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Luisa Petterssen

Acadêmica de Fisioterapia da Universidade Positivo

Anatomia da Pelve Vagina : órgão copulador


feminino
Órgãos Internos
Glandulas de Bartholin:
secretam muco
lubrificante
Órgãos Externos
Monte púbico
Clitóris
Lábios externos
Lábios internos
Vestíbulo da vagina
Ovários : produção de hormônios
(estrogênio e progesterona) e Pelve
produção e armazenamento dos
Conjunto formado pelos dois
óvulos
quadris (ílio, ísquio, púbis) +
Tubas uterinas : transporta o sacro + cóccix
ovulo até o útero e local onde
Sacroilíaca: sinovial plana
ocorre a fertilização do ovulo
(pouca mobilidade) e
Útero : órgão de tecido muscular realiza deslizamento
liso, onde ocorre a gestação
Sínfise Púbica: sínfise
Apresenta 3 camadas (semimobilidade) que
amortece os movimentos
Perimétrio– externa das outras articulações da
Miométrio– média cintura pélvica

Endométrio– interna Tipos de pelve

Dividido em
Colo – comunica
com o int da vagina
Istmo – colo c/ corpo
Corpo – comunica
com as tubas
uterinas
Fundo – base

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Luisa Petterssen
Acadêmica de Fisioterapia da Universidade Positivo

A pelve ginecoide é a mais 3ª camada: diafragma pélvico


comum e mais adequada para o
Levantador do ânus :
parto normal
formam uma rede na
Cavidade pélvica região anal
Estreito superior : vísceras Iliococcígeo:
abdominais inferiores sustentação vísceras
Estreito inferior : músculos do AP Pubococcígeo:
sustentação vagina
Musculos do Assoalho Pélvico
Puborretal:
Realiza o revestimento inferior e
manutenção do
promove o suporte para as
ângulo
visceras pelvicas
anorretal/continênci
a fecal
Isquiococcígeo : suporta o
AS contra a pressão intra-
abdominal
Músculos acessórios
Iliopsoas e obturador
interno reveste a parte
lateral da pélve
1ª camada: músculos Ligamentos do Assoalho pélvico
superficiais do períneo
Dá suporte aos órgãos e servem
Isquicavernoso : tração como pontos de ligação entre os
inferior do clitóris ossos e os músculos
Bulboesponjoso : tração
inferior do clitóris
Transverso superficial do
períneo : estabilização da
membrana perineal
Esfíncter anal externo :
contração anal voluntária
2ª camada: músculos profundos
do períneo
Esfíncter uretral externo :
contração voluntária da
uretra
Transverso profundo do
períneo : sustentação do
períneo

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Fáscia Pélvica AKA. Aponeurose Vascularização da Pelve


Pélvica
Útero – aa. Uterina
Auxilia na sustentação dos
Bexiga – aa. Vaginal
órgãos da cavidade pélvica
Reto – aa. Retal média
Superficial : reveste os musculos
superficial Incontinência Urinária
Média: Reveste músculos Qualquer queixa de perda
profundos do períneo anterior involuntária de urina
Profunda ou Endopélvica : Fatores: idade, número de
Recobre internamente o partos, obesidade, atividade
assoalho pélvico, a bexiga, o física de alta performance,
útero, a vagina e o reto. disfunções posturais e fatores
Inervação Pélvica comportamentais
Fisiologia da Micção
Detrusor: musculo que envolve a
bexiga (liso). Ele possui
elasticidade e contratilidade
Relação somático-autonômico
(controlado e automático)
Enchimento : esfíncteres
contraídos e detrusor
relaxado

Esvaziamento : esfíncteres
relaxados e detrusor
contraído
Inervação
Nervo hipogastrico:
Provem do plexo sacral enerva para o detrusor e
Nervo pudendo (S2-S4): misto para o esfincter interno.
simpático. (armazena)
Sensitivo: Órgão genital
Nervo pélvico: enerva o
externo (clitóris e grandes
lábios). detrusor. parassimpático
(elimina)
Motor: Bulboesponjoso,
Nervo pudendo: enerva o
isquiocavernosoe
esfincter esterno.
elevador do ânus, esfíncter
somático (armazena)
anal externo e uretral
externo

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Partos e traumas
cirúrgicos
Alteração intrínseca
Deficiência dos esfíncteres
Diabetes
IU de urgência (IUU)
Desejo súbito de urinar
Hiperatividade do detrusor
Sintomas
Urgência urinaria
Aumento da frequência
Noctúria
Baixa capacidade vesical
Baixo volume miccional
Teoria do Trampolim
Fraqueza do MAP pode
influenciar na IUU por
gerar uma ativação nos
receptores vesicais
IU de esforço (IUE)
Falta de urgência noturna,
Ocorre por conta do aumento da por conta da falta de
pressão abdominal estimulação dos MAP
Pressão intravesical > pressão enquanto a pessoa está
intrauretral deitada

MAP Avaliação
70% Fibras Lentas – contração Diário Miccional: observar
basal (sustentação órgãos hábitos urinários
pélvicos e continência urinaria e
fecal) PAD TEST: medir o grau de
30% Fibras Rapidas – aumento incontinência
PIAB (contração automática, Periometria: avalia de forma
evitando perda urinária e fecal) objetiva a força do MAP
Alteração extrínseca Stop Test: avalia a integridade
MAP não conseguem do MAP, não pode ser utilizado
sustentar a uretra como exercício para
fortalecimento

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Luisa Petterssen
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Escala PERFECT: força muscular Tratamento


MAP
Percepção AP
Power: contração máxima
Informação anatômica
Endurance: tempo de
Eletroestimulação
contração mantida (fibra
lenta) Biofeedback
Repetition: n° de Educador Perineal
contrações satisfatórias
(em 5s) Visual (espelho)

Fast: n° de contrações Posicionamento e


rápidas e fortes respiração (pct virgem)
consecutivamente (fibras Força/ contração/ relaxamento
rápidas)
Eletroestimulação
Avaliação dos Reflexos
Biofeedback
Bulbocavernoso: clitoris,
contração bulbocavernoso Educador perineal

Anocutâneo: prox. Ânus, Cones Vaginais


contração esfíncter anal Massagem perineal
Tosse: contração MAP Bolinhas de Ben-Wa
Objetivos TERMINOLOGIA
Orientar e informar sobre Diurese : quantidade de urina
anatomia da PELVE e AP produzida pelos rins (800 a
Promover percepção da MAP 2.000 ml ao dia)

Melhorar força e coordenação Disúria : por micção


do AP acompanhada de dor

Promover e melhorar o Hematúria : urina com sangue


relaxamento do AP Polaciúria : aumento da
Diminuir urgência urinária frequência das micções (micção
em espaço menor que 2 horas)
Melhorar mobilidade e
percepção da pelve Poliúria : aumento do volume
urinário (+ 2.000 ml em 24 hrs)
Melhorar hábitos urinários e
intestinais Oligúria : diminuição do volume
urinário (- 300ml em 24 hrs)
Melhorar postura
Anúria : ausência total de urina
Melhorar qualidade de vida
Noctúria : micção noturna
Enurese: perda de urina durante
o sono

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Prolapsos pélvico Classificação de Baden Walker

Deslocamento das vísceras


pélvicas no sentido caudal
Ocorre do desequilíbrio entre as
forças encarregadas de manter
os órgãos pélvicos em sua
posição normal e aqueles que Grau I: Até altura da espinha
tendem a empurrá-los para fora isquiática
da pelve
Grau II: Entre a estinha isquiática
Queixas e o hímen
Sensação de algo saindo Grau III: descida para fora do
pela vagina hímen
Sensação de bola na Grau IV: prolapso total para fora
vagina do nível vulvar
Dificuldade em esvaziar a Tratamento cirúrgico
bexiga
Histerectomia : cirurgia em
Incontinência urinária casos de prolapso uterino em
Dificuldade de evacuar paciente sem desejo
reprodutivo. Usada nos casos de
Constipação prolapsos estádios III e IV.
Dor lombar Parcial: Retirada o corpo
do útero, mantém o colo
Tipos
do útero
Cistocele (Prolapso da parede
Total: Consiste na retirada
superior): Queda da bexiga
do útero e do colo do útero
Uretocele: É o descenso uretral
Radical: Retirados o útero,
devido a alterações na parede
o colo do útero, a região
vaginal anterior.
superior da vagina,
Retocele (Prolapso da parede ovários e trompas.
posterior): Defeito da parede
Sacrocolpopexia : utiliza uma
vaginal posterior, devido à
tela fixada no sacro para
ruptura do septo reto vaginal
posicionamento de bexiga,
Prolapso do utero ou cupula vagina, útero e/ou reto
vaginal (Prolapso apical
Colporrafia : realizada para
utero/vagina) Descida do útero
reposicionamento e reforço da
em direção ao introito vaginal
parede anterior e/ou posterior
Enterocele: descida do intestino
Colpocleise : é realizada por
delgado pelo canal vaginal
meio da sutura as paredes
vaginais anterior e posterior

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(indicada para mulheres não Melhorar força do MAP


sexualmente ativas)
Eletroestimulação
Tratamento conservador
Cones vaginais
Terapia estrógena: ajuda no
Exercicio de Kegel: Kari Bo
suporte na atividade muscular
+ 5Fs
Pessário: instrumentos
colocados no introito vaginal de
suporte em formaro de anél que
é usado nos graus III e IV sem
indicação cirúrgica
Fisioterapia: no suporte dos
órgãos pélvicos
Avaliação Dor pélvica
Testes PDFI: Quanto mais Dor não menstrual com duração
próximo de 100, maior o de pelo menos 6 meses que
desconforto da paciente interfere nas AVDs

Objetivos Fatores de risco

Melhorar a percepção do AP Gerais: idade, cor, IMC,


tabagismo...
Aumentara força da MAP
Ginecológicos e obstétricos:
Melhorar os sintomas (urinários, paridade, tempo de duração do
intestinais e/ou sexual) ciclo menstrual, endometriose,
Prevenir progressão do prolapso aderências pélvicas

Evitar ou postergar a realização Psicossociais: abuso sexual,


de cirurgia violencia doméstica, histórico de
divórcio
Minimizaras alterações
posturais Fisiopatologia

Melhorara qualidade de vida Mudanças neuroplastica:


consequência da intensidade da
Tratamento condução nervosa
Percepção do AP Reflexo víscero-visceral:
Biofeedback sensibilidade cruzada entre
vísceras que compartilham da
Sentar em uma toalha mesma inervação
Pélvica Reflexo víscero-muscular:
alterações miofasciais e geração
Educador perineal
de novos pontos dolorosos

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Dor de origem Pode estar associada a


musculoesquelética histórico de quedas
Pode estar associada a
posicionamento
prolongado na mesma
postura
Dor pélvica cíclica Vs. Não cíclica
Cíclica
TPM
Dismenorreia (cólica)
Endometriose
Causas Não cíclica
1. Disco/compressão Gravidez ectópica
2. Doenças degenerativas Cistos e massas ovarianos
articulares
Doença inflamatória
3. Dor coccígea pós- pélvica aguda
traumática
Aderencias de cirurgia ou
4. Sinfisite púbica infecção pélvica anterior
5. Dor isquiática Retroversão uterina
6. Transtornos no trajeto Sacroiliíte
do mm. Pectíneo
TSDs
7. Transtornos no trajeto
do mm. Iliopsoas Dispareunia

8. Transtornos no trajeto Dor apenas durante o ato sexual


do mm. Obturador Associada a penetração, mas
9. Transtornos na consegue ter o ato sexual
inserção dos músculos Superficial : Percebida na região
Sintomas da vulva no inicio da penetração

Piora ao esforço físico Profunda : Manifesta durante a


penetração na região vaginal
Melhora com repouso e/ou hipogástrica
Localização pontual ou Vaginismo
difusa
Dor durante o ato sexual por
Pode irradiar para uma contração involuntária da
membro inferior MAP

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Parceiro não consegue realizar a Teste do Piriforme:


penetração encurtamento piriforme
Fatores psicossociais Teste de Trendelenburg:
geralmente ligados a uma fraqueza do gluteo médio
educação sexual castradora,
Teste do cotonete: dor e
punitiva e/ou vivências sexuais
sensibilidade tocando
traumáticas
levemente a vulta para
Medo de sentir dor na identificar áreas de dor
penetração → Aumento da
Objetivos
contração involuntária dos
MAP Diminuir o quadro álgico
Pode ocorrer de forma Melhorar a mobilidade pélvica
secundária a uma dispareunia
crônica (não tratada) Diminuir encurtamento de
músculos específicos
Vulvodínia
Melhorar a percepção do AP
Hipersensibilidade na região da
vulva. Promover o relaxamento dos
músculos do canal vaginal
Causa neurológica identificável
Diminuir a hipersensibilidade
3 critérios perineal
Dor intensa na tentativa Melhorar a postura
de penetração
Tratamento
Sensibilidade à pressão
localizada em vestíbulo Quadro álgico

Eritema vulvar, inflamação TENs

Avaliação Liberação de trigger point

Teste de Thomas: Presença de Liberação fascial


encurtamento do iliopsoas Alongamento MM pélvicos
Teste de Patrick-Fabere: e mobilidade pélvica
Disfunção na art. Sacroilíaca Mobilidade pélvica
Teste de Ely: Encurtamento reto Relógio pélvico
femoral
Alongamento
Teste de Lewin: Disfunção na art.
Sacroilíaca Encurtamento músculos

TFP (teste de flexão em pé): Alongamento


mobilidade da art. Sacroilíaca Percepção AP
TFS (teste de flexão sentada): Biofeedback
mobilidade da art. Sacroilíaca
Eletroterapia

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Sentar em cima da toalha


Relaxamento dos músculos
Massagem perineal
Hipersensibilidade perineal
Massagem perineal
Crioterapia

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Parâmetros de tratamento eletroterapia


FES TENS Acupuntura
Reforço muscular Inibição do detrusor
Fibras lentas (tipo I) IUU
Frequência: 35 Hz Parâmetros
Largura de pulso: 300 a Frequência: 8 Hz
400 μs
Largura de pulso: 200 A
Tempo on/off: 1:3 300 μs
Intensidade: tolerada pela Intensidade: tolerada pela
paciente paciente
Tempo de estimulação: 20 Tempo de estimulação: 30
minutos ou 20 contrações minutos Início tratamento
sem VIF e final tratamento
Fibras rápidas (tipo II)
com VIF (para evitar a
Frequência: 35 Hz acomodação da corrente)

Largura de pulso: 100 a Posicionamento


200 μs;
Intracavitário: pct em
Tempo on/off: 1:3 posição ginecológica,
terapeuta com as mãos
Intensidade: tolerada pela enluvadas e eletrodo
paciente; intracavitário lubrificado
Tempo de estimulação: 10 realiza da introdução
minutos ou 20 contrações Parassacral: Paciente em
Posicionamento DV, pernas estendidas
com apoio em tornozelo,
Intracavitário: pct em terapeuta posiciona os
posição ginecológica, eletrodos na região
terapeuta com as mãos lombar em L1 e L2
enluvadas e eletrodo
intracavitário lubrificado Tibial posterior: Paciente
realiza da introdução em DD, pernas em leve
abdução, com apoio na
Superficial: pct em posição região dos joelhos,
ginecológica, terapeuta terapeuta posiciona um
posiciona os dois eletrodo posterior ao
eletrodos próximo ao maléolo medial e outro de
centro tendíneo 8 a 10 cm acima.
As pacientes são orientadas a Centro tendíneo
contrair a musculatura perineal
concomitante à passagem da
corrente elétrica

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