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ABSCESSOS CERVICAIS
• Complicações
• Ruptura: pneumonia , abscesso pulmonar
• Trombose VJI (Sd Lemierre)
• Prostração, edema, dor em ECM
• Toxemia, embolia séptica, trombose dos seios durais
• Mediastinite
• Alta mortalidade
• Dor torácica, piora da dispnéia, toxemia
• Rx: alargamento mediastino
• Acesso transcervical, dreno de tórax
• Abscessos recorrentes:
• Lembrar de anomalias congênitas (cisto branquial, linfangioma, ducto
tireoglosso, cisto tímico)
Abscesso Retrofaríngeo
• 50% 6-12 meses de idade
• 96% abaixo de 6 anos
• Febre, irritanilidade, LN, torcicolo, odinofagia, salivação, falta de apetite,
dispnéia
• Abaulamento lateral da parede post da faringe; respeita a linha media em
geral (pela rafe mediana)
• Crianças: LN supurado é a causa mais comum (adenoidite,
rinossinusite)
• Adultos - trauma, extensão de outros espaços
Danger Space
• Tem tecido areolar muito frouxo, dissemina rapidamente.
• Sintomas semelhantes Retrofaríngeo —> Mediastinite
• Geralmente é acometido secundariamente via EPF, ERF, EPV
Abscesso Pré-Vertebral
• Dor nos ombros, costas, pescoço
• Piora com deglutição
• Disfagia, dispnéia
• Causas
• O tecido areolar frouxo favorece a rápida expansão dos processos
infecciosos
• Abscesso de Pott (tuberculose)
• Trauma, manipulação cirúrgica, osteomielite, extensão via ERF ou Danger
Abscesso Submandibular
• Dor, disfagia, salivação, edema do assoalho bucal
• Causas: Odontogênico,, sialoadenites, LN supurado, fraturas da mandíbula
• Odontogênico - 80%
• Anterior ao segundo molar - espaço sublingual
• Posterior 2º e 3º molar submandibular ou direto EPF (devido inserção do
milohioideo)
• Dividido pelo milo-hoideo em submandibular e sublingual
• Submentoniano entre os ventres ant do digástrico
• Angina de Ludwig
• Celulite // Em geral não tem abscesso formado
• Limitada ao espaço submandibular
• Poupa Gl submandíbular
• Extensão direta
• Abaulamento duro sem flutuação
• Salivação, voz em batata quente / obst. supra-glote pela projeção da língua
• Taquipinéia, dispnéia, estridor - compressão via aérea pelo retropulsão
da base da língua
• Cuidado ao intubar e romper o abscesso! ( Fazer TQT ou IOT com
Nasofibro)
Espaço Parafaríngeo
• Febre, toxemia, dor,x disfagia, trismo
• Abaulamento da parede lateral da faringe, apegamento do angulo da
mandíbula
• Causas: faringoamigdalite, odontogênico, parotídeo, LN, mastoidite,
extensão de outro espaço
• Comunicação: EMast, EPAmig, ESM, ERF
• TTO acesso externo
Abscesso peritonsilar
• Entre musc contrictor superior e a capsula da amigdala
• Desvio da úvula
• Trismo, febre
• Extensão de faringoamigdalite
• Punção é o suficiente para TTO junto com ATB
TRAQUEOSTOMIA
Indicação: garantir/proteger via aérea! Lembrar da indicação de exceção em
SAHOS
⁃ diminui espaço morto e facilita desmame do ventilador
Alterações Fisiológicas:
• Compressão esofágica (compromete o transito alimentar, altera pressão
intraesofágica)
• Balão (isquemia traqueal, traqueomalacia, fistula traque-esfágica)
• cuff ideal é ser de muito volume e baixa pressão
Incisão
• Distância média entre fúrcula esternal e proeminência laríngea
• Horizontal 3-5 cm
• Ponto de Bjork - sutura anel, entre 2º e 3º
Urgencia
• Garantir a via aérea 2-3 min. Hemostasia é secundária
• Incisão vertical
Traqueostomia em Crianças
• Incisão vertical
• Sem ponto de Bjork
• Sem remoção de cartilagem
Cuidados no intra-op
• Vv tiroidéeas inf
• A tiroidea minima - 10% dos pacientes ascende até o istmo
• V braquiocefalico Esq, arco venoso jugular, pleura e timo (cças)
• Istmo da tireoide
• V jugular anterior
Cricotireotmia Cirúrgica
• Membrana cricotiroidea
• 3-5 dias não exceder a permanência
• Lesões subglóticas podem ser CI relativas.
• CI - cça <12 a! Infecção laringe, trauma e TU laríngeos
Tqt Percutânea = Eletiva!
• Beira do leito, UTI, pcte intubado sempre!
• Técnica de Seldinger - traqueodilatadores
• CI - urgências, crianças, pacientes sem IOT, massa cervical mediais, bocio
grande
Complicações
• Intra-operatórias:
• Sgto, pneumotórax, lesão de estruturas paratraqueais
• Pos-op precoces:
• Sgto, obstrução por muco, traqueo-bronquite, celulite
• Enfisema subcutâneo, decanulação acidental
• Pós-op tardias:
• Sgto (fistula traqueal-a. inominada) - mortalidade 80%
• estenose traqueal - atenção para o cuff
• fistula traqueo-esofágica
• granulomas
Saliva: total varia em cerca de 500 a 1500 ml/dia (pouco de manhã, mais a tarde, nulo
no sono)
• Digestiva: Ptialina
• Bactericida: Lisozima
• Controle aferente: SNA simpático e parassimpático
• Unidade secretora: Acinos e ductos
• 95% da saliva é produzida pelas glândulas salivares maiores:
• parótida (45%), submandibulares e sublinguais (50%).
• A parótida é uma glândula mucosa que secreta fluido rico em eletrólitose e
pobre em mucinas.
• As submandibulares e sublinguais são glândulas mistas seromucosas que
produzem fluido rico em eletrólitos e mucopolissacarídeos.
• A saliva das glândulas salivares menores é composta por
mucopolissacarídeos e corresponde a 70% de toda mucina secretada
Sindrome de Sjogren
• Doença auto-imune (associada ou não com outras doenças do
colágeno)
• Trata-se da manifestação autoimune mais comum do corpo humano,
exceto pela artrite reumatóide
• Mais mulheres, cerca 90%
• Infiltração do parenquima por linfócitos B
• Clinica:
• Primária: só gl. exócrinas / Secundária: + dça autoimune e artrite
• Xerostomia / Xeroftalmia
• Aumento progressivo do volume glandular
• Risco de evoluir com linfoma
• Linfoma de zona marginal (linfocito B, da Borda, da margem)
• Anti-Ro e anti-La
• Diagnóstico
• Biópsia de gl. salivar menor (bx de mucosa jugal)
• Não precisa tirar uma gl. salivar maior (por isso faz na menor)
• AP: infiltrado linfocítco local com destruição do epitéio ducal / atrofia
glandular / lipossubstitução
• Tratamento:
• Sintomático
• Imunomoduladores / Imunosupressores nos casos graves
Sialolitíase
• Gl. submandibulares mais acometidas (80%) —> calculos da
submandibular são radio-opacos !! (90%)
•
• Secreção mais alcalina
• Viscosa
• Fluxo antigravitacional
• Clinica:
• Dor local
• Abaulamento durante a alimentação
• Melhora após drenagem da secreção
• recidivante
• pode ter infecção secundária
• Acomete mais acima dos 50 anos
• Etiologia
• Desconhecida
• Gota é a única patologia sistêmica que pode dar calculo !
• Trauma / Inflamação prévia com lesão ductal
• Sialoadenite de repetição
• Diagnóstico:
• Quadro clínico
• Palpação bimanual
• Ex. de imagem
• a sialorressonância nuclear magnética utiliza a própria saliva como
contrastre e é uma ferramenta muito eficaz na avaliação de patologias das glândulas
salivares
• NO RX: Cálculos da submandibular são radio-opacos na maioria (90%)
e da parótida são na maioria radio-luscentes (90%)
• Tratamento:
• Sintomáticos nas crises
• Exérese da glândula
• Exérese do cálculo (cuidado com estenose do dueto!)
Adenoma Pleomórfico
• É a neoplasia benigna de gl. salivar mais comum, mesmo na infância
• benigna mais comum dentre todas a gl. , mesmo as menores
• MULHER na 3ª-4ª década de vida, crescimento lento
• Mais comum na parótida no polo inferior
• Tendência a recidiva, mesmo que benigno
• tentar tirar por completo, sem romper e capsula, com peq. margem se
possível
• maior recorrência quando há lesões satélites ou história de recorrência
previa
• Origem nas cls. do ducto intercalado e mioepiteliais
• tipicamente encapsulado e bem circunscrito, porem, a capsula pode estar
incompleta ou invadida pelo tumor
• Tratamento
• Parotidectomia com preservação no n. facial (nunca precisa sacrificar como
margem, tu benigno!)
• Na submandibular realizar excisão total da gl. com o tumor
• No palato, excisar junto com periosteo e mucosa adjacente
• Risco de transformação maligna de cerca de 5% —> 10 a 15 anos depois —
> FAZER SEGUIMENTO DO PACIENTE!
Oncocitomas
• Derivados dos oncócitos, ou metaplasia oncocítica local dos ductos das
células acinares
• Acomete mais idosos, > 50 anos. Picos aos 70 anos
• Confundido com Tu de Warthin, embora não seja necessariamente bilateral
• 85-90% ocorrem na parótida
• Clinicamente podem ser indistiguives de outros tumores benignos das gl.
salivares
• Origem nas cl. do ducto estriado —> metaplasia oncocítica
• Tratamento cirúrgico com preservação no n. facial
Carcinoma Mucoepidermóide
• Tumor maligno mais comum das gl. salivares
• maior ocorrência na parótida (60-70%)
• Alto grau e baixo grau, sendo o alto grau mais agressivo
• MULHER acima dos 50 anos mais comum (pode acometer da 2ª-7ª décadas
de vida)
• As crianças com tumores de glândulas salivares têm cerca de 50% de risco
para neoplasia maligna (comparado a 10%-25% nos adultos), e o carcinoma
mucoepidermoide é o tipo histológico maligno mais comum na infância !
• Pode ter metastase para linfonodos cervicais
• Tratamento:
• Ressecção cirurgia com margem (sacrificar n. facial se íntimo a lesão)
• Leucolasias - 4% de maligniza.
• Caráter mais agressivo quando: bordos indefinidos, lesão mais elevada,
enrijecimento e descamação
• Biopsia excisional —> se não melhora com tratamento clínico ou área
de difícil obs ou de atrito (assoalho da boca e ventre e borda lateral da língua)
• Displasias graves 30% malignizam
• Displasias moderadas 10% malinizam
• Tempo médio entre o surgimento de leucoplasia e CA APROX 4 anos
• Eritroplasias - alto grau de malignização. Bx 50%-90% displasia grave ou
Ca in situ. Alta recorrência
• Abordar ja inicialmente com lesão maligna.
• Preditores de maior risco de mtx linfática:
• invasão perineural
• êmbolos vasculares
• tumores pouco diferenciados
• mais de 2 mm de profundidade
• infiltrativos
CEC Invasivo
• Invadem a lâmina própria / Já ultrapassaram membrana basal
• Ulceradas: mais comum
• Infiltrativa: mais comum na língua
• Exofíticas: menos freq
• Indolor no início, ferida que não cicatrizam
• * avançados: odinofagia, disfagia, hemorragia, trismo, otalgia
• Lesão retromolar
• Mucosa em íntima relação com o ramo ascendente da mandíbula podendo
levar a infiltração óssea precoce
• Lesão de lábio:
• fator de risco ligado à exposição solar, sendo mais comum no lábio
inferior (10x mais comum)
• O tumor só será estádio T4 a partir do momento em que infiltrar a cortical
óssea, musculatura extrínseca da língua.
• Massa cervical em 30% dos casos no momento do dx, exceção palato duro
(drenagem linfática pobre) e lábios (dx precoce)
• Preferencialmente niveis l-II-lll (submentonianos, submandibulares e
jugulodigástricos)
• Lembrar da exceção do palato duro!
• Perda de peso em casos avançados
• MTX distância pouco freq, pulmão, ossos e fígado
• Avaliação complementar:
• Nasofibro + EDA: pesquisa de um segundo tu primario
• TC com contraste: avaliar extensão da lesão e comprometimento do
pescoço
• RNM não é essencial mas ajuda a definir limites do tumor
• Rx tórax, cálcio sérico e função hepática (avaliar MTX)
• Estadiamento
• T1 =< 2cm // T2 >2cm ou =<4cm // T3 > 4cm // T4a invade estruturas
adjacentes (ressecável) // T4b invade estruturas adjacentes (iressecável)
• N1: ipsi <= 3cm, N2a ipsi 3-6cm, N2b ipsi múltiplos até 6cm, N2c dilatar ou
contra até 6cm, N3 qualquer > 6cm
• Tto
• T1/T2 cx ou RTX —> PREFERENCIALMENTE CIRÚRGICO
• as ressecções de soalho da boca sempre podem acometer os ductos de
drenagem das glândulas sublinguais e submandibulares, e o paciente tem risco
aumentado de sialoadenites crônicas!!
• A colocação de um enxerto nessa região pode melhorar a reabilitação,
diminuindo a área de retração cicatricial e melhorando a mobilidade da língua.
• A cirurgia retromolar é indicada para tumores da área retromolar e consiste
em mandibulectomia segmentar com esvaziamento cervical, seletivo ou radical
dependendo do pescoço.
• A mandibulectomia marginal pode ser realizada em qualquer região da
mandíbula, inclusive região com dentes, sendo preconizada para lesões onde há dúvida
no intraoperatório de infiltração óssea. Quando já se tem a confirmação da invasão
da cortical óssea, é indicada a mandibulectomia segmentar, sendo a melhor forma
de reconstruir, nesse caso com retalho microcirúrgico com fíbula
• Avançadas Cx + RDT
• Preservação de órgão: RTX + QTX
• Pescoço positivo = esvaziamento radical modificado
• Extensão extracapsular = RTX
• N0 e >T2 = esvaziamento seletivo (exceto lábio e palato duro -
considerar >T3),
• T3 e T4 = RTX ou esvaziamento seletivo
• LFND > 1,5cm, necrose central ou anel reage periférico são sinais de
MTX linfonodal
• RTX pode levar a osteorradionecrose
• Principal complicação
• FX patológica e osteomielite
Tu de Orofaringe
• CEC 80-90%
• 10% da lesões malignas são oriundas de céls salivares menores
• >50a, 4H:1M
• Fatores predisponentes: Tabagismo, etilismo, radiação e hipovitaminoses
Amigdalas
• + frequente pilar amigdaliano anterior e amigadala
• Acometimento de pilar post > chance de MTX contralateral
• MTX cervical pode ocorrer em fases precoces, bilateralidade menos comum
em relação a outras áreas da orofaringe
• Ca oculto mts vezes dx com amigdalectomia
• MTX linfonodal freq, dx geralmente é tardio (e são mais
indiferenciados)
HPV
• Casos positivos para HPV têm MELHOR prognóstico, msm em casos
localmente avançados
• Apresentam supressão da proteína P16
• Identificado na lesão por métodos de PCR e hibridização in situ, os que
representam mais risco são o 16 e o 18
• A associação com HPV levou a uma queda na idade média e aumento
da incidência em mulheres no acometimento da Ca de Orofaringe
CEC Invasor
• Odinofagia em fases avançadas, alem de disfagia, halitose, sangramento e
otalgia
• Massa cervical em 40-70% dos casos
• MTX 70% unilateral e 10-20% bilateral no DX
• Acometimento de espaço parafaríngeo, com acometimento de carótida,
julgular int, IX, X, XI e XII pares
• MTX LND (IIB) 40-70%, jugulodigástricos, retrofaríngeos e parafaríngeos. A
distância pouco freq, pulmão, ossos e fígado
• T3 e T4 de palato mole MTX em 60-70%
• Avaliação complementar:
• Nasofibro + EDA: pesquisa de um segundo tu primario
• TC com contraste: avaliar extensão da lesão e comprometimento do
pescoço
• RNM não é essencial mas ajuda a definir limites do tumor
• Rx tórax, cálcio sérico e função hepática (avaliar MTX)
• Estadiamento
• T1 =< 2cm // T2 >2cm ou =<4cm // T3 > 4cm // T4 invade estruturas
adjacentes (cavidade oral, EPF, laringe, etc)
• N1: ipsi <= 3cm, N2a ipsi 3-6cm, N2b ipsi múltiplos até 6cm, N2c bilateral ou
contra até 6cm, N3 qualquer > 6cm
• Tto
• T1/T2 Cx ou RDT
• Palato fibroso preferencia pela RDT pq preserva mais função
• T1-T2 e N0-N1 podem ser tratados cirurgicamente com intenções
curativas, com mínima deformidade estética e toxicidade
• T3/T4 Cx + RDT
• Acometimento de base de língua: tratamento controverso
• Preservação de órgão: RTX + QTX
• Pescoço positivo = esvaziamento radical modificado, inclusive N1
• N0= RTX ou esvaziamento seletivo (II-IV)
Ameloblastoma
• Unicístico
• Optar por ttos conservadores s marsupialização e enucleação com
ostectomia periférica
• Pode apresentar MTX, rara
• Ausencia de caracteristicas malignas
Queratocístico Odontogênico
• Neo benigna intraóssea
• Marcadores p/ Ki-67 e p53 positivos
Tu de Rinofaringe
• Maior parte da fosseta de Rosenmuller, post. Ao torus tubário
• Superior a fosseta A - forame lacerum com ACI e seio cavernoso
• Anterior - forame oval (V3)
• Posterior - forame jugular (IX, X e XI)
Carcinoma de Rinofaringe
• 75-85% malignos
• 2% dos de C/P
• Rara na maior parte do mundo; alta incidencia no sudeste asiático
• Homens 2,5H:1M
• Incidência (Bimodal)
• <30a (20% - pega jovem!)
• 4ª e 5ª decadas de vida
• Mais frequente orientais da China
• Associado a infec do EBV
• Carcinomas ñ queratinizados a maioria é EBV +
• transformação maligna de celulas epiteliais infectadas
• Existe associação entre o linfoma nasal de células T/NK e a
incorporação do genoma do vírus Epstein Barr !!
• Linfoma T/NK é ñ-Hodgkin
• Etiologia:
• Fatores ambientais:
• Dieta: conserva (nitrosamina)
• Fatores genéticos
• Classificação da OMS
• Tipo l
• Queratinizados (25%) / CEC - EBV negativos
• Tipo ll
• Ñ queratinizados diferenciado (12%) - EBV positivo
• Tipo lll
• Ñ queratinizados indiferênciados (63%) - EBV positivo
• QC: Assintomaticos por longos períodos; Sintoma inicial + comum é
adenopatia cervical (nível II), hipoacusia conduta unilateral é 2º sintomas mais
comum, obstrução nasal, rinorreia e epistaxe
• Tríade de Trotter: Surdez, nevralgia do V3 e assimetria do véu palatino!
• Trismo: extensão para fossa pterigoidea
• Acometimento de n. cranianos em 25% na apresentação inicial
• pares de II a VI e IX a XII
• VI par é o primeiro a ser acometido
• Dor facial é o sintoma mais comum (V), seguido de diplopia (VI)
• Avaliação complementar:
• Nasofibro: massa na rinofaringe
• TC com contraste: exame de escolha para o estadiamento e
acompanhamento terapêutico
• Normalmente pedir TC antes da Bx
• RNM: avaliar extensão intracraniana
• Estadiamento
• T1: confinado a rinofaringe
• T2a: com extensão para orofaringe e/ou cav. nasal, sem acometimento
parafaríngeo
• T2b: tumor com extensão parafaríngea
• T3: invade estruturas ósseas da base do crânio ou seios paranasais
• T4: extensão intracraniana e/ou acometimento de n. cranianos, fossa
infratemporal, hipofaringe ou orbita.
• N1: unilateral <= 6cm
• N2: bilateral <= 6cm
• N3: qualquer maior 6cm
• MTX: 75% tem acometimento ganglionar no Dx (bilateral em 50%)
• MTX a distancia 3% (osso, fígado e pulmão e LN extracervicais)
• Tto:
• o câncer de nasofaringe é a neoplasia da cabeça e pescoço mais
radiossensível e por isso pode ser efetivamente tratado com radioterapia
• RDT: Tu iniciais sem LN cervicais (índice de até 98% de cura)
• RDT + QT: Tu estádios intermediários (T3N0, T1-3N1) e avançados (T4
N2-3)
METÁSTASE CERVICAIS
• Risco de metastase em ordem decrescente: Seios piriformes (65%), língua,
base da língua (55%), amígdala(25%), soalho da boca , Trigono retromolar/boca,
Gengiva/glote/palato duro/BBVV/Epiglote
• Nasofaringe, Orofaringe, Hipofaringe (nesta ordem) são os tumores
mais propensos a metástase cervicais mesmo em T1
Manejo do Pescoço N0
• Em geral indicado esvaziamento quando risco de metástase oculta é
maior que 20%
• Se o TU ultrapassar a linha média o esvaziamento é bilateral
• Supraglote: já a partir de T1 (risco de 15-40%)
• Glote: a partir de T3 todos (risco de 10-20%) // T2 quando qdo acomete
mobilidade da PPVV pode ser indicado esvaziamento seletivo
• Subglote: já a partir de T1 (risco de 50%)
Manejo do Pescoço N+
• Esvaziamento radical (I-VI) ou radical modificado (preserva ECM, VJI e XI)
• Se LN + bilateral, faz radical bilateral
• Se for LN + unilateral faz radical unilateral e pode fazer seletivo contra-
lateral dependendo da posição do TU
• Radioterapia pós-op (sempre que LN +)
• a extensão extracapsular é um dos prinicipais fatores identificados
como de alto risco para recidiva locorregional.
• Pacientes com acometimento de linfonodos com extensão
extracapsular apresentam benefício em sobrevida livre de recidiva local com adição
quimio à radioterapia adjuvante
RECONSTRUÇÃO
• Enxerto do osso livre vascularizado
• Fíbula é o osso com características mais semelhantes ao da mandíbula —>
preserva possibilidade de implante dentário!
• Devem ser preservadas as porções proximais e distais da fíbula quando for
ressecada
• Enxerto de Peitoral
• Suprimento sanguineo predominantemente pela artéria toracoacromial e em
alguns casos torácica lateral
• Qd resecada porção medial da clavícula aumenta o comprimento do retalho
• Reconstrução de faringe, esôfago cervical e base de língua
• Enxerto deltopeitoral
• Pode ser utilizado bilateral
• Suprimento da 1ª-4ª artéria perfurante da mamária
• Taxa de falha 9-16%
#Reabilitação
• Melhor reabilitação para pcte submetido a maxilectomia de infraestrutura é o
uso de prótese obturatória
• A incisão alveolar deve ser feita ao longo do alvéolo do último dente incluído
na ressecção e jamais entre dois dentes. Isso permite a preservação do osso de suporte
do dente adjacente à região lesada. Esse dente é um dos mais importantes para a
retenção da prótese. O osso remanescente da ressecção palatina deve ser revestido por
mucosa inserida e jamais deixado à cicatrização por segunda intenção
• Reabilitação profética das lesões maxilares: confecionar prótese pré-
cirúrgica em silicone ou poliuretano para uso nos primeiros 30 dias, prótese intermediária
para uso por 6 meses, confecção de prótese definitiva em cromo-cobalto e resina acrílica
termo polimerizavel
Fisiologia:
TRH/Tireotropina (Hipotálamo) —> TSH/Tireoestimulante (Hipófise) —> T4 (Tireóide) —>
Feedback negativo
• Hormonios tireoideanos:
• Aumento da taxa de metabolismo basal
• Aumento do consumo de oxigênio e calor
• Aumento do met. ósseo, glicogenólise e absorção intestinal de glicose
TIREOIDITES
Inflamação da gl. tireoide seguido de liberação de hormônios ja formados com tendência a
evolução para hipotireodismo
Tireoidite Aguda
• Disseminação hematogênica, linfática ou complicação de infecção
adjacentes
• QC: Febre alta, calafrios, dor no pescoço, mandíbula e região occipital.
Aumento do volume tireoidiano podendo haver rubor e calor local.
• Infecção auto-limitada. Pode evoluir com fibrose hialina da gl.
Tireoidite Subaguda
• Menos frequente que a de Hashimoto; Acomete mais mulheres (5:1) entre
30-50 anos
• Etiologia mais viral com pico de incidência no versão (Adenovirus,
Caxumba, Coxsackie, Influenza)
• Antígenos virais estimulam a formação de linfocitos T citotoxicos que lesam
as cls. foliculares
• Reação auto-imune limitada, iniciada pela infecção viral.
• Pode evoluir para aumento uni ou bilateral da glândula —> Endurecimento
do parenquima, simulando nódulo —> Aderência as estruturas adjacentes
• Costuma evoluir com recuperação da função da glândula
• QC: Subita ou gradual, DOR NO PESCOÇO, mandíbula, garganta e orelha,
principalmente a deglutição. Aumento do volume tireoidiano podendo estar associado a
queixas sistêmicas.
Classificação:
• Granulomatosa
• Cls. Gigantes
• De Quervain —> dor cervicsl
Tireoidite de Hashimoto
• Bocio com intensa infiltração linfocíticad a tireoide
• Resposta auto-imune (fatores ambientais e genéticos desconhecidos)
• Causa mais comum de hipotireoidismo com deficiência de iodo —>
Insuf. gradual da gl. por destruição auto-imune
• Mais comum em mulheres 20:1, entre 45-65 anos .
• Gl com aumento difuso ou localizado, com capsula intacta.
• QC: Mulher de meia idade, aumento simétrico, difuso e indolor da tireoide.
Desenvolvimento gradual do hipotireoidismo
• Episódios de tireotoxicose transitorias por rupturas de folículos tireoideanos
Tireoidite Linfocítica
• Associação com bócio / Acomete qualquer grupo etário
• Achado incidental (ausência de sintomas)
• Hipertireoidismo transitório ( Aumento T3/T4 e diminuição TSH)
Tireoideite de Riedel
• Rara e de etiologia desconhecida
• Característica: Fibrosante ! (extensa fibrose acometendo tireoide e
estruturas cervicais)
• Pode estar associada a fibrose em outras partes do corpo
Tratamentos:
• Suporte clinico em caso de tireotoxicoses (beta-bloq)
• Antiinflamatórios hormonais
• ATB se houver infecção secundária ou aguda
• Cirurgia de opção nos casos de tireoide não funcionante
NÓDULOS TIREOIDEANOS
50% da população mundial apresentam nódulos tireodeanos, assintomáticos
⁃ Achado incidental de exame clinico cerca de 4-7%
⁃ Achado incidental de necropsia cerca 50-65%
5-15% dos nódulos podem ser CA
Nódulos múltiplos tem o mesmo risco de malignidade que nódulo único
Nódulos no polo superior apresentam maior risco de malignidade
• Ex. complementares
• Dosagem hormonal
• TSH aumentado maior risco de malignidade
• relacionado ao nódulo hipofuncionante
• TSH subnormal/normal, solicitar cintilografia
• PET-18FDG
• A incidência de nódulos tireóideos descobertos incidentalmente durante
realização de 18FDG-PET é baixa (1%-2%)
• o risco de malignidade pode chegar a 27%; assim, tais nódulos merecem
avaliação imediata
• Bethesda
• I - Amostra insatisfatória / não diagnóstica
• II - Benigno (0-3% de malignidade = acompanhamneto clínico)
• Ill - Atipia ou lesão folicular de significado indeterminado
• Repetir PPAF em 6 meses
• CX - dependendo a suspeição de malignidade ou tamanho do nódulo
• IV - Neo folicular ou susp de neo folicular (15-30% de malignidade) = CX
• V - Maligno (60-75%) = CX
CANCÊR DE TIREÓIDE
• Fatores de Risco
• História familiar
• CA em familiar de 1º grau
• irradiação C/P na infância
• irradiação para transplante de medula
• SD: Cowden; NEM-2; Werner
Grau de diferenciação:
• Bem diferenciado - folicular (10%), papilífero (85%) e cél de Hurtle ou
oxifílicas (3%)
• Intermediário - medular
• Pouco ou indeferenciado - anaplásico
• Tds são classificados como estadio IV
• Possuem estadiamento diferenciado entre si, devido caracteristicas de
comportamento e prognóstico
Papilífero (+ frequente)
• 80-85%% dos Ca de tireoide / corpos psamomatosos
• mesmo em crianças é o mais comum —> remanescente do ducto
tireoglosso
• 3ª-4ª décadas
• Mulheres mais freq
• Bem diferenciado —> MULTIFOCAL OU MULTICÊNTRICO (mais de um
foco na tireoide)
• ACOMETIMENTO NODAL É COMUM MAS NÃO ALTERA O
PROGNÓSTICO
• Pouco agressivo
Folicular
• 10-15%
• 6ª dec
• Mais comum em mulheres
• Apresentar MTX LFN é incomum (por isso não costuma esvaziar nesse
caso)
• MTX hematogênica- 20% - pulmão, ossos e fígado
Céls de Hurtle
• cerca de 3%
• Variante do Folicular
• Tendência a sofrerem infartos espontâneos ou após PAAF
• Menos diferenciado, mais agressivo
• MTX LFN em 50% dos casos
Carcinoma Medular
• 4-7%
• 20% familiares
• Relacionado a desordens endócrinas NEM2
• NEM 2a: Associação com Feocromocitoma e Hiperpara —> jovem, bom
prognóstico
• NEM 2b: Associação com Feocromocitoma, Neuromas de mucosa, corpo
marfanóide —> mais agressivo pior prognóstico
• Céls parafoliculares da tireoide (céls C), produtoras de calcitonina
• MTX regional é muito frequente (50%)
• MTX distância - pulmão,fígado, ossos e cerebro
Carcinoma Anaplasico
• Agressivo
• O mais raro
• Maiores de 60a, discretamente mais frequentes em mulheres
• Puco mais freq em mulheres
• MTX. A distância em 50% dos casos ao diagnóstico
• Quase totalidade evoluem a óbito em 1 ano
Linfoma de tireóide
• Linfoma de zona marginal 60%
• Linfoma difuso de grandes céls B 40%
• Histologia: aglomerado d céls polimorficas de citoplasma abundante e
intensamente basofílico, núcleo volumoso, nucléolos proeminentes e mitoses frequentes
Tratamento:
• Tireoidectomia total
• Ultrassonografia pré-operatória identifica linfonodo cervical suspeito em
20%-31%
• Dissecção nivel VI em Papilifero e Hurtle
• Mtx LFN 20-90% no dx de papilífero
• Outros compartimentos esvaziar quando houver evidencia clínica
• esvaziamento do compartimento lateral está recomendado para pacientes
com linfonodo cervical lateral metastático
• é esvaziamento seletivo e não radical modificado!
• Complementar com Radioiodoterapia
• Indicação de complementação com I131
• Ressecção incompleta
• Tumor primario maior que 4cm
• Tumor com linfonodo positivo ou linfonodo clínico
• Tumor com alto risco de recidiva, independente do tamanho
• Terapia com Iodo131 pode causar como complicação reativação do tumor
(por isso seguimento com cintilo)
• Seguimento: Tireoglobulina + USG seriada.
TRAUMA CRANIOFACIAL
⁃ Aumento da incidência com trauma automobilísticos
⁃ Em ordem de freqüência temos: Frat. nasal > mandíbula > Zigoma > Orbita
e maxila > ouras
⁃ osso frontal é o mais resistente
⁃ Traumas costumam estar associados —> seguir o ATLS (avaliação do
trauma da face é no “E”)
• Fratura nasal:
• 3º lugar dentre todas as fraturas
• 40-50% das fraturas maxilofaciais
• Faixa etária mais acometida 15 a 25 anos
• Crianças: acidentes domésticos, partos difíceis (fórceps)
• Freqüência maior em homens 2:1
• Classificação:
• Lesões por impacto frontal:
• Tipo I: pirâmide anterior (mais comum)
• Tipo II: piramide proximal
• Tipo III: maxila e osso frontal (naso-etmoido-orbitária)
• Lesões de impacto lateral:
• Unilateral ou bilateral
• Livro aberto ou comitiva
• Impactação postero-inferior
• Avulsão do ligamento cantal medial —> indicação formal de rinoplastia
aberta
• Septo ósseo: geralmente fratura na junção condro-óssea
• 1/3 superior do nariz: rígido e estável
• 1/3 inferior do nariz: dinâmico e móvel
• Avaliação:
• Exame clínico
• Radiografia: Normal em até 47% dos pacientes com fratura
• Duvida diagnóstica com implicação na conduta —> solicitar TC
• Procurar Hematoma septal sempre— > Drenagem imediata!
• Tratamento:
• Redução nas primeiras 3h ou após 3-7 dias (15 dias) —> varia dependendo
da referência
• Elevador de Boies - Forceps
• Tampão nasal por 48h
• Gesso ou placa metálica 7 dias (regressão do edema)
• Indicações de redução aberta:
• Fratura do septo caudal, extensa, cominutiva
• Fraturas associadas ou aberta
• Avulsão do ligamento cantal medial
• Deformidade persistente apos redução fechad
• Hematoma septal —> Associar ATB
• Perfuração do septo com necrose de cartilagem
• Fraturas de mandíbula
• Impacto sobre a sínfise —> impacto frontal
• energia transferida para os côndilos bilateralmente
• Impacto sobre a parasínfise ou corpo mandibular —> fratura sobre o
local e côndilo contralateal
• Regiões mais frequentes de fratura: corpo (28%), côndilo (26%), sínfise
(20%)
• Divididos em dois grupos:
• Posteriores (fechamento da boca)
• exs: masseter (V), temporal (V), pterigóides (V)
• ação conjunta: mandíbula para cima, para frente e medial
• anteriores (abertura da boca)
• exs: digástrico (VII), milo-hióideo (V), genio-hiodeo (C1)
• ação conjunta: mandíbula para baixo, para trás e medial
• Segmentos fraturados: posterior no sentido ântero-superior
anterior no sentido postero-inferior
• QC: dor, edema, desnivelamento, má-oclusão; hipoestesia em lábio inferior
e queixo
• Desvio para o lado do côndilo fraturado quando realiza abertura e
profusão (por causa do m. pterigóide lateral)
• Diagnóstico: Rx panorâmica ou TC
• Tratamento:
• No momento oportuno e quando houver condições clínicas (devido a outras
fraturas associadas)
• Realizar bloqueio maxilo-mandibular (BMM) ou amarilha interdentária
se possível enquanto aguarda correção
• Objetivo: Obtenção e manutenção do estado oclusal prévio
• secundário: redução anatômica dos fragmentos
• controle da infecção
• Maioria por acesso intraoral, fixação rígida com BMM
• fraturas de parasínfise e corpo: lesão do nervo mentual
• fraturas de ângulo: lesão do nervo alveolar inferior
• Cuidado pra não lesar estes nervos no acesso e na fixação com parafuso
• Complicações:
• Infecção, má-oclusão, hipoestesia
• Anquilose de ATM: complicação mais temido em crianças
• Pseudoartrose e oclusão viciosa —> reabordagem
• Emergências: Obstrução de VAS, deslocamento do côndilo para fossa
média, hemorragias
• Fraturas orbitarias:
• 7 ossos; frontal, zigomático, maxilar, lacrimal, etmóide, esfenóide,
palatino
• Classificação:
• Blow-Out: assoalho medial e lamina papirácea, aumento do volume orbitário,
enoftalmo (+comum)
• Blow-in: diminuição do volume orbitário, exoftalmo
• Tratamento cirúrgico quando:
• Encarceramento muscular
• Aumento do volume orbitário
• TC: área > 2,0 cm desviada + de 3,0 mm
• Defeito no assoalho > 1 cm2
• Enoftalmo > 2 mm
• Via de acesso mais comum: subciliar
• Visão direta do assoalho da orbita —> Redução e fixação
• Restauração do assoalho —> enxerto, fascia, implantes (tela de titânio)
• Via endoscópica com balão (menos comum)
• Antrostomia ampla —> Balão de Foley 10 dias + ATB
• opção para fraturas de assoalho sem pinçamento
• Apoia a fratura até a consolidação
• Via de acesso combinada
• Antrostomia ampla + acesso transmaxilar
• Redução da fratura e estabilização do assoalho com material sintético ou
osso