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Teoria da Literatura I –Curso de Letras- Campus do Pantanal (CPAN)

Docente: Prof. Dr. Wellington Furtado Ramos


Acadêmica(o):
Corumbá, abril de 2019, curso de Letras- Hab. Em Português/Inglês e Português/Espanhol

Estudo Dirigido

1- Complete as lacunas corretamente:

a) Na Teoria Literária, diz-se que a literatura não é passível de


mas sim de ____________________.
b) Diz-se que a literatura é ou seja, tem o seu sentido voltado
para si mesma, sem prioridade para funções externas.
c) Para Culler, a teoria deve ser , ou seja, ter preceitos que vão
além do seu campo original, podendo, portanto, serem apropriados por outras áreas.
d) É conhecida como a capacidade do leitor em reconhecer
a relação direta ou indireta que pode haver entre um texto e outro.
e) Umberto Eco fala sobre os dois tipos de leitores: Os leitores de 1° nível, que
estão preocupados com , ou seja, o conteúdo; e os leitores de 2°
nível, que estão preocupados com _ ____________, ou seja, a forma com que
um texto é construído.
f) É conhecido como o processo que tira a função
utilitária de um objeto e o insere num novo contexto, atribuindo-lhe um novo
significado.
g) Rousseau estabelece que tanto a fala como a escrita são
__________________ ou seja, ambos estão tentando complementar algo.

Com base nos conhecimentos adquiridos em sala de aula de na leitura dos textos
“O que é teoria” e “ O que é literatura e o que tem ela importância” responda as
seguintes questões:

2- O que se entende pela metáfora da daninheza das ervas? Qual a relação dela com
a literatura?

3- Qual semelhança pode-se notar entre a História (ensinada nas escolas) e a


narrativa literária?

4- O que se entende por princípio cooperativo hiper-protegido? Por que podemos


afirmar que toda literatura é hiper-protegida?

5- Qual a relação entre a intertextualidade e os conceitos estabelecidos por


Aristóteles: Poiesis, Aisthesis e Catharsis?

6- Por que a Carta, de Pero Vaz Caminha, e os Sermões, do Padre Vieira, são tidos
como literatura, apesar de não estarem originalmente inseridos nesse meio?

7- Culler estabelece em um de seus textos o que ele chama de “Literariedade dos


fenômenos não literários”. Explique em que consiste esse fenômeno e, se possível, dê
exemplos.
8- Por que podemos dizer que a Teoria da Literatura se constitui como uma teoria
híbrida? Qual a relação disso com o conceito de interdisciplinaridade?

9- Leia atentamente os poemas abaixo e argumente quais dos 05 (cinco) critérios


estabelecidos por Jonathan Culler podem ser utilizados para analisar tais poemas como
literatura. Argumente e justifique sua resposta tomando trechos dos textos para
exemplificar.

1. A literatura como a “colocação em primeiro plano da linguagem”


2. A literatura como integração da linguagem
3. A literatura como ficção
4. A literatura como objeto estético
5. A literatura como construção intertextual ou autoreflexiva.

a)

Minha terra tem palmeiras


Onde canta o sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,


Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite


Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

b)

lá?
ah!
sabiá…
papá…
maná…
sofá…
sinhá…

cá?

bah!

c)

Com seu colar de coral,


Carolina
corre por entre as colunas
da colina.

O colar de Carolina
colore o colo de cal,
torna corada a menina.

E o sol, vendo aquela cor


do colar de Carolina,
põe coroas de coral

nas colunas da colina.

d)

Na história da poesia brasileira


Gregório, como um sátiro, desponta.
Dirceu canta Marília, que não conta.
Gonçalves Dias trepa na palmeira.

Rebelo é Zé, não tem eira nem beira.


Escravo, ao Castro Alves, vira afronta.
Bilac eleva e leva a lavra em conta.
Delfino é preso ao pé, mas mal o cheira.

Augustos são vanguarda: Alguém os siga!


Oswald e Mário apupam: Pau no apuro!
Drummond, Bandeira, ombreiam, bons de briga.

Cabral é cabra cru, cerebral, duro.


Se Piva quer viver na Grécia antiga,
Mattoso, em trevas, vive no futuro.

e)

Quando eu tinha seis anos


Ganhei um porquinho-da-índia.
Que dor de coração me dava
Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
Levava ele prá sala
Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos
Ele não gostava:
Queria era estar debaixo do fogão.
Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas…

— O meu porquinho-da-índia foi minha primeira namorada.

f)
Reflete a inflexão do X no verso,
contada como sílaba. Assim quis.
Portanto, o som dum ‘ex’ vale ‘equis’
no ritmo brasileiro em que converso.

Da mesma forma, é ‘ritimo adiverso’,


mas nunca ‘rimo averso’ que se diz.
Se for no meio termo, como fiz,
às vezes um ‘submerso’ é ‘subimerso’.

A decisão é minha, soberano


que sou do meu soneto, como um rei.
Aqui não dita o crítico Fulano.

Aqui nunca confesso quando errei;


apenas justifico meu engano,
pois quanto mais pratico, menos sei.

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