É a parte do tronco entre o tórax e a Também são descritos quatro
pelve. quadrantes da cavidade abdominal: Tem paredes musculotendíneas, o Quadrante superior direito exceto posteriormente (Coluna o Quadrante inferior direito vertebral) o Quadrante superior esquerdo o Quadrante inferior esquerdo CAVIDADE ABDOMINAL: Os quatro quadrantes são definidos Limitado pelas paredes abdominais, por dois planos: pelo diafragma e pela pelve. o Plano transumbilical: que Clinicamente a cavidade abdominal é dividida em nove regiões para passa através do umbigo e localizar órgãos ou dores do disco intervertebral, entre abdominais: as vértebras L III e L IV o Plano mediano: que passa o Hipocôndrio direito longitudinalmente através do o Epigástrio corpo, dividindo-o em o Hipocôndrio esquerdo metades direta e esquerda o Lombar direita o Umbilical PAREDE ABDOMINAL o Lombar esquerda ANTEROLATERAL: o Inguinal direita A parede abdominal o Púbica anterolateral é limitada, o Inguinal esquerda superiormente, pelas cartilagens da sétima até a decima costela e As nove regiões são delineadas por pelo processo xifoide do esterno quatro planos: e, inferiormente, pelo ligamento Dois horizontais: inguinal e ossos da pelve.
o Plano subcostal: que MÚSCULOS DA PAREDE
ABDOMINAL ANTEROLATERAL: atravessa a margem inferior da decima cartilagem costal Três músculos planos são: de cada lado o Músculo oblíquo externo do o Plano intertubercular: que abdome: Suas fibras se atravessa os tubérculos entrecruzam com partes do ilíacos e do corpo da vértebra M. serrátil anterior. A margem L V. inferior é espessada como Dois verticais: uma faixa fibrosa curvando- se inferiormente, que se o Planos medioclaviculares: estende entre a espinha traçados entre os pontos ilíaca anterossuperior e o médios das clavículas até os tubérculo público, o pontos medioinguinais. ligamento inguinal o Músculo oblíquo interno do movimentos de torção abdome (rotatórios) do tronco, e o Músculo transverso do ajudam a manter a postura abdome Os três músculos planos terminam Observação: anteriormente em uma aponeurose laminar forte. O conteúdo da bainha do músculo reto do abdome consiste nos Bainha do músculo reto do abdome, músculos reto do abdome e envolvendo o M. reto do abdome. piramidal, as veias e artérias As aponeuroses entrelaçam-se, epigástricas superior e inferior formando uma rafe na linha anastomosantes, os vasos mediana, a linha alba, que se linfáticos, e as partes distais dos estende do processo xifoide até a ramos anteriores dos nervos sínfise púbica. espinais T7-T12, que inervam o músculo e a pele sobrejacente. Dois músculos verticais são: o Músculo reto do abdome: As NERVOS DA PAREDE ABDOMINAL fibras contráteis do músculo ANTEROLATERAL: reto do abdome não seguem por toda a extensão do o Nervos intercostais torácicos músculo; ao contrário, (T7-T11): Músculos da ocorrem entre três ou mais parede abdominal interseções tendíneas anterolateral e pele o Músculo piramidal: (ausente sobrejacente em aproximadamente 20% o Nervo subcostal (T12): das pessoas). O músculo Músculos da parede termina na linha alba e abdominal anterolateral e tensiona pele sobrejacente superior à crista ilíaca e inferior ao Funções dos músculos: umbigo Formam uma sustentação o Nervo ílio-hipogástrico (L1): forte e expansível para a Pele sobre a crista ilíaca, parede abdominal região inguinal superior e anterolateral hipogástrico; Músculos Protegem as vísceras oblíquo interno e transverso abdominais contra lesões do abdome Comprimem as vísceras o Nervo ilioinguinal (L1): Pele abdominais para manter ou do escroto ou lábio maior do aumentar a pressão intra- pudendo, monte do púbis e abdominal. face medial adjacente da Produzem a força necessária coxa; parte mais inferior dos para a defecação, a micção, músculos oblíquo interno e o vômito e o parto. transverso do abdome Produzem flexão anterior e lateral do tronco e VASOS DA PAREDE ABDOMINAL estruturas que atravessam o espaço ANTEROLATERAL: subinguinal. A artéria epigástrica superior, CANAL INGUINAL: continuação direta da artéria torácica interna, supre a parte O canal inguinal é formado em superior do músculo reto do relação à descida das gônadas abdome e anastomosa-se com a (testículos ou ovários) durante o artéria epigástrica inferior. desenvolvimento fetal.
A artéria epigástrica inferior origina- É uma passagem oblíqua
se da artéria ilíaca externa. direcionada inferomedialmente, que segue pela parte inferior da parede o Artérias epigástricas abdominal anterior. superiores o Artérias epigástricas O principal conteúdo do canal inguinal é o funículo espermático, inferiores nos homens, e o ligamento redondo o Veias epigástricas superiores do útero, nas mulheres. o Veias epigástricas inferiores Ele tem uma abertura em cada REGIÃO INGUINAL: extremidade: Consiste na área entre a espinha o Anel inguinal profundo ilíaca anterossuperior e o tubérculo (interno) púbico. o Anel inguinal superficial É uma região na qual as estruturas (externo): As margens lateral entram e saem da cavidade e medial do anel superficial abdominal. formadas pela divisão na aponeurose são os pilares É importante clinicamente porque lateral e medial. As fibras são locais potenciais de herniação. intercruciais ajudam a LIGAMENTO INGUINAL E TRATO impedir que os pilares se ILIOPÚBICO: separem. O ligamento inguinal, a parte mais FUNÍCULO ESPERMÁTICO: inferior da aponeurose do músculo O funículo espermático contém oblíquo externo do abdome, e o estruturas que entram e saem do trato iliopúbico, a margem inferior testículo e suspende o testículo no espessa da fáscia transversal, escroto. estendem-se da espinha ilíaca anterossuperior até o tubérculo O funículo espermático começa no púbico. anel inguinal no escroto, passa pelo canal inguinal, deixa o anel inguinal O trato iliopúbico é uma faixa fibrosa superficial e termina no escroto, na que segue paralela e margem posterior do testículo. posteriormente (profundamente) ao ligamento inguinal. Ele reforça a A fáscia cremastérica contém alças parede posterior e o assoalho do do músculo cremaster, que é canal inguinal à medida que liga as formado pelos fascículos mais inferiores do músculo oblíquo o esôfago e a aorta são o forame da interno do abdome originados do veia cava, o hiato esofágico e o ligamento inguinal. hiato aórtico, respectivamente. O músculo cremaster traciona Existe uma pequena abertura, o reflexamente os testículos para trígono esternocostal. Esse trígono cima no escroto, em especial dá passagem aos vasos linfáticos quando está frio; em um ambiente provenientes da face diafragmática aquecido, o músculo cremaster do fígado e aos vasos epigástricos relaxa e o testículo desce. superiores. Revestimentos: PAREDE ABDOMINAL o Lâmina parietal da túnica POSTERIOR: vaginal MÚSCULOS DA PAREDE o Fáscia espermática interna ABDOMINAL POSTERIOR: o Músculos cremáster Músculo psoas maior o Fáscia espermática externa o Túnica dartos Músculo ilíaco
Conteúdo: Músculo quadrado do lombo
NERVOS DA PAREDE ABDOMINAL o Ducto deferente POSTERIOR: o Artéria testicular o Artéria do ducto deferente o Nervos subcostais (ramos o Artéria cremastérica anteriores de T12): Para o Plexo pampiniforme inervar o M. oblíquo externo o Fibras nervosas simpáticas do abdome e a pele da parede abdominal o Ramos genital do N. anterolateral. gernitofemoral o Nervos espinais lombares: o Vasos linfáticos Os ramos posteriores DIAFRAGMA: seguem posteriormente para inervar os músculos do dorso É uma divisória musculotendínea, e a pele sobrejacente, que separa as cavidades abdominal enquanto os ramos e torácica. anteriores passam É dividido em três partes: inferolateralmente pelo M. psoas maior para inervar a o Parte esternal pele e os músculos da parte o Parte costal inferior do tronco e membros o Parte lombar inferiores. o Plexo lombar de nervos (L1- ABERTURA DO DIAFRAGMA: L4): Situa-se na parte As aberturas do diafragma permitem posterior do M. psoas maior, que estruturas passem entre o tórax anteriormente aos processos e abdome. As três grandes transversos lombares. aberturas para a veia cava inferior, Os seguintes nervos são ramos do Artérias frênicas inferiores plexo lombar: Artérias lombares o Nervo obturatório (L2-L4) Ramo parietal ímpar: o Nervo femoral (L2-L4) Artéria sacral mediana o Tronco lombossacral (L4,L5) o Nervos ilioinguinal e ílio- hipogástrico (L1) Veias o Nervo genitofemoral (L1, L2) o Nervo cutâneo femoral lateral As veias da parede abdominal (L2, L3) posterior são tributárias da veia cava inferior: VASOS DA PAREDE ABDOMINAL POSTERIOR: Veias ilíacas comuns, Veias lombares, Artérias Veias testicular ou ováricas Parte abdominal da aorta - dá direitas (a esquerda é origem à maioria das artérias que tributária da veia renal) irrigam a parede posterior do Veias renais direita e abdome esquerda Veia suprarrenal direita (a Artérias lombares (irrigam as esquerda é tributária da veia vertebras lombares, mm do dorso e renal) parede posterior do abdome) Veias frênicas inferiores As artérias ilíacas comuns (ramos Veias hepáticas terminais da parte abdominal da Exceto a veia testicular ou ovárica aorta) esquerda que desembocam na veia Cada artéria ilíaca comum se divide renal esquerda em vez de drenar na em: artérias ilíacas externa e interna veia cava inferior.
A artéria ilíaca externa dá origem às PERITÔNIO:
artérias epigástrica inferior e circunflexa ilíaca profunda (irrigam a É uma membrana serosa parede anterolateral do abdome) transparente e brilhante que consiste em duas lâminas Ramos viscerais pares: contínuas: Artérias suprarrenais o Peritônio parietal: Que Artérias renais reveste a face interna da Artérias gonadais, artérias parede abdominopélvica. testiculares ou ováricas o Peritônio visceral: Que Ramos viscerais ímpares: reveste as vísceras, como, por exemplo, baço e Tronco celíaco estômago Artéria mesentérica superior A RELAÇÃO DAS VÍSCERAS COM O Artéria mesentérica inferior PERITÔNIO: Ramos parietais pares: Órgãos intraperitoneais: São quase Omento: É uma extensão de completamente cobertos com peritônio de duas camadas que peritônio visceral (ex.: Estômago e passa do estômago e da parte baço) proximal do duodeno para órgãos adjacentes. Órgãos extraperitoneais, retroperitoneais e subperitoneais: o Omento maior: estende-se Estão fora da cavidade peritoneal superiormente, para (externa ou posteriormente ao esquerda lateralmente, e peritônio parietal) e são apenas para baixo a partir da parcialmente recobertos pelo curvatura maior do estômago peritônio (geralmente em apenas e da parte proximal do uma face) Ex.: Rins que tem o duodeno. Tem três partes: peritônio parietal apenas nas suas faces anteriores Ligamento gastrofrênico
CAVIDADE PERITONEAL: Ligamento gastroesplênico
Está dentro da cavidade abdominal Ligamento gastocólico
e continua até a cavidade pélvica. o Omento menor: (ligamentos É um espaço virtual de espessura hepatogástrico e capilar entre as lâminas parietal e hepatodudenal) liga a visceral do peritônio. curvatura menor do estômago e a partes proximal A cavidade peritoneal contém uma do duodeno ao fígado. fina camada de líquido peritoneal que mantém as faces peritoneais VÍSCERAS ABDOMINAIS: úmidas. ESÔFAGO: O líquido peritoneal lubrifica as É um tubo muscular, que se faces peritoneais, possibilitando que estende da faringe até o estômago. as vísceras se movam umas sobre as outras sem atrito e permitindo os ESTÔMAGO: movimentos da digestão. Atua como misturar e reservatório O líquido contém leucócitos e de alimento; sua principal função é anticorpos que resistem à infecção. a digestão enzimática.
FORMAÇÕES PERITONEAIS: Cárdia: é parte que circunda o óstio
cárdico, a abertura em forma de Mesentério: É uma lâmina dupla de trompete do esôfago para o peritônio que resulta da invaginação estômago. do peritônio por um órgão e constituiu uma continuidade do Fundo gástrico: é parte superior peritônio parietal e visceral. dilatada que está relacionada com a cúpula esquerda do diafragma e é Ligamento peritoneal: Consiste em limitada inferiormente pelo plano uma lâmina dupla de peritônio que horizontal do óstio cárdico. liga um órgão com outro órgão ou com a parede abdominal. Corpo gástrico: A principal parte do o Calibre: O diâmetro interno é estômago, situa-se entre o fundo muito maior gástrico e o antro pilórico. BAÇO: Parte pilórica: é uma região em Um órgão linfático ovoide, móvel e forma de funil; sua parte mais larga, intraperitoneal no quadrante o antro pilórico, leva ao canal superior esquerdo. pilórico, sua parte mais estreita. PÂNCREAS: INTESTINO DELGADO: Uma glândula acessória do sistema Que consiste em duodeno, jejuno e digestório alongada. íleo, estende-se do piloro do estômago até a junção ileocecal, O pâncreas produz secreção onde o íleo une-se ao ceco, a exócrina (suco pancreático primeira parte do intestino grosso. proveniente das células acinares) que netra no duodeno e secreções Duodeno: endócrinas (glucagon e insulina) A primeira e menor parte do que entram no sangue. intestino delgado. O duodeno Dividido em: começa no piloso, no lado direito, e termina na flexura duodenojejunal o Cabeça do pâncreas: A parte expandida da glândula, é Jejuno e Íleo: envolvida pela curvatura do O jejuno começa na flexura duodeno de C. duodenojejunal e o íleo termina na o Colo do pâncreas: é curto e junção ileocecal, a união da parte se estende sobre os vasos terminal do íleo e o ceco mesentéricos superiores, que INTESTINO GROSSO: formam um sulco na sua face posterior. É formado pelo ceco, colos o Corpo do pâncreas: Continua (ascendentes, transverso, a partir do colo e se situa à descendente e sigmoide), reto e esquerda da artéria e veia canal anal. mesentéricas superiores. O intestino grosso é distinguido do o Cauda do pâncreas intestino delgado por meio: O ducto pancreático começa na o Tênias do colo: Três faixas cauda do pâncreas e segue pelo espessadas de fibras parênquima da glândula para sua musculares lisas longitudinais cabeça, onde se curva inferiormente o Saculações do colo: e se funde com o ducto colédoco. Saculações ou bolsas do colo O ducto colédoco cruza a face entre as tênias posterossuperior da cabeça do o Apêndices omentais do colo: pâncreas ou está inserido na sua Pequenos apêndices substância. (projeções) gordurosos do colo Os ductos pancreático e colédoco se unem para formar a ampola hepatopancreática curta e dilatada, Situa-se na fossa da vesícula biliar, que se abre na parte descentente na face visceral do fígado. do duodeno, no ápice da papila O colo da vesícula biliar faz uma maior do duodeno. curva em forma de S e une-se ao FÍGADO: ducto cístico. O maior órgão interno e a maior O ducto cístico une o colo da glândula no corpo. vesícula biliar ao ducto hepático Além de suas muitas atividades comum. metabólicas, ele armazena Passa entre as lâminas do omento glicogênio e secreta bile. menor, geralmente paralelo ao DUCTOS BILÍFEROS E VESÍCULA ducto hepático comum, ao qual se BILIAR: une para formar o ducto colédoco. A bile é produzida continuamente RINS: pelo fígado e armazenada na Os rins situam-se vesícula biliar. retroperitonealmente na parede Além de armazenar bile, a vesícula abdominal posterior, um de cada biliar a concentra, absorvendo água lado da coluna vertebral. e sais. Esses órgãos urinários removem do Quando a gordura entra no sangue o excesso de água, sais e duodeno, a vesícula biliar envia a resíduos do metabolismo das bile concentrada pelos ductos proteínas, enquanto retornam cístico e colédoco para o duodeno. nutrientes e produtos químicos para o sangue. A bile emulsifica a gordura, de modo que possa ser absorvida na parte Os rins conduzem as ecórias do distal do intestino. sangue para a urina, que drena pelos ureteres para a bexiga Os ductos hepáticos direito e urinária. esquerdo drenam as partes direita e esquerda do fígado (lobos portais). A face superomedial de cada rim normalmente entra em contato com Logo após deixarem a porta do uma glândula suprarrenal. fígado, os ductos hepáticos direito e esquerdo se unem para formar o As glândulas suprarrenais ducto hepático comum, que recebe funcionam como parte do ¨sistema o seu lado direito o ducto cístico endócrino, com funções para formar o ducto colédoco. completamente separadas dos rins, de modo que não estão fixados um Ducto colédoco: ao outros. Forma-se na margem livre do As glândulas secretam omento menor, por meio da união corticosteroides e androgênios, dos ductos cístico e hepático também produzem os hormônios comum. epinefrina e norepinefrina. Vesícula biliar:
Solicitação e Interpretação de Exames Laboratoriais: Uma visão fundamentada e atualizada sobre a solicitação, interpretação e associação de alterações bioquímicas com o estado nutricional e fisiológico do paciente.