O tecelão dos tempos: o historiador como artesão das
temporalidades. In: ____. O tecelão dos tempos (novos ensaios de teoria da história). São Paulo: Intermeios, 2019, p. 27-37. ● O historiador é definido pelo seu trabalho, que é fabricar uma narrativa, atribuindo sentido aos eventos. ● Marx falou sobre o “motor da história”: ele via as maquinações da ordem social como parte da realidade. ● Já Michel Certeau entendia que as maquinações se davam quando a narrativa da história era fabricada. ● Imagem do historiador como trabalhador fabril, que produz as engrenagens com a linguagem, criando versões do passado. ● O autor do texto tende a se distanciar dessa ideia - para ele, a historiografia se parece mais com o trabalho artesanal do que o fabril, visto que ela não tem caráter de máquina e é uma atividade paciente e meticulosa. ● Esse trabalho artesanal é feito a partir dos “retalhos” deixados ao longo do tempo, e mesmo adquirindo caráter científico, a história nunca se separou de suas origens artesanais e poéticas. ○ Similitudes da historia com a linguage, a arte de articular criar historia e escrever, historia ciência? Ou linguagem? ● Características fabris do trabalho do historiador podem ser a forma como sua jornada de trabalho pode ser ilimitada e repetitiva ○ A produção historiograica não é alienante (no sentido marxista) o historiador esta presente do inicio da produção, na retirada das matérias primas (fontes e documentos) no processo de produção (analise e articulação) e por fim no produto em si (um artigo, livro ou outras publicações). Toda via, da mesma forma como o oficio do hidtoriador pode ser interpretada nessa chave de pensamento industrial de linha de produção, essa linha de produção não é cronologica e cronometrada. O historiador tal qual um artesão vcai e volta na sua produção, fazendo melhorias aqui e acula, acrescentando novas fontes e bibvliografias, e revisando a sua chave de pensamento/argumentação. ● A história pode ter muitos usos - ela pode servir como “propaganda”, para alimentar preconceitos e diferenças, mas pode servir também para nos lembrar de nossos erros e injustiças, e tudo isso é moldado pelo Historiador ○ Trazer a lembrança aquilo que se esquece, se escolhe esquecer, se apaga. E questionar aquilo que é escolhido ser lembrado. ● Diante de tudo isso, o autor relembra o quão importante é a dimensão prática da formação do historiador. Sendo a História uma atividade artesanal, é necessário praticá-la para poder fazê-la adequadamente ○ Pratica perfeição ● A subjetividade do historiador é moldada pelas suas experiências e encontros com outras pessoas, fontes, histórias ○ Temporalidade personalidade identidade biografia do historiador ● Hoje o texto do historiador pode ser superexplorado e possui valor de troca.