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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE LETRAS E HUMANIDADE

CURSO DE FILOSOFIA

BASILIO SERA
BEUZITO INÁCIO FRANCISCO
CECILIO JOAQUIM JOÃO
JOAZINHO ARMANDO PLIMPAO
REMANE FAUSTINO ANFOSO
SANITO ALI ALI

AS RELIGIÕES DO PRÓXIMO ORIENTE: BUDISMO E


ISLAMISMO

Quelimane

2023
7º Grupo
BASILIO SERA
BEUZITO INÁCIO FRANCISCO
CECILIO JOAQUIM JOÃO
JOAZINHO ARMANDO PLIMPAO
REMANE FAUSTINO ANFOSO
SANITO ALI ALI

AS RELIGIÕES DO PRÓXIMO ORIENTE: BUDISMO E ISLAMISMO

Trabalho de Filosofia da Religião, a


ser entregue no departamento de
Letras e Humanidades para efeitos
de avaliação, leccionado por

Dr. Lino Francisco V. Vahire

Quelimane

2023
Índice
1. Introdução ...................................................................................................................... 3

1.1. Objectivos: ..................................................................................................................... 3

1.1.1 Objectivo Geral: ..................................................................................................... 3

1.1.2 Objectivos Específicos: .......................................................................................... 3

1.1.3 Metodologia ............................................................................................................ 3

2 As Religiões Do Próximo Oriente: Budismo E Islamismo............................................ 4

3 Conceito de Budismo ..................................................................................................... 4

3.1 Fundador Budismo ..................................................................................................... 4

3.1.1 Origem e História do Budismo ............................................................................... 5

3.1.2 Escolas da doutrina Budistas .................................................................................. 6

3.1.3 Características do budismo ..................................................................................... 6

3.1.4 Os principais ensinamentos do budismo ................................................................ 7

3.1.5 Solução prática para a insatisfação ......................................................................... 7

3.1.6 Deus no Budismo ................................................................................................... 8

4 Islamismo ....................................................................................................................... 9

4.1 O Fundador do Islamismo ........................................................................................ 10

4.1.1 O livro Sagrado: o Alcorão ................................................................................... 10

4.1.2 A Fé no Islamismo ................................................................................................ 10

4.2 Símbolos do islam .................................................................................................... 11

4.2.1 Lua Crescente e Estrela ........................................................................................ 11

4.2.2 Shahada................................................................................................................. 11

4.2.3 Estrela de Oito Pontas .......................................................................................... 12

5 Conclusão..................................................................................................................... 14

6 Referências Bibliográficas ........................................................................................... 15


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1. Introdução

O presente trabalho de Filosofia da Religião, aborda acerca de Religiões do Próximo


Oriente: Budismo e Islamismo. O mesmo visa analisar as diferenças, bem como as
semelhanças existentes nos fundamentos destas religiões. Como veremos, Budismo é uma
religião oriental que acredita na reencarnação e que uma pessoa pode se libertar do sofrimento
através de uma vida equilibrada. Foi fundado mais ou menos 500 anos a. C por um homem
chamado Siddhartha (conhecido como Buda) enquanto o islamismo teve origem na Arábia e
ainda hoje está intimamente relacionado à cultura árabe. Entre outras razões, porque o livro
sagrado dos muçulmanos, o Corão ou Alcorão, foi escrito em árabe. Em consequência, o
elemento árabe importante no islão, embora hoje só uma minoria dos muçulmanos seja árabe.
O islão está amplamente difundido em vastas regiões da África e da Ásia, e é praticado por
uma sétima parte da população do mundo (por volta de 15%).
De acordo com Lens, o Islamismo é um movimento religioso fundado pelo profeta Maomé no
início do século VII d.C. A palavra Islã provém da palavra árabe Salam, que significa “entrega,
submissão, paz e dedicação”. O Islamismo é fé em Allah que significa “O Deus” (Lens,
2013:37)

1.1. Objectivos:
1.1.1 Objectivo Geral:
 Compreender as religiões do próximo oriente: budismo e islamismo
1.1.2 Objectivos Específicos:
 Identificar as relações e s diferenças do budismo e islamismo
 Conhecer as importâncias dos mesmos.
1.1.3 Metodologia
Segundo Lakatos & Marconi (2003, p.39), “os métodos são vias ou caminhos, através
dos quais se chega a um determinado fim”. Ora, Para realização do presente trabalho, recorri
uso do seguinte método o Hermenêutica, que consiste na compreensão e interpretação do tema
em destaque.
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2 As Religiões Do Próximo Oriente: Budismo E Islamismo

A religião é um conjunto de crenças e práticas, frequentemente associada a um poder


sobrenatural que manda ou orienta a vida e a morte dos Homens, ou um compromisso com
ideias que dão coerência à vida de cada pessoa.
Foi Hegel quem expôs a primeiro estudo completo sobre a religião, par meio da
filosofia; e também foi o primeiro a empregar a expressão filosofia da religião, para referir-se
à sua obra. Deus, e Deus somente como verdade, serviam de base ao seu pensamento. A
religião seria o relacionamento do homem com Deus, em sua experiência humana. O que é
finito está relacionado ao Infinito. Dizia ele: A religião é o autoconhecimento do divino
Espírito, mediante a meditação da parte de um espírito finito (Cruz, 2010:57).
Assim, a uma certa religião implica a crença numa força divina e oferece também uma
orientação moral dos seus seguidores. As religiões reúnem também pessoas em comunidades
com valores e objectivos comuns.
Há muitas religiões no mundo, mas pretende-se com este trabalho abordar duas grandes
religiões do próximo oriente: o Budismo e o Islamismo.
3 Conceito de Budismo
Budismo é uma religião oriental que acredita na reencarnação e que uma pessoa pode se
libertar do sofrimento através de uma vida equilibrada. Foi fundado mais ou menos 500 anos
a. C por um homem chamado Siddharta (conhecido como Buda).
A filosofia budista é guiada pelos ensinamentos de Buda, que conduzem o indivíduo a
uma felicidade plena, através das práticas meditativas, do controle da mente e do auto análise
de suas acções diárias. O budismo é reconhecido como uma filosofia de vida, porque os
ensinamentos de Buda são focados na razão e na análise individual de cada ser humano.
Os budistas acreditam que a consciência física e espiritual leva à iluminação e elevação, o
chamado nirvana (Reale, Giovanni Antiseri, 1990).
3.1 Fundador Budismo
Buda, que em hindu quer dizer “Iluminado”, foi o nome dado a Siddhartha Gautama,
líder religioso que viveu na Índia, cuja bondade e sabedoria lhe valeram esse título. É
considerado pelos budistas o “Supremo Buda”, o fundador do budismo. Buda (Siddartha
Gautama) nasceu por volta do ano de 563 ac. Viveu por volta de 600 A.C, nada escreveu e
pouco se sabe sobre sua vida. Após sua morte, seus ensinamentos foram compilados através
de textos canônicos e de um concílio formado por quinhentos monges. Contudo, tais registos
devem ser encarados com prudência, pois são fundamentados em tradições orais e foram
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escritos em linguagem poética e mitológica, além de terem sofrido constantes revisões e


adições.
Durante anos, ele viveu uma vida de extremo ascetismo, na esperança de alcançar o
conhecimento que livrasse o homem daqueles males. Finalmente percebeu que essa
vida de renúncia exacerbada era tão inútil como a vida principesca que levava antes.
Segundo a lenda, ele se sentou ao pé de uma árvore e, após semanas de meditação,
alcançou a almejada iluminação espiritual (Gautama, 2003)

As principais crenças do Budismo


 O caminho para a libertação do sofrimento do indivíduo está na autoconsciência, nas
práticas meditativas e em fazer o bem a si e ao outro;
 O budismo também acredita no ciclo da encarnação e reencarnação, o chamado Samsara.
 Todas as acções geram consequências boas ou ruins para esta e outras reencarnações;

Ensina que o indivíduo é capaz de desconstruir as raízes e as causas do seu sofrimento ao


controlar sua mente, entendendo que nada na vida é fixo ou permanente, alcançando a
felicidade plena
3.1.1 Origem e História do Budismo
De acordo com Padovani, (1990), a história do Budismo inicia através de Siddhartha Gautama.
Um príncipe do clã Shakya, que nasceu e cresceu no luxo de seu palácio no século VI a.C, no
sul do Nepal, na Índia.
A raja Suddhodana, pai de Siddhartha, protegeu o filho do mundo exterior, para que ele
não convivesse com as aflições humanas, como a fome, a morte, as doenças e as injustiças
sociais. Porém, aos seus 29 anos, o então príncipe saiu de seu castelo, fugido do seu pai, e
conheceu o sofrimento humano de perto.Naquela mesma noite, decidiu renunciar sua vida
luxuosa e o trono, com o objectivo de descobrir uma maneira de aliviar o sofrimento humano.
Nos primeiros 6 anos de sua peregrinação, ele acompanhou alguns mestres espirituais da
época, os ascetas. Através das práticas dessa filosofia, Siddhartha experienciou a renúncia do
prazer e a mortificação, um tipo de auto penitência física severa, como longos jejuns.
Sem resultados para o seu objectivo de acabar com o sofrimento da humanidade,
Siddhartha abandonou a vida asceta. Aos seus 35 anos, sentado em profunda meditação,
Siddhartha alcançou o nirvana. Esse é o estado mais alto da meditação, quando o indivíduo
encontra a paz, ao desconstruir as causas do seu próprio sofrimento, se libertando das aflições
físicas e emocionais do mundo físico. (Ibdem 1990)
Assim, Siddhartha tornou-se Buda (ou Shakyamuni Buda, devido ao seu clã Shakya),
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o iluminado, deixando claro que qualquer outro ser humano poderia se tornar buda ao atingir
este mesmo estágio. Foi então que, mesmo sendo acusado por seus seguidores e mestres da
época, ele escolheu “o caminho do meio”. Este caminho é definido por ele como aquele
que leva o indivíduo à libertação, sem qualquer tipo de extremismo religioso ou físico, o que
conhecemos hoje como o Budismo.
3.1.2 Escolas da doutrina Budistas
Após a morte de Buda, duas escolas budistas chamadas Theravada e Mahayana foram
criadas para representar seus ensinamentos. Porém, elas se diferenciavam nas interpretações
sobre os ensinamentos de Buda (Dharma), e se dividiram ao longo do tempo.
Theravada: a escola budista tradicional e mais antiga. Foi criada logo após a morte de Buda
e domina o sudeste da Ásia, em países como o Camboja e a Tailândia. Esta vertente segue as
tradições ortodoxas que prevaleceram na Índia há 2.600 anos, se baseando nas escrituras do
Tipitaka, que foram os ensinamentos recitados oralmente por Buda. Eles acreditam que, ao
seguirem esses escritos, alcançarão a iluminação através de um esforço individual.
Um forte aspecto dessa escola é que acreditam que somente os monges anciãos possuem a
autoridade para transmitir estes ensinamentos e que devem ser respeitados e ouvidos.
Mahayana: foi criada por pessoas leigas e comuns que acreditavam em dois pontos principais:
o poder da compaixão e que cada indivíduo carrega dentro de si o potencial para o estado Buda.
Diferente dos Theravadas, os Mahayanas acreditam que os seguidores podem buscar a
iluminação através de outros seres superiores, os chamados bodhisattvas. Eles são seres
humanos que estão prestes a atingir o seu estado iluminado, mas adiam essa iluminação para
ajudar outros seres
3.1.3 Características do budismo
O budismo possui características que o diferencia de muitas outras religiões, até mesmo as
do Oriente, de onde nasceu. As principais são:

 É uma religião e filosofia ateísta, que não acredita em um deus supremo ou qualquer
outra divindade;

 É considerada uma filosofia porque os Ensinamentos de Buda são voltados para análise
individual e razão de cada indivíduo;

 O budismo acredita que qualquer ser humano é capaz de alcançar a iluminação através
do Nirvana e, assim, se tornar Buda;
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 Buda dizia que seus ensinamentos (o Dharma) estão disponíveis para qualquer pessoa,
sem exclusão de etnia, raça, classe social ou qualquer outro motivo;

 O budismo utiliza a meditação como forma de autoconhecimento. Sendo assim, quando


o indivíduo conhece a si mesmo, passa a enxergar a vida e as pessoas de outra forma,
entendendo as raízes do seu sofrimento e suas práticas nocivas a ele mesmo e ao outro;

 A filosofia budista não condena ter bens materiais e riquezas. Mas diz que o sofrimento
está no apego a esses bens e a vontade insaciável de querer além do que já possui;

 No budismo, a prática do bem é importante devido ao conceito do Karma, onde Buda


dizia que toda acção gera uma karma para esta e outras vidas; (Ibdem 1990)

3.1.4 Os principais ensinamentos do budismo


O ensinamento principal do budismo é instruir o homem ao desejo de, em qualquer
circunstância, fazer o bem e não o mal.
Porém, os ensinamentos de Buda (Dharma) são muito mais profundos e têm por objectivo
ajudar aos seus seguidores a alcançar a plenitude da vida real através das 4 Nobres Verdades.
São elas:

 A insatisfação existe (Nobre Verdade do Sofrimento)

 Há causas que geram a insatisfação (Nobre Verdade da Causa do Sofrimento)

 A insatisfação pode ser resolvida (A Verdade da Extinção do Sofrimento)

 O caminho Óctuplo de Buda - a solução prática para a insatisfação

Na quarta verdade, conhecida como o Caminho Nobre de Oito Aspectos ou Roda do Dharma,
Buda fala sobre as práticas diárias a morte do ego e do apego que são as causas do sofrimento
humano (Ibdem 1990).

3.1.5 Solução prática para a insatisfação

Buda construiu uma jornada que, segundo ele, ao ser praticada pelo indivíduo, cessa a
insatisfação e sofrimento.
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 Compreensão correcta: para Buda, devemos enxergar tudo à nossa volta como um
grande sistema, em que dependemos uns dos outros, para assim alcançar a harmonia e
a compreensão de que nada nem ninguém é fixo;
 Aspiração correcta: Buda ensina que todo indivíduo deve questionar se o que você
faz é fruto do ego e se essas acções afectam negativamente outras pessoas;
 A fala correcta: para o budismo, tudo o que é dito constitui o ser, por isso, todo
indivíduo deve ser cauteloso com o que externaliza para o outro através da fala;
 A acção correcta: para Buda, qualquer acção não pode ser prejudicial para outra
pessoa, nem mesmo que de forma indirecta;
 O meio de vida correcto: Buda ensina que o trabalho de qualquer indivíduo deve ser
sempre um meio de ajudar a si mesmo e outras pessoas e nunca prejudicar;
 O esforço correcto: este ponto fala principalmente sobre largar atitudes nocivas que
remetem a negatividade, como vícios, por exemplo;
 Atenção correcta: um dos pontos principais do budismo é estar consciente de todas as
acções do corpo e da mente. Também é chamada de atenção plena e significa estar
vivendo o presente, o agora, em qualquer acção do dia-a-dia;
 Concentração correcta ou meditação contemplativa: através desta meditação,
segundo Buda, é possível chegar a gratidão e a contemplação da sua própria existência,
de maneira real e consciente.

Para o budismo, estes ensinamentos são alcançados através de uma única prática: a
meditação.
Neste caso, as práticas meditativas têm por objectivo atingir o nirvana. Assim, o indivíduo se
torna Buda, um ser desperto de sua própria existência, sem apego às atitudes ou circunstâncias
do ego, praticando o bem a si mesmo e ao outro.
3.1.6 Deus no Budismo
O Budismo não fala de Deus. Para o budista o mundo é um conjunto de forças ou
elementos que se transformam e interagem num ciclo eterno de equilíbrio. O ser humano é só
uma parte desse ciclo e a ideia de identidade individual é para eles uma ilusão (Gautama,2003).
A única forma de se libertar desse ciclo é atingir o estado de nirvana, que é quando se desliga
de todas as ligações com o mundo material e se apaga a identidade. Quando uma pessoa atinge
o estado de nirvana é chamado de “Buda”, que significa “esclarecido”. Há muitos ramos
diferentes do Budismo e alguns incorporam os deuses de outras religiões, como a religião
Hindu. Mas o ensinamento central do Budismo ignora a questão de Deus. O importante para
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eles é o trabalho de cada pessoa durante sua vida.


Embora os budistas acreditem em uma espécie de lei cósmica que rege o Universo, eles
podem ser considerados não teístas, pois essa lei não é uma pessoa. Na sua filosofia, Deus ou
não existe ou sua existência não diz respeito ao ser humano, não sendo portanto um problema
filosófico a considerar na prática budista. Os budistas não veneram Buda como uma divindade,
porque a rigor, Buda não é um ser, mas um estado espiritual de perfeita compreensão de todos
os fenómenos, estado este que qualquer pessoa pode atingir, ou seja, qualquer pessoa pode vir
a ser um Buda (Ibdrm 2003).
Nesse sentido, o Buda Original, Shakyamuni, não é adorado mas sim reconhecido pelos
budistas como uma pessoa comum cuja prática o levou a alcançar esse estado chamado de
Iluminação.
4 Islamismo

O islamismo teve origem na Arábia e ainda hoje está intimamente relacionado à cultura
árabe. Entre outras razões, porque o livro sagrado dos muçulmanos, o Corão ou Alcorão, foi
escrito em árabe. Em consequência, o elemento árabe importante no islão, embora hoje só uma
minoria dos muçulmanos seja árabe. O islão está amplamente difundido em vastas regiões da
África e da Ásia, e é praticado por uma sétima parte da população do mundo (por volta de
15%).
De acordo com Lens, o Islamismo é um movimento religioso fundado pelo profeta
Maomé no início do século VII d.C. A palavra Islam provém da palavra árabe Salam,
que significa “entrega, submissão, paz e dedicação”. O Islamismo é fé em Allah que
significa “O Deus” (Lens, 2013:37)
Actualmente é a segunda maior religião do planeta depois do cristianismo, e grandes levas de
imigrantes asiáticos e africanos o transformaram também na maior religião de minorias étnicas
na Europa.
A palavra árabe íslam significa "submissão". E um significado forte. Percebe-se na raiz
do nome algo essencial nessa religião: o homem deve se entregar a Deus e se submeter
a Sua vontade em todas as áreas da vida. Trata-se da condição para ser muçulmano,
palavra árabe que tem a mesma raiz que íslam. (Garder et all, 2000:105)
Como religião, o islão não compreende apenas a esfera espiritual, mas todos os aspectos da
vida humana e social. A interpretação da lei, o direito, sempre ocupou um lugar relevante na
história do islão. Na maioria dos países islâmicos, os que têm conhecimentos jurídicos
costumam actuar como líderes religiosos. Não existe um sacerdócio organizado.
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4.1 O Fundador do Islamismo

Por muito tempo o islão foi conhecido no Ocidente como "maometanismo", em razão da
forte influência do profeta Maomé sobre o islão.
O islão, a mais recente das grandes religiões mundiais, remonta a Maomé, que nasceu em
Meca, na Arábia, no final do século VI, por volta de 570 d.C.
Maomé nasceu em Meca (Arábia Saudita) entre os anos 570 e 580 d.C. filho de pais pobres,
ficou órfão muito cedo tendo de trabalhar como pastor. Entretanto entrou ao serviço de uma
viúva rica, como condutor de camelos. Impressionada pela sua inteligência e beleza, casa com
ele apesar de muito mais novo.
A sua vida de comerciante rico alterou-se profundamente ao ser alvo de visões numa
caverna perto de Meca, numa noite de 611. O próprio Anjo Gabriel, aparecendo-lhe numa
nuvem de luz, anuncia-lhe que ele é o profeta de Allah (nome árabe de Deus).
Iniciou então as suas pregações, as quais foram alvo de tremendas contestações por parte dos
habitantes da sua terra natal. Prega contra o politeísmo e a idolatria. Perseguido, Maomé fugiu
para Iatrebe, actual Medina e cidade rival de Meca.
A esta fuga deu-se o nome de Hégira. Estávamos então no ano 622 d.C. Esta data constitui o
início da contagem cronológica islâmica. Lá, depressa se tornou importante a nível político,
social, e militar. E em 630, conquistou pela força Meca, tendo-a reconhecido como lugar de
peregrinação.
4.1.1 O livro Sagrado: o Alcorão

O Alcorão (leitura ou recitação) é o livro que contém as revelações do arcanjo Gabriel


feitas ao profeta Maomé. Ensina preceitos religiosos, dogmas e moral. Consta de 114 capítulos
(suras). Contêm não só louvores e alusões às características de Allah como também descrições
do paraíso e juízo final, lendas judaicas e cristãs e normas sociais.
Os islamitas reconhecem duas fontes informativas principais, para os seus conceitos
éticos, a saber: a. O Alcorão (que vede); e b. A Sunna, ou tradição. O homem é
responsável e os anjos registaram os seus feitos, de modo a poderem prestar contas
com precisão mora. O homem bom tem o dever de dar esmolas (Cruz, 2010:130).
No islamismo há os pecados graves (Kabira) e os pecados leves (Saghira). Um homem
islamita pode ter até quatro esposas por vez; mas, nesse caso, deve esforçar-se por tratá-las
com equidade.

4.1.2 A Fé no Islamismo
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O Islão é ao mesmo tempo uma fé religiosa e uma comunidade social e política. A doutrina
enfatiza um monoteísmo rígido. Deus é único e é o Deus do patriarca Abraão Allah. Deus é
uno e não trino, é transcendente e omnipotente. O muçulmano crê nos anjos bons e nos maus.
Para ele, Allah revelou-se através de muitos profetas – Abraão, Moisés, Jesus – mas o maior
profeta é Maomé.
4.2 Símbolos do islam

Embora o Islam não tenha um símbolo oficial, muitas representações são associadas à
religião e à fé dos muçulmanos por razões culturais. Algumas coisas tidas como símbolos
islâmicos traduzem bem a crença islâmica e são usados nas diversas formas de representação
e arte islâmica. A simbologia religiosa é fortemente representada na arquitetura islâmica em
todo mundo.
O Islam é uma religião que não possui imagens de Deus, e para além disso, a própria
representação de figuras humanas e angélicas possui muitas limitações, de acordo com o
entendimento de boa parte dos sábios da religião.
De facto, algumas pessoas definem como símbolos da religião algumas coisas que são
importantes para a fé islâmica, mas não quer dizer que elas tenham o mesmo significado, por
exemplo, da cruz para os cristãos. Veja alguns signos que costumam ser relacionados à crença
dos muçulmanos e suas respectivas explicações.
4.2.1 Lua Crescente e Estrela

A lua e a estrela não têm nenhum significado venerável para a fé islâmica. Embora o
facto de que os muçulmanos seguem o calendário lunar, ou mesmo de a lua crescente marcar
o início do Ramadan possa sugerir alguma relação destes símbolos com o Islam, causando
confusão em pessoas leigas.
Hoje, o signo com a lua e a estrela aparece em algumas bandeiras nacionais e até mesquitas,
mas a maioria dos locais onde ele está presente teve alguma influência otomana.
4.2.2 Shahada

A shahada não é exatamente um símbolo, e sim uma frase que deve ser recitada quando
o muçulmano faz a profissão de fé. Actualmente, ela é mais conhecida por estampar a bandeira
da Arábia Saudita, mas também está presente na bandeira do Afeganistão. A shahada
transliterada diz “la ilaha illa Allah Muhammadun rasulu llah”, que significa, em português,
“Não há divindade além de Allah, Muhammad é o mensageiro de Allah”. Esta frase é própria
do Islam e está presente nas mesquitas, nos chamados para as orações e também nas preces
12

islâmicas.
4.2.3 Estrela de Oito Pontas

A estrela de oito pontas também é conhecida como Rub el Hizb e é muito frequente
nos padrões artísticos das mesquitas. Na ausência de imagens, a geometria é algo muito
utilizado pelo Islam para embelezar os templos, uma vez que, muitas vezes, essas figuras
trazem consigo alguns significados. No caso, esta estrela é formada por dois quadrados
sobrepostos, e cada ponta representa um Hizb, que são 60 grupos de suratas do Alcorão de
comprimento parecido. O símbolo determina cada quarto do Hizb, o que, na prática, é útil para
facilitar a recitação do Alcorão.
4.2.4 Espada de Ali

Muitas pessoas associam o Islam a alguns tipos de espada com pontas curvas, ou até
mesmo com duas pontas, em um formato parecido com uma tesoura. Ao longo de vários
séculos, esta arma já foi utilizada por alguns guerreiros muçulmanos. Actualmente, porém, o
uso deste objecto geralmente remete a razões diferentes que, na maioria das vezes, não estão
ligadas à religião.
Entre os xiitas, é comum haver representações de Ali Ibn Abu Talib junto a uma espada
zulfilqar, que possui duas pontas. Esta arma foi utilizada por ele e simboliza as lutas e o
sacrifício deste homem, que eles acreditam ser o único legítimo sucessor do Profeta
Muhammad.
4.2.5 O nome de Allah

Na grafia árabe, o nome de Allah sintetiza toda a fé do muçulmano e não há nada de


errado em associar a fé islâmica a ele. No entanto, é importante lembrar que não é um ídolo, e
sim a forma pela qual se referir ao Altíssimo em caligrafia. Assim como a shahada, o sagrado
nome de Allah também costuma ser usado para enfatizar a adoração e embelezar as mesquitas.
Outras palavras em árabe também costumam ser usadas de forma artística, principalmente
versos do Alcorão.
4.2.6 Caaba e Pedra Negra

A Caaba é o templo mais importante do mundo para os muçulmanos. Ela é a referência


para direcção onde os fiéis devem orar e o principal destino da peregrinação em Meca, pois foi
construída pelo Profeta Ibrahim (Abraão) em um local determinado por Deus. Já o minério
fixado na parede da Caaba é também um dos objectos mais importantes para o Islam, pois foi
um objecto vindo do Paraíso, fixado pelo Profeta Ibrahim enquanto ele erguia a estrutura.
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No entanto, vale lembrar que os muçulmanos não adoram a Caaba nem a Pedra Negra, já que
elas não são divindades, nem dividem poder algum com Deus.
4.2.7 A Lanterna do Ramadan

A lanterna, cujo nome original é fanus, é uma decoração especial de Ramadan que
surgiu no Egito, na época do Califado Fatímida, e acabou se espalhando para o resto do mundo
islâmico. Seu significado está mais associado a uma tradição cultural da iluminação decorativa
das cidades do Oriente Médio medieval paras as orações noturnas, durante o mês sagrado.
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5 Conclusão
Neste presente trabalho concluímos que há uma grande relação existente entre o
Budismo e Islamismo partindo da sua origem pois ambos são um produto do oriente a demais,
como Islamismo, o Budismo também é uma religião que acredita em supernatural e tem
também uma figura principal que é considerado como o fundador. Apesar da sua semelhança,
nota-se também uma grande diferença. Enquanto o Budismo fundamenta-se na ideia de que o
caminho para a libertação do sofrimento do indivíduo está na autoconsciência, nas práticas
meditativas e em fazer o bem a si e ao outro, o islamismo acredita que a salvação será possível
no cumprimento das regras pautadas no alcorão.
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6 Referências Bibliográficas
Denis, Léon. (1989). Depois da Morte (15ª ed.). Rio de Janeiro, Federação Espírita Brasileira;
GARDER, Jostein et all. O livro das Religiões: tradução Isa Mara Lando, São Paulo:
Companhia das Letras, 2000.
Gautama, S. (2003). A Doutrina de Buda. Tradução de Jorge Anzai. São Paulo;
Giovanni e Antiseri, Dario. (1990). História da Filosofia. São Paulo, Paulinas;
LENS, Sérgio Adriano. (2013). As grandes Religiões em seu contexto, 1ª edição, São José.
Marconi, Marina de Andrade & Lakatos (2003) Eva Maria. Fundamentos de Metodologia
Científica. 5.ª Ed.. São Paulo, Editora Atlas S.A.

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