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pescoço

REGIÃO CERVICAL

o pescoço é dividido em três compartimentos contidos em camadas peculiares da fáscia cervical:

anterior: visceral, contém partes dos sistemas digestório e respiratório e glândulas;

posterior: vertebral, contém as vértebras cervicais, a medula espinal, os nervos cervicais e os músculos associados à coluna vertebral;

lateral: vascular, contêm os grandes vasos e o nervo vago.

e, também, é dividido em dois trígonos cervicais:

anterior: seus limites são a margem anterior do músculo esternocleidomastóideo, a margem inferior da mandíbula e a linha média do
pescoço, contém os músculos supra-hióideos (estilo-
hióideo, digástrico, milo-hióideo e genioiódeo) e infra-hióideos (omo-hióideo, esterno-
hióideo, tíreo-hióideo e esternotireóideo).

lateral: seus limites são a margem posterior do músculo do músculo esternocleidomastóideo, a


margem anterior do músculo trapézio e o terço médio da clavícula.

ossos do pescoço ⇒ vértebras cervicais, hioide, manúbrio do esterno e clavículas


vértebras cervicais ⇒ as vértebras cervicais III a VI são “típicas”; enquanto as vértebras I, II e VII são “atípicas”.

processos das vértebras proporcionam as fixações e a alavanca necessária para movimentar a cabeça e mantê-la nessas posições.


hioide osso móvel localizado a nível de C III, suspenso entre o corpo da mandíbula superiormente e o manúbrio do esterno
inferiormente; firmemente unido à cartilagem tireóidea;

partes do hioide → um corpo e dois cornos (maior e menor)

funções → garante uma base móvel para a língua e fixação para a parte média da faringe. mantém a permeabilidade da faringe,
necessária para a deglutição e a respiração

fáscias do pescoço⇒ dividem o pescoço em compartimentos


tela subcutânea cervical ⇒ camada de tecido conjuntivo adiposo situada entre a derme da pele e a lâmina superficial da fáscia cervical →
contêm nervos e vasos → mais fina na parte anterior

músculo platisma ⇒ está contido na tela subcutânea cervical


suprido pelo ramo cervical do nervo facial (NC VII)

veia jugular externa (VJE) e ramos de nervos cutâneos do pescoço estão profundos no platisma

cobre a face anterolateral do pescoço

fáscia cervical ⇒ formada por 3 lâminas: superficial, pré-traqueal e pré-vertebral


essas lâminas sustentam as vísceras cervicais (p. ex., glândula tireoide), os músculos, os vasos e os linfonodos profundos; garantem o
deslizamento de estruturas no pescoço para que se movimentem e passem umas sobre as outras (deglutir, virar a cabeça e o pescoço)

a fáscia cervical se condensa ao redor das artérias carótidas comuns, das veias jugulares internas (VJI) e dos nervos vagos para formar a
bainha carótica

lâmina superficial da fáscia cervical ⇒ circunda todo o pescoço profundamente à pele e à tela subcutânea
divide-se em partes superficial e profunda para envolver (revestir) os músculos trapézio e esternocleidomastóideo (ECM)

há um espaço supraesternal entre essas partes da lâmina dividida

envolve a glândula submandibular, forma a cápsula fibrosa da glândula parótida

ligamento estilomandibular → modificação mais espessa dessa lâmina

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locais de fixação da lâmina superficial da fáscia cervical (superiormente)
linhas nucais superiores do occipital
processos mastoides dos temporais
arcos zigomáticos
margem inferior da mandíbula
hioide
processos espinhosos das vértebras cervicais

locais de fixação (inferiormente) - manúbrio do esterno, clavículas, acrômios e espinhas das escápulas

lâmina pré-traqueal da fáscia cervical ⇒ parte anterior do pescoço


estende-se hioide até o tórax e se funde ao pericárdio fibroso que reveste o coração

parte muscular fina → reveste os músculos infra-hióideos

parte visceral → reveste a glândula tireoide, a traqueia e o esôfago (contínua nas partes com a fáscia bucofaríngea da faringe)

funde-se lateralmente com as bainhas carótidas

espessamento da lâmina pré-traqueal → polia/tróclea onde passa o tendão intermédio do músculo digástrico, suspendendo o hioide


lâmina pré-vertebral da fáscia cervical forma uma bainha tubular para a coluna vertebral e os músculos associados (longo do
pescoço e o longo da cabeça, escalenos, músculos profundos do pescoço)

bainha carótida → revestimento fascial da base do crânio até a raiz do pescoço

conteúdos da bainha → artérias carótidas comum e interna; veia jugular interna; nervo vago (NC X); linfonodos cervicais
profundos; nervo do seio carótico; fibras nervosas simpáticas (plexos periarteriais caróticos)

espaço retrofaríngeo → espaço [virtual] interfascial

tecido conjuntivo frouxo entre a parte visceral da lâmina pré-vertebral da fáscia cervical e a fáscia bucofaríngea que circunda a
faringe superficialmente

permite o movimento de faringe, esôfago, laringe e traqueia em relação à coluna vertebral durante a deglutição

fáscia alar → forma outra subdivisão do espaço retrofaríngeo

ESTRUTURAS SUPERFICIAIS DO PESCOÇO | REGIÕES CERVICAIS (4)



Região esternocleidomastóidea músculo esternocleidomastóideo divide cada lado do pescoço em regiões cervical anterior e lateral (trígonos
cervical anterior e lateral do pescoço)

conteúdo e estruturas subjacentes: m. esternocleidomastóideo; parte superior da veia jugular externa; nervo auricular magno; nervo cervical
transverso

Fossa supraclavicular menor ⇒ VJI (parte inferior)


espaço que separa as duas cabeças do músculo ECM

Região cervical posterior (trígono cervical posterior) ⇒ região ⇒


Conteúdos da região cervical posterior m. trapézio; ramos
posterior às margens anteriores do músculo trapézio cutâneos dos ramos posteriores dos nervos espinais cervicais; a
o trapézio é região/trígono suboccipital situa-se profundamente à parte superior
dessa região
músculo superficial do dorso

músculo toracoapendicular posterior, que atua no cíngulo do


membro superior

músculo cervical, que pode movimentar o crânio

Região cervical lateral (trígono cervical lateral)

Região occipital ⇒ veia jugular externa; ramos posteriores do plexo cervical de nervos; raiz espinhal do nervo acessório (NC XI); troncos
do plexo braquial; artéria cervical transversa; linfonodo cervical

Trígono omoclavicular ⇒ artéria subclávia (terceira parte); veia subclávia; artéria supraescapular; linfonodos supraclaviculares

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Região cervical anterior (trígono cervical anterior)

Trígono submandibular ⇒ glândula submandibular; linfonodos submandibulares


N. hipoglosso (NC XII); N. milo-hióideo; partes de A. e V. faciais

Trígono submentual ⇒ linfonodos submentuais e pequenas veias que se unem para formar a veia jugular anterior

Trígono carótico bainha carótica com a A. carótida comum e ramos; veia jugular interna e tributárias; nervo vago; A. carótida externa e
alguns ramos; nervo hipoglosso (NC XII) e raiz superior da alça cervical; raiz cervical do nervo acessório (NC XI); glândula tireoide,
laringe e faringe; linfonodos cervicais profundos; ramos do plexo cervical

Trígono muscular ⇒ músculos esternotireóideo e esterno-hióideo; glândulas tireoide e paratireoides

(A) região esternocleidomastóide; (B) região cervical posterior; (C) trígono cervical lateral; (D) trígono cervical anterior; (1) fossa supraclavicular menor; (2)
região occipital; (3) trígono omoclavicular; (4) trígono submandibular; (5) trígono submentual; (6) trígono carótico; (7) trígono muscular

MÚSCULOS CUTÂNEOS E SUPERFICIAIS DO PESCOÇO ⇒ platisma, trapézio, esternocleidomastóideo

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Região cervical lateral (trígono cervical lateral)

subdividida em trígono occipital e trígono trígono occipital

limites do trígono cervical lateral

anterior - margem posterior do músculo ECM

posterior - margem anterior do músculo trapézio

inferior - terço médio da clavícula, entre os músculos trapézio e ECM

ápice → músculos ECM e trapézio encontram-se na linha nucal superior do occipital

teto → formado pela lâmina superficial da fáscia cervical

assoalho → formado por músculos cobertos pela lâmina pré-vertebral da fáscia cervical

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vista lateral do trígono cervical lateral

MÚSCULOS NA REGIÃO CERVICAL LATERAL ⇒ lâmina pré-vertebral (assoalho) cobre quatro músculos
esplênio da cabeça, levantador da escápula, escaleno médio e escaleno posterior

MÚSCULOS DO TRÍGONO CERVICAL LATERAL

artérias da região cervical lateral ⇒ ramos laterais do tronco tireocervical (ramo da subclávia), terceira parte da artéria subclávia e parte da
artéria occipital

o tronco tireocervical origina a artéria supraescapular, o tronco cervicodorsal, artérias cervical ascendente e tireóidea inferior

artéria supraescapular (ramo do tronco tireocervical) → segue inferolateralmente através do músculo escaleno anterior e nervo frênico.
supre os músculos na face posterior da escápula

artéria cervical transversa (ramo da subclávia ou do tronco tireocervical) bifurca-se em:

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artéria cervical superficial (ramo superficial) - passa anteriormente ao músculo trapézio e acompanha o NC XI

artéria dorsal da escápula ou a. escapular dorsal (ramo profundo) - segue até o músculo escaleno médio (através do plexo braquial,
quando se origina diretamente da artéria subclávia); a parte distal segue aos músculos levantador da escápula e romboide, suprindo-
os e anastomosa-se ao redor da escápula

artéria occipital (ramo da carótida externa) → supre a metade posterior do couro cabeludo

artéria subclávia → suas pulsações podem ser palpadas por compressão profunda no trígono omoclavicular;

às vezes se originam da terceira parte → artéria supraescapular, artéria dorsal da escápula (tipicamente se originam do tronco
tireocervical via artéria cervical transversa).

artéria subclávia → partes medial (1), posterior (2) e lateral (3) ao músculo escaleno anterior

veias da região cervical lateral

veia jugular externa (VJE) → união da veia retromandibular com a veia auricular posterior; termina na veia subclávia; drena a maior
parte do couro cabeludo e a região lateral da face acima da clavícula, a VJE recebe as veias cervicodorsais, supraescapular e jugular
anterior.

veia subclávia → une-se à VJI para formar a veia braquiocefálica

veias superficiais do pescoço

nervos da região cervical lateral

nervo acessório (NC XI) → supre os músculos ECM e trapézio

raízes do plexo braquial → aparecem entre os músculos escalenos anterior e médio.

se unem para formar os troncos do plexo braquial

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nervo supraescapular → origina-se do tronco superior do plexo braquial; supre os músculos supraespinal e infraespinal

plexo cervical → série irregular de alças nervosas (primárias) e nos ramos que se originam das alças (ramos anteriores de C1 a C4)

ramos superficiais do plexo → ramos cutâneos sensitivos

ramos profundos do plexo → ramos motores (raízes do nervo frênico e a alça cervical)

raiz superior da alça cervical → conduz fibras dos nervos espinais C1 e C2; une-se momentaneamente e depois se separa do
nervo hipoglosso (NC XII)

raiz inferior da alça cervical → origina-se de uma alça entre os nervos espinais C2 e C3

alça cervical (secundária) → união das raízes superior e inferior para a inervação dos músculos infra-hióideos: omo-hióideo,
esternotireóideo e esterno-hióideo

plexo cervical

ramos do plexo cervical (originam-se da alça nervosa entre os ramos anteriores de C2 e C3)

nervo occipital menor (C2): supre a pele do pescoço e o couro cabeludo

nervo auricular magno (C2 e C3): divide-se para suprir a pele sobrejacente e a bainha que circunda a glândula parótida, o
processo mastoide, as duas faces da orelha e uma área de pele do ângulo da mandíbula até o processo mastoide

nervo cervical transverso (C2 e C3): supre a pele que cobre a região cervical anterior. divide-se em ramos superior e inferior.

ramos do plexo cervical (originam-se da alça nervosa entre os ramos anteriores de C3–C4)

nervos supraclaviculares (C3 e C4): enviam ramos para a pele do pescoço que cruzam a clavícula e suprem a pele sobre o
ombro

outros ramos motores profundos do plexo cervical

nervo escapular dorsal; C4 e C5 ⇒ raízes que suprem os músculos romboides


nervo torácico longo; C5–C7 ⇒ raízes que suprem o músculo serrátil anterior
nervos frênicos → contêm fibras nervosas motoras, sensitivas e simpática. inervam o diafragma, a parte mediastinal da pleura
parietal e o pericárdio. originam-se principalmente do nervo C4, mas recebem contribuições dos nervos C3 e C5

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plexo cervical

dissecção superficial do pescoço

dissecção profunda da região cervical anterior

Região cervical anterior (trígono cervical anterior)

limites

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anterior - linha mediana do pescoço

posterior - margem anterior do músculo ECM

superior - margem inferior da mandíbula

ápice - na incisura jugular no manúbrio

teto - tela subcutânea que contém o músculo platisma

assoalho - faringe, laringe e glândula tireoide

trígono submentual

limite inferior → corpo do hioide; limite lateral → ventres anteriores dos músculos digástricos

assoalho do trígono → músculos milo-hióideos

ápice do trígono → na sínfise da mandíbula

base do trígono → formada pelo hioide

conteúdo ⇒ linfonodos submentuais e pequenas veias que se unem para formar VJA
trígono submandibular → entre a margem inferior da mandíbula e os ventres anterior e posterior do músculo digástrico

assoalho → músculos milo-hióideo e hioglosso e pelo músculo constritor médio da faringe

conteúdo ⇒
glândula submandibular, linfonodos submandibulares, nervo hipoglosso (NC XII), nervo para o músculo milo-hióideo
(ramo do NC V3), artéria e veia faciais e a artéria submentual (ramo da artéria facial)

trígono carótico

limites: ventre superior do músculo omo-hióideo, ventre posterior do músculo digástrico e margem anterior do músculo ECM

artéria carótida comum ascende até seu interior e, ao nível da margem superior da cartilagem tireóidea, divide-se nas artérias carótidas
interna e externa

conteúdo ⇒ seio carótico, glomo carótico (localizado na fenda entre as artérias carótidas interna e externa), bainha carótica, VJI, nervo
vago, alça cervical, nervo acessório

trígono muscular

limites: ventre superior do músculo omo-hióideo, a margem anterior do ECM e o plano mediano do pescoço

conteúdo ⇒ músculos infra-hióideos e vísceras (glândulas tireoide e paratireoides)

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dissecção superficial da região cervical anterior

MÚSCULOS NA REGIÃO CERVICAL ANTERIOR

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vascularização na região cervical anterior → sistema carótico de artérias (artéria carótida comum e seus ramos terminais + artérias carótidas
interna e externa + VJI e suas tributárias e as veias jugulares anteriores)
ARTÉRIAS

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artéria carótida comum → não fornece ramos quando atravessam o pescoço; perto da cartilagem tireóidea, divide-se em dois ramos
terminais: artéria carótida externa e artéria carótida interna. na sua bifurcação, ocorre uma dilatação – o seio carotídeo –, que contém
receptores que monitoram alterações na pressão sanguínea arterial e são inervados por um
ramo do nervo glossofaríngeo [IX], e outros que detectam alterações químicas no sangue e
são inervados, também, pelo nervo vago [X]

artéria carótida comum direita → origina-se do tronco braquicefálico

artéria carótida comum esquerda → origina-se do arco aórtico

artéria carótida interna (continuação da carótida comum superiormente à origem da carótida externa) → sobe para a base do crânio através
do canal carótico, na parte petrosa do osso temporal. principais artérias do encéfalo e das estruturas contidas nas órbitas

artéria carótida externa → origina-se do arco aórtico e fornece ramos imediatamente depois da bifurcação que a originou. suprem a maioria
das estruturas externas ao crânio

ramos: artéria faríngea ascendente; artéria occipital; artéria auricular posterior; artéria tireóidea superior; artéria lingual; artéria facial;
artéria maxilar, artéria temporal

artéria faríngea ascendente → sobre entre a artéria carótida interna e a faringe


irriga: MM constritores da faringe, M estilofaríngeo, palato grosso, tonsila ?, tuba
auditiva, meninges na fossa posterior do crânio;

artéria occipital → sobe em direção posterior, passa posteriormente ao M digástrico e


emerge na parte posterior do couro cabeludo
irriga: M esternocleidomastóideo, meninges na fossa posterior do crânio, células
mastóideas, MM profundos do dorso, parte posterior do couro cabeludo;

artéria auricular posterior → possui um trajeto ascendente e posterior


irriga: glândula parótida, MM da orelha externa, parte posterior do couro cabeludo,
estruturas das orelhas média e interna;

artéria tireóidea superior → vai para o pólo superior da glândula tireóide


irriga: M tireo-hióideo, estruturas internas da laringe, M esternocleidomastóideo, M
cricotireóideo, glândula tireóide;

artéria lingual → origina-se no nível do osso hióide e passa profundamente ao nervo


hipoglosso [XII] e entre os MM constritor médio e hioglosso
irriga: MM da língua, tonsila palatina, palato mole, assoalho da boca, glândula
sublingual;

artéria facial → passa profundamente ao M estilo-hióideo e ao ventre posterior do M


digástrico, continua entre a glândula submandibular e a mandíbula, passa
anteriormente ao M masseter e entra na face
irriga: estruturas da face desde a margem inferior da mandíbula até o canto medial do
olho, palato mole, tonsila palatina, tuba auditiva, glândula submandibular;

artéria temporal superficial → aparece como uma continuação da artéria carótida


externa, segue em direção anterior para a orelha, atravessa o processo zigomático do
osso temporal e divide-se em seus ramos frontal e parietal
irriga: glândula e ducto da parótida, M masseter, parte lateral da face, parte anterior da
orelha externa, M temporal, fossa temporal, região parietal;

artéria maxilar → atravessa a parótida, continua medialmente ao colo da mandíbula e


entra na fossa infratemporal, continuando através desta área até a fossa pterigopalatina.
irriga: meato acústico, membrana timpânica, articulação temporomandibular, gânglio
trigeminal, M milo-hióideo, dentes mandibulares, M temporal, seio maxilar, dentes e
gengivas superior, palato, teto da faringe e cavidade nasal.

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subclávias e carótidas

VEIAS

veia jugular interna → origina-se no forame jugular do crânio como continuação do seio sigmóideo, atravessa o pescoço dentro da bainha
carótica, continua lateral à artéria carótida comum, estando o nervo vago [X] posterior aos dois vasos. une-se com a veia subclávia para
formar a veia braquicefálica.

drena sangue do encéfalo, da região anterior da face, das vísceras cervicais e dos músculos profundos do pescoço

tributárias (drenam para a VJI): seio petroso inferior (seio venoso da dura-máter), veia facial, veia lingual, veia faríngea, veia occipital,
veia tireóidea superior e veia tireóidea média.

VJI

veia jugular externa → formada pela união da veia auricular posterior (que drena o couro cabeludo atrás e acima da orelha) com a divisão
posterior da veia retromandibular
(formada pela união da veia temporal superficial e veia maxilar na massa da parótida).

após ser formada, a veia jugular desce pelo músculo esternocleidomastóideo, passa atrás da sua parte lateral e entra na veia subclávia.

tributárias: veia jugular externa posterior, veia cervical transversa e veia supra-
escapular.

veia jugular anterior → drena a parte anterior do pescoço, é formada pela união de pequenas
veias perto do osso hióideo e desce pela linha média até entrar na veia subclávia.

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ocasionalmente, a veia jugular anterior direita se liga com a veia jugular anterior esquerda
formando um arco venoso jugular, perto do esterno.

NERVOS

nervo cervical transverso (C2 e C3): supre a pele que cobre a região cervical anterior.

nervo hipoglosso (NC XII): nervo motor da língua, entra no trígono submandibular profundamente ao ventre posterior do músculo digástrico
para suprir os músculos intrínsecos e 4/5 músculos extrínsecos da língua. passa entre a artéria carótida externa e a veia jugular e dá origem à
raiz superior da alça cervical e, depois, a um ramo para o músculo gênio-hióideo.

ramos dos nervos glossofaríngeo (NC IX) e vago (NC X): nos trígonos submandibular e carótico; NC IX → língua e faringe. no pescoço, o
NC X dá ramos faríngeo, laríngeo e cardíaco.

ESTRUTURAS PROFUNDAS DO PESCOÇO ⇒ músculos pré-vertebrais


MÚSCULOS VERTEBRAIS ANTERIORES

longo do pescoço

ação → flete o pescoço com rotação (torção) para o lado oposto

inervação → ramos anteriores dos nervos espinais C2–C6

longo da cabeça

ação → Flete a cabeça

inervação → ramos anteriores dos nervos espinais C1–C3

reto anterior da cabeça

ação → Flete a cabeça

inervação → ramos da alça entre os nervos epinais C1 e C2

escaleno anterior

ação → Flete a cabeça

inervação → nervos espinais cervicais C4-C6

MÚSCULOS VERTEBRAIS LATERAIS

reto lateral da cabeça

ação → flete a cabeça e ajuda a estabilizá-la

inervação → ramos da alça entre os nervos epinais C1 e C2

esplênio da cabeça

ação → flete lateralmente e gira a cabeça e o pescoço para o mesmo lado; agindo
bilateralmente, estende a cabeça e o pescoço

inervação → ramos posteriores dos nervos espinais cervicais intermédios

levantador da escápula

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ação → rota a escápula para baixo e inclina a cavidade glenoidal inferiormente

inervação → nervo dorsal da escápula C5 e nervos espinais cervicais C3 e C4

escaleno posterior

ação → flete o pescoço lateralmente; eleva a costela II durante a inspiração forçada

inervação → ramos anteriores dos nervos espinais cervicais C7 e C8

escaleno médio

ação → flete o pescoço lateralmente; eleva a costela I durante a inspiração forçada

inervação → ramos anteriores dos nervos espinais cervicais

Raiz do pescoço ⇒ junção entre o tórax e o pescoço


limite inferior → abertura superior do tórax

a abertura é formada (lateral) pelo primeiro par de costelas e suas cartilagens costais, (anterior) pelo manúbrio do esterno e (posterior)
pelo corpo da vértebra T I

artérias na raiz do pescoço

artérias subclávias → suprem os membros sup. e enviam ramos para o pescoço e o encéfalo

artéria subclávia direita → origina-se do tronco braquiocefálico

artéria subclávia esquerda → origina-se do arco da aorta

ramos das artérias subclávias são

artéria vertebral, artéria torácica interna e tronco tireocervical (primeira parte subclávia)

partes da artéria vertebral: parte pré-vertebral (cervical); parte transversária (vertebral); parte atlântica (suboccipital); parte
intracraniana da artéria vertebral

ramos do tronco tireocervical → artéria tireóidea inferior; artéria visceral primária do pescoço (supre a laringe, a traqueia, o
esôfago, as glândulas tireoide e paratireoides); artéria cervical ascendente, artéria supraescapular e artéria cervical
transversa

tronco costocervical (segunda parte da subclávia)

divide-se em artéria intercostal suprema e artéria cervical profunda (suprem os dois primeiros espaços intercostais e os
músculos cervicais profundos posteriores, respectivamente)

artéria dorsal da escápula (terceira parte da subclávia)

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raíz do pescoço

veias na raiz do pescoço

veia jugular anterior (VJA)

veia jugular externa (VJE)

arco venoso jugular → união da VJA direita e esquerda através da linha mediana

veia subclávia → segue sobre a costela I anteriormente ao tubérculo do músculo escaleno paralelamente à artéria subclávia, mas é
separada dela pelo músculo escaleno anterior

tributária → VJE

ângulo venoso → união da VJI com veia subclávia para formar a veia braquiocefálica

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nervos na raiz do pescoço ⇒ nervos vagos, nervos frênicos e troncos simpáticos
nervo vago → sai do crânio através do forame jugular, entra na bainha carótica e desce
pelo pescoço atrás da veia jugular interna e carótida interna e depois comum. inerva: faringe (ramo motor), corpo carotídeo

nervo vago origina o nervo laríngeo superior (que se divide em interno e externo). inerva: a traqueia, o esôfago e todos os
músculos intrínsecos da laringe, com exceção do músculo cricotireóideo.

ramos cardíacos do NC X → originam-se no pescoço e no tórax e conduzem fibras parassimpáticas préganglionares e aferentes
viscerais para o plexo cardíaco de nervos

nervos frênicos → formam-se nas margens laterais dos músculos escalenos anteriores, descem anteriormente aos músculos escalenos
anteriores sob as VJI e os ECM. suprimento motor do diafragma e distribuição sensitiva

troncos simpáticos (parte cervical) → possuem três gânglios simpáticos cervicais: superior, médio e inferior (recebem fibras pré-
ganglionares conduzidas até o tronco pelos nervos espinais torácicos superiores e fazem sinapse com o neurônio pós-ganglionar nos
gânglios simpáticos cervicais)

neurônios pós-ganglionares enviam fibras para:


Nervos espinais cervicais via ramos comunicantes cinzentos
Vísceras torácicas via nervos esplâncnicos cardiopulmonares
Cabeça e vísceras do pescoço via ramos arteriais cefálicos

REGIÃO CERVICAL II: VÍSCERAS DO PESCOÇO

1. camada endócrina: glândulas tireoide e paratireoides

2. camada respiratória: laringe e traqueia

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3. camada alimentar: faringe e esôfago

Camada endócrina de vísceras cervicais

GLÂNDULA TIREOIDE

situada profundamente aos músculos esternotireóideo e esterno-hióideo, na parte anterior do pescoço, no nível das vértebras C V a T I

formada por lobos direito e esquerdo, que são unidos sobre a traqueia por um istmo fino

circundada por uma cápsula fibrosa fina

artérias: artérias tireóideas superiores (ramos das artérias carótidas externas) e artérias tireóideas inferiores (ramos dos troncos
tireocervicais) e, em 10% das pessoas, uma pequena artéria tireóidea ima ímpar origina-se do tronco braquiocefálico

veias: três pares de veias tireóideas geralmente formam um plexo venoso tireóideo (veias tireóideas superiores; veias tireóideas médias ⇒
drenam para a VJI; veias tireóideas inferiores → drenam para a veia braquiocefálica)

nervos: são derivados dos gânglios (simpáticos) cervicais superiores, médios e inferiores; chegam à glândula através dos plexos cardíaco e
periarteriais tireóideos superior e inferior que acompanham as artérias tireóideas; a secreção da glândula tireoide é controlada pela hipófise

GLÂNDULAS PARATIREOIDES

duas glândulas paratireoides superiores e duas inferiores

irrigação: artérias tireóideas inferiores (principalmente)

drenagem: veias paratireóideas (drenam para o plexo venoso tireóideo da glândula tireoide e da traqueia)

inervação: ramos tireóideos dos gânglios (simpáticos) cervicais; secreções endócrinas são controladas por hormônios

Camada respiratória de vísceras cervicais


LARINGE

situada na região anterior do pescoço no nível dos corpos das vértebras C III a C VI

une a parte inferior da faringe (parte laríngea da faringe) à traqueia

funções: produção da voz (contém as pregas vocais); proteção das vias respiratórias (durante a deglutição)

esqueleto da laringe → nove cartilagens unidas por membranas e ligamentos

3 ímpares (tireóidea, cricóidea e epiglótica) e 3 pares (aritenóidea, corniculada e cuneiforme)

cartilagem tireóidea → maior de todas; abaixo do osso hióide, fixada no osso pela membrana tireo-hióidea

suas duas lâminas fundidas formam a proeminência laríngea (“pomo de Adão”)

as lâminas divergem para formar uma incisura tireóidea superior

a incisura tireóidea inferior é pouco visível

cartilagem cricóidea → formato de anel; espessa e forte; está abaixo da tiróide

ligamento cricotireóideo mediano → fixa-se à cartilagem tireóidea

ligamento cricotraqueal → fixa-se ao primeiro anel traqueal

cartilagem epiglótica → confere flexibilidade à epiglote

cartilagens aritenóideas → articulam-se com as partes laterais da margem superior da lâmina da cartilagem cricóidea

cartilagens corniculadas e cuneiformes → pequenos nódulos na parte posterior das pregas ariepiglóticas

articulações cricoaritenóideas → entre as bases das cartilagens aritenóideas e as faces superolaterais da lâmina da cartilagem cricóidea;
permitem às cartilagens aritenóideas deslizar, inclinar-se e girar

membrana fibroelástica da laringe → localizada na tela submucosa; formada pela membrana quadrangular e pelo cone elástico

membranas da laringe → tireo-hióide, fibroelástica, quadrangular (parte superior da fibroelástica), cricovocal (parte inferior da
fibroelástica), cricotireóidea

pescoço 19
esqueleto da laringe

interior da laringe → cavidade da laringe

vestíbulo da laringe: abertura entre o ádito da laringe e as pregas vestibulares

parte média da cavidade da laringe: a cavidade central (via respiratória)

ventrículo da laringe: recessos que se estendem lateralmente da parte média da cavidade da laringe entre as pregas vestibulares e vocais

sáculo da laringe - bolsa que se abre para cada ventrículo revestida por glândulas
mucosas

cavidade infraglótica: a cavidade inferior da laringe entre as pregas vocais e a margem inferior da cartilagem cricóidea, onde é contínua
com o lúmen da traqueia.

interior da laringe

pescoço 20
1-músculo ariepiglótico, 2-m. cricoaritenóideo lateral, 3-m. tireoaritenóideo, 4-m. vocal, 5-m. cricotireóideo

pregas vocais → controlam a produção do som; estruturas:

ligamento vocal → formado de tecido elástico

músculo vocal → formado por fibras musculares muito finas

glote (aparelho vocal da laringe) → formada pelas pregas e processos vocais

rima da glote → abertura entre as pregas vocais

músculos extrínsecos da laringe ⇒ movem a laringe como um todo


músculos infrahióideos ⇒ abaixadores do hioide e da laringe
músculos supra-hióideos (e músculo estilofaríngeo) ⇒ elevadores do hioide e da laringe

músculos intrínsecos da laringe ⇒ movem os componentes da laringe, alterando o comprimento e a tensão das pregas vocais e o tamanho e
formato da rima da glote

são: músculo cricoaritenóideo lateral, músculo cricoaritenóideo posterior, m. vocal tireoaritenóideo, m. cricotireóideo, m.
aritenóideo transverso e m. aritenóideo oblíquo

inervação: nervo laríngeo recorrente - ramo do NC X (ramos anterior e posterior do nervo laríngeo inferior)

exceção: músculo cricotireóideo - nervo laríngeo externo (ramo do nervo laríngeo superior)

músculos adutores ⇒ músculos cricoaritenóideos laterais → movimentam as pregas vocais para abrir e fechar a rima da glote
músculos cricoaritenóideos laterais + músculos aritenóideos transverso e oblíquo = ar empurrado através da rima da glote causa vibrações
dos ligamentos vocais (fonação)

ligamentos vocais aduzidos SEM atuação dos músculos aritenóideos transversos → cartilagens aritenóideas afastadas e o ar passar ao largo
dos ligamentos = sussuro

músculos abdutores ⇒ músculos cricoaritenóideos posteriores → alargam a rima da glote


músculos esfíncteres ⇒ músculos cricoaritenóideos laterais, aritenóideos transversos e oblíquos e ariepiglóticos → sua contração aproxima as
pregas ariepiglóticas e traciona as cartilagens

pescoço 21
aritenóideas em direção à epiglote
músculos tensores⇒ músculos cricotireóideos → ligamentos vocais são alongados e tensionados = elevar a altura da voz
músculos relaxadores ⇒ músculos tireoaritenóideos → relaxamento dos ligamentos vocais = reduzir a altura da voz

obs. músculos vocais → relaxa o ligamento vocal posterior enquanto mantém (ou aumenta) a tensão da parte anterior

artérias da laringe ⇒ artéria laríngea superior (supre a face interna da laringe), artéria cricotireóidea (supre o músculo cricotireóideo), artéria
laríngea inferior (supre a túnica mucosa e os músculos na parte inferior da laringe)

veias da laringe⇒ veia laríngea superior (drena pra VJI), veia laríngea inferior (drena para a veia braquiocefálica)
nervos da laringe ⇒ ramos laríngeos superior e inferior dos nervos vagos (NC X)

nervo laríngeo superior, → trajeto: Gânglio Vagal Inferior→ bainha carotídea;


⇒ emite 2 ramos:
nervo laríngeo interno → perfura membrana tireo-hióidea com a artéria laríngea
superior → envia fibras sensitivas;

nervo laríngeo externo → desce posteriormente ao músculo esternotireóideo com a


artéria tireóidea superior → passa sobre o músculo constritor inferior da faringe e,
depois, o perfura e inerva → continua para suprir o músculo cricotireóideo.

nervo laríngeo inferior → nervo laríngeo vago “circula” o arco da aorta → novo nome: nervo laríngeo inferior → passa profundamente à
margem inferior do músculo constritor inferior da faringe e medialmente à lâmina da cartilagem tireóidea → emite ramos: anterior e
posterior, os
quais inervam quase todos os músculos Intrínsecos da laringe.

TRAQUEIA

estende-se da laringe até o tórax, termina inferiormente dividindo-se em brônquios principais direito e esquerdo.

transporta o ar que entra e sai dos pulmões, e seu epitélio impulsiona o muco com resíduos em direção à faringe para expulsão pela boca

é um tubo fibrocartilagíneo, sustentado por cartilagens (aneis) traqueais incompletas → região anterior = cartilagens

músculo traqueal (região posterior)→ músculo liso involuntário que une as extremidades dos anéis

pescoço 22
lateralmente à traqueia estão as artérias carótidas comuns e os lobos da glândula tireoide

lado direito da traqueia na raiz do pescoço - tronco braquiocefálico

Camada alimentar de vísceras cervicais

FARINGE

estende-se da base do crânio até a margem inferior da cartilagem cricóidea anteriormente e a margem inferior da vértebra C VI
posteriormente

dividida em três partes:

parte nasal da faringe (nasofaringe): posterior ao nariz e superior ao palato mole → função respiratória

parte oral da faringe (orofaringe): posterior à boca → função digestória

parte laríngea da faringe (laringofaringe): posterior à laringe → comunica-se com a laringe através do ádito da laringe em sua parede
anterior

recesso piriforme → onde correm vasos e nervos, como o nervo laríngeo recorrente e o nervo laríngeo interno

Músculos da faringe
Camada externa ⇒ contraem as paredes da faringe durante a deglutição

pescoço 23
Constritor superior da faringe

Constritor médio da faringe

Constritor inferior da faringe

Camada interna ⇒ eleva (encurta e alarga) a faringe e a laringe durante a deglutição e a fala
Palatofaríngeo

Salpingofaríngeo

Estilofaríngeo

todos inervados pelo ramo faríngeo do nervo vago, exceto o estilofaríngeo (nervo hipoglosso)

artérias da faringe: artéria tonsilar (ramo da artéria facial) → atravessa o músculo constritor superior
da faringe e entra no polo inferior da tonsila palatina
veias da faringe: veia palatina externa → desce do palato mole e passa perto da face lateral da tonsila antes de entrar no plexo venoso faríngeo

inervação da faringe (motora e a maior parte da sensitiva): deriva do plexo nervoso faríngeo (fibras motoras no plexo são derivadas do nervo
vago (NC X) através dos ramos faríngeos, fibras sensitivas no plexo são derivadas do nervo glossofaríngeo) + parte da inervação da túnica
mucosa → NC V2

ESÔFAGO

tubo fibromuscular que conecta a faringe ao estômago

junção faringoesofágica → contínuo com a parte laríngea da faringe no pescoço

parte cervical (primeira parte) ⇒ terço superior voluntário, nível da vértebra C VI, entre a traqueia e a coluna vertebral cervical
parte cricofaríngea do músculo constritor inferior da faringe → esfíncter esofágico superior

pescoço 24
esôfago vazio → lúmen assemelha-se a uma fenda.

bolo alimentar desce → lúmen se expande, produzindo peristalse reflexa nos 2/3 inferiores

à esquerda está o lobo esquerdo da glândula tireoide e a bainha carótica esquerda

à direita estão o lobo direito da glândula tireoide e a bainha carótica direita

artérias da parte cervical do esôfago → ramos das artérias tireóideas inferiores

veias → tributárias das veias tireóideas inferiores

inervação do esôfago

somática motora e sensitiva - metade superior

parassimpática (vagal), simpática e sensitiva visceral - metade inferior

a parte cervical do esôfago recebe fibras somáticas (através de ramos dos nervos laríngeos recorrentes) e fibras vasomotoras dos troncos
simpáticos cervicais

pescoço 25

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