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ABDOME

PAREDE ABDOMINAL

POSTERIOR

Prof . Edison Alexander Cardoso


1. CONSTITUIÇÃO

1.1. 5 VL e discos intervertebrais;

1.2. Músculos: psoas, quadrado do lombo, ilíaco,


transverso e oblíquos do abdome;

1.3. Diafragma (parte superior da parede posterior)

1.4. Plexo lombar (ramos anteriores dos nn.


espinais lombares);

1.5. Fáscias (incluindo a toracolombar);

1.6. Gordura, nervos, vasos e linfonodos.


2. FÁSCIA

Forma uma camada contínua (fáscia endoabdominal)


que se situa entre o peritônio parietal e os mm.

É contínua com a fáscia transversal.

Recebe o nome de acordo com a estrutura que ela


reveste. Ex: fáscia do m. psoas maior; fáscia do
quadrado do lombo; aponeurose toracolombar.
3. MÚSCULOS

3.1. PSOAS MAIOR (grego = m. do lombo)

3.2. ILÍACO

3.3. QUADRADO DO LOMBO

OBS: Músculo psoas menor


3.1. PSOAS MAIOR

INSERÇÃO PROXIMAL

Processos transversos das VL;


lados dos corpos das VT12-L5
e discos intervertebrais.

INSERÇÃO DISTAL

Trocanter menor do fêmur.

INERVAÇÃO AÇÃO

Plexo lombar (ramos Flete a coxa, o tronco e a coluna


anteriores dos nn. vertebral (lateral//); equilibra o
L2-L4) tronco.
3.2. ILÍACO
INSERÇÃO PROXIMAL

2/3 superiores da fossa ilíaca;


asa do sacro e ligamentos
sacroilíacos anteriores.

INSERÇÃO DISTAL

Trocanter menor do fêmur;


diáfise abaixo dele e tendão
do m. psoas maior.

AÇÃO
INERVAÇÃO
Flete a coxa e estabiliza a
N. femoral (L2-L4) articulação do quadril.
IMPORTÂNCIA CLÍNICA

A maioria das fibras do m. ilíaco juntam-se ao tendão do m.


psoas maior para formar o m. ILIOPSOAS – principal flexor da
coxa.

Quando qualquer destas

Possui relações extensas e estruturas estiver enferma,

clinica// importantes com os o movimento do m. iliopsoas

rins, ureteres, apêndice, normal// causa dor. Quando

colo sigmóide, pâncreas, se suspeita de uma

linfonodos lombares e nn. da inflamação intra-abdominal o

parede abdominal posterior. teste do iliopsoas é


realizado.
Teste do iliopsoas

O paciente é deitado do lado não afetado. Pede-

se, então para estender a coxa no lado afetado

contra a resistência da mão do examinador.

Estimular a dor com esta manobra é um sinal

positivo do psoas.

Apêndice vermiforme severa// inflamado = sinal do


psoas direito positivo.
3.3. QUADRADO DO LOMBO

INSERÇÃO PROXIMAL

½ medial da margem inferior da


12a costela e pontas dos
processos transversos lombares.

INSERÇÃO DISTAL

Ligamento iliolombar e lábio


interno da crista ilíaca.

AÇÃO
INERVAÇÃO
Estende e flete lateral// a coluna
Ramos anteriores de vertebral; fixa a 12a costela durante
T12 e nn. L1-L4 a inspiração.
4. NERVOS

4.1. SOMÁTICOS

a. Subcostais (ramos anteriores de T12)


b. Lombares (dividem-se em ramos primários posteriores
e anteriores)

- ramos primários posteriores = passam para trás para


suprir os mm. e a pele do dorso.
-ramos primários anteriores = passam dentro do m. psoas
maior e conectam-se aos troncos simpáticos pelos ramos
comunicantes. Formam o plexo lombar.
Localização
Plexo lombar
Parte posterior do m. psoas
maior, anterior aos processos
transversos das VLs.

Constituição

Ramos anteriores dos nn. L2-


L4; todos recebem ramos
comunicantes cinzentos
provenientes dos troncos
simpáticos e os superiores
enviam ramos comunicantes
brancos para estes troncos.
Recebe pequena contribuição do
L1 e do nervo subcostal (T12).
Nervo obturatório

• L2-L4

• Emerge da margem medial


do m. psoas maior;

• Supre os mm. obturador


externo, adutores, grácil e
pectíneo, articulação do
quadril, parte posterior da
articulação do joelho e
parte inferior da face
medial da coxa.
Nervo femoral

• L2-L4

• Emerge da margem
lateral do m. psoas maior;

• Passa profundo ao
ligamento inguinal para a
parte anterior da coxa;

• Supre os flexores do
quadril e extensores do
joelho.
Tronco lombossacral

• L4 e L5

• Passa sobre a asa do sacro e

desce em direção à pelve para

participar da formação do plexo

sacral junto com os ramos

anteriores dos nn. S1-S4.


Nn. ilioinguinal e iliohipogástrico

• Perfuram o m. transverso do

• L1 abdome, próximo as espinhas

ilíacas â-s e passam através dos


• Entram no abdome posteriores
mm. oblíquos interno e externo.
aos ligamentos arqueados

mediais e passam ínfero-

lateralmente, anteriores ao m. • Suprem a pele das regiões

quadrado do lombo. supra-púbica e inguinal, mm.

abdominais.
Ílio-hipogástrico

Ílio-inguinal
Nervo genitofemoral

• L1, L2

• Perfura a face anterior do m. • Supre os mm. transverso,

psoas maior e corre sobre ele, cremaster, túnica dartos e pele

profundo à fáscia do psoas; do escroto (ou lábio maior).

• Divide-se lateral// às artérias ilíacas comum e externa em ramos

femoral e genital.
Nervo cutâneo lateral da coxa

• L2, L3

• Corre ínfero-lateral// no m. ilíaco e

entra na coxa, posterior ao

ligamento inguinal, imediatamente

medial a espinha ilíaca â-s.

• Supre a pele e a face â-l da coxa até

o joelho e dá ramos para a parte

superolateral da nádega.
4.2. AUTÔNOMOS

4.2.1. Parte simpática


- nn. “esplâncnicos abdominopélvicos” (provenientes dos troncos

simpáticos torácico e abdominal – T7 a L2 ou L3) incluem os:

a) nn. esplâncnicos torácicos inferiores (maior – T5 a T9 ou T10,


menor – T10 e T11 e ímo (ínfimo) T12) - dirigem suas fibras pré-ganglionares
para os gânglios celíaco, mesentérico superior e aorticorrenais)

b) nn. esplâncnicos lombares - provenientes da parte lombar (L1, L2 e


L3) do tronco simpático - medial//, os troncos simpáticos abdominais emitem 3
ou 4 nervos esplâncnicos lombares que passam para os plexos
intermesentérico, mesentérico inferior e hipogástrico superior
conduzindo fibras simpáticas pré-ganglionares para os gânglios pré-vertebrais
associados.
4.2.1. Parte simpática

-gânglios simpáticos pré-vertebrais (celíaco, mesentérico superior,


mesentérico inferior e aorticorrenais) as fibras nervosas pós-ganglionares
passam para as vísceras abdominais através dos plexos periarteriais
associados com os ramos da parte abdominal da aorta).
NERVOS ESPLÂNCNICOS E N. esplâncnico
torácico maior
GÂNGLIOS PRÉ-VERTEBRAIS
N. esplâncnico
torácico menor
Nervos esplâncnicos torácicos
(maior, menor e imo) – começam no N. esplâncnico
torácico imo
tórax, perfuram o diafragma e terminam
nos

Gânglios pré-vertebrais
Nn. esplâncnicos maior e menor : gânglios
celíacos

Nn. esplâncnicos menor e ínfimo (ou imo):


gânglios mesentéricos superiores

N. esplâncnico menor: gânglios


aorticorrenais
GÂNGLIOS E PLEXOS CELÍACO, MESENTÉRICO
SUPERIOR E AORTICORRENAIS
GÂNGLIOS E PLEXO

MESENTÉRICO
SUPERIOR
GÂNGLIOS E PLEXO

MESENTÉRICO
SUPERIOR

PLEXO

INTERMESENTÉRICO

GÂNGLIOS E PLEXO
MESENTÉRICO
INFERIOR
GÂNGLIOS E PLEXO
MESENTÉRICO
INFERIOR

PLEXO HIPOGÁSTRICO
SUPERIOR
4.2.2. Parte parassimpática

- troncos vagais anterior e posterior

- nervos esplâncnicos pélvicos


- plexos nervosos autônomos do abdome (celíaco,
mesentérico superior, mesentérico inferior,
intermesentérico, hipogástrico superior e hipogástrico
inferior)

- plexos de nervos periarteriais

- gânglios parassimpáticos intrínsecos (entéricos)


4.2.2. Parte parassimpática

- O nervo vago fornece inervação parassimpática


para músculo liso e glândulas do esôfago,
estômago, intestino delgado, colo ascendente,
colo transverso até a flexura cólica esquerda..

- Os nervos esplâncnicos pélvicos – parte


descendente do intestino grosso, sigmóide, reto e
órgãos pélvicos.
4.2.2. Parte
4.2.1. Parte simpática
parassimpática

Produz vasoconstrição do

tracto digestório; inibe


Estimula a mobilidade e as
(diminui ou pára) o
secreções. Relaxa o m.
peristaltismo e as
esfíncter do piloro.
secreções. Contrai o m.

esfíncter do piloro.

Fibras aferentes viscerais que conduzem sensações


de dor acompanham as fibras simpáticas (viscerais
motoras).
5. ARTÉRIAS

5.1. Subcostais (originam-se na parte torácica da


aorta)

5.2. Lombares (originam-se na parte abdominal da


aorta)
OBS: Parte abdominal da aorta – 13 cm de comprimento –
começa no hiato aórtico no nível da VT12 e termina no nível da
VL4 dividindo-se em artérias ilíacas comuns direita e esquerda.

O nível da bifurcação está a 2 – 3 cm abaixo do umbigo


no nível das cristas ilíacas.
a. subcostal

aa. lombares
(1a à 4a)
5.3. Relações da parte abdominal da aorta

De cima para baixo são:

• Plexo e gânglio celíacos

• Corpo do pâncreas

• Veias esplênica e renal esquerda

• Parte horizontal do duodeno

• Alças do intestino delgado


5.3. Relações da parte abdominal da aorta
(T12 a L4)

Do lado direito: Do lado esquerdo:

• Veia ázigo
• Pilar esquerdo do
• Cisterna do quilo diafragma
• Ducto torácico
• Gânglio celíaco esquerdo
• Pilar direito do diafragma

• Gânglio celíaco direito


5.4. Ramos da parte abdominal da aorta

Pares Parietais Ímpar

subcostais (T12) sacral mediana


frênicas inferiores (bifurcação da
(imediata// inf. diafragma) aorta)

lombares (4 VL sup.)
5.4. Ramos da parte abdominal da aorta

Pares Viscerais Ímpares

tronco celíaco (T12)


supra-renais médias (L1)
mesentérica
renais (L1) superior (L1)
gonadais (L2) mesentérica
inferior (L3)
6. VEIAS

São tributárias da veia cava inferior (exceto a


testicular ou ovárica esquerda que entra na veia renal, antes
de entrar na vci).

VCI – não possui válvulas no seu trajeto e retorna o sangue


dos membros inferiores, a > parte do dorso, das paredes
abdominais e das vísceras abdominopélvicas.

O sangue venoso das vísceras abdominais passa


através do sistema venoso porta antes de entrar
na veia cava inferior através das veias hepáticas.
6.1. Tributárias
• veias ilíacas comuns
• 3a (L3) e 4a (L4) lombares
• testicular ou ovárica direita
• renais
• lombares (ázigo/hemiázigo) ascendentes
• supra-renal direita
• frênicas inferiores
• hepáticas
OBS: Veia testicular ou ovárica esquerda e supra-renal esquerda
normal// drenam para a veia renal esquerda. Veias lombares
ascendentes e ázigo ligam-se à veia cava inferior e à veia cava
superior, tanto direta quanto indireta//.
6.2. Rotas colaterais para o sangue
venoso abdominopélvico
vv. epigástricas inferiores (vv. ilíacas
externas) vv. epigástricas
superiores (vv. torácicas internas)
São 3, formadas por veias

avalvuladas do tronco. Estão vv. epigástricas superficiais ou


circunflexas ilíacas superficiais (v.
disponíveis para o sangue safena magna)

venoso retornar ao coração v. torácica lateral (v. axilar) =


caminho via toracoepigástrica
quando a veia cava inferior

estiver obstruída ou ligada. Plexo venoso epidural (dentro da


coluna vertebral) veias
lombares e suas tributárias do
sistema ázigo.
V. torácica lateral
Vv. epigástricas superiores

V. toracoepigástrica
Vv. epigástricas inferiores
Ramos tributários para as
Tributárias às vv. vv. paraumbilicais
circunflexas ilíacas
profundas Vv. epigástrica superficial
Vv. circunflexa ilíaca
superficial V. safena magna
7. VASOS LINFÁTICOS E LINFONODOS

7.1. Linfonodos ilíacos comuns – recebem linfa


proveniente dos linfonodos ilíacos externos e
internos.

7.2. Linfonodos lombares (aórticos) – recebem linfa


proveniente dos linfonodos ilíacos comuns.

7.3. Linfonodos pré-aórticos (celíacos e


mesentéricos superior e inferior) - recebem linfa
proveniente do trato digestório, fígado, baço e
pâncreas.
Linfonodos
Linfonodos
lombares
pré-aórticos

Linfonodos
illíacos Linfonodos
comuns illíacos
comuns

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