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Campus Universitário de Viana

Universidade Jean Piaget de Angola


(Criada pelo Decreto n. 44-A/01 de 6 de Julho de 2001)

Faculdade de Ciências da Saúde

ANATOMIA HUMANA

TRIÂNGULOS DO PESCOÇO

Estudante: Generosa Leonora Jamba Chimangata


Curso: Medicina Dentária
Turno: Diurno
Turma: B
Ano: 1º
Docente

________________________

Dr. Horácio Clemente

Viana, Fevereiro de 2023

1
Campus Universitário de Viana
Universidade Jean Piaget de Angola
(Criada pelo Decreto n. 44-A/01 de 6 de Julho de 2001)

Faculdade de Ciências da Saúde

ANATOMIA HUMANA

TRIÂNGULO DO PESCOÇO

Estudante: Generosa Leonora Jamba Chimangata


Curso: Medicina Dentária

III
ÍNDICE

INTRODUÇÃO..........................................................................................................................1

OBJECTIVOS DO ESTUDO.....................................................................................................2

Objectivo geral............................................................................................................................2

Objectivos específicos................................................................................................................2

OPÇÕES METODOLÓGICAS..................................................................................................2

1. FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA.............................................................3

1.1. O TRIÂNGULO DO PESCOÇO........................................................................................3

1.1.1. Triângulo Anterior.............................................................................................................3

1.1.1.1. Triângulo muscular.......................................................................................................3

1.1.1.2. Triângulo carotídeo.......................................................................................................4

1.1.1.3. O triângulo submandibular...........................................................................................5

1.1.1.4. O triângulo submentoniano...........................................................................................6

1.1.2. Triângulo Posterior............................................................................................................7

1.1.2.1. Triângulo occipital........................................................................................................7

1.1.2.2. Triângulo supraclavicular.............................................................................................8

1.1.2.3. Triângulo digástrico....................................................................................................10

CONCLUSÃO..........................................................................................................................11

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................12

III
INTRODUÇÃO

Abordarei neste trabalho acerca do Triângulo do Pescoço, antes porém, vale dizer que, o
pescoço é limitado, superiormente, pela face exocraniana da base do crânio e, inferiormente,
por uma linha paralela à primeira costela. Porque alberga inúmeras estruturas neuronais,
vasculares, ganglionares, glandulares e do sistema aerodigestivo, é de enorme complexidade
anatómica e clínica.

O pescoço é mais facilmente dividido em triângulos que, por terem orientação


crâniocaudal, não têm tradução imagiológica. Assim, torna-se fundamental conhecer os
espaços cervicais que, por serem tridimensionais, têm representação imagiológica e clínica, e
tomam especial relevo quando atingidos por patologia.

1
OBJECTIVOS DO ESTUDO

Objectivo geral
 Estudar os triângulos do pescoço.

Objectivos específicos
1. Conhecer os triângulos do pescoço;
2. Caracterizar os triângulos do pescoço;
3. Descrever os triângulos do pescoço.

OPÇÕES METODOLÓGICAS

Trata-se de um estudo descritivo, bibliográfico, com paradigma qualitativo.

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1. FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA

1.1. O TRIÂNGULO DO PESCOÇO

A divisão topográfica do pescoço em triângulos facilita a abordagem cirúrgica e é


possível pela disposição dos ossos e músculos que dele fazem parte. Tomando uma linha
média num plano sagital que divide o pescoço em duas metades, direita e esquerda, e tendo
em conta o trajecto oblíquo do músculo esternocleidomastoideu (ECM) no pescoço, obtemos,
em cada uma dessas metades, dois grandes triângulos: um anterior e um posterior ou lateral.

O triângulo anterior é limitado anteriormente pela linha média do pescoço,


posteriormente pelo bordo anterior do ECM e, superiormente, pelo bordo inferior da
mandíbula. O triângulo posterior ou lateral é limitado anteriormente pelo bordo posterior
do ECM, posteriormente pelo bordo anterior do músculo trapézio e, inferiormente, pelo
terço médio da clavícula. (Kohan & Wirth, 2014, p. 41)

Um plano horizontal condicional, atraído pelo corpo e grandes chifres do osso hióide,
divide a região central do pescoço (triângulo anterior) em duas regiões: o supra-
lingual superior (regio suprahyoidea) e o sub-lingual inferior (regio unfrahyoidea). Na região
sub-lingual do pescoço, de cada lado, distinguem-se dois triângulos: sonolento e musculoso
(escapular-traqueal).

1.1.1. Triângulo Anterior

1.1.1.1. Triângulo muscular

Segundo Kohan & Wirth (2014, p. 43), «o músculo (escápula-traqueal)


delta (Trigonum musculare, somotracheale) delimitada borda traseira e na parte inferior da
frente do esternocleidomastoideu no topo e lateralmente - músculo omo-hióideo abdómen
superior e medialmente - anterior da linha média».

Dentro deste triângulo, diretamente acima do entalhe jugular do esterno traqueal, é


coberto apenas pela pele e placas superficiais e pré-traqueais fundidas da fáscia cervical. A
cerca de 1 cm da linha mediana é a veia jugular anterior que se estende para o espaço celular
interfasscial supragranular.

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Fonte: Moore (2014).

«O triângulo muscular é limitado pelo músculo omo-hióideo na parte superior, pelo


músculo esternocleidomastóideo na inferior e pela linha média do pescoço anteriormente.
Ele contém os músculos infra-hióideos, no seu soalho». (Moore, 2014)

Na região profunda desses músculos estão as glândulas tireoide e paratireoide, a laringe,


que leva até a traqueia e o esôfago. O osso hioide forma a inserção superior para os músculos
infra-hióideos, e a cartilagem tireoide proeminente e a cartilagem cricoide também estão nessa
região.

1.1.1.2. Triângulo carotídeo 

O triângulo carotídeo é uma das formações geométricas naturais do pescoço.


O triângulo está localizado anterior e lateralmente de cada lado do pescoço. É constituído de
várias estruturas anatômicas que formam os seus limites teóricos.

«Triângulo sonolento (trigonum caroticum) é delimitada por cima da barriga traseira


do músculo digástrico, traseiro - a borda da frente da esternocleidomastoideu, na parte da
frente e na parte inferior - o músculo omo-hióideo abdómen superior». (Daniel, 2018)

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Fonte: Daniel (2018)

É constituído de várias estruturas anatômicas que formam os seus limites teóricos. Eles


envolvem outros grupos de estruturas anatómicas (principalmente vasos), ascendendo e
descendendo no pescoço com a função de fornecer e drenar o sangue da cabeça e do pescoço.

«Dentro do triângulo carotídeo ao nível do osso hióide, a artéria carótida comum é


dividida em carótidas interna e externa». (Daniel, 2018)

Do último, partiram seus ramos: a tireóide superior, lingual, facial, occipital, aurícula
posterior, artéria faríngea ascendente e ramos esternocleidomastoides, direcionados aos
órgãos correspondentes. Aqui, anterior ao feixe neurovascular vagina é parte superior da
coluna do nervo hipoglosso e mais profundo abaixo - nervo laríngeo (um ramo do nervo
vago) e mais profundo na placa fáscia cervical prespinal - tronco simpático.

1.1.1.3. O triângulo submandibular

«É limitado pela margem inferior da mandíbula e pelos ventres anterior e posterior do


músculo digástrico. Está coberto pela pele, fáscia superficial, platisma e fáscia profunda, que
contêm ramos dos nervos facial e cervical transverso». (Eliane, 2008)

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Fonte: Eliane (2008)

O triângulo subglobular (trigonum submentale) é limitado nos lados pelos músculos


abdominais anteriores dos músculos abdominais e sua base é o osso hióide. O vértice do
triângulo está voltado para cima, até o queixo.

Segundo Eliane (2008, p. 81), «o triângulo submandibular (trigonum submandibulare)


é  formado na parte superior pelo corpo do maxilar inferior, no fundo - pelos músculos
abdominal anterior e posterior do músculo digástrico. Aqui está o mesmo nome (submaxibus)
glândula salivar».

Entretanto, os músculos inferiores e inferiores da mandíbula esquerda unem-se ao


triângulo inferior. Na região deste triângulo estão os gânglios linfáticos do queixo. O triângulo
submandibular (trigonum submandibulare).

1.1.1.4. O triângulo submentoniano

Segundo Eliane (2008, p. 85), «o triângulo submentoniano (ou triângulo supra-hióideo)


é uma divisão do triângulo anterior do pescoço».

É limitado: posterior (na parte de trás) pelo ventre anterior do digástrico; anterior (na
frente) ao longo da linha média do pescoço entre a mandíbula e o osso hioide; e inferior
(abaixo) pelo corpo do osso hióide enquanto seu assoalho é formado pelo milo-hióideo.

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Fonte: Eliane (2008)

Contém um ou dois linfonodos, os linfonodos submentonianos e algumas pequenas


veias; as últimas se juntam para formar a veia jugular anterior.

1.1.2. Triângulo Posterior


1.1.2.1. Triângulo occipital

Segundo Gillespie (2012, p. 76):

O triângulo occipital tem um soalho muscular formado de cima para baixo pelos
músculos semiespinal da cabeça, esplênio da cabeça, elevador da escápula e escaleno
médio. Após emergir de trás do músculo esternocleidomastóideo, o nervo acessório
espinal (XI) corre pelo soalho muscular do triângulo posterior para passar profundamente
no músculo trapézio. Além disso, os nervos cutâneos do pescoço, discutidos adiante,
correm por meio da fáscia profunda do pescoço que cobre o triângulo posterior.

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Fonte: Gillespie (2012)

No triângulo posterior as únicas fibras remanescentes são para o m. trapézio. É o único


nervo motor do triângulo posterior, mas se a fáscia pré-vertebral for incisada é possível
encontrar os nervos motores dos cervicais profundos, o frênico ou plexo braquial. Deve ser
preservado em cirurgias para evitar efeitos desastrosos na cintura escapuloumeral.

1.1.2.2. Triângulo supraclavicular

«O triângulo supraclavicular também é chamado triângulo omoclavicular ou


subclávio, e é menor com o braço levantado e maior com o braço/clavícula abaixados».
(Kikuta, 2019)

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Fonte: Kikuta (2019)

O triângulo supraclavicular situa-se superior ao meio da clavícula. Ele contém a porção


terminal da artéria subclávia, raízes, troncos e divisões do plexo braquial, ramos do tronco
tireocervical e afluências cutâneas da veia jugular externa. A cúpula da cavidade pleural
estende-se superior ao nível da clavícula e é encontrada profundamente nos conteúdos do
triângulo supraclavicular.

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1.1.2.3. Triângulo digástrico

«O triângulo digástrico é limitado pela mandíbula superiormente e pelos dois ventres


do músculo digástrico. Além disso, o músculo estilo-hióideo situa-se com o ventre posterior
do músculo digástrico». (Moore, 2014)

Fonte: Moore (2014)

Os músculos milo-hióideo e hioglosso formam o soalho do triângulo. A glândula salivar


submandibular é um aspecto proeminente dessa área, que também é chamada de triângulo
submandibular. O nervo hipoglosso (XII) corre junto com o músculo estilo-hióideo e o ventre
posterior do músculo digástrico, entre o músculo hioglosso e a glândula submandibular, no
seu curso dentro da língua. Os vasos faciais correm por meio do triângulo, com a artéria facial
passando profundamente à glândula submandibular enquanto a veia facial passa
superficialmente a ela.

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CONCLUSÃO

Diante do exposto, chegou-se a conclusão que, limitado pela mandíbula superiormente e


pela clavícula inferiormente, o pescoço é subdividido pelo músculo esternocleidomastóideo
em uma região triangular anterior e posterior, sendo que cada uma delas é dividida ainda em
triângulos menores pelos músculos omo-hióideo e digástrico.

Entretanto, as marcas de superfície desses músculos ajudam a definir visivelmente as


bordas dos triângulos do pescoço. O triângulo posterior é limitado pelo músculo
esternocleidomastóideo na parte frontal, o músculo trapézio posteriormente e a clavícula
inferiormente. Ele é dividido pelo músculo omo-hióideo em um triângulo occipital e em um
triângulo supraclavicular. E o triângulo anterior é limitado pelo músculo
esternocleidomastóideo na parte posterior, a linha média do pescoço na anterior e a mandíbula
superiormente. Ele é subdividido em triângulos submentoniano, digástrico, carotídeo e
muscular.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Daniel, T. G. (2018). Entendendo a anatomia do pescoço profundo e sua relevância clínica.


Rio de Janeiro: Artemed.

Eliane, N. M. (2008). Anatomia e fisiologia. 3 ed. Porto Alegre, Artmed.

Gillespie B. (2012). Neck spaces and fascial planes. Lee’s KJ, editors. Essencial
Otolaryngology Head and neck surgery. 10th Edition. New York: McGraw-Hill; 2012. p. 557
– 75.

Kikuta, S. (2019). Triângulos do pescoço: revisão com aplicações clínico-cirúrgicas. Rio de


Janeiro: Artmed.

Kohan, E. J. & Wirth, G. A. (2014). Anatomia do pescoço. Clínica de cirurgia plástica. São
Paulo: Atlas.

Moore, K. L. (2014). Anatomia orientada para a clínica. (7ª ed). Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan.

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