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CUMPRIMENTOS
INTRODUÇÃO
Como o próprio título sugere, hoje iremos conversar um pouco sobre duas linhas de
conhecimento: O Budismo , mais especialmente o Tibetano e a Psicologia Analítica de Jung.
Não pretendo aqui estabelecer semelhanças entre esses personagens, pretendo tão somente,
junto com vocês encontrar pontos de conexões existentes entre essas duas linhas.
O Budismo tem sua expressão maior na figura de Siddartha Gautama, um príncipe do norte da
Índia. Seu pai, para protegê-lo, resolveu criá-lo dentro dos muros palacianos e isolá-lo da
sociedade ficando alheio a tudo que se passava até o dia em que se deparou com todo o
sofrimento do povo e partir daí sua vida deu uma guinada de 180º.
A partir de então, vai em busca de explicações para o sofrimento humano. Neste processo, ele
atinge o grau de iluminado. , o nível do desperto, o de Buddha. Seus ensinamentos tomaram
corpo de Doutrina a que hoje conhecemos como Budismo.
O Sr. Buddha, deixou seu corpo físico neste planeta, mas sua doutrina, expandiu-se em
muitos países, sofreu adaptações, porém não se afastou demais da sua essência.
HINAYANA
OS CONCEITOS BUDISTAS das Quatro Nobres Verdades e o Caminho Óctuplo , são
consideradas como a essência dos ensinamentos do BUDA.
Percebemos que este processo é uma escada, cujos degraus vão impondo uma dificuldade
maior na caminhada.
2º Esse caminho de libertação só pode ser trilhado pelo praticante. É uma tomada de
consciência pessoal, interna.
RENÚNCIA; Dos desejos e de toda forma de alienação aos padrões impostos a nós
Jung nasceu em 26/07/1875. Filho de um pastor, Jung também tinha mais oito tios que eram
pastores. O contato de Jung com a religião influenciou profundamente seu trabalho. Convivia
também com os distúrbios nervosos da mãe, provavelmente conseqüência das dificuldades
que enfrentava em seu casamento.
A época em que Jung nasceu é uma época em que o cientificismo estava em alta conta. Era
notório o afastamento entre a Religião e Ciência.
No entanto, ao meu ver, esse foi o caldeirão inicial no qual Jung despertou para questões mais
profundas. Provavelmente este contexto fez com que ele, apesar de criança, tivesse uma
visão mais amadurecida de mundo. Suas questões mais profundas não conseguiam ser
respondidas nem por seu pai, nem tampouco pelos livros religiosos e este fato impulsionou
Jung para outras áreas, encontrando conforto na Filosofia.
Esse ser de mente investigativa, inquiridora, observadora, queria muito mais que saciar sua
necessidade de compreensão das nossas questões mais profundas. Ele sentia a necessidade
de ligar estas duas vertentes: Ciência e Religião.
Nessa busca, já adulto, teve contato com a nata intelectual da época, na área médica, filosofia,
alquimia, Mitologia (seja pessoalmente como estudando profundamente). Inclusive conhecendo
Freud, de quem tornou-se discípulo, rompendo essa ligação mais tarde por incompatibilidade
de idéias.
Inclusive esse rompimento foi a noite negra da alma para Jung. Redobrou seus esforços para
fundamentar sua teoria. Aliou suas indagações ao método científico, tornando-se sujeito de
suas próprias experiências, no que se refere a investigação do INCONSCIENTE( Tudo que
ocorria com ele incluindo sonhos, fantasias, intuições, era fonte de pesquisa e análise.
Jung viajou muito. Voltou-se para outras culturas como forma de mapear os profundos
problemas do homem. Nessas andanças se interessou pelo Budismo no seu aspecto de lidar
com o sofrimento.
No seu trabalho como médico, ele lhe dava com a dor dos outros, e o Budismo lhe serviu para
que pudesse lidar melhor com isso já que fala muito no sofrimento.
1º Jung também reconhecia que o sofrimento é inerente a natureza da vida ( porém não pode
ser eliminado por completo)
5º JUNG TAMBÉM FALA QUE TODOS NÓS ANSIAMOS PELA ILUMINAÇÃO. O QUE NOS PUXA
PARA BAIXO É O EU ÁVIDO, ATRAÇÕE CONTRÁRIAS DO QUE REALMENTE PROCURAMOS
( ILUMINAR). PENSAMENTO QUE SE RELACIONA COM A SEGUNDA NOBRE VERDADE.
. Jung sentia que a ênfase da psicanálise nos fatores eróticos era um ponto de vista unilateral, uma
visão reducionista da motivação humana e do seu comportamento. Ele propôs que a motivação do homem fosse
entendida em termos de uma energia de vida criativa geral - a libido - capaz de ser investida em direções
diferentes, assumindo grande variedade de formas. A libido corresponderia ao conceito de energia adotado na
Física, a qual pode ser interpretada em termos de calor, eletricidade, motricidade, etc. As duas direções principais
da libido são conhecidas como extroversão (projetada no mundo exterior, nas outras pessoas e objetos)
e introversão (dirigida para dentro do reino das imagens, das ideias, e do inconsciente). As pessoas em quem a
primeira tendência direcional predomina são chamadas extrovertidas, e introvertidas aquelas em quem a segunda
direção é mais forte.