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AVALIÃÇÃO EM FISIOTERAPÊUTICA

UROGINECOLOGIA

DISFUNÇÕES DO ASSOALHO PÉLVICO

Renata S.R.Soutinho
Membro da Associação Brasileira
de Fisioterapia Pélvica
CREFITO--90500F
CREFITO
AVALIAÇÃO
 Base da proposta terapêutica a seguir;

 Diagnóstico funcional;

 Prognóstico = Resultados alcançados!


TRATO URINÁRIO INFERIOR
BEXIGA

 Armazena urina
permitindo o convívio
social;

 Sob controle
voluntário, esvazia
seu conteúdo
voltando a acumular
urina;
O ASSOALHO PÉLVICO
PELVE:
ESTRUTURA ÓSTEO-
ÓSTEO-ARTICULAR
PELVE:
ESTRUTURA ÓSTEO-
ÓSTEO-ARTICULAR
PELVE:
ESTRUTURA ÓSTEO-
ÓSTEO-ARTICULAR
O ASSOALHO MUSCULAR
PÉLVICO
 Formado por duas camadas:
– Superficial: músculos fibrosos e alongados;

– Profunda: músculos largos e espessos =


diafragma pélvico;
O ASSOALHO MUSCULAR
PÉLVICO
 Garantem uma dupla função
função::
– De sustentação da parte inferior do
abdomen:: reforçada em situações de
abdomen
esforço, de aumento de volume e de peso
das vísceras.
vísceras. Relacionada a qualidade
contrátil dos músculos
músculos;;

– De passagem:
passagem: relacionada a elasticidade da
estrutura;;
estrutura
DIAFRAGMA PÉLVICO
 Estrutura muscular que fecha a cavidade
pélvica::
pélvica

– contém os órgãos pelvicos e conteúdo


abdominal;
– sustenta a parede posterior da vagina;
– facilita defecação;
defecação;
– ajuda na continência fecal;
– sustenta a cabeça fetal durante a
dilatação;;
dilatação
DIAFRAGMA PÉLVICO
 M. LEVANTADOR DO ÂNUS:
- M. PUBOCOCCÍGEO
- M. PUBORRETAL
- M. ILIOCOCCÍGEO
 AÇÃO: sustentam as vísceras; resistem ao
aumento da pressão intra-
intra-abdominal; elevam o
assoalho pélvico; auxiliam ou impedem a
defecação; controle voluntário da micção,
continência fecal,defecação e suporte uterino;
DIAFRAGMA PÉLVICO
 M. ISQUICOCCÍGEO:
- ORIGEM: espinha isquiática e ligamento
sacroespinhal;
- INSERÇÃO: sacro e cóccix;
- INERVAÇÃO: nervo sacral (S3 e S4);
- AÇÃO: reforça o assoalho pélvico; auxilia
o m. levantador do ânus;
DIAFRAGMA PÉLVICO
DIAFRAGMA PÉLVICO
FÁSCIA ENDOPÉLVICA
 Rede de tecido fibro-
fibro-
muscular com colágeno
colágeno,,
elastina e músculo liso
 Sustentação das vísceras
pélvicas acima do assoalho
PERÍNEO

 Área de superfície externa ou


compartimento raso do corpo.

 Situa-se abaixo da cavidade pélvica,


Situa-
separado dela através do diafragma
pélvico;
PERÍNEO
PERÍNEO
 CORPO DO PERÍNEO
nódulo compacto, fibroso; vários músculos convergem
para ele; serve de apoio e sustentação para todas as
camadas;
 M. BULBOESPONJOSO E
ISQUIOCAVERNOSO
circundam o ósteo da vagina e auxiliam o processo de
ereção do clitoris;
 MMS. TRANVERSOS SUPERFICIAIS DO
PERÍNEO
função de fixar o centro tendíneo do períneo
CENTRO TENDÍNEO DO
PERÍNEO

 Massa fibro
fibro--elástica de
forma piramidal
piramidal,, com
cerca de dois cm de
diâmetro situado em
posição mediana,
mediana, no limite
entre os trígonos
urogenital e anal, ou seja,
seja,
entre a vagina e o canal
anal

Importante estrutura de estabilização perineal


PERÍNEO
PERÍNEO
O assoalho pélvico é um conjunto de estruturas
musculares e fasciais localizadas na região
perineal, formando uma unidade estrutural com
funções variadas::
variadas
SUPORTE AOS ÓRGÃOS
PÉLVICOS

PROCESSO DE FUNÇÃO SEXUAL


CONTINÊNCIA E
EXCRECÃO
DISFUNÇÕES DOS MAP’S
DISFUNÇÕES DOS MAP’S
 CONCEITO:
– Problemas que surgem quando a musculatura do
assoalho pélvico não funciona adequadamente.
 Hipotonia
 Hipertonia

 CAUSAS:
– lesão dos nervos, músculos e fascias que envolvem o
assoalho pélvico;
DISFUNÇÕES DOS MAP’S

 FATORES DE RISCO:

.
DISFUNÇÕES DOS MAP’S
HIPOTONIA
– PROLAPSOS DE ÓRGÃOS
PÉLVICOS:
– Deslocamento das vísceras
pélvicas no sentido caudal,
em direção ao hiato genital;

 Compartimento anterior
(bexiga e uretra)

 Compartamental médio
(útero)

 Compartimento posterior
(reto e intestino);
DISFUNÇÕES DOS MAP’S
HIPOTONIA
– INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO
DISFUNÇÕES DOS MAP’S
HIPOTONIA
– INCONTINÊNCIA ANAL
DISFUNÇÕES DOS MAP’S
HIPERTONIA
CONSTIPAÇÃO:
– dificuldade para eliminar a fezes devido à retenção do
bolo fecal no intestino grosso;

- Espasmo involuntário do esfincter anal externo:


ANISMO;
DISFUNÇÕES DOS MAP’S
HIPERTONIA/HIPOTONIA
DISFUNÇÃO SEXUAL:

 Situações em que os componentes orgânicos da


resposta sexual apresentam alguma alteração;

 É um bloqueio total ou parcial da resposta sexual


normal;

- Hipotonia: inibe e dificulta a resposta sexual;

- Feixes hipertônicos: contrações espasmódicas em áreas pélvicas


de difícil localização;
AVALIAÇÃO
 Identificação:
– Idade/Data do nascimento
– Estado civil
– Profissão
– Ocupação
ANAMNESE
 Queixa principal

 História da Doença Atual

 História das Patologias Pregressas

 História Familiar
 Freqüência da micção
 Uso de forro - tipo – número de trocas
 Ato miccional

 Antecedentes ginecológicos
– Clínico
– Cirúrgico
– Menarca
– DUM - ciclos
 Antecedentes obstétricos

– GPA
– Peso maior/peso menor

– Atividade sexual - dispareunia

– Patologias associadas

– Medicações em uso
– Função intestinal
Avaliação Fisioterapêutica
 EXAME FÍSICO
Paciente bem posicionado, tranquilo e sem esvaziamento
total da bexiga
bexiga..
Avaliar tônus muscular abdominal e glúteo
glúteo..
Avaliar qualidade da parede abdominal, adiposidade,
cicatrizes, ptose, hérnia, zona dolorosa
dolorosa..
Avaliar condições da pele dos órgãos genitais – presença
de eritema, escoriações, eczema, irritação.
irritação.
Avaliar trofismo vulvar – coloração e umidificação –
défict de estrógeno
 Inspeção
 AFAP
– Distopias
PROLAPSOS DE ÓRGÃOS
PÉLVICOS:
–Deslocamento das vísceras
pélvicas no sentido caudal, em
direção ao hiato genital;
Compartimento anterior
(bexiga e uretra)
Compartamento médio(útero)
Compartimento posterior (reto
e intestino);
 Sensibilidade
 Reflexos
 Contração perineal
TESTE DE FORÇA
 A função do pavimento pélvico pode ser definida
como a capacidade de realizar uma contração
correta, ou seja, um movimento do pavimento
pélvico que pode ser descrito como um “aperto”
ao redor dos orifícios da vagina ou ânus e uma
“subida” na direção do interior.

 Por sua vez a força muscular pode ser definida como


uma contração voluntária máxima com o
objetivo de recrutar o máximo de fibras
musculares possíveis e produzir força.
ESQUEMA PERFECT

 PERFECT é um termo utilizado para o método de


avaliação, que permite avaliar a função e força dos
principais componentes contráteis dos músculos do
pavimento pélvico, sendo que cada letra tem um
significado:
P = Power/pressure

É a medida da força muscular, que pode ser


medida com um aparelho de biofeedback
manométrico e/ou o toque digital durante a
contração voluntária máxima.
 É avaliado segundo a escala modificada de
Oxford, que foi referida anteriormente.
E = Endurance (resistência)

 A quantidade de tempo em que uma contração máxima


é mantida, preferencialmente, acima de 10 segundos,
antes que a força seja reduzida em 35% ou mais.
 a contração é cronometrada até o músculos começar a
mostrar sinais de fadiga (contração simultânea de
adutores, uma forte co-contracção do músculo
transverso abdominal).
– R = Repetição

 Número de contrações máximas mantidas (superior a 10


repetições), com 4-5 segundos de descanso entre elas.
O próposito da avaliação com o esquema PERFECT é
determinar o número de contrações necessárias para
“sobrecarregar” o músculo, de forma a desenvolver-se
um programa de exercícios prático e com um efeito de
treino.
– F = Fast

Número das contrações máximas, com contração e


relaxamento o mais rápido (duração de 1 segundo) e o
mais forte possível, acima de 10 repetições), medido após,
pelo menos um minuto de descanso.
– E = Every, C = Contraction, T
= Timed
 São as iniciais que completam e servem
como lembrete para o examinador medir
e registar o tempo da sequência de
eventos anterior.
AVALIAÇÃO COM
ELETRONEUROMIOGRAFIA
PORQUE TENHO QUE CUIDAR DESTES
MÚSCULOS SE MINHA AVÓ TEVE UM
MONTE DE FILHO E NUNCA FEZ
FISIOTERAPIA?
PORQUE TENHO QUE CUIDAR DESTES MÚSCULOS SE MINHA AVÓ
TEVE UM MONTE DE FILHO E NUNCA FEZ FISIOTERAPIA

 Sua avó não passava boa parte do dia


sentada. As atividades de vida diária eram
bem mais ativas do que hoje!
 Sua avó não saltava loucamente e nem
carregava peso na academia!
 A expectativa de vida era menor, então as
vovós conviviam menos tempo com a
incontinência urinária do que as vovós de
hoje!
Sua avó não passava boa parte do dia
sentada. As atividades de vida diária eram
bem mais ativas do que hoje!
Sua avó não saltava loucamente e nem carregava peso na academia!
A expectativa de vida era menor, então as vovós conviviam menos tempo com
a incontinência urinária do que as vovós de hoje!
 Então, vamos esperar algum sintoma
aparecer para procurar a Fisioterapia ou
vamos nos cuidar antes???????

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