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ROTEIRO SISTEMA GENITAL FEMININO

INTRODUÇÃO

DEFINIÇÃO: O sistema genital feminino, também chamado de sistema reprodutor feminino ou aparelho reprodutor
feminino, é o sistema do corpo da mulher que tem atuação endócrina (responsável pela produção de estrógeno -
responsável pelo desenvolvimento das características sexuais da mulher e progesterona hormônio envolvido no ciclo
menstrual, na formação do embrião e na viabilidade da gestação. A mulher tem um ciclo menstrual com ascensão do
estrógeno até a fase da ovulação, depois cai e sobe a progesterona, que chega ao ápice quando a mulher está
menstruando, por isso durante esse período podem acontecer alterações de humor como a TPM tensão pré-
menstrual) e o hormônio que tem como principal função a inibição do [FSH- hormônio folículo estimulante produzido
pela hipófise] a falta dele serve como diagnóstico de câncer de ovário, FSH regula a maturação dos óvulos durante a
idade fértil nas mulheres e identifica se os ovários estão funcionando bem, pode ser útil também para confirmar a
menopausa hormônio relaxina- que aumenta sua concentração durante a gravidez atua relaxando os ligamentos na
pelve e suavizando e alargando o colo do útero) e reprodutora ( tendo em vista que ele produz e matura os gametas
femininos e fornece um local adequado para a implantação, geração do feto e passagem do feto durante o trabalho
de parto).

CONSTITUINTES: O sistema genital feminino é constituído por órgãos e esses órgãos são divididos em órgãos genitais
internos e externos.

Entre os órgãos genitais internos femininos contam-se: o ovário, a tuba uterina, o útero e a vagina.

Entre os órgãos genitais externos femininos distinguem-se: os lábios maiores e menores do pudendo, o vestíbulo da
vagina, as glândulas vestibulares e o clitóris.

Na linguagem clínica, sob a denominação de vulva, estão reunidos os órgãos genitais externos, incluindo ainda o óstio
externo da uretra, a vagina e o monte do púbis, uma saliência cutâneo-adiposa acima da sínfise púbica. O ovário e a
tuba uterina são clinicamente denominados anexos.

FUNÇÃO: Além de permitir a reprodução humana, ele também é responsável por produzir hormônios, como o
estrogênio e a progesterona, que desempenham papéis importantes no ciclo menstrual e na manutenção da gravidez.

LOCALIZAÇÃO: O sistema genital feminino está localizado na região pélvica, que é a parte inferior do abdômen.

PELVE

DEFINIÇÃO: É a estrutura mais inferior do tronco, e é formada pela pelve maior e pelve menor. Composta pela cintura
pélvica e pelo períneo, ela sustenta os órgãos dos sistemas urinário e reprodutivo.

FUNÇÃO: Transmitir o peso do esqueleto axial para os membros inferiores, servir de inserção de vários músculos que
nela se inserem e abrigar estruturas distais do trato urinário e digestivo, além de todo o sistema reprodutivo feminino

RELAÇÕES: Com o abdômen, coluna vertebral, órgãos genitais e urinários, músculos do assoalho pélvico, com o fêmur.

DIVISÃO: A pelve é dividida em pelve maior e pelve menor. E ela vai ser dividida por uma linha que é chamada de linha
terminal.
 A pelve maior (falsa) se localiza superiormente {a abertura superior da pelve e contém a parte distal do intestino. Ela é
limitada pela asa do ílio lateralmente e pelas 4ª e 5ª vértebras lombares e base do sacro posteriormente. A borda
anterior da pelve maior é delimitada pela parte inferior da parede abdominal anterior. Superiormente, a pelve maior se
comunica com a cavidade peritoneal e inferiormente, com a pelve menor através da abertura superior da pelve.
 A pelve menor (verdadeira) é encontrada entre as aberturas superior e inferior da pelve e contém a genitália interna, o
períneo e os órgãos distais do trato urinário. Ela é limitada de cada lado pelo complexo ilioisquiático e posteriormente
pelo complexo sacrococcígeo. Os ramos do púbis e a sínfise púbica formam a sua borda anteroinferior.

ACIDENTES ÓSSEOS:

- Ílio: - crista ilíaca = lábio interno; - fossa ilíaca = face auricular; - tuberosidade ilíaca; - linha arqueada; - espinha ilíaca
antero-posterior e antero-inferior; espinha ilíaca postero-superior e postero-inferior; - face glútea = linha glútea
anterior, posterior e inferior

- Ísquio: - espinha isquiática; - túber isquiático; - ramo do ísquio; - incisura isquiática maior e menor

- Púbis: - linha pectínea; - tubérculo púbico; - face sinfisal; - forame obturado; vista lateral= região do acetábulo; -limbo
do acetábulo; - face semilunar; - fossa do acetábulo; - incisura do acetábulo

- Sacro:

Lateral: - superfície auricular

Posterior: - faces articulares dos processos articulares superiores; - canal sacral; - forames sacrais posteriores; - crista
sacral lateral, média e intermédia; - hiato sacral; - corno sacral; - cóccix; - corno coccígeo

Anterior: - forames sacrais anteriores; - superfície articular lombosacral; - promontório; - asa do sacro; - linhas
transversais; - processo transvero do cóccix; - ápice do sacro

DIFERENÇA DA PELVE MASCULINA X FEMININA:

FORMATO: a pelve feminina tende a ser mais larga e mais aberta em comparação com a pelve masculina, que é mais
estreita e mais cônica.

ÂNGULO PÚBICO: o ângulo púbico é mais agudo na pelve masculina, o que significa que o osso púbico forma um
ângulo mais estreito. Na pelve feminina, o ângulo púbico é mais amplo.

CAVIDADE PÉLVICA: a cavidade pélvica feminina é mais ampla e mais rasa do que a masculina, o que é necessário para
a acomodação do feto durante a gravidez.

FORAME OBTURADO: o forame obturado, que é a abertura na pelve através da qual passa os nervos e vasos
sanguíneos, é mais largo na pelve feminina.
SACRO: o sacro (osso localizado na base da coluna vertebral) é mais largo e curto na pelve feminina, o que é necessário
para a acomodação do feto durante o parto.

PERÍNEO

DEFINIÇÃO: é o conjunto de partes moles que fecham a pelve óssea inferiormente, e é uma área com formato de
losango, sendo medial ás coxas e nádegas que contém os órgãos genitais externos e o ânus.

LOCALIZAÇÃO: O períneo é uma região localizada entre o púbis e o cóccix, na parte inferior do tronco, que inclui a
área entre os genitais e o ânus. Ele é delimitado pela sínfise púbica anteriormente, pelo cóccix posteriormente e pelos
ossos ísquios lateralmente.

LIMITES: limitado anteriormente pela sínfise púbica, posteriormente pelo cóccix e lateralmente pelos túberes
isquiáticos, que traçando uma linha transversal entre eles o períneo é dividido em duas regiões- a região urogenital
(trígono urogenitalanteriormente- que contém o óstio externo da uretra e o óstio da vagina) e a região anal (trígono
anal posteriormente- que contém o ânus).

FUNÇÃO: São responsáveis por sustentar todos os órgãos pélvicos, formando um assoalho de sustentação, por isso
ele também é chamado de assoalho pélvico, seus músculos são os responsáveis pela continência urinária, fecal e pela
função sexual.

Controle da micção e defecação: os músculos do assoalho pélvico também são responsáveis pelo controle voluntário
da micção e defecação. Eles ajudam a manter a continência urinária e fecal e a controlar a liberação desse conteúdo.

Suporte à atividade sexual: o períneo é rico em terminações nervosas e contém diversas estruturas importantes para
a atividade sexual, como o clitóris nas mulheres e a base do pênis nos homens.

TRIGONOS:
Trígono urogenital: Também conhecido como triângulo anterior ou inferior, é a região frontal do períneo, delimitada
pelos ossos púbicos e isquiáticos, e pelos músculos transverso superficial do períneo e bulbocavernoso. O trígono
urogenital contém a uretra e os órgãos genitais externos masculinos ou femininos, além de múltiplos vasos sanguíneos
e nervos.

Trígono anal: Também conhecido como triângulo posterior ou inferior, é a região posterior do períneo, delimitada
pelos ossos isquiáticos e cóccix, e pelos músculos elevador do ânus e esfíncter anal externo. O trígono anal contém o
canal anal e o ânus, além de múltiplos vasos sanguíneos e nervos

MÚSCULOS DO PERÍNEO – SUPERFICIAIS:

Isquiocavernoso: Mantém a ereção do pênis ou clitóris mediante compressão das veias e impulsão do sangue da raiz
do pênis ou do clitóris para o corpo do pênis ou clitóris.

Bulboesponjoso:

No homem: Sustenta e fixa o corpo do períneo / assoalho pélvico, comprime o bulbo do pênis para expelir as últimas
gotas de urina/sêmen; auxilia a ereção comprimindo a saída pela V. perineal profunda e impelindo o sangue do bulbo
para o corpo do pênis.

Na mulher: Sustenta e fixa o corpo do períneo / assoalho pélvico, “esfíncter” da vagina; ajuda na ereção do clitóris (e
talvez do bulbo do vestíbulo); comprime a glândula vestibular maior.

Transverso superficial do períneo: Sustenta e fixa o corpo do períneo/assoalho pélvico


para sustentar as vísceras abdominopélvicas e resistir ao aumento da pressão intra-abdominal.

PROFUNDOS:
O músculo levantador do ânus tem três componentes visíveis:

Músculo puborretal, Músculo iliococcígeo, Músculo pubococcígeo: Estabilidade dos órgãos abdominais e pélvicos,
abertura e fecho do hiato do elevador.

Estendendo-se entre as espinhas isquiáticas e o cóccix está o músculo isquiococcígeo: às vezes é considerado parte do
complexo levantador do ânus, e não como um músculo separado. No entanto, esse músculo é, na verdade, uma
entidade separada situada na face mais pósterosuperior do complexo muscular.

OVÁRIOS

DEFINIÇÃO: Os ovários, gônadas femininas, são órgãos reprodutivos femininos fundamentais, desempenhando papéis
cruciais no desenvolvimento e maturação de óvulos, na regulação hormonal e no ciclo menstrual.

LOCALIZAÇÃO: Os ovários estão localizados bilateralmente na cavidade pélvica, um de cada lado do útero na porção
superior da pelve menor, logo abaixo da abertura pélvica superior, em uma região chamada de fossa ovárica. São
mantidos em posição por meio de ligamentos, como o ligamento largo do útero.
O ovário se desloca durante a primeira gravidez, e provavelmente jamais retorna à posição original. Na postura ereta
o longo eixo do ovário é vertical.

 Fossa ovárica: Depressão rasa onde cada ovário se situa, na parede lateral da pelve. Esta fossa é delimitada
pelos vasos ilíacos externos, pela artéria umbilical obliterada e pelo ureter.

FUNÇÃO: As principais funções do ovário estão na produção e liberação do óvulo e na atividade endócrina. A produção
de óvulos (ovócitos) é feita por meio de um processo chamado oogênese.
 O processo de oogênese começa antes mesmo do nascimento da mulher; durante o desenvolvimento fetal,
os oócitos primários ficam envolvidos por células foliculares para formar estruturas conhecidas como folículos
primordiais. Ao nascer, a maioria dos oócitos primários já está presente nos ovários, mas estão em um estágio
de desenvolvimento suspenso até a menarca. Durante a puberdade, o processo de oogênese é reativado. A
cada ciclo menstrual, alguns folículos primordiais iniciam o desenvolvimento.

Outra função é a ovulação, durante o ciclo menstrual, um folículo ovariano amadurece e libera um óvulo em um
processo conhecido como ovulação. Isso geralmente ocorre aproximadamente no meio do ciclo menstrual e é crucial
para a fertilização e a gravidez.
E por fim, na produção de hormônios, os ovários são glândulas endócrinas que secretam hormônios sexuais femininos,
incluindo estrogênio e progesterona. Esses hormônios desempenham papéis fundamentais na regulação do ciclo
menstrual, no desenvolvimento sexual secundário, na manutenção da gravidez e na saúde óssea.

RELAÇÕES: Fazem relações com a face lateral, as estruturas que passam pela fossa ovárica, como vasos e nervos.
Na face medial está associada à ampola da tuba uterina e, consequentemente, à mesossalpinge desse segmento.
Na borda livre, dependendo da sua situação, está mais ou menos afastada do reto, na mulher que teve um ou mais
partos, essa borda está mais perto da parte final do sistema digestório.
E na sua borda mesovárica, o ovário está preso à folha posterior do ligamento largo – ligamento que leva vasos e
nervos ao ovário.
Do lado direito, superior e lateralmente ao ovário, estão a junção ileocecal, o ceco e o apêndice vermiforme.
Do lado esquerdo, o colo sigmoide passa sobre o polo superior do ovário e se une ao reto, o qual se dispõe entre as
superfícies mediais de ambos os ovários.
MORFOLOGIA EXTERNA: O ovário tem a forma de uma amêndoa, com cerca de 4 cm de comprimento 1,5-2 cm de
largura e aproximadamente 1 cm de espessura. Eles são de tonalidade branca pardacenta e consistem em tecido
conjuntivo fibroso denso no qual os ovócitos estão embebidos

Cada ovário apresenta uma face lateral e uma face medial, uma extremidade cranial ou tubal, uma extremidade caudal
ou uterina, uma borda ventral ou mesovárica e uma dorsal livre.

1. A face medial é coberta em grande extensão pela extremidade fibriada da tuba uterina;
2. A face lateral está em contato com peritônio parietal, que reveste a fossa ovárica;
3. A borda livre é convexa e dirigida para o ureter;
4. A borda mesovárica é retilínea, dirigida para artéria umbilical obliterada, e presa a face dorsal do ligamento
largo por uma curta prega dominada mesovário;
5. A extremidade cranial / tubária está próxima da veia ilíaca externa. Presas a ela estão a fímbria ovárica da tuba
uterina e uma prega do peritônio - o ligamento suspensor do ovário;
6. A extremidade caudal / uterina se dirige ao assoalho pélvico. Presa ao ângulo lateral do útero, atrás da tuba
uterina, o ligamento próprio do ovário (que está no interior do ligamento largo);

A posição exata dos ovários pode variar um pouco de uma mulher para outra, sendo influenciada pela anatomia
individual de cada mulher: a posição original refere-se ao ovário da nulípara.

MORFOLOGIA INTERNA

O ovário apresenta diferentes características em fases distintas na vida de uma mulher, como: na fase pré-púbere, na
mulher sexualmente madura (reprodutiva) e na pós-menopausa.
É um órgão que não é revestido pelo peritônio por toda sua expansão. Porém é um órgão intraperitoneal, pois o
peritônio se interrompe ao nível do hilo, mas é continuado pelo epitélio germinativo que reveste toda a superfície do
ovário. O estroma é um tecido mole, abundantemente suprido de vasos sanguíneos, na superfície do órgão, esse tecido
é muito condensado e forma a túnica albugínea (composta de tecido conjuntivo e células fusiformes). Abaixo da túnica
albugínea está o córtex do ovário, constituído por vesículas dos estromas (estas vesículas são os folículos primários),
e onde estão localizados os folículos ovarianos, que são estruturas que contêm os óvulos em vários estágios de
desenvolvimento. E abaixo do córtex, está a medula que contém vasos e nervos e está localizada na porção central do
órgão.
Na mulher púbere, o todo o processo de desenvolvimento dos folículos está voltado para que aconteça a ovulação.
Nessa fase, o ovário da mulher apresenta folículos em diversas etapas (folículos primários, corpo lúteo). Já na fase
pós-menopausa, fim do período da atividade reprodutiva, o ovário é quase que um órgão atrófico, pois é caracterizado
pelo desaparecimento total dos folículos primários.

Folículo em crescimento
Folículo Primário (ovócito primário)

Folículo Primordial

Folículo Maduro
(ovócito secundário) Corpo Albicans

Corpo Lúteo

Folículo rompido (libera


ovócito secundário) Formação do
Corpo Lúteo

MEIOS DE FIXAÇÃO: O ovário é intraperitonial e está fixado por ligamentos sendo eles

1-Ligamento ovariano: O ligamento ovariano prende a extremidade uterina (ínfero medialmente) do ovário ao ângulo
lateral do útero, póstero inferiormente à tuba uterina.

2-Ligamento suspensor do ovário: O ligamento suspensor ou infundíbulo pélvico do ovário é uma prega peritoneal
que está presa à parte superior da superfície lateral do ovário. Ele contém os vasos e nervos ovarianos.

3-Mesovário: O mesovário é uma curta prega peritoneal que prende o ovário à parte dorsal do ligamento largo. Ele
conduz vasos sanguíneos e nervos para o hilo do ovário.

TUBAS UTERINAS

DEFINIÇÃO: Tubos musculares de 10cm de comprimento entendendo-se bilateralmente a partir do útero.

LOCALIZAÇÃO: As tubas uterinas estão em um mesentério estreito, a mesossalpinge, que forma as margens livres
ântero-superiores dos ligamentos largos. As tubas estendem-se simetricamente em direção posterolateral até as
paredes laterais da pelve, onde se curvam anterior e superiormente aos ovários no ligamento largo em posição
horizontal.
FUNÇÃO: Conduzem o ovócito (liberado mensalmente por um ovário durante a vida fértil) da cavidade peritoneal
periovariana para cavidade uterina. Também são o local habitual de fertilização e estendem-se lateralmente a partir
dos cornos uterinos e se a bem na cavidade peritoneal perto dos ovários.

RELAÇÕES: Ovário, útero, apêndice (à direita), cólon sigmoide (à esquerda) e vasos ilíacos;

MEIOS DE FIXAÇÃO: A tuba uterina é fixada pela própria mesossalpinge, tendo assim uma ampla mobilidade. Também
são fixadas no útero através de ligamentos, que são eles: O ligamento largo do útero, o ligamento tubo ovariano e o
ligamento redondo do útero.

MORFOLOGIA EXTERNA: Tubo dividido em 4 partes, que tem aproximadamente 12cm de comprimento. Sendo essas:

Fímbrias: Elas auxiliam na captação do óvulo liberado pelo ovário levando-o até o encontro com os espermatozoides
para a fecundação.

Infundíbulo: a extremidade distal afunilada da tuba que se abre na cavidade peritoneal através do óstio abdominal.
Os processos digitiformes da extremidade fimbriada do infundíbulo (fímbrias) abrem-se sobre a face medial do ovário;
uma grande fímbria ovárica está fixada ao polo superior do ovário.

Ampola: a parte mais larga e mais longa da tuba, que começa na extremidade medial do infundíbulo; a fertilização do
ovócito geralmente ocorre na ampola.

Istmo: a parte da tuba que tem parede espessa e entra no corno uterino.

Porção uterina: o segmento intramural curto da tuba que atravessa a parede do útero e se abre, através do óstio
uterino, para a cavidade do útero no corno do útero.

MORFOLOGIA INTERNA

Óstio uterino: A parte uterina da tuba uterina é a parte intramural, contida na parede do útero. Está presente em sua
porção final o óstio uterino da tuba, com um diâmetro muito pequeno (1mm), com a função de possibilitar a
comunicação entre a tuba e o útero. O comprimento da parte uterina da tuba é de aproximadamente 1 cm, em
mulheres adultas jovens e não grávidas.

Pregas uterinas: é composta por pregas longitudinais, mais pronunciadas no infundíbulo, e é revestida por uma única
camada de epitélio colunar alto. Existem três tipos de células colunares dentro do epitélio: células secretoras ciliadas,
não ciliadas e células intercaladas.

As células ciliadas são mais predominantes na porção distal das tubas e desenvolvem mais cílios na primeira metade do
ciclo menstrual. O movimento ondulatório dos cílios auxilia no movimento do óvulo pelas tubas uterinas.

As células secretoras não ciliadas mais longas são mais ativas durante a ovulação e, diferentemente das células ciliadas,
são mais predominantes na porção proximal das tubas. Essas células secretam um fluido que é impulsionado com o óvulo
em direção ao útero, pelos cílios. A secreção fornece um nutriente para o óvulo fertilizado e também auxilia na
capacitação, uma etapa da maturação, dos espermatozoides.

ESTRATIGRAFIA:

Túnica mucosa: que contém um epitélio simples prismático alto com células ciliadas e glandulares. A secreção das
células glandulares forma, junto com o líquido peritoneal aspirado, o líquido tubário.
Túnica muscular: as camadas musculares da túnica muscular possuem diversos sistemas de fibras. Distinguem-se uma
musculatura subperitoneal, uma perivascular e uma autóctone ou própria da tuba. A complexa disposição das camadas
musculares serve para os movimentos próprios da tuba, o movimento de impulsão do ovócito, o transporte do líquido
tubário e o transporte dos espermatozoides, que vêm em direção contrária.
Túnica serosa: envolve a tuba externamente, o que possibilita o deslizamento da tuba uterina contra os tecidos
adjacentes.

ÚTERO

DEFINIÇÃO: A parte mais importante do aparelho reprodutor feminino. Anatomicamente é muscular oca (que se
adaptam ao desenvolvimento do feto e a contrações do parto), piriforme (como uma pera) e com parede espessa.
Tem como principal função acomodar o embrião e o feto em desenvolvimento.
LOCALIZAÇÃO: Localizado na pelve menor, entre a bexiga e o reto. Na mulher adulta, período reprodutivo, o útero
geralmente encontra-se antevertido (inclinado anterossuperiormente em relação ao eixo da vagina) e antefletido
(fletido ou curvado anteriormente em relação ao colo, criando o ângulo de flexão), de modo que fica sobre a bexiga
urinária.

FUNÇÃO: O útero serve como parte da via para o espermatozoide depositado na vagina alcançar as tubas uterinas. É
também o local da implantação de um óvulo fertilizado, desenvolvimento do feto durante a gestação e trabalho de
parto. Durante os ciclos reprodutivos, quando a implantação não ocorre, o útero é a fonte do fluxo menstrual.

RELAÇÕES: Ovários, tubas uterinas, vagina, bexiga, reto.

ESCAVAÇÕES DO ÚTERO

Formando por dois recessos: ventralmente, escavação vesicouterina e, dorsalmente, escavação retouterina ou fundo de
saco de Douglas.

Escavação vesicouterina: Anteriormente, o corpo do útero é separado da bexiga urinária pela escavação vesicouterina,
onde o peritônio é refletido sobre a margem posterior da face superior da bexiga urinária.

Escavação retouterina: Posteriormente, o corpo do útero e a porção supravaginal do colo são separados do colo
sigmoide por uma lâmina de peritônio e da cavidade peritoneal e do reto pela escavação retouterina.

MORFOLOGIA EXTERNA:

1-FACES DO ÚTERO: O corpo do útero possui duas faces, são elas: ântero- inferior e face póstero-superior que são
unidas pelas margens direita e esquerda do útero que se iniciam ao nível dos ângulos tubários e se dirigem ao colo.

2-MARGENS: As bordas do útero (margens laterais) são ligeiramente convexas. Possuindo assim, a margem esquerda
do útero e a margem direita.
PORÇÕES: O útero é subdividido em fundo, corpo, istmo e colo.

Fundo do útero: parte em forma de cúpula superior as tubas uterinas


Corpo do útero: chamado de Cavidade uterina; parte central e afilada. Se projeta na posição de anteflexão (anterior e
posteriormente ao longo da bexiga urinária).
Istmo do útero: parte que conecta o corpo e colo do útero, possui aproximadamente 1 cm de comprimento
Colo do útero: possui uma parte inferior chamada de Canal do colo do útero, e se abre para a cavidade uterina no
óstio histológico interno do útero e na vagina no óstio externo do útero. Se projeta inferior e posteriormente e penetra
na parede anterior da vagina no ângulo aproximadamente reto. Esse canal do colo existe um muco cervical que é
liberado nele, que é quando a mulher está no período fértil e o espermatozoide fica mais propício a recebê-lo, ele é
mais alcalino e suplementa a energia de cada espermatozoide quando se entra em contato com ele e o capacitando a
ficar mais rápido para fazer a fecundação. (Possui uma parte que se projeta no interior da vagina (porção vaginal) e uma
parte fixada ao perimétrio (porção supravaginal)

COLO DO UTERO – PÓS-PARTO: O colo de útero na gestante fica mais curto, mais fino, mais mole e dilata porque é
onde a cabeça do bebê vai ficar encaixada para hora do parto. O exame para medir o colo de útero deve ser feito entre
20 e 24 semanas pois ele está ligado ao parto prematuro, é inversamente proporcional quanto menor o colo de útero
maior a chance de nascer prematuro. Ele tem que ter pelo menos 25mm.

MORFOLOGIA INTERNA: O interior do corpo do útero é chamado de cavidade uterina, e o interior do colo do útero é
chamado de canal do colo do útero. O canal do colo do útero se abre para a cavidade uterina no óstio histológico
interno do útero e na vagina no óstio externo do útero.

A parte interna do útero é subdividida em três partes:


Perimétrio - uma túnica serosa, uma fina camada externa de peritônio feita de tecido conjuntivo, que vai revestir
externamente o útero.

Miométrio - A camada média que é formada de fibras de músculo liso. Na gestação fica bem estendida e muito mais
fina, nessa localidade é onde tem maior concentração de vasos sanguíneos e nervos. Esse músculo se contrai através
de liberação hormonal na hora do parto para que seja dilatado aos poucos o óstio do colo para que tenha a saída do
feto e da placenta e durante a menstruação as contrações são chamadas de cólica.

Endométrio - Túnica mucosa interna. Participa ativamente do ciclo menstrual (a cada 28 dias) e também da concepção
da fecundação, quando o blastocisto se implanta nessa camada, mas quando não, ela descama e é eliminada na
menstruação.

VASCULARIZAÇÃO UTERINA: Ramos da artéria ilíaca interna chamada de artérias uterinas fornecem sangue para o
útero. O sangue que deixa o útero é drenado pelas veias uterinas para as veias ilíacas internas. A substancial irrigação
sanguínea do útero é essencial para possibilitar o crescimento de um novo estrato funcional após a menstruação, a
implantação de um óvulo fertilizado e o desenvolvimento da placenta.

ESTRATIGRAFIA DO ÚTERO:

LIGAMENTOS DO ÚTERO

1. Ligamento largo do útero: é uma dupla lâmina de peritônio que se estende das laterais do útero até as paredes
laterais e o assoalho da pelve. As duas lâminas do ligamento largo são contínuas entre si em uma margem livre
que circunda a tuba uterina.
2. Ligamento útero-ovárico: fixa-se ao útero posteroinferiormente à junção uterotubária.
3. Ligamento uterossacro: estão em cada lado do reto e liga o útero ao sacro;
4. Ligamento redondo do útero: fixa-se anteroinferiormente a essa junção uterotubaria.
 Ligamento transverso do colo: Localizado inferiormente as bases do ligamento largo e se estendem da parede
pélvica ao colo do útero e vagina.
POSIÇÕES DO ÚTERO: Geralmente, com a bexiga vazia, o útero como um todo se inclina adiante, a ante versão uterina.
Dessa maneira, o corpo do útero forma, com o colo, um ângulo também dirigido para frente, a ante flexão uterina.

Posição normal
do útero
1° grau de retroversão;

2° grau de retroversão;

3° grau de retroversão;

1. Útero antiversoflexão (70% das incidências): fundo do saco está abaixo do colo, mão palpa o fundo do útero.
Antivertido em relação à vagina e antifletido em relação ao colo.
2. Útero medioversoflexão: palpação imprecisa na sínfise púbica.
3. Útero retroversoflexão (útero invertido): sente-se abaulamento em direção ao reto – nível de canal anal.
Dificulta a gravidez – mais difícil a subida do espermatozoide pela posição do colo, mas é minimizado por ela.

CASO CLÍNICO: CERVICITE (pdf separado)

VAGINA

DEFINIÇÃO: A vagina é um conduto músculo membranoso ímpar e mediano (canal tubular fibromuscular de até 15 cm
de comprimento que atravessa o assoalho pélvico e o períneo anterior para se abrir no pudendo feminino ou vulva.

LOCALIZAÇÃO: Sendo considerada o último segmento do sistema genital feminino, situada no períneo anterior, inicia-
se no contorno do colo uterino e abre-se no vestíbulo da vagina que é uma pequena cavidade delimitada pelos órgãos
externos que compõe a vulva.

FUNÇÃO

A vagina possui três funções principais:


 A vagina é um órgão copulador feminino, ou seja, órgão de introdução do pênis que traz o líquido seminal por
onde os espermatozoides passam em direção ao interior da cavidade uterina.
 Quando o óvulo não é fecundado ocorre a descamação do endométrio e a vagina é percorrida pelo produto
da menstruação.
 Durante o parto normal é pela vagina ou canal do parto por onde ocorre a expulsão do feto.

RELAÇÕES:

A Parede Anterior se relaciona com o fundo da vesícula urinária e com a uretra enquanto sua Parede posterior (da
porção inferior para superior) relaciona-se com o canal anal, reto e escavação reto-uterina. Superiormente a vagina
se relaciona com o útero e inferiormente com o meio externo.

1. Rosa;
2. Roxa;
3. Azul.

SEPTOS: Um septo vaginal é uma condição que ocorre quando o sistema reprodutor feminino não se desenvolver
plenamente. Ele deixa uma parede divisória de tecido na vagina, que não é visível externamente. A parede de tecido
pode correr verticalmente ou horizontalmente, dividindo a vagina em duas secções.

 Septo vaginal longitudinal: Um septo vaginal longitudinal (LVS) é, por vezes, chamado de uma vagina dupla
porque cria duas cavidades vaginais separadas por uma parede vertical de tecido. Uma abertura vaginal pode
ser menor do que o outro.

Durante o desenvolvimento, a vagina começa como dois canais. Eles geralmente se fundem para criar uma
cavidade vaginal durante o último trimestre da gravidez. Mas às vezes isso não acontece.

 Septo vaginal transversal: Um septo vaginal transversal (TVS) corre horizontalmente, dividindo a vagina em
uma cavidade superior e inferior. Pode ocorrer em qualquer lugar da vagina. Em alguns casos, pode
parcialmente ou totalmente cortada na vagina do resto do sistema reprodutor.

As meninas geralmente descobrem que têm um TVS quando eles começam a menstruar porque o tecido extra
pode bloquear o fluxo de sangue menstrual. Isso também pode levar a dor abdominal se o sangue recolhe no
trato reprodutivo.

O septo pode bloquear a vagina ou torná-lo muito curto, o que muitas vezes faz com que a relação sexual
dolorosa ou desconfortável.

MORFOLOGIA DA VAGINA: A vagina apresenta duas paredes, uma anterior e outra posterior, essas permanecem
coladas (formato de H em corte transversal) na maior parte de sua extensão (cavidade virtual), exceto em sua porção
superior, onde o colo as mantém afastadas. A extremidade superior da vagina envolve o colo do útero, origina entre
esses dois órgãos um recesso, o fórnice da vagina, que possui as partes anterior, posterior (mais profunda e está
relacionada à escavação retrouterina e laterais.

Divide-se em corpo, fórnice e óstio da vagina.

 Fórnix: é o fundo da vagina que possui um formato cilíndrico e circunda o colo do útero deixando em destaque
sua porção infravaginal. Essa disposição da parte proximal da vagina com a distal do útero resulta na formação
de um sulco circular, em fundo cego, chamado de fórnix da vagina. O fórnix pode ser dividido em parte anterior
(muito pequeno), posterior (com cerca de 2 cm de profundidade é a parte mais profunda e está intimamente
relacionado com a escavação retouterina) e laterais (de profundidade crescente anteroposteriormente).
 Corpo: parte principal da vagina que possui uma formação alongada e achatada de diante para trás além de
possui variações de tamanho de 5 a 15 cm e ser a porção que atravessa o períneo para alcançar o pudendo ou
vulva. Nele encontra-se duas faces ou paredes sendo uma superior ou anterior e uma inferior posterior,
reunidas por duas margens arredondadas laterais. Como as paredes estão em contato à cavidade é virtual e o
contato das paredes só não se dá na extremidade superior da vagina, onde o colo as mantém afastadas.
 Orifício vaginal: É uma pequena porção entre o corpo e o vestíbulo da vagina propriamente dito (a fenda entre
os lábios menores) onde se encontra uma fina membrana, o hímen, revestida por um tecido epitelial que ao
centro apresenta uma certa quantidade de tecido conjuntivo percorrido por pequenos vasos, razão pela qual
a ruptura dessa membrana provoca em geral uma pequena hemorragia.

O hímen reduz consideravelmente a luz da vagina, separando com nitidez a mesma do vestíbulo. Após seu rompimento
durante o ato sexual, por exemplo, provocam lacerações que respeitam a margem aderente, com divisões na margem
livre em fragmentos irregulares denominadas de as Carúnculas Himenais, nada mais são que os resquícios do hímen.
Essa membrana também apresenta algumas variações notáveis, podendo ter forma semilunar, bilabiada, septada,
cruciforme ou ausente.

 Pode-se destacar as camadas da parede da vagina, uma série de pregas transversais chamadas rugas vaginais
(1) (permitem considerável distensão da vagina para a penetração do pênis ereto), essas rugas formam cristas,
chamadas colunas das rugas. A coluna anterior da ruga possui a carina uretral da vagina (2), prega na qual a
uretra se invagina levemente na parede anterior da vagina.

1 - Pregas
2- Carina uretral transversais
da vagina

A vagina também é um órgão oco revestido por quatro túnicas:

 Túnica fibrosa: Que reveste a vagina mais externamente, fixando a vagina aos órgãos da pelve subjacentes.
Essa camada consiste em tecido conjuntivo denso com regular entrelaçamento com feixes de fibras elásticas,
sendo bastante resistente, porém, distensível pela presença de material elástico.
 Túnica muscular: Formada principalmente por musculatura Lisa e composta por um tecido conjuntivo muito
rico em fibras elásticas longitudinais que se orientam em direção à periferia e circulares que se orientam em
direção à luz, mas não há acentuado grau de entrelaçamento. A distensão dessa camada é especialmente
importante durante o parto. Além disso, Feixes de músculo esqueléticos próximo ao óstio da vagina, incluindo
o músculo levantador do ânus, comprimem parcialmente esse óstio, auxiliando na sua conformação normal.
 Túnica esponjosa: É uma fina camada de tecido erétil disposto entre a túnica muscular e a mucosa, contendo
plexo de vasos sanguíneos. É semelhante à túnica esponjosa da uretra feminina, tecido erétil que contém
plexo de veias calibrosas.
 Túnica mucosa: Mais interna, apresenta inúmeras papilas muito altas e ramificadas, as rugas vaginais,
distribuídas em quase toda a superfície interna da vagina. Essas rugas vaginais permitem considerável
distensão da vagina para a penetração do pênis ereto. Elas também funcionam como pregas de fricção para
estimulação do pênis durante o coito.

Seu epitélio é do tipo pavimentoso estratificado não queratinizado. Reflete-se na porção vaginal do colo do útero,
projetando-se no interior da vagina, até o óstio do útero. A túnica mucosa da vagina não contém glândulas e é
caracterizada pela presença de tecido linfoide nodular ou difuso. Os linfócitos migram para a superfície vaginal. Além
disso, essa túnica é sensível e responde facilmente aos hormônios sexuais femininos, perdendo seu espessamento
normal na ausência de estímulos hormonais.

HÍMEN: O hímen é uma prega fina de membrana mucosa que pode cobrir o óstio da vagina parcialmente.

Quando ele se rompe, seja por qualquer motivo, ele não some ele continua ali só que mais flexível.

Não existe nenhuma comprovação de que o hímen tenha alguma função em nosso corpo. Algumas pessoas nascem
sem hímen, é raro. E algumas pessoas nascem com o hímen completamente fechado é preciso fazer cirurgia porque
se não a menstruação não passa.

Tipos de hímen:

Hímen imperfurado: completamente fechado, é preciso realizar cirurgia para abertura.

Hímen anular: o mais comum, tem formato de um anel ele apresenta um furo no centro que dá contato com o canal
vaginal.

Hímen septado ou biperfurado: apresenta uma pele no centro do orifício vaginal com um furo aberto para a entrada
do canal, se tem impressão de que há duas aberturas em vez de uma.

Hímen cribiforme: apresenta diversos furos, é mais rígido e não tem rompimento fácil.

ÓRGÃOS EXTERNOS (VULVA / PUDENDO)

DEFINIÇÃO: É o conjunto de órgãos genitais externos da mulher; A vulva é uma área losangular, é a parte externa,
visível, da genitália.

LOCALIZAÇÃO: Os órgãos genitais femininos externos são agrupados na região perineal denominada de pudendo ou
vulva e compreende o monte do púbis, os lábios maiores do pudendo (que circundam a rima do pudendo), os lábios
menores do pudendo (que circundam o vestíbulo da vagina), o clitóris, os bulbos do vestíbulo e as glândulas
vestibulares maiores e menores.

 Sulcos: Os sulcos do pudendo são pequenas depressões localizadas em duas regiões: entre a coxa e os grandes
lábios (sulco coxolabial) e entre os grandes e os pequenos lábios (sulco interlabial).
FUNÇÃO: O pudendo feminino tem função de:

 Excitação - tecido sensitivo


 Relação sexual - erétil;
 Direcionar o fluxo de urina
 Evitar a entrada de material estranho nos sistemas genital e urinário.

ESTRUTURAS:

1-MONTE PÚBICO: É a eminência de tecido adiposo, localizada anteriormente à sínfise púbica e ao ramo superior do
púbis, constituída de acúmulo de tecido adiposo subcutâneo. A superfície dessa estrutura é contínua a parede anterior
do abdome e após a puberdade é coberta por pelos pubianos.

2-LÁBIOS MAIORES DO PUDENDO: Os lábios maiores do pudendo são duas pregas cutâneas, localizadas nas laterais
da rima do pudendo (onde no interior estão localizados os lábios menores do pudendo e o vestíbulo da vagina). O
lábio maior tem a função de proteger indiretamente o clitóris e os óstios da uretra e da vagina, sendo preenchidas por
um prolongamento digital, composto de tecido subcutâneo frouxo, que contém músculo liso e a extremidade do
ligamento redondo do útero. Além disso, externamente os lábios maiores são cobertos por pelos e possuem uma pele
pigmentada, com muitas glândulas sebáceas. Anteriormente, os lábios maiores do pudendo se juntam para formar a
comissura anterior e posteriormente, juntam-se, apenas em nulíparas, para formar a comissura posterior, que é o
limite posterior do pudendo.

3-LÁBIOS MENORES DO PUDENDO: Os lábios menores do pudendo estão localizados na rima do pudendo,
circundando imediatamente o vestíbulo da vagina. Eles são pregas de pele sem tecido adiposo e com ausência de
pelos, possuindo um núcleo de tecido conjuntivo esponjoso, que contém tecido erétil, na sua base e uma grande
quantidade de pequenos vasos sanguíneos. Na parte anterior, os lábios menores possuem duas lâminas: as médias,
que se juntam e formam o frênulo do clitóris e as laterais que se juntam formando o prepúcio do clitóris. A face interna
dos lábios é composta por pele fina e úmida, que contém glândulas sebáceas e terminações nervosas.

4-COMISSURA ANTERIOR DOS LÁBIOS: Os lábios maiores unem-se anteriormente, nas proximidades da sínfise da
pube, formando um ângulo agudo que se denomina comissura anterior. Localizada anteriormente ao prepúcio do
clitóris.

4-COMISSURA POSTERIOR DOS LÁBIOS: Os lábios menores também se encontram na parte posterior da abertura da
vagina, formando a comissura posterior localizada anteriormente ao períneo, rafe do períneo.

5-FRÊNULO DO CLÍTORIS: Anteriormente, os lábios menores formam duas lâminas de cada lado: mediais, que se unem
e formam o frênulo do clitóris, e laterais que se unem e formam o prepúcio do clitóris.
O frênulo do clitóris é uma pequena faixa de tecido na parte inferior da glade do clitóris, que é sensível e desempenha
um papel de prazer sexual em algumas mulheres.

5-FRÊNULO DO LÁBIO: Posteriormente, sobretudo em mulheres virgens, os lábios menores se unem e formam o
frênulo do lábio do pudendo.
6-RAFE DO PERÍNEO: A principal função do rafe perineal é proporcionar suporte estrutural e resistência à região do
períneo. Ele contribui para a estabilidade dos órgãos pélvicos, como a bexiga e o útero, e desempenha um papel
fundamental na manutenção da postura ereta. Além disso, o rafe perineal está envolvido na sustentação dos órgãos
genitais externos.

7-VESTÍBULO: A região entre os pequenos lábios é chamada de vestíbulo. Esta área perineal contém o orifício vaginal,
a abertura da uretra feminina e as aberturas dos ductos excretores das glândulas vestibulares maiores e menores.

8-ÓSTIO DA URETRA: Fica 2,5 cm atrás da glande do clitóris e imediatamente na frente do óstio da vagina.

9-ÓSTIO DA VAGINA: É lubrificado durante a excitação sexual através das secreções das glândulas vestibulares maiores
e menores, as quais desembocam através da abertura dos ductos dessas glândulas no vestíbulo da vagina, perto das
margens laterais do óstio da vagina. Pode estar parcialmente fechado pelo hímen, o qual é rompido na primeira
relação sexual.

GLÂNDULAS DO VESTÍBULO: As glândulas do vestíbulo são responsáveis por armazenar a mucosidade do vestíbulo,
estão situadas inferiormente aos lábios menores possuindo ductos excretores que se conectam aos vestíbulos. Sua
secreção está relacionada à atividade sexual e sua excreção ocorre durante a cópula vaginal.

10-GLÂNDULAS VESTIBULARES MENORES (de Skene): Estão localizadas entre o orifício uretral e vaginal. Produzem
dois tipos de glândulas mucosas dependendo de sua localização: as parauretrais (por baixo da uretra) abrindo-se os
seus canais no vestíbulo; as periuretrais (por cima da uretra e abrem-se nela) essas glândulas são consideradas
homólogas à próstata masculina.
A glândula de Skene é responsável por produzir e liberar um líquido incolor ou esbranquiçado e viscoso pela uretra
durante o contato íntimo quando as glândulas são estimuladas, resultando na ejaculação feminina.

11-GLÂNDULAS VESTIBULARES MAIORES (de Bartholin): Homólogas às bulbo-uretrais masculinas e podendo medir
de 0.5 cm a 0.8 cm, sendo estas as responsáveis pela conexão ao vestíbulo possuindo ductos com cerca de 2 cm de
comprimento. Estão localizadas em cada lado do orifício inferior da vagina abaixo dos bulbos, com seus ductos
percorrendo entre o hímen e os pequenos lábios.
OBS: O líquido ejaculado pelas glândulas vestibulares menores não tem relação com a lubrificação vaginal, porque a
lubrificação ocorre antes do orgasmo e é produzida pelas glândulas de Bartholin, enquanto que a ejaculação acontece
no clímax do contato íntimo e o líquido é liberado através do canal da uretra.

12-BULBOS DO VESTÍBULO: Os bulbos vestibulares é um órgão par simétrico e homólogos ao bulbo e corpo esponjoso
do pênis, é localizado na profundidade dos lábios menores à direita e à esquerda do orifício inferior da vagina e uretra,
este. Podendo chegar até 3cm de comprimento, essa estrutura é revestida pelo músculo bulboesponjoso. Sua parte
anterior forma dois cordões que se unem a glande do clitóris, já sua parte posterior se conecta com as glândulas
vestibulares maiores mais e sua parte mais profunda se relaciona com a membrana perineal. Sua função é relacionada
ao ato sexual, já que ao aumentar seu volume e encher-se de sangue promovem um maior contato do pênis com a
vagina.

CASO CLÍNICO: BARTOLINITE (pdf separado)

ÓRGÃOS ERÉTEIS (CLÍTORIS):


O clitóris é um órgão similar a glande do pênis, localizado no ápice do vestíbulo do pudendo, sendo envolto pela face
anterior dos pequenos lábios, possuindo cerca de 10 cm internamente. O clitóris faz parte dos órgãos externos do
pudendo e sendo um órgão erétil possui como função a recepção dos estímulos sexuais. São constituídos por duas
raízes, chamadas de crura ou crus do clitóris, vindas do músculo isquiocavernoso que funcionam como pontos de
fixação localizados da linha média do arco púbico onde se unem para formar o corpo do clitóris que ao se contraírem
oferecem a sustentação erétil para a glande do clitóris que é a parte mais exposta do clitóris, esta é recoberta por um
revestimento cutâneo chamado de prepúcio do clitóris; também possui uma estrutura que fixa o clitóris a sínfise
púbica que é chamada de ligamento suspensor do clitóris. A inervação do clitóris conta com 8 mil terminações nervosas
que são responsáveis por captar o prazer, sua principal inervação vendo do pudendo interno que possui fibras
originadas do terceiro e quarto nervo sacral. Sua irrigação arterial vem dos ramos clitoridianos comuns da artéria
pudenda interna.
 Curiosidade: Nos últimos anos, uma pesquisa feita por Roy Levin, da Universidade de Sheffield, e descobriu
que a estimulação do clitóris proporciona condição positivas para facilitar a fecundação. O toque direcionado
a área pode aumentar o fluxo sanguíneo da região, a temperatura interna, a lubrificação e a oxigenação. Com
o orgasmo feminino ocorre contrações uterinas que otimizam a passagem do sêmen pelo útero até chegarem
nas trompas onde haverá a fecundação do óvulo.

DIVISÃO: O clitóris é composto de múltiplas partes: A glande, o corpo, ramos do clitóris e bulbos vestibulares.
Glande clitoriana: parte externa do clitóris, localizada acima da uretra, parte com mais nervos do clitóris é
extremamente sensível ao toque diferente do resto do clitóris, a glande não incha ou aumenta durante a resposta
sexual feminina, já que não contém tecido erétil.
Corpo do clitóris: está interiormente para cima em direção à sua pelve e é conectado através de ligamentos ao seu
osso púbico.
Ramos do clitóris: bifurcação do corpo do clitóris, contêm um tecido erétil que incha com sangue durante a excitação
sexual.
Bulbos vestibulares: Se estendem através e atrás dos grandes lábios, passando pela uretra, canal vaginal e em direção
ao ânus, contêm um tecido erétil que incha com sangue durante a excitação sexual.

MASCULINO X FEMININO:

O pênis e o clitóris têm a ver um com o outro em termos de estrutura. Na verdade, eles se originaram do mesmo
tecido embrionário. Na oitava semana do desenvolvimento fetal, o cromossomo Y no DNA masculino vai ativar a
diferenciação do tecido genital para desenvolver um pênis, no lugar de um clitóris, muitas das partes do clitóris são
semelhantes ao pênis, mas se diferenciam em formato e tamanho e são localizadas em diferentes partes.
A glande do clitóris e do pênis são as partes mais sensíveis do corpo humano, por isso têm o mesmo nome – ambas
têm mais de 8 mil terminações nervosas. Porém, a cabeça do clitóris é mais sensível do que a do pênis, porque as
terminações nervosas estão concentradas em uma área bem menor

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