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RELIGIÕES E SEITAS ORIENTAIS

JUDAÍSMO
FUNDADOR:
Abraão (Gn 12.1-3), cerca de 2000 a.C. no Oriente
Médio. Existem três ramos principais do Judaísmo:
ortodoxo, conservador e reformado, cada um com
suas crenças.

ESCRITURAS:
O Tanach (Antigo Testamento), especialmente a
Toráh (primeiros cinco livros do Antigo Testamento).
O Talmude (explicação do Tanach). As Escrituras dos sábios, tais como, Maimónides,
Rashi etc.

DEUS:
Deus é Espírito. Para os judeus ortodoxos, Deus é pessoal, Todo Poderoso, Eterno,
Misericordioso. Para outros judeus, Deus é impessoal, incognoscível e definido de
muitas maneiras. Não há Trindade.

JESUS:
Jesus é visto como um falso messias extremista ou como um bom rabi (mestre), que
foi martirizado. Muitos judeus desconsideram Jesus. Os judeus (exceto os judeus
messiânicos) não crêem que ele foi o Messias, o Filho de Deus que ressuscitou dentre
os mortos. Os judeus ortodoxos crêem que o Messias vai restaurar o reino judaico e
governará finalmente o mundo.

ESPÍRITO SANTO:
Alguns judeus crêem que o Espírito Santo é um outro nome para a atividade de Deus
na terra. Outros dizem que é o amor de Deus.

SALVAÇÃO:
Alguns judeus crêem que a oração, o arrependimento e obediência a Lei são
necessários para salvação. Outros crêem que a salvação seja o aperfeiçoamento da
sociedade.

MORTE:
Haverá ressurreição física. Os obedientes viverão para sempre com Deus e os injustos
sofrerão. Alguns judeus não crêem em vida consciente após a morte.

OUTRAS CARACTERÍSTICAS:
Reúnem-se nas sinagogas no sábado. Praticam a circuncisão. Vários dias santos e
festivos, incluindo a Páscoa, Sukot, Janucá, Rosh Roshaná, Yom Kippur, Purim.
Jerusalém é considerada a cidade santa.
(Extraído da Bíblia Apologética - Clique aqui para adquirí-la)
BUDISMO

Introdução ao Budismo

Sistema ético, religioso e filosófico fundado pelo príncipe


hindu Sidarta Gautama (563-483 a.C.), ou Buda, por volta
do século VI. O relato da vida de Buda está cheia de
fatos reais e lendas, as quais são difíceis de serem
distinguidas historicamente entre si.

O príncipe Sidarta nasceu na cidade de Lumbini, em um


clã de nobres e viveu nas montanhas do Himalaia, entre
Índia e Nepal. Seu pai, era um regente e sua mãe, Maya,
morreu quando este tinha uma semana de vida. Apesar
de viver confinado dentro de um palácio, Sidarta se
casou aos 16 anos com a princesa Yasodharma e teve um filho, o qual chamou-o de
Rahula.

História do Budismo

Aos 29 anos, resolveu sair de casa, e chocado com a doença, com a velhice e a com
morte, partiu em busca de uma resposta para o sofrimento humano. Juntou-se a um
grupo de ascetas e passou seis anos jejuando e meditando. Durante muitos dias, sua
única refeição era um grão de arroz por dia. Após esse período, cansado dos ensinos
do Hinduísmo e sem encontrar as respostas que procurava, separou-se do grupo.
Depois de sete dias sentado debaixo de uma figueira, diz ele ter conseguido a
iluminação, a revelação das Quatro Verdades. Ao relatar sua experiência, seus cinco
amigos o denominaram de Buda (iluminado, em sânscrito) e assim passou a pregar
sua doutrina pela Índia. Todos aqueles que estavam desilusionados pela crença hindu,
principalmente os da casta baixa, deram ouvido a esta nova faceta de Satanás. Como
todos os outros fundadores religiosos, Buda foi deificado pelos seus discípulos, após
sua morte com 80 anos.

Prática de Fé do Budismo

O Budismo consiste no ensinamento de como superar o sofrimento e atingir o nirvana


(estado total de paz e plenitude) por meio da disciplina mental e de uma forma correta
de vida. Também creêm na lei do carma, segundo a qual, as ações de uma pessoa
determinam sua condição na vida futura. A doutrina é baseada nas Quatro Grandes
Verdades de Buda:

A existência implica a dor -- O nascimento, a idade, a morte e os desejos são


sofrimentos.

A origem da dor é o desejo e o afeto -- As pessoas buscam prazeres que não


duram muito tempo e buscam alegria que leva a mais sofrimento.

O fim da dor -- só é possível com o fim do desejo.

A Quarta Verdade -- se prega que a superação da dor só pode ser alcançada


através de oito passos:
Compreensão correta: a pessoa deve aceitar as Quatro Verdades e os oito passos
de Buda.

Pensamento correto: A pessoa deve renunciar todo prazer através dos sentidos e o
pensamento mal.

Linguagem correta: A pessoa não deve mentir, enganar ou abusar de ninguém.

Comportamento correto: A pessoa não deve destruir nenhuma criatura, ou cometer


atos ilegais.

Modo de vida correto: O modo de vida não deve trazer prejuízo a nada ou a
ninguém.

Esforço correto: A pessoa deve evitar qualquer mal hábito e desfazer de qualquer um
que o possua.

Desígnio correto: A pessoa deve observar, estar alerta, livre de desejo e da dor.

Meditação correta: Ao abandonar todos os prazeres sensuais, as más qualidades,


alegrias e dores, a pessoa deve entrar nos quatro gráus da meditação, que são
produzidos pela concentração.

Missões do Budismo

Um dos grandes generais hindus, Asoka, depois do ano 273 a.C., ficou tão
impressionado com os ensinos de Buda, que enviou missionários para todo o
subcontinente indiano, espalhando essa religião também na China, Afeganistão,
Tibete, Nepal, Coréia, Japão e até a Síria. Essa facção do Budismo tornou-se popular
e conhecida como Mahayana. A tradicional, ensinado na India, é chamado de
Teravada.

O Budismo Teravada possui três grupos de escrituras consideradas sagradas,


conhecidas como “Os Três Cestos” ou Tripitaka:

 O primeiro, Vinaya Pitaka (Cesto da Disciplina), contêm regras para a alta


classe.

 O segundo, Sutta Pitaka (Cesto do Ensino), contêm os ensinos de Buda.

 O terceiro, Abidhamma Pitaka (Cesto da Metafísica), contêm a Teologia


Budista.

O Budismo cpmeçou a ter menos predominância na Índia desde a invasão muçulmana


no século XIII. Hoje, existem mais de 300 milhões de adeptos em todo o mundo,
principalmente no Sri Lanka, Mianmá, Laos, Tailândia, Camboja, Tibete, Nepal, Japão
e China. Ramifica-se em várias escolas, sendo as mais antigas o Budismo Tibetano e
o Zen-Budismo. O maior templo budista se encontra na cidade de Rangoon, em
Burma, o qual possui 3,500 imagens de Buda.
Teologia do Budismo

A divindade: não existe nenhum Deus absoluto ou pessoal. A existência do mal e do


sofrimento é uma refutação da crença em Deus. Os que querem ser iluminados,
necessitam seguir seus próprios caminhos espirituais e transcendentais.

Antropologia: o homem não tem nenhum valor e sua existência é temporária.

Salvação: as forças do universo procurarão meios para que todos os homens sejam
iluminados (salvos).

A alma do homem: a reencarnação é um ciclo doloroso, porque a vida se caracteriza


em transições. Todas as criaturas são ficções.

O caminho: o impedimento para a iluminação é a ignorância. Deve-se combater a


ignorância lendo e estudando.

Posição ética: existem cinco preceitos a serem seguidos no Budismo:

proibição de matar
proibição de roubar
 proibição de ter relações sexuais ilícitas
 proibição do falso testemunho
 proibição do uso de drogas e álcool

No Budismo a pessoa pode meditar em sua respiração, nas suas atitudes ou em um


objeto qualquer. Em todos os casos, o propósito é se livrar dos desejos e da
consciência do seu interior.

Verdades Bíblicas

Deus: Cremos em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas distintas, o


Pai, o Filho e o Espírito Santo, Dt 6.24; Mt 28.19; Mc 12.29.

Jesus: Cremos no nascimento virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória,


em sua ressurreição corporal de entre os mortos, e em sua ascensão gloriosa aos
céus, Is 7.14; Lc 1.26-31; 24.4-7; At 1.9.

Espírito Santo: Cremos no Espírito Santo como terceira pessoa da Trindade, como
Consolador e o que convence o homem do pecado, justiça e do juízo vindouro.
Cremos no batismo no Espírito Santo, que nos é ministrado por Jesus, com a
evidência de falar em outras línguas, e na atualidade dos nove dons espirituais, Jl
2.28; At 2.4; 1.8; Mt 3.11; I Co 12.1-12.

Homem: Cremos na na criação do ser humano, iguais em méritos e opostos em sexo;


perfeitos na sua natureza física, psíquica e espiritual; que responde ao mundo em que
vive e ao seu criador através dos seus atributos fisiológicos, naturais e morais,
inerentes a sua própria pessoa; e que o pecado o destituiu da posição primática diante
de Deus, tornando-o depravado moralmente, morto espiritualmente e condenado a
perdição eterna, Gn 1.27; 2.20,24; 3.6; Is 59.2; Rm 5.12; Ef 2.1-3.
Bíblia: Cremos na inspiração verbal e divina da Bíblia Sagrada, única regra infalível de
fé para a vida e o caráter do cristão, II Tm 3.14-17; II Pe 1.21.

Pecado: Cremos na pecaminosidade do homem, que o destituiu da glória de Deus, e


que somente através do arrependimento dos seus pecados e a fé na obra expiatória
de Jesus o pode restaurar a Deus, Rm 3.23; At 3.19; Rm 10.9.

Céu e Inferno: Cremos no juízo vindouro, que condenará os infiéis e terminará a


dispensação física do ser humano. Cremos no novo céu, na nova terra, na vida eterna
de gozo para os fiéis e na condenação eterna para os infiéis, Mt 25.46; II Pe 3.13; Ap
21.22; 19.20; Dn 12.2; Mc 9.43-48.

Salvação: Cremos no perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita, e na


eterna justificação da alma, recebida gratutitamente, de Deus, através de Jesus, At
10.43; Rm 10.13; Hb 7.25; 5.9; Jo 3.16.

(Extraído da Internet)

HINDUÍSMO

Introdução ao Hinduísmo

Denominação do conjunto de princípios, doutrinas e


práticas religiosas que surgiram na India, a partir de 2000
a.C. O termo é ocidental e é conhecido pelos seguidores
como Sanatana Dharma, do sânscrito (língua original da
India), que significa "a ordem permanente". Está
fundamentado nos quatro livros dos Vedas (conhecimento),
um conjunto de textos sagrados compostos de hinos e
ritos, no Século X, denominados de Rigveda, Samaveda,
Yajurveda e Artharvaveda. Estes quatro volumes são
divididos em duas partes: a porção do trabalho (rituais politeístas) e a porção do
conhecimento (especulações filosóficas), também chamada de Vedanta . A tradição
védica surgiu com os primeiros árias, povo de origem indo-européia (os mesmos que
desenvolveram a cultura grega) que se estabeleceram nos vales dos rios Indo e
Ganges, por volta de 1500 a.C.

História do Hinduísmo

Segundo ensina o hinduísmo, os Vedas contêm as verdades eternas reveladas pelos


deuses e a ordem (dharma) que rege os seres e as coisas, organizando-os em castas.
Cada casta possui seus próprios direitos e deveres espirituais e sociais. A posição do
homem em determinada casta é definida pelo seu carma (conjunto de suas ações em
vidas anteriores). A casta à qual pertence um indivíduo indica o seu status espiritual. O
objetivo é superar o ciclo de reencarnações (samsara), atingindo assim, o nirvana, a
sabedoria resultante do conhecimento de si mesmo e de todo o Universo. O caminho
para o nirvana, segundo ensina o hinduísmo, passa pelo ascetismo (doutrina que
desvaloriza os aspectos corpóreos e sensíveis do homem), pelas práticas religiosas,
pelas orações e pela ioga. Assim a pessoa alcança a “salvação”, escapando dos ciclos
da reencarnação.

Prática de Fé do Hinduísmo

Nos cultos védicos, os pedidos mais solicitados aos deuses são vida longa, bens
materiais e filhos homens. São várias as divindades. Agni é o pai dos homens, deus
do fogo e do lar. Indra rege a guerra. Varuna é o deus supremo, rei do universo, dos
deuses e dos homens. Ushas é a deusa da aurora; Surya e Vishnu, regentes do sol;
Rudra e Shiva, da tempestade. Animais como a vaca, rato, e serpentes, são adorados
por serem possivelmente, a reencarnação de alguns dos familiares. Existe três vezes
mais ratos que a população do país, os quais destroem um quarto de toda a colheita
da nação. O rio Ganges é considerado sagrado, no qual, milhares de pessoas se
banham diariamente, afim de se purificar. Muitas mães afogam seus filhos recém-
nascidos, como sacrifício aos deuses.

Sacerdócio do Hinduísmo

Os brâmanes (sacerdotes) criaram o sistema de castas, que se tornou a principal


instituição da sociedade indiana. Sem abandonar as divindades registradas nos
Vedas, estabeleceram Brahma como o deus principal e o princípio criador. Ele faz
parte da Trimurti, a tríade divina completada por Shiva e Vishnu. De acordo com a
tradição, Brahma teve quatro filhos que formaram as quatro castas originais:
brâmanes (saídos dos lábios de Brahma), são os sacerdotes considerados puros e
privilegiados; os xátrias (originários dos braços de Brahma), são os guerreiros; os
vaicias (oriundos das pernas de Brahma), são os lavradores, comerciantes e
artesãos; e sudras (saídos dos pés de Brahma), são os servos e escravos. Os párias
são pessoas que não pertencem a nenhuma casta, por terem desobedecido leis
religiosas. Estes não podem viver nas cidades, ler os livros sagrados nem se
banharem no Rio Ganges.

As características principais do hinduísmo são o politeísmo, ioga, meditação e a


reencarnação. Estima-se que atualmente existam mais de 660 milhões de adeptos em
todo o mundo, com um panteão de 33 milhões de deuses e 200 milhões de vacas
sagradas. Todo gado existente na India, alimentaria sua população por cinco anos,
entretanto, a fome é devastadora no país por causa da idolatria.

Teologia do Hinduísmo

Tudo é deus, deus é tudo: o hinduísmo ensina, como no Panteísmo, que o homem
está unido com a natureza e com o universo. O universo é deus, e estando unido ao
universo, todos são deuses. Ensina também que este mesmo deus, é impessoal.
Muitos deuses adorados pelos hindus são amorais e imorais.

O mundo físico é uma ilusão: no mundo tridimensional, designada de maya, o


homem e sua personalidade não passa de um sonho. Para se ver livre dos
sofrimentos (pagamento daquilo que foi feito na encarnação passada), a pessoa deve
ficar livre da ilusão da existência pessoal e física. Através da ioga e meditação
transcedental, a pessoa pode transceder este mundo de ilusões e atingir a iluminação,
a liberação final. O hinduísmo ensina que a ioga é um processo de oito passos, os
quais levam a culminação da pessoa transcender ao universo impessoal, no qual o
praticante perde o senso de existência individual.

A lei do carma: o bem e o mal que a pessoa faz, determinará como ela virá na
próxima reencarnação. A maior esperança de um hinduísta é chegar no estágio de se
transformar no inexistente. Vir ser parte deste deus impessoal, do universo.

Verdades Bíblicas

Deus: Cremos em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas distintas, o


Pai, o Filho e o Espírito Santo, Dt 6.24; Mt 28.19; Mc 12.29.

Jesus: Cremos no nascimento virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória,


em sua ressurreição corporal de entre os mortos, e em sua ascensão gloriosa aos
céus, Is 7.14; Lc 1.26-31; 24.4-7; At 1.9.

Espírito Santo: Cremos no Espírito Santo como terceira pessoa da Trindade, como
Consolador e o que convence o homem do pecado, justiça e do juízo vindouro.
Cremos no batismo no Espírito Santo, que nos é ministrado por Jesus, com a
evidência de falar em outras línguas, e na atualidade dos nove dons espirituais, Jl
2.28; At 2.4; 1.8; Mt 3.11; I Co 12.1-12.

Homem: Cremos na na criação do ser humano, iguais em méritos e opostos em sexo;


perfeitos na sua natureza física, psíquica e espiritual; que responde ao mundo em que
vive e ao seu criador através dos seus atributos fisiológicos, naturais e morais,
inerentes a sua própria pessoa; e que o pecado o destituiu da posição primática diante
de Deus, tornando-o depravado moralmente, morto espiritualmente e condenado a
perdição eterna, Gn 1.27; 2.20,24; 3.6; Is 59.2; Rm 5.12; Ef 2.1-3.

Bíblia: Cremos na inspiração verbal e divina da Bíblia Sagrada, única regra infalível de
fé para a vida e o caráter do cristão, II Tm 3.14-17; II Pe 1.21.

Pecado: Cremos na pecaminosidade do homem, que o destituiu da glória de Deus, e


que somente através do arrependimento dos seus pecados e a fé na obra expiatória
de Jesus o pode restaurar a Deus, Rm 3.23; At 3.19; Rm 10.9.

Céu e Inferno: Cremos no juízo vindouro, que condenará os infiéis e terminará a


dispensação física do ser humano. Cremos no novo céu, na nova terra, na vida eterna
de gozo para os fiéis e na condenação eterna para os infiéis, Mt 25.46; II Pe 3.13; Ap
21.22; 19.20; Dn 12.2; Mc 9.43-48.

Salvação: Cremos no perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita, e na


eterna justificação da alma, recebida gratuitamente, de Deus, através de Jesus, At
10.43; Rm 10.13; Hb 7.25; 5.9; Jo 3.16.

Extraído de: Webmaster: Rev. Eronides DaSilva


Hinduísmo bramânico

A segunda fase do
hinduísmo veio com a
decadência da antiga
religião védica. Brahma
(em sânscrito,
"absoluto"), um dos
deuses da tríade hindu
(trimurti), integrada
também por Vishnu e
Shiva, tornou-se o
deus principal. Brahma
é a manifestação
antropomórfica do
brahman, a "alma universal", o ser absoluto e incriado, mais um conceito da
totalidade que envolve todas as coisas do que um deus. O cerimonialismo
enriqueceu-se notavelmente sob a direção dos brâmanes (sacerdotes). Os
cultos adquiriram poder mágico. As idéias de samsara (transmigração das
almas a reencarnações sucessivas) e karma (lei segundo a qual todo ato, bom
ou mau, produz conseqüências na vida atual ou nas encarnações posteriores)
surgiram nessa época, assim como as especulações filosóficas sobre a origem
e o destino do homem. O sistema de castas converteu-se na principal
instituição da sociedade indiana, sendo a casta dos brâmanes a mais elevada.

A visão bramânica do mundo e sua aplicação à vida estão descritas no livro


do Manusmristi (Código de Manu), elaborado entre os anos 200 a.C. e 200 da
era cristã, embora também contenha material muito mais antigo. Manu é o pai
original da espécie humana. O livro trata inicialmente da criação do mundo e da
ordem dos brâmanes; depois, do governo e de seus deveres, das leis, das
castas, dos atos de expiação e, finalmente, da reencarnação e da redenção.
Segundo as leis de Manu, os brâmanes são senhores de tudo que existe no
mundo.

Altos-relevos do templo hinduísta de Prambadam, em Java, na Indonésia.


Esses relevos são parte de um ciclo que narra a vida do deus Shiva.

(Extraído: http://orbita.starmedia.com/~hyeros/index.html)

BRAMANISMO

Apesar da escassez de dados confiáveis para pesquisa, os historiadores citam a Índia


como berço do Bramanismo, uma das mais antigas religiões. A doutrina bramânica,
nos seus primórdios, compunha-se de postulados esparsos, sem qualquer ordenação
e era transmitida oralmente através de cânticos. Cerca de 14 séculos a.C., um sábio
brâmane recebeu o nome de Vyasa (compilador) por seu trabalho, e ordenou
adequadamente a religião brâmane. A sua fixação, entretanto, só ocorreu por ocasião
do surgimento da escrita na Índia, entre os séculos IX e VIII a.C. Os ensinamentos
védicos, escritos em sânscrito, passaram a constituir os Vedas ou Livros do
Conhecimento Sagrado, a obra religiosa mais antiga de que se tem notícia. Rigveda, o
mais conhecido dentre eles, consta de hinos de aparência simplesmente devocional,
mas que encobrem o segredo da Criação. Apenas os sacerdotes e iniciados
distinguiam a verdade escondida sob o véu das alegorias. O Bramanismo, também
conhecido por Induísmo, exotericamente desenvolveu-se, sofreu modificações, foi
adulterado e, com o passar dos tempos, entrou em decadência, como é usual
acontecer com as religiões. A sua essência, no entanto, continua inalterada e
preservada pelos Mistérios, em santuários da Índia. A doutrina original pode ser
resumida em Cinco Princípios, dos quais decorrem as demais diretrizes:

1 - Um Deus Único com Tríplice Manifestação (Trindade Divina). "O Ser Supremo
se imola a Si próprio e Se divide para produzir a Vida Universal".

2 - A Natureza Eterna do Mundo "Ele sempre foi e sempre será. O mundo e os seres
saídos de Deus voltam a Ele por uma evolução constante".

3 - A Reencarnação "Há uma parte imortal do homem que é aquela, ó Agni, que
cumpre aquecer com teus raios, inflamar com teus fogos. De onde nasceu a Alma?
Umas vêm para nós e daqui partem, outras partem e tornam a voltar".

4 - O Carma "Se vos entregardes aos vossos desejos, só fareis condenar-vos a


contrair, ao morrerdes, novas ligações com outros corpos e outros mundos".

5 - O Nirvana "Estado de não desejo". O mais puro e íntegro da alma, livrando-a em


definitivo da roda das encarnações. Considerado o coroamento da Perfeição. As
Escolas Iniciáticas demonstravam cabalmente, na teoria e na prática, a relevância de
alcançar o Nirvana, para se chegar a Deus. Para atingir essa condição, o Ego precisa
se libertar de todos os desejos, mesmo os originados de sentimentos bons e altruístas.
O Nirvana é um estado de consciência tão íntegro que toda doação é prestada
naturalmente e não em decorrência de inclinação sentimental.

As Castas
Supõe-se que não faziam parte do corpo doutrinário original. Apesar de ser um
preceito bastante antigo, parece constituir um adendo incluído em remotas épocas,
pela mão imperfeita do ser humano. Prega a divisão em castas como conseqüência do
Carma, pela qual o indivíduo por comportamento de vidas anteriores, renasce em
determinada posição social, sofrendo efeitos decorrentes dessa circunstância. Tal
proposição, rejeitada pela maioria dos reformadores do bramanismo, conforma uma
tese a ser discutida, demonstrando a pequenez do ser humano, razão pela qual deve
ser extinta, pois existem inúmeras maneiras de a Lei ser exercida, sem o agravamento
maior imposto pela sociedade. A aceitação da divisão em castas significaria o mesmo
que aprovar a escravidão, já que seriam escravos apenas os que construíram, em
vidas passadas, as causas que ocasionaram esse efeito. Fica exposta a tese para que
cada um escolha a que mais lhe esteja de acordo.

Conforme ensinado sigilosamente nos santuários, Agni, o fogo, é o símbolo do Eterno


Masculino ou Espírito Criador. Soma, o licor do sacrifício, é o símbolo do Eterno
Feminino, Alma do Mundo, Substância Etérea. Em Sua união perfeita, esses dois
Princípios Essenciais do Universo, essa dualidade, constituem o Ser Supremo - Zians,
ou seja, Deus.

O céu, o inferno e o processo de vidas sucessivas, regulamentados pelas leis de


Manu, constam do Manava-Darma-Sastra, ou Livro das Leis, com especial sistema de
sanções. Nele, o inferno, denominado de Naraca, é apresentado como forma de
planos, vinte e um dos quais são particularmente descritos. Para o povo, mostravam-
no simbolicamente, como todas as religiões, como sendo local tenebroso de trevas e
tormentos, onde o fogo que purifica,queimava os maus. O céu também é classificado
em planos na doutrina secreta, e era designado por Svarga. Como o inferno, consiste
em estados de consciência, difícil de ser compreendido mesmo pelos maiores
conhecedores do assunto. Por isso, popularmente explicavam-no como um jardim de
delícias, com a luz brilhando perpetuamente, onde os bons gozavam de bem-
aventurança. Esses simbolismos, como todos os outros, tomados ao pé da letra,
desfiguraram o verdadeiro pensamento, mostrado exclusivamente nas Escolas
Iniciáticas. A massa, familiarizada apenas com as exterioridades, manteve esses
conceitos desvirtuados, forma com que chegaram aos tempos de hoje, vez que a
Verdade sempre permaneceu no hermetismo da doutrina. Outros Livros Sagrados
complementam o acervo religioso da Índia. Os Brâmanas, comentários sobre os
Vedas, delineiam uma fase da modificação da primitiva doutrina. Os Upanixades,
significando literalmente Sentar-se sob um Mestre, revelam período diverso de
alteração dessa religião. Os ensinamentos neles contidos, antes de serem fixados pela
escrita, eram transmitidos secreta e oralmente pelos sacerdotes que os consideravam
demasiado sagrados para serem conhecidos por leigos. Posteriormente, quando
transformados em Livros, continuaram reservados exclusivamente aos que tinham
acesso aos Mistérios. Constituem a base da moderna filosofia hindu. Eis uma das
mais poéticas pregações de Amor, contidas nos Vedas e repetidas com outras
palavras em todas as religiões: "Sê, para teu inimigo, o que é a terra que recompensa
com fartas colheitas o lavrador que lhe rasga o seio. Sê, para aquele que te aflige, o
que é o sândalo, que perfuma o machado do lenhador que o corta".

A Grande Renovação do Bramanismo

Quando os ensinamentos védicos foram completamente esquecidos pelo povo e, em


seu lugar surgiram as grandes aviltações da idéia-mãe, um iniciado com o nome de
Krishna, criado por ascetas que viviam retirados junto ao Himalaia, saindo de seu
isolamento, renovou a religião primitiva. A história de sua vida e os princípios por ele
defendidos são conservados até hoje em Livros Sagrados, nos santuários do sul do
Industão. Como Jesus, Krishna, acompanhado de discípulos, saiu a pregar pelas vilas
e cidades, sacrificando-se para implantar a doutrina. Alguns historiadores atribuem a
ele a autoria de dois Livros Sagrados da coleção religiosa da Índia: Ramaiana e
Maabárata. Outros, por falta de comprovação efetiva, julgaram mais prudente reputá-
los como de autor desconhecido. Ramaiana significa As Aventuras de Rama e relata
em cerca de vinte e quatro mil estâncias, as façanhas do deus Vishnu, o Preservador,
quando em sua sétima encarnação apareceu como o príncipe Rama, para salvar a
humanidade. Maabárata, ou A Grande História dos Irmãos, narra os acontecimentos
de outra encarnação de Vishnu, como Críxena. São de difícil entendimento, expondo
tanto a doutrina, quanto acontecimentos históricos do país. O Maabárata ficou famoso
e até hoje é consultado, mesmo fora da Índia, devido ao relato do 18º dia de uma
batalha, durante o qual o general Arjuna discute com seu cocheiro Críxena o
significado da vida e da morte. Tal narrativa é conhecida como Bhagavad-Gita, ou A
Sublime Canção da Imortalidade. Mahatma Gandhi dizia que quando as decepções o
avassalavam e não conseguia vislumbrar nenhum raio de luz, recorria ao Bhagavad-
Gita, único bálsamo para suas desesperanças. Krishna, além de renovar os princípíos
védicos, emprestando-lhes uma cara nova, poética e mais atualizada para a ocasião,
falava aos discípulos de sua missão, aconselhando-os a guardar silêncio sobre as
Verdades aprendidas com ele: "Revelei-vos os grandes segredos. Não os digais senão
àqueles que os podem compreender. Sois os meus eleitos: vedes o alvo; a multidão só
descortina uma ponta do caminho." Por essas palavras fica compreendido que, desde
então, já os Mestrespregavam simbolicamente ao povo, reservando a poucos
escolhidos os segredos dos Mistérios. As pregações populares de Jesus se
assemelham muito as de Krishna. Eis apenas duas delas, para mostrar tal
similaridade: "Se conviveres com os bons, teus exemplos serão inúteis; não receeis
habitar entre os maus, para os reconduzir ao bem". Quando os fariseus criticavam
Jesus por comer com os publicanos e pecadores, Ele disse: "Não são os homens de
boa saúde que necessitam de médico, mas sim os enfermos. Não vim chamar à
conversão os justos, mas sim os pecadores." - "As obras inspiradas pelo amor de
nossos semelhantes, são as que mais pesarão na balança celeste." Esta máxima
representa o "Amai-vos uns aos outros", de Jesus. Todos os ensinamentos de Krishna
traduzem nada mais do que os fundamentos védicos, e ponderados e meditados,
podem trazer luz à alma, permitindo ao homem encontrar o caminho adequado para
seu crescimento espiritual. Krishna forneceu a resposta mais sábia à pergunta
constante e milenar dos que reclamam a elucidação da Essência e dos Desígnios de
Deus: "Só o Infinito pode compreender o Infinito. Somente Deus pode compreender
Deus". Selando sua Obra com o próprio sangue, deixou a Terra, legando à Índia a
mais bela e verídica concepção do Universo e da Vida. Nesse ideal superior ela se
manteve durante milhares de anos.

HARE KRISHNA

O movimento Hare Krishna, nome pelo qual é conhecida a Sociedade


Internacional Para a Consciência de Krishna (ISKCON — Internacional Socíety for
Krishna Consciousness) é um tipo ortodoxo de hinduísmo vedantista.

O movimento tem aproximadamente quinhentos anos de fundação na Índia, trinta


anos no Ocidente e vinte anos no Brasil. Foi fundado por “Sua Divina Graça” Abhay
Charan de Bhaktivedanta Swami Prabhupada que viveu como farmacêutico até 1959,
tendo nascido em Calcutá, India, em 1896. Em 1959 deixou sua mulher e os cinco
filhos para devotar-se de tempo integral e estudar com Síddharha Goswami. Este
encarregou Prabhupada de levar a mensagem de devoção a Krishna ao Ocidente.
Veio pela primeira vez aos Estados Unidos em 1965, e em 1966 havia estabelecido o
culto hindu de Krishna num pequeno aposento na cidade de Nova York. Antes de
morrer, em 4 de novembro de 1977, indicou um corpo dirigente de onze discípulos que
continuaram sua missão. O presidente da ISKCON de Nova York, Bati Mardan
Maharaj, disse por ocasião da morte dele: “Prabhupada foi um gênio mundial, maior
que Jesus Cristo”. Por isso ele é chamado “Sua Divina Graça”.

ESTILO DE VIDA DOS DEVOTOS

Os homens raspam a cabeça, deixando apenas um topete no alto e carregam um


rosário de 108 contas, geralmente numa bolsa a tiracolo. O mantra é cantado 16 vezes
para cada conta, diariamente. A cor do vestido é geralmente alaranjada para as
mulheres. Pintam o corpo e o rosto para santificação e proteção com “tilaka”, uma
pasta com água e um barro especial obtido na Índia e aplicado cada manhã, depois de
um banho frio, em 13 diferentes partes do corpo, enquanto repetem os 13 diferentes
nomes de Krishna.

Regras de Conduta Básica

Há 4 regras que todos os novos membros devem obedecer:

1. Não comer peixe, carne e ovos;

2. Não se intoxicar com drogas, bebidas, fumo etc;


3. Não praticar jogos de azar;

4. Não praticar sexo, exceto no casamento (com finalidade de procriar).

Horário Diário

3 horas: levantar, chuveiro e pintura (tilaka);

4 horas: Adorar ídolos;

5 horas: Cânticos;

7:30 horas: Tarefas, refeições;

12:30 horas: Almoço vegetariano;

13:16 horas: Trabalho e adoração no templo;

17 horas: banho;

21 horas: Cama.

A sociedade

A sociedade divide-se em:

a. Trabalhadores: que fazem o esforço mais braçal (limpeza do templo, confecção de


grinaldas de flores para os ídolos ou divindades);

b. Comerciantes: vão à rua pregar e difundir o movimento (na realidade, obter dinheiro
com a colocação de incenso e livros em ônibus, ruas, escritórios, gabinetes);

c. Administradores: exercem a função de direção no templo, na editora ou na fazenda;


traduzem do inglês, escrevem e estudam as escrituras védicas.

Os ídolos

Os ídolos das divindades nos templos não são considerados como ídolos pelos
devotos, senão como encarnações de Krishna (aparecendo em formas materiais).

Os ídolos são espanados, vestidos, alimentados e banhados em águas de rosas.


Na realidade o líquido usado para banhar um ídolo de Krishna consiste de águas de
rosa, mel, leite e um pouco de urina de vaca. Depois de terminada a cerimônia os
devotos consideram uma honra beber tal líquido misturado!
As mulheres

Há segregação de sexos. As mulheres e crianças adoram de um lado do santuário;


os homens de outro. As mulheres e os homens comem separadamente. As mulheres
se aconselham que não façam nada por sua conta, de modo que não podem nem sair
do templo sem permissão. Se têm que sair para mandar um recado, devem sair
acompanhadas de um membro. A mulher está colocada numa situação de verdadeira
criada do marido.

O mantra

Dá-se muito valor ao cântico dos mantras como um meio de se alcançar a


iluminação (consciência de Krishna): “Hare Krishna, Hare Krishna, Hare Krishna, Hare
Hare, Hare Rama, Rama, Rama, Hare Hare” (Hare significa “a energia do Senhor”;
Krishna e Rama são títulos dados ao deus Kríshna).

No início não manifestam todos os oitos estados de êxtase transcendental:

])ficar imóvel;

2) transpirar;

3) arrepiar os pêlos

4) mudar a voz;

5) estremecer; de todo o corpo;

6) perda das forças físicas do corpo;

7) chorar em êxtase;

8) entrar em transe.

O primeiro sintoma do êxtase é o ímpeto de dançar à medida que se canta o


mantra.

Condições para ser membro completo

Depois de observar estritamente as quatro regras, os novos adeptos devem


aprender a cantar, a participar do templo, prostrar-se diante das divindades de madeira
e mármore, e adaptar-se à rotina do templo. Seguem os seguintes estágios:

O serviço do templo

O serviço do templo tem importância considerável para os adeptos de Krishna.


Deve-se entrar para o serviço do templo para demonstrar sua devoção.
Os devotos mais antigos insistem na entrega total da personalidade à filosofia do
movimento Hare Krishna.

Iniciação

Depois de participar por seis meses do templo, o novato é indicado para a


iniciação. A cerimônia é chamada “Hare-nama”, ou iniciação do sagrado nome. E dado
um novo nome espiritual.

Logo depois vem um período de espera de seis meses adicionais. Agora o devoto é
eleito para o segundo rito: a iniciação bramânica. Se fizer tudo o que se lhe manda,
sem fazer perguntas, e se é fiel em todo o serviço, alcança um estado de
adiantamento espiritual.

Os homens recebem um manto sagrado que leva sobre o ombro esquerdo e sobre
o peito. As mulheres não recebem tal manto. Os devotos recebem também um mantra
secreto, o mantra “gayatri”, que deve ser cantado três vezes por dia.

A “Sanniasa”

O passo seguinte na escala espiritual se conhece como “Sanniasa’. É um estado


de renúncia reservado para os homens, especialmente o devoto”.

Implica em voto de pobreza e castidade, e numa entrega à pregação e obras, que


dura toda a vida. Quando o devoto vem a estes “5 anniasa”, considera que tem
obrigação de prostrar-se, porque estes monjes são considerados realmente santos.

Modo de viver dos casados

Ao casal que deseja ter um filho se ensina que tenham relação sexual uma vez por
mês, no dia que a mulher se mostrar fértil. Antes de entrar no ato sexual deve o casal
cantar 50 vezes sua corrente de contas (que é como um rosário) para purificar-se.
Uma mulher casada deve pedir permissão ao seu marido para qualquer coisa fora dos
deveres prescritos no templo. A mulher está colocada como inferior ao marido.

ENSINAMENTOS DA SEITA

1. ISKCON

Os ensinos básicos da ISKCON são os seguintes:

a. Krishna é a maior de todas as divindades. Krishna tem o corpo azul, costuma tocar
flauta, cuida de vacas e tem namoradas vaqueiras;

b. O corpo é ilusório; a alma é individual e ao mesmo tempo faz parte da alma divina;
c. Pelo cântico do nome divino, uma pessoa pode ser livre dos seus sofrimentos e
experimentar o êxtase — amor transcendental sem contato sexual;

d. Os devotos devem render-se completamente aos seus gurus (mestres);

e. A salvação se alcança pela devoção. Praticam a yoga Bahkti. E uma forma de yoga
com devoção a uma divindade pessoal;

f. Mundo de Ilusão. Os seguidores de Krishna crêem que o corpo humano e o mundo


físico não são reais, mas simples ilusão (maia, na linguagem hindu);

g.Nas muitas ilusões existentes, três permanecem, proeminentemente: bondade,


paixão e ignorância. Da forma como o homem encara esses três aspectos da vida, ele
irá responder na próxima. 1 — Se é governado pela ignorância, na próxima irá para o
inferno; 2 — Se a paixão governa sua vida, sua futura reencarnação será na terra; 3 —
Mas, se sua vida é governada pela bondade (total repúdio ao mundo material e total
devoção a Krishna), o devoto será recompensado na vida futura em outros planetas,
na mais sublime das realidades espirituais;

h. É interessante notar que Krishna não oferece assistência aos seus adeptos nas 24
horas do dia, quando lutam para uma purificação.

2. Devoção

Krishna não é um deus de graça. Cada devoto deve guardar sua própria mente e
corpo através de vários trabalhos e cantando o grande mantra. Visto que Krishna se
acha tão distante dos seus seguidores, um mestre espiritual (guru) é chamado para
ajudar no longo caminho da consciência de Krishna.

Os seguidores de Krishna crêem que, se eles fracassarem em compensar seus


pecados nesta vida, terão outra chance na próxima e assim na outra, até a perfeição
final. Todas as ações de um indivíduo querem boas querer más retornam a ele, em
reações correspondentes, boas ou más.

CONFRONTO DOUTRINÁRIO

CRISTIANISMO E KRISHNAISMO

1. Cristo e Krishna

Vida moral

Cristo é Deus (Jo 1.1; 20.28). Ele é o Criador (Jo 1.3; Cl 1.15-17). Nunca se casou
ou estabeleceu família.

Krishna é panteísta. É vulgar, imoral e sensual. Tem um caráter marcado por


ladroíces e luxúria. Teve relações sexuais com várias garotas chamadas vaqueiras.
Atraiu-as com sua flauta ao meio da floresta quando tomava banho num rio. Suas
roupas foram furtadas por ele. Teve 16.000 mulheres.

Discriminação.

Cristo aboliu toda a barreira entre as nações e as raças (Mt 11.28-30). Ele tornou-se
verdadeiro modelo para os seus seguidores (Mt 16. 24-26).

Krishna foi instrumento na criação de castas na Índia. Tem discriminação contra


mulheres.

Quem é mais importante?

Cristo nasceu de uma virgem, sendo uma pessoa de carne e osso e sangue (Mt
1.21-23; Lc 1. 30-33). É o verdadeiro homem e o verdadeiro Deus. A única encarnação
de Deus (Jo. 1.1-14; Is 7.14; Mt 1. 23).

Krishna é apenas uma das muitas encarnações. Diferente de Cristo, Krishna


apareceu como pessoa espiritual. Atividades sensuais foram ocupações de sua vida
real.

Cristo entrou na raça humana experimentando o sofrimento. Trabalhou como


carpinteiro. Palmilhou as estradas da Galiléia. Curou, ensinou e pregou (Mt 4.23).
Sentiu cansaço, fome, chorou (1 Pe 2.21-23; Hb 4.15).

Krishna apareceu neste planeta para aumentar a consciência de Krishna.

Cristo ou Krishna?

Jesus vive na vida de uma pessoa se ela o convida para entrar (Ap 3.20-21).

Krishna sugere trabalho para alcançar a salvação.

Graça é Dom de Deus para encontrar a salvação. Cristo é o Salvador (Ef 2.8-9; Jo
3.16-18; 5.24).

Os seguidores de Krishna crêem ser objetivo de sua adoração um ser que reside
num planeta celestial, absolutamente inacessível.

A Bíblia ensina que Deus se identifica com o homem, pois ele tornou-se homem na
Pessoa de Jesus Cristo, de acordo com Hb 2.16-18.

A Bíblia diz que Deus ama o homem (Jo 3.16). Enquanto que os adeptos de Krishna
sentem que devem tentar compensar seus pecados pela devoção a uma divindade
caprichosa. Os cristãos sabem que precisam apenas corresponder ao amor que Deus
tem abundan temente revelado através do seu filho, Jesus Cristo (Rm 5.8).
CONCEITO DE ESPIRITUALIDADE

1. ISKCON

Para a ISKCON, a espiritualidade é geralmente externa e cerimonial. Está baseada


na tradição, mitos, lendas e costumes antigos, em vez de apoiada na verdade.
Significa lealdade, gratidão, confiança em um ser supremo, deuses e mestres
espirituais (gurus). Em outras palavras: é um tipo de teísmo combinado com adoração
de imagens.

2. Cristão

Na teologia bíblica, a espiritualidade envolve novo nascimento e transformação da


personalidade pelo Espírito Santo (Jo 3.5; II Co 5.17). O Espírito Santo é quem molda
a nova personalidade na semelhança de Jesus (Jo 16. 7-9; 13-14). É um caminhar
diário com Jesus, enquanto vivemos neste mundo.

A verdadeira espiritualidade também assegura aos cristãos uma vida futura no céu
(Jo 14.2-3; Fl 3. 20).

3. Remissão

Os seguidores de Krishna realizam uma miríade de trabalhos diferentes cantando,


guardando os quatros princípios ou regras de conduta etc, na esperança de
compensar seus pecados e fracassos em amar Krishna.

A Bíblia ensina que foi necessário um só trabalho para apagar de vez o pecado.
Isto aconteceu no Calvário, quando Cristo sofreu a morte de cruz em pagamento dos
pecados do homem (Hb 1.3; 9.11-12, 24; 10.12); da parte do homem é suficiente
aceitar o que Cristo fez por nós e crer nele (Jo 19.30; Ef 2.8-9).

ALGUMAS CITAÇÕES TÍPICAS

1. “Recusar fazer caridade é lamentável” (citação extraída de Teaching of Lord


Chaitania, 1968, p.23, de A. C. Bhaktivedanta Prabhupada).

2. “Filantropos que constroem instituições educacionais, hospitais e Igrejas estão


perdendo seu tempo quando eles bem poderiam estar construindo templos para
Krishna”.

3. “Se alguém tem disposição de fazer caridade, seria muito bom para ele, fazer
caridade só para Krishna”. (ambas citações de A. C. Krishna Bhaktivedanta
Prabhupada, vol III, 1970, p. 189)

4. Em contradição com sua alegada prática de caridade universal, Prabhupada diz


que:

.um devoto nunca deve se aproximar de uma pessoa materialista com qualquer
condição de ajudá-lo”. (Teaching of lord Chaitania, p. 127)

5. O ponto de vista de Prabhupada sobre a mulher:

“A vida de um homem é melhor do que a vida de uma mulher”.

“Ocupe qualquer dinheiro e mulher que você tem em sua posse no serviço krishna”.

(A. C. Braktivedanta Prabhupada em krishna, vol. III, 1970, p. 7.249)

6. A atitude dos adeptos de Krishna para com a família e parentes dos devotos:

“Absorva isto de mim: uma pessoa que considera sua família e amizades como suas
próprias é um asno”. (A. C. Bhaktivedanta Prabhupada em Krishna, vol. III, 1970).
Essa atitude contra a família levou A. C. Bhaktivedanta Prabhupada a renunciar a sua
esposa e os filhos (Compare com 1 Tm 3.5-8).

ALGUMAS POSSÍVEIS FORMAS DE ABORDAGENS

1. Como mostrar Jesus Cristo a um devoto de Krishna?

a) Pergunte se ele crê na Bíblia (eles dizem que sim, e também no Alcorão);

b) Leia Jo 14.6 e continue perguntando:

“Quem é Jesus e o que ele tem feito por nós, de acordo com a Bíblia?” Em seguida
apresente a autoridade de Jesus como Deus, sua morte e ressurreição como
homem. Devem ser apresentadas lógicas e gentilmente, com apoio da Bíblia.

2. Todos somos pecadores

É essencial estabelecer que todos somos pecadores (Rm 3.9). Os devotos de


Krishna não questionam isso. E por essa razão que Krishna é seu salvador e senhor.
Mas a Bíblia nos ensina que só Jesus é Senhor e Salvador (Fl 2.11; Hb 10.10). Uma
vez que o pecado seja compreendido, Cristo e Krishna podem ser comparados e
contrastados. Quem é o Salvador? (At 4.10-12). Em Cristo habita a plenitude da
DIVINDADE (Cl 2.9). No princípio existia como Deus (Jo 1.1), antes que o mundo
existisse (Jo 17.24), e qualquer que confesse e creia em Jesus como Senhor e Salva-
dor, tem salvação (Rm 5. 10-11; 10. 9-13).
3. Devotos puros

Os adeptos de Krishna crêem que, mediante a austeridade espiritual, mediante os


cânticos, o levantar-se todas as madrugadas e as purificações, poderão evoluir
gradativamente, até chegarem a um nível onde ficarão libertos de todos os desejos
físicos.

Pergunte então: “Quantas pessoas você acredita que realmente chegaram a esse
nível?”

“Onde está a misericórdia de Deus se nos últimos cem anos, por exemplo, bilhões
de pessoas viveram na terra, mas somente cinco devotos puros? Deste que somente
os devotos puros podem ser salvos, ninguém foi salvo, excetuando esses cinco. Esses
são de Deus, que somente cinco pessoas dentre bilhões de criaturas humanas têm
sido salvas? Isso parece lógico?”

Prabhupada ensinava que, mesmo que alguém deseje uma simples guloseima, terá
de voltar a este mundo para assumir outro corpo físico. Qualquer tipo de desejo físico
é suficiente para fazer o indivíduo retornar materialmente a este mundo, de modo que
ele pode ter de começar tudo de novo, até atingir aquele nível onde não tenha
qualquer desejo físico. Ora, quantas pessoas nesta terra você pensa que já atingiram
esse nível? Você pensa que isso faz parte do plano da salvação de um Deus
misericordioso e amoroso?

4. A credibilidade da Bíblia

“Vocês crêem que a Bíblia é a Palavra de Deus, não é?” (eles crêem que sim, e
que o Gita também é a palavra de Deus). Como pode ser isso, visto que o Deus da
Bíblia se separa de qualquer imagem de escultura, ao passo que os adeptos de
Krishna adoram deuses sobre forma de imagem? Isso é totalmente incompatível (1 Jo
5.20; 1 Co 10.19-20; Ex 20.3-6).

Vocabulário

O vocabulário mais usado pelos adeptos de Krishna é:

a. O Bhagavad-gita: A Bíblia deles (usualmente falam Gita).

b. Krishna: O completamente atrativo.

c. Castas: quatro classes sociais:

1. os brâmanes, casta sacerdotal e intelectual;

2. os xátrias, os governantes e guerreiros;

3. os vaisias, agricultores e artesãos;


4. os sudras, classe inferior.

d. Hare: Energia.

e. Mantra: Canto.

f. Maha-mantra: O grande cântico.

g. Bahkti: Serviço devocional.

h. Hare-nama: Nome sagrado de iniciação.

i. Sanniasa: Renúcia.

j. Krishna, Rama: Títulos dados a “deus”.

1. Sankírtana: Divulgação dos ensinamentos por meio de cantos.

m. Sikha: Topete no alto da cabeça.

Bibliografia

Teaching of Lord Chaitania, 1968, A. C.

Bhaktivedanta Prabhupada. A.C.

Bhaktívedanta Prabhupada, vol. III, 1970.

CONFUCIONISMO
Introdução

Religião oriental baseada nas idéias do filósofo chinês


Confúcio (551- 479 a.C.). Conhecido pelos chineses como
Junchaio (ensinamentos dos sábios). O princípio básico do
Confucionismo é a busca do Caminho (Tao), que garante o
equilíbrio entre as vontades da terra e as do céu.

Seu Nascimento e Juventude

Confúcio, também conhecido como K'ung Ch'iu (Mestre Kong), nasceu em meados do
século VI (551 a.C.), em Tsou, uma pequena cidade no estado de Lu, hoje Shantung.
Este estado é denominado de "terra santa" pelos chineses. Confúcio estava longe de
se originar de uma família abastada, embora seja dito que ele tinha descendência
aristocrática. Seu pai, Shu-Liang Hê, antes magistrado e guerreiro de certa fama, tinha
setenta anos quando se casou com a mãe de Confúcio, uma jovem de quinze anos
chamada Yen Chêng Tsai, que diziam ser descendente de Po Ch'in, o filho mais velho
do Duque de Chou, cujo sobrenome era Chi. Dos onze filhos, Confúcio era o mais
novo. Seu pai morreu quando ele tinha três anos de idade, o obrigando a trabalhar
desde muito novo para ajudar no sustento da família. Aos quinze anos, resolveu
dedicar suas energias à busca do aprendizado. Em vários estágios de sua vida
empregou suas habilidades como pastor, vaqueiro, funcionário e guarda-livros. Aos
dezenove anos se casou com uma jovem chamada Chi-Kuan. Apesar de se divorciar
alguns anos depois, Confúcio gerou um filho, K'ung Li, que nasceu um ano após seu
casamento, e uma filha.

Fundo Histórico da China

Confúcio viveu numa época em que a China se encontrava dividida em estados


feudais que lutavam pela supremacia do poder. Estas guerras eram seguidas de
execuções em massa. Soldados eram pagos para trazer as cabeças de seus inimigos.
Populações inteiras eram disseminadas através da decapitação de mulheres, crianças
e velhos. Estes números chegavam a 60.000, 80.000, 82.000, e até 400.000. A longa e
complexa história política do povo evolveu na desunião e diversidade, que estavam
refletidos nas características sociais e culturais da Dinastia Chou. A renascença social
e moral advogada por Confúcio não tinha aprovação universal, principalmente nos
círculos de poder, e seu ardente desejo era um posto governamental. Foi então que na
idade de trinta anos ele deixou Lu e viajou para o Estado de Ch'i em companhia do
Duque Chao, que fugia por ser o perdedor de uma dura luta política.

Seus Anos de Serviço Público

Aos 51 anos de idade foi indicado como funcionário chefe da cidade de Chung Tu e,
pelo seu desempenho chegou a ser promovido ao posto de Oficial dos Serviços
Públicos, e depois, ao de Grande Oficial da Justiça em sua província. Aos 55 anos
partiu numa jornada de treze anos visitando os estados vizinhos e falando aos
senhores feudais sobre suas idéias. Foi recebido como um erudito, mas nenhum dos
governantes pensou em colocar essas idéias em prática. Confúcio acreditava que a
implementação de seus pontos de vistas pelo governo estabeleceria a utopia do
"estado como um bem público", e prepararia o caminho para paz entre os homens.
Regressou a sua terra natal quando tinha 68 anos, onde continuou se dedicando ao
ensino de um grupo de discípulos. A escola privada, fundada por Confúcio, cresceu a
ponto de ter 3.000 alunos. Destes, setenta e dois eram chamados de seus discípulos
mais eruditos. Ele tentou transformá-los em Jens, seres humanos perfeitos que
praticassem o exercício do amor e da bondade. Segundo seus preceitos, a sociedade
humana deve ser regida por um movimento educativo, o qual parte de cima, e equivale
ao amor paterno, e por outro de reverência, que parte de baixo, como a obediência de
um filho. O Confucionismo considera o homem bom e possuidor do livre arbítrio, sendo
a virtude sua recompensa. O único sacrilégio é desobedecer a regra da piedade.
Segundo a história, Confúcio morreu em 479 a.C., velho, desapontado, mal sucedido e
murmurando:
“A grande montanha terá que desmoronar! A forte viga terá que quebrar! O homem
sábio murcha como a planta! Não existe ninguém no império que me queira como
mestre! Meu tempo de morrer chegou.” (Anacletos, 56)

Seus discípulos o lamentaram por três anos, e um deles permaneceu junto à sua
sepultura por seis anos em Ch'u Fü. Hoje, o local tornou-se na denominada Floresta
K'ung.

Confucionismo - Filosofia ou Religião?

Tendo em vista que o Confucionismo trata primariamente de condutas morais e de


ordem social, esta religião é freqüentemente categorizada como um sistema ético e
não como uma religião. Em sua visão de reforma, Confúcio advogava justiça para
todos como o fundamento da vida em um mundo ideal, onde os princípios humanos,
cortesia, piedade filial, e virtudes da benevolência, retidão, lealdade e a integridade de
caráter deviam prevalecer. Porém, deve-se atentar às perspectivas do povo chinês na
época de Confúcio, e observar as influências que ele trouxe, as quais não se limitam a
uma esfera ética.

Seus ensinos advogam que o homem é capaz de ser perfeito por ele próprio, pelo
seu esforço de seguir o caminho dos seus antepassados.

Confúcio aludia que a natureza humana é boa. Este ensino foi desenvolvido
posteriormente por seus discípulos, e tornou-se uma crença cardeal do
Confucionismo.

Confúcio, apesar de estar voltado para este mundo, acreditava no céu e na sua
influência sobre a terra e sobre os homens.

Confúcio influenciou a China em dois grandes preceitos religiosos: o da


veneração e adoração aos ancestrais, e do conceito de piedade filial.

O Confucionismo permaneceu como religião oficial da China desde sua unificação, no


século II, até sua proclamação como República pelo Kuomintang em 1911. Durante a
Dinastia de Han do Imperador P'ing (202-221 a.C.), seus funcionários foram
recrutados entre os confucionistas. As primeiras críticas ao Confucionismo surgiram
com a República. Entre 1966 e 1976, durante a Grande Revolução Cultural Proletária,
foi novamente atacado por contrariar os interesses comunistas. Atualmente, apesar do
comunismo banir todo tipo de religião, 25% da população chinesa afirma viver
segundo a ética confucionista. Fora da China, o Confucionismo possui cerca de 6.3
milhões de adeptos, principalmente no Japão, na Coréia do Sul e em Cingapura.

Princípios da Doutrina Confucionista

As doutrinas confucionistas podem ser resumidas em seis palavras-chaves:

1. Jen - humanitarismo, cortesia, bondade, benevolência. É a norma da reciprocidade,


ou seja, "não faça aos outros o que você não gostaria que lhe fizessem." Esta é a
virtude mais elevada do Confucionismo. Segundo ensinam, se o homem colocá-la em
prática, ele poderá viver em paz e em harmonia com as outras pessoas (Anacletos
15:24). Porém, desde o princípio da humanidade, o gênero humano nunca foi por si
próprio, ou pelo seu esforço, capaz de estabelecer esta paz ou harmonia. O exemplo
vê na história antiga e contemporânea: Egito, Babilônia, Grécia, Roma, I & II Guerras
Mundiais, Bósnia, Ruanda, Iraque, e a lista não teria fim.

2. Chun-tzu - homem superior, virilidade. Segundo Confúcio, o homem para ser


perfeito deve ter humildade, magnanimidade, sinceridade, diligência e amabilidade.
Somente assim, ele poderá transformar a sociedade em um estado de paz. Porém, a
realidade do ser humano é outra. O homem natural é egoista, soberbo e mal contra
seu próximo. Isso podemos contemplar com os nossos olhos dia-a-dia, sem mencionar
as injustiças e autrocidades contra os direitos humanos no Holocausto e na Praça
Tiananmem em Beijing.

3. Cheng-ming - Retificação dos nomes. Este conceito ensina que para uma
sociedade estar em ordem, cada cidadão deveria ter um título designativo ou um
papel, e afirmar-se neste papel no esquema da vida. O rei, atuando como rei, o pai
como pai, o filho como filho, o servo como servo. (Anacletos, 12:11; 13:3)

4. Te - poder, autoridade. Confúcio ensinava que a virtude do poder, e não a força


física, era necessária para dirigir qualquer sociedade. Todo governante, segundo ele,
deveria ter esta autoridade para inspirar seus súditos à obediência. Este conceito
perdeu-se durante o tempo de Confúcio, dado à predominância das guerras e
sobrepujança das dinastias entre si.

5. Li - padrão de conduta exemplar, propriedade, reverência. Este conceito é tratado


no Livro das Cerimônias (Li Ching), um dos Cinco Clássicos. Segundo Confúcio, cada
governante deveria ser benevolente, proporcionar um bom padrão de vida para o povo
e promover a educação moral e os ritos. Sem esta conduta, o homem não saberia
oferecer a adoração correta aos espíritos do universo, não saberia estabelecer a
diferença entre o rei e o súdito, não saberia a relação moral entre os sexos, e não
saberia distinguir os diferentes graus de relacionamento na família (Li Ching, 27).
Como exemplo perfeito de benevolência, ele exaltava o legendário Imperador Yao e
seu sucessor, o Imperador Shun, os quais foram renomeados e constituiram, como
diziam, "uma idade de ouro da antiguidade".

6. Wen - artes nobres, que inclui: música, poesia e a arte em geral. Confúcio tinha
uma grande estima pela arte vinda do período da Dinastia Chou, e considerava a
música como a chave da harmonia universal. Ele cria que toda expressão artística era
símbolo da virtude e que deveria ser manifesta na sociedade. "Aqueles que rejeitam a
arte, rejeitam as virtudes do homem e do céu" (Anacletos, 17:11, 3:3). Para Confúcio,
a música era um reflexo do homem superior e espelhava seu caráter verdadeiro.

Segundo a doutrina de Confúcio, o ser humano é composto por quatro


dimensões:
O eu

A comunidade

A natureza
O céu (fonte da auto-realização definitiva)
As cinco virtudes essenciais do homem são:

O amor ao próximo

A justiça
O cumprimento das regras adequadas de conduta

A autoconsciência da vontade do "Céu"

A sabedoria e sinceridade desinteressadas

Crenças e Práticas Confucionistas

1. Deus

O Confucionismo não só crê que a natureza humana é divina e boa, como também
todos os seus escritos fazem alusão à uma força suprema no mundo. Três expressões
são usadas em sua referência:

Shang Ti, que significa "Supremo Governador". Esta expressão é uma designação
pessoal, a qual nos Livros Sagrados do Oriente é sempre traduzida como "Deus."

Tien, que significa "Céu". Esta expressão impessoal é usada para as supremas
regras morais.

Ming, que significa "Decreto". Esta expressão impessoal também é usada em


relação à ética e à fé no Ser Supremo.

O culto e adoração ao "Supremo Governador" do mundo era conduzido pelos mais


altos dirigentes da China, os imperadores, em favor da nação. Segundo a tradição, o
poder e autoridade dos imperadores e reis chineses eram concedidos pelo céu. O
culto era realizado regularmente todos os anos, depois da noite de solstício no
inverno, no dia 22 de dezembro. Ofertas queimadas de novilho, de alimentos e de
vinho; acompanhadas de música, luzes e procissões, eram oferecidas ao redor do
grande e redondo altar de mármore branco, constituído de três níveis, e dedicado ao
céu, ao sul da cidade de Pequim. Este é o maior altar que já existiu na história da
humanidade.
Ao norte de Pequim estava o altar dedicado à terra, porém este era de menos
afluência. Inúmeras deidades são adoradas no Confucionismo, como o sol, a lua,
imperadores, montanhas e rios importantes da China, sem mencionar o culto aos
mortos (antepassados).

2. Adoração dos Ancestrais


A adoração aos antepassados, pelas famílias reais e pela plebe, é a prática da
veneração do espírito dos mortos pelos familiares vivos em sinal de gratidão e
respeito. Esta prática foi altamente promovida e praticada por Confúcio. Para isso,
construiram-se templos onde se realizam ritos de sacrifícios aos mortos. Segundo
ensinam, pessoas importantes e de destaque, depois de mortos, poderiam influenciar,
ajudar e iluminar os imperadores, governantes e o povo. A existência do espírito
destes antepassados, segundo eles, depende da atenção dada pelos seus familiares.
Também crêem que o espírito dos mortos pode controlar o êxito dos indivíduos com
prosperidade, filhos e harmonia. Para isso, a família deve prover tudo o que for
necessário para que os antepassados vivam além-túmulo, de maneira similar aos
vivos. Isto inclui a colocação de alimento, armas de guerra e diferentes utensílios nos
túmulos, ou em festivais especiais. Se isto não for oferecido, eles crêem que os
espíritos virão em forma de fantasma e trarão males àqueles que estão vivos. Até hoje,
o povo celebra o Festival dos Fantasmas (espíritos) Famintos. O ofertante coloca
alimento e vinho em frente a sua casa para satisfazer o espírito dos antepassados,
cujos descendentes vivos não têm tido cuidado por eles. Conseqüentemente, o povo
vive sob o medo dos mortos.

3. Piedade Filial

Prática chinesa da lealdade e devoção dos membros mais novos da família aos mais
velhos, denominada de Hsaio. Todo filho deve ser leal e devoto à sua família. É
esperado que o filho ame e reverencie seus pais enquanto estiverem vivos, e que
chore e os lamente depois de mortos. Este é o dever fundamental de todo o homem,
segundo o Confucionismo.

4. Geomancia

Prática de adivinhação que se faz deitando pó de terra sobre uma mesa e examinando
as figuras que se formam. Também chamada de Feng Shui ou Prognosticismo. Essa
prática envolve a observação dos trovões, relâmpagos, vôo dos pássaros, e tudo o
que se refere ao céu.

Sucessores de Confúcio

Entre os sucessores de Confúcio destacam-se Mêncio Meng-tseu (371-289 a.C) e


Hsun-tzu (315-236 a.C.). Mêncio partiu do conceito confuciano de benevolência para
desenvolver a doutrina da bondade inata do homem, a qual precisa ser descoberta e
aprimorada por meio da meditação. Hsun-tzu, ao contrário, defende a teoria da
maldade inata. Segundo ele, o homem é mau e indisciplinado por natureza e somente
as regras e leis podem possibilitar a vida social.

Processo da Deificação de Confúcio

Desde o início da era cristã, iniciou-se uma veneração oficial a Confúcio. Por séculos
em Pequim, tanto os imperadores chineses como os mandarins adoravam e faziam
rituais de ofertas e sacrifícios à Confúcio. Uma média de 62.606 animais eram
oferecidos anualmente nos altares de mais de 1.560 templos em toda China. Click
aqui para acessar o suntuoso templo em Taiching (960-1279), dedicado à
Confúcio. O Confucionismo deixou de ser um sistema ético e se tornou uma religião.

195 a.C — O imperador da China ofereceu sacrifício de animal no


túmulo de Confúcio.

57 d.C. — Sacrifícios regulares a Confúcio foi ordenado nos colégios


imperiais e provinciais.

89 d.C. — Confúcio foi elevado ao mais alto título imperial, o de


"Conde".

267 d.C — Foi decretado que os sacrifícios de animais a Confúcio


fossem elaborados e oferecidos quatro vezes ao ano.

492 d.C. — Confúcio é canonizado como "Venerável, o Perfeito Sábio”.

555 d.C. — Foi ordenado a construção de templos para a adoração de


Confúcio nas capitais de todas as prefeituras da China.

739 d.C. — Confúcio recebe homenagem suprema pelo Imperador


Hsüan da Dinastia de T'ang, recebendo o título especial que significa
"Rei".

740 d.C. — A estátua de Confúcio foi removida para estar no centro do


Colégio Imperial, junto aos históricos reis da China.Click aqui para
acessar a estátua de Confucio.

1086 d.C. — Confúcio foi elevado à escala de Imperador.

1736-1795 d.C. — Na Dinastia de Ch'ing, o Imperador K'ang Hsi


homenageou Confúcio com o título "O Grande Mestre de todas as
Épocas".

1906 d.C. — No dia 31 de dezembro, o edito imperial elevou Confúcio


ao posto de Co-Assessor das deidades do céu e da terra.

1914 d.C. — A adoração a Confúcio continuou pelo primeiro presidente


da República da China, Yuan Shi Kai.
1934 d.C. — A data do nascimento de Confúcio foi proclamado um
feriado nacional.

Os Escritos Confucionistas

Confúcio compilou, editou e escreveu alguns escritos depois dos seus 43 anos de
idade. Seus ditos, juntamente com os de Mêncio e de outros discípulos, foram
reunidos no "Wu Ching" (os "Cinco Clássicos") e no "Shih Shu" (os "Quatro Livros"),
onde se incluiu o Anacleto (ditos de Confúcio).

Os Cincos Clássicos

Shu Ching (Livro dos Documentos), sobre a organização política de cinco dinastias
da China

I Ching (Livro das Mutações), sobre a metafísica.

Li Ching (Livro das Cerimônias), sobre a visão social.

Shi Ching (Livro das Poesias), sobre a antologia secular e religiosa.

Chun-Chiu (Anais das Primaveras e Outonos), sobre a história da China.

Os Quatro Livros

Ta Hsio (Grande Aprendizado), ensinamentos sobre a virtude.

Chung Yung (Doutrina do Meio), ensinamentos sobre a moderação perfeita.

Lun Yu (Anacletos), coleção das máximas de Confúcio, seus princípios éticos.

Meng-Tze (Mêncio), obra do grande expositor de Confúcio.

No Confucionismo não existe igrejas, clero, ou credo. Entretanto, a religião influencia


as formas de pensamento, educação e governo do povo chinês. De 125 a 1905 d.C.,
os membros da classe de servidores públicos dos mandarins eram nomeados para os
postos governamentais, com base no exame dos clássicos de Confúcio. Este sistema
permitiu que muitos indivíduos de procedência humilde atingissem a proeminência e
premiou a honestidade do governador e do súdito.
As Verdades Bíblicas

Só existe uma verdade absoluta, e esta é o próprio Deus pessoal, o Sumo Bem -
“E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Evangelho de João 8.32).
Abaixo o surfista pode encontrar os princípios doutrinários para o homem
alcançar a sua única e verdadeira felicidade atual e eterna.

Deus: Cremos em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas distintas, o


Pai, o Filho e o Espírito Santo, Dt 6.24; Mt 28.19; Mc 12.29.

Jesus: Cremos no nascimento virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória,


em sua ressurreição corporal de entre os mortos, e em sua ascensão gloriosa aos
céus, Is 7.14; Lc 1.26-31; 24.4-7; At 1.9.

Espírito Santo: Cremos no Espírito Santo como terceira pessoa da Trindade, como
Consolador e o que convence o homem do pecado, justiça e do juízo vindouro.
Cremos no batismo no Espírito Santo, que nos é ministrado por Jesus, com a
evidência de falar em outras línguas, e na atualidade dos nove dons espirituais, Jl
2.28; At 2.4; 1.8; Mt 3.11; I Co 12.1-12.

Homem: Cremos na na criação do ser humano, iguais em méritos e opostos em sexo;


perfeitos na sua natureza física, psíquica e espiritual; que responde ao mundo em que
vive e ao seu criador através dos seus atributos fisiológicos, naturais e morais,
inerentes a sua própria pessoa; e que o pecado o destituiu da posição primacial diante
de Deus, tornando-o depravado moralmente, morto espiritualmente e condenado a
perdição eterna, Gn 1.27; 2.20,24; 3.6; Is 59.2; Rm 5.12; Ef 2.1-3.

Bíblia: Cremos na inspiração verbal e divina da Bíblia Sagrada, única regra infalível de
fé para a vida e o caráter do cristão, II Tm 3.14-17; II Pe 1.21.

Pecado: Cremos na pecaminosidade do homem, que o destituiu da glória de Deus, e


que somente através do arrependimento dos seus pecados e a fé na obra expiatória
de Jesus o pode restaurar a Deus, Rm 3.23; At 3.19; Rm 10.9.

Céu e Inferno: Cremos no juízo vindouro, que condenará os infiéis e terminará a


dispensação física do ser humano. Cremos no novo céu, na nova terra, na vida eterna
de gozo para os fiéis e na condenação eterna para os infiéis, Mt 25.46; II Pe 3.13; Ap
21.22; 19.20; Dn 12.2; Mc 9.43-48.

Salvação: Cremos no perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita, e na


eterna justificação da alma, recebida gratuitamente, de Deus, através de Jesus, At
10.43; Rm 10.13; Hb 7.25; 5.9; Jo 3.16.
ZOROASTRISMO

Dois princípios supremos, o bem e o mal, caracterizavam o


zoroastrismo. Substituído pelo islamismo, o zoroastrismo
reduziu-se a grupos de guebros no Irã e de parses na Índia,
mas deixou traços nas principais religiões, como o judaísmo, o
cristianismo e o islamismo.
Zoroastrismo é um antigo sistema religioso-filosófico que
repousa no postulado básico de uma contradição dualista, a do
bem e do mal, inerente a todos os elementos do universo. Os
pressupostos do sistema foram estabelecidos por Zoroastro, ou
Zaratustra, que, nascido na Pérsia no século VI a.C., que
parece ter sido um reformador do masdeísmo ou mazdeísmo,
antiga religião da Média. A doutrina de Zoroastro foi transmitida oralmente e recolhida
nos gathas, os cânticos do Avesta, conjunto de livros sagrados da religião.
As reformas de Zoroastro não podem ser entendidas fora de seu contexto social. A
sociedade dividia-se em três classes: a dos chefes e sacerdotes, a dos guerreiros e a
dos criadores de gado. Essa estrutura se refletia na religião, e determinadas deidades
(daivas), estavam associadas a cada uma das classes. Ao que parece os ahuras
(senhores), que incluíam Mitra e Varuna, só tinham relação com a primeira classe. Os
servos, mercadores, pastores e camponeses eram considerados insignificantes
demais para ser mencionados nas crônicas e estelas, embora tivessem seus próprios
deuses.
O zoroastrismo prescreve a fé em um deus único, Ahura Mazda, o Senhor Sábio, a
quem se credita o papel de criador e guia absoluto do universo. Dessa divindade
suprema emana seis espíritos, os Amesas Spenta (Imortais Sagrados), que auxiliam
Ahura Mazda na realização de seus desígnios: Vohu-Mano (Espírito do Bem), Asa-
Vahista (Retidão Suprema), Khsathra Varya (Governo Ideal), Spenta Armaiti (Piedade
Sagrada), Haurvatat (Perfeição) e Ameretat (Imortalidade). Juntos, Ahura Mazda e
esses entes travam luta permanente contra o princípio do mal, Angra Mainyu (ou
Ahriman), por sua vez acompanhado de entidades demoníacas: o mau pensamento; a
mentira, a rebelião, o mau governo, a doença e a morte.
Como fruto dessa noção, há no zoroastrismo uma série de exortações e interdições
destinadas a dirigir a conduta dos homens, para reprimir os maus impulsos. Através do
combate cotidiano a Angra Mainyu e sua coorte (que se manifestam, por exemplo, nos
animais de presa, nos ladrões, nas plantas venenosas etc.), o indivíduo torna-se
merecedor das recompensas divinas, embora tenha liberdade para decidir-se pelo
mal, caso em que será punido após a morte. Enquanto religião, o zoroastrismo reduziu
sensivelmente a importância de certos rituais indo-arianos, repelindo alguns elementos
cerimoniais correntes no Irã, como as bebidas estimulantes e os sacrifícios
sangrentos.
Após a adoção oficial do zoroastrismo pelos aquemênidas, no reinado de Dario I,
redigiu-se o Avesta ou Zend-Avesta, livro sagrado no qual -- na parte denominada
gathas, hinos metrificados em língua arcaica -- encontra-se a sistematização tardia
dessa religião, que teria sido feita pelo próprio Zoroastro. Entretanto, sob os
sucessores de Dario, o zoroastrismo transformou seu caráter, convertendo-se em
mazdeísmo (ou masdeísmo), impregnado de crenças populares e mais complexo dos
pontos de vista escatológico e ritualístico. Apesar dos pontos de contato entre o
zoroastrismo clássico e o mazdeísmo aquemênida (como a purificação ritual pelo
fogo), permanecem sem resposta conclusiva. Ainda se discutem entre os especialistas
numerosas questões relativas à influência que a reforma de Zoroastro por certo
exerceu sobre outros movimentos religiosos orientais, inclusive o judaísmo, o
cristianismo e o maniqueísmo.

(Extraído de Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda)

Jainismo

O jainismo foi originalmente -- como o budismo, seu contemporâneo -- um


movimento de reforma dentro do hinduísmo. Tomou depois forma como religião
independente e existe até os dias de hoje, com mais de dois milhões de adeptos na
Índia.
Milenar religião e filosofia da Índia, o jainismo foi criado no século VI a.C. por
Vardhamana, conhecido como Mahavira (Grande Herói). Segundo alguns, contudo, o
jainismo teria surgido dois séculos antes, com Parsvanatha, cujo título honorífico de
"vencedor" (jaina ou jina, donde jainismo), também dado a Mahavira, teria sido a
origem do nome do sistema. De qualquer forma, coube a Mahavira desenvolver a nova
religião. Como Buda, ele pertencia à casta guerreira,
na qual o movimento teve origem. Tanto o jainismo
como o budismo reagiam contra as concepções
existentes sobre a divindade e adotavam posição não-
teísta, ensinando também que a libertação (moksha)
dependia do esforço de cada um e não dos deuses.
Ambos protestavam também contra o regime de
castas e os privilégios dos brâmanes.
Não acreditando em deuses, espíritos ou
demônios, os jainistas adotam uma metafísica muito
complexa e até contraditória. Dualistas, afirmam que o
universo está dividido em duas categorias últimas e
eternas: os seres vivos ou almas (jiva) e as coisas
inanimadas ou materiais (ajiva). Entre as últimas
distinguem quatro categorias: matéria, movimento,
repouso e tempo. Já os seres vivos constituem uma
combinação de alma e matéria, reunidas pelo karma
(ação) e divididos em oito classes com inúmeras
subdivisões. A salvação consiste em liberar-se dos
laços materiais e alcançar o nirvana. No jainismo o
princípio do ahimsa (não fazer mal a nenhuma
criatura) é mais rigoroso do que no budismo, pois entende como ser vivo também as
pedras, o vento, a água etc.

Imagem colossal do santo jainista Bahubali, em Sravana Belgola, no


estado de Karnataka, Índia.

(Extraído de: http://orbita.starmedia.com/~hyeros/index.html)


SIKHISMO
História.

O Sikhismo é uma ramificação do HINDUISMO e do


ISLAMISMO, resultado de um agudo conflito entre os
séculos 12 e 15. O movimento hindu BHAKTI e o islâmico
SUFISMO encontraram compatibilidade em certos
elementos comuns aos dois.
O início formal do Sikhismo é marcado pela era dos DEZ
GURUS, que começa com o GURU NANAK (1469-1538).
Ele nasceu na vila de Rai Bhoi di Talvandi, na região do
Punjab, atual Paquistão. Sua educação incluía
conhecimentos do Hinduísmo e Islamismo. Em seus anos
de formação, Nanak conheceu e tornou-se amigo de um
muçulmano chamado Mardana, junto com quem
compunha hinos. Ambos, hindus e muçulmanos, reuniam-
se, para cantar esses hinos num local chamado Sultanpur.
Foi ali que Nanak teve uma visão na qual percebeu seu chamado para pregar e
ensinar sobre o caminho da ILUMINAÇÃO e de Deus. Conforme a história é relatada,
ele desapareceu, enquanto se banhava num riacho e reapareceu depois de três dias
de reclusão, para proclamar: "Não existe hindu, não existe muçulmano". Esta frase
tornar-se-ia um dos pilares do Sikhismo.
Nanak ensinou pelo resto da vida e fundou o primeiro templo Sikh em Katarpur. Antes
de sua morte, em 1538, nomeou seu sucessor,Angad, que se tornou o segundo dos
dez gurus. A seguir, listamos os dez, juntamente com as respectivas datas de
liderança:

 1. Nanak (1469-1538)
 2. Angad (1538-1552)
 3. Amar Das (1552-1574)
 4. Raml Das Sodhi (1574-1561)
 5. Arjun Mal (1581-1606) (morreu executado)
 6. Hargobind (1606-1644)
 7. Har Raj (1644-1661)
 8. Hari Khishen (1661-1664)
 9. TegK Bahadur (1664-1675) (morreu executado)
 10. Gobind Rai (1675-1708).

Embora originariamente o Sikhismo tivesse uma filosofia e teologia pacifista, a


execução de dois dos gurus criou sikhs mais militantes nas gerações seguintes. O
décimo guru, Gobind Rai, fundou a ORDEM KHALSA, a principal do Sikhismo. Devido
ao fato de que ele perdera todos os seus filhos durante o curso de sua vida, não teve
desejo de nomear um sucessor. Conseqüentemente, declarou que o reinado dos gurus
chegara ao final.
Gobind Rai, entretanto, teve sucessores, os quais enfrentaram duras perseguições na
região do Punjab, governada pelos muçulmanos. A tolerância desenvolveu-se
gradualmente, quando os afegãos e persas invadiram a região e finalmente
assumiram o poder. No início do século 19, foi formado um Estado sikh sob a liderança
de Ranjat Singh (1780-1839) e foi sustentado até que os britânicos levaram tropas
para a região. Isso ocasionou as duas guerras (1 843-46 e 1848-49), que culminaram
na derrota dos sikhs e o domínio da Inglaterra. Várias facções desenvolveram-se
dentro do Sikhismo no século 19. As relações com os ingleses eram
consideravelmente melhores do que fora com os dominadores muçulmanos, mas o
massacre de civis em Amritsar em 1919, resultou no crescimento da amargura dos
sikhs contra seus "dominadores imperialistas". Muitos deles uniram-se ao movimento
de MAHATMA GANDHI contra o domínio britânico.
Em 1947 ocorreram grandes mudanças culturais e demográficas, quando a Índia
tornou-se independente. A terra foi repartida no que atualmente é o Paquistão, no
norte e oeste; e a Índia ao leste e sul. Devido ao confronto entre os grupos religiosos
2,5 milhões de sikhs foram obrigados a abandonar o Paquistão e mudar-se para a
Índia. Isso ocasionou mais violência, quando os muçulmanos, por sua vez, mudaram-
se para o Paquistão. Os sikhs, por causa de seu crescimento, sempre desejaram
constituir uma nação independente, o que gerou continuas explosões de violência
contra o governo, que culminou com o ataque do exército indiano em junho de I984,
contra HARIMANDIR, o santuário sikhs mais sagrado. Em outubro do mesmo ano, a
primeira ministra Indira Gandhi foi assassinada por dois de seus guarda-costas. Isso
intensificou a tensão entre sikhs e hindus, e precipitou mais violência. Essa tensão
diminuiu em 1989, quando o primeiro ministro Rajiv Gandhi anunciou que todos os
militantes sikhs presos depois do ataque de 1984 seriam soltos. Os sikhs ainda lutam
pela formação de um estado independente

Ensinos:

A missão de Nanak era reunir os elementos comuns do Hinduísmo e Islamismo. Mais


tarde, portanto, os sikhs foram considerados dissidentes do BRAMANISMO. Nanak
rejeitou os dogmas cerimoniais e ritualísticos do Hinduísmo, em prol da
compatibilidade.
Arjun, o quinto dos dez gurus, reuniu os muitos escritos e os hinos, que até sua época
permaneciam separados e independentes. Este processo de junção continuou até ser
concluído pelo décimo guru, Gobind Rai. O volume resultante, que contém as
doutrinas do Sikhismo, é chamado de Siri Guru Granth Sahib (também conhecido
como Adi Granth), uma antologia dos escritos dos dez gurus, considerada como a
bíblia Sikh.
Deus, como confessado no Islamismo, é apenas um. Ele criou todas as coisas. A
experiência para se chegar ao conhecimento do Todo-poderoso é alcançada através
da MEDITAÇÃO. Os sikhs adotam o conceito hindu da SAMSARA, carma e
REENCARNAÇÃO. Ao nascer, o homem tem a oportunidade final de escapar da
samsara.
Os sikhs mais zelosos, chamados de santos Khalsa, aderem ao que é conhecido
como os cinco K, que são os seguintes: (1)kesa -"cabelos longos", que os Khalsa
conservam sem cortar; (2) kangha - "pente'; (3) kacha - "calças curtas"; (4) kachu -
"bracelete de metal"; e (5) kirpan -"arma" ou "espada".
Os templos sikhs, que são mais de duzentos na Índia, são chamados GURDWARAS.
O principal é o já mencionado Harimandir, em Amritsar. O segundo santuário mais
sagrado é Nankana, local de nascimento de Nanak.
Embora os sikhs, como os muçulmanos, são terminantemente proibidos de adorar
ícones e ídolos, o Adi Grnnth na realidade tornou-se um objeto de devoção. Como
acontece no Islamismo, um tempo sagrado, geralmente pela manhã, é reservado para
a oração.

Conclusão:

Os sikhs e hindus tornaram-se cada vez mais separados uns dos outros, tanto na
política como na teologia, apesar da convicção de Nanak de que "não existe hindu,
não existe muçulmano". No Sikhismo, todos têm direito de ler os escritos sagrados;
eles não são destinados apenas às classes privilegiadas.O Hinduísmo, por outro lado,
permite que apenas a elite espiritual, dentro do SISTEMA DE CASTAS, tenha acesso
às escrituras. Os sikhs rejeitam as estreitas estruturas sociais do sistema de castas
hindu, mas as divisões étnicas ainda persistem, principalmente nos vilarejos rurais
com menor acesso à educação.
O Sikhismo tem considerável influência no Ocidente, principalmente através dos
ensinamentos de IOGUE BHAJAN e sua forma particular de Shikhismo, conhecida
como S1KH DHARMA. Devido à natureza mais radical das idéias de Bhajan, este
volume discute o Sikh Dharma separadamente.

(Extraído do Dicionário de Religiões - Ed. Vida)

Xintoísmo
Conjunto de crenças e práticas expressas em
manifestações sociais e atitudes individuais, o
xintoísmo preservou seu espírito ao longo dos
tempos embora não tenha fundador, escrituras
sagradas oficiais ou dogmas.
Xintoísmo é a religião nacional do Japão, que
se constitui de crenças e práticas religiosas de
tipo animista. De origem chinesa, o termo
xinto significa "caminho dos deuses". O
xintoísmo reconhece um poder sagrado cuja
natureza não pode ser explicada em palavras, o kami, e que se acha difundido na
natureza sob a forma do Sol (Amaterasu), da Lua (Tsukiyomi), da tempestade
(Susanoo) e muitas outras. Os espíritos dos antepassados também são considerados
deuses tutelares da família ou do país, motivo pelo qual os ritos fúnebres possuem
grande relevo.

Origens

A tradição religiosa do xintoísmo formou-se no período anterior ao budismo, que


ganhou força no Japão no século VI. A partir de então, contatos entre o xintoísmo e o
budismo modificaram ambas as religiões. Os budistas adotaram divindades dos
xintoístas, e estes, que consideravam seus deuses espíritos invisíveis e sem formas
precisas, aprenderam com o budismo a erigir imagens e templos votivos. Houve quem
proclamasse que as duas religiões eram manifestações diferentes da mesma verdade,
o que originou uma tendência sincretista.
As narrativas míticas da tradição xintoísta foram registradas por escrito no Kojiki (712;
Anais das coisas antigas), e no Nihongi (720; Crônicas do Japão), as mais antigas
fontes literárias. Os mitos referem-se a um caos primordial em que os elementos se
mesclam em massa amorfa e indistinta, "como num ovo". Os deuses surgiram desse
caos.
A partir do final do século XVII teve início um movimento nacionalista que pretendeu
restaurar o xintoísmo mediante a promoção das práticas antigas e a proclamação de
uma ética nacional e de ritos patrióticos que originaram o xintoísmo estatal (Kokka
Xinto). Os principais teóricos desse movimento foram Mabuqui, estudioso do Kojiki e
do Nihongi, e Motoori Norinaga, que sistematizou as correntes religiosas de modo a
combinar o culto da natureza com o dos heróis. Com a instauração do imperador Meiji,
em 1868, o xintoísmo estatal foi proclamado religião oficial, liberto tanto das influências
budistas como dos costumes do xintoísmo popular. O xintoísmo nacionalista exaltava
a raça japonesa e divinizava o imperador, mas no final da segunda guerra mundial os
Estados Unidos obrigaram o imperador a desfazer o mito de sua divindade.

Os deuses

Segundo o Kojiki, o advento dos deuses iniciou-se com cinco divindades:


Amenominakanushi (Senhor do augusto centro do céu), Takamimusubi (Alto gerador
do deus prodigioso), Kamimusubi (Divino gerador do deus prodigioso),
Umashiashikabihikoji (O mais velho soberano do cálamo) e Amenotokotachi (O que
está eternamente deitado no céu).
A seqüência prossegue com as "sete gerações divinas", dois deuses e mais cinco
pares: Kuminotokotachi (Eternamente deitado sobre a terra); Toyokumonu (Senhor da
integração exuberante); Uhijini (Senhor da lama da terra); e Suhijini (Senhora da lama
da terra); Tsunuguhi (Embrião que integra) e Ikuguhi (Aquela que integra a vida);
Ohotonoji (O mais velho da grande morada) e Ohotonobe (Senhora mais velha da
grande morada); Omodaru (Aspecto perfeito) e Ayakashikone (Majestosa); Izanagi
(Varão que atrai) e Izanami (Mulher que atrai). Essas entidades recebem a designação
de kami ou "espíritos divinos".
O último casal da série teogônica, Izanagi e Izanami, desempenha na cosmogonia
xintoísta o papel da criação e, como tal, é a partir dele que se estrutura o corpo de
mitos etiológicos que mostram, por exemplo, o aparecimento das ilhas japonesas e
das divindades secundárias associadas a cada uma destas. A catábase (descida aos
infernos) de Izanagi, realizada após a morte de sua mulher em conseqüência do parto
do fogo, faz parte dessa categoria de mitos. Segundo a narrativa tradicional, Izanagi
contemplou o corpo putrefato de Izanami e se purificou num rio ao retornar ao mundo
dos vivos. De seus trajes abandonados e das impurezas que lhe saíram do corpo
nasceram as divindades maléficas, além da deusa solar Amaterasu e dos deuses
Susanowo e Tsukiyomi (Lua).
As relações entre o culto dos mortos e o culto dos kami manifestam-se no
Kashikodokoro, santuário do palácio imperial de Tóquio, onde o imperador e sua corte
rendem homenagens aos antepassados kami durante as grandes festas nacionais. O
Kashikodokoro constitui, no Japão moderno, o centro onde se preservam as remotas
tradições do xintoísmo.

Extraído de Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

TAOÍSMO

Introdução

O Taoísmo se baseia no sistema politeísta e


filosófico de crenças que assimilam os antigos
elementos místicos e enigmáticos da religião
popular chinesa, como: culto aos ancestrais,
rituais de exorcismo, alquimia e magia.

A origem da filosofia do Taoísmo é atribuída


aos ensinamentos do mestre chinês Erh Li ou
Lao Tsé (velho mestre), um contemporâneo de
Confuncio, nos anos 550 a.C., segundo o Shih-
chi (Relatos dos Historiadores). Apesar de não
ser uma religião mundialmente popular, seus
ensinos têm influenciado muitas seitas modernas.

Fundação do Taoísmo
Como no Budismo, muitos fatos da vida de Lao Tsé são lendas. Uma delas é a
questão dele já haver nascido velho. Supostamente, ele nasceu no sul da China em
volta do ano 604 a.C. Ele tinha uma importante posição no governo, como
superintendente judicial dos arquivos imperiais em Loyang, capital do estado de Ch'u.

Por desaprovar a tirania dos regentes de seu governo, Lao Tsé veio a crer e ensinar
que os homens deveriam viver uma vida simples, sem honrarias ou conhecimento.
Sendo assim, ele renunciou o seu cargo e foi para casa.

Para evitar a curiosidade de muitos, Lao Tsé comprou um boi e uma carroça, e partiu
para a fronteira da província, deixando aquela sociedade corrompida para trás. Ao
chegar lá, o policial, um de seus amigos, Yin-hsi, o reconheceu e não o deixou passar.
Ele advertiu Lao Tsé que deveria escrever seus ensinamentos, e só assim poderia
cruzar a fronteira na região do Tibete.

Tao te Ching — o Livro Sagrado

Segundo a história, Lao Tsé, agora com 80 anos, regressou após três dias com os
ensinamentos escritos em um pequeno livro com aproximadamente 5.500 palavras.
Ele o denominou de “Tao te Ching”, o “Caminho e seu Poder” ou o “Caminho e
Princípios Morais”. Logo após, ele montou em um búfalo e partiu para nunca mais
voltar. Lao Tsé foi canonizado pelo imperador Han entre os anos 650 e 684 a.C.
Segundo a história, ele morreu no ano 517 a.C.

Uma das facetas do “Tao te Ching” é ensinar ao povo como resistir às terríveis
calamidades comuns na China. Ele diz que a pessoa deve sempre permanecer em um
nível baixo, sem nenhuma ambição, e sem desejar sobressair sobre qualquer
circunstância, a fim de sobreviver.

O Taoísmo religioso (Tao Ciao) surgiu na dinastia do imperador Han, no século II.
Tchuang-tseu, um discípulo de Lao Tsé e filósofo chinês, que morreu no princípio do
século III, desenvolveu e proliferou os ensinamentos de seu mestre.Tchuang-tseu
escreveu uma média de 33 livros sobre a filosofia de Lao-Tsé, que resultou na
composição de 1.120 volumes, os quais formam o Cânon Taoísta. Ele acreditava que
o “Tao-te-Ching” era a fonte da sabedoria e a solução para todos os problemas da
vida.

Para compreender a filosofia do Taoísmo, vejamos o que Tchuang-tseu pronunciou


quando sua esposa morreu:

“Como posso me comover com sua morte? Originalmente ela não tinha vida, nem
forma, e nem força material. No limbo da existência e não-existência havia
transformação, e a força material estava envolvida. A força material se transformou em
forma, a forma em vida, e o nascimento em morte. Da mesma maneira que acontece
com as estações do ano. Ela agora dorme na grande casa, o universo. Para eu estar
chorando e pranteando, será mostrar minha ignorância do destino. Por isso eu me
abstenho.”

Os Ensinos de Lao Tsé


O credo do Taoísmo é: “Sujeite-se ao efeito, e não busque descobrir a natureza da
causa.”

O Taoísmo é uma religião anti-intelectual, que leva o homem a contemplar e se sujeitar


às leis aparentes da natureza, ao invés de tentar compreender a estrutura destes
princípios. A doutrina básica do Taoísmo se resume em uma forma prática, conhecida
como as “Três Jóias”: compaixão, moderação e humilhação. A bondade, simplicidade
e delicadeza também são virtudes que o Taoísmo busca aparentar às pessoas.

Os ensinos de LaoTsé eram, em parte, uma reação contra o Confucionismo


humanístico e ético daquele tempo, o qual ensinava que as pessoas só poderiam viver
uma vida exemplar, se estivessem em uma sociedade bem disciplinada, e que se
dedicassem aos rituais, deveres e serviços públicos. O Taoísmo, por sua vez,
enfatizava que as pessoas deveriam evitar todo tipo de obrigações e convívios sociais,
e se dedicassem a uma vida simples, espontânea e meditativa, voltada à natureza.
Por isso, o imperador Shi Huang Ti mandou queimar os livros de Confuncio.

Segundo os ensinamentos do Taoísmo, o Tao (caminho) é considerado a única fonte


do universo, eterno e determinante de todas as coisas. Os taoístas crêm que quando
os eventos e coisas são permitidas existir em harmonia natural com a força macro-
cósmica, então existe paz.

Tao — Deus: Apesar do Taoísmo originalmente ignorar um Deus criador, os princípios


do Tao eventualmente tem o conceito de Deus. LaoTsé escreveu: “Antes do céu e da
terra existirem, havia algo nebuloso... Eu não sei o seu nome, e eu o chamo de Tao.”

Yin e Yang: Eles consideram também que tudo no mundo é composto pelos
elementos opostos Yin e Yang. O lado positivo é o yang, e o negativo, o yin. Esses
elementos transformam-se, complementam-se e estão em eterno movimento,
equilibrados pelo invisível e onipresente Tao. Yang é a força positiva do bem, da luz e
da masculinidade. Yin é a essência negativa do mal, da morte e da feminilidade.
Quando esses elementos não estão equilibrados, o rítmo da natureza é interrompido
com desajustes, resultando em conflitos. Eles ensinam que da mesma forma que a
água se modela dentro de um copo, o homem deve aprender a equilibrar seu Yin e
Yang, a fim de viver em harmonia com o Tao. O filme “Guerra nas Estrelas” foi
baseado na filosofia taoísta, em que a força universal existe e as pessoas determinam
se a usam para o bem, ou para o mal.

Esta filosofia vai contrária a Teologia Bíblica. Deus é onipotente e a fonte de todo o
bem. Lúcifer, hoje Satanás, foi criado por Deus, e por isso tem limites quanto à sua
autoridade e poder. Como fonte do mal, o Diabo se opõe ao reino de Deus. Ele não é,
nunca foi, e nunca será igual ou se harmonizará em sua oposição à Deus.

Embora formulado há mais de 2.500 anos, o Taoísmo influencia a vida cultural e


política da China até hoje. Suas manifestações mais populares são o chi-kung, arte de
autoterapia; o wu-wei, prática da inação; ioga; acupuntura; e as artes marciais wu-shu
ou kung-fu.

Artes Marciais — É ensinado nas artes marciais como: kung-fu, caratê, judô, aikidô,
tai-chi-chuan e jujitsu, que o equilíbrio da pessoa com o Tao é estabelecido quando a
“Força” ou “Ch'i”, uma energia que sustenta a vida, flui no corpo e se estende a fim de
destruir o seu oponente.
Acupuntura — Usando a mesma filosofia, eles vêm a saúde fisiológica como a
evidência do equilíbrio do Yin e Yang. Se estes elementos estão desequilibrados, as
enfermidades surgem. Eles ensinam que para restaurar a saúde necessita haver uma
ruptura no fluxo do Yin e Yang, o qual é feito através de agulhas inseridas no corpo.
Uma vez que o equilíbrio dos elementos tenham sido restabelecidos, a força do Tao
pode fluir livremente no corpo trazendo a cura.

Ioga — Apesar da ioga não referenciar ao Taoísmo, ela incorpora a mesma filosofia da
“Força” como sustentador da vida e da estética. O Taoísmo professa a longevidade e a
imortalidade física pela perfeita submissão à ordem natural universal, através da ioga,
meditação, prática de exercícios físicos e respiratórios, dietas especiais e mágica.

 O Misticismo e o Taoísmo
 Culto aos Ancestrais
 Rituais de Exorcismo
 Alquimia
 Magia

Culto aos ancestrais: para os chineses, a maioria dos deuses são pessoas que
tiveram poder excepcional durante a sua vida. Por exemplo, Guan Di, que é o deus
protetor dos negociantes, foi um general dos anos 200 d.C.

Rituais de exorcismo: o Taoísmo possui um sacerdócio hereditário, principalmente


em Taiwan. Esses sacerdotes dirigem rituais públicos, durante os quais, eles
submetem as orações do povo aos deuses. O sacerdote principal, que no momento da
cerimônia se encontra em transe, se dirige a outras divindades, representando outros
aspectos do Tao, em favor do povo. O Taoísmo enfatiza que os demônios devem ser
aplacados com presentes, a fim de assegurar a passagem do homem na terra.

Alquimia: química da Idade Média e da Renascença, que procurava, sobretudo,


descobrir a pedra filosofal e o elixir da longa vida. O imperador Shi Han enviou
expedições navais para várias ilhas, a fim de descobrir a erva da imortalidade. O
imperador Wu Tsung tomou medicamentos taoístas para eterificar seus ossos. Os
chineses buscam o Taoísmo para fins de cura e livramento de espíritos maus.

Magia ou mágica: arte oculta com que se pretende produzir, por meio de certos atos
e palavras, e por interferência de espíritos (demônios), efeitos e fenômenos contrários
às leis naturais. Os discípulos de Lao Tsé diziam ter poder sobre a natureza e se
tornaram advinhos e exorcistas.

O Taoísmo na Atualidade

Na atualidade, o Taoísmo está dividido em dois ramos: o filosófico e o religioso.

O Taoísmo filosófico é ateísta e se diz ser panteísta. Ele trata levar o homem a uma
harmonia com a natureza através do livre exercício dos instintos e imaginações.

O Taoísmo religioso é politeísta, idólatra e exotérico, pois consulta os mortos. Ele


teve início no segundo século, quando o imperador Han edificou um templo em honra
a Lao Tsé, e o próprio imperador ofereceu sacrifícios à ele. Somente a partir do século
VII é que o Taoísmo veio ser aceito como religião formal.

O Taoísmo religioso possui escritura sagrada, sacerdócio, templos e discípulos.


Também crêem numa nova era que haverá de surgir e derrotará o sistema
estabelecido. Com o tempo, o Taoísmo aderiu deuses ao sistema religioso, crença do
céu e do inferno, e a deificação de Lao Tsé.

O Taoísmo pratica o que Paulo escreveu aos Romanos: “Pois mudaram a verdade de
Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é
bendito eternamente. Amém.” A vida de virtudes éticas pode ser atrativa, mas falha
quando se trata da natureza pecaminosa do homem. Respeitar as leis ou preservar a
natureza é uma mordomia que o homem desenvolve para com a terra, mas nunca
deve ser uma forma de devoção religiosa, acima do Deus Criador da natureza.

Antes do Comunismo tomar a China, para cada 11 chineses, um era taoísta. Suas
práticas animistas tem diminuido na China, mas continua grandemente nas
comunidades chinesas da Ásia. Apesar de não ser uma religião oficial nos Estados
Unidos, seus princípios filosóficos são encontrados na maior parte das seitas orientais
no Ocidente.

Atualmente, a religião conta com cerca de três mil monges e 20 milhões de adeptos
em todo o mundo, sendo muito popular em Hong Kong, com mais de 360 templos.

As Verdades Bíblicas

Deus: Cremos em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas distintas, o


Pai, o Filho e o Espírito Santo, Dt 6.24; Mt 28.19; Mc 12.29.

Jesus: Cremos no nascimento virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória,


em sua ressurreição corporal de entre os mortos, e em sua ascensão gloriosa aos
céus, Is 7.14; Lc 1.26-31; 24.4-7; At 1.9.

Espírito Santo: Cremos no Espírito Santo como terceira pessoa da Trindade, como
Consolador e o que convence o homem do pecado, justiça e do juízo vindouro.
Cremos no batismo no Espírito Santo, que nos é ministrado por Jesus, com a
evidência de falar em outras línguas, e na atualidade dos nove dons espirituais, Jl
2.28; At 2.4; 1.8; Mt 3.11; I Co 12.1-12.

Homem: Cremos na criação do ser humano, iguais em méritos e opostos em sexo;


perfeitos na sua natureza física, psíquica e espiritual; que responde ao mundo em que
vive e ao seu criador através dos seus atributos fisiológicos, naturais e morais,
inerentes a sua própria pessoa; e que o pecado o destituiu da posição primática diante
de Deus, tornando-o depravado moralmente, morto espiritualmente e condenado à
perdição eterna, Gn 1.27; 2.20,24; 3.6; Is 59.2; Rm 5.12; Ef 2.1-3.

Bíblia: Cremos na inspiração verbal e divina da Bíblia Sagrada, única regra infalível de
fé para a vida e o caráter do cristão, II Tm 3.14-17; II Pe 1.21.
Pecado: Cremos na pecaminosidade do homem, que o destituiu da glória de Deus, e
que somente através do arrependimento dos seus pecados e a fé na obra expiatória
de Jesus o pode restaurar a Deus, Rm 3.23; At 3.19; Rm 10.9.

Céu e Inferno: Cremos no juízo vindouro, que condenará os infiéis e terminará a


dispensação física do ser humano. Cremos no novo céu, na nova terra, na vida eterna
de gozo para os fiéis e na condenação eterna para os infiéis, Mt 25.46; II Pe 3.13; Ap
21.22; 19.20; Dn 12.2; Mc 9.43-48.

Salvação: Cremos no perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita, e na


eterna justificação da alma, recebida gratutitamente, de Deus, através de Jesus, At
10.43; Rm 10.13; Hb 7.25; 5.9; Jo 3.16.

ARTE MAHIKARI
História

A palavra mahikari significa “Luz Divina” ou “Luz


Verdadeira”. É um grupo de índole religioso-
apocalíptico, fundado no Japão em 1959, com o nome
de Sukyo Mahikarj, por Yoshikazu Okada (s.d.),
conhecido pelo título de Oshienushi-sama. A AM se
auto-intitula um movimento de renovação espiritual,
fundamentado em revelações divinas inéditas, que o
Deus SU dera ao fundador entre 1959 e 1967. Essas
revelações pretendem esclarecer os textos sagrados de todas as grandes religiões
existentes. Por exemplo, Okada afirmou que a BÍBLIA predisse a sua vinda, quando
Jesus disse que enviaria ao mundo “o Espírito da Verdade”, o “Consolador”, que
conduziria seus discípulos a toda a verdade (João 16.13 — veja ESPIRITISMO, para
uma consideração sobre o Consolador prometido por Jesus). Apesar disso, a AM
afirma que não é um movimento de cunho religioso.

Não há dados acerca do número de adeptos ligados à AM, nem no Brasil nem no
mundo. Sua sede mundial fica no Japão. No Brasil, localiza-se na Cidade de São
Paulo. O grupo é dirigido atualmente pela filha do fundador, Keiju Okada (s.d.), a nova
Oshienushi-sama.

Ensinos, O corpo de ensinos da AM tem a ver com as revelações atribuídas ao


fundador. Destacam-se:
Deus — É difícil determinar qual o conceito de Deus na AM. Ele é único, mas ao
mesmo tempo existem vários outros deuses que protegem a humanidade. Todos
seriam frações do Deus Supremo SU (também chamado Miroku). O homem também
seria uma fração desse Deus; nesse caso, essa noção de Deus assemelha-se mais ao
PANTEÍSMO; mas, curiosamente, é ao mesmo tempo individualizado, revestido de
antropomorfismo, a ponto de lapidar-se durante bilhões de anos. Nesse caso, teríamos
um POLITEÍSMO, pois além de lapidar-se, fez o mesmo com os demais deuses que
criara.

Homem — Ë um ser composto de espírito e mais três corpos, aos quais comanda: o
material, o espiritual e o astral. Estes sofrem a influência de espíritos cheios de rancor,
ódio, inveja e outros sentimentos negativos, que podem penetrar no corpo material ou
permanecer nas proximidades, controlando a vontade humana, trazendo graves
conseqüência para o corpo. Isso explicaria a causa da maioria das doenças.

Vida após a morte - A AM advoga a crença na REENCARNAÇÃO. Quando o corpo


físico morre, o espírito e os corpos espiritual e astral vão para o mundo astral, dividido
em sete dimensões, sendo a sétima o mundo do Deus SU. O espírito desencarnado
habitará naquele que corresponde ao seu grau de purificação. No mundo astral o
espírito e seus corpos serão submetidos a provas, que os farão se esquecer de tudo o
cause apego ao mundo material. O tempo da prova varia de 200 a 300 anos. Somente
depois disso é que poderá reencarnar. Dependendo do acúmulo de pecados
cometidos nas encarnações anteriores, poderá vir num corpo humano ou num de
animal.

Cataclismo mundial — O Deus SU teria fornecido informações inéditas sobre uma


Nova Era que se aproxima. Antes da instalação dessa Nova Era, porém, haverá um
grande cataclismo mundial, que começou com a Era do Batismo de Fogo, em 1962.
Desde então tem havido grandes catástrofes, como terríveis abalos sísmicos,
maremotos, tufões, desequilíbrio climático, contaminação em massa etc. Somente
pessoas espiritualmente purificadas é poderão sobreviver, a fim de compor a Nova
Civilização do século 21. Entra em cena a AM como a solução mais rápida de Deus
para purificar espiritualmente as pessoas, pondo fim ao seu CARMA, bem como as
imunizando para o escape dessa catástrofe e preparando-as para a entrada na Nova
Era. Isso seria feito por meio do Okiyome (veja abaixo).

Okiyome e Arte Mahikaki — O processo de depuração da humanidade é


denominado Okiyome (purificação). Consiste na imposição de mãos, por meio da qual
é transmitida a mahikari, ou seja, a “Luz Divina”, vinda diretamente da sétima
dimensão. Esse é o ponto nevrálgico da AM. Quem impõe as mãos é apenas um canal
pelo qual a mahikari é transmitida. Pela aplicação freqüente de Okiyomt, a AM acredita
que paulatinamente o nível espiritual de alguém se elevará, obtendo com isso uma
vida de saúde, harmonia e prosperidade, exorcizando os espíritos perturbadores e
opressores. A prática de Okiyome não se limita aos seres humanos; pode ser aplicada
em alimentos, ambientes de trabalho, planta etc. Nesse aspecto, é bem semelhante à
prática do JOHREI, da IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL. (AGIR)

(Extraído Dicionário de Religiões – Editora Vida)

SEICHO-NO-IÊ
I – HISTÓRICO

O movimento Seicho-no-iê foi iniciado por


Taniguchi Masaharu, nascido a 22 de
novembro de 1893, na Vila de Karasuhara,
município de Kobe, no Japão. Devido à
pobreza de seu lar, foi educado por seu tio, de
maneira severa. Seu temperamento era
retraído e entregava-se à leitura com avidez.
Começou a sentir desgosto pela vida e a maldizer a sociedade. Já adulto, teve vários
casos de amor, a tal ponto que sua consciência dolorida não o deixava dormir.
Contraíra doenças venéreas e pensava tê-las transmitido a uma menina, sobrinha de
um chefe seu. Somente sua auto-sugestão de que não existia doença o tranqüilizou,
curando-o da insânia e aliviando sua consciência por um período de tempo. Depois de
terminar a escola secundária, apesar da oposição de seus pais adotivos, inscreveu-se
na Faculdade de Literatura Inglesa da Universidade Waseda, em Tóquio. Alimentava
então idéias pessimistas sobre a vida, e procurava uma explicação lógica do mundo e
do homem.

Taniguchi entregou-se ao estudo teórico e prático das ciências psíquicas que exerciam
atração sobre ele e nas quais depositava a confiança de que poderiam salvar
espiritualmente o homem e a sociedade.
Quando a Primeira Guerra Mundial estava no auge, imperava no Japão uma literatura
moralizante, espiritualista e nacionalista. Taniguchi dedicou-se novamente à leitura e
descobriu uma sutra budista (daizokio), tirando dela o ensinamento fundamental: "Não
existe matéria, como não existem doenças: quem criou tudo isso foi o coração...
Segue-se disso que a doença pode ser curada com o coração..." Este conceito
tornou.se fundamental no Seicho-no-iê.

Em dezembro de 1922 Taniguchi partiu para Tóquio. Escreveu uma dissertação sobre
a natureza religiosa do homem, intitulada: Para a Santidade. Estabeleceu os
fundamentos da filosofia de Taniguchi: a "Teologia do movimento Seicho-no-iê". Em
1923 escreveu o livro Crítica a Deus, tendo Judas, o traidor, como herói.
Leu Tanisho, livro escrito por um discípulo de Shinram que desenvolveu a idéia do
Tariki (salvação pela fé). Para Taniguchi as pessoas não precisavam de uma religião
que lhes incutisse o medo, mas que trouxesse uma salvação amigável. Deixou
influenciar-se pelas teorias de Bergson, pela lei da ação criadora do coração do
livro de Holmes Zenwicke (americano), pela vontade de poder de Adler. Assim leu
psicologia, espiritismo e estudou a ciência cristã.

Recebeu a revelação divina (shinsa): "Não existe matéria, mas existe a


realidade"(jissô) - ensino básico do Seicho-no-iê. "Você é realidade, você é Buda, você
é Cristo, você é infinito e inesgotável. "

Taniguchi misturou introspecção psicológica e fenômenos psíquicos curando os


doentes através da auto-sugestão. Tornou-se um verdadeiro feiticeiro do século XX.
Em 1922, Taniguchi lançou uma revista, denominada Seicho-no-iê. A fama dela
aumentou; em junho de 1930, Taniguchi inaugurou uma secretaria de imprensa. Em
1934 estabeleceu a direção do movimento em Tóquio; divulgava a fonte do fluido
psíquico que garantia saúde aos amigos. Prometeu que a assinatura da revista
garantiria afastar o medo de qualquer mal. Em 1935 começou a imprimir grandes
anúncios nos jornais, semanalmente. Lago os assinantes chegaram a trinta mil. Em
1936 registrou o Seicho-no-iê como associação Cultural. Em 1941 transformou-o em
seita religiosa centralizada no "Komio", espécie de deus pessoal ao qual se dirigem
orações. Durante a Segunda Guerra, a seita colaborou com os nacionalistas,
influenciando os operários das indústrias bélicas e os colonizadores da Manchúria.
Depois da guerra, Taniguchi foi expulso pelo general MacArthur; a filha Emiko assumiu
a chefia do Seicho-no.iê.
Taniguchi escreveu uma obra de 40 volumes: Simei no Jissô (Verdade da Vida) - livro
básico do movimento. Tendo início em 1930, como simples movimento filosófico
psicológico e cultural para propagar certas verdades, o Seicho-no-iê foi adquirindo aos
poucos a conotação de religião. Na década de 1940 o movimento foi registrado como
religião pelo governo japonês. É a mais eclética de todas as novas religiões. É uma
miscelânea das grandes religiões tradicionais, como o cristianismo, o xintoísmo e o
budismo, com psicologia, filosofia, medicina e literatura moderna. Os adeptos são até
aconselhados a praticá-lo, continuando em suas religiões de origem. O"Kanro no hou"
é utilizado como oração e como amuleto.

O emblema central do grupo Seicho-no-iê é formado pelo sol, dentro do qual se vê a


lua, a cruz suástica, demonstrando a síntese que realizou das grandes religiões.
Seicho-no-iê significa abrigo, casa, lar do crescimento, da plenitude da vida, amor,
sabedoria, abundância e todos os demais bens em grau infinito.

Em 1949, o professor Hardmann foi aos Estados Unidos e pediu que Taniguchi
Masaharu pudesse desenvolver livremente a sua atividade. A petição estava assinada
por americanos de origem japonesa.

Taniguchi continua sendo a alma do movimento. Em 1963 empreendeu sua primeira


viagem de conferências pelo mundo, visitando o Canadá, Estados Unidos, México,
Peru, Brasil, Inglaterra, Alemanha, Suécia, Suíça, França e Itália. Nos Estados Unidos
recebeu o título de Doutor em Filosofia do Religious Science Institute.

Chegou ao Brasil em 1930, com os imigrantes japoneses. Somente depois de 1951


começou a tomar maior impulso, porque suas obras começaram a ser publicadas em
português. A sede está na capital paulista desde 1955; há uma Academia em Ibiúna,
onde os fiéis se reúnem para o exercício de desenvolvimento espiritual.

No dia l0 de agosto de 1952, autorizada pela Sede Internacional da Seicho-no-iê, no


Japão, foi instituída a Sociedade Religiosa Seicho-no-iê no Brasil, hoje Igreja Seicho-
no-iê. Está espalhada principalmente pelos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro,
Mato Grosso, Goiás, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia e Pernambuco.

As primeiras obras da Seicho-no-iê editadas em português começaram a circular em


Goiás por volta de 1970, sendo a principal difusão do movimento a realização de
seminários, palestras e conferências por professores de filosofia da Seicho-no-ié.
Brasilia já possui sua sede própria em edifício típico do Japão. Em Goiás, o
primeiro templo construído foi o de Inhumas, e é dirigido pela comunidade local,
sediando assim um importante núcleo. Em setembro de 1981 foi realizado um
importante seminário no Ginásio Emmanuel, Goiânia. Os lucros das refeições
vendidas foram revertidos para a construção do templo na capital goiana.

Em Pernambuco, desde junho de 1975 começou a funcionar em Recife o Núcleo


Central, com representações em Garanhuns, Caruaru, Olinda e Paulista. O Núcleo
Central de Recife ainda é responsável pelos núcleos de Natal (RN) e João Pessoa
(PB).

Circula entre nós a revista Acendedor, órgão do novo movimento, cuja distribuição é
gratuita e sistemática, bem como a de uma espécie de calendário com mensagens
estimuladoras e positivas.

II-DOUTRINAS E REFUTAÇÃO

O Mal - A Seicho-no-iê é uma das cento e trinta novas religiões do Japão, e sua
doutrina resume-se em três principais proposições: matéria não tem existência real;
só existe a realidade espiritual; O mal não existe; é pura ilusão da mente humana; O
pecado também não existe; é mera ilusão.

"Os males não têm existência real; nada mais são que simples sombra de
imaginação." "O mal, a infelicidade, a doença, a depressão econômica, apagam-se
quando são firmemente negados, porque eles nada mais são do que ilusões
falsamente criadas pela morte." "Os sofrimentos nada mais são do que projeções da
nossa
mente em ilusão" (Convite à Prosperidade, p. 16, 27 e 71).

A saída para evitar o mal é meditar sobre a verdadeira realidade, que é perfeita; o
espírito pode dominar o material e mudá-lo. Não só Taniguchi mas qualquer pessoa é
potencialmente Buda e Jesus.

Se o mal é realmente uma ilusão, como explicar os terríveis acontecimentos à nossa


volta? Deus é bom. Será ele responsável pelo mal que acontece no mundo? Além de a
realidade demonstrar que existe o mal, a doutrina da Seicho-no-iê é antibíblica. Desde
o princípio da criação o bem e o mal estão presentes (Gên. 2:9). Jesus ensinou esse
princípio quando contou a parábola dos lavradores maus; ela nos mostra que o mal
está dentro do coração do homem. O mal é uma oposição deliberada contra Deus: é
seguir nosso próprio caminho sem tomar conhecimento de que somos filhos de Deus.
Paulo nos ensina que a nossa luta neste mundo é contra o mal, que quer dominar
nossa vida (Rom. 7:15-25; II Cor. 5:1-l0; Ef. 6:12; 1Cor. 15:50). Malaquias profetizou
que há um julgamento para os que praticam o mal (Mal. 3). Os outros profetas também
falaram contra o mal. João Batista pregou que o machado está posto sobre os que
praticam o mal (Mat. 3 : l0).

"Dizer que o mal é uma ilusão é contradizer não somente a Bíblia, que é a Palavra de
Deus, mas também ignorar a experiência diária da vivência dos homens em
sociedade.''

1. O Pecado - Na revista Acendedor, nº 75, p. 36, há o artigo "O Pecado Não Existe", da
autoria de Taniguchi. Tal afirmação não tem fundamentos, pois é anticientífica, anti-
social, sem lógica. Qualquer pessoa racional, de bom senso, observa através da
história que alguma coisa está errada com o homem. Não somente os religiosos, mas
também os psicólogos e sociólogos admitem o erro que existe no homem e que
perturba o seu ajustamento consigo mesmo e com os outros. A Bíblia chama esse
erro, esse desvio, de pecado, corrupção, iniqüidade, em contraste com Deus, santo,
puro, verdadeiro. "Por um homem entrou o pecado no mundo"" (Rom. 5:12). Trouxe
morte física e espiritual (Gên. 2:15-17; Rom. 5:12, 23; Ef. 2:1-3). O pecado domina o
homem (Rom. 7:19,20). Cristo morreu pelos nossos pecados e salva o homem dos
pecados e da condenação (II Cor. 5:21; 1 Ped. 2:24; Rom. 5:1-11). A Seicho-no-iê não
admite o pecado mas fala em culpa, crime, perdão, purificação, mácula,
aprimoramento, preguiça, maldade, desgraça, calúnia. Diz que não existe doença,
mas prega a cura!

2. Doenças - As doenças não existem; a dor não é real,


porque a matéria não tem existência real. As formas físicas, materiais, não passam de
sombras da luz celeste a refletir-se sobre a terra. Tudo o que acontece no mundo
material é reflexo da mente. "O como carnal não sente dores porque não é matéria"
(Acendedor, n.° l10, p. 7). "Como Deus não criou a doença, a doença não existe." "De
agora em diante não existirá mais nenhum sofrimento, nenhuma tristeza, nenhuma
decepção e nenhum desapontamento" (Convite à Prosperidade, p. l6). A Seicho-no-iê
ensina que os seguidores precisam controlar suas mentes. O homem deve procurar
sua própria felicidade, mentalizando-a. A própria ciência já fez descobertas
extraordinárias: Não somente o homem e os animais sentem dor, mas também as
plantas. A Seicho-no-iê prega que "se por acaso a vida apresenta um estado de
imperfeição, está doente, significa que você não está contemplando mentalmente a
vida de Deus que habita em seu íntimo" (Convite à Prosperidade, p. 53). Nos
capítulos11 e 12 de II Coríntios, Paulo descreve o seu sofrimento por amor a Cristo:
açoitado pelos judeus; apedrejado; naufragou; em perigo; sentiu dores. Pediu ao
Senhor que o livrasse do espinho na carne (sofrimento), mas Deus lhe respondeu: "A
minha graça te basta" (II Cor. 12:9). A experiência de Paulo, de Jó e de outros servos
de Deus mostra claramente que as doenças não são uma ilusão da mente da pessoa
e sim uma realidade. O próprio Jesus Cristo sentiu a dor e o sofrimento em sua carne
e pediu que Deus passasse dele esse cálice. A própria experiência humana, fora dos
limites da Seicho-no-iê, atesta a realidade da doença, da dor e do sofrimento; em sã
consciência, ninguém pode nega-los.
Os cristãos, entretanto, sabem enfrentar a dor, o sofrimento, a morte, a doença, com
dignidade, sabendo que "todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam
a Deus"(Rom. 8:28).
Se não existisse a doença, como a Seicho.no.iê prega curas milagrosas através de
seus livros e revistas?

3. O Homem - Para a Seicho-no.iê todos os homens são


filhos de Deus: os ladrões, os assassinos, os terroristas. O homem é bom. Sem o
homem Deus não pode manifestar-se. O homem é puro e perfeito. Como filho de Deus
o homem também é Deus. O homem se eleva à condição de Deus pela libertação da
consciência do pecado. Não existe matéria, nem carne, nem corpo.
Cristo chamou os fariseus de sua época de filhos do Diabo (João 8:44). Paulo falou
em filhos de Deus e filhos do Diabo (At. 13:10). Somente é filho de Deus aquele que
recebe a Cristo pela fé (João 1:11, 12). O homem é tão bom que está se destruindo,
um ao outro; está destruindo o mundo que o rodeia; está destruindo os animais. Os
sociólogos estão desiludidos e não sabem encontrar a resposta para tantos problemas
existentes entre os homens. Vemos que o homem sem Deus é uma tragédia total! A
Seicho-no-iê diz que o homem é imortal. Não admite a realidade da velhice.
Entretanto, o envelhecimento do próprio Taniguchi, com mais de 90 anos de idade, e
de todos os seus seguidores, prova a falácia dos seus ensinamentos, sua
inconsistência, a incoerência de suas teorias, a ilusão (isso sim) de suas verdades.

4. Deus - A Seicho-no-iê tem a ousadia de criticar o Pai Nosso. Diz que os cristãos têm
por anos e mais anos repetido o Pai Nosso: "...seja feita a vossa vontade assim na
terra como no céu", mas tal não se realiza porque o céu não está acima das nuvens
nem no mundo das três dimensões; o céu está no íntimo transcendental, aqui e agora
(Convite à Prosperidade, p 17)_ o que se deve é mentalizar o céu para que seja
encontrado pelas pessoas. Na literatura da Seicho-no-iê não se tem uma noção clara
sobre Deus. Ele é panteísta, uma vez que se encontra em cada pessoa, em cada
coisa deste mundo.
A Bíblia apresenta um Deus pessoal. Ele criou o homem à sua imagem e semelhança;
uma das semelhanças é ser pessoal. A Bíblia ensina que Deus é transcendente, está
além do mundo material (Is. 57:15). Deus não habitou no interior de Hitler, Stalin,
Mussolini e outros homens perversos. Deus habita no interior dos contritos, humildes,
daqueles que dão lugar a seu Espírito.

5. A Bíblia - A Seicho-no-iê não dá qualquer relevância à Bíblia. Cita-a de maneira vaga e


parcial, sem identificação e fora de contexto, sem qualquer exegese, interpretação ou
explicação; utiliza alguns textos para favorecer a seita. A regra de fé e prática da
Seicho-no-iê são os escritos de Taniguchi. Para a Seicho-no-iê, por ser um livro divino,
a Bíblia é o mais humano dos livros. Para nós, cristãos, a Bíblia é um livro milenar.
Sua formação foi encerrada há dois mil anos. Há muitas provas de sua inspiração
divina: uma delas é o tempo de sua duração; a transformação que tem causado na
vida de milhares de pessoas; sua indestrutibilidade. Deus disse tudo o que queria num
único livro. A Seicho.no.iê já tem 300 obras escritas mas ainda não disse tudo. Não há
comparação entre a Bíblia e a literatura dessa seita.

6. Cristo - Taniguchi já afirmou que sua religião é superior ao cristianismo porque opera
maiores e mais milagres do que Crista. Sente-se com autoridade para interpretar as
palavras de Cristo segundo suas próprias convicções. Alguns católicos disseram até
que compreenderam melhor a doutrina de Crista na Seicho-no-iê.
Taniguchi é mais crido, mais reverenciado, mais citado do que Jesus Cristo. Cristo
disse: "Eu sou o caminho", isto é, o único caminho para Deus, para a salvação. A
Seicho.no-iê interpreta essas palavras como se cada homem fosse o caminho, a porta
da saída de Deus; não tendo Deus outra alternativa para manifestar sua força a não
ser pelo homem. A Bíblia nos ensina que Deus tem usado o homem mas não está
preso a ele, não depende dele porque é onipotente. Cristo disse que, se os discípulos
se calassem, até as próprias pedras clamariam.
Se não existissem mal, não existiria pecado, e o sacrifício vicário de Cristo não teria
razão de ser. Cristo veio para salvar os pecadores, como nos ensina a Bíblia (Luc.
19:10; João 3:14, 15; II Cor. 5:21; 1 Ped. 2:24; 1 Cor. 15:3). Cristo, filho unigênito de
Deus veio ao mundo para salvá-lo. Morreu, ressuscitou e foi para os céus, para salvar
o homem e interceder por ele.
7. Milagres - Israel Carlos Biork assim se expressou num
de seus artigos: "O fato de no Seicho-no.ieísmo haver muitos milagres, não indica que
é verdade. Os feiticeiros no Egito fizeram milagres diante de Moisés. Cristo disse que
muitas pessoas vão comparecer diante dele e dizer que profetizaram, expulsaram
demônios e fizeram muitos milagres, mas Cristo vai dizer que nunca as conheceu. A
Bíblia diz que no fim do sistema atual, haveria muitos cristos aparecendo como
salvadores da humanidade. E exatamente para isso que o seicho-no-ieísmo diz que
existe, mas só apareceu no mundo em 1929. Diz a reportagem: 'Seu objetivo é
construir um paraíso terrestre onde não haja uma só pessoa que padeça de
sofrimentos ou enfermidades.' Por que o deus do Seicho-no-ieísmo deixou a
humanidade mergulhada no sofrimento e na maldade por milhares de anos, para
aparecer somente em 1929? O Deus da Bíblia nunca desamparou a humanidade.
Sempre esteve empenhado na sua salvação por meio de Cristo, desde o jardim do
Éden, quando o próprio Deus sacrificou um cordeiro para tipificar o Cristo que havia de
vir para salvar a humanidade, e que já veio e que salva realmente, não pelos nossos
méritos, mas por sua morte vicária." A Seicho-no-iê é uma seita oriental que não entra
em conformidade com nossa maneira de pensar e com a nossa maneira de crer. É
simplesmente humanista, pensando no aqui e agora; muda os ensinamentos de
Jesus; enfatiza o poder de cada pessoa em dominar sua mente, sua vida, sua
felicidade. Conhecemos o poder da mente na saúde física e espiritual do homem;
entretanto, é impossível realizar todos os bens anunciados pela Seicho-no-iê. Cristo
quer que sejamos sal da terra e que anunciemos a verdade nua e crua. Cristo não
mencionou apenas palavras agradáveis e positivas; trouxe também a repreensão, o
julgamento. Falou também em cada um levar a sua cruz e segui-lo.

NOTAS BIBLIOGRÁFICAS:

8. WOODROW, Alain, As Novas Seitas, p. 228.

9. DROOGERS, André, Ciências da Religião, Vol. II, p. 123.

10. GARCIA, João Fernandes, artigo: "Profetas Falsos de


Nossos Dias, Seicho.no-iê", Jornal Palavra da Vida, nº 89./1980.

11. BIORK, Israel Carlos, artigo: "Quem São Eles? Seicho-


no.iê, a Fraude Que Envolve 400.000 Brasileiros'' - Jornal Palavra da
Vida, s.d.

"INSTITUIÇÃO RELIGIOSA PERFECT LIBERTY"


Por Paulo Cristiano, do CACP*

Mishirassê, Hoshô, Mioshiê, Makoto, você as conhece? Creio


que não! Esses são vocábulos japoneses que para nós não
possuem nenhum significado especial, mas que para certo
grupo religioso é o divisor de águas entre o caos e a
harmonia, a morte e a salvação, a benção e a maldição.
Estamos falando da seita japonesa conhecida como Perfect
Liberty.
O nome "Perfect Liberty" significa "Perfeita Liberdade" e as
suas iniciais formam a sigla da Instituição - "PL".

Antes de adentrarmos ao exame desta religião gostaria de


chamar a atenção para o verdadeiro foco da questão, isto é, o
real motivo da PL estar sendo pesquisada. É que de vez em quando somos
interpelados, por adeptos de algumas destas seitas japonesas, do porquê
questionarmos suas doutrinas. Ora, não se trata de julgamento e tampouco
perseguição ou preconceito. Quem pensa assim desconhece o verdadeiro objetivo da
apologética cristã. O que ocorre é que a PL posa não como uma simples religião, mas
"a religião", "a verdade" e por vezes faz reivindicações que vai além de um movimento
que prega uma simples filosofia de vida como veremos no desenrolar do texto. É óbvio
que com tais confissões mirabolantes como estas, é justo que tal movimento deva ser
investigado para que se possa averiguar objetivamente a veracidade de suas
declarações. A matéria a seguir é justamente isto, um confronto das doutrinas
peelistas com os ensinamentos cristãos legado por Jesus Cristo à humanidade;
levando em consideração o axioma que pressupõe que duas verdades não podem
coexistir quando ambas estão bilateralmente oposta uma à outra. Somente uma delas
é verdadeira, no caso em questão a PL ou o Cristianismo.
Isto posto adentremos à análise crítico-teológica das doutrinas e práticas da religião
Perfect Liberty.

HISTÓRICO

A Instituição Religiosa Perfect Liberty - PL foi fundada no dia 29 de setembro de 1.946,


na cidade de Tossu, no Japão.
A PL nasceu com base na religião " Mitakekyo-Tokumitsu Daikyokai" fundada em
1.912, sob os ensinamentos de Tokumitsu Kanada, ex-monge budista da seita
Shingon, nascido em 1.863 na cidade de Yao, Osaka. Kanada diz ter recebido a
iluminação de "uma verdade" para fundar sua seita.
O Primeiro Kyosso da PL, Tokuharu Miki após largar o zen-budismo (sua antiga seita
antes de fundar a PL) torna-se discípulo de Kanada. Com a morte deste, obedecendo
ao seu testamento, Miki que já era seu sucessor, planta uma árvore no local de seu
falecimento, zelando como morada de Deus, orando perante ela todos os dias. Após
cinco anos, diz ter sido contemplado com a iluminação recebendo de Mioyaookami,
mais três preceitos que juntando aos 18 que lhe foram transmitidos por Kanada ,
perfizeram os 21 preceitos sagrados da PL.
Em 1925 estabelece a Igreja "Hito-No-Michi" (Caminho do Homem).
Após uma perseguição religiosa no Japão, a " Hito-No-Michi" foi fechada e seus
dirigentes presos sob a acusação de lesa majestade. Em 9 de outubro de 1.945, com
o término da Segunda Grande Guerra, foi libertado. No ano seguinte no dia 29 de
Setembro, Toruchira Miki , filho de Tokuharu Miki, II Patriarca, mudou o nome da seita
para "Instituição Religiosa Perfect Liberty". A escolha do nome sem dúvida foi um
"reflexo" deste acontecimento.
A "Sede Eterna" ou como costumam denominar "Terra Sagrada" da PL encontra-se
atualmente em Tondabayashi próxima a Osaka , no Japão. Afirmam que possuem
milhões de adeptos em todo o mundo. Os verdadeiros seguidores precisam tomar
parte numa caravana religiosa pelo menos uma vez até esta sede para comemorar a
memória do primeiro patriarca.
No Brasil a PL teve início em 16 de fevereiro de 1958 com a chegada em 24 de março
de 1957, do Assistente de Mestre Ryozo Azuma e se espalhou principalmente entre as
colônias japonesas. Somente no Brasil , a PL tem mais de trezentos mil adeptos
espalhados nas suas 200 sedes sendo que destes, 95% é de procedência não
japonesa.

O PERFIL PEELISTA

À primeira vista a PL não apresenta nada demais, dá a impressão que seus


ensinamentos são apenas mais uma filosofia de vida, pois só falam de coisas boas e
positivas. Tanto é que em alguns lugares foi considerada como utilidade pública.
Este é um aspecto positivo que merece nosso louvor.
Contudo, a verdadeira questão se encontra em outro patamar. É que ao
aprofundarmos num exame mais detalhado percebemos que a PL reivindica ser muito
mais que mera religião ou filosofia.
Como as demais seitas japonesas acreditam que cada religião teve "uma verdade" ou
iluminação para sua época e que agora na época atual Deus enviou a PL para salvar a
humanidade. É uma religião relativista de auto-salvação e com forte influência do
budismo e Xintoísmo.

Dizem: "A fundação da PL, significa o fim das superstições e ilusões da humanidade,
sendo aberto um caminho verdadeiro para o ser humano trilhar" (Revista PL 30 Anos
pág. 32)

"pois este é o caminho que sobrepõe a época, a raça, o credo e a ideologia para
felicitar todos os seres humanos, indistintamente. É o caminho que todos os homens
devem conhecer..." (Boletim Assistente de Mestre nº 20 julho/agosto de 1996 pág. 3)

A PL se diz ecumênica, seu líder atual é Conselheiro Honorário da Liga das Novas
Religiões do Japão e Presidente Honorário da Federação das Religiões Japonesas.
Mas apesar deste perfil ecumênico (Folheto 'Vida é Arte' - verso), acreditam, contudo
que só a PL possui o caminho para a verdadeira salvação:
"Excluindo o ensinamento da PL, nenhum outro é capaz disso [...] A não ser o
ensinamento peelista, não existe nenhum outro que possa fazer com precisão essa
orientação individual" (Instruções para a Vida Religiosa PL pág. 186)

"Ao observar as religiões tradicionais, sob vários aspectos, não posso concordar com
absolutamente nada." (Boletim Assistente de Mestre nº 008 - 1983)

Cabe aqui um comentário oportuno: é que com essa filosofia Jesus Cristo e de resto
todo o cristianismo é considerado ultrapassado para nossa época. Isso se choca
frontalmente com o que disse Jesus sobre suas palavras, as quais afirmou: nunca
iriam passar (Mt. 24.35), pois Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente (Heb. 13.8).

Continuando, a PL baseia toda a sua crença em 21 preceitos. Seu lema é viver na


"perfeita liberdade", isto é, sem reprimendas de sentimentos ou expressão. Um dos
objetivos da seita é levar as pessoas ao caminho da felicidade através dos
ensinamentos dos fundadores pela expressão do próprio "eu" preparando-as para a
paz mundial, objetivo primordial da PL.
Acreditam que tudo que acontece na vida é a 'obra divina", um designo de Deus, seja
boa ou má. Não se deve questionar, mas aceitar passivamente e em seguida criar
uma solução "artística" em meio aos erros e dificuldades diária. Essa é a essência do
primeiro preceito, "vida é arte".
Afirmam que as doenças e desventuras da vida surgem devido aos maus hábitos
espirituais que cultivamos tais como preguiça, raiva, egoísmo, preocupação pois
alegam que tudo na vida é um reflexo, "tudo é espelho". Para atender a este
mishirassê precisamos acumular virtudes e corrigir tais vícios espirituais. Para isto é
preciso fazer missassaguê que é a imposição de várias regras aos adeptos, desde
doar dinheiro à instituição até limpeza de banheiro, arrumar o jardim da igreja sempre
fazendo Oyashikiri.
A PL possui várias literaturas, mas o principal livro, considerado como de cabeceira
(praticamente a bíblia deles), chama-se "Instruções para a Vida Religiosa PL". São 21
instruções falando sobre gratidão, espírito de reclamação, teimosia, preocupação,
cobiça, saber utilizar os cinco sentidos, não magoar os outros, etc.Coisas óbvias, que
a Bíblia cita há milhares de anos. Mas nessas instruções, as soluções são sempre as
colocações do ponto de vista peelista. As 3 últimas instruções, principalmente, não tem
nenhum fundamento cristão: só se referem à gratidão que precisamos ter para com a
PL.

A ORGANIZAÇÃO

A PL possui vários departamentos internos como Depto. de senhoras, juventude,


divulgação etc...
A divisão administrativa compreende as regiões as quais englobam distritos. Estes
coordenam as igrejas, sedes e locais de expansão. Cada um desses setores é dirigido
por um mestre regional ou distrital, ou mestre chefe de igreja.
A seita obedece a uma hierarquia definida: no topo do comando está o patriarca. Ele é
o responsável pela Instituição, é o instrutor, o líder máximo dentro da seita.
Depois vem os mestres e assistentes de mestres. Enquanto os primeiros se dedicam
integralmente às atividades da instituição, os últimos via de regra continuam suas
atividades profissionais normais.

Cerimônias

A PL possui várias cerimônias importantes, divididas em anuais e mensais.

Cerimônias anuais:

1. Cerimônia de ano novo (1º de janeiro)


2. Cerimônia de Kiosso-Sai (1º de agosto)
3. PL-Sai (29 de setembro dia de fundação da PL)
4. Cerimônia de Aniversário Natalício do patriarca (2 de dezembro)

Cerimônias mensais:

1. Dia da paz (1º de cada mês)


2. Dia dos antepassados (11 de cada mês)
3. Dia de agradecimento (21 de cada mês)

O PATRIARCA

O Patriarca da PL é chamado de Oshieoyá-Samá, que nesta geração dizem estar


representado por Takahito Miki o terceiro fundador.
Apesar de declararem que Takahito ocupa a posição de "um ser humano e não Deus."
Porém, acreditam que ele "está num estado que pode ser chamado de "Estado Uno a
Deus", considerado o único intermediador entre Deus e os homens, "representa Deus
perante os homens".

A bem da verdade, na prática, ele se transforma num semi-deus dentro da seita e seus
adeptos o consideram o centro de sua fé.
Quem entra numa sede da PL pode verificar facilmente que na parede acima do altar
fica o Omitamá e à direita fica um retrato do patriarca, ao qual prestam
agradecimentos pelas graças alcançadas.
O tratamento que dão a ele ultrapassa a simples reverência dada a um líder.
Seus adeptos não fazem questão de esconder as lisonjas dispensadas a este homem
que é praticamente idolatrado dentro da instituição.
Para melhor comprovação observe as reivindicações feitas pelo patriarca da PL:

Fonte da Verdade -"Oshieoyá-Samá é também uma pessoa que esclarece todas as


verdades conforme a necessidade do momento, baseando-se no ponto de vista "Vida
é Arte"... Em outras palavras, Oshieoyá-Samá é a fonte da Verdade."

Centro da Fé - "Sim, na PL é tudo assim. Tudo envolve e gira em torno de Oshieoyá-


Samá" (Hoshi-in - nº 1 - out./nov./dez. - 1996, pág.2)

Fundamento da PL - "Sem Oshieoyá-Samá a existência da PL é inconcebível"


(Instruções para a Vida Religiosa PL pág. 186)

Digno de veneração - dizem que precisam "Ter fé em Oshieoyá-Samá e veneração


por ele"

Alicerce espiritual - "Em outras palavras, não é exagero dizer que, se não nos
basearmos em Oshieoyá, nós peelistas, perderemos o apoio espiritual." (Boletim
Palavras do Mestre nº 109 31/07/88)

Salvador - "A obra sagrada do patriarca é de "salvar pessoas e, através delas,


melhorar a vida na sociedade." (ibdem p. 4)

Mediador - "Para os que estão nessa situação, Oshieoyá-Samá abre o caminho de


'Pedido de Perdão'" (Revista PL 30 Anos pág. 42)

"E quem nos ensina o sentimento divino, quem nos transmite a vontade de Deus é
Oshieoyá-Samá" (Instruções para a Vida Religiosa PL pág. 195)

Sacrifica-se pela humanidade - A cura das doenças implica em o patriarca tomar as


dores e doenças do adepto em seu corpo e no juramento deste em obedecer seus
ensinamentos.

"Oshieoyá-Samá ora a Deus, suplicando a salvação de toda a humanidade,


sacrificando-se misericordiosamente. Os atos sagrados tais como: Mioshiê, Oyashikiri
e Omigawari concretizam-se através do sacrifício de corpo e alma de Oshieoyá-Samá
e da virtude dos Espíritos dos Antecessores da PL. Portanto, através desses atos, nós
adeptos aliviamo-nos dos sofrimentos porque Oshieoyá-Samá responsabiliza-se
perante Deus por esses nossos sofrimentos." (Boletim Ass. de Mestre Ensinamentos
gerais p. 6)
"O motivo do Omigawari ser atendido por Deus, decorre do fato de Oshieoyá-Samá
arcar com a responsabilidade perante Deus, durante o dia e a noite, sacrificando o seu
corpo.
Diariamente, no mundo inteiro, muitas pessoas estão sendo salvas através do
Oyashíkiri e Omigawari. Essas preces surgem no corpo de Oshieoyá-Samá como
sofrimentos e vão acumulando-se gradativamente. Na Cerimônia de Agradecimento,
Oshieoyá-Samá restitui todos os sofrimentos acumulados no seu corpo e faz o Shikiri
para poder retornar ao estado original de pureza física. Nesse momento, Oshieoyá-
Samá agradece a Deus por ter podido substituir os adeptos em seus sofrimentos e
transmitir os ensinamentos e, ao mesmo tempo, devolve a Deus todos esses
sofrimentos físicos acumulados durante o mês e renova o Shikiri no sentido de poder
receber novamente os sofrimentos dos adeptos por mais um mês. Isso é o ato
sagrado de receber a obra divina de Oshieoyá-Samá." (Manual de Ass. de Mestre p.
27,28)

Como podemos observar Takahito Miki, furta títulos e funções que só pertencem a
Jesus Cristo. Jesus é nosso único salvador (At. 4.12), ele sofreu por nossos pecados e
enfermidades (Is. 53.4) é o único que transmite a vontade de Deus e perdoa pecados
(Heb. 1.1; Mat. 9.6), é o caminho a verdade e a vida (João 14.6).
Contudo, Jesus Cristo deu provas de tudo isso. Quanto ao patriarca da PL, já não
podemos dizer o mesmo.

IDOLATRIA, SUPERSTIÇÕES E CRENDICES

A PL não poupa esforços em atacar o que eles consideram as superstições das outras
religiões:

"Com o passar do tempo, em muitos casos, equivocaram-se, simplesmente com as


pinturas e os ídolos, causando o surgimento de muitas superstições" (Boletim
Assistente de Mestre nº 20 julho/agosto de 1996 p. 5)

Contudo, se existe uma religião cheia de crendices e superstições, esta com certeza é
a PL. Ao ingressar na seita o adepto recebe um pacote de amuletos de vários
modelos, altares, rezas e juramentos que precisam ter e praticar para adquirir proteção
tanto, física como espiritual. É flagrante o caráter fetichista da PL. Veja:

Amuletos

Os amuletos na PL tem muita importância como podemos ver nas declarações logo
abaixo:

"Trata-se de um protetor físico de quem o usa, foi-lhe inserido o Shikiri para que Deus
sempre o acompanhe e proteja...o Amuleto, desde que pratiquemos os ensinamentos,
protege-nos mesmo em estado de inconsciência."

"O amuleto é exclusivamente individual, e o Shikiri foi inserido de modo a proteger


somente a quem o solicitou. Não terá valor para outra pessoa. E como é utilizável
apenas para aquela pessoa, em caso de falecimento, deverá ser purificado através de
incineração. Entretanto, se o adepto desejar, poderá solicitar reinserimento para algum
parente próximo. Não se deve esquecer disso, principalmente em se tratando de
Amuleto Anelar."(Manual de Assistente de Mestre - ensinamentos gerais)

Fora estes há também o "Tesouro da sorte", uma espécie de amuleto, distribuído no


início do ano, dentro do qual há a seguinte oração: "Que o portador deste Tesouro da
Sorte seja agraciado com a providencia divina do decorrer do ano". Tal amuleto deve
ser guardado na carteira do adepto.

Essa tendência animista da Pl a coloca em nível muito inferior ao verdadeiro


cristianismo. O trabalho da PL de tentar levar o homem à liberdade tem falhado, posto
que ao mesmo tempo lhe promete liberdade, ele se prende ainda mais no ocultismo.
Depositar nossa fé em objetos é desvia-la do Deus vivo. Somente Jesus pode libertar
a humanidade de tais práticas escravizadoras ensinadas pela PL (João 8.32,36).

Altares e Imagens

A PL possui também um altar para fazer suas rezas o qual denominam de "Omitamá".
Acreditam que através deste objeto os desejos e pedidos dos adeptos serão ouvidos
por Deus, abrindo-lhes o caminho da felicidade."
O adepto, logo ao ingressar cultua um Omitamá, chamado "Aramitama" iniciando
assim sua vida religiosa. Este altar é sagrado, havendo até cerimônias especiais para
entroniza-lo (no lar, loja ou empresa) ou transferi-lo em caso de mudanças.

A maneira de cultuar o Omitamá

1) Entronizar no local mais puro da casa.


2) A base que suporta a redoma de vidro deve estar na mesma altura ou pouco acima
dos olhos (para evitar desrespeito).
3) Não entronizar o Omitamá junto a outros altares ou imagens.
4) Não há necessidade de oferecer ao Omitamá, flores ou qualquer outra coisa
(procede-se de modo semelhante ao altar da sede).
5) Não se deve entronizá-lo desrespeitosamente sobre estantes ou mesas velhas.
6) proibido abrir as colunas do Omitamá.

Sobre a proteção do Oniitamá

"Através da convicção da fé absoluta que tivermos no Omitamá e por intermédio da


virtude do Patriarca, podemos sentir e perceber a resposta evidente ao nosso
pedido.Quanto maior a nossa fé no Omitamá, como conseqüência, maior serão as
graças divinas."

Acreditam que o Omitamá é a verdadeira imagem de Deus, representa Deus.


Há vários tipos de Omitamás. Há o Omitamá oficial que uma vez introduzido não
poderá ser trocado a não ser em caso de mudanças, para desfazer este inconveniente
inventaram o omitamá portátil que pode ser transportado dentro do lar. Há também o
Omitamá tipo A,B e C considerados especiais.
O tipo B só poderá ser concedido depois que o Kyoto já possui o tipo A, sendo um
pouco menor que este, é destinado para aberturas de filiais de empresas.
Já o de tipo C é para carros motorizados de 3 ou 4 rodas, motocicletas, helicópteros,
barcos. Para receber o Omitamá tipo C, o adepto não precisa ser Kyoto. Este
Omitamá se destina a garantir a segurança do veículo.

Contudo a Bíblia proíbe terminantemente o uso de quaisquer objetos no culto a Deus.


Isso que a PL pratica na verdade não passa de idolatria que é condenada pela lei de
Deus (Ex. 20.4,5 - Is. 44.17). E oda e qualquer idolatria trás maldição e escravidão
para a vida da pessoa. Só Jesus dá a verdadeira liberdade (Gl 5.1)

Palavras mágicas
Os peelistas são levados a crer que "nas cinco sílabas "O-YA-SHI-KI-RI", está
inserida, em sua totalidade, a força do poder de salvação da PL." Ao proferi-las, com
fé, acreditam poder se livrar da infelicidade e do sofrimento. (Boletim Assistente de
Mestre nº 24 março/abril de 1997)
Para receber a prece de Oyashikiri é necessário fazer juramentos para cumprir duas
normas;
1. perseverar na prática da fé e devoção peelista até o fim da vida.
2. cumprir sem falta , tudo que for ensinado na PL
Isto porque acreditam que o patriarca arca com os sofrimentos dos pedintes perante
Deus.

Corrigindo mais este erro é bom ressaltar que as palavras não possuem nenhum
poder mágico. Mas os líderes peelistas procuram persuadir seus adeptos de que tais
palavras possuem virtude em si mesmas. Isto é outra forma disfarçada de superstição
que é condenada pelas Escrituras. A única palavra que possue poder no mundo é a
Palavra de Deus.

TEOLOGIA INCONSISTENTE

À guisa de outras seitas japonesas a PL não possui uma teologia definida. Seus
ensinamentos são vagos e ambíguos ou até mesmo contraditórios. Eis alguns
conceitos doutrinários vistos pela ótica peelista:

Sobre a vida após a morte.

Apesar de acreditarem na existência dos espíritos a PL não possui uma definição


exata sobre a vida após a morte. Dizem:
"As religiões tradicionais, que se proclamam as verdadeiras, asseguram a existência
da vida "post-mortem". Eu, porém, acho essa questão um tanto duvidosa." (Boletim
Ass. De Mestre nº 008 - 1983)

Contudo a Bíblia Sagrada nos dá uma perspectiva muito mais clara da vida no além
(Lucas 16.19-31); e para aqueles que seguem a Jesus, bastante positiva (Lc. 23.43).
Mas os adeptos da Pl que confiam em seu patriarca não possuem nenhuma
segurança após a morte, pois sua religião é imediatista, para aqui e agora tipo
"bebamos e comamos que amanhã morreremos".
Quão diferente é a promessa de Jesus! Além de prover salvação em todos os sentidos
nesta vida, ainda promete uma nova vida junto a ele no céu (Jo. 14.1).

Sobre a salvação

A PL é uma religião de auto-salvação onde cada um se redime através de seus


próprios esforços com a ajuda de seu fundador. Contudo, o conceito de salvação para
a PL não é o mesmo do cristianismo, como já demonstramos sua soteriologia é
hedonista, isto é, voltada para a busca da felicidade aqui e agora. Ao morrer a pessoa
retorna ao além; não há inferno ou punição, todos são salvos, não sendo levado em
conta o que tenham feito aqui na terra, pois pressupõem que todos são filhos de Deus.
Por isso salvação implica em ter uma vida livre de sofrimentos mesmo quando falam
em salvação "espiritual".

"Ser salvo através da fé religiosa significa, receber o Shikiri de Oshieoyá-Samá"


(Manual de Ass. de Mestre - ensina mentos gerais pág. 9)
" Por Oshieoyá-Samá foram esclarecidas as verdades "Vida é Arte" e Mishirassé e
Mioshiê" e os homens obtiveram uma salvação verdadeira. Isto não significa salvação
somente espiritual ou então física e material, mas sim em ambos os sentidos, ou seja,
salvação total como ser humano."

"O ato de receber Oyashikiri é nossa devoção e o caminho para sermos salvos."

É lógico que este tipo de salvação é de origem humana. Nenhum ensinamento, prece
ou obras poderá garantir a salvação da humanidade. Ressaltando que o homem
possui uma alma que pode se perder eternamente. Sendo assim a Bíblia afirma que
Jesus é o nosso único salvador (At. 4.12). Somente Ele foi o escolhido para salvar-nos
dos nossos pecados (Mt. 1.21). Se alguém se coloca nessa posição, faz de si mesmo
um "anticristo". Somente alguém puro e sem pecados poderia tomar o lugar dos
culpados (I Ped. 3.18). Nenhum homem por mais sábio ou abnegado que seja poderá
fazer isso, pois todos são pecadores e carecem igualmente da salvação oferecida por
Jesus, e o patriarca da PL não é exceção.

Sobre Deus

A doutrina de Deus na PL é ambígua, ora panteísta, ora deísta. Todavia, em algumas


declarações encontradas em sua literatura seu panteísmo fica totalmente descoberto:

"Compreendemos que DEUS é a "Fonte", a "Força" que rege o UNIVERSO...Vivemos


pois, como parte deste UNIVERSO e, portanto, como parte de Deus..." (Folheto: Vida
é Arte - em busca da paz)

"Na PL ouvimos dizer que "Deus é tudo". A sociedade, os fenômenos naturais do


planeta, além de todo o mundo espacial juntos, denominamos de Deus." (Boletim de
Assistente nº 30 março/abril - 1998 p.5)

"Sobre esta força que concordamos existir, na PL, nós a denominamos de


"Mioyaookami" ou, simplesmente, de "Deus"." (Boletim de Assistente nº 30 março/abril
- 1998 p.4)

Seja qual for o deus adorado na PL, uma coisa é certa: ele não se preocupa com o ser
humano porque afirmam que "Deus em si mesmo é completamente frio" (Boletim
Assistente de Mestre nº 10 - 1983)
.
"Alheio às emoções humanas, Ele tão só existe silenciosa e profundamente por toda a
eternidade".

O Deus panteísta da PL se fundo com a própria criação, por isso é um deus "frio" que
no fundo é um ídolo.
Muito embora saibamos que o verdadeiro Deus é transcendente à sua criação, isso
não implica de modo algum que Ele esteja longe de nós como afirma o deísmo.
Segundo a Bíblia o Deus verdadeiro, se compadece do seu povo (Ex. 3.7); e está
presente em todos os momentos de nossa vida (Mt. 28.20). Apesar dessa imanência
ser tão forte a ponto de vir morar dentro de nós (Jo. 14.23), o Deus verdadeiro está
fora da criação não se confundindo com ela. Demais disso Deus é uma pessoa e não
meramente uma força e como pessoa ele sabe o que se passa dentro do íntimo de
outra pessoa. Já o deus da PL não apresenta nenhum dessas características, sendo
um deus frio e alheio às emoções humanas. Pergunto: qual a vantagem de um deus
assim?
Só Jesus veio revelar-nos o verdadeiro Deus (Jo. 17.3)
DINHEIRO É A SALVAÇÃO

É difícil ouvir dos lábios de um peelista o conceito de que "dinheiro não trás
felicidades", isso devido a importância que o dinheiro tem dentro da organização. Na
verdade isso se tornou uma importante doutrina entre eles.
A ênfase financeira é tão grande que chega ser obsessiva. Devido a prática financeira
em altos valores a maioria das pessoas que ingressam na PL são oriundas da classe
média.
Quase tudo na seita envolve cobrança financeira: desde o ingresso (o adepto precisa
pagar uma taxa de adesão) até a uma simples prece dada pelo Doshi.
Isso nada mais é que vender orações; não importa os eufemismos que o camuflem
sempre vai ser comércio.

"Pergunta: Quando uma pessoa deseja receber Prece de Oyashikiri, mas não tem
dinheiro para fazer hoshô, como podemos orienta-la, para que não se afaste ou fique
insatisfeito, por não receber a prece?" (Boletim Assistente de Mestre março/abril de
1986 perguntas & respostas)

Na PL existem vários tipos de contribuições, à título de conhecimento eis algumas


delas:

Hoshô - é a principal delas. Consiste numa contribuição financeira do adepto à seita.


Mas não pense que isto é apenas uma simples contribuição. Não. A prática do hoshô
garante graças espetaculares e infinitas tanto materiais como espirituais. O hoshô não
pode ser praticado de qualquer maneira, há todo um ritual de reverencia em cima
desta prática. A promessa de retribuição é tentadora, sendo sempre acima de três
vezes; pode ser trinta, cem ou mil vezes mais para quem contribui.

Mas para isso o adepto é incentivado a contribuir a todos os momentos do dia. Na


prece da manhã assim como na da noite precisa fazer hoshô. Se for aconselhar o filho
precisa fazer hoshô. Se for viajar precisa fazer hoshô. Até mesmo para fazer compras
e vender algum produto o hoshô é necessário.
Supõe que doando dinheiro para a seita os adeptos adquiram virtudes para uma
maneira correta de viver e assim progredir espiritualmente.

Hoshi-in - uma outra contribuição é o Hoshi-in que é uma contribuição destinada à


expansão da seita. Só podem ser (ou fazer) de fato Hoshi-in os Kyotos. Existem vários
graus de Hoshi-in, quanto maior for o grau (de contribuição) mais o peelista recebe
graças.

Bem-ativo financeiro - eles possuem também o que denominaram de Bem-ativo


financeiro, ou seja, uma contribuição financeira em benefício da humanidade, para
purificação de desvirtudes financeiras adquiridas pelos adeptos.

Kenkin - contribuição cujo valor deverá ser de acordo com o objetivo. É uma
contribuição para determinadas ocasiões como eventos ou construções.

Pedra-de-gratidão - quem participa de um Lensei oferece simbolicamente uma pedra


(utilizada nas obras do Seiti). É uma contribuição financeira no sentido de oferecer
algo concreto em retribuição às graças recebidas.

Gokafu - era um empréstimo que se fazia à PL por um ano sem juros (não é mais
praticado)
Com toda essa teologia financeira não é de admirar que muitos afirmam que a PL "é
só dinheiro".
"Muitos confundem e dizem que a PL "é só dinheiro". Já ouviram falar disto?" (Palestra
- O Ato Sagrado de Hoshô da PL, proferida no Lensei de Comerciantes 17,18 DE julho
de 1993 p. 15)

A Bíblia tem muito a dizer sobre dinheiro. O cristianismo não minimiza o benefício do
dinheiro quando é empregado de maneira correta através dos dízimos e das ofertas
para manutenção da obra de Deus.
Contudo ela condena o amor ao dinheiro (I Tm. 6.10). O dinheiro não trás salvação,
proteção espiritual e felicidade como ensina a PL chegando até a cobrar certos tipos
de preces. As coisas espirituais não se compra com dinheiro (At. 8.18-20).
Isso só serve para fomentar o enriquecimento ilícito dos líderes que não medem
esforços para construírem seus impérios financeiros.

CULTO AOS MORTOS

As três principais seitas japonesas no Brasil Seicho-No-Iê, Messiânica Mundial e a PL


praticam o culto aos antepassados, mostrando assim sua faceta xintoísta.
Este culto é muito importante para a felicidade do adepto, pois acreditam que ao
morrer, os antepassados podem deixar para seus descendentes uma herança de
desvirtudes, que como um tipo de maldição hereditária alcança os membros da
família, só sendo tirada quando se presta culto a eles agradecendo e pedindo perdão.
Ao acordar e ao deitar o peelista precisa fazer uma prece contida no seu livro de
oração que começa com as seguintes palavras:

"Perante Mioyaookami e os espíritos dos ancestrais de todas as gerações da família..."


(Livrete de orações da PL - prece da manhã - individual)

Na PL existem até cultos oficiais para várias ocasiões:


Há duas vezes por ano, duas grandes cerimônias de culto aos antepassados: no 1º
domingo de maio e dia 2 de novembro.
Fora estes existe também as cerimônias mensais que compreendem:

1) O culto mensal na capela do Cemitério "Pousada da Paz". Aliás, o cemitério da PL


"não foi feito somente com o intuito de guardar os restos mortais, mas sim para cultuar
corretamente os antepassados." (O que é Pousada da Paz 03/03/1995)
2) Aos primeiros domingos do mês e,
3) Mensalmente ainda, no dia 11 com cerimônia consagrada aos antepassados"
(Revista PL nº 63/Novembro-Dezembro p. 4)

Desta maneira a PL ensina três condições de culto:

1º. Para agradecer-lhes, lembrando o que fizeram, podendo até conversar com eles.
2º. Tomando a decisão de seguir o caminho correto, para acumular virtudes.
3º. Pedindo a proteção deles, em todas as nossas necessidades, aflições ou
objetivos." (ibdem)

Como o culto aos mortos é uma parte do segredo para o adepto adquirir boas virtudes
e assim viver uma "vida com arte", todos sem exceção precisam cultuar um Omitamá,
pois dentro deste objeto acreditam estar os espíritos dos ancestrais.
"Na igreja está entronizado o Omitamá da igreja (indicar o local) no qual foi inserido o
Shikiri de Oshieoyá-Samá. Neste Omitamá são cultuados Mioyaookami, os Espíritos
dos Antecessores da PL (Kakurioyá-SalTlá e Kyosso-Samá, cultuados como os
Espíritos Protetores da PL) e também os espíritos dos ancestrais dos adeptos que
aqui freqüentam. Reverenciando o Omitamá da igreja, será purificado tanto física
como espiritualmente (rezar com a reverência peelista)." ((Manual de Ass. de Mestre -
ensina mentos gerais p. 24)

E pasmem! Eles acreditam que podem transportar a alma da pessoa falecida para
dentro deste altar, observe:

"Principalmente, quando do falecimento de algum membro da família, deve ser


realizada a Cerimônia de Transladação da alma do extinto, através da qual se
translada o espírito da pessoa que faleceu, para o Omitamá de Kyoto. (deve ser
efetuado dentro de 24 horas após a morte.)"

Esses são os absurdos de uma religião que promete a liberdade ao ser humano, mas
que está presa até ao pescoço no pecado da superstição, feitiçaria e idolatria.
A Bíblia condena este tipo de atitude para com os mortos por diversas razões:
Primeiro porque os mortos não podem voltar ao mundo dos vivos (Lc. 16.26) e não
sabem de nada que se passa por aqui (Ec. 9.5).
Segundo, por que invocar espíritos de mortos é feitiçaria, e isto é condenado pela
Bíblia (Deut. 18.11; Is 8.19-20)
O único que leva vantagem nisso tudo é o príncipe das trevas que para enganar as
pessoas pode até se transformar em anjo de luz (II Co. 11.14).

LITERATURA DA PL

A Editora Vida Artística fica na Rua Dr. Fabrício Vampré, 97 - Vila Mariana - SP. Nas
sedes podemos encontrar também os livros e demais publicações.

Livros:

"O Amor" (orientações para casais viverem em harmonia);


"A Expressão da mulher" (orientações para a mulher seguir o caminho da mulher e ser
feliz);
"A Arte de educar os filhos" (orientações para os pais orientarem os filhos);
"Vida é arte" (coletânea das orientações diárias que o segundo patriarca enviava aos
seus discípulos"; "Dialogando com a juventude" (orientação para jovens, com diversos
testemunhos);
"Vença desapegando-se" (ensina o segredo de desapegar-se de tudo para vencer,
pois o homem só manifesta o verdadeiro eu, sem ter apego).

Esses livros são de autoria de Tokuchika Miki, segundo fundador.

"Instruções para a vida religiosa PL" traduzido pelo Departamento de Estudos


Doutrinários PL.
"Você ainda pode e deve ser feliz" (coletânea de alguns boletins redigidos por Kaor
Tanida, que é mestre regional no Rio de Janeiro).
No site da PL você encontra esses boletins explicados, assim como os folhetos "Vida é
Arte" (que não têm relação com o livro do mesmo nome).

Nessas literaturas estão contidos os ensinamentos dos patriarcas que supostamente


tem o poder de tirar o homem da infelicidade, muitos dos quais não passam de mero
ecoar de ensinamentos bíblicos. Contudo Jesus deixou bem claro que somente a
Palavra de Deus é a verdade (Jo. 17.17 ; Sl 19-119).
As filosofias e religiões humanas por mais impressionantes do ponto de vista ético e
moral que seja não possui virtude para libertar o homem do pecado (Col. 2.8)

CONTRADIÇÕES

São muitas as contradições que se encontra nos ensinamentos da PL. Por exemplo:

A PL aponta o formalismo e as superstições nas outras religiões dizendo:

"As religiões que até hoje existiram terminaram, não sei quando, por se apegar ao
formalismo..." (Boletim Ass. De Mestre nº 008 - 1983).
Não obstante se esquece que ela mesma é cheia de formalismos.
É digno de nota que na PL o formalismo é parte integrante de seu culto, essa é uma
característica do próprio povo japonês. Existem posições marciais para determinados
tipos de preces e juramentos. Por exemplo, para fazer a "cerimônia do chá" há um
verdadeiro ritual, pois "quem prepara o chá necessita de um curso e treino intenso
para realizar toda a seqüência de movimentos, bem como para realizá-los com
delicadeza e precisão." (site)
A forma de ser realizada a prece de oyashikiri, segue um ritual esmerado: o doshi
deverá estar paramentado com capa preta, sobrepeliz e chapéu roxos, luvas brancas
e portar o seiju (urna esfera dourada, pendurada numa corrente) no pescoço. Ao fazer
a reverência, no momento em que fica de mãos postas e pronuncia oyashikiri duas
vezes, segura o seiju entre as mãos e faz o pedido de maneira que o solicitante,
postado às suas costas, possa ouvir. Há um momento, quando está fazendo a
reverência final em que o doshi faz o harai: uma espécie de corte transversal feito do
ombro aos quadris: primeiro com a mão direita e depois com a esquerda, entregando
tudo nas mãos de Deus e Oshieoyá-Samá. Após o harai, faz os agradecimentos de
praxe e volta-se para o solicitante curvando-se e agradecendo.
Se isto não for formalismo tenho para mim então que essa palavra tenha perdido seu
sentido usual.

Outra contradição é que o adepto é ensinado a se livrar das desvirtudes e corrigir seus
maus pensamentos por obedecer a uma vida rígida religiosa com preces juramentos,
makotos etc...
Embora preguem uma impressionante conduta ética, a PL não deixa de fazer jus ao
seu caráter extremamente liberal. (Boletim Assistente de Mestre nº 008/1983)
Pergunta: "Nas cerimônias, o Assistente de Mestre é obrigado a usar "Kyofuku" e
luvas? Quando está de "Kyofuku" poderá fumar, comer ou beber?

Resposta: Enquanto está usando as vestes sagradas, deve respeita-las, não fumando,
não indo ao sanitário, não bebendo...Fora disso, tirar antes a veste sacra.(Boletim
Assistente de Mestre março/abril de 1986 perguntas & respostas)
O caso é que muitos mestres bebem cerveja, fumam etc... Isso é contradição! É coar
um mosquito e deixar passar um camelo.

Também enquanto que por um lado ensinam que a mulher está em pé de igualdade
com o homem, por outro acreditam que há um caminho para o homem e outro para a
mulher. A figura feminina na PL segue os moldes da cultura japonesa, ou seja, a
mulher sujeita-se ao marido em tudo, é uma figura passiva. São incentivadas a
receber percepção divina para saberem o que seus maridos desejam não lhes
cobrando nada, aceitando passivamente a atitude do esposo. Por exemplo alguns
mioshiês dados pelos mestres ensinam que se o marido é alcoólatra e diariamente vai
beber no botequim, a esposa deve procurar servir-lhe bebida em casa, aceitando o
marido e seus vícios e dispensando gentileza, acreditam que com isso ele largará a
bebida e se voltará para ela. Se o marido arruma uma amante, a esposa não deve
questiona-lo, mas ajuda-lo a se arrumar para sair com a outra.

Vocabulário:

Alguns termos e citações mais relevantes na PL:

Mishirassê - "é um aviso divino que surge quando manifestamos sentimentos


errôneos".
Oyashikiri - não tem significado próprio "é a prece da PL para se obter graças.
Oshieoyá -Samá - significa Pai dos Ensinamentos é o patriarca da PL que dizem estar
representado nesta geração por Takahito Miki
Hoshô - oferta em dinheiro colocada em um envelope (existe 1 para se praticar no lar
e outro na igreja), também destinada às obras de expansão "para salvar milhões de
pessoas".
Shikiri = tomar decisão, postura, palavra. Em relação ao patriarca pode ter o
significado de benção.
Mioshiê = orientações dadas pelos mestres. Quando um peelista recebe um
mishirassê ele pede uma orientação que é enviada ao Japão. Em resposta, ele recebe
o mioshiê, que aponta as falhas na sua conduta que podem ter contribuido para o
problema. Praticando as orientações todos os problemas ficam resolvidos.
Mishirassê = é um aviso divino de que algo não está correto na nossa conduta. São
considerados mishirassê: doenças, desventuras e alguns acontecimentos na vida
cotidiana.
Doshi = mestre ou assistente de mestre
Missassaguê = autodedicação, ato de fazer algo de bom em benefício das pessoas.
Na PL todos são orientados a fazer missassaguê dentro da igreja: servir cafezinho,
limpar a igreja, lavar os banheiros, lavar as fossas, etc. Quanto mais humilde o
trabalho, maior o aprimoramento espiritual.
(Há uma diferença em fazer missassaguê e espírito de missassaguê. Enquanto o
primeiro utiliza o físico para serviços dentro da igreja o segundo é o sentimento de
fazer algo que felicite o próximo.
Mioyaookami = significa Deus.
Hoshô = significa 'gerar tesouro', é o envelope de contribuições da PL.
Lensei = retiros espirituais visando o elevo espiritual dos adeptos através de palestras,
aulas etc...
Omitama = altar sagrado da PL onde estão os espíritos dos fundadores, dos
antepassados e de Deus.
Artina - Apresentar a ingressar uma pessoa na PL. É um tipo de evangelismo.
Mitodokea - visitar os peelistas afastados, para trazê-los de volta à PL.
Seiti - Terra sagrada onde são realizados os lenseis. Fica na cidade de Arujá em
S.Paulo e é o único na América do Sul.
Makoto = dedicação, empenho
Aramitama = Omitamá provisório p/ o novo adepto
Kyoto = o adepto que cultua um omitamá. É considerado um verdadeiro peelista.
Kyosso = fundador

Os 21 PRECEITOS DA PL

1º - Vida é Arte.
2º - A vida do homem é auto-expressão.
3º - O Eu é a manifestação de Deus.
4º - Há sofrimento se não se expressar.
5º - Ao se deixar levar pela emoção, perde-se o Eu.
6º - Você existe na ausência do ego
7º - Tudo existe em relatividade.
8º - Viva radiante como o sol.
9º - Todos os homens são iguais.
10º - Felicite a si e aos outros.
11º - Faça tudo confiando em Deus.
12º - Há uma função conforme o nome.
13º - Há um caminho para o homem e um para a mulher.
14º - Tudo é e existe para a Paz Mundial.
15º - Tudo é espelho.
16º - Tudo progride e se desenvolve.
17º - Capte o ponto central.
18º - Postamo-nos sempre na bifurcação entre o bem e o mal.
19º - Faça ao perceber.
20º - Viva no estado de perfeita união material-espiritual.
21º - Viva na Verdadeira Liberdade.

CONCLUSÃO

Depois desta breve análise feita nas doutrinas peelista podemos dizer com certeza
que ela não tem capacidade de cumprir o que promete ou como diz Pedro,
"prometendo-lhes liberdade, quando eles mesmos são escravos da corrupção..." (II
Pd. 2.19).
Ainda Este rápido confronto que fizemos entre as doutrinas peelistas e os
ensinamentos cristãos foram o bastante para provar a superioridade dos
ensinamentos de Jesus, os quais continuam atuais, pois suas palavras são "espírito e
vida", portanto não morrem e nem ficam obsoletos (Jo.6.63). Reafirmamos que a
doutrina de Cristo é a única capaz de levar o homem a verdadeira felicidade e
salvação livre de erros superstições, crendices e idolatrias tão presentes na PL.
E é por isso que conclamamos com amor a todos os peelistas que abandonem essa
religião enquanto é tempo e encontrem a perfeita liberdade em Cristo Jesus, pois
"para a liberdade Cristo nos libertou" e "onde está o Espírito do Senhor aí há
liberdade" (II Co. 3.17; Gl. 5.1).

Quem é o Messias da Igreja Messiânica Mundial?

Não são poucos os cristãos que confundem a Igreja Messiânica Mundial (IMM) com
uma igreja evangélica das muitas que existem no Brasil em razão do nome Messiânica
ser derivado do nome Messias. Isso se tornou mais notório quando o signatário
ministrava um estudo bíblico domiciliar.Entre os participantes havia uma senhora,
indagada sobre a sua filiação religiosa, sem reservas, declarou: sou filha de pastor,
neta de pastor, ex-organista de uma igreja evangélica e hoje sou membro da Igreja
Messiânica Mundial. Naturalmente, isso chocou-me profundamente. É possível que
isso ainda esteja ocorrendo com muitos cristãos, pouco informados sobre a IMM,
admitindo que ela seja uma entidade evangélica; quando na verdade, não é.

Como sabemos, o nome Messias, proveniente da forma helenizada do hebraico


Mashiach, é exclusivo do Senhor Jesus Cristo. Khristós, sua tradução grega e Ungido ,
é nome ou título exclusivo de Jesus. Isaías, cognominado o profeta messiânico, falou
assim a respeito do nascimento virginal de Jesus Cristo: Portanto o mesmo Senhor
vos dará um sinal: Eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu
nome EMANUEL( Is 7.14) Esse versículo é citado em Mt 1.21-23, com a respectiva
tradução, Deus conosco. Indagando Jesus os seus discípulos sobre sua identidade,
Pedro tomou a palavra e disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. (Mt 16.16). Jesus
afirmou que Pedro era abençoado, pois sua declaração tinha sido revelada por Deus.

MOKITI OKADA
Mokiti Okada é o seu Messias. Ele não faz segredo
dessa reivindicação pois declara:Não houve outro caso
semelhante a não ser Cristo que outorgou sua força
aos seus 12 discípulos. (Apostila Para Aula de
Iniciação, p. 23, aula 4). Mokiti Okada é também
conhecido pelo título Meishu-Sama . Este título
significa portador de luz . Uma luz não verdadeira ,
sem dúvida, pois a respeito de Jesus, João escreveu:
Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo o homem que vem ao mundo (Jo 1.9).
Se Jesus é a luz verdadeira, qualquer um que alegue ser portador de luz só pode ser
aceito como não verdadeiro. Mokiti Okada , nasceu em Assakussa, Tóquio, no dia 23
de dezembro de 1881. Quando estava com a idade de 45 anos, isto em 1926, no mês
de dezembro, teve sua experiência mística, ocasião em que afirma ter atingido o
estado de Kenshinjitsu (conhecimento total da verdade de todas as coisas e dos
fenômenos do universo e do homem). No alvorecer do dia 15 de junho de 1931, no
alto do Monte Nokoguiri, Meishu-Sama recebeu a Iluminação Divina.A respeito dele
dizem: Meishu-Sama fundou a Igreja Messiânica Mundial com este propósito: a
realização do Céu na terra, com Verdade, Virtude e Beleza que trarão a saúde, a
prosperidade e a paz. (A Igreja Messiânica Mundial, 1971/72, p. 13). Faleceu no dia 10
de fevereiro de 1955. Embora esteja morto, os seus os membros da IMM procuram
conversar com Mokiti Okada. Certo membro da IMM assim se pronuncia: Fui ao altar,
conversei com Meishu-Sama e lhe manifestei o meu desejo.(Oferta de Gratidão, p. 41)
Ora, até onde sabemos, a IMM não admite a ressurreição do seu fundador. Como
podemos então, falar com ele depois de morto? Naturalmente isso é um tipo de
mediunidade, prática proibida por Deus.Vejamos a rpoibição de Deus: nem quem
consulte os mortos.(Dt 18.11) A favor dos vivos interrogar-se-ão os mortos? A lei e ao
Testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva.(Is
8.19,20).

Após a sua morte, foi sucedido pela sua esposa, Yoshi Okada, chamada pelos adeptos
como Nidai-Sama. Em Junho de 1955 os messianicos iniciaram seus trabalhos no
Brasil. Em Julho 1965 foi fundada a Igreja Messiânica Mundial do Brasil, com sede na
cidade de São Paulo, possuindo locais de reunião em outras cidades do Brasil. Por
ocasião do falecimento da segunda presidenta, a filha do casal, Itsuki Okada,assumiu
a direção da IMM intitulando-se Yoshu-Sama. Embora Mokiti Okada afirme ter
realizado muitos milagres ele se enquadra perfeitamente na advertência de Jesus em
Mt 24.5: Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a
muitos. Enquanto os cristãos são orientados a orar ao Pai celestial em nome de Jesus
(Jo 14.13,14; 1 Co 1.2), os messiânicos são orientados a orar a Deus e a Meishu
Sama. Distribuem um impresso para o pedido de oração com os dizeres: Peço a Deus
e Meishu-Sama que me enviem Luz para aliviar este sofrimento, possibilitando que
esta pessoa sirva na Obra Divina, o mais rápido possível. Naturalmente, tal forma de
orar coloca o messiânico na condição de um idólatra ao orar a Deus e a Meishu-Sama.
Isso é proibido biblicamente (Sl 65.2; Is 45.20,22; At 4.12)

A IGREJA
A IMM teve várias alterações de nome. Até 1950 a organização
chamava-se NIPON KANNON KYDAN (Igreja Kannon do
Japão); Atualmente é conhecida como: SEKAI KYUSEI-KYO -
(Igreja Messiânica Mundial). Um dos nomes antigos dados a ela era Empresa
Construtora de um Novo Mundo. Reconhecendo que esse título poderia confudi-la
com uma empresa construtora comum, resolveram adotar o nome atual (Alicerce do
Paraíso, p. 40 - volume 4). O grande objetivo da IMM é criar o paraíso na terra. Foram
construídos os solos sagrados de Atami e Hakone, com muitos bosques, lagos e
jardins projetados pelo próprio fundador. Admitindo sua vocação divina declara: Logo
virá o tempo em que a Igreja Messiânica Mundial será proclamada pelo mundo inteiro.
É uma igreja que se caracteriza pelo espírito eclético ou ecumênico. Sobre isso
declara a IMM: Nossa Igreja é realmente liberal. (Alicerce do Paraíso, p. 66 - volume
4).

FONTE DE AUTORIDADE RELIGIOSA


Os ensinamentos básicos da IMM são revelações que Meishu-Sama recebeu
supostamente de Deus. Afirmam que são portadores de luz e dão testemunho de que
milhares de pessoas obtiveram milagres extraordinários simplesmente através da
leitura dos Ensinamentos de Meishu- Sama. O respeito aos livros, com os
ensinamentos do fundador, é tão grande que os messiânicos são aconselhados a
colocá-los em locais altos e separados de outros objetos. Nunca devem pô-los numa
cadeira ou no chão. Nenhum objeto deve ser posto acima dos ensinamentos.
(Recomendações Para os Messiânicos, p. 26,27).

A FORÇA DE ATRAÇÃO
Os milagres são muito enfatizados pela IMM,pois eles declaram: Na nossa igreja
surgem incontáveis milagres: são curadas doenças consideradas incuráveis pela
me--------di--cina. Tornando-se messiânica, ela compreenderá, também, que uma das
grandes características de nossa religião é a ocorrência de muitos milagres.(Alicerce
do Paraíso, p. 19, 55, volume 4). A Bíblia adverte que nem sempre os milagres provam
a verdade de uma religião, principalmente quando seus ensinos divergem das
Escrituras. Encontramos uma advertência sobre esse assunto em Dt 13.1-3: Quando
profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti e te der um sinal ou prodígio,
e suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver falado, dizendo: Vamos após outros
deuses, que não conhecestes, e sirvamo-los; Não ouvirás as palavras daquele profeta
ou sonhador de sonhos; porquanto o Senhor vosso Deus vos prova, para saber se
amais o Senhor com todo o vosso coração e com a vossa alma Jesus também
advertiu: Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e
prodígios, que, se possível fora, enganariam até os escolhi-dos.(Mt 24.24). Esses
milagres são atribuídos à prática conhecida como JOHREI.

JOHREI
Surge então a seguinte pergunta: O que é o JOHREI? É
uma palavra de origem japonesa, formada por duas
palavras: JOH que significa purificar; REI que significa
espírito ou corpo espiritual. Explicam nesse caso que: O
Johrei foi revelado por Deus, concretizado pelo Mestre
e permitido aos fiéis da Igreja Messiânica Mundial. O
poder do Johrei emana do mundo de Deus, onde não
se interpõe a ação da mente humana nem a força do
homem." Ilustram o funcionamento dessa prática dizendo assim:... pode-se supor
Deus como a estação de rádio, o Mestre um retransmissor, e o fiel o receptor. É pois
[...] "o sagrado ato de purificação." (Igreja Messiânica Mundial, dezembro de 1980, p.
63) Para que os benefícios sejam alcançados , explicam: O Johrei é a Luz de Deus
canalizada por Meishu-Sama para o 'OHIKARI'. O Ohikari é uma medalha,presa por
um cordão colocado no peito do adepto. O Ohikari é recebido pelo adepto no momento
em que termina o curso passa a ser aceito como membro da IMM. Apregoam
maravilhas como resultado dessa prática: A Igreja Messiânica é uma religião com
poderes suficientes para eliminar os sofrimentos da humanidade. Sua atuação é uma
'Obra de Salvação' ultra religiosa. O Johrei é um dos pontos mais importantes da
doutrina messiânica, podendo-se dizer que ele é a essência da mesma, o que melhor
a caracteriza, não havendo nada que se lhe compare. "(Alicerce do Paraíso, p. 69,
volume 4). Como podemos perceber, essa prática é um dos pontos mais importantes
da doutrina messiânica. Se a prática do Johrei é o sagrado ato de purificação, seria
razoavel perguntar: purificar-se do quê?

MÁCULAS
Trata-se da purificação das máculas ou manchas humanas, o
que nós cristãos denominamos pecado. A Bíblia ensina que o
pecado entrou no mundo pela desobediência de Adão e
Eva:Pelo que, como por um homem entrou o pecado no
mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou
a todos os homens, por isso que todos pecaram.(Rm 5.12)Os
messiânicos, contrariando os ensinamentos da Palavra de Deus, acreditam que as
máculas ou manchas humanas são provenientes das seguintes causas:

Herança dos antepassados.

Resultado de encarnações anteriores.

Pensamentos, palavras ou atos de maldade (máculas da atual redenção).

Ingestão de substâncias nocivas (produtos científicos ou medicinais adicionados na


alimentação), que turvam o sangue (o sangue é o espírito materializado).

Ensinam então que as máculas mencionadas podem ser apagadas pela prática do
Johrei. Esse ensino não é verdadeiro à luz da Bíblia prosseguem, ainda, afirmando
que a doação de dinheiro pode acelerar o processo de eliminação das máculas, do
seguinte modo:A partir do instante em que doamos dinheiro, espontaneamente gratos
a todas as bênçãos recebidas, muitas das nossas máculas serão eliminadas.
(Ensinamentos de Nidai Sama, p. 68, volume I). Admitir que dinheiro elimine máculas é
inconcebível. É o conhecido pecado de simonia, criticado pelo apóstolo Pedro: O teu
dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o Dom de Deus se alcança por
dinheiro. (At 8.20).Existe somente um meio de purificação das máculas do pecado. A
Bíblia declara com muita clareza: Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como
prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que , por tradição,
recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um
Cordeiro imaculado e incontaminado.(1 Pe 1.18,19) ... e o sangue de Jesus Cristo, seu
Filho, nos purifica de todo o pecado.(1 Jo 1.7) Em quem temos a redenção pelo seu
sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça.(Ef 1.7); Quanto
mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado
a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus
vivo? (Hb 9.14) A prática do Johrei não passa de um tipo de arte mágica e, como tal
está ligada ao ocultismo, proibida por Deus em Dt 18.10-12, Entre ti se não achará
quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem
prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador de encantamentos,
nem quem consulte um espírito adivinhante, nem mágico, nem quem consulte os
mortos, pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor... Como prova de
conversão a Deus, os que praticavam tais artes mági-cas,aprendidas em livros espe-
cializados, queimavam tais -li----te-raturas: Também muitos dos que seguiam artes
mágicas trouxeram os seus livros e os queimaram na presença de todos e, feita a
conta do seu preço, acharam que montava a cincoenta mil peças de prata. (At 19.19).
PANTEÍSMO E POLITEÍSMO
Disfarçadamente, a IMM declara sua missão: A Igreja
Messiânica Mundial tem a missão de servir como principal
veículo para comprovar ao mundo a existência de Deus,
através da manifestação do seu poder.(Oferta de Gratidão, p.
17,19). Não obstante, seria oportuna a observação: Qual Deus?
A pergunta é oportuna, pois os messiânicos professam um sincretismo religioso
ensinando, ao mesmo tempo, conceitos panteístas e politeístas. Como panteístas
ensinam: Deus é a Fonte da vida. Tanto o corpo espiritual do homem quanto o
material, são partes d'Ele. Deus e o homem estão indis-soluvelmente relacionados
como o estão pai e filho.(Ensi-namentos por Nidai Sama, p. 58, volume I). Panteísmo é
a identificação da divindade com o homem e a natureza, o que é uma aberração
lógica, pois Deus é o Absoluto e tudo mais é relativo, limitado e passageiro. Tal
conceito da Divindade é completamente errôneo. Deus é eterno (Sl 90.2).O homem é
limitado e passou a existir depois de criado por Deus (Gn 1.26). Deus ironiza o
homem, dizendo: Vós tudo perver-teis! Como se o oleiro fosse igual ao barro, e a obra
dissesse do seu artífice: Não me fez; e o vaso formado dissesse do seu oleiro: nada
sabe. (Is 29.16) Ele é o que estende os céus como cortina, e os desenrola como tenda
para neles habitar.(Is 40.22)

Por outro lado, professam também o politeísmo ao afirmar: Jeová, Deus, Logos,
Tentei, Amaterassu-Ookami, Kunitatitoko-no-Mikoto, Cristo, Shaka, Amida e Kannon
constituem o alvo da adoração de diversas religiões. Além desses, que são os
principais, poderíamos citar inúmeros outros, como Mikoto, Nyorai, Daishi etc. Sem
dúvida alguma, não levando em conta Inari, Tengu, Ryujin etc., que pertencem à
crenças inferiores, todas são divindades de alto nível.(Alicerce do Paraíso, p. 108,
volume 4).

Como podemos ver os messiânicos são politeístas, admitindo a existência vários


deuses e declarando-os divindades de alto nível. Paulo afirma: Mas, quando não
conhecíeis a Deus, servíeis aos que por natureza não são deuses.(Gl 4.8). Nivelar o
Deus único e verdadeiro com deuses falsos é ato religioso condenado severamente
por Deus: Não terás outros deuses diante de mim.(Ex 20.7)

A NATUREZA HUMANA
Segundo a IMM, o homem é dotado de três espíritos: o primeiro
é o espírito guardião, um espírito de ancestral que protege o
portador; o segundo é o espírito animal, que se agrega após o
nascimento. É o espírito Secundário Ele pode ser o espírito da
raposa, texugo, cão, gato, cavalo, boi, macaco, doninha, dragão,
tengu. Tengu é um ser misterioso. Tem forma humana, com asas,
rosto vermelho, nariz comprido, sendo portador de poderes
extraordinários. Sempre usa um leque. É orgulhoso e amante de
discussão e jogos. O tengu de Mokiti Okada, segundo ele
mesmo confessa, é Karassu-tengu, que é variedade de Tengu
com cabeça de corvo (Alicerce do Paraíso volume 3, p. 70/71). .
O terceiro é o espírito primordial, que é a consciência. São muito estranhos esses
espíritos de ancestrais que protegem os seus portadores. Mais estranho ainda é esse
espírito animal que pode ser qualquer animal. O próprio Meishu-Sama porta um tengu
com cabeça de corvo. Como sabemos, o corvo era considerado um animal imundo,
por se tratar de ave de rapina (Lv 11.15). Que dizer de um líder religioso que admite
ter em seu corpo um espírito de corvo? Segundo a Bíblia, o homem é ser de natureza
tríplice: corpo, alma e espírito (1 Ts 5.23; Hb 4.12). Alma e espírito constituem a parte
imaterial do homem, que se separa do corpo na hora da morte (Mt 10.28; Ec 12.7);
corpo é a parte material do homem que se decompõe com a morte. Todos os mortos
ressuscitarão para a ressurreição da vida ou para a condenação. (Jo 5.28,29; At
24.15)

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Todo cristão familiarizado com os ensinamentos bíblicos não
pode concordar com a doutrina e ensinos de Meishu-Sama.
Entretanto, a IMM procura ganhar adeptos de outras
organizações religiosas. Adotam duas estratégias para a
expansão de seu sistema: primeira, propagam o slogan: É
proibido proibir. É o que a Bíblia declara ser o caminho largo que conduz à perdição
(Mt 7.13,14). Que adianta uma religião dar uma ampla liberdade a seu adepto e por
fim ele se perder eternamente? (Mc 8.36,37).

Segundo procuram facilitar a adesão de adeptos proclamando que ninguém precisa


abandonar sua religião para se tornar messiânico. Os membros de outras Igrejas não
precisarão renunciar às suas religiões para unir-se à nossa igreja... (Igreja Messiânica
Mundial, 1971/72, p. 20). Salomão no final de sua vida, admitiu que podia servir a
Deus e cultuar os deuses de suas muitas esposas. Fez o que parecia mal aos olhos
de Deus: Assim fez Salomão o que parecia mal aos olhos do Senhor...(1 Rs 11.6).
Elias expôs aos israelitas que era impossível duplicidade de adoração: Até quando
coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; e se Baal, segui-o (I
Rs 18.21).Não nos enganemos: ninguém pode servir a dois senhores . Jesus é o
Senhor(1 Co 12.3).

Texto do pr. Natanael Rinaldi

Extraído de: Webmaster: www.icp.com.br

Rosa Cruz

Origem remota, rituais ocultos, superdesenvolvimento


mental - são alguns dos assuntos que fascinam os iniciados
no rosacrucianismo. Dizem os rosa-cruzes que para
entender seus ensinos é preciso recuar à época do Império
Egípcio, e assim dão a sua origem ao tempo em que os
egípcios ainda transmitiam suas idéias imprimindo sinais
herméticos em tijolos de barro, tempo que antecede o uso
do papiro como escrita. Afirmam ainda que a primeira Loja Branca teve início no
reinado do Faraó Amenófis I.

Christian Rosenkreuz é conhecido como o fundador do rosacrucianismo. Nascido em


1375, na fronteira da Alemanha com a Áustria, onde se educou e se desenvolveu,
Rosenkreuz começou a viajar e após percorrer a Alemanha, Áustria e Itália,
encaminhou-se para o Egito, onde foi bem acolhido pelos irmãos da Loja Egípcia. Ali,
foi admitido em todos os graus dos mistérios egípcios e fundou a Ordem Rosa-Cruz.

Assim como a Maçonaria se intitula uma sociedade secreta, assim também são os
rosa-cruzes. No século 18, deu-se o título de Rosa-Cruz a todas as entidades que
afirmam ter relações secretas com o mundo invisível. Da mesma forma como a
Maçonaria nega sua condição de entidade religiosa, assim o fazem os rosa-cruzes.
Pode-se afirmar, entretanto, que o rosacrucianismo é um tipo de sociedade religiosa
eclética ou sincrética, pois admite em seu quadro associativo pessoas de todas as
religiões. Tem seu templo, a sua loja do lar. Tem seus sinais de reconhecimento, tem
palavras de passe e apertos de mão, tem também diversos graus e há cerimônias
especiais para a entrada nesses graus.

Religião ecumênica

Declarações sobre sua condição de seita religiosa são comprometedoras e


contraditórias: Já disseram que o trabalho Rosa-Cruz se torna uma religião para
alguns de seus membros. Isto é verdade desde que com isto não se queira dizer que
a Ordem se transforme em igreja. Aos rosa-cruzes pede-se que freqüentem as suas
respectivas igrejas, e que cooperem no bom trabalho que estão realizando; ao mesmo
tempo, porém, os ensinamentos... podem se tornar a religião de uma pessoa, seja ela
metodista, presbiteriana, protestante episcopal, católica romana ou de qualquer outra
seita.

No verbete Religião afirmam que... O conhecimento de Deus e de suas manifestações


suscita real devoção religiosa da parte dos rosa-cruzes, e o místico é sempre um
sincero estudante de teologia básica. Todavia, além de associar-se a igrejas sectárias
a fim de auxiliá-las na importante obra que estão realizando, o rosa-cruz é liberal, é
tolerante em sua religião e vê Deus em tudo e em cada uma de suas criaturas. (O
destaque é nosso).

Incentivando o estudo de suas monografias dizem mais: Se para o estudante, os


ensinamentos rosa-cruzes tiverem se tornado sua religião, deixe que eles
permaneçam assim, como coisa pessoal, apenas sua, e não permita que um gesto ou
uma palavra de sua parte possa sugerir a alguém que prefere permanecer afastado
das igrejas devido aos seus estudos rosa-cruzes. Poderá ser leal a ambos: auxiliar a
ambos e, ao mesmo tempo, servir a Deus e prestar maior auxílio à humanidade
através desses dois canais. (Monografia do Templo, 12º n.61, p. 4) (O destaque é
nosso).

Ademais, os rosa-cruzes afirmam que não constituem uma sociedade religiosa cristã.
Se a Ordem Rosa-Cruz fosse uma organização puramente cristã, isto significaria que
em todas as terras onde outras religiões fossem aceitas, os rosa-cruzes teriam de ser
cristãos. Esta não é a verdade. (Monografia do Templo, 12º n. 102, p. 2).

Como vemos, embora negando e depois afirmando, os rosa-cruzes confessam ser


uma religião, mas destacam que não se trata de uma religião cristã. É uma religião
eclética. A Bíblia ensina que não existe possibilidade de alguém servir a dois senhores
em Mt 6.24 e que não devemos nos colocar debaixo de um jugo desigual com os
infiéis, notoriamente uma sociedade ocultista (2 Co 6.14-17). Para muitas pessoas,
qualquer tipo de culto é aceitável e não examinam as Escrituras para verificar como
Deus vê essa situação de duplicidade religiosa. Nas Escrituras, vamos encontrar que
Deus não aceita qualquer tipo de culto. Olhando em Gênesis 4.3-7 encontramos dois
irmãos - Abel e Caim - oferecendo culto a Deus. O oferecimento de Caim foi rejeitado
e o de Abel foi aceito. Na Bíblia encontramos Deus exigindo adoração exclusiva em Dt
6.5; Êx 20.5. Só existe um meio aceitável de adorar a Deus (Jo 4.23-24) e os demais
são inconvenientes e impróprios (Mt 7.13-14).

A Rosa-Cruz se vangloria de ter em seu rol de membros pessoas consideradas ilustres


na História, contudo o apóstolo Paulo era um doutor da lei e, quando no judaísmo,
havia estudado aos pés do sábio Gamaliel. Agora que era cristão, não se
envergonhava do Evangelho de Cristo, ao contrário, (Rm 1.16-17), admitindo até que
não eram muitos os poderosos segundo a carne que haviam aceitado a fé cristã.
Então, declara em 1 Co 1.18: Porque a palavra da cruz é loucura para os que
perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. Porque está escrito:
Destruirei a sabedoria dos sábios, e aniquilarei a inteligência dos inteligentes. Onde
está o sábio? Onde está a escrita? Onde está o inquiridor deste século? Porventura
não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? Visto como na sabedoria de Deus o
mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes
pela loucura da pregação (1 Co 1.18,21).

Como vimos, quão diferente é a linguagem de Paulo da empregada pelos rosa-cruzes!


Fazem declarações bombásticas de pessoas ilustres para ressaltar o conhecimento
secreto revelado a pessoas consideradas ilustres neste mundo por meio dos seus
ensinos secretos, quando Cristo, o próprio Evangelho, veio e viveu entre os humildes e
sua mensagem é aceita e compreendida por todos os homens sinceros de coração (Mt
11.25).

Símbolos e Misticismo

Utilizam-se de objetos em suas práticas ocultistas tais como: incenso, estátuas,


toalhas, aventais, bandeiras, decalques, discos, fitas K-7; publicações como
monografias, de vários graus, enviadas pelo Correio para os membros do Sanctum da
Grande Loja.

Quando uma pessoa se converte, abandona as práticas ligadas ao ocultismo. Essas


práticas são chamadas de artes mágicas e todos os objetos de livros ligados a essas
artes devem ser abandonados e se possível até queimados. Esse era o modo como
agiam os primitivos cristãos (At 19.18-19).

O símbolo da Ordem é uma cruz negra com uma rosa vermelha no centro. A Cruz
representa o corpo humano, com os braços abertos voltados para a luz. No centro, no
ponto em que o braço horizontal da cruz se une à madeira vertical, está sobreposta a
rosa, representando a personalidade-alma. Essa rosa, parcialmente desabrochada,
simboliza a consciência em evolução à medida que recebe a Luz Maior (Manual Rosa-
Cruz, p. 235, 7ª edição, 198l).

A saudação rosa-cruz é feita com as seguintes palavras: Floresçam as Rosas na tua


Cruz. A resposta à saudação é: E também a tua (O Caos das Seitas, p. 87).

Sendo uma entidade religiosa com práticas ocultistas, propaga curas por meio de
poderes extra-sensoriais conhecidos pela sigla PES. Promete desenvolver o poder da
vontade; manter a saúde; superar hábitos maus, atingir uma conscientização cósmica;
mudar o ambiente; superar o complexo de inferioridade; decifrar antigos símbolos.
Essa condição de práticas ocultistas não é negada pelos rosa-cruzes. Dizem que seu
estudo é o mais completo, integral, minucioso e maravilhoso curso de alta instrução
em metafísica, ocultismo, magia natural, psicologia e desenvolvimento mental, que o
homem jamais teve.

Palavras mágicas

Afirmam os rosa-cruzes que existem certas palavras mágicas que, quando


pronunciadas, trazem proteção contra circunstâncias adversas. Os membros dos
graus inferiores quando se confrontaram com situações graves e ameaçadoras, ao
repetir, imediata, silente ou suavemente a palavra Mathrem, ou a palavra Mathra,
trouxe-lhes proteção imediata para o corpo e paz para a mente. Por exemplo, os
membros que se confrontaram com colisões quase certas foram protegidos quando
rápida e mentalmente repetiram a palavra Mathrem ou Mathra. (Monografia do Templo,
12º, número 206, p. 3). Outras palavras são... RA-MA. Pronunciar essa palavra
sagrada e fazer com que ambas soem como o A. (Monografia do nono Grau, número
sete, p. 4). A palavra RAMA deve ser pronunciada alongadamente da seguinte forma:
RAAAAAAAAA-AAAA-MAAAAA-AAAAAAAA.

Um dos rituais mais praticados é assim descrito:

"PREPARAÇÃO"
"Selecione qualquer ocasião do dia ou da noite, e qualquer período da semana que
seja mais conveniente para realizar este ritual. Requererá o isolamento de uma
convocação de Sanctum."

Velas: Acenda duas velas (archote) no altar de seu Sanctum, colocando-as cerca de
20 cm de distância uma da outra, no mesmo plano. Se tiver a Cruz do Sanctum,
coloque-a ligeiramente por trás das duas velas e no centro entre as mesmas.

Incenso: Na ocasião em que preparar as velas, acenda também o incenso no


Incensório. O Incensório deve ser colocado cerca de 10 cm em frente à Cruz do
Sanctum.

Avental: Se tiver o seu avental ritualístico, deverá usá-lo, atando-o da maneira usual.

Luzes: Todas as luzes devem ser apagadas, em seu Sanctum, com exceção das
velas e a lâmpada próxima à cadeira em que estiver sentado, para a leitura. Evite, se
possível, ter luzes brilhantes acesas no teto (Ádito número Um, p. 6).

Ensinos que entram em conflito com a Palavra de Deus - A divindade do homem.

Essa pretendida evolução do homem indicada pela rosa desabrochada é elevar o


homem à divindade, como afirmam: O (uso do) símbolo da Rosa-Cruz, não como
símbolo religioso, mas como símbolo divino, representa a verdadeira divindade do
homem e de toda a natureza (Manual Rosa-Cruz, p. 89). Esse ensino panteísta (Tudo
é Deus) é antibíblico. O homem foi criado por Deus (Gn 1.1), à sua imagem e
semelhança. É criatura e não um deus (Gn 1.26-27). O homem é homem e Deus é
Deus, não podem ser confundidos (Is 31.3; Ez 28.2,9).

Para criarem a consciência da sua divindade os rosa-cruzes são aconselhados a


repetir continuamente as seguintes palavras: Eu sou puro! Eu sou puro! Eu sou puro!
Minha pureza é a pureza da divindade do templo Sagrado (Cro-Maat! - Monografia
Semanal, segundo Grau, número Um, p. 6). Deus é distinto da sua criação, embora
não esteja distante dela. Entende-se com isso a transcendência e a imanência de
Deus. A transcendência de Deus é a característica de Ele ser distinto da criação e a
imanência de Deus indica que Ele não abandonou a criação como ensina o deísmo.
Paulo abordando o assunto no seu discurso no areópago de Atenas disse: O Deus
que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em
templos feitos por mãos de homens, nem tampouco é servido por mãos de homens,
como que necessitando de alguma coisa; pois Ele mesmo é quem dá a todos a vida, e
a respiração, e todas as coisas. E de um só fez toda a geração dos homens, para
habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os
limites da sua habitação (At 17.24-26).

Reencarnação

A doutrina da reencarnação é uma das principais doutrinas dos rosa-cruzes e eles não
fazem segredo disso. De acordo com a lei de encarnação, cada ser humano renasce
no plano terreno a cada 144 anos, em média. Em outras palavras, se pudéssemos
acompanhar as reencarnações de uma pessoa em um período de mil anos atrás,
verificaríamos a ocorrência de um renascimento em um novo corpo a cada 144 anos,
em média. Se uma pessoa vive somente 80 anos neste plano terrestre e, em seguida,
eleva-se a uma vida mais alta pela transição, a alma e a personalidade da referida
pessoa permanecem no plano cósmico psíquico cerca de 64 anos antes de se
reencarnar, a fim de completar o ciclo de 144 anos... A criança que passa para o plano
cósmico aos quatro anos de idade teria de permanecer no mesmo 140 anos
aguardando a reencarnação. (Monografia de Neófito, segundo grau, número doze, pp.
4-6).

A Bíblia enfatiza que o homem só passa uma vez pela terra em Hebreus 9.27, "aos
homens está ordenado morrerem uma só vez vindo depois disso o juízo". Se morrem
uma só vez é porque só podem nascer uma só vez. Depois da morte... juízo e não
retorno a este "plano terrestre".
O ensino de Jesus em Lc 16.22-26 mostra o seguinte: a) a unicidade da vida terrestre;
b) a existência de um lugar de felicidade após a morte (2 Co 5.6-8; Fp 1.21-23); um
estado consciente de tormento para os que o rejeitaram como Salvador e Senhor (Lc
16.22-24); c) a futura ressurreição do corpo: glorificado para os cristãos e de vergonha
para os não-cristãos (Jo 5.28-29). Pela doutrina da reencarnação ninguém se salvaria,
seria um vai e vem sem fim, pois quem viesse pagar uma dívida iria contrair outra para
futuras reencarnações.

Deturpação da Bíblia

a) As últimas palavras proferidas pelo Mestre Jesus, na Cruz, foram RA-MA.


Se examinassem um pouco melhor a Bíblia encontrariam que as últimas palavras de
Jesus na cruz foram Tudo está consumado (Jo 19.30).

b) Sobre o Jardim do Éden:

...no alvorecer da evolução do Homem, encontramos o homem e a mulher em lugar


alegoricamente chamado Éden - o Jardim... Devemos, portanto, considerar o Jardim
do Éden como uma condição e não um lugar... (Monografia do Templo, nono Grau,
número Um, p. 4).
Consideramos o relato bíblico do Jardim do Éden realmente um lugar, uma realidade
histórica, e não um relato alegórico. Jesus se reportou, em seus ensinos, sobre a
criação de Adão e Eva como verdades históricas da criação do primeiro homem e da
primeira mulher (Mt 19.4-6). O mesmo fez o apóstolo Paulo falando da queda dos
nossos primeiros pais (Rm 5.12).

c) EU SOU O CAMINHO

E, naturalmente, temos esta outra maravilhosa e iluminadora declaração do Grande


Mestre, falando desta vez como CRISTO RESSUSCITADO... Ele não pronunciou esta
frase no sentido pessoal, e que Ele não estava falando como Jesus, o Homem, ou
como um Líder Divino... Naqueles dias o CAMINHO era uma escola mística esotérica
e secreta que aqueles que guiavam aos outros n'O CAMINHO eram perseguidos.
(Monografia do Templo 9º, número 29, p. 3).
Ora, lendo Jo 14.6 e o contexto vemos que Tomé perguntou a Jesus sobre o caminho
para a casa do Pai (Jo 14.2-3) e Jesus responde dizendo ser Ele o caminho, e a
verdade e a vida. "Ninguém vem ao Pai, senão por mim." Jesus é esse caminho e não
uma escola mística esotérica. É um ensino esdrúxulo (Hb 13.9).
Trindade

Falando sobre a Trindade, assim se manifestam os rosa-cruzes: Os místicos


compreendiam muito bem o que Jesus quis dizer por Sagrada Trindade ou por 'Pai,
Filho e Espírito Santo'. Eles conheciam a lei do triângulo e como a divindade pode ser
representada pelo símbolo do triângulo ou pelos três. Eles não puderam compreender,
contudo, outras características da religião cristã adicionadas a ela séculos depois.
(Monografia do Templo, 12º, número 102, p. três).

A doutrina da Trindade é usualmente declarada nos seguintes termos: Na natureza do


único e eterno Deus há três pessoas eternamente distintas, o Pai, o Filho e o Espírito
Santo. Todas as três pessoas são o mesmo Deus, embora o Pai não seja nem o Filho
nem o Espírito; o Filho não seja nem o Pai nem o Espírito; e o Espírito não seja o Pai
nem o Filho. Isto pode ser visto nas referências de Mt 3.16-17; Jo 14.16,26; 2 Co
13.13.

A identificação da ordem batismal de Jesus na fórmula trinitária de Mt 28.19, em nome


do Pai, e do Filho e do Espírito Santo em nada se relaciona com essa lei do triângulo
mencionada pelos rosa-cruzes.

O que pensam sobre Jesus

As opiniões dos rosa-cruzes sobre Jesus são estranhas e extravagantes. Os conceitos


emitidos sobre Jesus são até blasfemos. Nós que podemos ver o futuro,
compreendemos que o próximo grande salvador mundial, o próximo Cristo do homem,
e o filho de Deus, nascerá livre de qualquer relação com qualquer organização, com
qualquer seita ou religião, com qualquer movimento que seja limitado a certas
pessoas ou crenças. (Monografia do Templo, 10º, número 30, p. 6).

Os rosa-cruzes falam de outro Cristo que ainda vai nascer para se tornar o salvador do
mundo. Estão falando do anticristo (1 Jo 2.18). Seria Lord Maitreya da Nova Era?
Jesus falou da vinda de falsos cristos e esse anunciado não deixa de ser um deles (Mt
24.5, 23-25).

SER EVOLUÍDO

Jesus foi, inquestionavelmente, a culminação da evolução de centenas dos grandes


místicos e seres inspirados dos séculos anteriores. (Monografia do Templo, 11º,
número 34, p. 4).
O Jesus bíblico é imutável. Duas declarações nesse sentido são encontradas em Jo
8.58 e Hb 13.8, contestando assim a declaração rosa-cruz de ser Jesus uma suposta
evolução de centenas de grandes místicos.

NÃO MORREU NA CRUZ

Os antigos registros da Grande Fraternidade Branca e outros documentos que


constam dos arquivos rosa-cruzes demonstram claramente que, depois que Jesus
retirou-se para o mosteiro do Carmelo, viveu por muitos anos, realizando reuniões
secretas com seus Apóstolos e devotando-se, pela meditação e pela prece, à
formulação de doutrinas e ensinamentos para serem divulgados pelos apóstolos (A
Vida Mística de Jesus, p. 266). Refutando as declarações rosa-cruzes afirmamos que
Jesus não pode ser comparado a qualquer outro líder religioso. Ele fez declarações
tão fantásticas que causaram protestos dos seus contemporâneos. Quando
contestado nas suas reivindicações, comprovava sua autoridade realizando milagres.
Quando curou o coxo que fora levado à sua presença por quatro amigos, declarou:
Filho, perdoados estão os teus pecados. Contestado pelos presentes sobre sua
autoridade para perdoar pecados, deu ordem ao paralítico que tomasse sua cama e se
levantasse, o que foi feito de imediato. Sua autoridade fora comprovada (Mc 2.1-11).

O Evangelho pregado por Paulo, declarado por ele ser o poder de Deus, (Rm 1.16-17)
trazia a seguinte mensagem: Porque primeiramente vos entreguei o que também
recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi
sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras (1 Co 15.3-4).
Negar a morte de Jesus implica negar sua ressurreição e negar sua ressurreição é
estar sem esperança, destituído de salvação! (1 Co 15.14-17).

O rosacrucianismo não apenas nega a morte física de Jesus na cruz, como nega que
essa morte tivesse efeito salvífico.

A doutrina da Expiação, ensinada pela Igreja, consiste em que o Cristo expiou todos
os pecados da humanidade, morrendo na cruz... A doutrina da Expiação é
misticamente verdadeira, mas somente no sentido de que o próprio homem,
alcançando o estado de consciência cósmica, pode expiar seu estado pecaminoso
(Discurso 24, série III, p. 4).

A morte de Jesus foi comprovada historicamente (Jo 19.30-42). Ora,


considerando que o rosacrucianismo nega a morte de Cristo na cruz, afirmando
que Ele sobreviveu à morte de cruz, e que viveu muitos anos como mestre no
monte Carmelo, está transmitindo um ensino falso, fraudulento e apontado por
Paulo em Gl 1.8 como devendo ser anatematizado. Pior ainda quando nega o
significado de sua morte vicária, expiatória na cruz (1 Pe 2.24). Realmente, é
outro evangelho que deve ser rejeitado. Um cristão orientado pela Bíblia jamais
poderia tornar-se um rosa-cruz (Ap 18.4).

No Brasil existem várias organizações que seguem a ideologia ocultista:

 Antiga Mística Ordem Rosa-Cruz (AMORC) - fundada em 1915 pelo ocultista


H. Spencer Lewis, em Nova Iorque (EUA).
 Fraternidade Rosa-Cruz - fundada por Max Heindel, em 1907, Oceanside, na
Califórnia (EUA.).

 Fraternitas Rosae Crucis - P. B. Randolph, em 1868, R. S. Clymer,


Quakerstown, PA (EUA).

 Lectorium Rosincrucianum/Áurea - fundada em 1971 por J. Van Rijckborgh, em


Haarlem, na Holanda.

 Igreja Expectante - fundada em 1919, por A. R. Costet de Mascheville, em


Guarapari, no Estado do Espírito Santo.

Cerimônias e Práticas

São as seguintes as cerimônias e práticas celebradas regularmente que identificam os


rosa-cruzes como uma seita religiosa:

Ritual de Aposição de Nome, que deve ser realizado até os 18 meses da data do
nascimento, numa cerimônia parecida com o batismo de crianças praticadas em
igrejas católicas.

Ritual de Matrimônio, um tipo de cerimônia religiosa de casamento. Esta cerimônia


pode realizar-se até após uma semana depois do casamento no civil.

Ritual Fúnebre, cerimônia realizada só quando o morto tiver pertencido à Ordem.

Ordem Juvenil dos Portadores do Archote, cerimônia realizada com crianças e


adolescentes entre os 5 a 17 anos, com três classes por idades.
Ritos anuais: festa sagrada do Ano Novo, com refeição simbólica (março) e a Festa
da Pirâmide (setembro) em comemoração à construção da grande Pirâmide de
Quéops.

(Extraído da Revista Defesa da Fé)

FÉ MUNDIAL BAHAÍ
PROFETA:
Mirzá Alí Muhammad (o Bab) e Mirzá Husayn Alí
(Bahá'u'lláh). Fundada em 1844 no Irã. A sede se
encontra em Haifa, Israel.

ESCRITURAS:
As escrituras de Bahá 'u'lláh e Abdu'-I-Bahá:
Kitabi-i-Aqdas e Kitab-i-Lqan. A Bíblia,
interpretada espiritualmente, para concordar com
a teologia Bahá'i.

DEUS:
Deus é um ser divino incognoscível que se revela através de novas manifestações
(líderes religiosos), incluindo, Moisés, Buda, Confúcio, Jesus, Maomé e Bahá'u'lláh.

JESUS:
Jesus é uma das muitas manifestações de Deus. Cada manifestação substitui a
anterior, dando novas revelações acerca de Deus. Moisés, que foi substituído por
Jesus, que foi substituído por Maomé e mais recentemente pelo melhor Bahá'u 'lláh
(Glória de Deus). Jesus não é Deus e não ressuscitou dentre os mortos. Ele não é o
único caminho para ir a Deus. Jesus regressou ao mundo na forma de Bahá'u'lláh.

ESPÍRITO SANTO:
O Espírito Santo é a energia divina de Deus que concede poder a cada manifestação.
O Espírito da Verdade refere-se a Bahá'u'lla'h

SALVAÇÃO:
Fé na manifestação de Deus (Bahá'u'lláh). A Salvação é obtida pelo conhecimento e
prática dos princípios ensinados por Bahá'u'lláh.

MORTE:
Imortalidade pessoal baseada nas boas obras. Haverá recompensas para os fiéis. O
céu e o inferno são condicionais.

OUTRAS CARACTERÍSTICAS:
A fé Bahá'í originou-se como seita islâmica e é severamente perseguida no Irã. Sua
crença é que todas as religiões têm a mesma origem, princípios e aspirações. Enfatiza
a unidade e a unificação do mundo. Suas reuniões são denominadas assembléias
espirituais.(Extraído da Bíblia Apologétca - Clique aqui para adquirí-la)
A SEITA AHMADI
Lend o o livro do escritor indiano V. S.
Naipaul onde, em sua visita ao
Paquistão, ele faz uma abordagem
sócio/religiosa de como vivem as
comunidades e aldeias desse que é
um dos maiores países islâmico do
mundo, identificamos uma seita com
significante nível de expressão
naquela nação. Trata-se da seita dos
seguidores de um homem chamado
Ahmad, que se denominam de
“Ahmadi”. Ahamad nasceu em 1838
na aldeia de Qadian, agora Índia, bem
junto à fronteira com o Paquistão. Sabe-se que ele aprendeu o árabe, a língua
sagrada do alcorão, sem nenhuma instrução; e que sofria de vertigens, diabetes e
tinha uma leve cegueira. Recebeu sua primeira revelação quando estava com
cinqüenta e dois anos aproximadamente, e em 1890 ele anunciou sua missão. A seita
contava com dez milhões de Ahmadi no mundo todo na década de 1980. O bojo
doutrinário possui o mesmo teor do islamismo tradicional, diferindo-se apenas em
alguns pontos, tornando-a exótica aos olhos do próprio Islã, sendo por isso
considerados como seita.

O ENSINO QUE DIFERENCIA OS AHMADI DOS DEMAIS ISLÂMICOS

De modo geral os muçulmanos aguardam a volta de Jesus Cristo, ainda que de


maneira um tanto diferente do Cristianismo. No islamismo ortodoxo Jesus não foi
crucificado, mas Alá enganou os carrascos colocando um outro na Cruz e fazendo
parecer Cristo, ou seja, Alá poupou Jesus enganando a todos os que olhavam para a
cruz, vendo sobre um homem qualquer o rosto de Cristo . Nesta ótica o islamismo
aguarda Jesus. Os Ahmadi dizem que a profecia foi mal interpretada pelo seguinte
motivo: Cristo não está vivo em algum lugar do céu, esperando voltar para a terra;
Cristo está morto. Está morto porque não foi levado para o céu. Ele foi tirado da Cruz,
curado e seguiu com seu trabalho de pregação até estar com cento e vinte anos,
alcançando com sua mensagem até a região da Caxemira na Índia. Ele viveu sua vida
como homem; foi uma vida muito longa; então ele não pode voltar para a terra para
um segundo período. A verdadeira profecia, de acordo com os ahmadi, era que
alguém como Cristo voltaria para a terra como messias prometido, para purificar a
religião num tempo de trevas e restabelecer a pureza do Islã! Esse homem foi Ahmad
e hoje o caminho da restauração seria a sua religião/islâmica. Essa doutrina é
severamente repudiada pelos demais islâmicos, pois para os Ahmadi, Ahmad é o
último profeta. Essa doutrina é inaceitável e inconcebível no Islamismo ortodoxo, onde
Maomé foi e é o último profeta.

Refutação:

Tanto o islamismo tradicional quanto os Ahmadi estão errados. A Bíblia e a história


secular deixam evidentes a respeito da morte de Jesus Cristo na Cruz do Calvário.
Está além de qualquer questionamento que Jesus morreu numa cruz e ressuscitou da
morte, no Evangelho (“Quando eles O crucificaram” (Mt 27,35); “Com um alto grito
Jesus deu seu último suspiro” (Mc 15,37); “Quando eles chegaram a Jesus e viram
que já estava morto, não lhe quebraram as pernas” (Jo 19,33); “O anjo disse às
mulheres: Não tenham medo, porque eu sei que vocês estão procurando por Jesus
que foi crucificado. Ele não está aqui... ressuscitou da morte” (Mt 28,5-7). Evidência
extrabíblica para a realidade da crucificação incluem os escritos do pagão Tácito
(“Cristo sofreu a pena máxima durante o reinado de Tibério”) e de Luciano, o Grego
(“Os cristãos adoram o sábio crucificado”). O apologista cristão Justino Mártir, faz
referência aos “Atos de Pôncio Pilatos”, agora perdido, mas que escreveu uma crônica
referente à morte de Jesus. O escritor judeu Flávio Josefo (“Pilatos condenou-o à
morte, por crucificação...”), e o Talmude Babilônico (“Ele foi crucificado na véspera da
Páscoa”). Desde o início, os cristãos realizaram a Ceia do Senhor e usaram a cruz
como símbolos do sacrifício de seu Mestre (cf. 1Cor 11,23) e nunca tiveram dúvida da
realidade da crucificação.

Pr. João Flávio Martinez


Fonte de Pesquisa: “Entre os Fiéis” – Naipaul. - Editora: Cia das Letras

Maniqueísmo
Considerado durante
muito tempo uma
heresia cristã,
possivelmente por sua
influência sobre algumas
delas, o maniqueísmo
foi uma religião que,
pela coerência da
doutrina e a rigidez das
instituições, manteve
firme unidade e
identidade ao longo de
sua história.
Denomina-se maniqueísmo a doutrina
religiosa pregada por Maniqueu -- também
chamado Mani ou Manes -- na Pérsia, no século
III da era cristã. Sua principal característica é a
concepção dualista do mundo como fusão de
espírito e matéria, que representam
respectivamente o bem e o mal.

Ruínas do palácio do rei persa Sapor I, protetor de Maniqueu.

(Extraído http://orbita.starmedia.com/~hyeros/maniquesuadout034.html)

FALUN GONG
A Seita que abalou o comunismo na China
Nestes últimos dias, temos visto, nos principais meios de
comunicação de todo o mundo, inclusive do Brasil, muitas
reportagens sobre um estranho movimento denominado
Falun Gong. As matérias declaram que essa seita, de
aproximadamente 100 mil seguidores, foi classificada
pelo governo da China como uma organização ilegal e
demoníaca. Mas, afinal, o que é a Falun Gong? Quem é
o seu líder? O que ela ensina? Por que essa seita
incomoda tanto o governo comunista chinês? As
perguntas podem até parecer simples, mas as respostas, não.

A Falun Gong - ou Falun Dafa - (fa significa lei ou princípio; lun, roda; e gong denota
energia para cultivação) surgiu em 1992, na China. Seu fundador, Li Hongzhi, que vive
nos EUA, ensina uma vida regrada e a prática de exercícios de meditação e
respiração todas as manhãs, cujo objetivo é expandir a
consciência.

Para aqueles que seguem seu regime de exercícios e seus


padrões morais, a Falun Gong é meramente
um meio de atingir a boa condição física e a
melhoria pessoal. Uma de suas seguidoras, Caroline Lam,
declarou a um repórter: Não adoramos ninguém. Não temos
nenhum ritual. Todos têm a liberdade de entrar e sair, e não temos
uma -organização propriamente dita1. Para Lam e os demais
membros da seita que se reúnem periodicamente para a prática
dos cinco -exercícios receitados (nos quais estão incluídos os
movimentos lentos e controlados e as técnicas de respiração), o
motivo de seguirem o Falun Gong é o alívio da tensão e os
benefícios à saúde que alcançam.
Li Hongzhi disse: Somos membros comuns da sociedade... Só que nos levantamos
cedo para realizar os nossos exercícios. Somos um movimento em massa popular
para a realização de exercícios2. Não obstante, seria um engano definir a Falun Gong
como um simples culto à saúde e à boa forma. A filosofia por trás de seus exercícios e
código moral tem um significado mais profundo. Supostamente arraigada nas
doutrinas budistas e taoístas, a seita Falun Gong alega ser uma Lei Budista, mas não
é propriamente budista. Segundo afirma, está mais estreitamente vinculada à antiga
prática chinesa qigong (uma forma do taoísmo voltada à disciplina pessoal:
moralidade, meditação e exercícios de respiração) para obter energia espiritual e/ou
força vital.
De acordo com Li Hongzhi, os benefícios da Falun Gong são variados. Entre eles,
inverter o processo de envelhecimento e receber a cura de enfermidades crônicas e
capacidades supranormais, como, por exemplo, ver através da matéria com um
terceiro olho3.

O líder do movimento

Li Hongzhi nasceu em 1951, em Chang-chun, na província de Jilin,


nordeste da China. Consta que ele estudou qigong desde os quatro anos
de idade, nas montanhas da China, sendo aluno dos mestres da antiga
tradição chinesa até desenvolver seu próprio tipo de qigong. Li disse que
foi escolhido por seus men-tores para receber os princípios daquilo que
veio a ser a ideologia da Falun Gong. Atualmente reside em Manhattan e
vive dos direitos autorais de seus livros 4.
Por suas alegações, seus ensinos e modos de agir têm relevância incomparável. Ele
diz, ainda, que sua autoridade espiritual é superior à de Maomé, Buda e Jesus que,
segundo Li, também era um Buda. Li diz também que um ser supremo o comis-sionou
para vir à terra e salvar a humanidade da corrupção moral e dos males tecno-lógicos
da ciência. Aproveitando-se de um renovado interesse pelo qigong durante este último
quarto de século, especialmente entre os universitários e os desempregados, Li lançou
o Falun Gong, que rapidamente cresceu para se tornar num movimento de grande
porte.

Os seguidores de Li consideram seus escritos sagrados,


sobretudo seu texto principal, o Zhuan Falun (Girando a
Roda da Lei), publicado em 1994. É uma compilação dos
ensinos de Li para orientar o cultivo dos indivíduos na
verdade do cosmos 5. Uma propaganda da prática Falun
Dafa alega: O praticante genuíno receberá ganho natural
sem por ele ansiar. Toda a energia para ser cultivada, e
toda a Lei, estão no Livro, e a pessoa as obterá de modo
natural ao ler toda a Grande Lei... Não importa quantos livros de escrituras forem
publicados, todos servem de material para ajudar no Zhuan Falun. É somente Zhuan
Falun que está orientando de modo geral esse cultivo 6.

Posto que os ensinos de Li supostamente levam à melhoria da saúde e ao


rejuvenescimento, os remédios são apenas para aqueles que não crêem de modo
apropriado. O atendimento médico é proibido entre os seguidores de Li, que alega na
"cara dura" que eles podem ter a saúde restaurada mediante a leitura de seus livros. A
prática do Falun Gong, segundo alegam seus adeptos, possui poder de alisar as
rugas, devolver a cor original aos cabelos brancos, restaurar os ciclos menstruais às
mulheres depois da menopausa e curar a tuberculose. Suas doenças serão eliminadas
diretamente por mim, escreve Li 7.

Li afirma que possui o poder de implantar nos seus seguidores o falun, ou roda da lei.
À medida que seguem seus exercícios e se submergem em seus ensinos e meditam
neles, conseguem fazer uma ligação direta com o poder da força vital, purificar seu
espírito do carma maligno que tanto prevalece no mundo e desencadear seu potencial
para um novo tipo de energia. Li, num tom autoritário e exclusivista, declara de si
mesmo: No que diz respeito ao seu cultivo, você precisa de um mestre que o proteja e
se importe com você 8.

O fundador da Falun Gong entende que o mundo moderno, com sua decadência moral
- lado a lado com os males da ciência - está caminhando para a desgraça total, exceto
aqueles que confiam nas doutrinas dessa seita para a salvação. Referindo-se à
destruição vindoura, escreve: O universo em que agora vivemos é uma entidade re-
cons-truída depois de nove explosões catastróficas. O planeta onde habitamos já
passou muitas vezes por destruição 9. Li alega ter sido enviado para salvar a
humanidade da sua triste situação. Somente ele conhece a verdade do cosmos e o
que o futuro nos reserva. Somente por meio da iluminação recebida por ele é que
poderemos escapar da calamidade: O futuro parece sombrio, a não ser para aqueles
que se purificam com o Falun Gong e se esforçam para alcançar um plano superior
10.

Segundo a opinião de Li, as raças não devem ser misturadas entre si. Crianças de
raça mista, nota ele, são sintoma do declínio da sociedade. Cada raça tem sua própria
biosfera específica, e sempre que nascem crianças de um relacionamento entre raças
diferentes elas são pessoas defeituosas. E argumenta, ainda, que o próprio céu está
segregado: Qualquer pessoa que não pertencer à sua respectiva raça não receberá
cuidados. Não sou apenas eu quem diz isso. É a pura verdade. Estou revelando a
vocês o segredo do céu11.

As práticas de Li

A filosofia e doutrina de Li, e suas instruções para os


exercícios, são gravadas e acompanhadas com
música de fundo. E contêm referências, repetidas
muitas vezes, a deidades budistas obscuras, e
também um ritual prolongado, no qual os alunos
movimentam uma "roda da lei" pelo seu corpo inteiro.
O propósito... é conseguir que essa roda, com seus
supostos poderes terapêuti-cos, passe a habitar no
abdome da pessoa 12.

Abrir todos os canais de energia no corpo; Conseguir a sabedoria e a aumentar o seu


nível de energia; Misturar e trocar entre si as energias tanto do cosmos quanto do
corpo humano, a fim de purificar-se rapidamente; Circular energia, sem atritos, pelo
corpo inteiro; Conseguir uma mente lúcida e pura, a fim de fortalecer os poderes
sobrenaturais e aumentar a potência da energia 13.
A pessoa, ao se convencer da eficácia da Falun Gong no
primeiro nível, se dispõe a passar para o nível seguinte e
buscar as doutrinas que há por trás dos exercí-cios. Então,
ela precisa dar o que parece ser um grande salto de fé.
Visto que os devotos verdadeiros dessa seita não podem,
em nenhuma hipótese, procurar tratamento médico, mesmo quando muito doentes,
sua única linha vital de sobrevivência é a fé que mantêm em Li. Infelizmente, para
alguns, isso não foi suficiente. Os seguidores são proibidos de consultar os médicos
em casos de doença, diz uma reportagem na Inside China (Dentro da China), citando
um pesquisador da Academia Chinesa de Ciências: Como resultado, alguns já
morreram, ao passo que outros enlouqueceram com a prática de qigong 14.

A maioria dos seguidores da Falun Gong desconsidera semelhantes relatos, dizendo


serem falsos ou exagerados. Existem, na realidade, dezenas de milhares de pessoas
que concordariam com um dos líderes do movimento quando disse: Essa é a prática
mais real que já descobri. É o que andava procurando durante a minha vida inteira 15.

Por que essa seita incomoda tanto o governo comunista chinês?

De acordo com a opinião do governo chinês, vários fatores fazem da Falun Gong uma
ameaça real:
1. O número de chineses que praticam os ensinos de Li Hongzhi possivelmente seja
maior do que a afiliação total do Partido Comunista Chinês;
2. Alguns dos adeptos da Falun Gong são comunistas portadores de carteira, até
mesmo generais dentro do exército chinês;
3. Os membros arrolados na Falun Gong incluem também milhares de pessoas no
Ocidente, e Li reside com sua família em Manhattan (o governo chinês considera
suspeitos semelhantes contatos fora da China);
4. Os ensinos espirituais de Li são certamente incompatíveis com a doutrina atéia do
comunismo chinês;
5. As demonstrações em massa, cada vez mais numerosas, realizadas pelos líderes
da Falun Gong têm subvertido a ordem social e forçado confrontações com o governo;
6. O fato de a Falun Gong brotar da esperança do melhoramento pessoal e da
felicidade do crescente número de seus adeptos, que saem do partido comunista
chinês, demonstra que o comunismo foi um fracasso;
7. A ascensão da Falun Gong relembra os movimentos espirituais do passado, que
pareciam inócuos, mas que, de repente, cresceram e se trans-formaram em forças
políticas poderosas que acabaram derrubando as dinastias existentes.
Sabemos da tradicional intolerância do governo comunista chinês, porém, alguma
coisa está terrivelmente errada na doutrina de Li.
Infelizmente, inúmeras pessoas têm flertado com várias disciplinas espirituais de
diferentes tradições religiosas e, não demora muito, se cansam de uma delas e
passam adiante para algo novo, mas sempre mantendo a crença de que todas as
religiões ensinam, basicamente, as mesmas verdades. Para um número sempre
crescente de pessoas, a Falun Gong é a moda passageira espiritual da atualidade.
Tais pessoas estão conscientes de que Li insiste no fato de que somente a obediência
fiel aos seus ensinamentos trará a verdadeira iluminação e salvação a quem procura a
verdade ulterior. Li enfatiza o caráter distintivo da sua doutrina quando declara: Falun
Dafa é totalmente um dos modos tradicionais da cultivação [religião] na teoria, e da
teoria de alquimia interna em vários sistemas e escolas16. Os praticantes da seita
Falun Dafa são obrigados a obedecer à primeira regra de Li Hongzhi: Ninguém pode
propagar outras religiões em nome da prática do Falun Dafa 17. Para os ecléticos que
seguem elementos selecionados de várias tradições religiosas, os ensinos dogmáticos
de Li devem ser desconcertantes. Mesmo assim, a publicidade da Falun Gong não é
realmente diferente das bandeiras agitadas em público ao longo do desfile dos
movimentos religiosos que têm aparecido em nossa sociedade nos últimos anos
prometendo boa saúde e enriquecimento mental. Todavia, as promessas dessas
religiões servem apenas para mascarar sua asseveração esotérica de que elas são o
único caminho para a verdade ulterior. Isso fica mais aparente na religião de Li
Hongzhi. Embora os adeptos da Falun Gong digam às pessoas que as doutrinas de
seu fundador são exatamente o que o médico receitou, na realidade a receita de Li
consiste de pílulas amargas que a maioria das pessoas tem de engolir.

Aversão à medicina moderna e falta de amor

A última das treze exigências básicas e assuntos de atenção para a prática da Falun
Gong contém algumas palavras sinistras da parte de Li: Se algumas cenas
aterrorizadoras interferirem com você, ou se você se sentir ameaçado, é só dizer, de si
para si: estou protegido por meu mestre. Não tenho medo de nada. Você pode entoar
o nome do mestre Li, e continuar com a sua prática 18. Embora a intenção dessa
declaração seja garantir aos praticantes da Falun Gong que eles receberão a proteção
do mestre Li enquanto praticarem os exercícios por ele receitados, ela revela duas
realidades a respeito de Li e de sua disciplina espiritual. Primeiro: o contato com os
espíritos é uma possibilidade quando alguém pratica tais exercícios. Em segundo
lugar, do ponto de vista cristão fica claro que o próprio Li tem alguma conexão com o
âmbito das trevas. Se as pessoas em geral devem ficar aflitas com os ensinos de Li,
os cristãos, por sua vez, devem ficar ainda mais atentos com a natureza ocultista
relacionada a esses exercícios (1Tm 4.1-2).

Conforme vimos, muitos críticos da Falun Gong ressaltam a aversão que Li tem à
medicina moderna, aversão esta que, segundo declaram, tem levado à morte ou à
loucura muitos adeptos dessa seita. Os cristãos devem se preocupar não somente
com essa crença alarmante, mas também com a doutrina de Li a respeito do poder
sobrenatural que supostamente dissipa todas as enfermidades físicas. A pessoa
recebe esse poder quando Li abre o Olho Celestial do praticante, ou seja: o canal
principal... localizado entre o ponto de encontro das sobrancelhas e o corpo pineal.
Usualmente, vemos com nossos olhos físicos. São esses mesmos dois olhos que
servem como anteparo e bloqueiam a nossa passagem para outros espaços e, com
isso, conseguimos ver apenas o que existe no nosso mundo físico. Abrir o 'Olho
Celestial' nos capacita ver sem empregarmos os dois olhos. Depois de alcançarmos
um nível muito alto de cultivação, obtemos um 'Olho Verdadeiro'... eu lhe abrirei os
seus 'Olhos Celestiais' diretamente para a dimensão da 'Visão do Olho da Sabedoria'.
Realmente, estou aqui para abrir o 'Olho Celestial' em grande escala 19.

Aqueles que estão familiarizados com o ocultismo da Nova Era notarão a semelhança
entre o 'Olho Celestial' e o 'Terceiro Olho'. Os dois movimentos prometem aos fiéis
genuínos que eles receberão conhecimentos esotéricos e poderes ocultos. O apóstolo
Paulo, no entanto, afirma que somente Cristo fornece poder e sabedoria verdadeira:
Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo,
poder de Deus, e sabedoria de Deus (1Co 1.24). Diz Li: Eu, de modo especial,
transmito o 'Grande Caminho da Cultivação Budista', para o qual fui despertado
durante eras inumeráveis do passado 20. A respeito dos falsos mestres nos seus dias,
declarou Paulo: Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior,
enganando e sendo enganados (2 Tm 3.13).

Enquanto Li Hongzhi desdenha o nosso mundo, considerando-o lixo


do universo, onde toda a corrupção é depositada, Jesus Cristo, em
sua compaixão, foi compelido a abraçar os sofrimentos deste mundo
caído. E não só isso. O Filho de Deus morreu miseravelmente numa
cruz para nos reconciliar com o Criador. Porque também Cristo
padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos
a Deus (1Pe 3.18). Deus amou as pessoas que habitam na lixeira do
universo, e por elas morreu: Porque Deus amou o mundo de tal
maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele
crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16).

É o tipo de amor que, indiscutivelmente, está ausente nos ensinos de Li Hongzhi.

1. Stephen Hutchson: The Man China Fears Most, Sydney Morning Herald, 7 de maio
de 1999.
2. Ibid.
3. O Poder da 'Força´, Newsweek: Edição Internacional, 10 de maio de 1999.
4. Seita Chinesa Atrai Muitos Seguidores, USA Today, 26 de abril de 1999.
5. Kai Strittmatter: Como o Mes-tre Li Canaliza a Energia Cós-mica,German
Scientology News (tradução), 27 de abril de 1999 .
6. Comece a Aprender Falun Dafa, Web-site de Falun Dafa
7. Faison.
8. Andreas Landwehr: Serviço de Informações da China Surpreendido por Protesto
Grosseiro de Seita, 26 de abril de 1999.
9. Don Lattin: Reavivamento Espiritual: Falun Gong Cresce em Popularidade nos EUA
e na China, San Francisco Chronicle, 10 de maio de 1999, sec. A.
10. German Scientology News, reportagem sobre O Grande Caminho da Perfeição de
Li, citada em Strittmatter.
11. Ibid.
12. Elisabeth Rosenthal: Enquanto o Movimento Místico se Reúne, o Gover-no da
China se Preocupa, The New York Times, 29 de junho de 1999.
13. Lattin.
14. Autoridades Advertem Seita para não ser Ameaça à 'Estabilidade Social,' Inside
China, 29 de abril de 1999.
15. Lattin.
16. Li Honzhi: Características Distintivas do Sistema de Prática, Grande Caminho da
Perfeição da Lei de Buda Falun, 1997.
17. Ibid., Apêndice IV.
18. Li Hongzhi, China Falun Gong, ed. rev. (1998, versão em inglês).
19. Li Hongzhi: Olho Celestial, China Falun Gong.
20. Li Hongzhi: Características Distintivas do Sistema de Prática.

(Matéria publicada originalmente no Christian Research Journal do ICP dos


Estados Unidos com o título: Falun Gong The World Is Wathing… & Joining.
Escrita por Christine Dallman e Isamu Yamamoto e adaptada pelo ICP do Brasil,
a tradução é de Gordon Chown).

MEDITAÇÃO TRANSCENDENTAL

Por Natanael Rinaldi

A segunda vinda de Cristo é aguardada com ansiedade pelos cristãos. Em seu sermão profético,
em Mateus 24, Jesus fez várias advertências para os últimos dias. Disse Ele: “Acautelai-vos, que
ninguém vos engane; porque muitos virão no meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a
muitos” (v. 4,5). Paralelamente à expectativa desse acontecimento, que é chamado de a “bem-
aventurada esperança” (Tt 2.13), o cristão deve manter-se vigilante, para que não aceite um falso
cristo no lugar do verdadeiro Cristo, chamado na Bíblia de o “Príncipe da Paz”.
Em Apocalipse 19.11 em diante, lemos sobre a majestade do Cristo verdadeiro em sua segunda
vinda: “E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se
Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça. E os seus olhos eram como chama de fogo; sobre a
sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia, senão ele
mesmo. E estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o nome pelo qual se chama é a
Palavra de Deus”.
Em seguida, trava-se a batalha do Armagedom (v. 17-21), e Cristo sai vitorioso. Satanás é preso e
lançado no poço do abismo (Ap 20.1-3) e, por fim, tem início o reino milenial de Jesus Cristo: “... e
reinaram com Cristo durante mil anos” (Ap 20.4).

Falsa promessa de paz mundial

Em cumprimento às palavras proféticas de Jesus sobre


o surgimento dos falsos cristos, o jornal O Estado de
São Paulo, em sua edição de 30 de agosto de 2002,
publicou a seguinte manchete: “A paz mundial dá lucro.
O guru dos Beatles que o diga”.

O maharishi (líder espiritual) Mahesh Yogi, famoso na


década de 60 por ser o guru dos Beatles, tem um novo
projeto: vai produzir a paz mundial e lucrar com isso.
a
O famoso guru Mahesh Yogi:
considerado por seus adeptos como
uma divindade
Seu plano é o seguinte: construirá três mil “palácios da paz” em todo o mundo. Em cada palácio,
centenas de seus seguidores estarão empenhados, em tempo integral, em “vôos iogues”, ou seja,
versões avançadas de Meditação Transcendental. Os meditadores saltarão em torno do salão,
sentados em posição de lótus. Essa prática, segundo Yogi, envia poderosas vibrações positivas que
reduzem o estresse, o crime e a violência. Com centenas de pessoas fazendo vôo iogue em três
mil lugares diferentes, a paz surgirá em todos os lugares.

Em 2001, após os ataques de 11 de setembro nos EUA, o maharishi informou que se algum
governo lhe desse US$ 1 bilhão ele acabaria com o terrorismo e criaria a paz contratando 40 mil
voadores iogues para começarem a saltar em tempo integral. Nenhum governo quis pagar para ver,
o que claramente o irritou.

Embora irritado, ele não desistiu: “Vou implantar esses grupos, que criarão coesão em todos os
países”. Por meio de títulos emitidos pelo País Global da Paz Mundial, fundado por ele como uma
nação virtual sem um território real, Yogi pôs à venda títulos que pagarão juros de 6% a 7%. Um de
seus seguidores, Sam Katz, explicou o plano: “cada Palácio da Paz será rodeado por uma fazenda
de cultura orgânica para produzir alimentos que gerarão lucros que pagarão os detentores dos
títulos”.

Acredite se quiser, mas o que é esse movimento conhecido como Meditação Transcendental?

O que é a meditação transcendental?

Meditação Transcendental (MT) é uma seita de origem hinduísta. A palavra transcendental significa
“o que transcende ou ultrapassa as coisas sensíveis para atingir o âmago do ser a fim de
conseguir paz e felicidade interior”.
Consiste numa técnica mental que leva a pessoa primeiramente a procurar se colocar em estado
de relax ou distensão interior. O indivíduo tenta esquecer todas as realidades sensíveis e esvaziar a
mente de todas as imagens materiais que habitualmente o distraem.

A maior parte de suas práticas e ensinos deriva do hinduísmo. Procura despistar a opinião pública
ocidental de que não se trata de uma seita, mas apenas uma técnica de exercício mental. Para
isso, a MT mudou sua personalidade jurídica para Ciência da Inteligência Criativa (CIC). Essa
providência não surtiu efeito, pois o Tribunal Federal de New Jersey, em 1977, ainda assim
reconheceu a CIC/MT como uma seita hinduísta.

O fundador

Seu fundador é conhecido pelo nome de


Maharishi Mahesh Yogi. Mas Yogi nasceu em
1911, em Jabalpur, Madhya Pradesh, norte da
Índia, com o nome de Madhya Brasad Warma.
Freqüentou a Universidade e, com sucesso,
formou-se em física, em 1942. Logo depois de
diplomar-se, conheceu Swami Brahmananda
Saraswati, Jagadguru e Bhagovan
Shankaracharya, também conhecido como guru
Dev, que se tornara um avatar sob os
ensinamentos de Swami Krishanand Saraswati.
Na Índia, berço de praticamente todas as
Durante a década seguinte, Yogi uniu-se ao guru correntes religiosas místicas, faz parte da
e logo se tornou seu aluno mais importante. Com cultura cada família ter o seu guru para
a morte do guru Dev, em 1953, Yogi se retirou consultas e orientações espirituais
para meditação nas montanhas do Himalaia,
onde permaneceu por dois anos.
Em 1958, Yogi levou sua seita para a América e começou a ensinar em Los Angeles. Mais tarde,
com adesão do grupo musical conhecido como os Beatles, a seita de Yogi experimentou grande
crescimento.

O ritual de iniciação

A pessoa é convencida a encontrar-se a si mesma por meio do ritual de iniciação e isso se dá


quando ela recebe o seu mantra.1 Normalmente, a pessoa não entende uma palavra do que vai
repetir por várias vezes na língua sânscrita.

Na iniciação, a pessoa se posta diante de um altar com a figura do guru Dev. Então, a cerimônia
tem início. O desenvolvimento consta de três fases. A saber:

Recitação de nomes

São nomes de mestres por meio dos quais o santo conhecimento dos mantras da MT tem passado.
Todos os nomes são considerados como deuses e dignos de adoração. Reverentemente, são
denominados de: “Redentor”, “Emancipador do mundo”, “Supremo mestre”, “O puro” e “Adornado
com imensurável glória”. Esses títulos constituem verdadeira blasfêmia, pois pertencem
exclusivamente ao Deus da Bíblia. O iniciante, entretanto, desconhece essa situação.

Oferendas

São 17 itens ao todo. Dentre eles, os mais oferecidos, freqüentemente: flores, frutas frescas e lenço
branco novo.

“Ao oferecer um lugar aos pés de loto de Shri Guru Dev, me inclino”.
“Ao oferecer uma ablução aos pés de loto de Shri Guru Dev, me inclino”.
“Ao oferecer uma flor aos pés de loto de Shri Guru Dev, me inclino”.
“Ao oferecer luz aos pés de loto de Shri Guru Dev, me inclino”.
“Ao oferecer água aos pés de loto de Shri Guru Dev, me inclino”.

Hinos de louvor e adoração

Os hinos são oferecidos ao guru Dev, considerado como deus na mesma glória dos outros deuses
hindus, como, por exemplo, Brahma, Vishnu e Shiva. O iniciante é convidado a seguir o exemplo do
seu guru e inclinar-se perante ele.

“Guru que está na glória de Brahma, guru que está na glória de Vishnu, guru que está na glória do
grande Senhor Shiva, guru que está na glória da plenitude transcendental personificada de Brahma,
ante o Shri Guru Dev, adornado de glória, me inclino”.
a
O grupo pop Beatles: responsável pela popularização do maharishi no mundo

As crenças religiosas

Sendo a MT de natureza religiosa e ligada ao hinduísmo, sua teologia contrasta abertamente com o
cristianismo. Vejamos os pontos conflitantes:

Deus

O ensino da MT diz que Deus é impessoal e faz parte da própria natureza. Doutrina classificada
como panteísmo. Ou seja, Deus é tudo e tudo é Deus. Declara Yogi: “O divino transcendental,
onipresente, é, por virtude de sua onipresença, o Ser essencial de todos nós. Forma a base de
todas as vidas; não é outro senão o nosso próprio ser ou Ser. Deus é impessoal e mora no coração
de cada ser. Tudo o que há na criação é manifestação do ser impessoal absoluto e não manifesto.
Cada pessoa é, em sua verdadeira natureza, o Deus impessoal”.

O conceito de Deus e do homem na MT é completamente diferente do conceito oferecido pela


Bíblia em relação a Deus e ao homem.

Deus é essencialmente distinto do homem, pois Deus é o Criador (Gn 1.1,26), enquanto o homem é
apenas um ser criado. O salmista Davi exaltava a Deus por sua criação e reconhecia sua
fragilidade como ser humano: “Tu reduzes o homem à destruição; e dizes: Tornai-vos, filhos dos
homens [...] Os dias da nossa vida chegam a setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam
a oitenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando” (Sl
90.3,10).

Por outro lado, Isaías fala da eternidade de Deus como um ser imutável: “Não sabes, não ouviste
que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa nem se fatiga? É
inescrutável o seu entendimento. Dá força ao cansado, e multiplica as forças ao que não têm
nenhum vigor. Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os moços certamente cairão; mas os que
esperam no SENHOR renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se
cansarão; caminharão, e não se fatigarão” (40.28-31).

Reencarnação

Após várias encarnações, com o propósito de se tornar espírito puro e alcançar esse estado,
cessam os renascimentos. Com isso, a pessoa se liberta da lei do carma e entra em fusão com a
divindade Brahma. Para a frustração dos que assim crêem, certo é que ninguém tem lembrança
dos pecados cometidos em existências anteriores e, daí, não poder se arrepender e corrigir-se dos
erros cometidos. A salvação no cristianismo foi trazida por Jesus (Jo 3.16-18,36;5.24). Para realizar
a obra da redenção do homem, Jesus morreu por nós (Rm 5.8), levando em seu corpo os nossos
pecados sobre o madeiro (1Pe 2.24) e, por fim, ressuscitou vitoriosamente e ascendeu aos céus,
assentando-se à destra de Deus (At 1.9-11)

Jesus Cristo

Diz Maharishi Mahesh Yogi: “Como não entendo a vida de Cristo nem compreendo sua mensagem,
não creio que realmente tivesse sofrido em alguma época de sua vida; nem mesmo pudesse sofrer
[...] É lamentável que se fale de Cristo em términos de sofrimento [...] Aqueles que confiam na sua
obra redentora por meio do sofrimento na cruz possuem uma interpretação equivocada da vida de
Cristo e de sua mensagem”.

Como homem natural, não regenerado, Yogi não pode mesmo entender a vida e a obra de Cristo
como Salvador e Senhor (1Co 2.14). A Bíblia declara que o propósito principal de Jesus ter vindo ao
mundo foi salvar o mundo por sua morte na cruz. “... o Filho do homem não veio para ser servido,
mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos” (Mt 20.28). “Porque o Filho do homem
veio para buscar e salvar o que se havia perdido”( Lc 19.10). “Esta é uma palavra fiel, e digna de
toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o
principal” (1Tm 1.15).

Meditação bíblica

A meditação bíblica é diferente da meditação


transcendental. Enquanto esta, como a própria palavra
define, é ir além da própria consciência, a meditação bíblica
não é voltada para o interior do homem, vai mais além.

Os homens de Deus do passado tiveram momentos de


êxtase espiritual ao meditarem na grandeza do Deus, na
grandeza dos seus feitos e na sua palavra escrita.

“Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a


meditação do meu coração perante a tua face, SENHOR,
Rocha minha e Redentor meu!” (Sl 19.30).
Terapia ayurvédica indiana
conhecida como shirodhara,
“Meditarei também em todas as tuas obras, e falarei dos amplamente divulgada nas clínicas
teus feitos” (Sl 77.12). holísticas. Com óleo quente busca-
se equilibrar o funcionamento do
“Lembro-me dos dias antigos; considero todos os teus cérebro
feitos; medito na obra das tuas mãos” (Sl 143.5).
“O coração do justo medita no que há de responder, mas a boca dos ímpios jorra coisas más” (Pv
15.28).

Como já expusemos, a MT é uma seita hinduísta e está familiarizada com literaturas como Vedas2
e Bhagavah-gita3 , mas interessada em fazer discípulos no mundo ocidental faz citação do Sl 1.2
para dar apoio à meditação. Entretanto, o Salmo em pauta indica outro tipo de meditação:

“Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no
caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, tem o seu prazer na
lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite”.
O objetivo da meditação bíblica é a comunhão com Deus: “Portanto, se já ressuscitastes com
Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas
coisas que são de cima, e não nas que são da terra” (Cl 3.1,2). O meio usado é a palavra de Deus:
“Medita estas coisas, ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos” (1Tm
4.15). E de modo racional: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os
vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm
12.1).

A paz sem preço

Os profetas bíblicos vaticinaram sobre o futuro rei do universo que traria paz verdadeira à
humanidade, e gratuitamente: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado
está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai
da Eternidade, Príncipe da Paz. Do aumento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o
trono de Davi e no seu reino, para firmar e o fortificar com juízo e com justiça, desde agora e para
sempre; o zelo do SENHOR dos exércitos fará isso” (Is 9.6,7).

“Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo rei, reinará
e agirá sabiamente, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23.5).

Quando Jesus nasceu vieram os magos do Oriente a Jerusalém e foram à casa de Herodes
perguntar pelo rei que traria a paz, dizendo: “Onde está aquele que é nascido rei dos judeus?
Porque vimos a sua estrela no oriente, e viemos a adorá-lo. E, entrando na casa, acharam o
menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-
lhe dádivas: ouro, incenso e mirra” (Mt 2.2,11).

Mais tarde, diante de Pilatos, Jesus não negou sua condição de rei: “Disse-lhe, pois, Pilatos: Logo
tu és rei? Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade” (Jo
18.37). Mas Jesus explicou que o seu reino seria ainda futuro. Quanto a esse assunto, vejamos o
que diz Apocalipse: “Os reinos do mundo vieram a ser de nosso SENHOR e do seu Cristo, e ele
reinará para todo o sempre” (11.15).

Bibliografia

MCDowell, JOSH – Estúdio de Las Sectas, Editora Vida


Mather, GEORGE A – Dicionário de religiões, crenças e ocultismo, Editora Vida
Melo, FERNANDO DOS REIS – Religião & religiões, Editora Santuário

Notas

1 Mantra: uma ou mais palavras que se repetem freqüentemente por meio do canto ou não.

2 Vedas: grande conjunto de literatura sagrada hindu, compilado entre os anos 1500 e 1200 a.C.
Esta coleção consiste de três Vedas (conhecimento) – Rigveda, Samaveda e Yajurveda.
Posteriormente, foi acrescentada uma quarta, chamada Atharvaveda. Há três seções principais de
exposição literária nos vedas. São as Brahmanas, Aranyakas e Upanixades.

3 A “Canção Sagrada”. Talvez seja a jóia mais preciosa da literatura hindu e indiana; contém os
elementos mais importantes do pensamento hindu. O Bhagavad Gita, com certas ramificações,
representa para o hinduísmo o que a bíblia é para o cristianismo.
FENG SHUI
Por Márcio Souza

Praticado na China há milhares de anos, o Feng Shui


chegou ao Ocidente em pleno final de milênio como
uma espécie de nova ciência do ano 2000. Feng Shui
é uma antiga arte chinesa de criar ambientes
harmoniosos, oferecendo, dessa forma, um sistema
completo ligado intimamente à natureza e ao
Cósmico. Originou-se há cerca de 5000 anos, nas
planícies agrícolas da China Antiga. A tradução literal
do termo Feng Shui é Vento-Água. Mas, para os chineses, significa muito mais do que
isso. Acreditam eles que essa arte é como o vento, que não se pode entender, e como
a água, que não se pode agarrar. O Feng Shui está baseado nos ensinamentos
codificados por Lao Tsé, que incluem o Yin-Yang, os cinco elementos e os Triagramas
(zodíaco chinês) Yi-Jing.

COMO FUNCIONA O FENG SHUI

O objetivo do Feng Shui é atrair a energia positiva e, dentro do possível, eliminar e/ou
afastar a negativa. Defende a vida em harmonia com o meio ambiente e suas linhas
de energia, de modo que haja um equilíbrio adequado entre as forças da natureza.
Essas energias invisíveis, positivas e negativas, podem produzir harmonia e discórdia,
saúde e doença, prosperidade e pobreza.
A energia positiva os chineses chamam de Sheng Shi ou respiração cósmica do
Dragão. A negativa de Shar Shi ou sopro da morte. A presença de objetos agudos ou
pontiagudos ou estruturas causa o sopro da morte (Shar Shi), que por sua vez pode
ser controlada através da localização de um imóvel, sua arquitetura, sua decoração ou
disposição interior (posição dos móveis, objetos, cores etc). Com isso o Feng Shui
oferece uma variedade de soluções para evitar e combater o sopro da morte,
capacitando os seus adeptos a diagnosticar ambas as situações.

OS PRINCÍPIOS DO FENG SHUI

Os chineses acreditam que existem duas forças cósmicas, duas energias opostas que
formam o universo e tudo o que nele há. Essas duas energias são chamadas de Yin e
Yang. A força positiva do bem, da luz e da masculinidade é o Yang. A essência
negativa do mal, da morte e da feminilidade é o Yin. Eles consideram que tudo no
mundo é composto de elementos opostos chamados Yin e Yang. Em conjunto, esses
elementos constituem um todo equilibrado conhecido como Tao ou Caminho, o eterno
princípio da harmonia entre o céu, a terra e o universo, cuja respiração é chamada
Chi.
Quando esses elementos não estão equilibrados, o ritmo da natureza é interrompido
com desajustes, resultando conflitos. Para os chineses, a harmonia e o funcionamento
ordeiro do universa é uma manifestação denominada Tão. O Tão é uma espécie de
vontade ou legislação divina, que existe no universo e o regula. Contrariando esse
ensino vago e impreciso de uma energia que promove o equilíbrio do universo,
lançamos mão da linguagem bíblica exposta por Paulo aos atenienses. O texto diz o
seguinte: O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há, sendo Senhor do céu e da
terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; nem tampouco é servido por
mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem
dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas; porque nele vivemos, e nos
movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos
também sua geração (At 17.24-25,28).
Logo, tudo depende de Deus e não de uma suposta energia (coisa inanimada) que
proporcionaria equilíbrio ao universo.

OS CINCO ELEMENTOS

Os chineses acreditam que as interações dos cinco elementos —terra, madeira, fogo,
metal e água podem ser combinados para criar boa ou má sorte no ambiente físico.
Esses elementos estão envolvidos em dois tipos: o ciclo produtivo e o ciclo destrutivo.
No ciclo produtivo (positivo), o fogo produz a terra, que produz o metal, que produz a
água, que produz a madeira, que por sua vez produz o fogo. No ciclo destrutivo
(negativo), a madeira destrói a terra, a terra destrói a água, a água apaga o fogo, o
fogo derrete o metal, que por sua vez derruba a madeira.
Segundo esses relacionamentos cíclicos, o praticante do Feng Shui pode alterar as
energias de sua casa ou de seu local de trabalho usando o sistema chinês de
orientação combinando a data e a hora do nascimento das pessoas de acordo com os
elementos. A intenção do Feng Shui é gerar harmonia no ambiente, localizando essas
energias. Para entender melhor esse ciclo, alguém, por exemplo, que tenha nascido
no ano fogo, segundo o calendário chinês, não pode ter água demais em casa. Deve-
se, portanto, evitar tanques, fontes, aquários e objetos de cor azul-escuro ou preta
(cores da água), porque no ciclo destrutivo a água destrói o fogo. Por outro lado, seria
ideal ter plantas e objetos verdes (representando a madeira), pois a madeira produz
fogo no ciclo produtivo. Com o uso de uma bússola é possível identificar a direção de
cada um dos cinco elementos.

OS CINCO ELEMENTOS E SUAS PROPRIEDADES

O fogo é vermelho uma cor auspiciosa. O fogo é também verão e representa o sul.

A água é preta ou azul-escuro. Representa o inverno e é colocada no norte.

A madeira é o leste e é representada pela cor verde. Sua estação é a primavera.

O metal é branco e, algumas vezes, dourado. O metal simboliza o oeste. Sua estação
é o outono.

A terra é amarela ou marrom. Representa o centro.

PA KUA

É o principal símbolo de referência na prática do Feng Shui. E também uma espécie


de ferramenta de diagnóstico para localizar as energias, muito aplicada em relação
aos pontos cardiais.
A origem do Pa Kua é baseada nos triagramas do I Ching (O Livro das Mutações,
considerado como texto divino) adaptado para o Feng Shui.
O Pa Kua está dividido em oito setores, identificados de acordo com as direções da
bússola. Cada setor é conhecido como uma aspersão de vida. As aspirações de vida
são: Chien (Noroeste, pessoas úteis ou mentoras), Kan (Norte, perspectiva
profissionais), Ken (Nordeste, educação), Chen (Leste, família, relacionamentos e
saúde), Sun (Sudeste, riquezas e prosperidade), Li (Sul, reconhecimento e fama), Kun
(Sudoeste, perspectiva de casamento e felicidade conjugal) e Tui (Oeste, sorte dos
filhos).
Depois de descobertas essas aspirações, basta definir e saber os objetivos, decidindo-
se por riqueza, saúde, fama etc. Para tanto, é importante saber ativar ou criar os bons
fluxos do Chi (força superior que permeia todo o universo) nesta área, verificando a
direção no Pa kua. Por exemplo, se é dinheiro que se deseja, é só fazer algo em
relação ao lado sudeste. Se for saúde, é só ativar o lado Leste, e assim por diante.

O QUE O FENG SHUI PODE FAZER POR VOCÊ?

A doutrina central do Feng Shui é que a humanidade viva em harmonia com o


ambiente, em equilíbrio e simetria com a terra. O Feng Shui reúne tudo isso num
amplo corpo de princípios que promete prosperidade e abundância, paz e serenidade,
além de saúde e longevidade para aqueles que construírem sua casa de acordo com
suas diretrizes, que defendem a harmonia e o equilíbrio. O peixe para os chineses
representa o sucesso. Ter um aquário ou algo que exiba o símbolo do peixe, como
vaso, quadro ou uma pintura são vistos como excelentes ativadores da riqueza. UM
belo vaso chinês representa boa saúde. Os cristais melhoram a vida social e as
perspectivas de casamento da pessoa. Fuk, Luk, Sau, os deuses da riqueza, do
prestígio social e da longividade, respectivamente, são encontrados nas salas de
jantar ou de estar de quase todas as residências chinesas em todo o mundo. Eles são
os mais importantes - e mais populares — dos deuses simbólicos do panteão chinês.
Raramente são venerados, Os chineses acreditam que o simples fato de terem suas
imagens dentro de casa já é suficiente para atrair a boa fortuna que eles significam.
Segundo a crença chinesa, existem no universo duas energias: o Sheng Chi (benéfica)
e o Sha Chi (maléfica). Um dos objetivos do Feng Shui é determinar o lugar em
circulam essas energias para neutralizá-las. Ensina também que existe um modo
natural e correto para realizar todas as coisas, e que tudo têm o seu devido lugar e
sua devida função para que possa atingir o equilíbrio. Esse equilíbrio, por sua vez, é
possível por meio das cores, dos elementos da natureza, dos formatos dos objetos,
dos objetos moventes, dos sons, das luzes, das plantas, espelhos e outras coisas.
Tudo deve ser utilizado com muito cuidado, pois pode trazer efeitos indesejados se
mal empregados.

O FENG SHUI E O TAOÍSMO

Segundo os ensinamentos do Taoísmo, o Tao (caminho) é considerado a única fonte


do universo.Essa fonte é eterna e determina todas as coisas. Os taoístas crêem que
quando os eventos e as coisas passam a existir em harmonia natural com a força
macrocósmica, então existe paz.
O Taoísmo procura levar o homem a uma harmonia com a natureza através do livre
exercício dos instintos e imaginações.
O Feng Shui incorpora essas crenças do Taoísmo ao seu modo de viver não em
relação à pessoa, mas ligando-as à construção, à arquitetura, ao ambiente e, com
isso, influencia o destino de seu praticante.

O FENG SHUI E A FELICIDADE DO HOMEM

Para os praticantes do Feng Shui, o mundo é composto pelos elementos opostos: Yin-
Yang, o negativo e o positivo, que, quando não estão equilibrados, resultam em
conflitos. O problema do equilíbrio humano não é resolvido com a localização ordeira
de nossa casa dentro das leis do Feng Shui. O problema da desarmonia no lar e na
sociedade é decorrente da falta de harmonia entre o homem e Deus. Eis que a mão do
Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido para
não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso
Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça (Is
59.1-2).
Esse mal precisa ser erradicado da vida de cada pessoa e o meio eficaz para isso é
aceitar a Cristo como Salvador. Cristo é único que veio ao mundo para outorgar paz ao
coração dos homens. Um dos títulos atribuídos a Jesus Cristo na Bíblia é o de
príncipe da paz (Is 9.6). Durante o seu ministério Ele proclamou: Deixo-vos a paz, a
minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração,
nem se atemorize (Jo 14.27).
A Palavra de Deus declara que o diabo, o príncipe deste mundo, promove discórdia
entre os homens: O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para
que tenham vida, e a tenham com abundância (Jo 10.10). Sabemos que somos de
Deus e todo mundo está no maligno (1 Jo 5.19). A vida de virtudes éticas pode ser
atrativa, mas falha quando se trata da natureza pecaminosa do homem, porque como
disse Davi: Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe (51 51.5).
Respeitar as leis ou preservar a natureza gera bem-estar tanto no homem como na
terra, mas isso não é, nem nunca foi, a base de devoção religiosa para solucionar
nossos problemas diários. O Feng Shui oferece cura através da mudança no meio
ambiente. Mas Jesus oferece a cura da alma por meio dele próprio:
Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai
sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e
encontrareis descanso para vossas almas (Mt 11.28-29).
A cura oferecida por Jesus não depende de mudanças de objetos dentro do lar, mas
da fé (Rm 10.9-10,13): Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e
as nossas dores levou sobre si, e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e
oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa
das nossas iniqüidades; o castigo que nos trás a paz estava sobre ele, e pelas suas
pisaduras fomos sarados (Is 53.4-5; Mt 8. 16-17).
O Feng Shui oferece riquezas pelo simples fato de colocar peixes na localização
correta, isso é muito chamativo, pois todos nós precisamos de dinheiro. Mas tal
ensinamento não passa de superstição. E o trabalho honesto que nos proporciona os
meios de vida necessários: digno é o trabalhador do seu salário (1 Tm 5.18). O
dinheiro ganho pelo jogo de azar ou por meios supersticiosos pode ajudar, mas não
pode trazer felicidade, porque quanto mais se tem mais se quer. O apóstolo Paulo
disse que o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns
se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores (1 Tm 6.10).
Jesus alertou-nos que o mais importante é a alma: pois que aproveita ao homem
ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa
da sua alma? (Mt 16.26). Para os praticantes do Feng Shui, a idolatria não é um
problema, visto que possuem imagens de deuses (Fuk, Luk e Sau) dentro de casa
para atrair boa fortuna. A idolatria é algo que Lao Tse escreveu: Havia algo incompleto
e indefinido, que veio à existência antes do Céu e da Terra. Quão parado e sem forma
era, sozinho, sem qualquer alteração, ocupando tudo, mas sem perigo de ficar
exaurido! Isso pode ser considerado a Mãe de todas as coisas. Não sei o seu nome, e
chamo-o de Tao (o Caminho ou Curso).
Deus sempre condenou nas Escrituras: Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha
glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura (Is 42.8).
Tornarão atrás e confundir-se-ão de vergonha os que confiam em imagens de
escultura, e dizem às imagens de fundição: Vós sois nossos deuses (Is 42.17).
Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima
nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás
a elas nem as servirás (Êx 20.4-5).
LUTA ESPIRITUAL

A proposta que o Feng Shui oferece é contrária à realidade apresentada pela Palavra
de Deus. A nossa luta é espiritual: não temos que lutar contra a carne e o sangue,
mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas
deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Portanto,
tomai toda armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito
tudo, ficar firmes (Ef 6.12).
Irmãos, sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor,
bramando como leão buscando a quem possa tragar; ao qual resisti firmes na fé,
sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre vossos irmãos no mundo (1 Pe
5.8-9).
A verdadeira paz e harmonia no lar se obtêm na pessoa de nosso Senhor e Salvador
Jesus Cristo, como ele mesmo declarou: Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não
vo-la dou como o mundo a dá (Jo 14.27). Não se turbe o vosso coração; credes em
Deus, crede também em mim (Jo 14.1).

Fonte: Defesa da Fé

30/11/2006 17:38:09

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