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Curso de Fisioterapia

Fisioterapia em Urologia, Ginecologia e Obstetrícia I

REVISÃO DA ANATOMIA PÉLVICA FEMININA

Profª Dra. Fernanda Vargas Ferreira

Uruguaiana, RS, Brasil, 2018


PELVE

❖ É um anel ósseo interposto entre a parte móvel da coluna


vertebral, a quem suporta, e os membros inferiores sobre os
quais se apóia;

❖ Compõe-se dos ossos: quadris, sacro e cóccix;

❖ As articulações constituintes da pelve - sacro-ilíacas,


lombossacra, sacrococcígea e a sínfise púbica são pouco
móveis;
Quadro 1 – Grupos de ligamentos da cintura pélvica

Fonte: Google imagens


Fonte: Google imagens
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PELVE MAIOR ≠ PELVE MENOR

❖ A pelve maior ou falsa é a porção expandida da cavidade /


oferece proteção às vísceras abdominais inferiores;

❖ A pelve menor ou verdadeira é a parte da cavidade pélvica


que oferece a estrutura óssea para os compartimentos da
cavidade pélvica e do períneo no tronco
PELVE MAIOR ≠ PELVE MENOR

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TIPOS DE PELVE

❖ Ginecóide: arredondada, mais


comum entre as mulheres;

❖ Andróide: em forma de
coração e mais comum entre
os homens;

❖ Antropóide: forma alongada;

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❖ Platipelóide: forma achatada
CLITÓRIS PEQUENOS LÁBIOS
Tecido erétil, não é Duas pregas pequenas de
atravessado pela uretra, pele entre os lábios
V possui 2 partes – os ramos
e a glande
maiores, sem gordura e a
pele é lisa e úmida
U Vestíbulo da
vagina: entre
L os pequenos
lábios
V GRANDES LÁBIOS MONTE DE VÊNUS
A Duas pregas alongadas a Elevação arrendodada, de
partir da púbis, com pêlos e tecido adiposo e rico em
folículos sebáceos pêlos a partir da puberdade
GENITÁLIA FEMININA
EXTERNA

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GENITÁLIA FEMININA INTERNA -
ÚTERO
Localiza-se sobre a vagina, entre a bexiga urinária e o reto;

Mede cerca de 7,5 cm de comprimento e tem em torno de 5


cm de profundidade;

O peso do útero varia de 25 a 90 g;

Na mulher jovem e nulípara, o útero tende a inclinar-se


parcialmente sobre a bexiga (anteversoflexão);
GENITÁLIA FEMININA INTERNA -
ÚTERO

Dividido anatomicamente em fundo, istmo, corpo e colo;

Suas camadas são o miométrio, o endométrio e o perimétrio;

Seus ligamentos: largo, redondo, ovário e transverso;


Fonte: Google imagens
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GENITÁLIA FEMININA INTERNA -
VAGINA
Tubo músculo-membranáceo mediano;

Estende-se desde o colo uterino até o intróito vaginal


[vulva];

Mede entre 8 e 10 cm de comprimento e diâmetro de 4 cm;

FUNÇÕES: passagem do fluxo menstrual, cópula, canal do


parto
GENITÁLIA FEMININA INTERNA -
OVÁRIOS
Localiza-se atrás do ligamento largo do útero e abaixo da tuba
uterina;

Suas medidas: aproximadamente 3 cm de comprimento, 2 cm


de largura e 1,5 cm de espessura;

FUNÇÕES: produção de hormônios e de gametas


GENITÁLIA FEMININA INTERNA -
TUBAS
Dois canais extremamente finos que ligam os ovários ao
útero;

Medem entre 10 e 12 cm, com diâmetro de 2 a 4 mm na


região ampolar;

Responsáveis por transportar o óvulo em direção ao útero;


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TRATO URINÁRIO SUPERIOR
❖ RINS

Medem de 10 a 12 cm de comprimento, 5 a 7,5 cm


de largura e 3 a 4 cm de espessura;

Néfron – unidade morfofuncional;

FUNÇÕES: regulação – volume sanguíneo, pH, PA,


glicemia / excreção de resíduos
TRATO URINÁRIO SUPERIOR

❖ URETERES

Tubos de musculatura lisa que transportam a urina dos rins


para a bexiga;

Medem em torno de 6mm de diâmetro e 25 a 30cm de


comprimento;
TRATO URINÁRIO INFERIOR

URETRA MASCULINA

•20 cm [sistemas urinário e reprodutor]

URETRA FEMININA

•3,8 cm [sistema urinário]

FUNÇÃO: conduzir a urina da bexiga para o meio externo


TRATO URINÁRIO INFERIOR
❖ BEXIGA

Reservatório músculo
membranoso que recebe e
acumula a urina [350 –
500/600 mL];

Apresenta musculatura lisa e 3


túnicas: uma externa
[conjuntiva], uma média
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[mucosa] e uma interna
[muscular];
Constituído por músculos,
ASSOALHO PÉLVICO ligamentos e fáscias
[AP]
❖ Fecha a cavidade inferior com o objetivo de sustentar os
órgãos internos, principalmente o útero, a bexiga e o reto;
❖ Proporcionar ação esfincteriana para a uretra, vagina e
reto;
❖ Permitir a passagem do feto no parto

Limite anterior Arco púbico


Limite posterior Cóccix
Limites laterais Ramos e ísquios púbicos + ligamentos
sacrotuberosos
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Fibras tipo I 70%, contração lenta, ação


antigravitacional, manutenção do tônus
Fibras tipo II 30%, contração rápida, recrutadas em
aumento súbito de pressão intra-
abdominal
❖DIAFRAGMA PÉLVICO: Consiste nos músculos elevador
do ânus, coccígeo e fáscias

1. Pubococcígeo
2. Puborretal Subdivisão do elevador do ânus
3. Íliococcígeo

Atravessado à frente pela vagina e uretra e ao centro pelo


canal anal
Fig. 2 - Esquema mostrando as divisões do diafragma da pelve

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❖DIAFRAGMA UROGENITAL: camada muscular mais
externa ao diafragma pélvico, composto pelos músculos
bulboesponjoso, ísquiocavernoso, transversos superficiais
e profundos do períneo

Função: fornecer estabilização do corpo perineal que, por sua


vez, sustenta o esfíncter anal externo e a porção mais baixa
da vagina
❖PERÍNEO: camada muscular mais superficial ao assoalho
pélvico, onde está situado o músculo constritor da vulva.
Composto pelo diafragma pélvico e o diafragma urogenital

Função: controle da micção, defecação, dos esfíncteres


vesicais e anais, durante tosse e espirro ou outras forças que
aumentam a pressão intra-abdominal
A: vista superior do AP; B: vista inferior do AP

Seta: períneo

Cabeça da seta:
diafragma urogenital

Fonte: Google imagens


Fonte: Google imagens
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AP
S = superficial / M = médio / P = profundo

•Fecha o canal anal, suporta e fixa o


Esfíncter externo do corpo perineal
ânus [S]

•Suporta e fixa o corpo perineal,


Bulboesponjoso [S]
ereção do clitóris

•Mantém ereção do clitóris


Isquiocavernoso [S]
Transverso
superficial e •Suporta e fixa o corpo do períneo e
profundo do o peso das vísceras abdominais
períneo [M]

Esfíncter externo da •Comprime a uretra na continência


uretra [M] urinária e na porção uretrovaginal

•Ajuda a suportar as vísceras


Levantador do ânus
pélvicas / Resiste à pressão intra-
[P]
abdominal
MATERIAL BIBLIOGRÁFICO

REVISÃO DA ANATOMIA FEMININA

• Baracho E. Fisioterapia aplicada à Saúde da Mulher. Guanabara


Koogan, 2012.
• Homsi C, Ferreira J. Fisioterapia na Saúde da Mulher - Teoria e Prática.
Guanabara Koogan, 2011.
• Marques AA,Silva MPP, Amaral MTP. Tratado de Fisioterapia na Saúde
da Mulher. Roca – Grupo GEN, 2011.
• Rodrigues CJ et al. Alterações no sistema de fibras elásticas de fáscia
endopélvica de paciente jovem com prolapso uterino. Rev. Bras.
Ginecol. Obstet 2001; 23(1):53-55.
• Google Imagens

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