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A PELVE

 Parte mais baixa do tronco, relacionada com a articulação do M superior


 Não há separação explicita muscular entre pelve e abdome
o A única divisão anatômica é o fim do peritônio parietal posterior, configurando a
pelve como um espaço subperitoneal
 Divisão
o Maior ou falsa pelve, contato com as cristas ilíacas e vertebras lombares
o Menor ou verdadeira pelve, abaixo da linha delimitante
o Delimitação pela linha pectínea e linha arqueada (formam a linha terminal,
formando abertura pélvica superior)
 Linha pectínea= no corpo da púbis, até nível de espinha isquiática/face
acetabular
 Linha arqueada= no corpo e asa do ílio, até junção sacro-ilíaca
 Pelve óssea
o Sacrococcígeo (parede posterior)
o Osso do quadril (parede
anterolateral)
 Ílio
 Ísquio
 Púbis
 Junção dos 3 no acetábulo
(até 18 anos não há
fechamento completo, mas
sim por cartilagem)
 Asa do ílio larga fixação dos
eretores da espinha, homem
bípede
o Diferenças dos sexos
MASCULINA FEMININA

Cordiciforme Ovalar

Diâmetro póstero- Diâmetro transverso


anterior maior maior

Estreita Larga

Profunda Rasa
(principalmente a
pelve falsa)
Túberes isquiádicos Túberes isquiádicos
introvertidos evertidos

Arco púbico menor Arco púbico maior


de 60 graus de 90 graus
o Ligamento sacrotuberal e ligamento sacroespinhal formam os forames isquiádico
maior e menor
o Forame isquiádico maior (todas as estruturas que passam para o M. inferior)
o Forame isquiadico menor (todas as estruturas que passam para o períneo)

 Diâmetros

Abertura pélvica superior


 Anteroposterior (conjugados) (da sínfise púbica ao
promontório, lateralmente pelas linhas terminais)
 Anatômico (da sínfise a L4)
 Obstétrico (a menor medida possível para
passada do feto, da sínfise púbica ao promontório)
 Diagonal (da parte baixa da sínfise púbica até L5)
 Oblíquo (junção sacro ilíaca com eminencia íleo
pectínea contralateral)
 Transverso (o maior na mulher)
Abertura pélvica inferior
 Anteroposterior (baixa sínfise púbica até a ponta do
cóccix, lateralmente pelos túberes isquiádicos)
 Diâmetro transverso (entre as espinhas
isquiádicas, menor diâmetro pélvico)

 Musculatura
o Músculo piriforme
 Forma a parede posterior
 Passa pelo forame isquiádico maior
 Rota lateralmente o fêmur
 Inervado pelo plexo sacral
o M obturatório interno
 Forma a parede lateral
 Se origina da face pélvica da membrana obturatória e se estende até o
forame obturatório menor
 Rota lateralmente o fêmur
 Nervo próprio do plexo sacral

o Elevador do ânus, forma o diafragma pélvico


 Se origina na sínfise púbica
 Parte pubo retal forma uma válvula entre
a junção do reto com o anus, alça entre
o reto, importante para continência fecal
 Pubo coccígea, se insere no ligamento
anococcígeo
 Íleo coccígeo, se insere no ligamento
anococcígeo e no cóccix
 Mantém as vísceras pélvicas
 Esfíncter retal e vaginal

 Vasos
o Passam para a pelve= ovariana (testicular não pois passa pelo canal inguinal),
retal superior (mesentérica inferior), sacral mediana, ilíaca interna
o Ilíaca interna
 Da tronco posterior (3)
 Ileolombar
 Sacrais laterais
 Glútea superior (entre o tronco somático, L5 e S1) (sai pelo forame
isqiádico maior) (continuação do tronco posterior)
 Da tronco anterior (8)
 Umbilical (formam as pregas vesicais medianas da parede anterior do
abdome)
 Vesicais superiores (podem sair da umbilical)
 Obturatória (sai pelo forame obturatório)
 Uterina (no homem, A do ducto deferente)
 Retal média
 Vesical inferior (na mulher se chama vaginal)
 Glútea inferior
 Termina como pudenda interna (fim da ilíaca interna)
o Veias mesmo nome também confluem para a ilíaca interna (exceção veia umbilical –
ligamento redondo do fígado e iliolombar – ilíaca comum)

 Drenagem linfática
o Acompanham a parte venosa
o Desembocam nos linfonodos pré-aórticos  cisterna do quilo  ducto torácico
o Linfonodos ilíacos internos, que se unem com ilíacos externos e formam ilíacos
comuns
o Linfonodos sacrais (útero e reto)
o Linfonodos inguinais, os quais tem muita relação com parte genitália externa
 Inervação
o Em ordem= Ilio-hipogástrico, ilio-ingunal, cutâneo lateral da coxa,
genitofemoral, obturatório
o Parte autônoma
 Plexo aórtico (celíaco, mesentérico superior e renais) em nível de
promontório se transforma em plexo hipogástrico superior. Há cooperação de
esplâncnicos lombares (L3, L4) (também ajudam formar mesentérico inferior).
Fibras simpáticas e parassimpáticas. Esse plexo se bifurca dando nervos
autônomos hipogástricos D e E.
 N hipogástricos se unem com esplâncnicos pélvicos (S2, S3 e S4) e formam
o plexo pélvico
 Plexo vesical
 Plexo útero vaginal (chega ao clitóris)
 Plexo prostático (chega ao pênis)
 Plexo retal
 Há cadeia simpática paravertebral com gânglios sacrais, acabando no
gânglio ímo a nível de cóccix
 A cadeia simpática é que dá os esplâncnicos
o Parte somática
 Plexo sacral, parte motora de toda musculatura pélvica
 De L4 a S4
 Sai pelo forame isquiático maior
 L4 e L5 formam tronco lombosacral
 N glúteo superior= L4, L5 e S1
o Inerva glúteo médio, mínimo e tensor da fascia lata
 N para o quadrado lombar e gêmeo inferior= L4, L5 e S1
 N glúteo inferior= L5, S1 e S2
o Inerva o glúteo máximo
 N para o obturatório interno e gêmeo superior= L5, S1 e S2
 N para o músculo piriforme= S1 e S2
 De L4 a S3= N isquiádico
 N pudendo= S2, S3 e S4
 N cutâneo posterior da coxa= S1, S2, S3
 N cutâneo perfurante= S2 e S3
 Peritônio parietal inferior se reflete e recobre superior de bexiga
 MASCULINO
o Parte anterior da bexiga desprovida de peritônio
o Parte posterior= recobre as vesículas seminais e engloba reto na parede
anterolateral (escavação vesicoretal)
 FEMININO
o Peritônio recobre superior da bexiga e vai até colo do útero, onde se reflete
(escavação vesicouterina)
o Parte posterior= recobre todo o colo e vai até parede de vagina, onde se reflete e
engloba reto anterolateralmente (fundo de saco de Douglas)
o Pela tuba uterina as duas cavidades se comunicam. Infecções vaginais podem
atingir o peritônio e causa peritonite
 Fáscia pélvica
o Entre o peritônio parietal e a parede dos órgão, tecido conjuntivo de revestimento
o Dividida em parietal e visceral
 Visceral continuação da gordura pré-peritoneal e fáscia transversal
 Essa fáscia se espessa no útero e fixa principalmente o colo
 Sacro uterino
 Para os lados= ligamentos cervicais transversos ou laterais (adsorve a
A e V uterina)
 Bexiga
o Bexiga imediatamente após osso da púbis. Entre a púbis e a bexiga há o espaço de
Retzius
o Colo da bexiga repousa sobre a próstata
o Vascularizada pelas AA vesicais (superiores – umbilical // inferiores – ilíaca interna
ou pudenda interna)
o Órgãos ocos pélvicos (bexiga, útero, vagina) = parte superior linfonodos ilíacos
externos. Parte inferior ilíacos internos
o L1 e L2 fazem inervação sensitiva e sensação de bexiga cheia
o S2, S3 e S4 reflexo para contração e expelimento de urina
o Ligamento pubo prostáticos
 Próstata
o Irrigada pela A vesical inferior e A retal média
o Ver lobos
o Drenagem para VV ilíacas internas
 Reto
o De S3 ao cóccix
o Relação= sacro, colo de útero, cavidade peritoneal, obturatório, levantador do ânus,
centro tendíneo do períneo
o Pregas retais horizontais, uma a direita e duas a esquerda (válvulas de Houston)
 Peritônio se reflete na prega média (D)
 Abaixo da prega média fica a ampola retal
o Vascularizado pela A retal superior (A mesentérica inferior) e A retal média (A ilíaca
interna) e A retal inferior (A pudenda – A ilíaca interna)
o Drenagem linfática= parte superior drena para linfonodos mesentéricos inferiores.
Parte inferior drena para linfonodos ilíacos internos
 Útero e anexos
o Parte peritoneal refletida forma o ligamento largo
 Mesosalpingo
 Mesovário
 Mesométrio
o Útero vascularizado pela A uterina (que dá um ramo vaginal, um ramo uterino, um
ramo tubário, um ramo ovariano e um ramo ureteral)
 Também há A vaginal
 Ureter passa em íntimo contato com a A uterina (posteriormente)
o O ligamento redondo do útero drena para linfonodos inguinais superficiais
(única parte que faz linfonodomegalia inguinal superficial)
o Colo do útero ligada a L alto
o Canal vaginal ligado a S
o N pudendo= períneo
o Ligamento suspensor do ovário
o Ovário totalmente peritonizado
 Envolto pela túnica albugínea
 A ovariana chega pelo ligamento suspensor e entra pelo mesovário
 A uterina da ramo ovariano que se anastomosa com A ovariana
 Drenagem linfática não para ilíacos, mas sim direto para pré-aórticos e pré-
cavais
 Drenagem venosa
 D= cava
 E= renal

CORRELAÇÃO CLÍNICA
 DEFORMIDADES PÉLVICAS
o Androide= profunda com aberturas reduzidas
o Antropoide= oval e profunda
 Fraturas= se ocorrer uma fratura, por a pelve ser um anel rígido, há pressão de todos os
lados e se mantem a estabilidade. Se ocorrerem duas fraturas há instabilidade total da
pelve
o Lesão do cóccix deixa parte móvel palpável pelo toque retal
o Mais comum comprometimento de vasos ilíacos internos devido a sua aderência
aos ossos da pelve
o Bexiga cheia geralmente lesada devido ao íntimo contato com a pube
 Parto
o Na abertura pélvica superior o maior eixo é o
transverso. Assim, o bebe passa com a
cabeça lateralizada. Na abertura pélvica
inferior, além de diminuição do diâmetro
transverso, há presença das espinhas
isquiádicas lateralmente. Assim, a cabeça do
bebe é guiada a rotacionar para a posição
anatômica.
o Lesão do assoalho pélvico (levantador do
anus) em parto difícil leva a caída das
vísceras, com prolapso uterino, hérnia de
bexiga (cistocele), incontinência de tensão e
prolapso do reto
o Estágio final de gravidez o bebe pode
comprimir o plexo sacral
o Articulação púbica, sacroilíaca e
sacrococcígea sofrem amolecimento hormonal
 Apendicite ou inflamações do ovário podem irritar o N
obturatório, dando dor referida em parte medial
inferior da coxa (ver sensitivo do membro inferior)
 Anestesia caudal= injetada através do hiato sacral,
atuando em S2/3/4/5 e C. Bloqueiam dor no colo de útero e vagina, importante na
obstetrícia para não barrar sensibilidade e controle das contrações mas inibir dor de
distensão do canal vaginal
o Raquimedular anestesia L1 e L2 para baixo, não sente contração uterina, dilatação
de canal vaginal nem pudendo
 Atentar para as pregas retais e curvatura desse acompanhando o sacro/cóccix em
colonoscopia
 Hemorroida interna= hipertensão portal (V retal superior  V mesentérica inferior  V
porta)
 Músculo levantador do anus lesado desenvolve prolapso retal
 Câncer retal metástase hepática (V retal superior)
o Cirurgias corretivas
 Posteriores podem lesar plexo sacral e produzir dor crônica
 Laterais podem lesar o ureter com posterior infecção pélvica
 Anteriores podem lesar próstata ou útero
 Citostomia= acima da sínfise púbica a bexiga está livre de peritônio, podendo ser feito
aspiração sem risco de peritonite
 Lesões espinais acima de L2 cursam com perda de sensibilidade da bexiga e capacidade
de micção voluntária
 Lesões abaixo de L2 e acima de S2, chamada “bexiga infantil”, preserva sensação de
bexiga cheia mas a micção é por arco reflexo, sem controle voluntário (distensão da bexiga
 micção)
 Histerectomia com alto risco de rompimento de ureter (relação com a A uterina)
 Hiperplasia de próstata
o Se superiormente desloca o esfíncter vesical e causa vontade intensa de urinar
o Se lateral comprime uretra prostática e causa dor miccional
o Neoplasia maligna= aumento de pressão causa refluxo venoso e pode infectar as
veias vertebrais, causando metástase óssea ou do SNC
 Cervix redondo em nulíparas se torna bilabial em multíparas
 Anomalias uterinas= Variações de posição uterina (normal= antrovertido e anterofletido)
o Pode estar retrovertido, retrofletido ou antevertido mas não antefletido

 Exames vaginais
o Anteriormente= bexiga e uretra
o Posteriormente= reto
o Lateralmente= ureteres
 Colocação de DIU pode lesar cérvix posterior e, como esse possui recobrimento de
peritônio, atingir fundo de saco de douglas e causar peritonite
 Na espinha isquiática passa o pudendo, anestesia somente do períneo

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