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Grande parte dos conflitos mundiais tem origem a partir de questões religiosas. É bom
ressaltar que existem fatores de caráter político, econômico, territorial, geopolítico, entre
outros, mesmo com os esforços da ONU redigindo documentos para anemizar esses
conflitos religiosos ainda não é o bastante.
A iniciativa tem que começar individualmente e entender que Deus, Maomé, Buda, O
Criado só quer que vivámos em paz cada um com suas crenças e suas formas de pensar
diferentes e cada individuo, independente do país em que vive, ter o direito de seguir
livremente a religião que deseja.
Atualmente existem inúmeras religiões sendo praticadas no mundo, como o Budismo,
embora seja somente 6% da população mundial que segue essa doutrina é uma religião
que tem uma influencia cultural muito grande.
Budismo
Origem do budismo
O budismo não é só uma religião, mas também um sistema ético e filosófico, originário da
região da Índia. Foi criado por Sidarta Gautama (563? - 483 a.C.), também conhecido como
Buda. Este criou o budismo por volta do século VI a.C. Ele é considerado pelos seguidores da
religião como sendo um guia espiritual e não um deus. Desta forma, os seguidores podem
seguir normalmente outras religiões e não apenas o budismo.
As três grandes áreas onde o budismo mais fortemente se disseminou abarcam: o Sudeste
Asiático, a Ásia central e o Extremo Oriente. Na segunda metade do século XX, o budismo
entrou em decadência na China e no Tibet por motivos políticos. Em outros países asiáticos,
porém, ele passou por uma fase de renovação, associando-se muitas vezes a movimentos
nacionalistas. O reavivamento do budismo na Índia teve início em fins do século XIX, com a
fundação da Sociedade Mahabodhi pelo missionário cingalês Anagarika Dharmapala. Mais
tarde, Ambedkar associou o budismo ao movimento contra as castas, apelando para que os
párias ou intocáveis se convertessem ao budismo. Gandhi, Tagore, Nehru e outros líderes
demonstraram grande simpatia pela doutrina budista. No Ocidente, onde seu estudo
sistemático ocorreu a partir do século XIX, o budismo teve boa acolhida, chegando mesmo a se
formarem pequenas comunidades.
. Ele nasceu à realeza na Índia mais ou menos 600 anos antes de Cristo. Como a história
conta, ele viveu e cresceu de forma bastante luxuosa; chegou até mesmo a se casar e ter filhos
com pouca exposição ao mundo externo. Seus pais queriam que ele fosse poupado da
influência à religião ou da exposição à dor e sofrimento. No entanto, não demorou muito até
que o seu abrigo fosse “invadido” e ele viu rapidamente um homem idoso, um homem doente e
um cadáver. Sua quarta visão foi a de um monge sereno e asceta (um que nega qualquer tipo
de luxo e conforto). Ao ver a sua serenidade, Buda decidiu se tornar um asceta também. Ele
abandonou sua vida de riquezas e afluência para ir atrás da iluminação através da austeridade.
Ele era muito talentoso nesse tipo de auto-mortificação e meditação intensa e era visto como
um líder entre os seus companheiros. Eventualmente ele permitiu que seus esforços
culminassem em um gesto final. Ele cedeu à sua “indulgência” e comeu uma tigela de arroz e
sentou embaixo de uma figueira (também chamada de árvore Boddhi) para meditar até atingir a
iluminação ou até morrer. Apesar de tantas angústias e tentações, ao nascer do dia seguinte,
ele tinha finalmente alcançado a iluminação à qual tanto almejava. Por isso ele ficou conhecido
como o ‘ser iluminado’ ou ‘Buda’. Ele então pegou tudo o que tinha aprendido e começou a
ensinar seus monges companheiros, com os quais já tinha alcançado grande influência. Cinco
de seus companheiros se tornaram os primeiros de seus discípulos.
Os ensinamentos
Os ensinamentos do budismo têm como estrutura a ideia de que o ser humano está condenado
a reencarnar infinitamente após a morte e passar sempre pelos sofrimentos do mundo material.
O que a pessoa fez durante a vida será considerado na próxima vida e assim sucessivamente.
Esta ideia é conhecida como carma. Ao enfrentar os sofrimentos da vida, o espírito pode atingir
o estado de nirvana (pureza espiritual) e chegar ao fim das reencarnações.
Reencarnação
Os primeiros registros do conceito de reencarnação se encontram nos Upanishads.
Segundo o Hinduísmo, a alma (Atman) é imortal e transcende ao tempo e ao espaço,
mas o organismo está sujeito ao nascimento e morte. Karma como resultado das
próprias ações é a força que determina a próxima reencarnação. O ciclo de morte e
renascimento, regido pelo karma, é chamado de samsara.
O Buda negou a existência de um eterno e imutável Self (Atman) então, como algo
impermanente e que não tem existência real pode transmigrar? Ao mesmo tempo, as
escrituras budistas regularmente discutem a vida futura e as vidas passadas dos seres
vivos e, a reencarnação é amplamente aceita entre os budistas. Os detalhes da
reencarnação ou renascimento - o processo pelo qual o final de uma vida dá origem a
outra - são explicadas em termos Budistas em várias escrituras.
Karma
Karma é uma palavra Sânscrita que significa ação ou atividade e, que determina seus
resultados (também chamada de karma-phala, "os frutos da ação"). É comumente
entendida como o ciclo completo de causa e efeito, tal como descrito em inúmeras
filosofias e, também, no Budismo e no Hinduísmo. A compreensão geral do karma no
Hinduísmo é que as pessoas passam por determinadas experiências em sua vida
como resultado de ações prévias.
A filosofia e os princípios
A filosofia budista também define cinco comportamentos morais a seguir: não maltratar os
seres vivos, pois eles são reencarnações do espírito, não roubar, ter uma conduta sexual
respeitosa, não mentir, não caluniar ou difamar, evitar qualquer tipo de drogas ou estimulantes.
Seguindo estes preceitos básicos, o ser humano conseguirá evoluir e melhorará o carma de
uma vida seguinte.
Semelhanças
Ahimsa é um conceito religioso que estabelece a não-violência e o respeito por qualquer vida.
A ênfase em ahimsa, de não causar danos a todos os seres, foi uma ampliação da rejeição
Budista aos rituais sacrificiais da religião védica, com sacrifícios humanos inclusive. Essa visão
ampliada de Ahimsa também foi adotada por outras tradições Sramanicas. Os Upanishads em
suas críticas aos rituais Védicos enfatizam a interiorização do significado e do simbolismo e
não sua realização.
A explicação de Buda sobre o karma desafia a idéia Védica de que a realização de sacrifícios
acrescenta benefícios e glórias. Buda defende a opinião de que matar intencionalmente seres
vivos não conduz ao bem, mas a algo que era problemático aos brâmanes que aspiravam uma
longa vida, ou seja, a ampliação do tempo de vida.
Dharma
Dharma ou Dhamma, no budismo, conduz a dois significados: A- Os ensinamentos do Buda
que conduzem à iluminação. B- Os fatores constitutivos do mundo fenomenal.
Este termo não tem conotações sectárias, mas simplesmente significa "O Caminho do
Despertar" e, portanto, está relacionado ao entendimento universal do dharma.
"Dharma" normalmente se refere não só aos ensinamentos do Buda, mas às concepções das
posteriores tradições, incluindo as várias escolas do budismo que se desenvolveram para
elucidar e expandir os ensinamentos do Buda. As qualidades do Dharma são as mesmas
qualidades do Buda e formam seu "corpo verdade" ou "DharmaKaya”.
Nirvana
A palavra nirvana (pali: Nibbana) foi inicialmente utilizada no budismo, e não pode ser
encontrada em qualquer um dos Upanishads pré-budista. A utilização do termo no Bhagavad
Gita pode ser um forte sinal da influência Budista sobre pensamento hindu.
A iluminação
Iluminação encontra-se no "meio do caminho", não com indulgências luxuosas nem com auto-
mortificação. Além disso, ele descobriu o que ficou conhecido como as ‘Quatro Verdades
Nobres’
Primeira: viver é sofrer – Dukha
Segunda: sofrimento é causado pelo desejo (Tanha, ou “apego”)
Terceira: uma pessoa pode eliminar sofrimento ao eliminar todos os apegos e desejos
Quarta: isso é alcançado ao seguir-se o caminho das oito vias nobres.
Esse caminho consiste de obter o entendimento correto, o pensamento correto, a palavra
correta, a ação correta, o modo correto de existência (ser um monge), o esforço correto
(direcionar as energias corretamente), a atenção correta (meditação) e a concentração correta
(foco).