Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Prof. Silas
SUMÁRIO
1 REDAÇÃO TÉCNICA.....................................................................................................02
2 FUNDAMENTOS ETIMOLÓGICOS DA LINGUAGEM MÉDICA.............................03
3 PRINCIPAIS TERMOS UTILIZADOS EM ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM........04
4 TERMOS CIRÚRGICOS E OUTROS TERMOS............................................................07
5 ABREVIAÇÕES DE ENFERMAGEM............................................................................09
6 ROTEIRO PARA A PRIMEIRA ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM DO PLANTÃO.12
7 ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM DE ACORDO COM O COREN/SP.....................16
2
1 REDAÇÃO TÉCNICA
A redação técnica é um texto redigido de maneira mais elaborada e formal. Ela difere
das redações literárias, pois são objetivas e imparciais, além do que utilizam a linguagem
denotativa.
Esse tipo de redação apresenta algumas peculiaridades em sua estrutura e estilo. Isso
porque geralmente trata-se de documentos oficiais de correspondência que possuem uma
finalidade, seja informar, solicitar, registrar, esclarecer, dentre outros.
Por isso, nas redações técnicas é utilizada a linguagem formal, objetiva, e segue as
regras da norma culta padrão. Ela abriga modalidades de textos que cotidianamente nos
deparamos, por exemplo, a ata de uma reunião, o currículo, o relatório, o atestado, dentre
outros.
As redações técnicas são muito utilizadas no meio acadêmico, profissional, comercial
e empresarial.
Tipos
De acordo com a finalidade proposta, existem diversos tipos de redação técnica, a
saber:
Ata; memorando; atestado; circular; carta comercial; relatório; requerimento; declaração; ofício; procuração;
contrato; currículo.
Timbre: as redações técnicas geralmente são produzidas em papel timbrado da empresa, da universidade, da
escola etc. Além do timbre, elas podem conter carimbos com indicação da instituição que a emitiu
Destinatário: alguns textos técnicos exigem a indicação do receptor da mensagem. Além do nome, podem ser
acrescidos o departamento e o cargo ocupado pelo destinatário
Título: algumas delas usam título, enquanto outras preenchem um campo denominado de “assunto”
Tema: antes de escrever é importante estar atento ao tema (assunto) que será explorado no corpo do texto
Corpo do texto: os textos das redações técnicas geralmente seguem a estrutura padrão de introdução,
desenvolvimento e conclusão
Saudações finais: alguns documentos admitem as saudações finais e sempre devem aparecer na linguagem
formal: atenciosamente, saudações cordiais, cumprimentos etc.
Assinatura: ao final do documento, muitas redações técnicas apresentam a assinatura do emissor, bem como o
cargo que ocupa
A redação técnica, por sua vez, tem como objetivo informar e esclarecer, e, portanto, não pode permitir outras
interpretações
Quando o estudante inicia sua formação clínica, uma das suas primeira e maiores
dificuldades reside no entendimento do significado de grande número de termos com os quais
depara. De um lado, aparece a nomenclatura científica própria da linguagem semiológica
usada pelos professores e encontrada nos livros-texto; de outro, uma extensa lista de palavras
e expressões populares empregadas pelos pacientes no relato de seus padecimentos.
Não é difícil perceber tais dificuldades. Denuncia-as o fato de a todo momento sermos
solicitados pelos alunos para esclarecermos dúvidas sobre termos que eles desconhecem. Uns
poucos recorrem logo aos dicionários médicos, mas a maioria vai aprendendo “de ouvido”,
isto é, pouco a pouco e ao acaso à medida que vai acompanhando o curso.
3
A
Abscesso: coleção de pus em cavidade anormal
Afagia: impossibilidade de deglutir
Afasia: perda da palavra falada, escrita ou mímica, por alterações nos centros nervosos
Afonia: perda ou diminuição da voz por causas locais
Algia: dor de origem subjetiva, sem lesão anatômica ou orgânica apreciável
Álgico: relativo à dor, doloroso
Analgesia: perda da sensibilidade para a dor, conservando a sensibilidade tátil
Anasarca: edema generalizado
Anisocoria: desigualdade de diâmetro das pupilas
Antissepsia: conjunto de meios destinados a afastar ou destruir os germes patogênicos e impedir infecção
Anúria: supressão total da secreção urinária
Apatia: falta de sentimento ou interesse, indiferença, insensibilidade
Apneia: detenção temporária da respiração
Arritmia: irregularidade do ritmo cardíaco (número, intervalo e força das batidas)
Atrofia: diminuição adquirida do volume e do peso de um órgão que havia alcançado seu tamanho normal.
B
Bacteremia: presença de bactérias patogênicas no sangue
Bradicardia: pulsação lenta do coração (abaixo de 60bpm)
Bradipneia: respiração lenta
Bradisfigmia: lentidão anormal do pulso
Broncoespasmo: espasmo dos músculos bronquiais.
C
Caquexia: estado mórbido caracterizado por magreza extrema, perda de peso, sintomas de debilidade e
anemia
Cefaleia: dor de cabeça intensa e douradora
Cianose: coloração azul ou violácea da pele ou mucosa, devido a um excesso de hemoglobina nos capilares
Coma: estado de estupor profundo com perda total ou quase total da consciência, da sensibilidade e da
motilidade voluntária
4
Consciência: estado geral que nos torna aptos a julgar, refletir e decidir.
D
Diplegia: paralisia de partes similares nos dois lados do corpo. Paralisia bilateral
Diplopia: visão dupla dos objetos devido aos transtornos da coordenação dos músculos motores oculares
Disartria: dificuldade na articulação da palavra
Dispepsia: dificuldade na deglutição de líquidos, dificuldade de matar a sede
Disfagia: deglutição difícil, geralmente dolorosa
Dispneia: respiração difícil, penosa ou irregular
Disúria: micção difícil ou dolorosa
Distensão: aumento de volume
Diurese: eliminação de urina
Dorsal: referente a dorso, costas.
E
Edema: acumulação excessiva de líquidos nos espaços dos tecidos
Êmese: vômito
Enurese: incontinência urinária
Epigastralgia: dor na região epigástrica
Epistaxe: fluxo de sangue pelas narinas, hemorragia nasal
Eupneia: respiração normal, fácil.
F
Filiforme: fino, em forma de fio
Flatulência: distensão do abdome provocada por gases intestinais
Frontal: relativo à fronte (testa).
G
Gastro: estômago
Gastralgia: dor no estômago
Glicemia: cota fisiológica de glicose no sangue
Glicosúria: eliminação de açúcar na urina
Glútea: relativo a nádegas
Glossa: palavra grega que significa língua.
H
Halitose: fetidez anormal do hálito
Hemácia: glóbulo vermelho do sangue
Hematêmese: vômito de sangue procedente das vias digestivas
Hematúria: presença de sangue na urina
Hemiplegia: paralisia de um lado do corpo
Hemoptise: expulsão pela boca de sangue procedente do aparelho respiratório
Hiperemia: vermelhidão
Hipertermia: temperatura extraordinariamente elevada
Hipotermia: descida anormal da temperatura corporal
Hiperglicemia: aumento anormal no nível de glicose do sangue
Hipoglicemia: diminuição do nível normal de glicose do sangue.
I
Inter: prefixo que indica “entre”, “no meio” (ex: intercostal-entre duas costelas)
Isocoria: igualdade no tamanho das pupilas
Isquemia: deficiência local e temporária de sangue.
5
L
Laceração: dilaceração
Lipotímia: perda súbita dos movimentos, conservando-se a respiração e a circulação; desmaio
Lombar: relativo a lombo, ou região que fica ao lado da espinha, sobre os rins, entre o tórax e a bacia.
M
Mácula: mancha; região da pele corada, plana
Melena: evacuação sanguínea, dejeção negra que recorda a consistência e a cor de borra de café
Mioplegia: paralisia muscular
Mialgia: dor muscular
Midríase: dilatação da pupila
Miose: diminuição no diâmetro da pupila
Menoplegia: paralisia de um membro
Mucopurulento: que contém muco e pus
N
Neuralgia: dor viva e paroxística a seguir o trajeto de um nervo
Nictúria: emissão de urina mais abundante ou frequente à noite que durante o dia. Enurese noturna
Nistagmo: trêmulo espasmódico das pálpebras; oscilações do globo ocular em torno de um de seus eixos
O
Odinofagia: deglutição dolorosa
Oligúria: secreção deficiente de urina
Onicofagia: hábito mórbido de roer as unhas
Ortopneia: dispneia intensa que obriga o paciente a estar sentado ou em pé, ou seja, com o tórax em posição
perpendicular ao solo
Otorragia: hemorragia do ouvido.
P
Paraplegia: paralisia de ambas as extremidades inferiores do corpo
Paresia: paralisia incompleta ou parcial, debilidade de contração muscular; desfalecimento
Pelve: bacia (anel ósseo em forma de bacia)
Períneo: espaço compreendido entre o ânus e os órgãos genitais externos
Pirose: sensação de queimadura, de ardor que, partindo do estômago, se estende ao longo do esôfago e chega
à faringe
Piúria: presença de pus na urina
Polaciúria: micção frequente
Precordial: situado ou que ocorre diante do coração; epigástrio e superfície anterior da parte inferior do tórax
Precordialgia: dor na região precordial
Prurido: coceira, comichão
Ptialismo: salivação exagerada
Punção: picar ou perfurar algo levemente
R
Regurgitação: retorno dos alimentos do estômago ou do esôfago à boca, sem esforço de vômito
Ressecamento: obstipação, prisão de ventre habitual
S
Seborreia: secreção exagerada das glândulas sebáceas, especialmente do couro cabeludo
Sialorreia: fluxo exagerado da saliva; salivação
Síncope: desfalecimento, perda súbita dos sentidos
T
6
U
Úlcera: solução de continuidade da pele, de mucosas, de serosas de órgãos, com perda de substância.
V
Vasoconstrictor: diz-se do agente ou nervo que estreita o calibre dos vasos
Vasodilatador: diz-se do agente ou nervo que aumenta o calibre dos vasos
Vertigem: perda ou perturbação do equilíbrio, com sensação de instabilidade do corpo e dos objetos
circundantes
Vesical: referente à bexiga
Volemia: nome com que também se conhece a massa total do sangue
ITE INFLAMAÇÃO
Osteomielite Inflamação que atinge a medula óssea
Osteíte Inflamação do osso
Pancreatite Inflamação do pâncreas
Bronquite Inflamação dos brônquios
Meningite Inflamação das meninges
Neurite Inflamação dos nervos
Nefrite Inflamação dos rins
Rinite Inflamação da mucosa nasal
Artrite Inflamação da articulação
Colecistite Inflamação da vesícula biliar
Estomatite Inflamação da boca
Enterite Inflamação da mucosa do intestino
8
5 ABREVIAÇÕES DE ENFERMAGEM
A
ABD Abdômen
ACV Aparelho cardiovascular
AD Átrio direito
AE Átrio esquerdo
AIDS Síndrome da imunodeficiência adquirida
AP Antecedentes pessoais
AR Aparelho respiratório
ATC Angioplastia
AVCH Acidente vascular cerebral hemorrágico
AVCI Acidente vascular cerebral isquêmico.
B
BAVT Bloqueio atrioventricular total
BCP Broncopneumonia
BEG Bom estado Geral
BH Balanço Hídrico
C
CC Centímetro cúbico
CC Centro cirúrgico
CCG Cuidados e controles gerais
CCIH Comissão de controle de infecção hospitalar
CIPA Comissão interna de prevenção de acidentes
CME Centro de material esterilizado
CO2 Gás carbônico
D
DI Dia de internação
DM Diabetes mellitus
DPOC Doença pulmonar obstrutiva crônica
E
EAP Edema agudo de pulmão
ECG Eletrocardiograma
ECO Ecocardiograma
EEG Eletroencefalograma
EOT Entubação orotraqueal
EP Embolia pulmonar
EV Endovenoso
F
FC Frequência cardíaca
FR Frequência respiratória
9
G
GECA Gastroenterocolite aguda
H
HAS Hipertensão arterial sistêmica
HB Hemoglobina
HDA Hemorragia digestiva alta
HDB Hemorragia digestiva baixa
HP História pregressa
HPMA História pregressa da moléstia atual
HT Hematócrito
I
IAM Infarto agudo do miocárdio
ICC Insuficiência cardíaca congestiva
ID Intradérmico
IM Intramuscular
IRA Insuficiência renal aguda
IRC Insuficiência renal crônica
ITU Infecção do trato urinário
IV Intravenoso
M
MEG Mau estado geral
MI Membro inferior
MMII Membros inferiores
MMSS Membros superiores
MP Marca-passo
MPA Medicação pré-anestésica
MS Membro superior
N
NEO Neoplasia
NPP Nutrição parenteral prolongada.
O
O2 Oxigênio.
P
P Pulso
PA Pressão Arterial
PCR Parada cardiorrespiratória
PVC Pressão venosa central
R
REG Bom estado geral
RN Recém-nascido
RS Retossigmoidectomia
10
S
SARA Síndrome da angústia respiratória no adulto
SC Subcutâneo
SF Soro fisiológico
SG Soro glicosado
SGF Soro glicofisiológico
SIC Segundo informações colhidas
SNG Sonda nasogástrica
T
T Temperatura
Tb Tuberculose
TCE Traumatismo cranioencefálico
TU Tumor
U
UTI Unidade de terapia intensiva
V
VO Via oral
VSCD Veia subclávia direita
VSCE Veia subclávia esquerda
A anotação de enfermagem é o que garante legalmente que o cuidado foi prestado pelo
profissional de enfermagem, além disso, nos fornecem dados importantes para garantir a
continuidade da assistência, para subsidiar o enfermeiro na realização de um boa
Sistematização da Assistência de Enfermagem, para fins de pesquisa, auditoria e para
respaldo legal aos profissionais de enfermagem. Por se tratar de um assunto tão importante
para a categoria profissional, precisa-se sempre refletir sobre ele e saber também como
realizar uma boa anotação de enfermagem. Logo, é de grande valia que o profissional de
enfermagem saiba o passo-a-passo de como realizar uma boa anotação de enfermagem,
atribuição que compete a enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem.
Mas lembre-se: é imprescindível que você saiba o que a instituição em que você
trabalha preconiza em relação ao tema, como por exemplo, no uso de siglas e abreviaturas.
Procedimentos realizados, observações feitas, sejam eles os já padronizados, de rotina e/ou específicos;
Todos os cuidados prestados: registro das prescrições de enfermagem e médica cumpridas, além dos cuidados
de rotina, medidas de segurança adotadas, encaminhamentos ou transferências de setor, entre outros.
Medicamentos administrados;
Orientações fornecidas;
Intercorrências com o paciente, resposta do paciente frente aos cuidados prescritos pelo enfermeiro e a
conduta adotada em cada situação;
Características gerais das anotações de enfermagem:
Devem ser legíveis, completas, claras, concisas, objetivas e cronológicas;
Devem ser precedidas de data e hora, conter assinatura e identificação do profissional ao final de cada
registro;
Devem ser registradas logo após o cuidado prestado, a orientação fornecida ou informação obtida;
Não devem conter rasuras, entrelinhas, linhas em branco ou espaços;
Não deve ser utilizado corretivo, esparadrapo ou qualquer forma para apagar o registro realizado, por tratar-se
de um documento legal. Caso aconteça uma anotação errada, utilize o termo “digo” entre vírgulas. Por
exemplo: Mantem cateter venoso periférico em mão direita, digo, esquerda.
Caso o erro percebido seja extenso, por exemplo, realizado a anotação de um paciente no impresso de outro
paciente, é preciso “passar” um traço na diagonal e utilizar o termo “SEM EFEITO”, continuando o registro
correto na linha subsequente.
Não deixar espaços em branco entre uma e outra anotação e não passar traço entre o final da anotação e a
identificação do profissional;
Devem ser referentes aos dados simples, que não requeiram maior aprofundamento científico. Não é correto,
por exemplo, o técnico ou auxiliar de enfermagem anotar dados referentes ao exame físico do paciente, como
abdome distendido, timpânico; pupilas isocóricas etc., visto que, para a obtenção destes dados, é necessário
ter realizado o exame físico prévio, que constitui ação privativa do enfermeiro.
Admissão
Nome completo do paciente, data e hora da admissão;
Condições de chegada (deambulando, em maca, cadeira de rodas etc.);
Presença de acompanhante ou responsável;
Condições de higiene;
Queixas relacionadas ao motivo da internação;
Procedimentos/cuidados realizados, conforme prescrição ou rotina institucional (mensuração de sinais vitais,
punção de acesso venoso, coleta de exames, elevação de grades etc.);
Orientações prestadas.
Obs.: Poderão ser inclusos dados padronizados na instituição ou informações coletadas de acordo com
orientações.
Pré-operatório
Procedimentos realizados no pré-operatório, conforme prescrição ou rotina institucional (banho, higiene oral,
mensuração de sinais vitais, retirada e guarda de próteses, roupas íntimas, presença e local de dispositivos –
acesso venoso, sondas, local de tricotomia, condições de pele etc.);
Tempo de jejum;
Orientações prestadas;
Esvaziamento de bexiga;
Administração de pré-anestésico;
Encaminhamento/transferência para o centro cirúrgico.
Obs.: O registro de antecedentes alérgicos poderá ser incluso nesta anotação, conforme prescrição ou rotina
institucional.
Transoperatório
Recepção no centro cirúrgico e encaminhamento à sala cirúrgica;
Orientações prestadas;
Procedimentos/cuidados realizados, conforme prescrição ou rotina institucional (posicionamento do paciente,
instalação e/ou retirada de eletrodos, monitor, placa de bisturi e outros dispositivos – acesso venoso, sondas
etc.);
Composição da equipe cirúrgica;
Dados do horário de início e término da cirurgia, conforme preconizado pela Instituição;
Tipo de curativo e local;
Intercorrências durante o ato cirúrgico;
Encaminhamento à RA (recuperação anestésica).
Pós-operatório
Posicionamento no leito e instalação de equipamentos (monitores, grades no leito etc.);
Sinais e sintomas observados (cianose, palidez cutânea, dor, náuseas, vômitos, tremores, hipotensão etc.);
Características e local do curativo cirúrgico, conforme prescrição ou rotina institucional;
Instalação e/ou retirada de dispositivos, conforme prescrição ou rotina institucional (sondas, acesso venoso
etc.);
Orientações prestadas;
Encaminhamento/transferência de unidade ou alta hospitalar.
14
Transferência de unidade/setor
Motivo da transferência;
Data e horário;
Setor de destino e forma de transporte;
Procedimentos/cuidados realizados (punção de acesso venoso, instalação de oxigênio, sinais vitais etc.);
Condições (maca, cadeira de rodas);
Queixas.
Alta
Data e horário;
Condições de saída (deambulando, maca ou cadeira de rodas);
Procedimentos/cuidados realizados, conforme prescrição ou rotina institucional (mensuração de sinais vitais,
retirada de cateter venoso etc.);
Orientações prestadas.
Obs.: Importante o registro real do horário de saída do paciente e se saiu acompanhado.
Óbito
Assistência prestada durante a constatação;
Data e horário;
Identificação do médico que constatou;
Comunicação do óbito ao setor responsável, conforme rotina institucional;
Procedimentos pós-morte (higiene, tamponamento etc.);
Encaminhamento do corpo (forma, local etc.). Importante relembrar que todos os procedimentos e/ou
cuidados prestados ao paciente, que devem ser registrados nas anotações de enfermagem, quando realizados
por profissionais de nível médio de enfermagem (técnicos e auxiliares de enfermagem), deverão ser prescritos
por profissionais habilitados e capacitados (enfermeiro/médico) e/ou constar em manual de rotina da
instituição.
Dieta
Indicar dieta oferecida (geral, leve, branda, pastosa, hipossódica, para diabéticos, dieta por sonda);
Aceitação da dieta (total ou parcial);
Dieta por sonda (quantidade da dieta e da hidratação, presença de refluxo gástrico);
Dieta zero (cirurgia ou exames);
Necessidade de auxílio ou não;
Recusa – indicar o motivo (disfagia, mastigação dolorosa, falta de apetite, náusea etc.);
Sinais e sintomas apresentados.
Obs.: No caso de dietas administradas via sonda, importante citar os cuidados prestados antes e após a
administração, conforme prescrição (decúbito elevado, lavagem após administração da dieta etc.).
Diurese
Ausência/presença de diurese (se sonda ou balanço hídrico, medir em ml);
Características (coloração, odor);
Presença de anormalidades (hematúria, piúria, disúria etc.);
Forma da eliminação (espontânea, via uripen, sonda vesical de demora/ostomias urinárias).
Evacuação
Episódios (nos respectivos horários);
Quantidade (pequena, média, grande);
Consistência (pastosa, líquida, semipastosa);
Via de eliminação (reto, ostomias);
Características (coloração, odor, consistência, quantidade);
Queixas.
15
Mudança de decúbito
Posição (dorsal, ventral, lateral direita ou esquerda);
Medidas de proteção (uso de coxins etc.);
Horário;
Sinais e sintomas observados (alterações cutâneas etc.).
Higienização
Tipo de banho (imersão, aspersão, de leito);
Data e horário;
Tempo de permanência no banho de imersão, tolerância e resistência do paciente;
Aspersão (deambulando, cadeira de banho, auxílio);
No leito, verificar a ocorrência de irritação de pele, alergia ao sabão, hiperemia nas proeminências ósseas,
realização de massagem de conforto, movimentação das articulações, aplicação de solução para prevenção de
úlceras. Anotar os locais.
Higiene íntima
Motivo da higiene íntima;
Aspecto do aparelho genital;
Presença de secreção, edema, hiperemia.
Higiene oral
Presença de prótese total/parcial (caso seja necessária sua retirada, identificar e entregar ao responsável da
família ou do hospital);
Condições da higiene (fez só, auxiliado ou realizado pelo profissional);
Sinais e sintomas observados (hiperemia, lesões, condição da arcada dentária etc.).
Curativo
Local da lesão;
Data e horário;
Sinais e sintomas observados (presença de secreção, coloração, odor, quantidade etc.);
Tipo de curativo (oclusivo, aberto, simples, compressivo, presença de dreno etc.);
Material prescrito e utilizado.
Dreno
Local e tipo;
Aspecto e quantidade de líquido drenado;
Sinais e sintomas observados.
Dor
Localização e características;
Intensidade (contínua ou intermitente);
Providências adotadas (comunicado à enfermeira etc.).
Intercorrências
Descrição do fato;
Sinais e sintomas observados;
Condutas tomadas (comunicado à enfermeira etc.).
Obs.: Se a Anotação de Enfermagem traz dados constantes e variáveis a respeito dos cuidados prestados ao
paciente, não há que se falar em padronização do conteúdo e sim em diretrizes que poderão trazer ao
profissional de enfermagem mais segurança. Nada impede a criação de um roteiro como o apresentado
anteriormente, porém, o profissional deverá ficar alerta quanto ao seu uso de forma individual, para cada caso.
Administração de medicamentos
Anotação Evolução
Dados brutos Elaborada apenas pelo enfermeiro
Elaborada por toda equipe de enfermagem Elaborada apenas pelo enfermeiro
(enfermeira, técnico e auxiliar de enfermagem)
Referente a um momento Referente ao período de 24h
Dados pontuais Dados processados e contextualizados
Registra uma observação Registra a reflexão e análise de dados