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1 ANTÍDOTOS
2 MEDIDAS DE DESCONTAMINAÇÃO
Lavagem gástrica
Carvão ativado
3 COCAÍNA E CRACK
4 ECSTASY
5 LSD
6 MACONHA
7 "CHUMBINHO"
8 PARACETAMOL
ÍNDICE
9 ANTIDEPRESSIVO TRICÍCLICO
10 BENZODIAZEPÍNICOS
11 BARBITÚRICOS
12 ANTICONVULSIVANTES
13 OPIÓIDES
14 BETABLOQUEADORES
15 ANTI-HIPERTENSIVOS
16 DIGITÁLICO
ÍNDICE
17 HIPOGLICEMIANTES
18 LÍTIO
19 RATICIDAS
ANTÍDOTOS
LAVAGEM GÁSTRICA
COMO REALIZAR:
4. Com o paciente em leve flexão do pescoço, introduzir a sonda pela narina até a marcação realizada
previamente após as medidas iniciais.
5. Conferir posicionamento da sonda por meio da insuflação do balonete; auscultar com estetoscópio a
região epigástrica.
6. Realizar lavagem com soro fisiológico 0,9%. Fazer em alíquotas de 250ml e aspirar com seringa em
seguida.
Evitar fazer grandes volumes de uma vez, pois elevada quantidade de líquido no estômago leva a
distensão do piloro e passagem do conteúdo para o intestino.
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MEDIDAS DE
DESCONTAMINAÇÃO
POTENCIAIS COMPLICAÇÕES
Sangramento nasal
Indução de náuseas e vômitos
Aumento do risco de aspiração
Sangramento digestivo
Perfuração esofágica
Introdução na traqueia
INDICAÇÃO
Até a primeira hora de ingestão da substância tóxica.
Isoladamente tem menos eficácia que o carvão ativado na adsorção do agente tóxico.
CONTRAINDICAÇÕES
CARVÃO ATIVADO
COMPLICAÇÕES
Distúrbios hidroeletrolíticos
Constipação intestinal
Perfuração intestinal
Desidratação
Aspiração
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COCAÍNA
DOSE TÓXICA
Varia de acordo com a tolerância do individuo, via de administração e associação com outras drogas.
EFEITOS SISTÊMICOS
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Posteriormente, pode ocorrer depressão sistêmica levando a hipotensão arterial, bradicardia, redução
do nível de consciência e depressão respiratória.
Casos leves:
Dor torácica, cefaleia, agitação, ansiedade, taquipneia, náuseas e vômitos.
Casos moderados:
Parestesias, dor torácica, palpitações, dor abdominal, ansiedade e agitação.
Pode ocorrer alucinações.
Hipertensão arterial, taquipneia e hipertermia.
Convulsões
Casos graves:
Alteração do estado mental, convulsões, coma.
Hiper ou hipotensão arterial. Taqui ou bradicardia.
Coagulação intravascular disseminada.
Insuficiência renal aguda e disfunção hepática
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CRACK
PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES
Na composição do crack, frequentemente encontra-se éter, que nem sempre é evaporado durante a
fabricação, aumento assim, as chances de queimaduras nas vias aéreas.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Hemoptise e sibilância.
Cronicamente pode levar à alterações da função pulmonar e redução da capacidade de troca gasosa -
"pulmão do crack"
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COCAÍNA E CRACK
Cérebro:
Vasoconstrição cerebral, vasculite, trombose.
Crise hipertensiva com alterações da autoregulação vasomotora cerebral.
Crises convulsivas
AVC isquêmico e hemorrágico
Intestino e fígado:
Isquemia mesentérica - atentar em todo paciente que apresenta dor abdominal.
Hepatotoxicidade.
Rim:
Isquemia; rabdomiólise
EXAMES COMPLEMENTARES
Revisão completa com hemograma, função renal e hepática, troponina, CK, íons.
TRATAMENTO
Benzodiazepínicos - principal medicação
Indicações:
Pacientes ansiosos, hipertensos, agitados e taquicardicos.
Se via oral disponível: Diazepam - 10mg VO
Se ausência de via oral: Considerar Midazolam em baixa dose.
COMO PRESCREVER:
Lembrete: Não utilizar beta-bloqueadores, pois podem piorar o vasoespasmo coronariano, acentuar a
hipertensão devido ao bloqueio dos receptores beta, deixando disponíveis os receptores alfa para
ligação com a droga.
IAM:
Tratar de forma semelhante à síndrome coronariana aguda, exceto pela contraindicação ao uso de
betabloqueadores.
Morfina ajuda reduzir pré-carga e a liberação de catecolaminas.
Nitroglicerina reduz o espasmo coronariano
O QUE É
Derivado de anfetamina que possui propriedades alucinógenas e estimulantes.
MECANISMO DE AÇÃO
APRESENTAÇÃO
Comprimidos, capsulas ou tabletes.
EFEITOS APRESENTADOS
PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES
Encefalopatia hiponatrêmica, devido intoxicação hídrica por ingesta excessiva de água e secreção
inapropriada do ADH.
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ECSTASY
TRATAMENTO
Suporte clínico, monitorização.
Dose única de carvão ativado pode ser tentada se ingestão há menos de 1h do atendimento.
COMO PRESCREVER:
Preparo da solução: Diluir 30 ampolas de NaCl 10% em 700 mL de água bidestilada ou 75ml de
NaCl 20% em 425 ml de água bidestilada –> solução de 500ml com 255meq – ou 510meq/L
Após determinar a quantidade em mL que deverá ser infundida em 24h para corrigir no máx 10 mEq em
24hrs, estabelecer a taxa de infusão em BIC
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LSD
O QUE É
Ácido lisérgico.
MECANISMO DE AÇÃO
Hiperestimulação de serotonina e dopamina.
APRESENTAÇÃO
Normalmente comercializado em forma de papel (selos ou figurinhas)
EFEITOS APRESENTADOS
Percepção mais apurada dos estimulos sensoriais, bem-estar, alteração da imagem corporal, distorção
do tempo.
PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES
Crises de pânico, medo e psicose.
Hipertermia
Síndrome serotoninérgica:
Alterações no estado mental.
Alterações neuromusculares.
Hiperatividade autonômica: agitação, inquietude, sudorese, tremores.
Rabdomiólise, insuficiência renal aguda
Coma
Convulsões
CIVD
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LSD
TRATAMENTO
Por ser rapidamente absorvido no trato gastrintestinal, a realização de descontaminação gástrica não
está indicada.
Tratamento de suporte.
Controle da agitação:
Benzodiazepínicos:
Midazolam 1-2mg: boa opção por ser uma droga titulável, meia-vida curta e início de ação rápido.
Doses de 1-2mg a cada 5 min, até controle da agitação.
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MACONHA
APRESENTAÇÕES
Cigarro
PRINCÍPIO ATIVO
MECANISMO DE AÇÃO
Receptores no cerebelo, hipocampo e córtex são responsáveis pelo bem-estar, relaxamento, euforia e
alteração da percepção audiovisual.
TRATAMENTO
Medias de suporte
PRINCÍPIO ATIVO
Ação anticolinesterásica: capacidade de inibir a ação da enzima acetilcolinesterase.
SINAIS CLÍNICOS
Sintomas muscarínicos:
Miose
Sudorese
Rinorreia; lacrimejamento.
Sialorreia
Náuseas e vômitos; diarreia
Hipersecreção brônquica, broncoespasmo, dispneia e hipoxemia.
Bradicardia
Incontinência urinária
Sintoma nicotínicos:
Fasciculações e câimbras; Fraqueza muscular.
Hipertensão
Taquicardia e arritmias
Insuficiência respiratóra.
Sintomas SNC
Tremores
Convulsões
Depressão respiratória
Coma
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"CHUMBINHO"
REVISÃO LABORATORIAL
Dosagem da ACHE (Acetilcolinesterase) - encontra-se reduzida na intoxicação aguda.
TRATAMENTO
Indução de vômitos está contraindicado, pois os pacientes podem evoluir rapidamente com
rebaixamento do sensório.
Carvão ativado:
Dose inicial de 50g por via oral ou SNG
Dose de manutenção de 25g de 4/4h, por até 12h.
Dose em crianças: 1g/Kg de peso.
Atropina: reverte os sintomas muscarínicos pois compete pelos mesmos sitios de ação da acetilcolina.
Dose de 1-2mg a cada 5 minutos, conforme os sintomas muscarínicos
COMO PRESCREVER:
FARMACOLOGIA
Absorvido em até 1h após ingestão de doses terapêuticas.
Em caso de abusos, o tempo de absorção pode chegar a 4h.
Metabolização hepática.
Nos casos de superdosagem, ocorre aumento da formação de um metabólito tóxico, que em condições
normais representa apenas cerca de 5%.
DOSE TÓXICA
Dose potencialmente tóxica:
7,5 g - adultos
140mg/kg - crianças
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Dose de 4-7g
Sintomas gastrintestinais mais exuberantes
AVALIAÇÃO LABORATORIAL
Dosagem do nível sérico de paracetamol (ideal entre 4-20h da ingestão).
Revisão laboratorial completa com funçãopo hepática, transaminases, função renal, íons, hemograma.
TRATAMENTO
Respeitar intervalo de 2h entre o carvão e o antígeno. Caso o uso do carvão retarde a administração do
antído, ele não deve ser utilizado.
FARMACOLOGIA
Em doses elevadas pode ocorrer demora na despolarização e retardo na condução cardíaca devido à
inibição dos canais de sódio.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Principais alvos: SNC e sistema cardiovascular
Taquicardia sinusal
Aumento do intervalo PR e iQT
Alargamento do QRS
Taquicardia ventricular: nos casos graves
Bradicardia e Bloqueios atrioventriculares
Hipotensão e choque
Depressão respiratória
Agitação psicomotora e delírios inicialmente, dando lugar a depressão do nível de consciência
Convulsões
Redução do peristaltismo e esvaziamento gástrico devido aos efeitos anticolinérgicos
Midríase, pele seca, retenção urinária
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ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS
ABORDAGEM
Revisão laboratorial completa, incluindo nível sérico (se disponível)
ECG
Radiografia de tórax
TRATAMENTO ESPECÍFICO
FARMACOLOGIA
Promovem modulação dos receptores GABA-A, aumentando sua afinidade pelo principal
neurotransmissor inibitório do SNC chamado GABA.
Não interferem na síntese, metabolismo ou liberação do GABA, porém potencializam sua ação inibitória.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
A dose tóxica é muito superior à dose terapêutica.
Medicações geralmente seguras
Ingestão isolada de até aproximadamente 2.000mg pode acarretar apenas toxicidade leve a moderada.
Porém, devemos nos atentar ao uso concomitante de outras drogas que podem potencializar os
sintomas clínicos.
Casos leves:
Fala lentificada e disástrica
Ataxia
Sonolência, desorientação, perda de memória.
Casos graves:
Depressão do sensório e respiratória
Hipotensão
Hipotermia
TRATAMENTO
Suporte clínico
Se estiver seguro de que a intoxicação foi apenas por benzodiazepínico, optar por não realizar lavagem
gástrica e carvão ativado, pois seu risco superaria o benefício.
Evitar usar o antagonista - Flumazenil - pelo risco de precipitar crise convulsiva em usuários crônicos e
com tolerância. Reservar apenas para casos de uso agudo (ex após realização de procedimentos
eletivos)
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BARBITÚRICOS
PRINCIPAL REPRESENTANTE
Fenobarbital é a medicação responsável pelo maior número de intoxicações desta classe.
Gardenal (nome comercial)
FARMACOLOGIA
Atuam no receptor barbitúrico aumentando a atividade inibitória do GABA, levando a inibição das
sinapses.
Dose tóxica: entre 2-3g (agentes de curta duração); entre 6-10g (agentes de longa duração -
fenobarbital)
O uso concomitante com outras drogas (ex.: tricíclicos) pode potencializar os efeitos barbitúricos.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
TRATAMENTO
suporte clínico
Não há antídoto.
Suporte às intercorrências:
Se depressão respiratória ou redução do nível de consciência: proteção das via aéreas com
intubação.
Hipotensão: volume e amina vasoativa
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ANTICONVULSIVANTES
PRINCIPAIS REPRESENTANTES
Fenitoína, Ácido Valpróico, Carbamazepina e Fenobarbital
FENITOÍNA
Mecanismo de ação: liga-se aos canais de sódio nos tecidos nervoso e cardíaco, inibindo a
despolarização, ajudando no controle da atividade epiléptica.
Metabolismo hepático.
Manifestações clínicas:
Náuseas, vômitos, mal estar
Nistagmo, fala lentificada
Diplopia, ataxia, tremores e alucinações
Agitação
Redução dos reflexos profundos
Coma
Nível tóxico:
> 20 mcg/mL: surge nistagmo
> 30mcg/mL: ataxia
> 40mcg/mL: letargia
Tratamento:
Suporte clínico às intercorrências
Descontaminação gástrica + carvão ativado
Não induzir vômitos
Bradiarritmias sintomáticas: atropina, dopamina ou epinefrina.
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ANTICONVULSIVANTES
CARBAMAZEPINA
Mecanismo de ação: liga-se aos canais de sódio nos tecidos nervoso, inibindo a despolarização,
ajudando no controle da atividade epiléptica.
Metabolismo hepático.
Manifestações clínicas:
Flutuação do nível de consciência
Nistagmo
Ataxia
Dismetria
Mioclonias
Hiperreflexia
Convulsões
Taquicardia
Bloqueios atrioventriculares
Midríase, pele seca.
Alargamento do intervalo QT
Tratamento:
Suporte clínico às intercorrências
Descontaminação gástrica + carvão ativado até 48h devido a recirculação entero-hepática.
Se prolongamento do intervalo QT: administrar Bicarbonato de sódio
Crises convulsivas: benzodiazepínicos
Não administar fenitoína
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ANTICONVULSIVANTES
ÁCIDO VALPRÓICO
Mecanismo de ação:
Inibe despolarização neuronal mediante bloqueio dos canais de sódio.
Aumento das concentrações do GABA no SNC.
Inibe a condução excessiva pelos canais de cálcio.
Pico sérico: 4h
Excreção urinária
Manifestações clínicas:
Náuseas e vômitos
Alteração do nível de consciência
Sonolência
Coma
Taquicardia ou bloqueios atrioventriculares
Miose
Agitação
Mioclonia
Convulsões
Acidose metabólica, hipernatremia, hipocalcemia.
Tratamento:
Suporte clínico às intercorrências
Descontaminação gástrica (se ingesta até 60 min) + carvão ativado.
Crises convulsivas: benzodiazepínicos
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OPIÓIDES
PRINCIPAIS REPRESENTANTES
Morfina, codeína, tramadol, loperamida, fentanila, meperidina, heroína.
FARMACOLOGIA
Metabolização hepática.
Excreção renal.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Miose
Depressão respiratória: hipoventilação.
Redução do nível de consciência: sonolência, torpor e coma.
Náuseas e vômitos
Crises convulsivas
Bradicardia
Hipotensão
Redução da motilidade gástrica
TRATAMENTO
Medidas de suporte de vida
Lavagem gástrica
Carvão ativado - se o peristaltismo estiver preservado - até 12h da intoxicação.
Antídoto: NALOXONA
2-4mg em bolus IV se paciente com depressão respiratória.
Pode repetir a dose a cada 5min se os sintomas não desaparecerem
Dose máxima de 20 mg
Doses menores de 0,4-0,8mg em pacientes com depressão do SNC sem depressão respiratória.
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BETABLOQUEADORES
PRINCIPAIS REPRESENTANTES
Atenolol, Metoprolol, Propranolol, Carvedilol, Bisoprolol
FARMACOLOGIA
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Hipotensão
Bradicardia
Bloqueio Atrioventricular
Alargamento do QRS
Convulsões
Coma
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BETABLOQUEADORES
TRATAMENTO
Suporte clínico
Pode-se tentar atropina para tratar a bradicardia. Se bradicardia instável -> marcapasso
Gluconato de cálcio 10% - 30-60mL - pode ser considerado de presença de inotropismo reduzido.
IECA E BRA
Principais representantes: Captopril, Enalapril, Losartana
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Hipotensão
Fraqueza
Síncope
Confusão mental
Bradicardia
Hipercalemia
Angioedema (raro)
TRATAMENTO
Tratamento suportivo.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Isquemia intestinal
Crises convulsivas
TRATAMENTO
Bradicardia sintomática: atropina 0,5-1mg de 3 em 3 min.
FARMACOLOGIA
Os medicamentos digitálicos atuam inibindo a enzima Na+/K+ ATPase, acarretando aumento na
concentração intracelular de sódio e cálcio, e redução do potássio intracelular.
Promovem também aumento do tonus vagal, redução dos efeitos adrenérgicos e aumento do período
refratário das células cardíacas responsáveis pela condução dos estímulos.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Toxicidade crônica:
Sintomas gastrintestinais: náuseas, vômitos, anorexia.
Visuais: turvação visual
Psiquiátricos
Fadiga, fraqueza
Tonteira
Cefaleia
Desorientação
Depressão
Crises convulsivas
Distúrbios hidroeletrolíticos
Sintomas cardíacos:
arritmias: extrassistoles ventriculares, taquicardia atrial, fibrilação atrial, bradicardia,
taquicardia ventricular.
Alteração eletrocardiográfica
TRATAMENTO
Correção dos distúrbios hidroeletrolíticos:
Hipercalemia: é o mais comum
Hipocalemia e hipomagnesemia
Descontaminação gástrica com carvão ativado: se liga na digoxina, aumentando sua excreção intestinal e
interrompendo a circulação entero-hepática.
Dose:
Adultos: 50g ataque + 25g de 4/4h por 24 h
Crianças: 1g/kg de peso (dose máxima de 50g)
Lavagem gástrica tem pouco efeito nesses casos, porém pode ser realizada na primeira hora após
ingestão do medicamento.
Arritmias:
Na maioria dos casos, basta tratar a causa base do problema.
Correção dos distúrbios hidroeletrolíticos
Se taquicardia ventricular: lidocaína ou amiodarona
Reduzem a toxicidade ventricular sem interferência na condução AV.
A fenitoína pode ajudar a reverter o prolongamento da condução AV e eliminar também
taquiarritmias supraventriculares (TV bidirecional)
15 a 20 mg/Kg – velocidade de infusão 50 mg/min
Se bradicardia: avaliar atropina (0,5mg - dose máxima de 2mg).
Marcapasso temporário se boqueios nodais.
REPRESENTANTES
Insulina, Sulfonilureias, meglitininas, biguanidas, Tiazolinedionas
INSULINAS
Não são absorvidas por via oral, logo não apresentam toxicidade por esta via.
A resposta à insulina é individual. Doses terapêuticas pode levar a hipoglicemia em pacientes não
diabéticos, enquanto que em pacientes com resistência insulínica, essa mesma dose pode não
apresentar efeito grave algum.
Atentar para os tipos de insulina, bem como seu início de ação e meia-vida:
Insulina regular:
Início de ação: 30-60min
Pico: 1-2h
Duração: até 8h
Insulina NPH:
Início de ação: 1-3h
Pico: 8h
Duração: até 20h
Insulina de ação rápida (Ex.: Lispro, aspart)
Início de ação: 15min
Pico: 30-90min
Duração: 3-5h
Insulina de ação longa (Ex.: Glargina, detemir)
Início de ação: 4-8h
Pico: 8-12h
Duração: 24-30h
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HIPOGLICEMIANTES
METFORMINA
Atua melhorando a sensibilidade dos tecidos hepáticos e periféricos à insulina, além de inibir a
gliconeogênese hepática.
Raramente causa hipoglicemia pois não atua diretamente no funcionamento das células pancreáticas.
TIAZOLIDINEDIONAS
Pioglitazona e Rosiglitazona
HIPOGLICEMIA
Manifestações:
Escurecimento visual
Tremores
Tonteiras
Incoordenação motora
Alteração de comportamento
Sudorese
Náuseas
Palidez cutânea
Pele fria
Taquicardia
Rebaixamento do sensório
TRATAMENTO
Suporte clínico
Repetir bolus de SG50% sempre que necessário se glicemias menores que 100mg/dL.
Lavagem gástrica pode ser realizada até 2 hrs da ingestão, lembrando sempre de se atentar para
proteção das vias aéreas.
MECANISMO DE AÇÃO
FARMACODINÂMICA
O lítio não é metabolizado e tem excreção renal (95%), suor (4%) e fezes (1%).
Intoxicação por lítio geralmente ocorre devido acúmulo crônico secundário ao aumento da dose ou
diminuição na eliminação renal da droga.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Fasciculação, hiper-reflexia, nistagmo, alteração mental, alteração da fala, crise convulsiva, coma.
Insuficiência renal.
TRATAMENTO
Não há antídoto.
Suporte clínico.
Tratar hipernatremia.
Lítio não é adsorvido pelo carvão ativado, ou seja, o uso desta medida de descontaminação só deve ser
feito se constatado ingestão de outras drogas concomitantemente.
Em casos leves, manter hidratação venosa pode ser suficiente para ajudar na eliminação renal do lítio.
CUMARÍNICO
Anticoagulantes que tem seu uso em diversas patologias humanas, mas também são aplicados com
objetivo de exterminar ratos.
FARMACOLOGIA
Atuam inibindo enzimas envolvidas na ativação da vitamina K. Esta vitamina é um cofator na cascata de
coagulação, ativando os fatores II, VII, IX e X. Com essa inibição, ocorre bloqueio na formação de novos
fatores de coagulação.
O fenômeno hemorrágico terá início após a degradação dos fatores coagulantes já existentes, uma vez
que a ausência da vitamina K apenas interferirá na ativação dos novos fatores.
Ocorrerá aumento do tempo de protrombina quando os níveis dos fatores de coagulação estiverem
próximo a 25%.
O pico de ação dessa classe de drogas será em torno de 72h, devido às meias-vida maiores dos fatores
X e II.
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA
Atentar-se para a possibilidade de que alguns raticidas fabricados clandestinamente podem conter
substâncias proibidas (ex.: "Chumbinho") e alterar as características do quadro, adiconando gravidade.
O período entre a ingestão e o surgimento dos sangramentos pode demorar até 3-5 dias
Epistaxe
Hematúria
Gengivorragia
Melena
Equimose
Sangramento uterino
Hematêmese
Hemorragia conjuntival
Hematoma muscular
Sangramento intracraniano
Hemorragia alveolar
TRATAMENTO
Indução de vômitos pode ser tentada até 2h da ingestão, se a dose ingerida for pequena e não repetida,
pelo risco de hemorragias.
Se sangramento:
Plasma fresco congelado
Vitamina K (Kanakion): 5-10mg em adultos; 1-5mg em crianças
Preferencialmente via IV ou via oral
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RATICIDAS
FLUORACETATO DE SÓDIO
FARMACOLOGIA
Acúmulo de ureia e redução da glutamina, levando a sintomas neurológicos como crise convulsiva e
coma.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Náuseas, vômitos e desconforto abdominal podem iniciar após poucos minutos da ingestão.
TRATAMENTO
Lavagem gástrica e carvão ativado pode ser considerados até 120min da ingestão.
Reposição volêmica.
Não há antídoto.