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Budismo

SOCIEDADE

Budismo: quatro perguntas e respostas para conhecer a religião

Religião é a quarta mais praticada em todo o mundo

MARILIA MARASCIULO

13 ABR 2019 - 15H20 ATUALIZADO EM 13 ABR 2019 - 21H30

Em sânscrito, budi significa “acordar, observar, tornar-se consciente”. É essa a principal


filosofia que baseia o Budismo, quarta maior religião do mundo e que surgiu na Índia há cerca
de 2,5 mil anos. Baseada nos ensinamentos de Siddhārtha Gautama, é uma religião não teísta,
ou seja, não inclui a ideia de uma deidade — um ou vários deuses.

Como, quando, onde e por quem foi fundada?

Em uma região da Índia que hoje pertence ao Nepal, o príncipe Siddhārtha Gautama cresceu
isolado do mundo até os 29 anos. Quando finalmente percebeu que riqueza e luxo não
garantiam felicidade, partiu em busca de compreender e encontrar um método que acabasse
com o sofrimento humano. Ele chegou à conclusão de que isso seria possível ao evitar ações
não virtuosas, praticar o bem e dominar a própria mente. Considerado iluminado, passou a ser
conhecido como Buda Sakyamuni e proferiu seus ensinamentos até os 80 anos.

Quais os principais preceitos?

A essência dos ensinamentos de Buda são as Quatro Nobres Verdades (a vida é sofrimento; o
sofrimento é fruto do desejo; o sofrimento acaba quando termina o desejo; e isso é alcançado
quando se segue os ensinamentos de Buda). A quarta Nobre Verdade se desdobra nos
ensinamentos para a libertação do sofrimento, conhecido como o Nobre Caminho Óctuplo.

Quantos seguidores a religião tem atualmente e onde eles estão?

Atualmente, existem cerca de 500 milhões de seguidores do Budismo no mundo, concentrados


principalmente no Japão, China, Tibete e Tailândia. No Brasil, existem cerca de 245 mil
budistas.

Qual a maior curiosidade sobre o Budismo?


Dois termos muito usados por ateus, agnósticos e às vezes até pessoas que seguem outras
religiões têm como base princípios budistas: o carma e o nirvana. O carma é considerada pelos
budistas a lei segundo a qual toda ação tem um peso que, a longo prazo, traz felicidade (se
forem boas, como generosidade) ou infelicidade (mentir, roubar ou matar).

O peso de cada ação é determinado pela frequência, intenção, arrependimento, entre outros.
Já o nirvana, meta do Budismo, é uma condição de extrema paz, iluminação, “o apagar do fogo
das paixões” e a extinção do ego, e o fim da necessidade de reencarnar. O nirvana é, na
prática, o que tornaria um homem comum um Buda.

9 razões do por que o budismo não é uma religião

13 de agosto de 2018 / 4 Comentários

Você sabe por que o budismo não é uma religião? Quando eu iniciei no Budismo em 2011, eu
não ficava muito preocupado sobre os detalhes do Budismo, mas depois que iniciei os meus
estudos, percebi que é importante, não só praticar os ensinamentos, mas também
compreender o seu significado.

Sobre esse ponto, geralmente, a primeira coisa que as pessoas perguntam é se o Budismo é
uma religião ou filosofia de vida.

Vamos lá:

Não há um Deus. Ao contrário do hinduísmo ou de outras religiões orientais, o budismo não


tem um deus central. Isso não significa que os budistas se opõem a um Deus, apenas significa
que não existe motivo para se ter um Deus. Ao invés disso, acreditamos na lei de causa e
efeito, o Karma.

Buda não é adorado. Embora todo budista compreenda e seja grato pela mensagem que Buda
trouxe, eles entendem que ele foi um homem. Embora alguns no hinduísmo o considerem
uma encarnação de Vishnu (Krishna), a maioria dos budistas não compartilham dessa visão.

Qualquer um pode ser um Buda. Uma das coisas mais notáveis sobre o budismo é que é muito
acessível. “Buda” é apenas um título dado a Siddhartha Gautama por seu domínio sobre si
mesmo. Isso significa que ele alcançou a iluminação de forma completa – algo que qualquer
um pode fazer, pois todos, independentes do que acreditam, possuem a natureza de Buda.

Autorresponsabilidade. Buda, ou qualquer outro ser iluminado, não é um salvador como no


cristianismo. Só porque você acredita nos ensinamentos, não significa que você estará
protegido de qualquer coisa; você tem que colocar os ensinamentos em prática para encontrar
a verdadeira felicidade que já existe dentro de você.

Não é necessário se converter. O Budismo não é exclusivo para os seus praticantes, mas para
qualquer um que queira lidar com sua própria mente e coração para o benefício de todos os
seres. Todos os benefícios dos ensinamentos podem ser colocados em prática mesmo que
você não siga o budismo, mas tenha uma motivação pura de cuidar de si e dos seres ao seu
redor.

Nossa origem é irrelevante. Enquanto a maioria das religiões se ocupam com histórias da
criação e do universo, o budismo não se preocupa de onde viemos ou para onde vamos. Por
quê? Porque o mais importante é o momento presente, o agora. Isso significa abandonar o
passado e o futuro.

O “cara mau”. Muitas religiões têm um vilão, ou seja, alguém como o Diabo, ou espíritos
maléficos, que aterrorizam ou encoraja atos malignos. No budismo, o mal de algo é medido
pelo quanto produz sofrimento. A maior causa do sofrimento é o ego e o conceito de
dualidade de que estamos separados de tudo. Quando a ignorância básica termina, a
verdadeira felicidade começa.

A realidade é baseada na percepção. Não há uma crença sobre o céu ou inferno. Ao mudar
nossa consciência para um nível mais elevado, estamos mudando nossa realidade. Essa
perspectiva é muito importante. Mudando o mundo interno, você muda a forma de perceber o
mundo externo.

Está aberto a mudanças. Todo budista dedica-se apenas a uma coisa: a busca da verdade. Se
fosse descoberto que os ensinamentos budistas estão incorretos, os ensinamentos e filosofias
devem mudar. Não é um sistema rígido por qualquer meio.

BUDISMO:

POR ONDE COMEÇAR?

Crenças

Aqueles que seguem o Hinduísmo devem respeitar as coisas antigas e a tradição; acreditar nos
livros sagrados; acreditar em Deus; persistir no sistema das castas (determina o status de cada
pessoa na sociedade); ter conhecimento da importância dos ritos; confiar nos guias espirituais
e, ainda, acreditar na existência de encarnações anteriores.

O nascimento de uma pessoa dentro de uma casta é resultado do karma produzido em vidas
passadas. Somente os brâmanes, pertencentes as castas "superiores" podem realizar os rituais
religiosos hindus e assumir posições de autoridade dentro dos templos.

Divindades

Os hindus são politeístas (acreditam em vários deuses). São os principais: Brahma (representa
a força criadora do Universo); Ganesa (deus da sabedoria e sorte); Matsya (aquele que salvou a
espécie humana da destruição); Sarasvati (deusa das artes e da música); Shiva (deus supremo,
criador da Ioga), Vishnu (responsável pela manutenção do Universo).

Religiões Chinesas - com cerca de 402.065.000 de seguidores vem em seguida em quarto lugar.
Nesta categoria estão várias crenças, professadas principalmente na China, reunidas como
cultos ancestrais, ética confucionista, xamanismo e elementos taoístas e budistas. Em Pequim
há o Templo do Céu.
Templo do Céu em Pequim

O Confucionismo e o Taoísmo são consideradas religiões chinesas, mas ambas começaram


como filosofias. Confúcio, do mesmo modo que seus sucessores, não deram importância aos
deuses e se voltou para a ação. Por sua vez, os taoístas apropriaram-se das crenças populares
chinesas e da estrutura do budismo. Como consequência, surgiu uma corrente separada do
"taoísmo religioso", diferente do "taoísmo filosófico" que se associava aos antigos pensadores
chineses Lao-Tsé e Zuang-Zi.

O budismo chegou à China pela primeira vez durante o final da dinastia Han, arraigou-se
rapidamente e templos como o da fotografia foram construídos. Os comunistas eliminaram a
religião organizada ao tomarem o poder em 1949 e a maior parte dos templos foi reorganizada
para usos seculares. A Constituição de 1978 restaurou algumas liberdades religiosas e,
atualmente, existem grupos budistas e cristãos ativos na China.

Crenças

O taoísmo religioso considera três categorias de espíritos: deuses, fantasmas e antepassados.


Na veneração aos deuses, incluem-se orações e oferendas. Muitas destas práticas originaram-
se dos rituais do Tianshidao. O sacerdócio celebrava cerimônias de veneração às divindades
locais e aos deuses mais importantes e populares, como Fushoulu e Zao Shen. As cerimônias
mais importantes eram celebradas pelos sacerdotes, já os rituais menores eram entregues a
cantores locais. O exorcismo e o culto aos antepassados constituíam práticas frequentes na
religião chinesa. O taoísmo religioso tem sua própria tradição de misticismo contemplativo,
parte da qual deriva-se das próprias ideias filosóficas.

Budismo - com cerca de 375.440.000 de praticantes vem em quinto lugar. O impressionante


templo de Borobudur fica no meio de uma floresta em Java, ilha da Indonésia. A estrutura de
55 mil metros quadrados foi erguida em forma de pirâmide e possui 6 andares e 3 terraços
circulares.

O Budismo é uma religião e filosofia baseada nos ensinamentos deixados por Sidarta Gautama,
ou Sakyamuni (o sábio do clã dos Sakya), o Buda histórico, que viveu aproximadamente entre
563 e 483 a.C. no Nepal. De lá o budismo se espalhou através da Índia, Ásia, Ásia Central,
Tibete, Sri Lanka (antigo Ceilão), Sudeste Asiático como também para países do Leste Asiático,
incluindo China, Myanmar, Coreia, Vietnã e Japão. Hoje o budismo se encontra em quase
todos os países do mundo, amplamente divulgado pelas diferentes escolas budistas, e conta
com cerca de 376 milhões de seguidores.
Templo de Borobudur

Ao contrário do pensamento comum, o budismo não é uma religião, pois não existe um deus
criador, não existem dogmas e nem proselitismo, porém também não seria correto denominá-
la apenas como uma filosofia, pois aborda muito mais do que uma mera absorção intelectual.
O Budismo não tem uma definição, tendo aquela que qualquer praticante lhe queira atribuir,
contudo poderemos denominá-la de caminho de crescimento de espiritual, através dos
ensinamentos dos Buddhas.

Os ensinamentos básicos do budismo são: evitar o mal, fazer o bem e cultivar a própria mente.
O objetivo é o fim do ciclo de sofrimento, samsara, despertando no praticante o entendimento
da realidade última - o Nirvana.

O ponto de partida do budismo é a percepção de que o desejo causa inevitavelmente a dor.


Deve-se portanto eliminar o desejo para se eliminar a dor. Com a eliminação da dor, se atinge
a paz interior, que é sinônimo de felicidade.

A moral budista é baseada nos princípios de preservação da vida e moderação. O treinamento


mental foca na disciplina moral (sila), concentração meditativa (samadhi), e sabedoria (prajña).

Apesar do budismo não negar a existência de seres sobrenaturais (de fato, há muitas
referências nas escrituras Budistas), ele não confere nenhum poder especial de criação,
salvação ou julgamento a esses seres, não compartilhando da noção de Deus comum às
religiões abraâmicas (judaísmo, cristianismo e islamísmo).

A base do budismo é a compreensão das Quatro Nobres Verdades, ligadas à constatação da


existência de um sentimento de insatisfação (Dukkha) inerente à própria existência, que pode,
no entanto ser transcendido através da prática do Nobre Caminho Óctuplo.

Outro conceito importante, que de certa forma sintetiza a cosmo visão budista, é o das três
marcas da existência: a insatisfação (Dukkha), a impermanência (Anicca) e a ausência de um
"eu" independente (Anatta).

Flor de Lótus é um dos símbolos do Budismo.


Sikhismo - com seus 24.989.000 de participantes vem bem mais atrás em sexto lugar. Religião
indiana que mistura elementos do hinduísmo e islamismo, foi fundada em época de conflitos
entre adeptos dessas religiões.

Símbolo do sikhismo

O sikhismo é uma religião monoteísta fundada em fins do século XV no Penjab (região


actualmente dividida entre o Paquistão e a Índia) pelo Guru Nanak (1469-1539).

Habitualmente retratado como o resultado de um sincretismo entre elementos do hinduísmo


e do misticismo do islão (o sufismo), o sikhismo apresenta contudo elementos de originalidade
que obrigam a um repensar desta visão redutora.

Principais crenças

O termo sikh significa em língua punjabi "discípulo forte e tenaz". A doutrina básica do
sikhismo consiste na crença em um único Deus e nos ensinamentos dos Dez Gurus do
sikhismo, recolhidas no livro sagrado dos sikhs, o Guru Granth Sahib, considerado o décimo-
primeiro e último Guru.

Para o sikhismo, Deus é eterno e sem forma, sendo impossível captá-lo em toda a sua
essência. Ele foi o criador do mundo e dos seres humanos e deve ser alvo de devoção e de
amor por parte dos humanos.

O sikhismo ensina que os seres humanos estão separados de Deus devido ao egocentrismo
que os caracteriza. Esse egocentrismo (haumai) faz com que os seres humanos permaneçam
presos no ciclo dos renascimentos (samsara) e não alcancem a libertação, que no sikhismo é
entendida como a união com Deus. Os sikhs acreditam no karma, segundo o qual as ações
positivas geram frutos positivos e permitem alcançar uma vida melhor e o progresso espiritual;
a prática de ações negativas leva à infelicidade e ao renascer em formas consideradas
inferiores, como em forma de planta ou de animal.

Deus revela-se aos homens através da sua graça (Nadar), permitindo a estes alcançar a
salvação. O Divino dá-se a ouvir, revelando-se enquanto nome. Segundo os ensinamentos do
Guru Nanak e dos outros gurus, apenas a recordação constante do nome (nam simaram) e a
repetição murmurada do nome (nam japam) permitem os seres humanos libertar-se do
haumai.

Ética e formas de culto


O sikhismo coloca ênfase em três deveres, descritos como os Três Pilares do sikhismo:

Manter Deus presente na mente em todos os momentos (Nam Japam);

Alcançar o sustento através da prática de trabalho honesto (Kirt Karni);

Partilhar os frutos do trabalho com aqueles que necessitam (Vand Chhakna).

O rito principal é o da admissão entre os khalsa, fraternidade dos "puros", geralmente


celebrado na puberdade.

O principal templo sikh, Harimandir Sahib (o Templo de Ouro, em Amritsar), é um lugar de


peregrinação. Uma intervenção de tropas indianas ordenada por Indira Gandhi no início dos
anos 80 levou à revolta dos sikhs e ao assassinato da primeira-ministra indiana em 1984.

Umbanda

Judaísmo

Judaísmo - com seus 14.990.000 de praticantes vem em sétimo. O Muro das Lamentações é a
única estrutura remanescente do Templo de Herodes, construído por Salomão, filho do rei
Davi, e destruído pelos romanos em 70 d.C.

O judaísmo é considerado a primeira religião monoteísta a aparecer na história. Tem como


crença principal a existência de apenas um Deus, o criador de tudo. Para os judeus, Deus fez
um acordo com os hebreus, fazendo com que eles se tornassem o povo escolhido e
prometendo-lhes a terra prometida.

Atualmente a fé judaica é praticada em várias regiões do mundo, porém é no estado de Israel


que se concentra um grande número de praticantes.

Conhecendo a história do povo judeu

A Bíblia é a referência para entendermos a história deste povo. De acordo com as escrituras
sagradas, por volta de 1800 AC, Abraão recebeu um sinal de Deus para abandonar o politeísmo
e para viver em Canaã (atual Palestina). Isaque, filho de Abraão, tem um filho chamado Jacó.
Este luta , num certo dia, com um anjo de Deus e tem seu nome mudado para Israel. Os doze
filhos de Jacó dão origem às doze tribos que formavam o povo judeu. Por volta de 1700 AC, o
povo judeu migra para o Egito, porém são escravizados pelos faraós por aproximadamente 400
anos. A libertação do povo judeu ocorre por volta de 1300 AC. A fuga do Egito foi comandada
por Moisés, que recebe as tábuas dos Dez Mandamentos no monte Sinai. Durante 40 anos
ficam peregrinando pelo deserto, até receber um sinal de Deus para voltarem para a terra
prometida, Canaã.

Jerusalém é transformada num centro religioso pelo rei Davi. Após o reinado de Salomão, filho
de Davi, as tribos dividem-se em dois reinos : Reino de Israel e Reino de Judá. Neste momento
de separação, aparece a crença da vinda de um messias que iria juntar o povo de Israel e
restaurar o poder de Deus sobre o mundo.

Em 721 começa a diáspora judaica com a invasão babilônica. O imperador da Babilônia, após
invadir o reino de Israel, destrói o templo de Jerusalém e deporta grande parte da população
judaica.

No século I, os romanos invadem a Palestina e destroem o templo de Jerusalém. No século


seguinte, destroem a cidade de Jerusalém, provocando a segunda diáspora judaica. Após estes
episódios, os judeus espalham-se pelo mundo, mantendo a cultura e a religião. Em 1948, o
povo judeu retoma o caráter de unidade após a criação do estado de Israel.

Os livros sagrados dos judeus

A Torá ou Pentateuco, de acordo com os judeus, é considerado o livro sagrado que foi
revelado diretamente por Deus. Fazem parte da Torá : Gênesis, o Êxodo, o Levítico, os
Números e o Deuteronômio. O Talmude é o livro que reúne muitas tradições orais e é dividido
em quatro livros: Mishnah, Targumin, Midrashim e Comentários.

torá, livro sagrado dos judeus

Torá: livro sagrado do judaísmo

Rituais e símbolos judaicos

Os cultos judaicos são realizados num templo chamado de sinagoga e são comandados por um
sacerdote conhecido por rabino. O símbolo sagrado do judaísmo é o memorá, candelabro com
sete braços.

Memorá : candelabro sagrado


Entre os rituais, podemos citar a circuncisão dos meninos (aos 8 dias de vida) e o Bar Mitzvah
que representa a iniciação na vida adulta para os meninos e a Bat Mitzvah para as meninas
( aos 12 anos de idade ).

Os homens judeus usam a kippa, pequena touca, que representa o respeito a Deus no
momento das orações.

Nas sinagogas, existe uma arca, que representa a ligação entre Deus e o Povo Judeu. Nesta
arca são guardados os pergaminhos sagrados da Torá.

As Festas Judaicas

As datas das festas religiosas dos judeus são móveis, pois seguem um calendário lunisolar. As
principais são as seguintes:

Purim - os judeus comemoram a salvação de um massacre elaborado pelo rei persa Assucro.

Páscoa ( Pessach ) - comemora-se a libertação da escravidão do povo judeu no Egito, em 1300


a.C.

Shavuót - celebra a revelação da Torá ao povo de Israel, por volta de 1300 a.C.

Rosh Hashaná - é comemorado o Ano-Novo judaico.

Yom Kipur - considerado o dia do perdão. Os judeus fazem jejum por 25 horas seguidas para
purificar o espírito.

Sucót - refere-se a peregrinação de 40 anos pelo deserto, após a libertação do cativeiro do


Egito.

Chanucá - comemora-se o fim do domínio assírio e a restauração do tempo de Jerusalém.

Simchat Torá - celebra a entrega dos Dez Mandamentos a Moisés.

Espiritismo - com 12.882.000 de adeptos vem em oitavo. O Brasil apresenta o maior número
de adeptos da religião. A maioria dos espíritas se diz cristão (por seguir os ensinamentos de
Jesus) e há um debate sobre isso.

Espiritismo é a crença segundo a qual a essência humana é baseada na existência de um


espírito imortal, que pode estar entre os vivos ou não, admitindo vidas sucessivas
(reencarnação) ou não e a comunicação entre os vivos e os mortos, geralmente pelo
intermédio de um médium. A expressão também designa a doutrina e práticas das pessoas
que partilham esta crença.
O espiritismo, apesar das diversas variações, de um modo geral fundamenta-se nos seguintes
pontos:

o homem é um espírito temporariamente ligado a um corpo (para Kardec esta ligação é feita
através de uma conexão que denomina de perispírito, um envoltório semimaterial que é
popularmente denominado "alma" ou "fantasma");

a alma, especificamente, é o espírito que encontra-se ligado, ou não, ao corpo (encarnado ou


desencarnado);

o espírito, compreendido como individualidade inteligente da Criação, é imortal;

a reencarnação é o processo natural que permite vidas sucessivas (para Kardec com a função
de permitir o aperfeiçoamento dos espíritos, ligado a uma "Lei de Causa e Efeito";

a Terra não é o único planeta com vida inteligente (pluralidade dos mundos habitados).

Fé Bahá'í - com seus 7.496.000 participantes vem em nono lugar. Surgiu na antiga Pérsia, atual
Irã, em 1844, e não possui dogmas, rituais, clero ou sacerdócio, baseando-se na crença pela
unidade da humanidade, busca pela verdade e fim dos preconceitos. Seu fundador foi
enterrado na Mansão de Bahjí, tornando o santuário um dos mais importante para os crentes
dessa religião.

A Fé Bahá'í[ foi fundada por Bahá'u'lláh, na antiga Pérsia em 1844. Apesar de ser uma fé
mundial com suas próprias leis e escrituras sagradas, não possui dogmas, rituais, clero ou
sacerdócio.

Bahá'u'lláh é um título que significa "Glória de Deus". Seus seguidores são conhecidos como
bahá'ís. Sendo bahá um termo árabe que significa "Glória" ou "Esplendor".

De acordo com os ensinamentos bahá'ís, todas as religiões reveladas são provenientes da


Vontade de um único Deus. Nesta concepção a revelação é progressiva, ou seja, em cada
época Deus envia seus Manifestantes para educar a humanidade segundo o desenvolvimento
espiritual da humanidade e necessidades de cada período.

Os bahá'is entendem que a história humana foi, por muito tempo, apenas a narração dos
acontecimentos de reinos, povos, nações, religiões e ideologias, e que a História da
Humanidade, como uma unidade planetária começa com a mensagem de Bahá'u'lláh. A
construção de uma civilização global em eterno progresso, que respeite a unidade na
diversidade e a humanidade como uma única raça forma a essência da prática baha'i.

Símbolo Bahá'í que representa a conexão de Deus à humanidade


Princípios

Todos os ensinamentos bahá'ís giram ao redor de três alicerces principais: a unidade de Deus,
unidade de Seus Profetas, unidade da humanidade.

Símbolos

Um dos símbolos utilizados na Fé Bahá'í é uma estrela de nove pontas que significam as nove
religiões monoteístas: Sabeismo, Hinduísmo, Judaísmo, Zoroastrismo, Budismo, Cristianismo,
Islamismo, Fé Babí e Fé Bahá'í.

O número 8 e 9 são muito reverenciados pelos Bahá'ís, pelo fato de que este número aparece
várias vezes na história Bahá'í, como o período entre a revelação do Báb (1844) e a de
Bahá'u'lláh (1853), e principalmente pelo valor numérico da palavra Bahá` em Árabe. Além de
representar por muitos o número da perfeição, ou o número de maior dígito. No Monte
Carmelo, no Centro Mundial Bahá'í em Haifa, há quantidade considerável de estrelas de 8
pontas - a estrela de 8 pontas representa a religião islâmica, cuja base arquitetônica foi
utilizada no Petronas Towers, na Malásia - que também é usualmente utilizada para
representar a religião Bahá'í.

Casas de adoração

Os templos Bahá'ís têm todos nove entradas, pela simbologia da estrela e de que o número
nove é o maior dígito, o número da perfeição.

Assim conhecidas como Casas de Adoração pelos bahá´ís, esses templos são construídos
unicamente para a realização de orações. Não havendo nenhuma espécie de culto, é permitido
a livre entrada de pessoas de todas as religiões. Lá, cada indivíduo é incentivado a recitar as
palavras reveladas por Deus, sejam estas de Krishna, Moisés, Zoroastro, Buda, Cristo, Maomé,
Báb ou Bahá'u'lláh.

Um dos templos mais conhecidos e visitados é o templo da Índia em Nova Delhi, sua
arquitetura simboliza uma flor de lótus.

Casa de adoração Baha'í em Nova Déli

Os templos bahá´ís simbolizam a Unidade de Deus, Unidade de todos os Seus profetas e


Unidade da Humanidade.
Confucionismo - com 6.447.000 adeptos fica em último lugar desta lista. Nesta categoria estão
os confucionistas não chineses. Os praticantes chineses já foram considerados antes na lista.

Confúcio - confucionismo

Confúcio: grande filósofo e educador chinês

O confucionismo é uma doutrina (ou sistema filosófico) criada pelo pensador chinês Confúcio
(Kung-Fu-Tzu) no século VI ªC. Possui, além das ideias filosóficas, abordagens pedagógicas,
políticas, religiosas e morais.

Aspectos da filosofia confucionista

A principal ideia desta filosofia é a busca do Tao (caminho superior). Através deste caminho é
possível ter uma vida equilibrada e boa. Através do Tao os seres humanos podem viver,
mantendo o equilíbrio entre as vontades materiais (prazeres, bens, objetos, desejos) e as do
céu.

Os valores mais importantes no confucionismo são: disciplina, estudo, consciência política,


trabalho e respeito aos valores morais. Embora não seja uma religião, existem tempos
confucionistas, onde ocorrem rituais de ordem social.

Entre os séculos II e começo do XX, o confucionismo foi a doutrina oficial na China. Neste país,
esta doutrina ainda é muito praticada. Em diversos países do mundo, principalmente orientais,
existem adeptos do confucionismo.

udaísmo é a religião monoteísta mais antiga do mundo

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O judaísmo é a mais antiga das quatro religiões monoteístas do mundo e a que tem o menor
número de fiéis. Ao todo são cerca de 12 a 15 milhões de seguidores. Segundo analistas, se
não houvesse o Holocausto - matança em massa de judeus, ocorrida entre as décadas de 30 e
40 no século 20 -, o número de judeus seria de 25 a 35 milhões em todo o mundo. E muitos
deles viveriam na Europa.

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Atualmente, a maioria dos judeus vive em Israel e nos Estados Unidos. Na Europa, a maior
comunidade judaica encontra-se na França. O judaísmo não é uma religião missionária, à
procura de converter pessoas. Aqueles que se convertem, no entanto, devem observar os
preceitos da Torá (a lei judaica), que incluem, entre outras coisas, a circuncisão masculina.

Origens

O começo do judaísmo como uma religião estruturada acontece com a transformação dos
judeus em um povo influente através de reis como Saúl, Davi e Salomão, que construiu o
primeiro templo em Jerusalém. Mas em cerca de 920 a.C, o reino de Israel se dissolve, e os
judeus começam a se dividir em grupos. Essa foi a época chamada de Era dos Profetas. Em
cerca de 600 a.C, o templo é destruído e a liderança israelita assassinada.

Vários judeus foram enviados para a Babilônia. Apesar de alguns serem autorizados a retornar
a casa, muitos permaneceram no exílio formando aí a primeira Diáspora, que significa ¿viver
afastado de Israel".

Os pilares da fé

Segundo os judeus, existe somente um Deus, todo-poderoso que criou o universo e tudo o que
nele há. Os judeus acreditam que Deus tenha uma relação especial com o seu povo,
consolidada no pacto que fez com Moisés no Monte Sinai, 3,5 mil anos atrás.

O local de culto dos judeus é a sinagoga. O líder religioso de uma comunidade judaica é
chamado de rabino. Ao contrário de líderes de outros credos religiosos, o rabino não é um
sacerdote e não goza de status religioso especial.

O dia da semana sagrado para os judeus é o sábado, ou sabat, que começa com o pôr do sol na
sexta-feira e termina com o pôr do sol no sábado. Durante esse dia, judeus ortodoxos
tradicionais não fazem nada que possa ser considerado trabalho. Entre as atividades proibidas
estão dirigir e cozinhar.
Fundamentos da Fé Judaica

Analistas definem a essência de ser judeu como participar de uma comunidade judaica e viver
de acordo com as tradições e leis judaicas. O judaísmo é um modo de vida fortemente
associado a um sistema de fé e convicções religiosas.

O judaísmo surgiu em Israel há cerca de 4 mil anos. Tanto o cristianismo como o islamismo -
até certo ponto - derivam do judaísmo. O judaísmo não estabelece doutrinas ou credos, mas é
uma religião que segue a torá, interpretado como a orientação de Deus através das escrituras.

Os judeus vivem sob um pacto com Deus, segundo eles, não para benefício próprio, mas para o
benefício de todo o mundo. O grande estudioso do judaísmo Hillel (que viveu entre 70 a.C e
10d.C) resumiu assim o significado da religião: "Não faça a seu próximo aquilo que não gostaria
que fosse feito a você. Esse é o centro da lei judaica, o resto são meras observações".

Judeus e fé

Os judeus acreditam que os seres humanos foram feitos à semelhança de Deus. Obedecer a
"lei" é fazer a vontade de Deus e demonstrar respeito e amor por Deus. É por isso que judeus
religiosos seguem certas práticas espirituais sem precisar de razões extra-religiosas para
obedecer as regras.

Um exemplo para isso seria a obediência às leis gastronômicas do costume judaico. Todos os
judeus têm uma forte ligação com Israel, que seria a terra prometida por Deus a Abraão, e à
cidade considerada sagrada de Jerusalém.

Livros sagrados

A Torá, ou a Bíblia hebraica que é chamada pelos cristãos de Velho Testamento, reúne
especialmente os cinco primeiros livros da Bíblia cuja autoria é atribuída a Moisés, o chamado
Pentateuco. Pelo menos uma cópia da Torá, em hebraico, é guardada em cada sinagoga em
forma de pergaminho. O Talmud, um compêndio da lei e comentários sobre a Torá aplicando a
situações contemporâneas e circunstâncias variadas.
O símbolo do judaísmo é o magen chamado de estrela de Davi. Muitas pessoas se consideram
judias sem tomar parte em nenhuma das práticas religiosas ou até mesmo sem aceitar os
fundamentos do judaísmo, mas somente pelo fato de se identificarem com o povo judeu e por
seguirem os costumes gerais de um estilo de vida judaico.

Festivais

No judaísmo, o chanuká, o festival das luzes, é comemorado com a preparação de tradicionais


bolos de batata e muitas velas acesas. O chanuká é interpretado hoje em dia como um símbolo
da sobrevivência do povo judeu. Panquecas de batatas, Latkes, um dos pratos preferidos para
o Chanuká.

Em países cristãos onde o Natal é a festa mais importante no fim de ano, o chanuká tornou-se
uma espécie de equivalente judaico. É comum presentear as crianças nessa época.

Deus e o Messias

Os judeus acreditam na existência de somente um Deus que criou o universo e continua


responsável pela sua manutenção. Segundo o judaísmo, Deus sempre existiu e sempre vai
existir. Ele não pode ser visto ou tocado.

Entretanto, Deus pode ser conhecido através do louvor e se pode chegar mais perto de Deus
através de estudos e a prática da fé. Deus separou os judeus como povo escolhido para
servirem de exemplo para o resto da humanidade.

Deus deu a torá aos judeus como uma guia para obediência e uma vida santa que Ele quer que
os judeus tenham. Os judeus acreditam que "o Messias", que é uma pessoa especialmente
ungida por Deus, (o que significa particularmente enviada) um dia virá ao mundo. A chegada
do Messias vai trazer consigo uma era de paz.

Definição de Deus

Para o judaísmo, Deus existe e é somente um. Ele não pode ser dividido em diferentes
pessoas, como se crê no cristianismo. Entre os outros princípios dos judeus em relação a Deus,
estão:

- Judeus devem adorar somente um Deus e não outros deuses.


- Deus é transcendental, está acima de qualquer coisa.

- Deus não tem um corpo, ou seja não é masculino, nem feminino.

- Ele criou o universo sem ajuda.

- Deus é onipresente e onipotente.

- Deus é atemporal. Sempre existiu e sempre vai existir.

- Deus é justo, mas também é misericordioso.

- Ele é um Deus pessoal e acessível. Deus se interessa por cada um individualmente, ouve a
todos individualmente e fala com as pessoas das mais diferentes e surpreendentes formas.

Família

O judaísmo é uma religião da família. Os judeus se consideram parte de uma comunidade


global com laços estreitos com outros judeus. Grande parte da fé judaica é baseada nos
ensinamentos recebidos no lar e nas atividades em família.

A cerimônia de circuncisão, por exemplo, acontece no oitavo dia de vida de um bebê do sexo
masculino, seguindo assim as instruções que Deus deu a Abraão, 4 mil anos atrás. Um outro
exemplo é a refeição do sabat celebrada em família.

Os vários tipos de judaísmo

Os judeus estão divididos de acordo com suas práticas religiosas e origens étnicas. Há dois
grupos de judeus, um originário da Europa Central, conhecido como Askenazi, e outro com
raízes na Espanha e no Oriente Médio chamados de sefarditas.

As principais divisões baseadas na fé e na prática religiosas são: Judeus ortodoxos, "ultra-


ortodoxos" e conservadores.

Judeus ortodoxos acreditam que a torá e o talmud foram revelados por Deus diretamente ao
povo israelita. Por isso, eles consideram estas escrituras a palavra de Deus e a autoridade
máxima para estabelecer as diretrizes e tradições do judaísmo. Os judeus ortodoxos formam o
maior grupo na maioria dos países com exceção dos Estados Unidos.

Já os judeus ultra-ortodoxos obedecem estritamente as leis religiosas. Eles vivem em


comunidades separadas e seguem seus próprios costumes. De uma certa forma, eles vivem
isolados do mundo que os cerca. Os ultra-ortodoxos, um dos grupos que mais crescem entre
os judeus, preferem o nome ¿haredi¿, em vez de ultra-ortodoxos.

Os judeus conservadores se localizam em uma espécie de meio termo entre os ortodoxos e


judeus renovados ou reformados. Os conservadores também são conhecidos como masorti.

Judeus renovados e judaísmo humanístico

Os judeus renovados ou reformados adaptaram sua fé e costumes à vida moderna e


incorporaram as descobertas que estudiosos contemporâneos fizeram sobre os primeiros
judeus. O movimento da reforma começou no início do século 19, na Alemanha.

Esse grupo não considera a torá e o talmud como a palavra real de Deus, mas como escrituras
de seres humanos inspirados por Deus.

Judeus reformados

Esse grupo crê que os textos da torá e do talmud podem ser reinterpretados para adaptar-se a
tempos e espaços diferentes. Com base nesta leitura, homens e mulheres podem sentar juntos
em uma sinagoga reformada, ao contrário de uma sinagoga ortodoxa, onde seriam
segregados.

Mas há muitos elementos do judaísmo que são conservados como imutáveis pelos judeus
reformados, ainda que eles não observem outros preceitos básicos em outras áreas da
religião. Uma característica fundamental do judaísmo reformado é a justiça social, o que tem
levado muitos judeus reformados a liderar movimentos ativistas políticos.

Os judeus reformados formam o maior grupo de fiéis do judaísmo nos Estados Unidos, onde
também existe um movimento para resgatar as práticas tradicionais da adoração a Deus. O
judaísmo reformado também é forte na Grã-Bretanha, onde existe uma versão mais
tradicional que a praticada nos Estados Unidos. O equivalente britânico mais próximo do
judaísmo reformado é o movimento liberal.

A corrente reconstrucionista e judaísmo humanístico são movimentos modernos americanos


que não aceitam os elementos sobrenaturais encontrados em outros tipos de judaísmo.

Veja também:
Diferença entre o candomblé e a umbanda

RELIGIÃO

A umbanda e o candomblé são duas religiões nascidas no Brasil e que compartilham a mesma
matriz africana. Porém, existem muitas diferenças entre essas duas vertentes religiosas, tanto
históricas quanto teológicas.

Diferentemente das três grandes religiões monoteístas ocidentais (o cristianismo, o judaísmo e


o islamismo), a umbanda e o candomblé não possuem uma tradição escrita marcada por um
livro sagrado, como a bíblia, a torá e o corão. As religiões retratadas neste artigo possuem uma
origem comum, nos ritos africanos, e uma tradição marcada essencialmente pela oralidade e,
no caso do candomblé, pelo aprendizado religioso direto por meio da prática cotidiana da
religião no terreiro (local onde são realizados os rituais religiosos tanto da umbanda quanto do
candomblé).

A cruel escravização de povos africanos em terras brasileiras ocasionou a mistura de povos e


culturas diferentes. Em nosso país, fundiram-se a cultura, o sangue e os costumes de povos
nativos (indígenas), africanos e europeus. Os africanos trouxeram consigo a prática de cultos
religiosos comuns em todo o território africano destinados à gratidão e aos pedidos aos orixás.

Leia também: A origem dos terreiros de candomblé

O que são orixás?

Os orixás na mitologia africana são, em geral, divindades que ordenavam o mundo e estavam
presentes, de maneira imanente, nas forças da natureza. Nesse movimento surgiram a
umbanda, o candomblé (as duas principais religiões afro-brasileiras) e também outras
denominações, como a quimbanda e o xambá. Como mostraremos neste texto, apesar das
semelhanças entre as duas religiões por causa da mesma raiz, elas possuem grandes
diferenças.

Candomblé

O candomblé é mais antigo e está muito mais próximo dos ritos africanos, pois é uma junção
mais pura e direta dos diversos cultos africanos trazidos pelos negros escravizados. Estima-se
que surgiu na Bahia e espalhou-se, primeiramente, por terras nordestinas. Os rituais do
candomblé são muito mais parecidos com os rituais africanos, com batuques, danças e
oferendas. Como advém de povos diferentes, essa religião não é praticada de maneira única e
possui, ao menos, quatro denominações diferentes:

Ketu, de tradição yorubá, dos povos nagô;


Jeje, de tradição fon, dos povos jeje;

Bantu, de tradição bacongo, dos povos angolanos;

Caboclo, junção das entidades africanas e dos espíritos cultuados pelos povos indígenas;

Nos rituais do candomblé, são feitas oferendas (geralmente comidas típicas) para agradar aos
orixás, acompanhadas de batuques e dança. As batucadas e os cantos que acompanham a
música variam de acordo com a origem da denominação em prática no terreiro. Os ketus, por
exemplo, têm cantos entoados em yorubá (língua dos povos daquela etnia), enquanto os
bantus (angolanos) entoam cânticos em bantu bacongo.

No candomblé, não é comum a prática de incorporação ou da mediunidade. Os rituais em


terreiros são espécies de festas em oferta, com comida farta, música e dança, o que na crença
dessa religião atrai os espíritos ancestrais e os orixás. As pessoas presentes nesses rituais,
quando iniciadas na religião, entram em uma espécie de transe e dançam de acordo com os
seus orixás de cabeça (o orixá que guia a vida de cada pessoa). O sacerdócio nos terreiros de
candomblé é exercido pelo Babalorixá (caso seja um homem) ou pela Yalorixá (caso seja uma
mulher). Ao contrário da umbanda, os cultos dessa religião não utilizam drogas, como tabaco e
álcool.

A mitologia africana aponta, além dos orixás, a existência de um deus soberano, chamado de
Olódùmarè. Quanto aos orixás cultuados, a quantidade varia de acordo com o tipo de
candomblé. Em geral, há em torno de dezesseis ou vinte orixás, cada um com sua qualidade e
especificidade. Os candomblecistas acreditam na imortalidade da alma e na reencarnação.

Umbanda

Nascida no Brasil em 1908 por meio de um jovem chamado Zélio Fernandino de Moraes, a
umbanda (palavra originada do dialeto quimbunda que significa curandeirismo ou arte da
cura) é uma religião afro-brasileira que sincretiza elementos dos cultos africanos com
elementos das religiões indígenas, do catolicismo e do espiritismo kardecista.

Conta a história que Zélio Fernandino começou a apresentar um comportamento estranho, no


qual parecia imitar um velho dizendo palavras ininteligíveis. Preocupados com o jovem, seus
familiares levaram-no ao médico, que recomendou a visita a um padre. A família, porém,
levou-o a um centro espírita, onde foi detectada a incorporação de um espírito que se
autodenominava o Caboclo das Sete Encruzilhadas. A partir daí, o espírito começou a dar
instruções sobre o que deveria ser feito, dando início à prática da umbanda.
Por ser uma religião sincrética, a umbanda acredita na existência de um deus soberano
chamado Olorum (equivalente a Olódùmarè), mantém uma relação de crença em relação aos
orixás, porém diferente da crença candomblecista. Acredita na imortalidade da alma, na
reencarnação e no carma, além de cultuar entidades, que seriam espíritos mais experientes
que guiam as pessoas.

A figura dos orixás aparece para os umbandistas como uma energia natural que é acessada
pelos espíritos guias (as entidades) e passada por meio desses espíritos às pessoas. Um dos
principais marcos cristãos presentes na umbanda, herdado do catolicismo e do espiritismo
kardecista, é a prática da caridade. Na umbanda, somente quem pratica a caridade
incondicionalmente é capaz de evoluir o seu espírito.

Os umbandistas, em seus rituais, tocam batuques e cantam cânticos sagrados em português,


além de receberem incorporações (por meio dos médiuns) das entidades, que têm o poder de
curar, aconselhar, avaliar e modificar a vida das pessoas. Por ser uma religião de crença
bastante imanente, os espíritos ou entidades têm uma ligação muito forte com a vida terrena,
por isso, apresentam predileção por vícios, como fumo de cachimbo, charuto, cigarros e álcool,
para realizarem o que chamam de trabalho (a incorporação no terreiro durante o ritual). O
sacerdócio em terreiros de umbanda é exercido pelo Pai de Santo (caso seja homem) ou pela
Mãe de Santo (caso seja mulher).

A umbanda também não é composta por uma vertente única. Após a sua disseminação por
meio do médium Zélio Fernandino, várias vertentes diferentes começaram a aparecer. Em
1939, foi fundada a União Espírita de Umbanda do Brasil (UEUB), que institucionalizou essa
religião, tornando-a mais consolidada teologicamente que o candomblé. A partir de então, a
UEUB passa a organizar congressos de umbanda no Brasil, o que estimula o estudo e o
fortalecimento da doutrina umbandista.

Na umbanda, são cultuados nove orixás (Oxalá, Ogum, Oxossi, Xangô, Iemanjá, Oxum, Iansã,
Nana Buruquê e Obaluaê/Omulú. Esses orixás representam as chamadas sete linhas da
umbanda e, como foi dito, não há nos rituais um trabalho direto com os orixás, mas sim com
as entidades, que são espíritos classificados de acordo com suas características, da seguinte
maneira:

Exus e Pombagiras: são mensageiros dos orixás (exu é o masculino, e pombagira, o feminino) –
há um equívoco na interpretação dessas entidades, pois algumas tradições cristãs associaram-
nas ao demônio. O candomblé também trata Exu de maneira diferente, pois, em sua crença,
Exu é um orixá, e não uma entidade;

Caboclos: espíritos de índios, tanto guerreiros quanto curandeiros (pajés);


Preto-velho e preta-velha: espíritos de escravos e escravas brasileiros, velhos e sábios;

Erês (crianças): espíritos de crianças, puros e alegres, mas também dotados de alguma
sabedoria;

Baianos, marinheiros, malandros e boiadeiros: são entidades das chamadas linhas auxiliares,
por algumas vertentes, ou de linhas regionais (a umbanda sofre diferenças de acordo com a
localidade em que o terreiro está situado).

Relação dos orixás com os santos católicos

Os orixás, cultuados tanto na umbanda quanto no candomblé, foram associados por adeptos
dessas duas religiões aos santos católicos. Isso porque durante, o período colonial, quando os
primeiros africanos foram raptados e trazidos para terras brasileiras como escravos, a religião
oficial da colônia era o catolicismo e qualquer ritual pagão era duramente coibido. Para
cultuarem seus orixás, os africanos foram aprendendo a disfarçar seus rituais, criando um
código onde cada orixá fosse representado por um ou mais santos do catolicismo. Assim,
Iemanjá, por exemplo, era representada por Nossa Senhora da Conceição; Xangô, por São
João; Ogum, por São Jorge; Oxalá, por Jesus etc.

Conclusões

A umbanda e o candomblé não são religiões puramente africanas, mas de matriz africana e
fundadas no Brasil. Apesar de uma raiz em comum, o candomblé está mais próximo dos cultos
africanos, por ter sido mais preservado, não se misturando tanto com outras religiões.

Nos ritos do candomblé, são celebradas as energias trazidas pelos orixás, que provocam um
efeito de transe nos adeptos dessa religião, que dançam em meio a cantos, batuques e comida
oferecida aos orixás.

Já a umbanda misturou, de maneira mais visível, catolicismo, espiritismo e o candomblé,


fundando uma doutrina baseada em ideais dessas três religiões distintas. Por ter sido mais
difundida, a umbanda consolidou-se melhor enquanto doutrina e instituição religiosa, o que a
fortaleceu no Brasil.

Por Francisco Porfírio

Graduado em Filosofia
Os escravos desenvolveram um sistema que associou cada orixá a um santo católico. São
Jorge, por exemplo, corresponde a Ogum

PORFíRIO, Francisco. "Diferença entre o candomblé e a umbanda"; Brasil Escola. Disponível


em: https://brasilescola.uol.com.br/religiao/diferenca-entre-candomble-umbanda.htm. Acesso
em 07 de dezembro de 2020. A Umbanda - A história, origem e giras

Conheça a origem da umbanda, a história da religião e as giras de umbanda dentro do ritual,


sua data e muito mais.

A oficialização da Umbanda em 1908 e um pouco mais da história recente da religião.

O que é a umbanda?

Se você não conhece a Umbanda, esse texto vai te ajudar a entender um pouco sobre essa
religião genuinamente brasileira.

As tradições de vestir branco no Ano-Novo, pular sete ondas e depositar flores no mar têm
tudo a ver com essa religião. Se você já fez alguma dessas coisas, você já praticou um
pouquinho de Umbanda.

É a religião dos Pretos Velhos, Caboclos, entre outras falanges de espíritos de luz que através
de seus médiuns vestidos de branco e pés descalços, realizam atendimentos espirituais
regados a boas conversas, conselhos, benzimentos e os famosos passes mediúnicos.

Essas falanges trabalham no dia de suas giras e geralmente esses espíritos representam um
Orixá.

Os Orixás são como os santos da igreja católica, inclusive existe um sincretismo entre eles,
Ogum é São Jorge, Xangô é São Jeronimo, e assim por diante.

Deus para os umbandistas é um só, e o nome dele pode ser Nzambi, Olorum, Tupã, Deus, God,
dependendo da língua que você fala.

Além de monoteísta a umbanda é cristã pois recebeu influência do Catolicismo romano e do


Kardecismo francês, além do Candomblé africano e das crenças indígenas tupiniquins.
Seus adeptos acreditam na vida espiritual após a morte, na reencarnação e na lei do carma.
Praticam a caridade dentro e fora dos terreiros e não cobram absolutamente nada por seus
trabalhos religiosos. Qualquer coisa diferente disso, acredite, não é Umbanda.

A Umbanda não pratica sacrifício de animais e toma a natureza como sagrada, protegendo-a
desde muito antes do assunto "ecologia" ser tão atual.

Em tempo, "Macumba" é apenas um instrumento musical africano.

A Origem da Umbanda (Bantu/Ameríndia)

Uma religião espiritualista, cristã, monoteísta e 100% brasileira.

Podemos começar explicando porque se diz que a Umbanda é brasileira se possui tantos
elementos vindos de outros lugares como, por exemplo, a África.

O brasileiro (individuo nascido no Brasil) também traz traços e influências de nossos


antepassados e esses eram africanos, europeus e indígenas. A brasileira umbanda é
exatamente isso.

A religião, oficializada em 1908 (ano da primeira tenda registada em cartório com o termo
"Umbanda") teve suas origens muito antes disso.

É difícil traçar com exatidão um paralelo entre as diversas histórias que poderiam ser
consideradas como a verdade sobre o surgimento da Umbanda. A maior Influência foi africana,
mas também recebeu influências europeias, quer seja do francês Kardecismo ou da romana
igreja católica, entre outras que aportaram aqui no país depois do descobrimento.

O mais importante é lembrar que chegaram "apenas" depois de 1500, e que antes disso já
viviam por aqui os índios, que já possuíam suas próprias crenças, a maioria das tribos e etnias
já acreditavam na existência da vida após a morte e na comunicação com os espíritos.

Esses índios tiveram contato com os primeiros africanos escravizados, o povo bantu.

O povo bantu começou a chegar do sul da África, mais precisamente da região de Angola a
partir de 1560, (diferente dos nagôs, povo Iorubá, que aportou por aqui a partir de 1800
vindos do norte, região da Nigéria).

Esses escravos bantus acreditavam na incorporação e comunicação de eguns (espíritos de


antepassados desencarnados), assim como nossos índios tupiniquins.
Porém, se na Umbanda, chamamos nossos Orixás de "Orixás" e não de Voduns ou Inquices, se
nosso Orixá do Trovão é Xangô e não Quevioso ou Nzazi, estamos falando na língua Iorubá,
que é a língua na nação Ketu/Nagô, e este é sem dúvida o culto de nação do qual mais
herdamos elementos na nossa liturgia, a exemplo da própria teogonia.

Isso porque, como já dissemos, o povo nagô, que fala iorubá, chegou aqui no Brasil em uma
época bem diferente do povo bantu. Foi por volta de 1800, portanto, já no século onde se
chegaria à Lei Áurea. Com isso, foi um povo que teve menos dificuldade para se organizar e
preservar melhor sua língua e cultura que acabou se tornando a língua do axé afro-brasileiro
de um modo geral.

Mas os Iorubás não acreditam na comunicação com os eguns, os Bantu e os índios brasileiros
sim, os Iorubás acreditam que somente o Orixá incorpora e somente o contato com estes é
benéfico, enquanto os Bantu e os Índios brasileiros acreditam que espíritos de nossos
antepassados também podem se comunicar pelos meios do transe.

Neste caso, podemos afirmar que somos mais parecidos com o povo Bantu, ou melhor
dizendo, que a origem da Umbanda se deu do encontro do escravo Bantu com o índio nativo,
este último já catequizado pelos portugueses, portanto meio "acaboclado" como se dizia na
época, e desse encontro cultos populares que misturavam santos católicos, crenças indígenas
e práticas africanas foram aparecendo.

O catimbó nordestino, a jurema dos mestres, os batuques cariocas e sulistas, são exemplos do
resultado desse encontro.

Podemos dizer que o candomblé ketu/nagô dos iorubás ficou preservado e repete no Brasil a
forma como se cultuava na África. Já a crença dos escravos bantu quase se perderam, ou
melhor, se misturaram com as crenças de nossos índios/caboclos mais ou menos convertidos
ao cristianismo, dando origem aos primeiros cultos que futuramente se conheceria como a
grande religião popular e 100% brasileira chamada Umbanda.

A própria palavra Umbanda ou "embanda" são oriundos da língua quimbunda de Angola,


significando "magia", "arte de curar" Também era conhecida a palavra "mbanda" significando
"a arte de curar" ou "o culto pelo qual o sacerdote curava", sendo que "mbanda" quer dizer "o
Além, onde moram os espíritos".

As Giras de Umbanda

As divisões dos mensageiros em diversos grupos, vibrações, regências, que os diferenciam.


Falar das giras de umbanda é falar da essência do nosso ritual, do que diferencia a Umbanda
de todas as outras religiões e a torna uma cultura única e singular, apesar de todas as
influências que ajudaram a compor seus postulados.

Não estou falando das linhas da umbanda, que são 7 (sete), e sim das Giras que aparecem em
maior número no ritual umbandista e, claro, todas elas estão ligadas a uma destas 7 linhas da
Umbanda, assim como cada gira pode estar ligada a um determinado Orixá, ainda que não seja
a manifestação do próprio Orixá, e sim de seus mensageiros.

As giras de Umbanda são as divisões destes mensageiros em diversos grupos, vibrações,


regências, que os diferenciam.

As Giras de Umbanda são as diferentes falanges de Espíritos de Luz, que trabalham juntos em
uma vibração específica, facilmente identificada nos trejeitos e modo de trabalho destas
entidades.

São os Baianos, os Caboclos, os Pretos Velhos, os Boiadeiros, os Erês, os Marinheiros, os Exus,


dentre tantas outras manifestações mágicas de grupos gigantescos que trabalham juntos, quer
seja por pura afinidade, ou por se encaixarem naquela vibração para o melhor cumprimento
de suas missões com os encarnados.

Na prática, são os diferentes "trabalhos" de Umbanda. Chamamos de "trabalho" o ritual


periódico de atendimento onde médiuns incorporados destes guias de luz auxiliam as pessoas
que a eles recorrem. E estes guias de luz se dividem nestes grupos.

Chegado o dia deste trabalho, é chegada a hora de uma destas giras acontecerem, ou seja, em
cada trabalho uma destas falanges, um destes grupos de entidades interligados por uma
mesma vibração, cumprirá seu papel de caridade.

No Barracão de Pai José de Aruanda, se realizam as seguintes Giras de Umbanda:

Pretos e Pretas Velhas

Caboclos de Oxossi

Mensageiros de Xangô

Mensageiros de Ogum

Baianos

Erês/Crianças

Linha d`Água (mensageiras de Iemanjá, Iansã, Nanã e Oxum)

Boiadeiros
Marinheiros

Ciganos

Gira do Seu Zé

Exus e Pombagiras

Exu-mirim

Saiba mais sobre cada uma das giras de umbanda

O CULTO DA UMBANDA

Religião brasileira iniciada no século XX

A Umbanda surgiu no Brasil no final do século XIX e tinha como base os cultos praticados pelos
índios, negros, brancos. O movimento ganhou força em 1908, quando o médium Zélio
Fernandino de Moraes organizou a cresça e registrou em cartório a primeira Tenda
Umbandista. A Umbanda é considerada uma religião brasileira e mistura elementos do
candomblé, espiritismo e catolicismo.

O culto sofreu e ainda sofre grande discriminação de grupos conservadores que a reprime
violentamente. Para que fosse legitimada, a Umbanda tentou se desligar das influências
africanas e se aproximou das religiões neopentecostais. Atualmente, ela é considerada
patrimônio imaterial pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH).

História da Umbanda

Os primeiros aspectos da Umbanda apareceram no final do século XIX. Nesta época, entidades
espirituais realizavam incorporações na forma de crianças, índios (Caboclos) e Pais-Velhos que
traziam mensagens dos povos ancestrais. O sincretismo permitiu que santos católicos fossem
incorporados ao culto umbandista.

No início do século XX, aparece a importante figura de Zélio Fernandino de Moraes. Aos 17
anos, Zélio estava prestes a ingressar na Marinha do Brasil, mas sofreu uma paralisia na qual
nem os médicos conseguiram ajudar. Certo dia acordou curado e andou normalmente. Nem os
médicos nem os padres da Igreja Católica conseguiram explicar o fato. Zélio resolveu, então,
fazer uma visita à Federação Espírita do Estado do Rio de Janeiro e lá ele recebeu a entidade
do Caboclo das Sete Encruzilhadas. A partir de então, o médium fundou a Umbanda.
A primeira casa umbandista foi criada em 16 de novembro de 1908 e era a Tenda Espírita
Nossa Senhora da Piedade. Por orientação do Caboclo das Sete Encruzilhadas, Zélio fundou
outras setes tendas em 1918. Foram elas:

• Tenda Nossa Senhora da Guia;

• Tenda Nossa Senhora da Conceição;

• Tenda Santa Bárbara;

• Tenda São Pedro;

• Tenda Oxalá;

• Tenda São Jorge;

• Tenda São Jerônimo.

Umbanda mistura crenças de outras religiões. (Imagem: Ministério da Cultura)

Principais aspectos da religião

A palavra Umbanda tem origem na língua quimbunda de Angola e significa "magia" ou "arte de
curar". Após a realização do I Congresso Brasileiro de Espiritismo de Umbanda (1941), o termo
foi remetido à ideia de "aum" e "bhanda", correspondente a "limite no ilimitado".

A religião umbandista agrega aspectos de diversas outras crenças como o candomblé, o


catolicismo, o espiritismo e outras religiões. Apresenta ainda vertentes tradicionais, mista,
esotérica, astrológica, sagrada. Apesar dessas vários ramos, todas elas se baseiam em
princípios comuns que são a fé em orixás, a reencarnação, imortalidade da alma, crença em
espíritos, nos antepassados e em um deus nomeado Olorum.
Algumas das celebrações são realizadas em áreas abertas e perto da natureza, como
cachoeira, praia. Os rituais são realizados em barracão, casas, ou terreiros. Cada terreiro possui
seis partes principais:

• Assentamento;

• Peji;

• Congá;

• Roncó;

• Porteira (ou tronqueira);

• Cruzamento das almas.

As entidades

As entidades da Umbanda são organizadas em linhas. Elas são compostas a partir de sua
composição étnica. Observe:

• Pretos velhos: são os espíritos dos escravos brasileiros;

• Caboclos: são os espíritos indígenas, como aquele que incorporou em Zélio;

• Exu: espírito transmissor das mensagens e é a entidade mais próxima dos humanos e
praticam o bem;

• Pombajiras: representante feminina de Exu. São representadas como damas da noite,


feiticeira, dançarina.

Rituais da Umbanda
Os rituais da Umbanda são realizados com o objetivo de invocar os espíritos e orixás
ancestrais. Os ritos podem variar de casa para casa e estão sujeitos às decisões dos Pai-de-
santo e das entidades protetoras do terreiro. As práticas incluem símbolos, ações, gestos.
Conheça agora alguns deles:

• Oferenda: é o ato de ofertar comida, bebida e objetos para os oriás no intuito de agradecer.
As oferendas são normalmente colocadas nos terreiros ou lugares públicos;

• Passe: é o ritual de "imposição de mãos". Ato de canalizar com as mãos a energia vital para a
cura. É também usada no espiritismo;

• Batismo: assim como nas outras religiões, é o ato de iniciação. É realizada pelo líder,
Babalorixá ou Yalorixá;

• Giras: são as sessões em que se reúnem os espíritos de várias categorias. Os encontros


podem ser de trabalho, festivas e treinamento;

• Defumação: também chamado de fumagem, é a purificação da casa ou terreiros por meio de


ervas aromáticas;

• Pontos cantados: são as músicas e atos de louvor para agradecer e invocar entidades;

• Pontos riscados: são os diagramas ou desenhos pintados no chão e que representam a


assinatura do guia;

• Descarrego: atos de limpeza espiritual e purificação contra a negatividade. Pode ser realizado
com banho de ervas e outros rituais.

Hino da Umbanda

O Hino da Umbanda é um cântico criado por José Manoel Alves e Dalmo da Trindade Reis em
1961. Tornou-se oficial no 2º Congresso Brasileiro de Umbanda (1961). Leia a canção:
Refletiu a luz divina

Em todo seu esplendor

É do Reino de Oxalá

Onde há paz e amor.

Luz que refletiu na Terra

Luz que refletiu no Mar

Luz que veio de Aruanda

Para tudo iluminar

Umbanda é paz e amor

Um mundo cheio de luz

É a força que nos dá vida

E a grandeza nos conduz.

Avante filhos de fé

Como a nossa lei não há

Levando ao mundo inteiro

A bandeira de Oxalá.

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