RISCOS FÍSICOS

RISCOS FISISCOS S N NSA


1 Na empresa todos os setores possuem iluminação e ventilação
adequada?

2 Na empresa as tomadas possuem sinalização de voltagem?

3 Na empresa os materiais de limpeza são armazenados unicamente no


DML?

4 Na empresa os uniformes são trocados com frequência suficiente a


fim de não causar contaminação ao trabalhador assim como ao
produto?
5 Na empresa existem equipamentos que emitem grande quantidade
de calor sem sinalização (placa de aquecimento)?

6 Na empresa existe a mensuração dos ruídos dos equipamentos da


empresa?

7 Caso ocorra avaliação quantitativa, medição com aparelhos quanto a


ruído e quantidades de substancias no ar, os trabalhadores da
empresa são informados dos resultados?
8 Os trabalhadores da empresa são capazes de entender os resultados?

9 A empresa encaminha os funcionários para exames médicos


periódicos?

10 Na empresa os exames periódicos são apropriados aos riscos que os


funcionários estão submetidos no ambiente de trabalho?
36

APENDICE V

CHECKLIST PARA RISCOS ERGONÔMICOS

RISCOS ERGONÔMICOS S N NSA


1 Na empresa existem sinalizações de segurança e mapa de riscos
afixados em local visível de fácil entendimento?

2 Os trabalhadores da empresa são capacitados a realizar


procedimentos de emergência em caso de acidente e ainda existem
telefones de emergência afixados em local de fácil visualização?
3 Na empresa todos os equipamentos que compõe o posto de trabalho
estão adequados às características psicofisiológicas dos
trabalhadores?
4 Na empresa os funcionários que trabalham em pé existem pausas
para descansar e alongar os membros?

5 Na empresa os funcionários que trabalham sentados possuem


cadeiras ajustadas para que seus braços fiquem descansados sobre a
mesa, as plantas dos pés estejam totalmente apoiadas no solo?
6 Na empresa os funcionários trabalham com calçados apropriados a
função?

7 Nos ambientes de trabalho da empresa existe facilidade de transitar?

8 Na empresa os banheiros e o bebedouro encontram-se próximo do


setor de trabalho?

9 Na empresa existem escadas e, possuem corrimão e iluminação


suficiente?

10 Na empresa os degraus e pisos possuem material antiderrapante?

Siglas:
S = SIM
N = NÃO
NSA = NÃO SE APLICA
37

ANEXO

I- TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO


38

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS – FESO


CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS – UNIFESO
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CCS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA
ORIENTADOR PROFESSOR: FERNANDO GENOVEZ AVELAR
ALUNA: FLÁVIA RIBEIRO DE SOUZA – MATRICULA 01014377
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – 8º PERÍODO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Prezado(a) participante:

Sou estudante do 8º período do Curso de Graduação em Farmácia do Centro


Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO). Estou realizando um estudo observacional,
intitulado: “Processo de trabalho em Farmácia magistral: riscos associados à saúde
do trabalhador”, com supervisão do Professor Farmacêutico Fernando Genovez de
Avelar, cujo objetivo é: trazer conhecimentos relevantes sobre a área de atuação do
farmacêutico magistral, com intuito de esclarecer os potenciais riscos que cercam os
profissionais manipuladores e a importância da informação para a proteção e prevenção
dos efeitos adversos à saúde do trabalhador.
Sua participação é caracterizada por uma entrevista para coleta de dados, sob
forma de um checklist elaborado, não envolvendo pessoas e sim processos rotineiros,
não acarretando, portanto, risco ou prejuízo algum.
A sua participação neste estudo é voluntária e se você decidir não participar ou
quiser desistir de continuar em qualquer momento, tem absoluta liberdade para o fazer.
Na publicação dos resultados desta pesquisa, sua identidade será mantida no
mais rigoroso sigilo. Serão omitidas todas as informações que permitam identificá-la.
Mesmo não tendo benefícios diretos em participar, indiretamente você estará
contribuindo para a compreensão do assunto estudado e para a produção do
conhecimento científico.
Quaisquer dúvidas relativas ao estudo poderão ser esclarecidas por mim, Flávia
Ribeiro de Souza, através do tel.: (21) 99284-0184 ou e-mail: flavia.rsouz@gmail.com;
ou ainda pelo Pesquisador responsável, Prof. Fernando Genovez de Avelar, no
UNIFESO.
39

Atenciosamente.

CONSENTIMENTO:

Acredito ter sido suficientemente informado a respeito das informações sobre o estudo acima
citado que li ou que foram lidas para mim. Eu discuti com a Pesquisadora Flávia Ribeiro de
Souza, sobre a minha decisão em participar nesse estudo. Ficaram claros para mim quais são os
propósitos do estudo, os procedimentos a serem realizados, seus desconfortos e riscos, as
garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes. Ficou claro também que
minha participação é isenta de despesas e que tenho garantia de acesso a informação sobre o
estudo quando necessário. Concordo voluntariamente em participar deste estudo e poderei
retirar o meu consentimento a qualquer momento, sem penalidades. Eu recebi uma cópia desse
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e a outra ficará com o pesquisador
responsável por essa entrevista. Além disso, estou ciente de que eu e o pesquisador responsável
deveremos rubricar todas as folhas desse TCLE e assinar na ultima folha.

___________________________________
Nome do representante legal

___________________________________ Data: ____/____/____


Assinatura do representante legal

___________________________________
Assinatura do entrevistador/pesquisador

____Fernando Genovez de Avelar_______


Nome do Pesquisador Responsável

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