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COMPLEXO ESCOLAR “NOSSA SENHORA DA ANUNCIAÇÃO”

ORAÇÃO E EDUCAÇÃO

F.A.I.

O BUDISMO

Grupo: 3
Turma: Única
Classe: 11ª
Sala: 32
Turno: Tarde

Docente
__________________
Prof. Elavoco

LUANDA, 2023

I
COMPLEXO ESCOLAR “NOSSA SENHORA DA ANUNCIAÇÃO”
ORAÇÃO E EDUCAÇÃO

F.A.I.

O BUDISMO

Integrantes do Grupo

1. Ana Makaia
2. Arlindo Avelino
3. Elici de Sá
4. Evanildo Chaves
5. Hélder da Silva
6. Hilário da Silva
7. João Neto

LUANDA, 2023

II
ÍNDICE

INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 1

1. O BUDISMO....................................................................................................................... 2

1.1. ORIGEM DO BUDISMO ............................................................................................... 2

1.2. CONCEITOS E ELEMENTOS MAIS RELEVANTES .................................................... 4

1.3. IMPLICAÇÕES E DESAFIOS ENTRE O BUDISMO E OS DIREITOS HUMANOS 5

1.4. RENASCIMENTO E REENCARNAÇÃO ......................................................................... 5

1.5. A DIFUSÃO DO BUDISMO: AS ESCOLAS THERAVADA E MAHAYANA ......... 6

CONCLUSÃO ............................................................................................................................ 9

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 10

III
INTRODUÇÃO
Abordaremos neste trabalho de forma sucinta acerca do Budismo. Antes porém,
salientamos que, o budismo é uma religião indiana baseada nos ensinamentos de Sidarta
Gautama, conhecido como o Buda. De carácter filosófico, é considerado não teísta porque o
conceito budista de “Deus” é diferente do conceito ocidental onde um único ser supremo,
divino, eterno, celestial e todo-poderoso é criador de todas as coisas.

Entre as suas maiores linhas de pensamento, o controlo dos eventos da Terra e do universo
está nas mãos de Devas, de Bodisatvas, dos próprios humanos, de espíritos famintos e de seres
dos infernos.

O Budismo representa, ainda, uma tradição metafísica da qual emana uma sabedoria
aplicável a vários instantes da existência. A figura histórica de Siddhattha Gautama, também
conhecido como o Buda, não deixou registros escritos de suas ideias, sendo seus ensinamentos
formalmente codificados pelo menos quatro séculos após a sua morte. Tais ensinamentos
revestem-se de carácter psicológico, filosófico e moral, sendo o Buda, costumeiramente,
retratado como um mestre, um pensador, um sábio, um verdadeiro cientista.

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1. O BUDISMO

1.1. ORIGEM DO BUDISMO


É quase impossível pronunciar a respeito do budismo uma generalidade conforme a todos
os seus aspectos, e muito ainda definir o que é um budista. Entretanto, sabe-se que
historicamente situável e que tem uns fundados, aspecto que o diferencia profundamente do
Hinduismo, no seixo do qual nasceu. traz no seio todos os elementos e práticas do Hinduismo
aos quais o génio de S. Gautama acrescentou outros.

Segundo Bowker (2000, p. 82), foi pelo ano 525 a.C. que Sidharta Gautama, da linhagem
dos Sakyamuni, O Buda, começou a pregar a sua doutrina, depois de ter despertado. A própria
palavra Buda não é um nome próprio, é um particípio passado que significa a pregar
“desertado”, “desabrochado” “iluminado”, aquele que compreende e reconhece, título
daqueles que che à inteligência suprema.

Esta iluminação perfeita é alcançada ao cabo de existenciais pessoais precedentes, o


conhecimento das existências passadas e futuras dos outros seres e a compreensão total das
causas e condições que provocam a existência, bem como dos meios permitem pôr-lhe fim a
atingir a libertação. Os aderentes são chamados a percorrer o mesmo caminho Siddharta
Gautama, e em última análise, a tornar-se também budas.

Segundo Cohen (2008, p. 54), a principal originalidade de buda radica na formulação de


um diagnóstico acerca da origem do sofrimento e do caminho que se deve seguir para suprimi-
lo efectivamente e à sua causa, o que equivale a entrar no “nirvana”. Este consiste
fundamentalmente em suprimir todo o querer e todo o desejo, inclusive o desejo de viver, que
são as principais causas do sofrimento.

Assim se compreende o facto de o Budismo ter-se manifestado desde as suas origens


como uma religião missionária, uma vez que o diagnóstico sugerido por Buda afectava um
ponto fundamental da condição humana, o sofrimento, e o remédio que tinha descoberto podia
ser proposto a qualquer homem.

Segundo Coogan (2007, p. 65), esta sua mensagem se encontra formulada no “Sermão de
Benares”, sob a forma de “Quatro Nobres Verdades”, que constituem o cerne da sua doutrina,
aquela que transmite aos não iluminados:

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1. A verdade da dor ou desconforto próprios a todo e qualquer ser existente. Mesmo aquilo
que se toma por prazer ou felicidade será, no fim de contas, dor porque contribui para
amarrar o ser ao ciclo das existências.
2. A verdade sobre a origem da dor, cuja causa directa é o acto praticado, o kharma,
causado, por sua vez, pela sede e as suas consequências desdobram-se num
encadeamento de 12 aspectos dos quais o primeiro é a ignorância ou desconhecimento
total que o ser tem da sua verdadeira natureza e da sua situação existencial. O último é
a velhice e a morte, que reconduzem novamente ao primeiro aspecto, num eterno ciclo
vicioso.
3. A verdade sobre a supressão, cessação e extinção da dor e das suas causas, isto é, o
alcance do “nirvana”: se o indivíduo conseguir pôr termo à sede, ao desejo que provoca
e motiva os seus actos, o encadeamento causal é interrompido e foge ao renascimento
para entrar num estado indescritível de felicidade suprema.
4. A verdade sobre a via ou caminho óctuplo a percorrer para a supressão da dor (caminho
também percorrido pelo próprio Buda): visão correcta, actividade correcta, modo de
vida correcto, aplicação correcta, presença de espírito correcta, em suma, resumir-se em
três secções: vida moral boa, prática da concentração e conquista da sabedoria.

Para realizar mais perfeitamente estas obrigações o indivíduo deve separar-se da vida
mundana e seguir o caminho do monacato. Estes e outros aspectos explicam o facto por que,
mais do que uma religião, o Budismo é um método. Por isso mesmo também, os budistas não
dirigem qualquer oração ao seu mestre desaparecido; apenas devem seguir-lhe os conselhos.
Aliás, a noção de um deus ou criador supremo não existe no budismo. Buda insistiu, ao
contrário, na importância das experiências pessoas profundas e na compreensão assente nos
factos empíricos. (Coomaraswamy, 1967).

O Budismo apresenta-se hoje como uma das maiores religiões do mundo que, estando
embora em crise em muitos países asiáticos, excepto nos tradicionais como Ceilão, a Birmânia
e Tailândia, vai-se expandindo em muitas nações ocidentais e conquistando bastantes adeptos,
sobretudo nas suas formas da meditação, do zen, do yoga, etc.

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1.2. CONCEITOS E ELEMENTOS MAIS RELEVANTES
Segundo Thich (1990, p. 88), o Budismo recusa toda a doutrina em que o Homem e a
terra tenham um lugar único e privilegiado. Por isso, os seus ensinamentos a propósito da vida,
da existência, etc., dizem respeito a todos os seres incluindo os deuses, os espíritos, os animais.
A sua doutrina fala dos seres vivos e não simplesmente dos humanos: portanto, quando fala da
felicidade, trata-se da felicidade para todos os seres, defendendo o amor universal.

Desde o começo, colocou todos seres vivos em pé de igualdade e insistiu na necessidade


de mudar a tendência geral do mundo segundo a qual o mais fraco é vítima do mais forte. O
essencial da sua mensagem diz respeito a cada indivíduo aqui e agora.

Segundo Thich (1990, p. 97), “Cestos de flores”; é o nome dado aos ensinamentos
doutrinais do Budismo, mantidos oralmente primeiro, mas depois postos por escrito em três
grupos de textos e, por isso, chamado “Triplo cesto de flores”:

1. O cesto de flores dos “sutra”: agrupa aqueles que são considerados os ensinamentos
do próprio Buda.
2. O cesto de flores do “vinaya” ou disciplina monástica: reúne o conjunto das regras
disciplinares que os membros da comunidade búdica devem seguir e cuja transgressão
deve objecto de uma confissão ou de uma penitência.
3. O cesto de flores do “abhidharma”: contém os diferentes ensinamentos produzidos
depois pelos discípulos de buda.

A salvação consiste para cada indivíduo em fazer para a série contínua de existências más
ou boas de cada um e libertar-se delas. Para tal o indivíduo deve preocupar-se com o seu próprio
progresso interior.

Assim sendo, o Budismo caracteriza-se também pela não-violência e por uma grande
tolerância religiosa: converter-se em um assunto intelectual que, no entanto, deve ser precedido
de uma profunda reflexão. Nele não existem fronteira: as ideias de pátria, de nação, de cor, de
pureza de raça, etc., são consideradas ilusórias porque não se renasce todas as vezes no mesmo
país ou com a mesma cor da pele.

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1.3. IMPLICAÇÕES E DESAFIOS ENTRE O BUDISMO E OS
DIREITOS HUMANOS
A morte do desejo e a extinção passiva e progressiva do sujeito pregados pelo Budismo
não deixam de levantar algumas questões e inquietações, pois sabemos como os sentimentos e
as emoções, o querer e o desejo das Pessoas são molas essenciais para as suas acções, o querer
e seus planos de mudança e transformação tanto pessoais como sociais, isto é, aquelas feitas
com os outros para benefício de todos.

Segundo Zimmer (1986, p. 90), o Budismo não tem ambições políticas, antes o Buda
ensinou sempre os seus discípulos a se conformarem com as leis dos diferentes países. Os seus
muitos ensinamentos acerca da realeza não têm necessariamente como finalidade formar “reis
budistas”, mas bons reis, que tratem do bem-estar dos súbditos; a sua doutrina que define os
“dez deveres de um rei” é neutra e imparcial.

Nos países do Sul e do Sudoeste da Ásia tem contribuído bastante para o equilíbrio cívico
das sociedades, sendo fonte inspiração para uma legislação que possa, por exemplo, refrear o
consumo de coisas que provocam más consequências, como o álcool em excesso.

1.4. RENASCIMENTO E REENCARNAÇÃO


De acordo com os ensinamentos do Buddha, enquanto a mente não estiver totalmente
purificada, haverá renascimento. Isso envolve um tema que mais leva à interpretações
equivocadas. Supõe-se que o Budismo seja uma doutrina que ensina a verdade da reencarnação.
Entretanto, o Budismo não ensina sobre a reencarnação, mas sim sobre o renascimento. Não é
apenas uma questão de nomes diferentes para a mesma ideia, mas de noções diferentes.
(Zimmer, 1986, p. 94)

O reencarnacionismo baseia-se na suposição de que o indivíduo é uma realidade


permanente que passa por diferentes corpos, à semelhança de alguém, que se mantendo o
mesmo, muda de casa em casa até chegar à perfeição divina. O indivíduo continuaria sendo o
mesmo indivíduo na outra encarnação, como que tendo um mesmo espírito, apenas mudando
de rosto e contexto. Esta ideia de que a individualidade é uma coisa fixa, que buscaria novas
roupagens em seu caminho de aperfeiçoamento está fortemente influenciada a uma concepção
criada na Europa do século 19, por sua vez influenciada por outra corrente de pensamento
também aí criada, a do Evolucionismo.
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Segundo Bowker (2000, p. 113), o evolucionismo propõe que a vida teria brotado das
formas mais simples e por um processo que se denominou de seleção natural, essas formas
vieram se metamorfoseando em formas mais complexas. A ameba evolui para uma planta, daí
para um animal, que evolui até o homem, que iria evoluindo até encontrar a Deus. Influenciado
por essas ideias darwinistas de evolução e progresso, criou-se a ideia da reencarnação.

Quando se examina o corpo doutrinal do Budismo e os comentários dos mestres, não se


encontra nenhum fundamento para esta ideia de um mesmo que evolui. Esta visão de um sujeito,
um eu que é o mesmo, mudando de corpo em corpo, é totalmente oposta aos ensinamentos
budistas, que sustentam que as individualidades são agregadas impermanentes de corpo, ideias,
sensações e consciência (aquilo que o Buddhismo chama de khandas, conforme já visto
anteriormente).

No Buddhismo há um importante diálogo, em que um rei, chamado Milinda, pergunta ao


mestre budista Nagarjuna sobre a continuidade no pós-morte. Nagarjuna responde-lhe com o
exemplo da chama que passa de uma vela para outra: A chama que passa, é a mesma ou é outra?
A manga que nasce da árvore plantada da semente de uma manga é a mesma ou é outra? Não
podemos dizer que a chama (ou a árvore ou a manga que da árvore nasce) seja diferente, nem
a mesma. Há continuidade (da chama), mas sem identidade. Continuidade sem identidade. O
que renasce (reaparece) no mundo samsárico são as tendências psíquicas, os sankharas. Mas
essas tendências psíquicas não têm individualidade.

1.5. A DIFUSÃO DO BUDISMO: AS ESCOLAS THERAVADA E


MAHAYANA
Aos 80 anos de idade, em Kusinara (atual Kusinagar, na Índia), Buddha entra em
Parinibbana (morte e libertação final). Após sua morte, o Budismo iria pouco a pouco,
praticamente desaparecer da Índia, se difundindo por toda a Ásia e duas grandes linhas iriam
surgir:

• O Budismo Theravada: predominante no sudeste asiático (Sri Lanka, Tailândia,


Miamar, Laos e Camboja).
• O Budismo Mahayana: predominante no norte asiático (China, Coréia, Japão, Nepal,
Tibet e Vietnã), nas suas formas do Budismo Tibetano, o Budismo Ch’an chinês (do
qual virá o Budismo Zen no Japão) e o Budismo da Terra Pura. (Coogan, 2007, p. 141)

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O Budismo Mahayana tem como uma de suas características a ênfase no ideal do voto do
bodhisattva. Este assume dedicar-se a todos os seres e não entrar no Nirvana até que todos os
seres o tenham feito. Este voto é considerado expressão da grande compaixão que os
bodhisattvas têm para com todos os seres.

Faz parte das escolas Mahayana sutras: o Sutra do Lótus (Saddharmapundarikasutra), o


Sutra do Diamante (Vajracchedika Prajna Paramita) e o Sutra do Coração (Maha Prajna
Paramita Hridaya Sutra). Há uma terceira via ou Terceira escola, enquanto um ramo do
Mahayana, chamada Vajrayana (o caminho - yana do raio/diamante - Vajra) ou Tantrayana (o
caminho do tecer - Tantra). Provindo da Índia no século 12 d.C, tornou-se importante no Tibet
(Stoddart, 1998, p. 75).

O Tantrismo (Tantrayana) trabalha com o princípio da utilização das energias do corpo e


da mente visando a libertação e realização espiritual. Conforme referimos na unidade anterior,
existem certas conexões entre o Tantrismo no Hinduísmo e o Budismo, portanto, começaremos
apresentando alguns dos aspectos básicos do Tantrismo hindu.

Segundo Zimmer (1986, p. 397-398), um princípio essencial da concepção tântrica


é que o homem, em geral, tem de ascender através e por meio da natureza, e não a rejeitando.
“Quando caímos no chão – diz o Kularnava Tantra -, temos que nos levantar com a ajuda do
mesmo chão. O prazer do amor, o prazer do sentimento humano, são a glória da Deusa em sua
dança que produz o mundo, a felicidade de Siva e sua sakti em sua eterna realização da
identidade, mas conhecidas apenas do modo inferior da consciência do ego.

A criatura passional deve dissipar seu senso de ego; então, o mesmo ato que antes era
uma obstrução, torna-se agora a maré que o leva à realização da beatitude absoluta (ananda).
Além disto, esta maré de paixão pode ser a água batismal que lava e faz desaparecer a mancha
da consciência do ego.

Seguindo o método tântrico, o herói (vira) flutua além de si mesmo na corrente excitada
mas canalizada (Zimmer, 1986, p. 397-398).

Neste método, ao invés de negar as forças corporais e mentais, trata-se de utilizá-las como
fonte de canalização e compreensão das forças naturais como parte integrante do cosmos, e
nessa experimentação, transcendê-las.

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Assim, conforme Zimmer (1986, p. 398-399): Um método correto não pode excluir o
corpo, pois o corpo é devata, a forma visível do Brahman enquanto jiva (vida).

Sir John Woodroffe escreve: “Ensina-se ao sadhaka [o estudante tântrico] a não pensar
que somos um com o Divino apenas na Liberação, mas que o somos aqui e agora, em cada acto
que realizamos.

Assim ele rompe dentro de si mesmo a tensão do “proibido” e resolve tudo à luz,
reconhecendo em cada coisa a sakti única que é o sustentáculo geral do universo, tanto no
macrocosmo como no microcosmo, a mãe dos deuses e dos duendes, a tecelã do sonho lunático
da história. Com isso nos libertamos da ilusão cósmica, desfrutando-a ou realizando-a
plenamente (Zimmer, 1986, p. 399-398).

A crítica e a rejeição de muitos mestres com relação aos métodos tântricos se devem, em
parte, aos perigos destes métodos degenerarem em apegos pelos prazeres sensoriais, como o
sexo, a bebida e a comida (e em muitos casos isso ocorre, principalmente quando dirigidos por
instrutores inescrupulosos e ambiciosos, ou apropriados indevidamente, como por exemplo o
caso da vulgarização moderna do Kama-sutra). Por isso, estes métodos complexos só podem
ser transmitidos por mestres qualificados para isso, mestres cautelosos e exigentes, que por sua
vez receberam as iniciações de outros mestres, segundo uma longa cadeia de transmissões de
iniciações.

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CONCLUSÃO
Em virtude dos factos narrados, chegou-se a conclusão que, este trabalho trouxe relato de
uma religião milenar à tona uma série de aspectos relevantes acerca do Budismo e seu processo
de dispersão no mundo. Notou-se que o número de budistas se distribui de maneira irregular,
com grande concentração de praticantes no Sul e Sudeste asiáticos, mas também no extremo
Oriente. A construção dessa geografia foi comandada por uma série de elementos.
Primeiramente, em sua dispersão pelo mundo o Budismo contou com o auxílio de uma série de
personalidades históricas, que, ao abraçar a religião, fizeram proselitismo, utilizando de seu
poder e suas relações internacionais. Dessas personalidades devem-se destacar, em primeiro
lugar, o rei indiano Asoka, fundamental na conversão de boa parte dos indianos, bem como em
sua dispersão pelos reinos com os quais mantinha relações.

O princípio de respeito, tolerância e gentileza para com todas as criaturas do mundo,


central à fé budista, representou outro elemento crucial na dispersão budista pelo mundo. Nessa
expansão pelo mundo, o Budismo nunca teve o caráter de um militarismo e em nenhum lado
implicou a ideia de fazer desaparecer outras religiões. Tanto a mensagem como os meios
utilizados para difundi-lo eram benevolentes, sendo que nenhum rei budista tentou propagar a
sua religião pela força.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Bowker, J. (2000). Para entender as religiões. São Paulo: Ática.

Campbell, J. (2002). As máscaras de Deus: mitologia oriental. São Paulo: Palas Athena.

Cohen, N. (2008). Ensinamentos do Buda: uma antologia do Cânone Páli. São Paulo: Devir.

Coogan, M. D. (2007). Religiões. São Paulo: Publifolha.

Coomaraswamy, A. K. (1967). O pensamento vivo de Buda. São Paulo: Livraria Martins.

Eliade, M. (1998). Tratado de história das religiões. São Paulo: Martins Fontes.

Guénon, R. (1993). Os símbolos da ciência sagrada. São Paulo: Pensamento.

Stoddart, W. (1998). Outline of Buddhism. Oakton: The Foundation for Traditional Studies.

Thich, N. H. (1990). Caminhos para a paz interior. Petrópolis: Vozes.

Zimmer, H. (1986). Filosofias da Índia. São Paulo: Palas Athena.

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