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Indice

Introdução...............................................................................................2
Xintoísmo................................................................................................3
Sua Origem...........................................................................................3
Práticas do Xintoísmo..............................................................................4
Conclusão...............................................................................................6
Referencia Bibliográfica..............................................................................7

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Introdução
No presente trabalho Vamos falar sobre o Xintoismo. Dentro deste tema vamos tentar
perceber como é que surgiu esta religião, quando é surgiu e como é que se desenvolveu
ate aos dias de hoje. Como trabalho de investigação vamos também descrever os seus
princípios e as formas como ela procede os seu rituais, e não vamos deixar de lado os
termos que são usados para a sua ou suas divindades.

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Xintoísmo
A palavra Shinto  provem da combinação de dois termos "shin"  que significa "deuses" ou
"espíritos" e "tō  que significa "estudo" ou “caminho” formando assim “caminho dos
deuses”.

Xintoísmo é uma crença religiosa que surgiu no Japão, formada por uma série de lendas
e mitos que explicam a origem do mundo, da vida e da família imperial japonesa.

O xintoísmo é uma religião baseada no respeito e culto da natureza, sendo considerada


uma grande aliada e imprescindível para a existência da vida na Terra. A relação
homem-natureza é o ponto central do xintoísmo. Esta é uma crença panteísta, ou seja,
acredita que todos os elementos são deuses (é composto pelas substâncias, forças e leis
da natureza). Desta forma, existem vários deuses (kami), cada um responsável por um
elemento específico da natureza e do Cosmos.

Os kamis  (deuses) podem ter as mais variadas formas, desde seres humanos, animais,
tempestades, pedras, rios, estrelas e etc. No entanto, a principal divindade do
xintoísmo é a deusa do Sol Amaterasu Omikami, que, de acordo com a lenda, nasceu a
partir do olho esquerdo do deus da criação, Azanagui.

Alguns estudiosos chegam a desconsiderar o xintoísmo como uma religião, pois não
possui um dogma estabelecido, uma escritura de leis, código moral ou mesmo um autor
ou profeta fundador, a exemplo de outras religiões. Porém, o que torna o xintoísmo
uma das mais importantes religiões do mundo é o sua influência sobre os mais variados
aspectos da vida de seus seguidores, que adotam a filosofia xintoísta em seus cotidianos
mesmo que já tenham outro tipo de crença.

A receptividade a novas culturas e religiões também é uma das características do


xintoísmo, que não se classifica como uma crença exclusivista. O xintoísmo é formado
por um conjunto de crenças típicas do Japão, sendo a única religião considerada
genuinamente japonesa.

Sua Origem

A palavra xintoísmo surgiu a partir da expressão Kami-no-Michi, que na tradução literal


significa "Caminho dos deuses".

O xintoísmo é uma prática religiosa milenar que possui raízes nas tradições pré-
históricas japonesas e no sistema tribal baseado em clãs de período joomon (8 mil a.C.),

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Dele, herdou espiritualidade, bem como os relatos mitológicos da criação dos deuses e
do mundo. Nesta crença de caráter animista e politeísta, todas as coisas que compõem
o Universo são divinas e estão intimamente interligadas.

Por esse motivo, prega-se a harmonia com a natureza e a purificação de corpo e da


alma. Considera o ser humano puro em seu estado natural, todavia, maculado pelas
influências maléficas dos espíritos que habitam o mundo inferior. Em termos históricos,
apesar de suas raízes anciãs, o xintoísmo foi instituído somente a partir do século VI.
Nesse momento, ele teve contato com outras religiões e doutrinas religiosas como
o Budismo e o Confucionismo. No século VIII surgem os primeiros textos xintoístas, como
o Kojiki e o Nihon Shoki.

Com isso, o xintoísmo se afasta pouco a pouco das influências estrangeiras. Ele se torna
a religião oficial do Estado durante a Era Meiji (1868-1902). No entanto, em 1946, com a
derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial, o imperador Hiroíto renunciou o caráter
divido que era atribuído aos governantes japoneses. Assim, a nova constituição japonesa
passou a defender a liberdade religiosa da população.

Atualmente, a estimativa é que cerca de 119 milhões de pessoas praticam o xintoísmo


no Japão. O número é elevado por causa da falta de exclusividade do xintoísmo como
religião, ou seja, muitos japoneses possuem outras crenças e mesmo assim praticam
rituais tipicamente xintoístas em casa ou nos templos.

Práticas do Xintoísmo

Como nos referimos anteriormente, os deuses do xintoísmo são chamados de kamis,


divindades que são representadas pelas mais variadas formas presentes na natureza e no
Universo, como rios, pedras, tempestades, estrelas, o Sol, a Lua e etc. Existem milhares
de kamis, no entanto, na crença xintoísta os principais são: Amaterasu Oo-mikami, a
grande deus Sol; Tsukiyomi-no-Mikoto, o deus Lua; e Susano-O-no-Mikoto, o deus do
mar e das tempestades. De acordo com o xintoísmo, os deuses vivem em um lugar
chamado Takama-no-hara, que significa "Alta Planície do Céu".

As cerimônias xintoístas podem ser feitas em casa ou nos templos, possuindo quatro
principais etapas: a purificação (limpeza da boca e das mãos com água); as oferendas
(pequenos amuletos, pinturas e demais objetos); as preces e a festa sagrada.

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Nos rituais xintoístas predomina a necessidade de estabelecer um equilíbrio entre o ser
humano e a natureza, que é compreendida como uma guia e parceira do homem. Para
chegar a este equilíbrio, é necessária a purificação do corpo e da alma.

A visão xintoísta de conexão e intimidade com a natureza se opõe ao comportamento do


homem ocidental, que enxerga as forças naturais como adversárias, lutando e tentando
dominá-la e subjugá-la.

Basicamente, o xintoísmo se caracteriza pelo culto à natureza e aos espíritos ancestrais.


Eles são reverenciados por meio de oferendas e orações realizadas em altares por todo
Japão. A adoração tem por finalidade realizar pedidos de ajuda, promessas de atos no
futuro ou a simples louvação para agradecimentos. Já as oferendas, geralmente são
feitas em gêneros como arroz, sal e saquê.

Kamis, espíritos de consciência e poderes limitados, mas capazes de grandes


intervenções no mundo cotidiano. Eles são responsáveis pela proteção dos locais em que
são patronos. Devido à importância da pureza na religião xintoísta, são muito
valorizados os aspectos de higiene e da saúde. A purificação é uma prática comum,
realizada por meio de banhos rituais, pelo jejum antes das cerimônias e, muitas vezes,
pela prática do exorcismo.

Apesar de não possuírem um código moral definidos em termos dogmáticos, os xintoístas


possuem um conjunto de escrituras sagradas que apresentam a mitologias da tradição
xintoísta. Elas contém descrições dos rituais religiosos e servem de parâmetro entre os
adeptos, que não necessitam serem crentes praticantes. Basta apenas seguirem o ideal
de justiça e caráter, baseados numa vida de pureza e sem pecados voluntários.

Esta flexibilidade se estende ao clericato, o qual possui uma autoridade teológica


principal, o kannushi ou mestre do kami. Ele pode ser homem ou mulher e deve servir
aos kami na execução dos rituais apropriados a cada santuário. Eles aprendem após
vários anos de estudo em institutos específicos.

Os templos xintoístas, que podem ter alcance local, regional ou nacional, geralmente
estão cercados pela natureza e possuem diversos portais sem portas (tori). Além disso,
possuem pontes que atravessam cursos d’água e lagos. Sua estrutura normalmente é
composta por uma sala destinada a orações, uma destinada às oferendas e outra ante-
sala reservada, onde se depositam os objetos sagrados que simbolizam o kami.

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Conclusão
Depois de varias leituras feita em torno do Xintoismo, chegamos a concluir que o
Xintoismo do principio não era tratado exatamente como uma religião tal como as
outras são, pois ela inicio como hábitos e costumes que identificava o povo Japonês.
Com o passar dos tempos quando as mesmas pessoas começaram a se juntar com outras
religiões, então perceberam que aquilo que faziam podia se considerar como uma
religião. Foi muito bom ter feito este trabalho e foi possível aprender muita coisa sobre
esta religião que começou no Japão.

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Referencia Bibliográfica
BARROS, Benedicto F. (1988). Japão Harmonia dos contrários. São Paulo: T. A.
Queiroz.

JUNG, Carl G. (1965). Psicologia e Religião. Rio de Janeiro:Zahar.

YAMASHIRO, José. (1986). Japão passado e presente. São Paulo: Ibrasa.

YUSA, Michiko. (2002). As religiões do Japão. Lisboa:Laurence King publis.

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