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Religião: É um sistema de crenças, doutrinas e rituais que são próprios de uma sociedade
ou de um grupo social.
Ou seja, religião é reunir o que foi separado: o mundo profano e o mundo sagrado.
Elementos essenciais:
o Crença em níveis de existência superiores à vida material.
o Nesses níveis elevados se encontra a causa e o sentido da vida.
o Este mundo transcendente regula a vida pessoal e coletiva, organizando rituais.
Finalidades da religião:
o Proteger os seres humanos contra o medo da natureza.
o Dar aos humanos um acesso à verdade do mundo, com explicações para a origem,
forma e destino.
o Oferecer a esperança de vida após a morte.
o Oferecer consolo aos aflitos, dando-lhes uma explicação para as dores e males da
vida.
o Garantir o respeito às normas, regras e valores da moral estabelecida pela
sociedade. (mandamentos divinos).
o Definir o que é certo e errado, o que é o bem e o mal.
Tanto o tempo quanto o espaço eram âmbitos controlados, havia o tempo natural, de
plantio e colheita e o tempo sagrado, definido pela Igreja, e isso possuía enorme influência
no modo de vida e nas ações das pessoas.
A filosofia cristã
Tem início com as epístolas (cartas) de São Paulo e o evangelho de João, no século I.
Patrística – Teve por finalidade organizar a doutrina cristã para garantir a unidade da
comunidade de fiéis e defender o Cristianismo dos adversários pagãos.
o Com o Cristianismo a filosofia deixa de ser uma busca racional pela verdade, afinal
já temos em mãos a verdade revelada, cabe à filosofia apenas entendê-la.
Bíblia, palavra grega que quer dizer “os livros”, refere-se à coleção de textos religiosos de
valor sagrado para o cristianismo.
O Antigo testamento ou bíblia judaica começou a ser escrito por vários autores a partir do
século VI a.C., durante o cativeiro dos hebreus na Babilônia, foi escrito em hebraico e
aramaico.
Por volta do século III a.C. foi feita uma tradução da bíblia judaica para o grego, tarefa
encomendada a 72 sábios em Alexandria, no Egito. Esta tradução ficou conhecida como
“Septuaginta”.
O novo testamento ou evangelho (que em grego significa: boas novas) começou a ser
escrito no século I da era cristã na antiga Palestina, então parte do Império romano. A
primeira versão foi escrita em latim antigo, foi a “Vetus latina”, embora houvesse também
textos em grego.
A primeira grande organização sistemática dos textos bíblicos ocorreu com S. Jerônimo no
século IV, ele leu, analisou e meditou sobre os textos anteriores e criou a tradução latina
chamada “Vulgata”, aprovada pelo Sínodo de Hipona em 393. Foi considerada a versão
oficial da Bíblia católica, passou por uma revisão na década de 70 e aprovada em 1979
pelo papa João Paulo II a “Nova vulgata”.
Antigo 37 46 39 51
Testamento
Novo _ 27 27 27
Testamento
TOTAL 37 73 66 78
O concílio de Nicéia em 325 rejeitou os chamados evangelhos apócrifos, textos
anônimos escritos nos primeiros anos do Cristianismo, não reconhecidos como
inspirados e portanto fora da lista oficial de livros da Bíblia.
Os apócrifos mais famosos são: Evangelho de Tomé, Evangelho de Maria Madalena,
Evangelho de Tiago, Evangelho de Pedro e Evangelho de Filipe, e até um
Evangelho árabe da infância de Jesus, muitos deles tem importância histórica, pois
contam como surgiu o cristianismo primitivo e fatos da infância e juventude de
Jesus, além de profecias, lendas e mitos do Cristianismo primitivo.
Calcula-se que existam pelo menos 112 evangelhos apócrifos, sendo 52 do antigo
testamento e 60 do novo testamento, incluindo 20 atos dos apóstolos e 11
apocalipses.
Agostinho cristianizou a filosofia de Platão , usando suas teorias para melhor explicar os
dogmas da fé católica, ele racionalizou a fé cristã.
O homem não tem razão para filosofar, exceto para atingir a felicidade, que é fruto da
intuição e da fé. É necessário “compreender para crer e crer para compreender”, ou seja, a
razão está a serviço da fé.
Deus é a verdade, é o ser que ilumina a razão e lhe fornece a norma e a medida de todos
os juízos. Esta ideia é a base da Teoria da iluminação, que diz que sempre que alguém for
ler algum texto sagrado, é preciso orar sinceramente a Deus pedindo que ele derrame
sobre si a luz do entendimento.
Suas ideias foram por muito tempo a doutrina fundamental da Igreja Católica, até hoje em
dia alguns setores da Igreja e algumas escolas seguem seus ensinamentos.
O princípio de autoridade era o principal critério para definir se uma tese era verdadeira ou
falsa. As principais autoridades eram:
o A Bíblia, Platão, Aristóteles, um Papa, um santo, os grandes teólogos da Igreja.
Deus é o puro ato de existir, é o ser pleno, a perfeição pura, criador de tudo o que existe.
1. A prova do movimento: Tudo o que se move é movido por outra coisa, e este por outra, e
assim por diante. Mas, é impossível continuar até o infinito, logo, deve haver um primeiro
motor, causa de todo o movimento, que é Deus.
2. A prova da causa: Na série de causas das coisas, uma é causa da outra, também não
podemos chegar ao infinito, logo, deve haver algo que é causa de tudo: Deus.
3. A prova da necessidade: Todos os seres são contingentes, ou seja, não são necessários,
podem ou não existir. Se nada é necessário, como explicar a existência de tudo? Logo,
deve haver um ser necessário que criou tudo: Deus.
4. A prova dos graus de perfeição: As coisas e as pessoas são mais ou menos perfeitas, há
graus de perfeição nos seres, deve haver um ser que contenha em si o grau máximo de
perfeição: Deus.
5. A prova do sentido: As coisas naturais devem ter algum sentido, alguma ordem, nada
existe por acaso, por acidente, logo deve haver alguma inteligência superior responsável
pela ordem do mundo: Deus.
Lei de Deus e lei humana – Para Tomás de Aquino, a lei é a orientação racional das
ações humanas, evitando os excessos, as leis formam a base da harmonia das
sociedades e o fundamento da felicidade. Toda lei, além de racional, precisa ser justa,
essa justiça deve ser universal, dotada de princípios absolutos estabelecidos por Deus.
Existe uma lei eterna, superior às outras, que deve orientar as outras leis.
LEI ETERNA (Plano Racional de Deus) – Ordem existente no Universo.
LEI NATURAL – Lei eterna revelada na natureza inteligente do Homem, razão.
LEI DIVINA – A palavra de Deus, a Bíblia.
LEI HUMANA – Lei jurídica, positiva, moral reguladora da vida humana.
Gigantesca obra teológica, levou 8 anos para ser escrita (de 1265 à 1273). Consta de 611
questões explicadas em mais de 3.400 artigos, todos seguindo a mesma estrutura lógica.
Foi considerada a maior sistematização teológico-filosófica da Idade média.
Resposta às objeções:
1. Deus é a felicidade do homem, e o que naturalmente se deseja, se
conhece. Mas, esta relação não é válida, pois as pessoas tem visões
diferentes do que seja a felicidade.
2. Quem ouve o nome de Deus não o identifica como o ser real, só podemos
entender o significado de seu nome no intelecto. Se a existência de Deus
fosse evidente, não existiriam ateus.
3. A existência da verdade é evidente por si, mas não é evidente para nós,
pois cada um pode ter a sua verdade.
FIM