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Analgésicos e Anti-inflamatórios

 Dor leve a moderada.


 Boa eficácia.
 Uso com cautela!
 Dose máxima diária: 4 gramas.
 REAÇÕES ADVERSAS: leucopenia, agranulocitose,
pancitopenia, anafilaxia, reações dermatológicas, etc.
 Deprimem a atividade dos nociceptores.  EVITAR: primeiro e terceiro trimestre de gestação,
 Quadros de dor já instalada. período de lactação. Fora esse período, a gestante deve
 Diminui hiperalgesia. utilizar somente em caso de extrema necessidade.
 Bloqueio da entrada de cálcio e diminuição dos níveis  EVITAR: em casos de anemia e leucopenia.
de AMPc (adenosina monofosfato c(clico)) nos  CONTRAINDICADA em hipersensibilidade aos
nociceptores. derivados da pirazolona (alergia cruzada), crianças
menores de 3 meses com peso inferior a 5kg e em
doenças metabólicas.

PARACETAMOL
 Tylex, Tylenol.
 Usar quando Dipirona for contraindicado.
 Seguro em gestante e lactante.
 Clínica: DIPIRONA, PARACETAMOL, AAS.  Analgésico e antitérmico.
 Mais usados: DIPIRONA E PARACETAMOL.  Danos ao fígado. Alteração da dose máxima diária de
 ÁCIDO ACETILSALICÍLICO (AAS) : boa ação 4g para 3,25g pelo FDA.
analgésica, menos usado devido ação antiagregante  ATENÇÃO não usar junto com álcool etílico ou
plaquetária. substância hepatotóxica, como o estolato de
 IBUPROFENO em doses menores que 200mg para eritromicina (antibiótico – grupo macrolídeo).
adultos possui ação analgésica semelhante a Dipirona  Ausência de efeito sobre agregação plaquetária e
sem exceder a ação anti-inflamatória. reações gastrointestinais, como AINES.
 CONTRAINDICADO paciente que usa varfarina
COMO USAR??? sódica  pode aumentar efeito anticoagulante.
 Em geral, uso por período curto, de 24 a 48 horas. Alergias a ele ou aos sulfitos (presente na solução
 Objetivo é controlar dor aguda de baixa intensidade. “gotas”).

DIPIRONA AAS – ÁCIDO ACETIL SALICÍLICO


 Novalgina.  Apirina .
 Padrão ouro – Primeira escolha.  Analgésico e antitérmico de boa eficácia.
 Dose máxima diária: 4g.  CAUTELA em: idosos, debilitados, insuficiência
 CONTRAINDICADO crianças que possam estar com hepática ou renal, hipertrofia prostática e portadores
catapora ou gripe – Síndrome de Reye (pode ser fatal) de depressão respiratória.
 REAÇÕES ADVERSAS: hipersensibilidade, diminuição  Em caso de depressão respiratória, usar NAXOLONA –
da função renal, agravamento da asma brônquica e reverte o quadro de toxicidade.
rinite alérgica.
100 Antiagregante plaquetário CODEÍNA
mg/dia  Em forma isolada, mesmo efeito que Paracetamol.
365-500 Antiagregante plaquetário,
 Associado ao Paracetamol  potencializa efeito.
mg/dose analgésico e antitérmico.
4g/dia Antiagregante plaquetário,
 Dose máxima diária: 240mg.
analgésico, antitérmicoe anti-
inflamatório. CLORIDRATO DE TRAMADOL
 Potência analgésica 5/10 vezes menor que morfina.
 Inibi receptação de norepinefrina e serotonina.
IBUPROFENO  Mais efeitos adversos que a Codeína associada ao
 Advil, Alivium, Artril. Paracetamol.
 CONTRAINDICADO: gastrite ou úlcera hepática,  Dose máxima diária: 400mg.
hipertensão arterial ou doença renal.  Início ação: em geral após 1hr da administração de
 EVITAR: história de hipersensibilidade ao AAS – alergia dose de 50mg.
cruzada.  Não usar: pacientes com menos de 16 anos.

OPIÓIDES: outra classe de analgésicos.


 Analgésico de ação predominantemente central.
 Dores moderadas a intensas.
 Analgésicos não fizeram efeito.
 Divisão: Fortes e Fracos.
 Fortes: morfina, oxicodona, metadona e fentanil.
 Fracos: codeína, tramadol e propoxifeno.
 Uso clínico no Br: CODEÍNA (associada ao
paracetamol) e TRAMADOL.
 EFEITOS: analgesia, sonolência, supressão da tosse,
redução dos movimentos peristálticos e da secreção
ácida gástrica.
 EFEITOS ADVERSOS: constipação, náuseas, vômitos,
depressão respiratória, confusão mental
(principalmente em idosos) e interações
medicamentosas com inibidores do SNC.
 Ác araqui. – 2 vias
 Lipoxigenase: Leucotrienos.
 Cicloxigenase: Tromboxano e Prostaglandinas
(COX-1 e COX-2).
 COX-1
 Plaquetas, rins, mucosa gástrica.
 Forma constitutiva: sempre presente. Fisiológica.
 COX-2
 Pequena quantidade no tecido.
 Aumenta com estímulo inflamatório (até 80X).
 Patológica. Forma indutiva.

***Tromboxano: responsável pela agregação plaquetária, não


causa hiperalgesia.

AINES
 Inibem a COX.
 AAS na dose 4-5g/dia tem ação antiínfla.
 Potência: meia-vida plasmática e dose.
 Efeitos adversos devido ação na COX-1.
 Coxibes: inibe COX-2.
 Inibição seletiva tem efeitos adversos.
 COX-2 tem papel em processos fisiológicos, como:
regulação renal, homeostasia da pressão e controle
 Inibem a síntese da Cicloxigenase (COX) da agregação plaquetária. Nem sempre só com
 Anti-inflamatórios Não Esteroidais (AINES). processo patológico.
 Inibem ação da Fosfolipase A2:  Uso crônico: risco eventos cardiovasculares
 Anti-inflamatórios Esteroidais(AIES) ou (hipertensão, infarto miocárdio, acidentes
Corticosteroides. vasculares encefálicos, falência cardíaca).

COMO E QUANTO EMPREGAR AINES ?


 Dor aguda. Moderada a severa.
 Regime mais eficaz.
Cascata do Ác Araquidônico  Analgesia preventiva – imediatamente após lesão
 Pela ação da COX, ác araquidônico gera substancias tecidual, antes do início da sensação dolorosa
com diversos efeitos – depende do tipo celular. seguida de doses de manutenção por curto período.
 Crianças! Ibuprofeno é o único aprovado.  Náuseas e vômitos, anorexia, flatulência, diarreia e
perda de sangue pelo tubo digestivo.
DURAÇÃO DO TRATAMENTO  Retenção de sódio e água, reações de
 Dor em geral 24hrs, pico entre 6 e 8h pós cirúrgica. hipersensibilidade, agravamento de asma brônquica e
 Edema inflamatório ápice após 36h do procedimento. rinite alérgica, risco de sangramento, nefrotoxicidade e
 AINES de 48 a 72h. problemas renais (em uso prolongado).
 Dor intensa e exacerbação do edema após esse tempo
 suspeitar de complicações.

PRECAUÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES!!!
 Ação analgésica e anti-infl dos inibidores seletivos de
COX-2 não é superior a dos inibidores não seletivos
(atuam COX-1 e 2).
 Coxibes: uso exclusivo em pacientes com risco
aumentado de sangramento gastrintestinal e sem risco
de doença cardiovascular. *PARACETAMOL
 Evitar inibidores seletivos da COX-2 em menores de  Considerado inibidor da COX, além do ASS e outros
18 anos – falta estudos. AINES.
 Uso de qualquer inbidor da COX-2: menor dose e  Quase não apresenta ação anti-inflam.
menor tempo possível.  Fraco inbidor COX-1 e 2.
 Contraindicado inibidor da COX-2 em pacientes com  Uso apenas analgésico (dor leve a moderada).
uso contínuo de antiagregantes (ex. aspirina e  Não interfere no edema.
clopidogrel).
 Uso conjunto de piroxicam, ibuprofeno (e outros
IBUPROFENO
AINES) com varfarina (anticoagulante), pode
potencializar efeito anticoagulantes e causar  400mg ou 600mg. Intervalo 8/12horas.
hemorragia.  Menos reações gastrointestinais que os demais.
 Uso conjunto AINES e alguns anti-hipertensivos pode  Único aprovado em crianças.
causar elevação brusca da P.A.  Dose máxima diária 3,2g.
 Evitar inibidores da COX em paciente com história de
infarto do miocárdio, angina ou stents nas artérias –
risco trombose – principalmente idosos. DICLOFENACO
 AINES podem causar retenção sódio e água –  50mg. Intervalo 8/12 horas.
diminuindo taxa de filtração glomerular e
 Cataflam.
aumentando PA – principal. em idosos.
 Segundo mais seguro.
 Ótima indicação dores da ATM.
ATENÇÃO! Paciente com doença cardiovascular, disfunção  Dose máxima diária 150mg.
hepática ou alterações renais  Trocar informações com médico e
avaliar risco/benefício da prescrição dos AINES.
CETOROLACO DE TROMETAMOL
 Toragesic
EFEITOS ADVERSOS MAIS COMUNS  10mg de 8/8 horas.
 Distúrbios gastrointestinais: gastrite, eritema e erosões
 Muitos efeitos gastrointestinal (sangramento) e renais
gástricas, ulceração gástrica e duodenal, dispepsia, dor
(perda da função).
epigástrica
 Doses baixas.  Mais seguros em gestantes ou lactantes, hipertensos,
 Não ultrapassar 5 dias. diabéticos, nefropatas ou hepatopatas, com doença
 Dose máxima diária 40 mg. controlada.
 Menor relação custo/benefício.

NIMESULIDA PRECAUÇÃO E CONTRAINDICAÇÃO


 Contraindicação:
 100mg de 12/12 horas.
 Portadores de doenças fungícas sistêmicas, herpes
 Nisulid.
simples ocular, doenças psicóticas, tuberculose
 Alta hepatotoxicidade. ativa ou os que apresentam alergias a esses
 Não comercializada em vários países. fármacos.
 Cuidado ao utilizar.  Interferência na homeostasia do eixo hipotálamo-
 Dose máxima diária 400mg. hipófise-adrenal (HHA).
 Cortisol endógeno – produzido pelo córtex adrenal
de forma constante – ritmo circadiano.
AIES  Maiores níveis de cortisol por volta de 8 horas e
 Corticosteroides – Anti-infl. Esteroidais. menores no início da noite.
 Inibem a Fosfolipase A2.  Quando empregado em medicação pre-operatória,
 Lesão tecidual – inativação da fosfolipase A2 – reduz a intervenção deve ser agendada, de preferencia
disponibilidade do ác araquidônico – ação prejudicada pela manhã – soma dos efeitos anti-inflamatórios
da COX-2 e da Lipoxigenase – menor produção das da dose administrada e do cortisol endógeno e
Prostaglandinas e Leucotrienos. menor interferência no eixo HHA.
 Ação demorada. Maioria após 1/2 hrs de
administração.

USO NA CLÍNICA ODONTOLÓGICA


 Prevenir hiperalgesia e controlar edema inflamatório.
 Escolha: Dexametasona ou Betametasona.
 Maior potencia anti-infl e duração da ação.
 Mais indicado em Analgesia Preemptiva – antes da
lesão tecidual – tempo para exercer ação.
 Adultos: geral, 4-8mg 1 horas antes da intervenção.
 Crianças: intervenção invasiva – solução oral “gotas” BIBLIOGRAFIA USADA:
de Betametasona (0,5mg/mL), 1 gota/Kg/peso, dose  Material do Curso EAD de Cirurgia e Traumatologia
única, 1 h antes do procedimento. Bucomaxilofacial. UFRGS. Módulo 9.
 Livro: Terapêutica Medicamentosa em Odontologia.
VANTAGENS EM RELAÇÃO AOS AINES (em
Eduardo Dias de Andrade. 3ª edição. Cáp 6. Prevenção
dose única pré-operatória ou por tempo
e Controle da Dor.
restrito)
 Sem efeitos adversos significativos.
 Não interferem na hemostasia, diferente de alguns
AINES que possuem ação antiagregante.
 Reduzem síntese dos leucotrienos que constituem
substancia de reação lenta da anafilaxia.

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