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Por passar a ser considerada doença do trabalho, ou seja, adquirida em razão do ambiente em
que o empregado executa suas atividades, há também desdobramentos na esfera
previdenciária.
O empregado que obtém afastamento médico superior a 15 dias, como já ocorria, deve ser
encaminhado ao INSS, contudo, no caso do Burnout, o afastamento Previdenciário se
enquadra na espécie B-91, o que implica em estabilidade provisória de emprego de 12
meses, a contar da alta previdenciária, e por consequência, é devido o recolhimento do FGTS
pelo período de afastamento.
Todavia, uma vez comprovada que a origem da doença decorreu em razão da conduta da
empresa, ou seja, sendo estabelecido o nexo causal, esta torna-se passível de pagar
indenização por danos morais e materiais ao empregado.
Existem pontos notórios que as empresas devem observar, a fim de evitar não apenas a
Síndrome de Burnout, mas qualquer distúrbio psicológico em seus empregados, tais como:
Respeitar integralmente a pausa para refeição e descanso;
Jamais permitir qualquer tipo de assédio moral, lembrando que esse tipo de assédio
não se configura apenas de superior para subordinado;
Outras medidas preventivas também podem ser implementadas, como palestras que tratem
da importância do cuidado com a saúde mental; ginásticas laborais para aliviar o estresse;
permitir que haja pequenas pausas durante o trabalho, além do horário para refeição e
descanso, entres outras.
Neste contexto, deve se considerar uma ação em conjunto do Compliance e setor de Recursos
Humanos da empresa, estabelecendo práticas voltadas a manutenção da saúde mental dos
empregados, além de definir ferramentas aptas a monitorar e gerenciar situações de estresse
laboral, visando prevenir ou minimizar impactos negativos, inclusive financeiros à empresa.
Sandra PereiraPRO