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1- Origem e história do budismo

A história do Budismo inicia através de Siddhartha Gautama. Um príncipe do


clã Shakya, que nasceu e cresceu no luxo de seu palácio, no século VI a.C., no
sul do Nepal, na Índia.

O raja Suddhodana, pai de Siddhartha, protegeu o filho do mundo exterior, para


que ele não convivesse com as aflições humanas, como a fome, a morte, as
doenças e as injustiças sociais.

Porém, aos seus 29 anos, o então príncipe saiu de seu castelo, fugido do seu
pai, e conheceu o sofrimento humano de perto.

Naquela mesma noite, decidiu renunciar sua vida luxuosa e o trono, com o
objetivo de descobrir uma maneira de aliviar o sofrimento humano.

Nos primeiros 6 anos de sua peregrinação, ele acompanhou alguns mestres


espirituais da época, os ascetas. Através das práticas dessa filosofia,
Siddhartha experienciou a renúncia do prazer e a mortificação, um tipo de auto
penitência física severa, como longos jejuns.

Sem resultados para o seu objetivo de acabar com o sofrimento da


humanidade, Siddhartha abandonou a vida asceta.

Aos seus 35 anos, sentado em profunda meditação, Siddhartha alcançou o


nirvana. Esse é o estado mais alto da meditação, quando o indivíduo encontra
a paz, ao desconstruir as causas do seu próprio sofrimento, se libertando das
aflições físicas e emocionais do mundo físico.

Representação de Shakyamuni Buda, no Mosteiro de Thiksey, no noroeste da


Índia.
Assim, Siddhartha tornou-se Buda (ou Shakyamuni Buda, devido ao seu clã
Shakya), o iluminado, deixando claro que qualquer outro ser humano poderia
se tornar buda ao atingir este mesmo estágio.

Foi então que, mesmo sendo acusado por seus seguidores e mestres da
época, ele escolheu “o caminho do meio”. Este caminho é definido por ele
como aquele que leva o indivíduo à libertação, sem qualquer tipo de
extremismo religioso ou físico, o que conhecemos hoje como o Budismo.

Depois de encontrar o caminho, ele passou a proferir sua palavra para os


outros monges, que se tornaram seus discípulos, propagando seus
ensinamentos.

3- Budismo no Brasil
O Budismo foi introduzido no Brasil no começo do século XX. No dia 18 de
Junho de 1908, chegava ao Brasil Tomojiro Ibaragui, mais conhecido como
Ibaragui Nissui, o primeiro monge budista do Brasil.A filosofia é difundida desde
então em todo o país, muito em função pela grande imigração japonesa, que
tem como religião principal o budismo. Os principais templos budistas do Brasil
estão localizados em Três Coroas (RS), e o Templo Zu Lai em Cotia (SP)
2- Os principais ensinamentos do budismo
O ensinamento principal do budismo é instruir o homem ao desejo de, em
qualquer circunstância, fazer o bem e não o mal.

Porém, os ensinamentos de Buda (Dharma) são muito mais profundos e têm


por objetivo ajudar aos seus seguidores a alcançar a plenitude da vida real
através das 4 Nobres Verdades. São elas:

1. A insatisfação existe (Nobre Verdade do Sofrimento)

2. Há causas que geram a insatisfação (Nobre Verdade da Causa do Sofrimento)

3. A insatisfação pode ser resolvida (A Verdade da Extinção do Sofrimento)

4. O caminho Óctuplo de Buda - a solução prática para a insatisfação

Na quarta verdade, conhecida como o Caminho Nobre de Oito Aspectos ou


Roda do Dharma, Buda fala sobre as práticas diárias a morte do ego e do
apego que são as causas do sofrimento humano.

Buda construiu uma jornada que, segundo ele, ao ser praticada pelo indivíduo,
cessa a insatisfação e sofrimento.

1. Compreensão correta: para Buda, devemos enxergar tudo à nossa volta como um
grande sistema, em que dependemos uns dos outros, para assim alcançar a harmonia
e a compreensão de que nada nem ninguém é fixo;

2. Aspiração correta: Buda ensina que todo indivíduo deve questionar se o que você faz
é fruto do ego e se essas ações afetam negativamente outras pessoas;

3. A fala correta: para o budismo, tudo o que é dito constitui o ser, por isso, todo
indivíduo deve ser cauteloso com o que externaliza para o outro através da fala;

4. A ação correta: para Buda, qualquer ação não pode ser prejudicial para outra pessoa,
nem mesmo que de forma indireta;

5. O meio de vida correto: Buda ensina que o trabalho de qualquer indivíduo deve ser
sempre um meio de ajudar a si mesmo e outras pessoas e nunca prejudicar;

6. O esforço correto: este ponto fala principalmente sobre largar atitudes nocivas que
remetem a negatividade, como vícios, por exemplo;

7. Atenção correta: um dos pontos principais do budismo é estar consciente de todas as


ações do corpo e da mente. Também é chamada de atenção plena e significa estar
vivendo o presente, o agora, em qualquer ação do dia a dia;

8. Concentração correta ou meditação contemplativa: através desta meditação,


segundo Buda, é possível chegar a gratidão e a contemplação da sua própria
existência, de maneira real e consciente.

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